24.05.2022 Views

093.584_aula3_7077760 (2)

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS

RAFAELA EDUARDA ALMEIDA LOPES

BENEFÍCIOS DA ROBÓTICA COLABORATIVA COMO

VANTAGEM COMPETITIVA PARA O SEGMENTO

INDUSTRIAL

NUREMBERG

2022


CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS

RAFAELA ALMEIDA LOPES

BENEFÍCIOS DA ROBÓTICA COLABORATIVA COMO

VANTAGEM COMPETITIVA PARA O SEGMENTO

INDUSTRIAL

Artigo final elaborado na disciplina de

trabalho de conclusão de curso – TCC

do curso de Engenharia de produção

do Centro Universitário da Grande

Dourados - para fins de obtenção do

Grau de Bacharel em Engenharia de

produção, sob orientação da Prof.

Bárbara Helen Rodrigues Ramires

Seribeli

NUREMBERG

2022


CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS

RAFAELA EDUARDA ALMEIDA LOPES

BENEFÍCIOS DA ROBÓTICA COLABORATIVA COMO

VANTAGEM COMPETITIVA PARA O SEGMENTO

INDUSTRIAL

Aprovado em: ____/____/2022

Orientador (a): Prof.(a). Bárbara Helen Rodrigues Ramires Seribeli

________________________________

Prof. Thiago Vinicius Krencyznski

Coordenador do Curso

NUREMBERG

2022


BENEFÍCIOS DA ROBÓTICA COLABORATIVA COMO

VANTAGEM COMPETITIVA PARA O SEGMENTO INDUSTRIAL

RAFAELA EDUARDA ALMEIDA LOPES

RESUMO

O desenvolvimento de robôs colaborativos tem, como principal finalidade, o uso por

indivíduos sem especialização técnica, aliado a aspectos preventivos e segurança para

evitar ao máximo qualquer espécie de acidente no ambiente de trabalho. Os robôs

colaborativos são desenvolvidos por meio de métodos específicos de visão, além de

sensores para detectar a aproximação de objetos e indivíduos, antecipando eventuais

colisões. O sistema pelo qual são desenvolvidos os robôs colaborativos reduzem a

velocidade e impedem a direção do equipamento após detectar um determinado espaço

em relação ao indivíduo – usuário – e objetos que, eventualmente, possam causar alguma

espécie de choque com o robô colaborativo. Nesse sentido, os robôs colaborativos

possuem um design devidamente planejado para redução de eventuais colisões, ou

qualquer outra espécie de acidente no ambiente de trabalho, além de apresentar uma

película de revestimento macia com alto nível de sensibilidade ao toque. Os robôs

colaborativos caracterizam-se também por serem flexíveis e simples quanto ao seu

manuseio, permitindo um sistema teach-in por meio de indicações manuais associadas a

direção e funcionamentos adicionais. O presente estudo justifica-se, principalmente, pelo

fato de que os robôs colaborativos oferecem diversos benefícios nas atividades

consideradas exaustivas e repetitivas para os indivíduos, oferecendo também segurança e

prevenção em ambientes de trabalho que possam ofereçam riscos para a saúde dos

indivíduos, com foco no aumento de qualidade e eficiência nos processos de produção.

Por meio dos robôs colaborativos, as organizações possuem uma importante ferramenta

competitiva no mercado e, ao criar estabilidade no mercado, as organizações criam

também condições para geração de novos empregos. Averiguando-se essa conjuntura,

ressalta-se o seguinte problema de pesquisa: quais as principais vantagens competitivas

no mercado para as organizações que utilizam a robótica colaborativa nos processos

produtivos? O objetivo geral é averiguar as principais características da robótica

colaborativa nos processos de produção, com ênfase para as vantagens competitivas que

este mecanismo tecnológico pode proporcionar para as organizações. Sobre a definição

dos objetivos específicos, estabeleceu-se o seguinte: vantagem competitiva e robótica

colaborativa; investigar aspectos técnicos e mercadológicos sobre a robótica colaborativa

no ambiente de trabalho das organizações; analisar as vantagens competitivas no mercado

para as organizações que utilizam a robótica colaborativa nos processos produtivos. A

metodologia adotada nesse estudo foi a seguinte: Revisão Bibliográfica Narrativa

(Revisão de Literatura).

Palavras-chave: Ambiente de Trabalho. Competitividade. Processos Produtivos.

Robótica Colaborativa. Segurança e Prevenção.


ABSTRACT

The development of collaborative robots has, as main purpose, the use by individuals

without technical specialization, combined with preventive and safety aspects to avoid as

much as possible any accident in the work environment. Collaborative robots are

developed using specific vision methods, as well as sensors to detect the approach of

objects and individuals, anticipating possible collisions. The system by which

collaborative robots are developed reduces the speed and prevents the direction of the

equipment after detecting a certain space in relation to the individual - user - and objects

that, eventually, may cause some kind of shock with the collaborative robot. In this sense,

the collaborative robots have a duly planned design to reduce possible collisions, or any

other type of accident in the work environment, in addition to presenting a soft coating

film with a high level of sensitivity to touch. Collaborative robots are also characterized

by being flexible and simple in their handling, allowing for a teach-in system by means

of manual indications associated with direction and additional functions. The present

study is justified, mainly, by the fact that collaborative robots offer several benefits in

activities considered exhaustive and repetitive for individuals, also offering safety and

prevention in work environments that may offer risks to the health of individuals,

focusing increasing quality and efficiency in production processes. Through collaborative

robots, organizations have an important competitive tool in the market and, by creating

market stability, organizations also create conditions for generating new jobs. In the light

of this situation, the following research problem is highlighted: what are the main

competitive advantages in the market for organizations that use collaborative robotics in

production processes? The general objective is to investigate the main characteristics of

collaborative robotics in production processes, with emphasis on the competitive

advantages that this technological mechanism can provide for organizations. Regarding

the definition of specific objectives, the following was established: competitive advantage

and collaborative robotics; investigate technical and marketing aspects of collaborative

robotics in the organizations' work environment; analyze the competitive advantages in

the market for organizations that use collaborative robotics in production processes. The

methodology adopted in this study was as follows: Narrative Bibliographic Review

(Literature Review).

Keywords: Collaborative Robotics. Competitiveness. Productive Processes. Security and

Prevention. Work Environment.


INTRODUÇÃO

A utilização da automação é um procedimento recorrente quando se objetiva a

promoção do aumento dos níveis de produção e eficiência em diversos sistemas. Contudo,

mesmo considerando o elevado desenvolvimento observado nesta área, ainda não há

comprovações contundentes de que o trabalho manual tenha sido suplantado enquanto

recurso totalmente flexível. Sendo este um dos maior entraves no desenvolvimento de

sistemas de montagem reconfiguráveis (DENCKER, et. al., 2009)

De modo cada vez mais elevado, a competitividade dos sistemas de produção

apresenta-se fortemente ligada com aspectos de flexibilidade e, na maioria das vezes, está

relacionada com sua disposição para a reconfiguração. Destarte, mostra-se como

essencial que se desenvolva processos colaborativos e com altos índices efetividade entre

pessoas e máquinas sendo esta questão primordial para se incrementar os processos de

produção. Com o objetivo de extrair ao máximo as qualidades técnicas dos indivíduos e,

concomitantemente, tirar proveito das vantagens oferecidas pelo desenvolvimento

tecnológico da automação, a influência mútua entre estes necessita ser pesquisada,

desenvolvida e bem arquitetada. A chave do sucesso em relação a essa questão passa por

estabelecer atividades mistas, promovendo a associação de operações manuais e

automatizadas em modos de produção semi-automáticos que instiguem o trabalho

colaborativo entre estes diferentes recursos (DAEMON, 2017).

Por meio da robótica colaborativa, o homem e o robô conseguem desenvolver

atividades notadamente mais sensíveis. Grades de proteção são eliminadas, novos postos

de trabalho são criados, proporcionando maior rentabilidade e máxima eficiência nas

empresas da indústria 4.0. Os robôs colaborativos, que estão sendo reconhecidos pelas

destacadas alterações no mercado por conceber diversas novas possibilidades de

utilização da automação em decorrência de suas características inovadoras. Uma das

principais vantagens dos robôs colaborativas, diz respeito a possibilidade de trabalharem

em conjunto com pessoas e de modo seguro (GUILD; DANAHER, 2016).

Segundo pesquisas, o mercado mundial de robôs colaborativos deve investir quase

12 bilhões de dólares até o ano de 2025. Sendo praticamente todo o capital presente,

atualmente, no setor robótico hoje (VITALLI, 2017). Os robôs colaborativos foram

criados para serem manuseados sem grandes complicações por pessoas não especialistas


em robótica, ou seja, a partir de comandos intuitivos podem ser empregados nas mais

diferentes funções e apresentando baixo risco de acidentes.

