Agenda Cultural de Proença-a-Nova de abril 2022

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Agenda Cultural de Proença-a-Nova ABRIL 2022 informações biblioteca municipal LIGAÇÕES COM SENTIDO A Biblioteca Municipal disponibiliza a oportunidade aos munícipes de poderem contactar com os seus familiares ou amigos que se encontram longe. Pode usufruir deste serviço de terça a sexta-feira, das 10h00 às 12h00, mediante marcação nos dias anteriores ou aparecer sem marcação, estando sujeito a período de espera ou impossibilidade de usar por ocupação dos equipamentos. 12 REUNIÕES DE CÂMARA As reuniões do executivo camarário realizam-se à primeira e à terceira segunda-feira do mês, às 10h00. A primeira reunião mensal é privada, enquanto que a segunda está aberta à participação dos munícipes ou quaisquer outros interessados. No mês de abril, a reunião de câmara pública acontece no dia 18. GESTÃO DE COMBUSTÍVEL Com o ano anormalmente seco que está a ser registado, o Município alerta os proprietários de terrenos dentro dos cem metros da área de gestão de combustível dos aglomerados populacionais e 50 metros em redor das edificações isoladas para realizar as limpezas obrigatórias por lei, dentro dos prazos legalmente aprovados, de modo a evitar as coimas associadas. QUEIMAS E QUEIMADAS Para realizar a queima de sobrantes é obrigatória uma comunicação prévia válida: pode instalar a aplicação do ICNF ou contactar a Câmara Municipal (274 670 000) com a indicação do local e data da queima ou queimada para obter a respetiva autorização. Escolha preferencialmente dias nublados e húmidos, leve consigo telemóvel e evite fazer a queima sozinho. INSCRIÇÕES NA FESTA DO MUNICÍPIO As empresas, associações e artesãos do concelho interessados em participar na Festa do Município, que se realiza de 10 a 13 de junho, com o tema Desporto e Aventura, deverão formalizar a sua inscrição durante o mês de abril. O regulamento está disponível para consulta na página do Município. CENTRO QUALIFICA A extensão de Proença-a-Nova do Centro Qualifica está a promover uma formação em língua inglesa (atendimento, gestão de stocks e vendas) durante o mês de abril, em regime pós-laboral, com inscrições ainda a decorrer. Promove igualmente a equivalência ao ensino básico (6º e 9º ano) e ao ensino secundário (12º ano), bem como reconhecimento profissional (N2 e N4). Mais informações no edifício da Casa das Associações, pelo 960 472 689 ou extensao-pnova@ etpzp.pt. APOIO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA A Estrutura de Atendimento a Vítimas de Violência doméstica, dinamizada pela Amato Lusitano – Associação de Desenvolvimento, funciona na Casa das Associações todas as segundas quintas-feiras do mês, entre as 9h30 e as 12h30, onde são prestados serviços gratuitos e confidenciais de apoio social, psicológico e jurídico. A Associação dispõe ainda no mesmo horário de Resposta de Atendimento Psicológico para crianças e jovens vítimas de violência, uma estrutura especializada de atendimento psicológico e psicoterapêutico a crianças e jovens expostas à violência interparental.
Agenda Cultural de Proença-a-Nova abril 2022 abc das personalidades ANTÓNIO DIAS BRANCO Agricultor e Comercial 1917-2001 “Uma vida de muitos sacrifícios”. Foi assim que Maria de Jesus Branco descreveu o percurso em vida do seu pai, António Dias Branco. Segundo a filha, António conquistou os corações da sua família e da comunidade pela história de luta e capacidade de ultrapassar todas as condições adversas. Nascido e criado na Lameira D’ Ordem, António Dias Branco passou toda a sua vida nesta aldeia de Proença-a-Nova. Na rua à qual agora dá o nome, a sua casa foi a primeira de todas a ser construída, existindo agora outras ao seu redor, pertencentes às suas filhas e familiares ainda vivos. Da infância, sabe-se apenas que passou por algumas dificuldades, uma vez que o seu pai faleceu quando tinha apenas 18 anos de idade. Como era o mais velho, coube-lhe a ele a responsabilidade de cuidar dos seus sete irmãos, um deles bebé. Casou aos 30 anos de idade com Luísa Tavares, tendo permanecido matrimonialmente ligados até ao fim dos seus dias. Desta relação resultaram três filhas e oito netos, duas raparigas e seis rapazes, tendo todos eles conhecido em vida os seus avôs. As filhas Maria da Conceição, que, entretanto, já faleceu, Maria de Jesus e Elvira Delgado, a mais nova, agora a residir em Lisboa, só estudaram até à quarta classe e ajudavam nos trabalhos do campo, acompanhando os pais para todos os mercados em Proença-a-Nova. “O negócio que ele fazia era lá, não falhava nenhum mercado. Comprava animais, criava-os e depois vendiaos. Trabalhou muito para ter as suas coisas, ninguém tinha nada a apontar-lhe nesse sentido”, afirma Maria de Jesus. “Iam a pé da Lameira D’ Ordem até Proençaa-Nova, e às vezes chegavam aqui por volta da meianoite, passava-se o dia todo no mercado. Eu e as minhas irmãs íamos acompanhar, porque não havia outra hipótese”. Além dos animais, António Dias Branco e sua esposa vendiam também pão, trigo, centeio, milho e cereais, entre outros produtos que aproveitavam do campo. Maria de Jesus, atualmente com 70 anos de idade, conta o difícil processo pelo qual António passou: “só tínhamos uma horta e duas oliveiras, o meu pai e a minha mãe tinham poucos bens, mesmo para nos criar tiveram muitas dificuldades. Depois nós crescemos e fomos ajudando na agricultura, e nesse momento ficou com a vida um pouco mais desafogada”. Em alguns anos, António começou a expandir as suas posses, comprando fazendas ou terrenos para cultivo e posterior venda. “O meu pai só tinha uma hortinha quando se casou e depois comprou muita fazenda e oliveiras, sobretudo aqui na zona da Lameira D’ Ordem. A partir daí conseguiu ter uma vida melhor, porque boa nunca foi”, frisa a filha. Um residente local afirma que António era um senhor “com mentalidade fora da sua época, uma pessoa muito interessante”. A filha Maria de Jesus descreve-o como uma pessoa simples e que gostava de tudo muito ‘corretinho’. “Não tirava nada a ninguém, mas também não gostava que lhe tirassem a ele, como é evidente. Uns gostavam, outros não, mas ninguém consegue estar no coração de toda a gente”, sublinha. A ideia de dar o nome dele à rua foi do neto João Cardoso que, pela admiração que nutria pelo avô, fez questão de o homenagear desta forma, eternizando o seu nome na terra onde passou toda a sua vida. Embora tenha deixado de ser autossuficiente a partir dos 80 anos, como refere Maria de Jesus, António Dias Branco viria a falecer no ano de 2001, com 84 anos de idade. Por outro lado, a sua esposa Luísa, dois anos mais nova, viveu até 2009, a poucos dias de realizar o seu 91º aniversário. 13
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