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APOSTILA - BIOLOGIA

Material Didático para alunos do Curso - EJA - EAD - ENSINO FUNDAMENTAL e MÉDIO. A disciplina de Biologia está presente nos currículos das escolas de Ensino Fundamental e Médio do Brasil. É uma disciplina de extrema importância, pois está diretamente relacionada aos conhecimentos científicos que auxiliam no entendimento da vida.

Material Didático para alunos do Curso - EJA - EAD - ENSINO FUNDAMENTAL e MÉDIO.

A disciplina de Biologia está presente nos currículos das escolas de Ensino Fundamental e Médio do Brasil. É uma disciplina de extrema importância, pois está diretamente relacionada aos conhecimentos científicos que auxiliam no entendimento da vida.

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APRESENTAÇÃO

Seja bem-vindo a Disciplina de Biologia - Ensino Médio. Vamos começar

a busca pelo conhecimento, através de conteúdos dinâmicos, teóricos,

práticos, que são importantes tanto na vida pessoal quanto profissional.

Não é necessário conhecimento prévio para se iniciar este curso. Toda

matéria de Ensino Médio do CIESBRA inclui aulas atualizadas. Todas

baseadas nas aulas modulares, bem como nos últimos vestibulares e

ENEMs.

Esse material é exclusivo e amplo de conhecimentos na disciplina voltada

ao EJA. Todos os direitos são reservados ao CIESBRA.

Ótimo estudo a todos!

Miranda Vasconcelos

Coordenadora CIESBRA


ABORDAGENS

CLOROPLASTO

ENZIMAS

FERMENTAÇÃO

FOTOSSINTESE

LISOSSOMO

METABOLISMO CELULAR

MITOCONDRIAS

QUIMIOSSINTESE

RESPIRAÇÃO CELULAR

TRANSPIRAÇÃO VEGETAL

OSMOSE

NICHO ECOLÓGICO


CLOROPLASTO

Os cloroplastos são organelas presentes apenas

em células de plantas e algas, nas regiões que ficam

iluminadas. Possuem cor verde devido à presença

de clorofila e são responsáveis pela realização

da fotossíntese.

Podem ter formas e tamanhos diferentes, além do que,

na célula pode haver apenas um ou uma grande

quantidade deles, isso varia de acordo com o tipo de

planta.

Funções

Nos cloroplastos acontece a fotossíntese, processo

responsável pela produção de energia e de


substâncias orgânicas. Além disso, os cloroplastos são

capazes de sintetizar aminoácidos e lipídeos, que

constituem a sua membrana.

Fotossíntese

Durante a fotossíntese ocorrem dezenas de reações

químicas que basicamente podem ser divididas em 2

etapas:

Etapa fotoquímica, ou das reações de claro: como

indicado pelo nome na primeira etapa é necessário que

haja a luz do sol, que é absorvida pela clorofila para

a fotofosforilação (produção de ATP) e fotólise da

água (decomposição da água em gás oxigênio e íons de

hidrogênio).

Etapa química, ou das reações de escuro: ocorrem

diversas reações em que são produzidos glicídeos a

partir de moléculas de CO2 (do ar), de hidrogênio e da

energia fornecida pelo ATP (ambos provenientes da

primeira etapa).

Estrutura


Geralmente a forma do cloroplasto é arredondada e

alongada, mas pode ter outros formatos. Possui

membrana lipoproteica dupla, sendo que a mais interna

das membranas forma lamelas, compostas por pilhas

lamelares menores, cada uma como se fosse uma

pequena bolsa achatada, chamada tilacoide. Os

tilacoides são interligados e ficam empilhados, sendo o

conjunto chamado granum (do latim,granum= grão).

A etapa clara (conversão da luz em energia) acontece na

região das membranas dos tilacoides, onde está

concentrada a clorofila. Entre as membranas dos

tilacoides há um espaço preenchido por um fluido e

enzimas, DNA, RNA e ribossomos, sendo denominado

estroma. É no estroma que acontece a etapa escura de

produção dos açucares.


Plastos

Os cloroplastos são um tipo de plastos, organelas

citoplasmáticas presentes nas células das plantas e

algas. São originados nos proplastos ou proplastídios,

células embrionárias vegetais. Todos são capazes de se

autoduplicar, bem como um pode se transformar no

outro, ou seja, um cloroplasto pode se tornar um

leucoplasto e vice-versa.

Existem 2 tipos de plastos: os leucoplastos que são

incolores e armazenam amido e os cromoplastos cuja

cor é determinada pelo pigmento que possuem, são eles

que colorem folhas, frutas e flores. Dentre os

cromoplastos há os xantoplastos (amarelos),

os eritroplastos (vermelhos)

e

os cloroplastos (verdes).