Em cada junta/eixo rotativo estão presentes sensores de força e torque que

detectam até o mais sutil impacto ou toque no decorrer do andamento contínuo da

programação estabelecida. Os robôs colaborativos são instrumentalizados com sistemas

inteligentes de visão e sensores que detectam a aproximação, antecipando-se desta forma,

de uma acidental colisão, diminuindo a velocidade de deslocamento ou parando

completamente ao chegar a uma distância mínima do trabalhador ou elemento que se

apresente como risco de colisão. Exibem design arredondado para reduzir danos mesmo

de fronte a leves contatos em pessoas e ainda podem apresentar uma envoltório com

revestimento macio e sensitivo ao toque. Flexibilidade e simplicidade são, da mesma

forma, atributos importantes e possibilitam programação teach-in (“Ensino por meio de

chaves”) a partir de orientação manual do percurso de deslocamento e das demais funções

acessórias (VITALLI, 2017).

Pode-se alocar os robôs colaborativos em linhas de montagem de equipamentos

de pequenas dimensões, como eletrônicos e componentes automotivos, ou colaborar no

controle da qualidade de produtos produzidos manualmente. Pequenos e livre de riscos,

podem ser utilizados em linhas de montagem já estabelecidas, sem ter que realizar

grandes alterações. Os robôs colaborativos apresentam custo reduzido, reconhecidamente

fáceis de usar e apresentam elevada segurança. Outro aspecto positivo é que podem ser

prontamente reconfigurados para novas funções, sendo deste modo, apropriados para a

produção de pequenas séries. Importante ressaltar que antes da utilização dos robôs

colaborativos, deve-se desenvolver uma análise dos riscos e prováveis acidentes de

acordo com as normas internacionais ISO/TS 15066:2016 (ISO, 2016) e ISO 10218-

1:2011 (ISO, 2011) (VITALLI, 2017).

Destaca-se ainda que as novas tecnologias de robôs, os chamados robôs

colaborativos, bem como os robôs tradicionais utilizados em aplicações colaborativas,

possuem uma regulamentação técnica e legal: a Norma Técnica nº 31 (BRASIL, 2018).

Tal norma técnica é regulamentada com base na Norma Regulamentadora nº 12

(BRASIL, 1978), bem como baseado nas atribuições e entendimento da Auditoria Fiscal

do Trabalho em relação aos requisitos de segurança necessários ao trabalho seguro com

os referidos robôs (NR-12, 2010).

Averiguando-se essa conjuntura, ressalta-se o seguinte problema de pesquisa:

quais as principais vantagens competitivas no mercado para as organizações que utilizam


a robótica colaborativa nos processos produtivos? O objetivo geral é averiguar as

principais características a robótica colaborativa nos processos de produção, com ênfase

para as vantagens competitivas que este mecanismo tecnológico pode proporcionar para

as organizações. Sobre a definição dos objetivos específicos, estabeleceu-se o seguinte:

verificar conceitos e características da robótica colaborativa; investigar aspectos técnicos

e mercadológicos sobre a robótica colaborativa no ambiente de trabalho das organizações;

analisar as vantagens competitivas no mercado para as organizações que utilizam a

robótica colaborativa nos processos produtivos.

Para o desenvolvimento efetivo dos objetivos específicos num corpo consistente

de análise e argumentação, é utilizada uma abordagem objetiva e qualitativa como um

processo metodológico, baseado no estudo comparativo do conteúdo dos trabalhos de

diferentes autores, numa revisão bibliográfica e documental que permite maior

aprofundamento no tema da investigação. Após esta introdução os seguintes capítulos

estarão organizados da seguinte maneira. No capítulo 2 foram verificados conceitos e

características da robótica colaborativa. No capítulo 3 são investigados aspectos técnicos

e mercadológicos sobre a robótica colaborativa no ambiente de trabalho das organizações.

As vantagens competitivas no mercado para as organizações que utilizam a robótica

colaborativa nos processos produtivos estará sendo abordada no capítulo 4. No capítulo

5 será abordada a metodología aplicada. E para finalizar, no capítulo 6 serão apresentadas

as considerações finais.

2 A IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS COLABORATIVOS

O desenvolvimento do trabalho colaborativo, inicialmente, foi utilizada em

atividades como o deslocamento preciso de grandes cargas em operações de montagem,

possibilitando o controle do movimento de um transmissor robótico diretamente por um

colaborador que, desta forma, recebe informações do bom andamento do processo. Os

impeditivos virtuais vieram contribuir com o controle livre nos sistemas colaborativos e

possibilitaram que se desenvolvessem atividades cansativas e que demandavam alto grau

de exatidão a partir do estabelecimento de regras relacionadas ao movimento realizado

pelo operador (RIBEIRO, 2010).

A robótica tem ampliado seu campo de atuação, tornando-se, gradativamente,

mais presente nos processos manufaturados em todos os setores de mercado, haja vista

que diminui os gastos relacionados com o trabalho e problemas ligados à utilização de


recursos humanos em ambientes perigosos ou insalubres. A utilização da automação e

robótica pode ser aplicada junto à simples operações de transporte até robôs multieixos

com sistemas avançados de visão integrada e flexibilidade de reconfiguração em tempo

real (GOLNABIA; ASADPOURB, 2007).

Espera-se que o desenvolvimento tecnológico relacionado com os robôs

colaborativos tornem os processos de manufatura atuais, obsoletos. Estruturas autônomas

ou semiautônomas irão impulsionar o desenvolvimento da visão computacional, de

sensores, incluindo radares e GPS, e linhas de código de controle remoto. Medidores em

3D e os sensores de visão e localização possibilitarão a adaptação de máquinas conforme

o ambiente e a relação destas com as pessoas (BATCHELOR, 2012). Programas de

capacitação em automação serão gradativamente essenciais para o desenvolvimento de

competências estratégicas, mas deve ser estabelecido de modo adequado, considerando

os colaboradores de baixa escolaridade, que deverão ser treinados para melhor se

adequarem à nova realidade (FORESIGHT, 2013).

Processo de modelação e simulação da manufatura interligadas a todos os

processos de design, em conjunto com dispositivos de realidade virtual, possibilitarão que

todos os aspectos da produção sejam melhorados em um fluxo ascendente de acordo com

os princípios de produção ágil, isto é, just in time, ação rápida e produção enxuta

(DICKENS; KELLY; WILLIAMS, 2013). A partir do suporte de novos materiais e de

máquinas reprogramáveis, os níveis de produção apresentaram índices cada vez mais

elevados, sendo fundamentais para suprir as demandas cada vez mais acentuadas da

sociedade (BRUNO, 2016).

Adotando princípios da Indústria 4.0, os modos de organização do trabalho, os

modelos de negócio e os serviços utilizarão tics para atrelar a produção a todas as demais

atividades envolvidas. Tais ações, além de possibilitarem maior vantagem competitiva,

serão determinantes para agregar mais valor ao produto, consequentemente, maior

reconhecimento por parte do consumidor, integrado, do mesmo modo, às novas

tecnologias. A reorganização com a utilização de robôs colaborativos irá ser determinante

para a transformação de toda a cadeia produtiva (FORESIGHT, 2013).

A revolução da manufatura irá acontecer fazendo-se uso da integração de sensores

em rede, lingando produtos aos processos e à Internet (VARHEENMAA; MEINANDER,

2007).Sensores são conversores que avaliam quantidades físicas e as transformam em

sinais que são interpretados por um observador ou por um aparelho eletrônico. Todos os

equipamentos automatizados apresentam sensores (BOOK et al., 2010).


Os fluxos de dados dos produtos possibilitarão o desenvolvimento de novos

serviços, a administração autônoma de estoques pelo sistema, a autoavaliação de

imperfeições e o autorreparo antes mesmo que as falhas possam ocorrer, além de

reduzirem a utilização de energia (FORESIGHT, 2013).

Outros destaques e outros setores de desenvolvimento tecnológico também devem

ser observados – Big Data, IdC - Internet das Coisas, IdS - Internet dos Serviços,

Inteligência Artificial e Impressão 3D –, todos vastamente estudados como possíveis

ferramentas a serem utilizadas manufatura. Na manufatura, o Big Data, isto é, as formas

de armazenamento e tratamento de um volume elevado de dados, contribuirá com a

otimização do design, dos meios de produção e com os ciclos de produtos, contribuindo

com a redução do uso de recursos (MANYIKA; SINCLAIR; DOBBS, et al., 2012).

Todo o histórico relacionado com a cadeia produtiva poderá ser armazenada e

utilizada como fontes de dados para novas pesquisas e possíveis incrementos no processo.

O Big Data contribuirá para uma substancial mudança no modo como a manufatura se

relaciona com o consumidor. O grande volume de dados poderá compreender desde a

comunicação online dos consumidores sobre determinada marca ou produto até dados

obtidos em tempo real de máquinas-ferramentas e robôs. Todas essas informações serão

essenciais para que se possa refinar o processo de manufatura, destarte o tratamento

analítico das informações e possíveis insights acerca do material avaliado, todo esse

processo com o desígnio de aperfeiçoar o desempenho operacional (BRUNO, 2016).

2.1 A IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS COLABORATIVOS

Um conjunto de trabalho coordenado, ou, em outras palavras, um determinado

sistema pode ser classificado como colaborativo se nele for possível identificar uma

comunicação simultânea entre o agente operador e a máquina robótica durante a

realização de uma atividade (PESHKIN; COLGATE; WANNASUPHOPRASIT, et al.,

2001).

