5ª edição - Revista Anamnese FOUFBA
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As Universidades Públicas têm sofrido ataques
ideológicos e cortes orçamentários que minam sua
saúde enquanto espaço de transformação social.
Os cortes no orçamento da educação superior e
da ciência e tecnologia caminham na contramão
da realidade do país, que, ainda em 2019, segundo
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), apenas 8,7% da população possuía nível
superior. Além disso, atacar as instituições de
ensino público superior e impedir que ela exerça
sua função social, política, intelectual, cultural
e científica, é sufocar um patrimônio imaterial
e irrestrito da sociedade, com consequências
incalculáveis que se perpetuarão por gerações.
É urgente a retomada dos investimentos nas
universidades como forma de enfrentamento
ao contexto da crise econômica por meio da
formação cidadã, da produção do conhecimento
e da inovação, somente possíveis por meio da
articulação das atividades de ensino, pesquisa,
extensão e inovação, pilares dessas entidades
Públicas.
O estudante que ingressa na Universidade
não deve considerar apenas que ali ocorrerá a
continuidade de uma trajetória escolar gratuita,
mas todas as possibilidades de um Universo amplo
e inclusivo, de profícuo confronto de saberes e
infinitos caminhos trilhados por uma educação
de qualidade. Estar em uma Universidade Pública
exige engajamento e reflexão. Não se pode
negligenciar a conjuntura política do país, já que
as prioridades orçamentárias refletem concepções
políticas e projetos de governo.
O frágil momento que paira sobre as universidades
clama pela voz e força de seus discentes,
docentes e toda a comunidade que usufrui direta
e indiretamente dessa entidade pública, que
impera educação em sua práxis. Juntos, formamos
uma geração de universitários que descende da
luta de quem sonhou com uma Universidade
Libertadora. Para cada um que resistiu, hoje
existem vários que persistem às custas dessa
energia infinda, que incendeia nossos corações
ávidos por conhecimento. Assim sendo, resistir
é nossa maior forma de luta, contra a tirania de
quem se opõe a liberdade do conhecimento e dos
corpos, da diversidade dos saberes e a importância
do diverso. A balbúrdia que se faz por aqui não
carece de cidadania e respeito para entender
qual a melhor opção de projeto que garanta a
manutenção do nosso patrimônio acadêmico
Entre as diversas possibilidades para o recémformado,
a pós-graduação stricto sensu é uma das
opções para o profissional que deseja seguir carreira
acadêmica. Esta prepara professores e pesquisadores
para atuarem nas diversas universidades dentro e
fora do país. No Brasil, existem vários programas
de excelência, que proporcionam o ingresso do
pós-graduando fora da sua instituição de origem,
promovendo novas experiências e desafios. Ao se
falar de pós-graduação de referência, a Faculdade
de Odontologia de Piracicaba da Universidade
Estadual de Campinas (FOP-UNICAMP) é
sempre almejada.
A FOP-UNICAMP atualmente possui seis
Programas de Pós-Graduação com níveis Mestrado
e Doutorado, e um Programa de Mestrado
Profissional. São eles: Odontologia, Biologia Buco-
dental, Estomatopatologia, Materiais Dentários,
Clínica Odontológica, Radiologia e Gestão de
Saúde Coletiva, todos considerados como de
excelência na Área de Odontologia, sendo que
dois programas possuem conceito máximo da
CAPES. Os programas têm por objetivo formar
docentes, pesquisadores e profissionais altamente
qualificados para atender a demanda da sociedade.
O programa de Clínica Odontológica, conceito
CAPES 7, possui 5 áreas de concentração, sendo
elas Prótese, Dentística, Endodontia, Periodontia
e Cirurgia Bucomaxilofacial. O aluno que
ingressar nesse programa desenvolverá atividades
de pesquisa e ensino, onde terá a oportunidade de
desenvolver e ministrar aulas, orientar alunos da
graduação na prática clínica e realizar pesquisas em
diferentes segmentos; tudo isso sob a supervisão
do Orientador ao qual foi designado. O perfil que
se espera ao profissional formado pelo Programa
é um pesquisador de excelência, de um docente
extremamente qualificado, apto a ingressar em
uma Instituição de Ensino do país ou exterior
e de um profissional da Área de Saúde capaz de
elaborar estratégias de melhoria da qualidade de
vida da comunidade local e/ou de outras regiões.
Além disso, um dos principais focos do programa
é o aumento da internacionalização da mesma,
tanto no sentido de atrair mais estudantes de
outros países, como na geração de publicações
científicas do Programa por seus docentes e
alunos, possibilitando aos alunos matriculados em
nível Doutorado realizar parte de seu trabalho de
tese em instituições de ensino estrangeira.
