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EDIÇÃO 3
MODA, EGO E
DESCONSTRUÇÃO
COMPOSÊ
Página 4
A minha opinião e visão sobre a moda
masculina, que é vista pela sociedade como
um padrão ainda muito arcaico, onde um
homem só pode usar short, camisa ou calça
social para algo mais casual. Esses tipos de
padrões são, não só antigos como
preconceituosos, pois a moda masculina nos
apresenta grandes variedades de roupas,
onde você pode se vestir bem e ser
diferenciado, se destacando e sendo "chique".
Mas com o preconceito ainda muito forte,
somos obrigados a nos vestir da forma que
agrada as pessoas, mesmo querendo ser
diferente e se vestir como gosta, mesmo
sabendo que no século que vivemos temos
liberdade de se expressar, não nos é dado
essa opção. Temos que lembrar que não
importa a opinião alheia, pois se você gosta
de se vestir de uma forma que não agrada,
não se importe, viva como você se sinta bem.
Eu sempre gosto de me vestir de
uma forma elegante misturando
vários estilos, do vintage ao
moderno. Despojado pra mim, a
moda é uma eterna brincadeira
onde posso sempre encontrar
uma forma diferente de se
divertir com a composição do
feminino e masculino, que acaba
sendo diferente mas elegante e
bonito também, algo que vejo
que é bem forte e expressivo, e o
fato de nós homens usarmos
acessórios para compor um
look, onde até nisso é colocado
para nós um padrão. É correto o
uso só de corrente, relógio, mas
não seria tão elegante um colar
de pedras, uma pulseira com
designer diferente, anéis
diferenciados, é tudo usado
conforme não agrida a imagem
masculina ou qualquer
oportunidade de apresentar
fragilidade e feminilidade do
homem.
Então sim, devemos quebrar
esses padrões que nos limitam e
ensinar a todos que podemos
ser elegantes, estilosos e
bonitos de várias formas, sem
diminuir nossas
masculinidades.
É acabar com a idéia de que
você não pode usar algo que
seja para "mulheres ", a vida é
muito curta para nos
preocuparmos com essas
baboseiras, vamos quebrar os
padrões, assim trazer uma nova
sociedade sem preconceitos !
LUCAS DE SOUZA SILVA
18 ANOS
@lukinhass2302
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LINHA DO
TEMPO DA
MODA
MASCULINA
Como as peças do
vestuário masculino
era na década de 60 ?
E na década de 80 ?
Acompanhando as
tendências de cada
época, as peças,
caracterizadas como
masculinas, são
referencias para os
estilos atuais. E nessa
matéria você vai
acompanhar a moda
masculina e suas
referencias seguindo
uma linha do tempo.
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MODA
SEM
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ALUNAS DO CURSO DE MODA DO CEFET- CAMPUS
DIVINÓPOLIS, DESENVOLVERAM TCC SOBRE A MODA SEM
GÊNERO, E CONTARAM PARA NOSSA REVISTA UM
GÊNERO
POUQUINHO DESSE TEMA NA ENTREVISTA A SEGUIR.
ENTREVISTA FEITA POR :
PAMELA EMILY
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Conte pra gente um pouco
mais sobre esse tema?
Moda agênero ou sem gênero
designa um vestuário sem
diferenciação de feminino e
masculino, feito para que
qualquer pessoa possa usar. A
pioneira dessa proposta foi
Coco Chanel em 1920, usando
como base a ideia de
androgenia, que consiste na
implementação de elementos
masculinos em peças femininas
e vice-versa.
Por que vocês o
escolheram?
Como o tema geral do tcc para a
turma era Empatia, achamos
importante incluir a comunidade
LGBTQIAP+ no nosso subtema. A
sociedade ainda é muito
preconceituosa e no Brasil é
ainda pior, já que é considerado o
país que mais mata transexuais
no mundo. Além disso,
acreditamos que a roupa é uma
forma de expressão muito
importante e o mercado da moda
deve garantir que todos
consigam se expressar através
dela.
Qual é o objetivo principal?
O objetivo da Revolution, a
marca desenvolvida, é criar uma
coleção agênero, que quebre não
só os padrões da moda
tradicional, mas também das
coleções sem gênero ou unissex
feitas até hoje. A proposta
principal é abandonar os
conceitos que determinam
masculino e feminino.
Acreditam no crescimento desse
seguimento?
Sim. Grandes estilistas como
Alexandre Herchcovitch e
marcas como Gucci já
apresentam coleções e projetos
agênero, focados na fluidez de
gênero. Por ser uma proposta
inclusiva e que traz praticidade,
aderida em ambientes de
trabalho por exemplo, é um
movimento que pode ser
aderido além da comunidade
LGBTQIAP+ e quebrar alguns
padrões da moda nos próximos
anos.
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Quais foram os maiores
problemas que
enfrentaram?
A modelagem foi o principal
entrave ao longo do projeto,
pelo fato do corpo feminino e
masculino ter uma estrutura e
tabela de tamanhos diferentes.
Porém com uma modelagem
mais larga e com a ajuda de
acessórios e tecidos elásticos
conseguimos resolver essa
questão. Além disso, o
preconceito foi algo que
percebemos durante o projeto.
Muitas pessoas não consideram
esse tema relevante ou ainda
insistem que roupas tem
gênero e que as pessoas não
podem usar o que quiserem.
Se as cores já causam um certo
desconforto em algumas pessoas,
peças como vestidos e saias
geram ainda mais polêmica.
