Agenda Cultural de Proença-a-Nova - fevereiro 2022

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Agenda Cultural de Proença-a-Nova FEVEREIRO 2022 informações REUNIÕES DE CÂMARA As reuniões do executivo camarário realizam-se à primeira e à terceira segunda-feira do mês, às 10h00. A primeira reunião mensal é privada, enquanto que a segunda está aberta à participação dos munícipes ou quaisquer outros interessados. No mês de fevereiro, a reunião de câmara pública acontece no dia 21. PRÉMIO LITERÁRIO PEDRO DA FONSECA “A Resina” é o tema do próximo concurso literário promovido pelo Município de Proença-a-Nova: todos os interessados em participar, nas categorias de prosa e poesia, devem enviar os seus trabalhos cumprindo o definido em regulamento (disponível para consulta em www.cm-proencanova.pt) até 28 de fevereiro de 2022. Há prémios de 1500 euros para os vencedores em cada uma das categorias. ADOÇÃO DE CÃES E GATOS O Centro Intermunicipal de Recolha de Animais Errantes, localizado em Proença-a-Nova, tem cães e gatos à espera de uma nova família. Nunca adote um animal por impulso, faça-o de forma consciente e responsável. ESPAÇO VIAGEM NO TEMPO RESINA O Município é um dos parceiros do projeto SustForest Plus, em conjunto com instituições espanholas e francesas, que pretende dinamizar a criação da Rede Europeia de Territórios Resineiros com o objetivo de retomar esta atividade económica que, no caso do concelho proencense, já teve grande importância para as famílias. Nesta viagem no tempo vão ser apresentados alguns utensílios que faziam parte 12 do dia a dia do resineiro. ESPAÇOS VERDES E ZONAS DE RECREIO A Câmara Municipal alerta para a correta utilização dos espaços verdes e zonas de lazer existentes no concelho, e, partilhando responsabilidades com os utilizadores, apela a que sempre que seja detetada alguma anomalia no equipamento, mobiliário urbano ou matéria vegetal, que a mesma seja reportada junto da autarquia.
Agenda Cultural de Proença-a-Nova FEVEREIRO 2022 abc das personalidades ANA DE JESUS FERNANDES Agrícola de profissão, Labrunhal Fundeiro 1 de fevereiro de 1862 A próxima personalidade do nosso ABC é Ana de Jesus, ou “Ti Ana”, como era carinhosamente reconhecida na aldeia do Labrunhal Fundeiro, onde nasceu no dia 1 de fevereiro de 1862, filha de José Martins e de Maria Farinha. Sobre a sua figura, aos dias de hoje, pouco ou nada se sabe. A falta de informação deve-se à fraca documentação da época em que viveu, aliada à passagem dos anos, que foram, naturalmente, levando aqueles que consigo conviveram de forma mais íntima. A incerteza quanto à sua figura é tal que não existe sequer uma data exata do seu falecimento, estimando-se que terá vivido até perto dos seus 90 anos de idade. Ana de Jesus casou-se com José Fernandes, no Labrunhal Fundeiro, com quem teve oito filhos, segundo registos a que se conseguiu ter acesso, cinco meninas e três meninos: Maria da Conceição, Maria Farinha, Maria do Rosário, Piedade, Joaquina, Luís, António e Francisco. Simão, de 86 anos de idade, neto de Maria da Conceição e, portanto, bisneto de Ana de Jesus, refere ser dos únicos que ainda se encontra vivo da família, não havendo sequer netos de “Ti Ana” para contar alguma história. Afirma recordar-se pouco da sua bisavó e desses tempos, uma vez que era ainda muito novo quando se deu o seu falecimento. Das suas recordações tem presente que o marido de Ana, José Fernandes, acabara por “morrer muito novo”, não sabendo dizer ao certo com quantos anos de idade. Segundo conta, José terá falecido quando carregava um arado às costas, tendo-se desequilibrado e caído para o interior de um poço. Acrescenta ainda que a sua “sina” lhe teria sido lida por uma vidente, que previra que a sua morte se daria “em água”. A tragédia viria a ser confirmada anos mais tarde, apesar do descrédito de José perante tal previsão. Apesar de todas as dificuldades em relembrar estes momentos, Simão aponta também para o falecimento da sua bisavó, que não soube datar de forma exata, afirmando que se situaria provavelmente entre os seus 13 e 15 anos de idade, mais ao menos por volta do ano de 1950, uma vez que “não tinha ainda ingressado no serviço militar, nem teria ainda capacidade para carregar o caixão”. Refere que os restantes familiares, que também a conheceram, não se deverão lembrar de muito, “uma vez que eram ainda mais novos”. A forma como criou os seus oito filhos, a partir de um certo momento sozinha, levou a que a população do Labrunhal, não muito numerosa, a considerasse meritória de dar nome a uma travessa no seio desta pequena aldeia. Simão sublinha que tinha noção da admiração dos aldeões para com a sua bisavó, pela forma como superou as dificuldades que lhe foram apresentadas, conseguindo criar os seus oito filhos e ainda alcançar uma longevidade não muito comum para a época. “Tenho ideia que gostavam muito dela”, completou. A toponímia não é apenas um instrumento para delimitar espaços: é um crivo que ajuda a escolher as personalidades, factos ou tradições que conquistaram o direito a ser perpetuados e inseridos no quotidiano de uma aldeia, vila ou cidade. No ABC das Personalidades vamos recuperar as histórias por detrás das pessoas que dão nome às ruas do concelho. Partilhe as informações que tiver pelo email agendacultural@ cm-proencanova.pt. Na próxima agenda, o texto será sobre António Alves Martins. 13
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