O programa de Radiologia Odontológica, conceito
CAPES 5, é o único do país com mestrado
e doutorado específico na área e pertence ao
Departamento de Diagnóstico Oral. Tal especificidade
estimula o aluno a possuir um forte vínculo
com áreas técnicas de aparelhos e exames
radiográficos, além de permitir a elaboração de
laudos que auxiliam em um diagnóstico mais preciso.
Também dispõe de uma clínica própria com
equipamentos de alta tecnologia, produzindo radiografias
e tomografias de excelente padrão de
qualidade e um corpo docente com profissionais
radiologistas de excelência. Com diversas linhas
de pesquisa abrangendo características e desenvolvimento
das estruturas do complexo crânio-facial,
imaginologia em odontologia, radiobiologia e radioproteção,
além também da utilização da Inteligência
Artificial, a Radiologia FOP/UNICAMP
é referência no país. Expandindo as fronteiras do
Brasil, também há um grande incentivo à internacionalização
dos pós-graduandos através de parcerias
com diferentes Universidades e Institutos
pelo mundo.
foi primordial para que abrisse meus horizontes
e fizesse enxergar com outros olhos a carreira
acadêmica. Essas atividades não seriam possíveis
sem o grupo PET Odontologia e a equipe docente
da FOUFBA, que desenvolvem e preparam
os alunos para as diferentes possibilidades que
os esperam depois da conquista do diploma,
e estimulam ao máximo para seguir a carreira
acadêmica e ir em busca das melhores instituições
para isso. A FOP - UNICAMP é referência no
Brasil em pós graduação e, quando me propus
a tentar, busquei os melhores conselhos de que
aqui era onde eu queria prestar e me formar
como docente. Hoje atuo na linha de pesquisa de
clareamento dental e desenvolvo pesquisas que
jamais imaginaria poder fazer parte. Realizar tudo
isso fora da sua instituição e cidade de origem pode
ser um grande desafio, porém ao se deparar com a
tecnologia, conhecimento e oportunidades que a
FOP nos oferece, me sinto cada dia mais preparado
e realizado, certo de que estou no caminho certo e
que irei colher bons frutos. Aos que pensam em se
desafiar e sair da zona de conforto e querem seguir
o mestrado e o doutorado, não só encorajo como
recomendo pesquisar bastante sobre a instituição
que você deseja ingressar, a possibilidade de bolsa,
se planejar e conversar muito com os outros
profissionais que já passaram por essa experiência.’’
“Seguir o caminho da pós graduação stricto
sensu nunca passou pela minha cabeça ao ingressar
na graduação, e no decorrer do caminho,
participar de atividades que envolvesse o tripé
da universidade - ensino, pesquisa e extensão -
“Por que escolher uma pós-graduação? Por
que a FOP-UNICAMP? Bom, esses são alguns
questionamentos que devemos nos fazer ao tomar
uma decisão tão importante após a conclusão da
graduação. Desde o início da minha trajetória
sempre soube que queria ser professora e
pesquisadora, por isso tentei aproveitar ao
máximo todas as oportunidades possíveis para
me apropriar desse sonho. Sou muito grata a
tudo que construí na Faculdade de Odontologia
da UFBA, aos professores, monitorias, pesquisas,
estágios, e, sem dúvidas ao grupo PET-Odontologia
que teve uma parcela essencial nesse processo.
Atualmente, sou mestranda do programa de
Clínica Odontológica na área de concentração de
Prótese Dental na FOP-UNICAMP e minha linha
de pesquisa é sobre o efeito antimicrobiano de
tratamentos de superfícies de implantes dentários.
A pós-graduação é cheia de desafios, exige
muita dedicação e também abdicações, mas sem
dúvida é um processo de grande aprendizagem e
muito crescimento profissional e pessoal. Minha
mensagem para aqueles que desejam seguir a
carreira acadêmica é que se dediquem e aproveitem
todas as oportunidades durante a graduação!”
“Em minhas veias sempre correu o desejo
e a paixão pelo ensino, pesquisa e compartilhar
saberes. Sendo filho de professora, parte de
mim sempre soube que o caminho acadêmico
acabaria me encontrando. E na Odontologia não
foi diferente. Na graduação, pouco a pouco, me
enveredei nele e graças às monitorias, às linhas
de pesquisa, aos estágios, aos mestres e amigos
confirmei esse desejo. Além também de uma
parcela de importância significativa do PET
Odontologia UFBA que, em sua essência, exala
não só o ensino e a pesquisa, como também a
extensão. Durante a pandemia, a Radiologia me
puxou pelo braço e disse “aqui é seu lugar”, e
eu apenas me rendi. E quando se pensa em pósgraduação
em Radiologia, a UNICAMP tem um
respaldo e importância enormes. Está sendo uma
experiência incrível estar em Piracicaba, apesar
de fatores como distância da família, saudades e
comida baiana pesarem muito em meu coração.