Se quiser saber mais sobre as plantas, leia sobre o Reino

Vegetal.

Teoria Endossimbiótica


Segundo a endossimbiogênese ou teoria da

endossimbiose, a origem evolutiva de plastos

e mitocôndrias está relacionada com antigos

seres procarióticos que viviam em simbiose dentro de

seres eucarióticos.

Essa teoria, proposta por Lynn Margulis, se baseia em

semelhanças genéticas e bioquímicas que tais organelas

possuem em comum com certas bactérias,

especialmente as cianobactérias.

Algumas das características dos cloroplastos que os

aproximam de cianobactérias são a presença de DNA,

capacidade de autoduplicação, presença

dos tilacoides e de alguns tipos de pigmentos


ENZIMAS

As enzimas são proteínas que catalisam reações

químicas as quais ocorrem em seres vivos.

Elas aceleram a velocidade das reações, o que

contribui para o metabolismo. Sem as enzimas, muitas

reações seriam extremamente lentas.

Durante a reação, as enzimas não mudam sua

composição e também não são consumidas. Assim, elas

podem participar várias vezes do mesmo tipo de reação,

em um intervalo de tempo pequeno.

Quase todas as reações do metabolismo celular são

catalisadas por enzimas.

Um exemplo da atividade das enzimas ocorre no

processo de digestão. Graças à ação das enzimas


digestivas, as moléculas dos alimentos são quebradas

em substâncias mais simples.

A eficiência de uma molécula de enzima é muito grande.

Estima-se que, em geral, uma molécula de enzima seja

capaz de converter 1000 moléculas de substrato em seus

respectivos produtos, isso em apenas 1 minuto.

Como funcionam?

Cada enzima é específica para um tipo de reação. Ou

seja, elas atuam somente em um determinado composto

e efetuam sempre o mesmo tipo de reação.

O composto sobre o qual a enzima age é genericamente

denominado substrato. A grande especificidade enzimasubstrato

está relacionada à forma tridimensional de

ambos.

A enzima se liga a uma molécula de substrato em uma

região específica denominada sítio de ligação. Para

isso, tanto a enzima quanto o substrato sofrem mudança

de conformação para o encaixe.


Eles se encaixam perfeitamente como chaves em

fechaduras. A esse comportamento damos o nome

de Teoria da Chave-Fechadura.

Funcionamento do modelo Chave-Fechadura

Entre os fatores que alteram a atividade das enzimas

estão:

• Temperatura: A temperatura condiciona a

velocidade da reação. Temperaturas extremamente

altas podem desnaturar as enzimas. Cada enzima

atua sob uma temperatura ideal.

• pH: Cada enzima possui uma faixa de pH

considerada ideal. Dentro desses valores a

atividade é máxima.

• Tempo: Quando mais tempo a enzima tiver contato

com o substrato, mais produtos serão produzidos.


• Concentração da enzima e do substrato: Quanto

maior a concentração da enzima e do substrato,

maior será a velocidade da reação.

Classificação

As enzimas são classificadas nos seguintes grupos,

conforme o tipo de reação química que catalisam:

1. Oxido-redutases: reações de oxidação-redução ou

transferência de elétrons. Exemplo: Desidrogenases

e Oxidases.

2. Transferases: transferência de grupos funcionais

como amina, fosfato, acil e carboxi. Exemplo:

Quinases e Transaminases.

3. Hidrolases: reações de hidrólise de ligação

covalente. Exemplo: Peptidases.

4. Liases: reações de quebra de ligações covalentes e

a remoção de moléculas de água, amônia e gás

carbônico. Exemplo: Dehidratases e

Descarboxilases.


5. Isomerases: reações de interconversão entre

isômeros óticos ou geométricos. Exemplo:

Epimerases.

6. Ligases: reações de formação de novas moléculas

a partir da ligação entre duas pré-existentes.

Exemplo: Sintetases.

Exemplos e Tipos

As enzimas são formadas por uma parte protéica,

chamada de apoenzima e outra parte não protéica,

chamada de co-fator.

Quando o co-fator é uma molécula orgânica, recebe a

denominação de coenzima. Muitas coenzimas são

relacionadas com as vitaminas.

O conjunto da enzima + co-fator, é chamado

de holoenzima.

Veja algumas das principais enzimas e suas ações:

• Catalase: decompõe o peróxido de hidrogênio;

• DNA polimerase ou Transcriptase Reversa: catalisa

a duplicação do DNA;

• Lactase: facilita a hidrólise da lactose;

• Lipase: facilita a digestão de lipídios;

• Protease: atuam sobre as proteínas;


• Urease: facilita a degradação da ureia;

• Ptialina ou Amilase: atua na degradação do amido

na boca, transformando-o em maltose (molécula de

menor tamanho);

• Pepsina ou Protease: atua sobre proteínas,

degradando-as em moléculas menores;

• Tripsina: participa da degradação de proteínas que

não foram digeridas no estômago.