A palavra ‘colaborativo’, é a expressão utilizada para dar referência aos sistemas

robóticos, que possibilitam a diferenciação existente entre dois modelos: a

telemanipulação e a manipulação colaborativa. No que se diz respeito à telemanipulação,

é a presença de uma relação indireta entre o agente operador e o sistema robótico nos

quais integram- se mutuamente. Neste ponto, o agente operador do sistema estabelece


uma relação direta com um robô de comando central, que permite manipular um ou vários

robôs remotamente, que interconectados, serão os responsáveis pela realização do

trabalho. Entretanto, nestes casos, justamente pela ausência do operador no mesmo

espaço físico de trabalho, são necessárias a utilização de meios que permitam ter

percepções táteis e orientações visuais (MARAYONG, 2007).

No âmbito da manipulação colaborativa o agente operador, está presente em

pessoa no espaço onde se realiza o trabalho e comanda prontamente o sistema robótico.

Nesta inter-relação o robô repete sequencialmente tudo o que o agente operador

presencialmente comanda. Com isso, o operador sustenta a capacidade em manter a

movimentação sobre o espaço físico e o mecanismo terminal do robô, não se fazendo

necessários quaisquer outros instrumentos (EMEAGWALI, 2004).

É imprescindível ter em mente a devida diferenciação entre estes sistemas e os

sistemas colaborativos robóticos, que indicam uma colaboração entre dois ou mais robôs.

Os sistemas colaborativos avançaram muito no aspecto suplementar aos sistemas

robóticos dos setores industriais nos quais, por motivos de segurança do trabalho, não

poderiam proceder conjuntamente com pessoas, dado o nivel de perigo e/ou risco que

essas atividades apresentam (PESHKIN; COLGATE, 1999). Ao manejar diretamente o

robô dentro do espaço de operações o agente condiciona a sua capacidade cinestésica,

isto é, sua percepção de movimentação, deixando os manipuladores colaborativos mais

harmônicos e sensíveis ao utilizá-los do que pelos sistemas de telemanipulação

(RIBEIRO, 2010).

A evolução da inteligência artificial apresenta-se como fundamental para a

automatização das máquinas. A compreensão das linguagens e vozes humanas faz com

que as máquinas realizem comandos com maior facilidade. A aprendizagem das máquinas

tem se mostrado de estimado valor para o diagnósticos médico, por exemplo. No capítulo

3, são abordados aspectos conceituais e técnicos a respeito da inteligência artificial,

ampliando a dimensão a respeito da influência da robótica colaborativa no meio social e

mercadológico em todo o mundo (DICKENS; KELLY; WILLIAMS, 2013).

3 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: CONCEITOS E QUESTÕES TÉCNICAS

A inteligência artificial é tecnologia que teve a sua criação nos anos de 1950 e que

vem recebendo elevado destaque na imprensa midiática. A concepção atual que se tem

acerca da IA deriva de diversos enlaces de diferentes áreas do conhecimento ocorridas no


decorrer da história e que contribuíram de modo significativo para o seu desenvolvimento

– matemática; neurociência; tecnologia da informação; entre outras diversas áreas

relevantes (RUSSELL; NORVIG, 2004).

Criada no ano de 1956, uma das principais finalidades da inteligência artificial é

fazer com que os equipamentos computacionais executem atividades inteligentes com

base em algoritmos com características de alta complexidade, bem como por meio de

procedimentos similares ao comportamento do ser humano – no sentido do pensamento,

do raciocínio e, principalmente, na forma de solucionar problemas sem a necessidade de

um comando humano (SOUZA; TALON, 2013).

Russell e Norvig (2013) afirmam que a inteligência artificial vem modificando e,

deveras, incrementando de forma geral, o modo como o ser humano desenvolve as suas

atividades, compreendendo a sua comunicação e aspectos práticos de seu trabalho. Os

autores classificam a inteligência artificial em quatro principais sistemas – Quadro 1.

Quadro 1 – Inteligência Artificial – Classificação de quatro sistemas principais.

Tipo de sistema

Conceitos

Sistemas que pensam Esforço para fazer os computadores pensarem. Máquinas com

como seres humanos mentes, no sentido total e literal. Automatização de atividades

associadas ao pensamento humano - tomada de decisões,

resolução de problemas e aprendizado, por exemplo.

Sistemas que pensam Estudos das faculdades mentais pelo uso de modelos

racionalmente computacionais que torna possível perceber, raciocinar e agir.

Sistemas que atuam A arte de criar máquinas que executam funções que exigem

como seres humanos

inteligência quando executadas por pessoas.

Sistemas que atuam A inteligência computacional é o estudo de projeto de agentes

racionalmente

inteligentes.

Fonte: Russell e Norvig (2013, p. 16), adaptado pelo autor.

A inteligência artificial utiliza algoritmos que trabalham com dados, sendo esta a

sua força impulsional. Os algoritmos empregues em inteligência artificial são constituídos

de três principais famílias: machine learning; deep learning; processamento de linguagem

natural. O sucesso atual e o franco aperfeiçoamento da inteligência artificial decorre em

grande medida da utilização de dados provenientes de grandes centros de processamento


de informações como a Big Data Analytics – avaliação e uso de gigantes grupos de dados,

denominado como Big Data (CLABURN, 2015).

Observa-se, na sociedade contemporânea, a presença de grandes entidades

estritamente voltadas para o desenvolvimento de estudos no campo da IA e que estão

possibilitando substanciais mudanças na sociedade como a conhecemos. O

gerenciamento de dados, a privacidade e o trabalho colaborativo de diferentes entidades,

como a The Boston Consulting Group (BCG) que desenvolve um trabalho colaborativo

com o MIT examinando e explorando o constante aumento da utilização da inteligência

artificial no cenário empresarial. Estes estudos avaliam os novos riscos e aspectos

prejudiciais relacionados ao grau de dependência, perda de empregos e segurança,

procurando contribuir acerca da compreensão de gerentes e indivíduos com poder

decisório no cotidiano das organizações, para que consigam mesclar de modo coeso e

assertivo as potencialidades presentes tanto na inteligência humana e quanto na

inteligência artificial (SANTOS, 2017).

De maneira geral, a área da tecnologia é caracterizada como uma inteligência

ubíqua, segmentada em três grupos principais: inteligência assistida; inteligência

aumentada; inteligência autônoma. Esses três grupos são reconhecidos

internacionalmente pela sigla IAAA (STONE; BROOKS; BRYNJOLFSSON, et al.,

2016).

A denominação ‘ubíquo’, de acordo com as regras de português no Brasil, tem o

seguinte significado: onipresente. A inteligência artificial, mesmo em um estágio

considerado incipiente, já se mostra como uma tecnologia cada vez mais frequente no

cotidiano dos indivíduos, acessível e à disposição em quase todos os espaços. Disponível

como a energia elétrica ou saneamento básico, sendo aos pouco integrada à sociedade

como ferramenta básica de auxílio às necessidades humanas (SOCIETY, 2016).

A inteligência assistida defende a participação das pessoas por trás de toda ação

automatizada. Este posicionamento demanda de princípios que advogam a importância

de se ter indivíduos em papel ativo no processo de tomada de decisão, sendo que a

inteligência artificial executa as tarefas conforme programas pelo humano, sendo

utilizada como forma de otimizar as atividades já realizadas, recebendo como atribuições

a execução de tarefas repetitivas e com alto nível de padronização. Cita-se à critério de

exemplificação, a utilização de IA em linhas de montagem de fábricas automatizadas,

maximizando dessa forma, a produção e eximindo o ser humano de atividades repetitivas,

deixando-o livre para exercer a sua função de ser cognoscente (CLABURN, 2015).


Assim como na indústria, inteligência artificial está presente no comércio, onde

certas marcas fazem uso dessa ferramenta para estabelecer comunicação com seus

clientes sanando dúvidas simples e possibilitando que a inteligência humana se concentre

em atendimentos que requerem mais sofisticação. A inteligência artificial não somente

responde a certos questionamentos como também pode estabelecer um diálogo com o

consumidor. Esta tecnologia é denominada como ChatBot, que além de manter

conversação pode transferir o processo para outro setor quando perceber que o assunto

tratado não diz respeito à sua programação específica (SANTOS, 2017).

Em relação à inteligência aumentada, trata-se do conceito de um sistema de

computador que auxilia o pensamento humano e sugestiona o emprego da tecnologia

como suporte e não substituição do homem no trabalho. A inteligência aumentada

objetiva elevar a capacidade de processamento humano, haja vista que os sistemas

buscam replicar o escopo completo de inteligência humana (CLABURN, 2015).

A inteligência aumentada apresenta um grande potencial de desenvolvimento,

pois é visível em uma realidade próxima, sendo possível visualizar a inteligência artificial

contribuindo com os médicos a avaliarem os dados médicos e o histórico de seus

pacientes; os indivíduos a terem respostas sobre seguros, carga tributária e programas

sociais; os estudantes e docentes utilizarem para estruturar processos de ensinoaprendizagem

mais efetivos; as organizações financeiras a efetuarem melhores decisões

sobre risco e fraude; utilizada para equacionar os problemas de segurança pública,

ambientais e da sociedade de um modo geral (SANTOS, 2017).

