Biologia Reprodutiva Em Angiospermas
A morfologia das flores em angiospermas é comumente utilizada como fonte de caracteres taxonômicos para identificar famílias, gêneros e espécies. Entretanto, para as plantas, as peculiaridades da morfologia de cada flor são a garantia do seu sucesso reprodutivo sexuado. Para nós, saber interpretar essas peculiaridades permite visualizar o verdadeiro significado dos atributos florais. Os estudos que envolvem estratégias e mecanismos relacionados à reprodução sexuada das plantas estão inseridos na área denominada Biologia Reprodutiva.
A morfologia das flores em angiospermas é comumente utilizada como fonte de caracteres taxonômicos
para identificar famílias, gêneros e espécies. Entretanto, para as plantas, as peculiaridades da morfologia de
cada flor são a garantia do seu sucesso reprodutivo sexuado. Para nós, saber interpretar essas peculiaridades
permite visualizar o verdadeiro significado dos atributos florais. Os estudos que envolvem estratégias e
mecanismos relacionados à reprodução sexuada das plantas estão inseridos na área denominada Biologia
Reprodutiva.
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Biologia Reprodutiva Em Angiospermas
Figuras 84-87. Heterostilia distílica em Erythroxylum sp. (Erythroxylaceae). 84-85. Flor brevistila: observe três estiletes curtos localizados
abaixo dos estames. 86-87. Flor longistila: observe três estiletes longos localizados acima dos estames (es: estames, et: estilete).
- ENANTIOMORFIA: ocorrência de dois morfos florais assimétricos - um morfo é a cópia especular do
outro. A enantiomorfia mais comum é a orientação do estilete para lados opostos (direita ou esquerda) em
cada morfo floral, denominada enantiostilia. Em espécies enantiostílicas, os dois morfos florais podem ocorrer
em um mesmo indivíduo (enantiostilia monomórfica) ou em indivíduos distintos (enantiostilia dimórfica)
(Barret, 2002).
O posicionamento do estigma e das anteras em flores enantiostílicas impossibilita a autopolinização
e, por isso, ocorre também a hercogamia. A polinização cruzada entre os morfos, nesse caso, é favorecida pelo
contado da antera e do estigma de cada morfo floral em locais distintos no corpo do polinizador.
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