Enzimas de Restrição

As enzimas de restrição ou endonucleases de restrição

são produzidas por bactérias.

Elas são capazes de cortar o DNA em pontos específicos.

Podemos considerá-las tesouras moleculares. As

enzimas de restrição são fundamentais para a

manipulação do DNA.


FERMENTAÇÃO

A fermentação é um processo de respiração anaeróbica,

por meio do qual as células obtêm energia química para

as atividades normais do seu metabolismo.

O ser humano se utiliza desses mecanismos para a

preparação de produtos bastante consumidos. Como

acontece com o fermento biológico do pão, além da

fermentação do vinho, do iogurte, entre outros.

O que é a Fermentação?

Na fermentação acontece apenas a primeira etapa da

respiração celular, ou seja, a glicólise. Nessa fase

ocorre a quebra da molécula de glicose em duas


moléculas de piruvato (ou ácido pirúvico), além da

formação de duas moléculas de ATP e duas de NADH.

Esquema resumido da Glicólise

Para que a energia armazenada nas ligações químicas

da glicose seja liberada, é preciso que ocorram

sucessivas oxidações. Geralmente as moléculas são

oxidadas quando perdem elétrons, ao reagir com o

oxigênio.

No entanto, na oxidação da glicose são retirados os

hidrogênios da molécula, sem necessidade do contato

direto com o oxigênio. A desidrogenação é catalisada por

enzimas chamadas desidrogenases. Elas possuem

uma coenzima, o NAD, que carrega os átomos de

hidrogênio retirados da glicose.

Os organismos anaeróbicos facultativos podem

realizar respiração aeróbica ou anaeróbica. Desse modo,

quando há escassez de oxigênio, eles realizam a

fermentação como processo alternativo. É o que


acontece com o lêvedo da cerveja e as células

musculares do corpo humano.

Já os anaeróbicos estritos ou obrigatórios não

dispõem de enzimas para participar das etapas da

respiração aeróbica, portanto, muitos podem morrer na

presença de oxigênio. Por isso precisam realizar o

processo de fermentação.

Tipos de Fermentação

O tipo de fermentação depende das enzimas que os

organismos possuem. De acordo com o tipo de enzimas,

o produto final será diferente, por exemplo: álcool etílico,

ácido lático, ácido acético ou ácido butírico.

Fermentação Alcoólica

Na fermentação alcoólica, após a glicólise o piruvato

perde carboxilas e em seguida recebe átomos de

hidrogênio. Desse modo é formado álcool etílico ou

etanol. Esse processo é catalisado pela enzima álcool

desidrogenase.


É o processo de fermentação alcoólica que se usa para

a produção de bebidas alcoólicas. O lêvedo de cerveja é

uma levedura cujo nome científico é Saccharomices

cerevisae.

Tanto na produção do vinho como na cerveja a

fermentação ocorre devido à presença das leveduras,

formando o etanol.

O fermento de pão ou fermento biológico também é

constituído de leveduras. Durante a preparação do pão,

elas realizam o processo e o gás carbônico (CO2), que é

liberado pela descarboxilação, é que faz a massa

aumentar de volume.

Fermentação Lática

Se durante a respiração aeróbica é produzido ácido

lático, o processo é chamado de fermentação lática. A

enzima lactato desidrogenase reduz o piruvato, que

origina o lactato.

É o processo realizado pelos lactobacilos ou bactérias do

ácido lático, que estão presentes no intestino de animais,


em plantas, no solo e na água. Essas bactérias são muito

usadas na fermentação do leite para fabricação de

iogurtes, coalhadas e outros derivados.

A fermentação lática também ocorre nas células

musculares quando há um esforço excessivo. Nesse

caso, as fibras trabalham intensamente e a quantidade

de oxigênio torna-se insuficiente, tornando necessária a

respiração anaeróbica. O ácido lático se acumula

produzindo a dor característica dessa situação.


FOTOSSINTESE

A fotossíntese é um processo fotoquímico que consiste

na produção de energia através da luz solar e fixação de

carbono proveniente da atmosfera.

Ela pode ser resumida como o processo de

transformação da energia luminosa em energia química.

O termo fotossíntese tem como significado síntese pela

luz.

As plantas, algas, cianobactérias e algumas bactérias

realizam fotossíntese e são denominados seres

clorofilados, isso porque apresentam um pigmento

essencial para o processo, a clorofila.