Quanto à inteligência autônoma, esta trata-se da concepção de máquinas com

maior autonomia, ou seja, equipamentos computacionais que tomam para si a atividade

de tomada de decisões conforme certas especificidades definidas pelo indivíduo com a

responsabilidade pelo processo de tomada de decisões. Quando as pessoas passarem a

depositar maior confiança na inteligência artificial, estas passarão a serem utilizadas com

mais contundência e em diversas áreas, tendo autonomia para gerir processos antes

coordenados pelo ser humano. Os carros autônomos são um exemplo desta nova realidade

pautada na confiança em relação às tecnologias atuais utilizadas na inteligência artificial

(CLABURN, 2015).

Importante frisar que a atividade de dar autonomia à máquinas ‘inteligentes’

repousará, em grande medida, em mãos humanas e será realizada com base em inúmeros

fatores, compreendendo a velocidade da tomada de decisões por parte do ser humano, a

viabilidade e os aspectos positivos de se tomar decisões autônomas em processos


específicos, a relação custo-benefício em construir tais soluções, e a confiança que será

creditada em tais soluções. Parte do corpo científico compreende a inteligência artificial

como uma ameaça. Personalidades importantes do segmento tecnológico em nível

internacional – Stephen Hawking, Bill Gates, Elon Musk (CEO da Tesla Motors), entre

outros – estão entre aqueles que alertam, de forma constante, sobre os riscos relacionados

com a criação de sistemas de inteligência artificial. Em 2014, Hawking alertou que o

desenvolvimento da inteligência artificial completa pode ser determinante para o fim da

raça humana (GUILD; DANAHER, 2016).

Dietterich e Horvitz (2015) afirmam que a inteligência artificial não apresenta

riscos, destacando que os riscos no processo de desenvolvimento de sistemas de

inteligência artificial são totalmente autônomos, com a capacidade de raciocinar e

aprender é nulo. Dietterich e Horvitz (2015) ressaltam que um sistema de inteligência

artificial não se tornará por conta própria autônomo a menos que seja estruturado desta

maneira. Desta forma, os computadores não colocarão a humanidade em risco em algum

momento de sua evolução, a menos que sejam programados para tal finalidade. Apesar

da inteligência autônoma ser compreendida como uma ameaça, algumas organizações

vem investindo substancialmente na tecnologia e parece irreversível que sistemas deste

porte venham a ser criados. A inteligência artificial autônoma já está sendo aplicada em

muitos processos que envolvem poder decisório de elevado periculosidade, como carros

de autônomos, armas autônomas e auxiliares cirúrgicos automatizados. Os riscos

relacionados a estes sistemas devem ser discutidos antes que seja seguro implantá-los de

modo completo (DIETTERICH; HORVITZ, 2015).

4 ROBÓTICA COLABORATIVA: VANTAGENS COMPETITIVAS NO

PROCESSO PRODUTIVO

O presente capítulo aborda vantagens da Robótica Colaborativa no processo

produtivos de alguns setores do mercado. Por meio dos Quadros 2, 3 e 4, e das Figuras 1,

2 e 3, verificam-se alguns casos práticos de soluções promovidas pela Robótica

Colaborativa.

Quadro 2 – Casos práticos de soluções promovidas pela Robótica Colaborativa –

Utilização de robôs em células de moldagem por injeção para aumentar a produtividade.


Tarefa Solução Resultado

Implementar uma pequena

solução robotizada para

montar e adicionar

inserções numa ampla

gama de peças moldadas

por injeção híbridas de

metal e plástico.

Fonte: Fanuc (2020a).

Criar uma célula

empregando os versáteis

robôs FANUC M-1, tanto

de forma independente

como em combinação com

os robôs Cartesianos.

Equipados com iRVision,

estes conseguem

reconhecer e posicionar

peças com níveis

extremamente elevados de

precisão.

Um design de célula

económico e flexível.

Montagem e

reconhecimento perfeito de

inserções e maior

competitividade para os

clientes.

Figura 1 – Casos práticos de soluções promovidas pela

Robótica Colaborativa – Utilização de robôs em células de

moldagem por injeção para aumentar a produtividade.

Fonte: Fanuc (2020a).

Quadro 3 – Casos práticos de soluções promovidas pela Robótica Colaborativa –

Utilização de robô colaborativo para movimento automatizado, sem barreiras de

segurança e à velocidade máxima.

Tarefa Solução Resultado


Promover a evolução da

abordagem "fábrica de

inteligente", para que a

cadeia de abastecimento e

os processos de produção

se auto-organizem e os

pedidos dos clientes sejam

satisfeitos de forma ainda

mais eficiente.

Fonte: Fanuc (2020b).

Instalação de 600 robôs

que se encarregam

essencialmente de tarefas

de soldadura e

manuseamento, atrás de

barreiras de segurança. A

exceção a este cenário é o

robô CR-35iA da FANUC,

que não necessita de

barreiras de segurança e

funciona à velocidade

máxima, 750 mm/s neste

caso, para colocar a peça

fabricada numa estrutura

de suporte.

Tarefas simples como o

transporte de peças no

ambiente de produção

passarão a ser efetuadas

por sistemas automáticos

e, um dia, darão lugar a

locais de trabalho

ergonómicos, silenciosos e

isentos de lesões físicas.

Figura 2 – Casos práticos de soluções promovidas pela

Robótica Colaborativa – Utilização de robô colaborativo para

movimento automatizado, sem barreiras de segurança e à

velocidade máxima.

Fonte: Fanuc (2020b).

Quadro 4 – Casos práticos de soluções promovidas pela Robótica Colaborativa –

Utilização de célula especial para manusear, orientar e processar componentes.


Tarefa Solução Resultado

Para produzir montagens

de cabinas para a DAF, é

necessário manusear

automaticamente fundições

pesadas ao longo de

processos de fresagem,

perfuração, fundição e

rebarbação, sem

intervenção humana.

Fonte: Fanuc (2020c).

Os robôs de

manuseamento FANUC R-

2000iB/165F equipados

com visão e um sistema de

laser, respetivamente,

visualizam, posicionam e

orientam as fundições e

carregam e descarregam as

mesmas ao longo das

máquinas na célula.

As montagens são

processadas numa única

fixação. A interação

perfeitamente integrada

entre os robôs e as

máquinas-ferramentas

reduziu de forma

significativa o tempo de

maquinação total e

aumentou a capacidade da

célula.

Figura 3 – Casos práticos de soluções promovidas pela

Robótica Colaborativa – Utilização de célula especial para

manusear, orientar e processar componentes.

Fonte: Fanuc (2020c).

A seguir, o presente estudo destaca algumas vantagens importantes da Robótica

Colaborativa em determinados setores mercadológicos.

4.1 VANTAGENS COMPETITIVAS DA ROBÓTICA COLABORATIVA NO SETOR

AGRÍCOLA


Entre alguns dos principais motivos na limitação da utilização de tecnologias de

robótica colaborativa em território brasileiro, consideram- se as mais importantes: o baixo

custo de força de trabalho; uma limitação da quantidade de computadores instalados em

áreas produtivas; alta carga de tributos para a importação de máquinas e outros

equipamentos com tecnologia de ponta; um deficitário suporte técnico e o baixo nível de

preparo profissional especializado; redução dos valores de comércio das mercadorias

agrícolas; um decréscimo dos índices de produção na maioria das propriedades agrícolas;

e os baixos valores financeiros das terras (HACKENHAAR; HACKENHAAR; ABREU,

2015).

As vantagens evidentes da robótica são o incremento tecnológico tanto em

quantidade quanto na qualidade da produção como um todo, buscando uma melhora real

e significativa no planejamento e no gerenciamento dos recursos naturais, adotando novas

práticas mais eficientes de toda a cadeia produtiva, principalmente no que diz respeito ao

consumo de insumos e outras matérias- primas (CRESTANA; FRAGALLE, 2012).

Embora seja uma proposta ambiciosa que vise criar condições ou soluções

altamente automatizadas ou específicamente técnicas, ainda há pouco acesso a essa

realidade na grande maioria dos sistemas produtivos da agricultura rudimentar no Brasil.

A robótica e a tecnologia voltadas para o campo, mais incisivamente para a denominada

agricultura de precisão, essencialmente fomentam o volume de produção e o valor

energético dos grãos, intrinsicamente ligada a um tipo de manipulação restrita e localizada

na utilização de um conjunto de itens ligados à produção do setor, ou por assim dizer, de

insumos (SILVEIRA, 2012).

Essa direção mais efetiva permite um aumento da capacidade de produção que

inclinam- se em alcançar os mais altos patamares produtivos das glebas, muitas vezes

alavancando a média de produção de grãos de 2 toneladas e meia por hectare para até 8

toneladas por hectare – tratando-se do trigo, por exemplo (INAMASU, 2011).

Por volta de 25% de todo volume de produção mundial de gêneros alimentícios

vem sendo ameaçado, ano a ano, como resultado da insuficiência de água, ou pela ação

de pragas mais destrutivas e resistentes aos defensivos agrícolas e que constantemente

são agredidas pela destruição e empobrecimento dos campos cultiváveis. Nesse ponto,

um aporte social mais significativo, pode ser conferido como uma consequência das

tecnologias adotadas, se for levado em consideração o peso do desafio para o aumento da

produção de alimentos em detrimento das demandas de uma população cada vez maior,


e em contraponto de uma diminuição dos danos ambientais e de decréscimo das

intercorrências relativamente previsíveis, dada ao grau de risco dessas atividades mais

insalubres (OLIVEIRA, 2009).

