CADERNO - LETICIA MIOTO DE ARAUJO - ORIENTADORA MARIA JULIA
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Figura 26: Croqui do Projeto - Vista 1.
A obra em questão, foi criada pelo arquiteto japonês
Junya Ishigami para a Bienal Internacional de Viena
em 2008, trata-se de estufas construídas na escala
de 1:1, utilizando cálculos estruturais precisos, mas com
certeza, não são os dados técnicos que impressionam.
Figura 27: Natureza extrema: paisagem de espaços ambíguos.
Levando em consideração que a arquitetura é algo
muito complexo, principalmente de se representar,
muitas vezes utiliza-se de outros artifícios para isso.
Para entendermos essa perspectiva, devemos nos
basear nos modelos de operação de comando da
realidade, citados no livro Simulacros e Simulação
de Jean Baudrillard, nele encontra-se a definição de
que simulacro “é ser o que não é”, simulação “é não
ser o que é” e dissimulação é “não ser o que não é”.
A estufa em si, que é o involucro de todo o projeto,
poderia representar um simulacro, já que dentro
dela poderia se cultivar plantas de qualquer lugar do
mundo, e portanto, fazer com que as pessoas se
sentissem em outro lugar (sendo o que não é), assim
como poderia simular ser arquitetura, mas Ishigami
vai além e consegue materializar o real, a própria
arquitetura.
Figura 28: Croqui do Projeto — Vista 2.
O projeto, minimalista nos mínimos detalhes, não
tem limites rígidos, é quase imperceptível o que
interior e o exterior, causando a impressão de que a
vegetação de dentro e a de fora habitam um mesmo
espaço, embora andando pelo espaço você encontre
moveis que te fazem sentir em um quarto ou sala.
Ele consegue criar esse espaço que reconhece que
tudo, dentro e fora, vegetação, móveis, arquitetura,
terreno, ambiente, existe ao mesmo tempo em
perfeito equilíbrio.
Fonte Figuras, 26,27, 28: JapanFoundation (2008).
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