A fotossíntese é o processo básico de transformação de

energia na biosfera. Ela sustenta a base da cadeia


alimentar, em que a alimentação de substâncias

orgânicas proporcionadas pelas plantas verdes produzirá

o alimento para os seres heterótrofos.

Assim, a fotossíntese tem sua importância baseada em

três principais fatores:

• Promove a captura do CO2 atmosférico;

• Realiza a renovação do O2 atmosférico;

• Conduz o fluxo de matéria e energia nos

ecossistemas.

Processo de fotossíntese

Representação do processo de fotossíntese

A fotossíntese é um processo que ocorre no interior

da célula vegetal, a partir do CO2 (dióxido de carbono) e

H2O (água), como forma de produzir glicose.


Em resumo, podemos esclarecer o processo de

fotossíntese da seguinte forma:

A H2O e o CO2 são as substâncias necessárias para

realização da fotossíntese. As moléculas de clorofila

absorvem a luz solar e quebram a H2O, liberando O2 e

hidrogênio. O hidrogênio une-se ao CO 2 e forma a

glicose.

Esse processo resulta na equação geral da fotossíntese,

a qual representa uma reação de oxidação-redução. A

H2O doa elétrons, como o hidrogênio, para a reduzir o

CO2 até formar os carboidratos na forma de glicose

(C6H12O6):

A clorofila é pigmento responsável pela coloração verde dos

vegetais


A fotossíntese ocorre nos cloroplastos, uma organela

presente apenas nas células vegetais, e onde é

encontrado o pigmento clorofila, responsável pela cor

verde dos vegetais.

Os pigmentos podem ser definidos como qualquer tipo de

substância capaz de absorver luz. A clorofila é o

pigmento mais importante dos vegetais para a absorção

da energia dos fótons durante a fotossíntese. Outros

pigmentos também participam do processo, como os

carotenoides e as ficobilinas.

A luz solar absorvida apresenta duas funções básicas no

processo de fotossíntese:

• Impulsionar a transferência de elétrons através de

compostos que doam e aceitam elétrons.

• Gerar um gradiente de prótons necessário para

síntese da ATP (Adenosina Trifosfato - energia).

Porém, o processo fotossintético é mais detalhado e

ocorre em duas etapas, como veremos a seguir.

Etapas


A fotossíntese é dividida em duas etapas: a fase clara e

a fase escura.

Fase clara

A fase clara, fotoquímica ou luminosa, como o próprio

nome define, são reações que ocorrem apenas na

presença de luz e acontecem nas lamelas dos tilacoides

do cloroplasto.

A absorção de luz solar e a transferência de elétrons

ocorre através dos fotossistemas, que são conjuntos de

proteínas, pigmentos e transportadores de elétrons, os

quais formam uma estrutura nas membranas dos

tilacoides do cloroplasto.

Existem dois tipos de fotossistemas, cada um com cerca

de 300 moléculas de clorofila:

• Fotossistema I: Contém um centro de reação P700 e

absorve preferencialmente a luz de comprimento de

onda de 700 nm.


• Fotossistema II: Contém um centro de reação P 680 e

absorve a luz preferencialmente de comprimento de

onda em 680 nm.

Os dois fotossistemas estão ligados por uma cadeia

transportadora de elétrons e atuam de forma

independente, mas complementar.

Dois processos importantes acontecem nessa fase: a

fotofosforilação e a fotólise da água.

Os fotossistemas são responsáveis pela absorção de luz e

transporte de elétrons para a produção de energia

Fotofosforilação

A fotofosforilação é basicamente a adição de um P

(fósforo) ao ADP (Adenosina difosfato), resultando na

formação de ATP.


No momento em que um fóton de luz é capturado pelas

moléculas antenas dos fotossistemas, a sua energia é

transferida para os centros de reação, onde é encontrada

a clorofila. Quando o fóton atinge a clorofila, ela torna-se

energizada e libera elétrons que passaram por diferentes

aceptores e formaram, juntamente com H 2 O, o ATP e

NADPH.

A fotofosforilação pode ser de dois tipos:

• Fotofosforilação acíclica: Os elétrons que foram

liberam pela clorofila não retornam para ela e sim

para a do outro fotossistema. Produz ATP e NADPH.

• Fotofosforilação cíclica: Os elétrons retornam para

a mesma clorofila que os liberou. Forma apenas

ATP.

Fotólise da água

A fotólise da água consiste na quebra da molécula de

água pela energia da luz do Sol. Os elétrons liberados no

processo são usados para substituir os elétrons perdidos


pela clorofila no fotossistema II e para produzir o oxigênio

que respiramos.

A equação geral da fotólise ou reação de Hill é descrita

da seguinte forma:

Assim, a molécula de água é a doadora final de elétrons.