O assunto da automatização ou robotização e de sua ressonância sobre a criação

do emprego, passou a ser discutida com maior ênfase no Brasil nos últimos tempos. Vale

frisar sobre a atenção que se deve ter no que diz respeito ao processo de inserção e

disseminação desse aparato tecnológico, pois, é prudente que seja acompanhado de

modificações nas estruturas de origens sociais e econômicas, de maneira que possa

introduzir as condições necessárias de projeções rentáveis para a adoção das novas

técnicas. No caminho inverso ao de indústrias do setor aeroespacial, por exemplo, a

agricultura é um ramo industrial que possui pouca margem de lucro, por isso é essencial

que os novos robôs sejam eficientes e que o acesso a estes equipamentos seja facilitado

(HACKENHAAR; HACKENHAAR; ABREU, 2015).

O setor agrícola, a partir do ano de 2030 – aproximadamente –, mesclará o modo

mais tradicional com novíssimas gerações de robôs que deverão ser suficientemente

capazes de executar trabalhos com o ambiente natural para que seja possível estabelecer

um nível mínimo de competitividade econômica e sustentável frente aos outros mercados

produtores, com a oferta de alimentos de alta qualidade e em larga escala

(EUROBOTICS, 2012).

A pluridisciplinaridade e os progressos da tecnologia que passam a transformar e

criar novas práticas agrícolas, poderão abrir outras oportunidades para a entrada de

sistemas independentes nas lavouras. Esses, por seu turno, devem ser entendidos como

mecanismos de suporte que irão compor e adicionar ao sistema de manuseio e não apenas

como uma solução isolada e imediata (INAMASU, 2011).

4.2 VANTAGENS COMPETITIVAS DA ROBÓTICA COLABORATIVA NO SETOR

ALIMENTÍCIO

O crescimento da robótica colaborativa no setor de gêneros alimentícios e bebidas,

permite o desenvolvimento da produtividade e, especialmente, traz outras vantagens para

a segurança alimentar e para a segurança do trabalhador. Isso, sem levar em conta que a

robotização abre espaço para que os agentes operadores que antes estavam atrelados

diretamente à execução de tarefas de esforço repetitivo, agora possam assumir outras


atividades muito mais dinâmicas, complexas e estratégicas (FISPAL TECNOLOGIA,

2018).

Por fim, a utilização dos robôs colaborativos permite criar uma linha de

mercadorias diversificadas e mais flexíveis, onde há pouca necessidade de conformidade

eletromecânica ou de re-programação do maquinário (VITALLI, 2017). Embora seja

possivel identificar o evidente aumento de produtividade que a implementação da

tecnologia robótica colaborativa propiciou no setor industrial agrícola, é de suma

importância ressaltar que, essa redução de gastos de produção também podem ocorrer por

uma série de outras questões, pois a empresa que emprega mais integração de

comunicação entre robôs e pessoas na sua linha de produção, reduz seus gastos com

outras medidas de segurança, pois, para estes funcionários, não será mais preciso realizar

tais atividades que anteriormente eram comuns (FISPAL TECNOLOGIA, 2018).

Outro ponto que deve ser exposto é que praticamente não há diminuição na

velocidade de produção, pois são os robôs colaborativos que realizam as atividades e que

não estão mais sujeitos ao esgotamento físico dos trabalhadores diretamente ligados à

atividade em si. Nessa mesma esteira, desaparecem os riscos de acidentes de trabalho,

que costumavam acarretar grandes consequências e prejuízos para os empresários

(HACKENHAAR; HACKENHAAR; ABREU, 2015).

Com a diminuição dos custos de produção, é evidente que há um aumento da

margem de lucro. E, como exposto acima, essas vantagens não ocorrem somente pelo fato

de obterem maior eficiência e velocidade da linha produtiva, mas, também por conta da

diminuição dos riscos relacionados à area da saúde laboral e de processos trabalhistas

(FISPAL TECNOLOGIA, 2018). No geral, a indústria cresce em competitividade e

aumenta sua atuação no mercado, conferindo maior tranquilidade e estabilidade, o que

por consequência poderá aumentar os aportes financeiros e de pessoal, na capacitação

destes profissionais e na melhoria dos processos de administração como um todo e sempre

buscando manter- se no tempo de desenvolvimento de novas tecnologias.

5 METODOLOGIA

O presente artigo foi realizado com base em autores de renome e nos seus

trabalhos publicados na área de robotica colaborativa. Como metodologia para o

desenvolvimento deste trabalho, foi utilizada uma Revisão Bibliográfica Narrativa,

revisão da literatura, a qual, segundo Marconi e Lakatos (2017), fundamenta-se no


arrolamento de um amplo volume de publicações, incluindo livros, revistas e textos

avulsos ou trabalhos acadêmicos. Basicamente, o propósito de tal método é estabelecer

um contato mais direto entre pesquisador/autor e o conhecimento sobre o tema em

questão.

A Revisão Bibliográfica do tipo narrativa abrange uma quantidade extensa de

materiais, e Gil (2017) assinala que esse tipo de busca admite que o pesquisador/autor

absorva diversos fenômenos mais amplos, quando comparado com uma pesquisa direta.

Destarte, não seria cogente abordar sistematicamente a busca, seleção e análise dos

materiais, como é comum em outras metodologias bibliográficas (MELNIK; FINEOUT-

OVERHOLT, 2018). Não obstante, diversos autores argumentam que tal perspectiva

possa gerar vieses de seleção.

No que diz respeito ao tipo de pesquisa, considerou-se a pesquisa qualitativa como

um ponto de refência importante para o pesquisador, uma vez que este tipo de pesquisa

poderia ser balizada pela ação que coloca o pesquisador no universo de seu objeto de

pesquisa (DENZIN; LINCOLN, 2000). Essa categoria de pesquisa pode ser muito

acertada para unir significado e intenção, interpretando o significado dos acontecimentos,

fatores e decorrências (FLEMMING; BRIGGS, 2007).

Minayo (2014) esclarece que a heterogeneidade da pesquisa qualitativa não está

restrita a uma técnica somente, não apresenta uma teoria conceitual, ao assumir distintas

abordagens é capaz de investigar comportamentos, crenças e precedências. Adota um

panorama interpretativo extenso, demonstrando-o de forma prática e significativa ao

cenário real. Para Rother (2007), a pesquisa qualitativa trabalha com dados obtidos, sendo

capaz de apresentar conclusões relevantes, conforme o problema de pesquisa.

Neste sentido, a pesquisa qualitativa realizada é do tipo descritiva, a qual mostra

atributos de uma população ou eventos específicos, propondo observar, registrar, avaliar,

tipificar e interpretar os dados. Assim, a revisão narrativa admite um caráter descritivo e

bibliográfico, avaliando e descrevendo um objeto, através da consideração dos principais

estudos realizados por outros pesquisadores, analisando os temas correspondentes ao

primeiro. Os dados secundários são obtidos de textos previamente publicados, o que

permite ao pesquisador preocupar-se com a compilação e avaliação das informações

disponíveis, preservando a não manifestação de possíveis inconsistências (MARCONI;

LAKATOS, 2017).

Sousa, et al., (2018) destaca que uma das vantagens da Revisão Bibliográfica

Narrativa é a pergunta de pesquisa passível de ser respondida, podendo melhorar as


revisões já disponíveis; em função de não delimitar o tempo de revisão, os critérios de

inclusão e exclusão, denota a heterogeneidade, reconhece e assinala os possíveis vieses

de estudo, ao conceber conclusões adstritas aos fatos, sem maiores extrapolações. Caberia

aos autores a ciência dos desafios metodológicos.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A massificação da utilização de novas tecnologias de materiais, produtos,

processos, comunicação, informação e gestão, em conjunto com a evolução a hibridização

de produtos e serviços, irão ocasionar profundas alterações estruturais, gerando

oportunidades para a concepção de novos perfis empresariais. A intensa utilização de

novas tecnologias produtivas e o desenvolvimento de interfaces entre os consumidores e

os sistemas de produção contribuirão para que se estabeleça novos modelos de negócios.

Profissionais autônomos, empresas de todos os portes, consultorias e instituições

de formação técnica e científica irão atuar de modo integrada concorrendo e colaborando

entre si para a agregação de valor à produção, gerando otimização e celeridade nos

processos. Pequenos empreendimentos que hoje se apresentam limitados sem a

possibilidade de assumir maiores demandas poderão incrementar seus negócios a partir

de processos mais ágeis com a utilização de robôs colaborativos e, mediante o acesso aos

bancos de dados, poderão melhor desenvolver seus produtos, alinhando-se aos desejos

dos consumidores. As alterações da estrutura industrial deverá ser instigada, tanto em

comércios locais quanto inter-regionais, fazendo-se uso dos novos conceitos de produção

e consumo.