Tiveram alguma inspiração?
Sim, principalmente a Coco
Chanel e a marca Collusion,
que trabalha com roupas
unissex no estilo street wear,
que se difere bastante das
peças básicas unissex que
encontramos em Divinópolis e
região. Já no desenvolvimento
do nosso catálogo e na criação
das roupas, nos inspiramos
muito na bandeira
LGBTQIAP+ e no significado
de suas cores.
Sentem que é um tema
polêmico?
Muito. Ainda tem muito
preconceito e esteriótipo sobre a
comunidade LGBTQIAP+ e o
universo da Moda ainda é bem
tradicional, principalmente nas
concepções de feminino e
masculino, que reflete o
pensamento da maior parte da
sociedade de que “meninas vestem
rosa e meninos vestem azul”.
Enquanto jovens estudantes de
moda, quais outros temas acham
necessário falar mais sobre, com
relação ao mundo da Moda?
O tema empatia na moda é
bastante relevante, e
gostaríamos de destacar os
subtemas escolhidos pelos
nossos colegas de turma,
como moda sustentável,
periférica, para idosos e para
pessoas com deficiência.
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É importante destacar também
que moda vai além das roupas,
e projetos que tiveram revistas,
blogs e redes sociais como
produto, contribuíram bastante
para inclusão do público no
conteúdo de moda online.
Sentem que falta mais
espaço no mercado para
os jovens estudantes
ingressarem suas ideias?
Sem dúvidas. Nosso grupo, por
exemplo, só foi capaz de
desenvolver esse projeto e
discutir os problemas que
percebemos ser enfrentados
pela comunidade LGBTQIAP+
graças ao CEFET. Grande parte
dos jovens estudantes também
têm ótimas ideias e visões
críticas sobre os problemas
sociais que podem ajudar a
resolvê-los, mas não possuem a
oportunidade de compartilhálas.
Acreditam que podem ajudar a
mudar a visão geral do mundo
falando sobre esse tema ?
Uma ação, mesmo que pequena,
influencia as pessoas ao seu
redor. Esse projeto foi muito
importante para o próprio grupo
entender mais as necessidades
da comunidade LGBTQIAP+ em
relação à moda e também às
dificuldades do dia a dia.
Esperamos que nosso projeto
seja uma influência positiva para
as pessoas e que ajude a moda
agênero a ser mais conhecida
tanto no ramo da moda quanto
pelas pessoas no geral. Ficamos
satisfeitas em saber que pelo
menos no nosso meio acadêmico
e social foi um projeto
produtivo, tendo em vista que
muitas pessoas disseram que
não conheciam o movimento da
moda agênero ou alguns termos
da comunidade LGBTQIAP+
antes de ver o nosso trabalho.
1
3
XADREZ
A estampa xadrez é um clássico e ela estará
em alta na Moda outono/inverno 2021,
aparecendo em camisas, vestidos, saias e
jaquetas, por exemplo. Pode ser usada em
cores diferentes se você quiser ir além das
tendências de inverno, incluindo na
sequência uma cor que combine com o
outono no caso.
OMBROS MARCADOS
Um movimento forte tem
acontecido no mundo
fashion: a retomada de
itens que estiveram na
moda em décadas
anteriores, porém agora
utilizados de forma
repaginada. Como
costuma acontecer na
semana de moda.
Lembrando que vale
apostar em roupas que já
foram sucesso.
ANIMAL PRINT
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2
Animal print, como as
padronagens de onça, tigre, zebra
e cobra. Já conhecidas além do
inverno 2021 tendências,
principalmente se você é
antenada na moda, além disso,
com a inclusão de franjas e
mangas diferentes. A grande
novidade é usar um look total
estampado, com vestido ou
conjuntinho.
4
CONFORTO
O conforto é uma forte tendência para a Moda
Outono/Inverno 2021, conforme foi visto no mês da moda
e chegou ao gosto popular. Tal característica é
perceptível na modelagem das roupas, que é mais ampla,
permitindo realizar quaisquer movimentos com mais
facilidade. Essa modelagem ampla é muito utilizada em
jaquetas, casacos, blusas, calças e vestidos, ajudando a
compor um look moderno e versátil, que transita
facilmente em diferentes ambientes, desde os casuais até
os de trabalho.
COURO
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5
A transparência segue forte na Moda
outono/inverno 2021, principalmente
na feminina, sendo utilizada na peça
toda, como em blusas de tule, ou em
detalhes (manga e decotes). É uma
moda interessante para quem gosta
de algo mais sexy e que tenha um
jogo de esconde e revela. Para evitar
passar frio, use a transparência em
dias com clima mais ameno ou
combine peças transparentes com
outras mais pesadas, como casacos
longos e jaquetas
O couro é um material atemporal e grande tendência
para a Moda outono/inverno 2021. Aposte em uma
jaqueta de couro para finalizar seu look e garantir um
visual mais rocker. Se preferir, dá para brincar com
outras peças de couro no look, como blusas, calças, saias
e vestidos. Gente vamos usar couro fake, a natureza
agradece.
7 TRANSPARÊNCIA
MIX DE TEXTURAS
6
Misturar texturas é uma
tendência democrática para a
Moda outono/inverno 2021,
tanto que funciona bem para
quaisquer pessoas. Vale, por
exemplo, combinar um casaco
de pele fake com uma calça de
couro. Também dá para
utilizar blusa com aplicações
ou peças com diferentes
tecidos texturizados. s.
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