O ATP e NADPH formados serão aproveitados para a

síntese de carboidratos, a partir de CO2. Porém, isso

acontecerá na etapa seguinte, a fase escura.

Fase escura

A fase escura, ciclo das pentoses ou ciclo de Calvin pode

ocorrer na ausência e presença de luz e acontece no

estroma do cloroplasto. Durante essa fase, a glicose será

formada a partir de CO2. Assim, enquanto a fase

luminosa fornece energia, na fase escura acontece a

fixação do carbono.


Esquema do ciclo de Calvin


LISOSSOMO

O lisossomo é uma organela membranosa presente nas

células eucariontes. Sua função é digerir substâncias

para a célula, processo que ocorre graças às inúmeras

enzimas digestivas que contem.

Estrutura dos Lisossomos

Uma célula com seus lisossomos e outras organelas.


Os lisossomos são estruturas esféricas delimitadas

pela membrana formada por uma camada lipoproteica.

Essas organelas contêm muitas enzimas que lhes

permite degradar um grande número de substâncias.

As enzimas são peptidases (digerem aminoácidos),

nucleases (digerem ácidos nucleicos), lipases (digerem

lipídios), entre outras. Como essas enzimas hidrolases

funcionam em ambiente ácido, a digestão ocorre dentro

dos lisossomos para não prejudicar a célula.

Lisossomos Primários e Secundários

No Complexo de Golgi são formadas vesículas que se

soltam originando os lisossomos primários. Esses

lisossomos ficam no citoplasma até que a célula

realize endocitose (fagocitose ou pinocitose) e englobe

alguma partícula externa. Nesse processo, a partícula é

interiorizada dentro de uma vesícula, chamada

endossomo, que se funde com o lisossomo primário

formando o lisossomo secundário, que é uma espécie

de vacúolo digestivo.


Função

A função dos lisossomos é fazer a digestão intracelular,

que pode ser por fagocitose ou autofagia.

Fagocitose

Fagocitose em uma célula APC, um tipo de célula do

sistema imunitário.

Quando a célula precisa digerir substâncias vindas do

meio externo, ela realiza fagocitose. Por exemplo, no

caso das células do sistema imunitário humano que

atacam células inimigas chamadas antígenos.


A célula inimiga (uma bactéria, por exemplo) é capturada

por uma célula APC (célula apresentadora de antígeno,

que pode ser um macrófago ou um linfócito) através da

fagocitose. Ela é então envolvida pela membrana

plasmática do macrófago e forma uma vesícula chamada

fagossomo, que vai para o citoplasma. Dentro da célula,

o fagossomo se funde ao lisossomo, e em seguida, as

enzimas digestivas do lisossomo começam a agir. O

microrganismo invasor é quebrado em partes menores e

eliminado para fora da célula.

Autofagia

Quando as organelas se tornam envelhecidas, a célula

passa por uma reciclagem, ela realiza o processo de

autofagia, através do qual digere algumas das suas

organelas que já não funcionam bem. Isso também pode

acontecer em situações com poucos nutrientes, em que

a célula realiza a autofagia para manter a homeostase

(equilíbrio interno).


METABOLISMO CELULAR

O metabolismo celular é um conjunto de reações

químicas de um organismo que objetivam a produção de

energia para o funcionamento das células.

Além da produção de energia, durante o metabolismo

celular também existe a síntese de intermediários que

participam de reações químicas, como lipídios,

aminoácidos, nucleotídeos e hormônios. Por isso, o

metabolismo celular é fundamental para a sobrevivência

dos organismos.

O metabolismo celular é dividido em anabolismo e

catabolismo.


O anabolismo compreende as reações de

armazenamento de energia, ocorrendo a síntese de

compostos. É a fase sintetizante do metabolismo.

O catabolismo compreende as reações de liberação de

energia, a partir da decomposição de moléculas. É a fase

degradativa do metabolismo.

ATP, a moeda energética das células

O ATP (Adenosina Trifosfato) é a molécula responsável

pela captação e armazenamento de energia. Ela está

envolvida nas reações energéticas que ocorrem nas

células.

A principal forma de obter ATP é através da glicose. As

células quebram moléculas de glicose para produzir

energia na forma de ATP. Através da glicólise, a glicose

é quebrada ao longo de dez reações químicas que geram

duas moléculas de ATP como saldo.

Fotossíntese e Respiração


A fotossíntese e a respiração são os processos mais

importantes de transformação de energia dos seres

vivos.

A fotossíntese é uma ação físico-química que ocorre a

nível celular. Ocorre em seres clorofilados, que a partir do

dióxido de carbono, água e luz, obtém a glicose.