A discussão das novas tecnologias no processo produtivo rural ainda se encontra

nas fases iniciais. Estudos devem ser realizados como forma de conhecer os impactos da

utilização da tecnologia em larga escala na produção agrícola. A história nos mostra que

grande parte do êxodo rural ocorreu devido ao fechamento de postos de trabalho, a partir

da utilização de maquinário como substitutivo da mão de obra de trabalhadores. Tal

questão deve ser levada em consideração, haja vista que, uma sociedade sustentável e que

busque a inclusão da tecnologia e da internet das coisas no cotidiano das pessoas, deve

avaliar tantos os impactos positivos quanto negativos da utilização de tais tecnologias.

Em linhas gerais, pode-se dizer que a utilização de tecnologias alterou de modo

significativo o modo de viver do agricultor em muitas localidades. No século XXI, o

grande corpo de fazendeiros e seus respectivos colaboradores necessitam saber operar


maquinário sofisticado, assim como ter conhecimentos de sua mecânica para possíveis

reparos. Este pequeno recorte serve para ilustrar como as novas tecnologias podem

impactar o mundo das pessoas.

Na grande parte de sua história o homem se viu como fabricante direito de suas

coisas, sendo que, com o advento dos modos automatizados de produção, muitas

atividades que sempre preencheram o seu tempo deixaram de ser, por ele, diretamente

realizadas. Em defesa dessa modificação de postura, pode-se dizer que, sem as demandas

‘braçais’ o homem poderá demandar mais tempo para realizar atividades superiores e que

necessitam de pensamento complexo. Nesta perspectiva, o desenvolvimento de

tecnologias irá contribuir para o desenvolvimento do homem enquanto ser pensante.

Observou-se que as novas tecnologias possibilitarão um refinado alinhamento

entre os modos de produção com os consumidores. A utilização do Big Data será

fundamental para se estruturar uma nova forma de se fazer comércio, sendo de extrema

importância que os processos de produção se tornem mais ágeis e cirurgicamente

precisos. Nesta perspectiva, os robôs colaborativos ganham relevada importância, pois

poderão contribuir com a otimização dos processos, diminuição de custos com segurança

e contribuindo com o melhor aproveitamento dos espaços no interior das indústrias.

A tecnologia pode contribuir com o fechamento de postos de trabalho, mas esta

realidade acompanha a evolução do homem, pois assim como não se utiliza mais

máquinas de escrever e considerando o fato de que datilógrafos não estão entre os

profissionais requisitados no mundo do trabalho do século XXI, haverá sempre a

renovação dos postos de trabalho e, a utilização das tecnologias será fundamental para

que se estruture uma sociedade sustentável, com modos de produção mais complexos que

contribuam para o aumento da qualidade de vida da população, afinal as tecnologias

foram criadas para melhorar a realidade do homem e, se bem utilizadas, irão possibilitarão

seu desenvolvimento.

Averiguou-se que a expectativa sobre a inteligência artificial está relacionada ao

fato deste estar em franca evolução de acordo com novos cenários sociais e

mercadológicos.

Analisou-se que o desígnio da inteligência artificial não é substituir os

profissionais que atuam nas organizações, mas contribuir com a sua tomada de decisão,

aumentar o seu nível de eficiência, agilidade e produtividade, zelando também pela sua

saúde e segurança no ambiente de trabalho.


Concluiu-se que a Robótica Colaborativa promove melhores condições de

planejamento para os gestores realizarem tomadas de decisão com maior eficiência. Tais

aspectos favorecem no aumento da qualidade sobre os processos produtivos, bem como

promovem a redução de custos das organizações, aumentando a competitividade

mercadológica das mesmas.

Assim, em síntese, o presente estudo analisou as principais vantagens

competitivas no mercado para as organizações que utilizam a robótica colaborativa nos

processos produtivos. Sugere-se, ainda, que outros estudos sejam desenvolvidos para

discutir e fortalecer o tema da presente pesquisa, levando-se em consideração a evolução

da sociedade, do mercado e da legislação, bem como os principais autores no segmento

de Engenharia Mecânica, com ênfase na área de Robótica Colaborativa.


REFERÊNCIAS

BATCHELOR, B. G. Machine Vision for industrial applications. In: Machine Vision

Handbook, pp. 1-59. London: Springer-Verlag, 2012.

BLACKMORE, S. M.; GRIEPENTRONG, H. W. Autonomous Vehicles and Robotics.

Chapter 7, Section 7.3. Mechatronics and Applications. v. 6, pp. 204-215. ASAE CIGR

Handbook of Agricultural Engineering, 2006.

BOOK, W.; WINCK, R.; KILLPACK, M.; HUGGINS, J.; DICKERSON, S.;

JAYARAMAN, S.; COLLIN, T.; PRADO, R. Automated garment manufacturing

system using novel sensing and actuation. Proceedings of 2010 ISFA. 2010

International Symposium on Flexible Automation. Tokyo, Japan, Jul. 12-14, 2010.

BRASIL. (1978). NR-12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. 115

p. Disponível em: http://www.trabalho.gov.br/images//Documentos/SST/NR/NR12/NR-

12.pdf. Acesso em: 23 nov. 2021.

BRASIL. (2018). Nota Técnica n° 31. Assunto: Esclarecimentos quanto às novas

tecnologias de robôs, denominados "ROBÔS COLABORATIVOS", e robôs tradicionais

em "APLICAÇÕES COLABORATIVAS", cuja utilização vem crescendo no parque

industrial brasileiro, bem como acerca das normas que os regulamentam e dos requisitos

de segurança necessários, à luz da Norma Regulamentadora 12, e das atribuições e

entendimento da Auditoria Fiscal do Trabalho em relação aos requisitos de segurança

necessários ao trabalho seguro com os referidos robôs. Ementa: Norma Regulamentadora

nO12 - NR 12. Robôs industriais colaborativos (cobots). Indústria 4.0. SIT - Secretaria

de Inspeção do Trabalho. DSST - Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho.

CGNOR - Coordenação-Geral de Normatização e Programas. MT - Ministério do

Trabalho. Brasília: DSST/CGNOR/SIT/MT, 2018. Disponível em:

http://abimaq.org.br/Arquivos/HTML/Documentos/NR12/NT_N%C2%B031%20-

%20DSST%20-%20NR-12%20-

%20Rob%C3%B4s%20industriais%20colaborativos.pdf. Acesso em: 23 nov. 2021.

BRUM, Crhis Netto; ZUGE, Samuel; RANGEL, Rosiane; FREITAS, Maria Barbosa;

PIESZAK, Greice. Revisão narrativa de literatura: aspectos conceituais e metodológicos

na construção do conhecimento da enfermagem. In: LACERDA, Maria Ribeiro;

RIBEIRO, Renata Perfeito; COSTENARO, Regina Gema (Orgs.). Metodologias da

pesquisa para a enfermagem e saúde: da teoria à prática. Porto Alegre: Moriá, 2015.

BRUNO, Flavio da Silveira. A Quarta Revolução Industrial do Setor Têxtil e de

Confecção: a visão de futuro para 2030. 1. ed., 149 p. ISBN: 978-85-68552-31-5 . São

Paulo: Estação das Letras e Cores, 2016.

CHEN, H. Design of a controlled environment agricultural plant inspection robot.

Thesis (Master of Science Industrial Engineering). University of Iowa, 2012.

CLABURN, Thomas. Artificial intelligence: 10 things to know. Software. Informa

Tech, InformationWeek, 24 nov. 2015. Disponível em:


https://www.informationweek.com/software/artificial-intelligence-10-things-to-know-

/d/d-id/1323284. Acesso em: 3 out. 2020.

COSTA, Thaíse Kelly de Lima Costa; MACHADO, Liliane dos Santos; MORAES,

Ronei Marcos de. Inteligência artificial e sua aplicação em serious games para saúde.

RECIIS – Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, v. 8, n.

4, p. 525-539, out./dez. 2014. DOI 10.3395/reciis.v8i4.844.pt. Disponível em:

https://www.researchgate.net/profile/Liliane_Machado/publication/271829147_Intelige

ncia_Artificial_e_sua_Aplicacao_em_Serious_Games_para_Saude/links/54d26a570cf2

8e0697241872/Inteligencia-Artificial-e-sua-Aplicacao-em-Serious-Games-para-

Saude.pdf. Acesso em: 3 out. 2020.

CRESTANA, S.; FRAGALLE, E. P. A Trilha da quinta potência: um primeiro ensaio

sobre ciência e inovação, agricultura e instrumentação agropecuária brasileira. v. 1,

n. 1, pp. 6-27. Brasília: Revista Eixo, 2012.

DAEMON, Flávia Xavier Moreira. A cooperação homem-robot em sistemas de

produção flexíveis e reconfiguráveis: contribuições para uma metodologia de desenho

de linhas de produção. 2017. 152 f. Dissertação (Mestrado Integrado em Engenharia

Eletrotécnica e de Computadores). FEUP - Faculdade de Engenharia da Universidade do

Porto. Porto: FEUP, 2017.

DENCKER, K.; FASTH, K.; STAHRE, J.; MARTENSSON, L.; LUNDHOLM, T.;

AKILLIOGLU; H. Proactive assembly systems-realising the potential of human

collaboration with automation. Annual reviews in control, 33(2):230–237, 2009.

DENZIN, Norman K.; LINCOLN, Yvonna S. Handbook of qualitative research.

Thousand Oaks-CA: Sage Publications, 2000.

DICKENS, P.; KELLY, M.; WILLIAMS, J. R. What are the significant trends shaping

technology relevant to manufacturing? Future of Manufacturing Project, Evidence

Paper n. 6. Foresight. out. 2013. London: The Government Office for Science, 2013.

DIETTERICH, Thomas G.; HORVITZ, Eric J. Rise of concerns about AI.

Communications of the ACM, v. 58, n. 10, p. 38-40, set. 2015. DOI 10.1145/2770869.

EARL, R.; THOMAS, G.; BLACKMORE, B. S. The potencial role of GIS in

autonomous field operations. v. 25, pp. 107-120. Computers and Eletronics in

Agriculture, 2000.

ELIAS, Claudia Souza Rodrigues; SILVA, Leandro Andrade; MARTINS, Miriam Teresa

Sá Leitão; RAMOS, Neide Ana Pereira Ramos; SOUZA, Maria das Graças Gazel;

HIPÓLITO, Rodrigo Leite. Quando chega o fim? Uma revisão narrativa sobre

terminalidade do período escolar para alunos deficientes mentais. SMAD: Revista

Electrónica em Salud Mental, Alcohol y Drogas, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 48-53, 2012.

ISSN: 1806-6976.

EMEAGWALI, I. Performance Analysis of Steady-Hand Teleoperation versus

Cooperative Manipulation. Symposium on Hapit Interfaces for Virtual Environment

and Teleoperator Systems. Chicago: IEEE Virtual Reality, 2004.


EUROBOTICS. Challenge 2: Cognitive Systems, Interaction, Robotics. FP7-ICT-

244852; 01/2010-12/2012. Eurobotics - European Robotics Coordination. Eurobotics,

2012.

FANUC. (2020a). A AGI utiliza robôs em células de moldagem por injeção para

aumentar a produtividade. FANUC Robotics Company. Disponível em:

https://www.fanuc.eu/pt/pt/casos-de-clientes/agi. Acesso em: 23 nov. 2021.

FANUC. (2020b). A BENTELER Automotive de Schwandorf, na Alemanha, utiliza

o robô colaborativo CR-35iA da FANUC num movimento automatizado, sem

barreiras de segurança e à velocidade máxima. FANUC Robotics Company.

Disponível em: https://www.fanuc.eu/pt/pt/casos-de-clientes/benteler. Acesso em: 23

nov. 2021.

FANUC. (2020c). A Elburg Engineering utiliza uma célula especial para manusear,

orientar e processar componentes para a DAF. FANUC Robotics Company.

Disponível em: https://www.fanuc.eu/pt/pt/casos-de-clientes/elburg. Acesso em: 23 nov.

2021.

FERREIRA, Carlos Augusto Lima. Pesquisa quantitativa e qualitativa: perspectivas para

o campo da educação. Revista Mosaico, Vassouras-RJ, v. 8, n. 2, p. 173-182, jul./dez.

2015. ISSN: 2178-7719.

FERRETI, P. A. G.; CASTANHO, M. J. P. Modelo Matemático Fuzzy para

Determinar o Risco Arterial Coronariano. v. 14, n. 1, pp. 9-23. Revista Ciências Exatas

e Naturais, 2012.

FISPAL TECNOLOGIA. 3 vantagens de inserir robôs na linha de produção de

alimentos. Artigo publicado em 20 de junho de 2018. Disponível em:

https://digital.fispaltecnologia.com.br/3-vantagens-de-inserir-robos-na-linha-deproducao-de-alimentos/.

Acesso em: 23 nov. 2021.

FLEMMING, Kate; BRIGGS, Michelle. Eletronic Searching to locate qualitative

research: evaluation of three strategies. J. Adv. Nurs., v. 57, n. 1, p. 95-100, jan., 2007.

DOI: 10.1111/j.1365-648.2006.04083.x.

FORESIGHT. The Future of Manufacturing: a newera of opportunity and challenge

for the UK. Summary Report. London: The Government Office for Science, 2013.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas,

2017. 192 p. ISBN-10: 8597012617. ISBN-13: 978-8597012613.

GOLNABIA, H.; ASADPOURB, A. Design and application of industrial machine

vision systems. v. 23, pp. 630-637. Robotics and Computer-Integrated Manufacturing,

2007.

GOULART, D. A.; TACLA, M. A.; MARBACK, P. M. F.; SOLÉ D.; JÚNIOR, A. P.;

PEREZ, H. B. Redes neurais artificiais aplicadas no estudo de questionário de

varredura para conjuntivite alérgica em escolares. v. 69, n. 5, pp. 707-713. Arq Bras

Oftalmol., 2006.


GRIFT, T. E. Robotics in Crop Production. Illinois: Urbana, 2007.

GUILD, Monty; DANAHER, Tony. The Artificial Intelligence vs. Intelligence

Augmentation Debate. 01/15/2016. Disponível em:

https://www.financialsense.com/contributors/guild/artificial-intelligence-vsintelligence-augmentation-debate.

Acesso em: 3 out. 2020.

HACKENHAAR, Neusa Maria; HACKENHAAR, Celso; ABREU, Yolanda Vieira de.

Robótica na agricultura. 11 p. v. 16, n. 1, pp. 119-129, jan./jun. 2015. Campo Grande:

Revista Interações, 2015.

HERMANN, M.; PENTEK, T.; OTTO, B. Design principles for industrie 4.0

scenarios: a literature review. Working Paper n. 01/2015. Technische Universität

Dortmund. Fakultät Maschinenbau. Audi Stiftungslehrstuhl Supply Net Order

Management, 2015.

INAMASU, R. Agricultura de precisão para a sustentabilidade de sistemas

produtivos do agronegócio brasileiro. Ribeirão Preto: Embrapa Instrumentação

Agropecuária, 2011.

ISO. (2011). ISO 10218-1:2011. Robots and robotic devices -- Safety requirements for

industrial robots -- Part 1: Robots. ISO - International Organization for Standardization.

ISO, 2011. Disponível em: https://www.iso.org/standard/51330.html. Acesso em: 23 nov.

2021.

ISO. (2016). ISO/TS 15066:2016. Robots and robotic devices -- Collaborative robots.

ISO - International Organization for Standardization. ISO, 2016. Disponível em:

https://www.iso.org/standard/62996.html. Acesso em: 23 nov. 2021.

HEILALA J.; VOHO P. Modular reconfigurable flexible final assembly systems.

Assembly Automation, 21(1):20–30, 2001

KAGERMANN, H.; WAHLSTER, W.; HELBIG, J. Recommendations for

implementing the strategic initiative INDUSTRIE 4.0: Final report of the Industrie

4.0. Working Group. abr. 2013. National Academy of Science and Engineering, 2013.

KNECHTEL, Maria do Rosário. Metodologia da pesquisa em educação: uma

abordagem teórico-prática dialogada. Curitiba: Intersaberes, 2014.

LACERDA, Maria Ribeiro; COSTENARO, Regina Gema Santini. (Orgs). Metodologias

da pesquisa para Enfermagem e Saúde: da teoria à prática. 1. ed. Porto Alegre: Moriá,

2016. 496 p. ISBN: 978-85-99238-17-2.

LAMM, R.; SLAUGHTER, D.; GILES, D. Precision Weed Control System for Cotton.

v. 45, n. 1, pp. 231-238. Transactions of the ASABE, 2002.

MANYIKA, J.; SINCLAIR, J.; DOBBS, R.; STRUBE, G.; RASSEY, L.; MISCHKE, J.;

REMES, J.; ROXBURGH, C.; GEORGE, K.; O’HALLORAN, D.; RAMASWAMY, S.


Manufacturing the future: the next era of global growth and innovation. nov. 2012.

McKinsey Global Institute, 2012.

MARAYONG, P. Motion Control Methods for Human-Machine Cooperative

Systems. John Hopkins University, 2007.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho

científico. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 256 p. ISBN-10 8597010665. ISBN-13 978-

8597010664.

MELNYK, Bernadette M.; FINEOUT-OVERHOLT, Ellen. Making the case for

evidence-based practice. In: MELNIK, Bernadette M.; FINEOUT-OVERHOLT, Ellen.

Evidence-based practice in nursing and healthcare. A guide to best practice. 4. ed.

Filadélfia: Wolters Kluwer Health, 2018.

MINAYO, Maria Cecília S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde.

São Paulo-SP: Hucitec, 2014. 416 p. ISBN-10: 8527101815. ISBN-13: 978-8527101813.

MORAIS, Alana Marques de. Planejamento e desenvolvimento de um serious game

voltado ao ensino de saúde bucal em bebês. 2011. 148 f. Dissertação (Mestrado em

Modelos de Decisão e Saúde). UFPB - Universidade Federal da Paraíba. Departamento

de Estatística. Centro de Ciências Exatas e da Natureza. Programa de Pós-Graduação.

João Pessoa: UFPB, 2011. Disponível em:

http://de.ufpb.br/~mds/DissertacoesAprovadas/Dissertacao_Alana_Marques_de_Morais

-2011.pdf. Acesso em: 3 out. 2020.

NOGUCHI, N. Development of Automated and Robot Agriculture in Japan.

Sapporo: Journal of Agricultural Engineering Research, 2010.