A respiração celular é o processo da formação do ATP

através da oxidação, utilizando o oxigênio como agente

oxidante. Durante o processo, acontecem reações de

quebra das ligações entre as moléculas liberando

energia. Pode ser realizado de duas formas: a respiração

aeróbica (na presença do gás oxigênio do ambiente) e a

respiração anaeróbica (sem o oxigênio).


MITOCONDRIAS

As mitocôndrias são organelas complexas presentes

apenas em células eucarióticas.

A sua função é produzir a maior parte da energia das

células, através do processo chamado de respiração

celular.

O tamanho, a forma, a quantidade e a distribuição das

mitocôndrias variam de acordo com o tipo de célula. Elas

ainda possuem o seu próprio material genético.

Estrutura da mitocôndria


Representação do esquema da mitocôndria

As mitocôndrias são formadas por duas membranas

lipoproteicas, sendo uma externa e outra interna:

• Membrana externa: semelhante a de outras

organelas, lisa e composta de lipídeos e proteínas

chamadas deporinas, que controlam a entrada de

moléculas, permitindo a passagem de algumas

relativamente grandes.

• Membrana interna:é menos permeável e apresenta

numerosas dobras, chamadas de cristas

mitocondriais.

As cristas mitocondriais se projetam para a parte interna

da mitocôndria, um espaço central chamado matriz

mitocondrial, que é preenchida por uma substância


viscosa onde estão enzimas respiratórias que participam

do processo de produção de energia.

Na matriz são encontrados os ribossomos, organelas que

produzem proteínas necessárias à mitocôndria. Eles são

diferentes daqueles encontrados no citoplasma celular e

mais parecidos com o das bactérias. Outra característica

comum a bactérias e mitocôndrias é a presença de

moléculas circulares de DNA.

Respiração Celular

Esquema da Respiração Celular

A respiração celular é um processo de oxidação de

moléculas orgânicas, tais como ácidos graxos e

glicídeos, em especial a glicose, que é a principal fonte

de energia utilizada pelos organismos heterotróficos.


A glicose é proveniente da alimentação (sendo produzida

pelos organismos autotróficos através da fotossíntese) e

convertida em gás carbônico e água, produzindo

moléculas de ATP (adenosina trifosfato), as quais são

usadas em diversas atividades celulares.

Esse modo de produção de energia é muito eficiente, pois

se tem um saldo de 38 ATP, por cada molécula de

glicose, ao fim do processo.

A degradação da glicose envolve diversas moléculas,

enzimas e íons e acontece em 3 etapas: Glicólise, Ciclo

de Krebs e Fosforilação Oxidativa. As duas últimas fases

são as que mais produzem energia e ocorrem na

mitocôndria, enquanto a glicólise acontece

no citoplasma.

A equação química geral do processo é representada da

seguinte forma:

C 6 H 12 O 6 + 6 O 2 ⇒ 6 CO 2 + 6 H 2 O + Energia

Como surgiram as mitocôndrias?


As mitocôndrias possuem características bioquímicas e

moleculares semelhantes às bactérias, como a presença

de DNA circular e ribossomos. Por esse motivo, os

cientistas acreditam que a sua origem esteja relacionada

com seres procarióticos ancestrais.

Segundo a Teoria Endossimbiótica ou

Endossimbiogênese, organismos procariotas antigos

teriam se hospedado com sucesso dentro das células

eucariotas de organismos primitivos, evoluindo para as

atuais mitocôndrias.

O mesmo teria acontecido com os cloroplastos, que se

assemelham às mitocôndrias pela presença de

membrana dupla e sua capacidade de autoduplicação.


QUIMIOSSINTESE

A Quimiossíntese também é conhecida como

"fotossíntese bacteriana". Trata-se da produção de

matéria orgânica por meio da oxidação de substâncias

minerais, sem recorrer à luz solar.

Sem espanto, estas reações fazem parte do metabolismo

de bactérias autótrofas que são classificadas

como quimiossintetizantes. Elas podem existir em

ambientes totalmente desprovidos de luz e matéria

orgânica.

Isso porque obtêm a energia necessária para sua

sobrevivência por meio de oxidações inorgânicas, o que

resulta na produção de matéria orgânica a partir da

oxidação de substâncias minerais.


Este fenômeno é realizado especialmente por bactérias

do tipo ferrobactérias, oxidantes de ferro, as

sulfobactérias, oxidantes do enxofre e as nitrobactérias,

oxidantes do nitrogênio.

Note que esse é um processo pelo qual a produção de

matéria orgânica é dada a partir do gás carbônico, água

e outras substâncias inorgânicas.

Comparada à fotossíntese, a produtividade da

quimiossíntese pode ser considerada como muito

reduzida. Entretanto, este processo é crucial para

realização do ciclo do nitrogênio, onde este elemento é

fixado no solo ou nas plantas, auxiliando na manutenção

destes seres vivos.