OLIVEIRA, R. P. Agricultura de precisão: a Tecnologia da Informação em suporte ao

conhecimento agronômico clássico. Ano 11, n. 15, pp. 63-71, jul./dez. 2009. Rio de

Janeiro: Revista Tecnologia & Cultura, 2009.

PACHECO, M. A. C. Algoritmos genéticos: princípios e aplicações. Inteligência

Computacional Aplicada. Departamento de Engenharia Elétrica. PUC-Rio - Pontifícia

Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 1999.

PASSOS, U. R. C.; MATIAS, I. O. Algoritmos genéticos e raciocínio baseado em casos

aplicados a sistemas de suporte ao diagnóstico médico. pp. 10-12, nov. 2014. Bauru:

Anais do XXI Simpósio de Engenharia da Produção, 2014.

PESHKIN, M.; COLGATE, J. E. Cobots. Industrial Robot. v. 26, n. 5, pp. 335-341. An

Internacional Journal, 1999.

PESHKIN, M.; COLGATE, J. E.; WANNASUPHOPRASIT, W.; MOORE, C. A.;

GILLESPIE, R. B.; AKELLA, P. Cobot Architecture. v. 17, n. 4, pp. 337-390. IEEE

Transactions on Robotic and Automation, 2001.

PY, M. X. Sistemas especialistas: uma introdução. Instituto de Informática. UFRGS -

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. v. 10, n. 11. UFRGS, 2009.


RIBEIRO, Fernando Manuel da Silva. Sistema Robótico Colaborativo utilizando

Restrições Virtuais. Dissertação (Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica). FEUP

- Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Porto: FEUP, 2010.

ROTHER, Edna Terezinha. Revisão sistemática x revisão narrativa. Acta Paulista de

Enfermagem, São Paulo, v. 20, n. 2, p. 5-6, 2007.

RUSSELL, Stuart; NORVIG, Peter. (2004). Inteligência artificial. 2. ed. Rio de Janeiro:

Elsevier, 2004.

RUSSELL, Stuart; NORVIG, Peter. (2013). Inteligência artificial. Referência completa

para cursos de computação. Adotado em mais de 750 universidades em 85 países.

Elsevier, Campus, 2013. ISBN-10: 8535237011. ISBN-13: 978-8535237016.

SAHEKI, André Hideaki. Construção de uma rede bayesiana aplicada ao diagnóstico

de doenças cardíacas. 2005. 84 f. Dissertação (Engenharia Mecatrônica). USP -

Universidade de São Paulo. Escola Politécnica. São Paulo: USP, 2005. Disponível em:

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3132/tde-06042005-

203820/publico/ANDRESAHEKI.pdf. Acesso em: 3 out. 2020.

SANCHEZ, H. J. et al. Mechanical Design and Development of an Electric Mobile

Robot for Agricultural Tasks in Greenhouses. Almería: University of Almería,

Agrifood Campus of International Excellence, 2011.

SANTOS, A. M.; SEIXAS, J. M.; PEREIRA, B. B.; MEDRONHO, R. A. Usando Redes

Neurais Artificiais e Regressão Logística na Predição da Hepatite A. v. 8, n. 2, pp.

117-126. Rev Bras Epidemiol., 2005.

SANTOS, Yasmine Conceição Pereira dos. Desafios e Impacto da Inteligência

Artificial na Medicina. 2017. 57 f. Monografia (Graduação em Sistemas de Informação).

UFPE - Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Informática. Recife: UFPE,

2017.

SILVA, Aldo Antônio Vieira da. Desenvolvimento de aplicações em medicina e

agronomia utilizando lógica fuzzy e neuro fuzzy. 2014. 75 f. Tese (Doutorado em

Engenharia Elétrica). UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

Faculdade de Engenharia. Programa de Pós-Graduação. Campus de Ilha Solteira. Iha

Solteira: UNESP, 2014. Disponível em:

https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/110517/000794270.pdf. Acesso em:

3 out. 2020.

SILVA, Brigiane Machado da; VANDERLINDE, Marcos. Inteligência artificial,

aprendizado de máquina. 2012. 10 f. Artigo. CEAVI - Centro de Educação Superior do

Alto Vale do Itajaí. UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina. Ibirama:

CEAVI/UDESC, 2012.

SILVEIRA, Paulo Cezar Rocha. Robô baseado em tecnologia celular Android e lógica

nebulosa para inspeção e monitoração em usinas nucleares. 2012. 118 f. Dissertação

(Mestrado em Engenharia Nuclear). COPPE - Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-


Graduação e Pesquisa de Engenharia. UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Rio de Janeiro: UFRJ, 2012. Disponível em:

http://antigo.nuclear.ufrj.br/MSc%20Dissertacoes/2012/Dissertacao_PauloCezar_rs.pdf.

Acesso em: 23 nov. 2021.

SOCIETY, I. C. The 13th IEEE International Conference on Ubiquitous Intelligence

and Computing. 2016.

SOUSA, Luís Manuel Mota de; FIRMINO, Cristiana Furtado; MARQUES-VIEIRA,

Cristina Maria Alves; SEVERINO, Sandy Silva Pedro; PESTANA, Helena Castelão

Figueira Carlos. Revisões da literatura científica: tipos, métodos e aplicações em

enfermagem. Revista Portuguesa de Estudos Regionais, Angra do Heroísmo, v. 1, n. 1,

jun. 2018.

SOUZA, Ademar Rosa de; TALON, Anderson Francisco. Inteligência Artificial

Aplicada à Medicina. Departamento de Computação. FATEC - Faculdade de Tecnologia

de Bauru. v. 1, n. 1, 14 p., jul. 2013. Bauru: FATEC, 2013.

STONE, Peter; BROOKS, Rodney; BRYNJOLFSSON, Erik; CALO, Ryan; ETZIONI,

Oren; HAGER, Greg; HIRSCHBERG, Julia; KALYANAKRISHNAN, Shivaram;

KAMAR, Ece; KRAUS, Sarit; LEYTON-BROWN, Kevin; PARKES, David; PRESS,

William; SAXENIAN, AnnaLee (Anno); SHAH, Julie; TAMBE, Milind; TELLER,

Astro. Artificial Intelligence and Life in 2030. One hundred year study on artificial

intelligence. Report of the 2015 study panel. September 2016. 27 p. Disponível em:

https://ai100.stanford.edu/sites/default/files/ai_100_report_0831fnl.pdf. Acesso em: 3

out. 2020.

TANGERINO, Giovana T.; GODOY, Eduardo P.; TABILE, Rubens A.; SANCHES,

Rodrigo M.; INAMASU, Ricardo Y.; PORTO, Arthur J. V. Controle de Esterçamento

de Robô Agrícola Móvel de Quatro Rodas Guiáveis. X SBAI – Simpósio Brasileiro de

Automação Inteligente. 18 a 21 de setembro de 2011 . São João del-Rei - MG - Brasil. v.

10, pp. 797-802. ISSN: 2175-8905. São João del-Rei: SBAI, 2011. Disponível em:

https://fei.edu.br/sbai/SBAI2011/87239.pdf. Acesso em: 23 nov. 2021.

TANKE, Niels F.; LONG, Guoming A.; AGRAWAL, Dhruv; VALADA, Abhinav;

KANTOR, George A. Automation of Hydroponic Installations using a Robot with

Position Based Visual Feedback. 6 p. Pittsburgh: The Robotics Institute, Carnegie

Mellon University, 2011. Disponível em:

https://pdfs.semanticscholar.org/d564/ef9bfb622ceaf987b5152a82d998bdff4e76.pdf.

Acesso em: 23 nov. 2021.

VARHEENMAA, M.; MEINANDER H. Mechanical properties as a base for haptic

sensing of virtual fabrics. jun. 2007. Tampere: Proc. Autex Conference, 2007.

VILELA, A. R. S.; SOUZA, E. M.; GONÇALVES, R. R.; SANTIAGO, R. G. Suporte

ao processo de tomada de decisão na operação de bombas centrífugas, através de

um sistema informatizado que emprega inteligência artificial. pp. 29-30, nov. 2013.

Campinas: Anais do Congresso Nacional de Iniciação Científica, 2013.


VITALLI, Rogério. Reforço Superinteligente. O chão de fábrica recebe a nova geração

de robôs colaborativos, que traz mais inovação no seu DNA. Produtuvidade. pp. 18-21,

jan. 2017. O Mundo da Usinagem, 2017.

VOSGERAU, Dilmeire Sant’Anna Ramos; ROMANOWSKI, Joana Paula. Estudos de

revisão: implicações conceituais e metodológicas. Revista de Diálogo Educacional,

Curitiba-PR, v. 14, n. 41, p. 165-189, 2014. ISSN: 1981-416X.

WANNASUPHOPRASIT, W. Cobots: Collaborative Robots. Evanston: Northwestern

University, 1999.

WESTPHAL, J. T. Modelagem difusa de um sistema especialista médico: avaliação

dos fatores de internação em crianças queimadas. 2003. 123 f. Dissertação (Mestrado em

Ciência da Computação). UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis:

UFSC, 2003.

YAMAGATA, N. The integrated agricultural GIS: GeoMation Farm. Proceedings of

4th Asian Conference on Precision Agriculture, 2011.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!