Exemplos de bactérias que fazem quimiossíntese:

Beggiatoa e Thiobacillus, que realizam seu metabolismo

a partir de oxidação de compostos de enxofre.

Nitrosomonas e Nitrobacter, que podem ser encontradas

no solo e concretizam um respeitável papel na reciclagem

do nitrogênio.


RESPIRAÇÃO CELULAR

Respiração Celular é o processo bioquímico que ocorre

na célula para obtenção de energia, essencial para as

funções vitais.

Acontecem reações de quebra das ligações entre as

moléculas liberando energia. Pode ser realizado de duas

formas: a respiração aeróbica (na presença do gás

oxigênio do ambiente) e a respiração anaeróbica (sem o

oxigênio).

Respiração Aeróbica

A maioria dos seres vivos utiliza esse processo para obter

energia para suas atividades. Através da respiração

aeróbica é quebrada a molécula de glicose, produzida na


fotossíntese pelos organismos produtores e obtida

através da alimentação pelos consumidores.

Pode ser representada resumida na seguinte reação:

C6H12O6 + 6 O2 ⇒ 6 CO2 + 6 H2O + Energia

O processo não é assim tão simples, na

realidade, ocorrem diversas reações das quais

participam várias enzimas e coenzimas que realizam

sucessivas oxidações na molécula da glicose até o

resultado final, em que é produzido gás carbônico, água

e moléculas de ATP que carregam a energia.

Representação da Respiração Aeróbica na célula

O processo é dividido em três etapas para ser melhor

compreendido, que são: a Glicólise, o Ciclo de Krebs e a

Fosforilação Oxidativa ou Cadeia Respiratória.


Glicólise

A glicólise é o processo de quebra da glicose em partes

menores, liberando energia. Essa etapa metabólica

acontece no citoplasma da célula enquanto as seguintes

são dentro da mitocôndria.

A glicose (C 6 H 12 O 6 ) é quebrada em duas moléculas

menores de ácido pirúvico ou piruvato (C 3 H 4 O 3 ).

Acontece em diversas etapas oxidativas envolvendo

enzimas livres no citoplasma e moléculas de NAD, que

fazem a desidrogenação das moléculas, ou seja,

retiram os hidrogênios a partir dos quais serão doados os

elétrons para a cadeia respiratória.

Por fim, há um saldo de duas moléculas de ATP

(carregadoras de energia).

Ciclo de Krebs

Nessa etapa cada piruvato ou ácido pirúvico, originado

na etapa anterior, entra na mitocôndria e passa por uma


série de reações que resultarão na formação de mais

moléculas de ATP.

Antes mesmo de iniciar o ciclo, ainda no citoplasma, o

piruvato perde um carbono (descarboxilação) e um

hidrogênio (desidrogenação) formando o grupo

acetil [CH 3 −C(=O)−] e se une à coenzima A, formando

acetil CoA.

Na mitocôndria, a acetil CoA se integra em um ciclo de

reações oxidativas que irão transformar os carbonos

presentes nas moléculas envolvidas em

CO 2 (transportado pelo sangue e eliminado na

respiração).

Através dessas sucessivas descarboxilações das

moléculas será liberada energia (incorporada nas

moléculas de ATP) e haverá transferência de elétrons

(carregados por moléculas intermediárias) para a cadeia

transportadora de elétrons.

Fosforilação Oxidativa


Essa última etapa metabólica, chamada de fosforilação

oxidativa ou cadeia respiratória, é responsável pela maior

parte da energia produzida ao longo do processo.

Há transferência de elétrons provenientes dos

hidrogênios, que foram retirados das substâncias

participantes nas etapas anteriores. Com isso, são

formadas moléculas de água e de ATP.

Há muitas moléculas intermediárias presentes na

membrana interna de células (procariontes) e na crista

mitocondrial (eucariontes) que participam nesse

processo de transferência e formam a cadeia de

transporte de elétrons.

Essas moléculas intermediárias são proteínas

complexas, tais como o NAD, os citocromos, a coenzima

Q ou ubiquinona, entre outras.


RESPIRAÇÃO VEGETAL

A transpiração vegetal corresponde ao processo de

dispensação de água na forma de vapor, cedida ao meio

ambiente mediante um sentido unidirecional, ou seja,

da ascensão hídrica desde a região radicular em direção

às folhas, e dessas para a atmosfera.

Portanto, o principal órgão encarregado de realizar

transpiração nos vegetais é a folha, cuja morfologia e

fisiologia passaram por adaptações evolutivas,

provavelmente iniciadas desde o período Siluriano,

certamente devido ao intenso vigor de um tempo seco.

Tal condição resultou certamente em fator de seleção

natural, favorecendo aos organismos vegetais dotados

de mecanismos reguladores quanto à absorção, retenção


e perda de água, conquistando o ambiente terrestre,

consequentemente expressando especializações cada

vez mais aperfeiçoadas.

Hoje sabemos que o dinamismo de um vegetal é regido

por substâncias hormonais e células diferenciadas, tão

complexas quanto à do organismo humano.

Nos vegetais, a quantidade de folhas e a superfície foliar

são fatores que determinam maior ou menor taxa de

transpiração. Isso porque na estrutura de uma folha

existem células estomáticas responsáveis pelas trocas

gasosas.

Aparentemente, perder água na forma de vapor parece

ser algo extremamente prejudicial, podendo causar

ressecamento, desidratação e morte do vegetal. Porém,

a transpiração é necessária, sendo pela colaboração

desse processo a forma pela qual substâncias (sais

minerais, carboidratos, aminoácidos e outros elementos)

são transportadas desde a raiz ao mais alto extrato

arbóreo, funcionando como uma bomba propulsora.

Além de evitar o aquecimento exagerado, eliminação do

excesso de calor na forma de vapor.


OSMOSE

A osmose é o movimento de água que ocorre dentro das

células através de uma membrana semipermeável.

Nesse processo as moléculas de água partem de um

meio menos concentrado para um meio mais

concentrado.

Portanto, a osmose serve para equilibrar os dois lados da

membrana, fazendo com que o meio rico em soluto seja

diluído pelo solvente, que é a água.

Como ocorre a osmose?


A osmose é considerada um transporte passivo, pois na

passagem através da membrana não ocorre gasto de

energia.

No processo da osmose, a água, que é o solvente, tende

a atravessar a membrana semipermeável com o objetivo

de equilibrar a concentração da solução. Essa ação é

realizada até que a pressão osmótica fique estabilizada.

Por isso, a água passa da região menos concentrada

para a mais concentrada, naturalmente.

Esquema representativo da osmose

A passagem da água de um meio para outro é feita nas

células com o auxílio de proteínas transportadoras na


membrana, as aquaporinas. Assim, a osmose ocorre

sempre que existe diferença de concentração entre o

meio externo e interno da célula.

O resultado da osmose é usado nos processos de troca

de nutrientes das células animais e vegetais.

Solução hipotônica, isotônica e hipertônica

Como vimos, o processo de osmose tem como finalidade

igualar as concentrações das soluções, até que se atinja

um equilíbrio. Para isso temos os seguintes tipos de

solução:

• Solução hipertônica: apresenta maior pressão

osmótica e concentração de soluto.

• Solução hipotônica: apresenta menor pressão

osmótica e concentração de soluto.

• Solução isotônica: a concentração de soluto e a

pressão osmótica são iguais, atingindo assim o

equilíbrio.


Portanto, a osmose ocorre entre um meio hipertônico

(mais concentrado) e hipotônico (menos concentrado)

para gerar um equilíbrio.

Exemplos de osmose

Nas células a membrana plasmática é um envoltório

formado por uma bicamada lipídica, o que dificulta o

movimento de água na célula. Entretanto, existem

proteínas especializadas em sua estrutura, as

aquaporinas, que funcionam como canais que facilitam a

passagem das moléculas de água.

Em um meio hipertônico as células tendem a encolher, já

que perdem água. Já uma célula colocada em meio

hipotônico pode inchar até romper, pois há movimento de

água para dentro da célula.


Confira a seguir como ocorre a osmose na célula animal

e vegetal.

Osmose na célula animal

Quando uma célula animal, como as hemácias, são

expostas a meios com concentrações diferentes o

movimento de água na célula ocorre da seguinte forma:

Quando o meio é rico em soluto, uma solução hipertônica

em relação ao citoplasma, as células perdem água para

o meio e murcham.

Quando o meio é pobre em soluto, uma solução

hipotônica, as moléculas de água tendem a entrar na

célula e, embora a membrana seja resistente,

dependendo da quantidade pode ocorrer o rompimento.


Osmose na célula vegetal

O movimento de água nas células vegetais ocorre entre

o vacúolo celular e o meio extracelular.

A célula vegetal apresenta, além da membrana

plasmática, uma parede celular muito resistente, que é

formada por celulose.

Portanto, ao contrário da célula animal, a célula vegetal

resiste ao rompimento quando está inserida em um meio

hipotônico, onde a água tende a entrar na célula. A célula

incha, aumentando seu volume, mas a parede celular

evita a ruptura.

A perda de água por uma célula vegetal, que está

inserida em um meio hipertônico, recebe o nome de

plasmólise. Já a entrada de água no vacúolo quando a


célula está em um meio hipotônico recebe o nome de

turgência, quando há o aumento de volume da célula.

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