Porém, respirar pesquisa e ensino a todo momento
tem valido a pena e recomendo a todos que têm
esse desejo. Vale a pena e muito!”
A LAOH-FIP/CG, Liga Acadêmica em Odontologia
Hospitalar, é de origem da Faculdades Integradas
de Patos (FIP) - Campina Grande, situada no Estado
da Paraíba, sendo idealizada e orientada pelo Prof.
William Alves de Melo Júnior. A liga é definida
como inovação, visto que é a pioneira na Paraíba e
visa cobrir um nicho que está ganhando espaço nas
equipes multiprofissionais, que é a introdução do
cirurgião-dentista habilitado dentro do ambiente
hospitalar. Fato esse que ficou mais evidenciado
na pandemia recente da COVID-19, em que a
odontologia hospitalar teve uma demanda mais
alta do que o padrão, para que se cuidasse dos
pacientes internados e minimizasse ou eliminasse
complicações de origem oral.
Sendo assim, busca-se trabalhar de forma mais
integrada possível, baseando-se no tripé ensino,
pesquisa e extensão. Isso porque são desenvolvidas
atividades científicas com os integrantes, como a
escrita de artigos, com temas relevantes para a
área de atuação, sempre reunindo o grupo para
discussão e com isso as experiências são trocadas
nesse processo de ensino compartilhado para
um aprendizado mútuo. Além disso, a extensão
proporciona oportunidades de trocas entre a
comunidade e as produções científicas. Desta
forma, o ensino e a extensão são estabelecidos em
uma perspectiva de busca pelas evidências.
Vale destacar que existe uma parte considerável
de alunos externos, inclusive de outros estados
brasileiros, ou seja, que não são da FIP e mesmo
assim integram a liga, o que aumenta ainda mais a
troca entre os ligantes. A prática, ponto-chave do
processo, se dá por meio de visitas ao ambiente
hospitalar, em especial os hospitais da região de
Campina Grande-PB, onde são realizadas várias
atividades: levantamentos sobre a saúde oral e
a qualidade de vida dos pacientes internados,
educação em saúde, terapias com laser de baixa
potência, orientações de higiene oral tanto para as
crianças quanto para os responsáveis.
Outra atividade realizada é a apresentação virtual
dos ciclos de seminários. Eles ocorrem através da
plataforma Google Meet, de maneira semanal,
onde os ligantes contribuem com conhecimentos
Hospitalar, à Oncologia, às Práticas Integrativas e
Complementares em Saúde e à Estomatologia, e
no tema que foi apresentado no ciclo de seminário.
Essa produção é de autoria do ligante e encontrase
disponibilizada na rede para compartilhar o
conhecimento do tema para os alunos, os dentistas
e a população geral.
Com essas atividades, a liga procura alcançar
espaço nacional, ser referência na área, com
inovação, respeito, humanização e abordagem
biopsicossocial. Neste sentido, a LAOH-FIP
vem contribuindo com a formação acadêmica,
humana e social dos seus ligantes, deixando seus
alunos atualizados e preparados para o mercado
de trabalho e às necessidades da comunidade
científica e populacional.
de determinado tema, apresentando-o aos
colegas por em média 30 minutos, por meio da
apresentação em slides e discussão compartilhada
do tema. Essa atividade não possui caráter
avaliativo, apenas de ensino, sendo monitorada
pelo professor coordenador da Liga.
A liga também atua nas redes sociais, como os
posts no Instagram, em que os alunos desenvolvem
uma arte baseada em temáticas relevantes,
em especial relacionadas à Odontologia
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SE LIGA! - PESQUISA
LEVANTAMENTO DE SEIO MAXILAR C
RESUMO
Casos graves de doença periodontal severa,
que geram mobilidade dental e perda no nível
ósseo, ainda são muito recorrentes no dia a dia
do consultório. Atualmente a implantodontia
oferece diversas técnicas para se ter resultados
de excelência. Seguindo essa linha de tratamento,
podemos optar por várias técnicas cirúrgicas, a fim
de aumentar o volume ósseo, por consequência da
ausência de unidades dentárias.
Este trabalho tem como objetivo relatar um
caso de extrações múltiplas, juntamente com
levantamento do seio maxilar e enxerto ósseo, em
um paciente com doença periodontal severa.
Palavras-chave: Nível ósseo, Extrações múltiplas,
Levantamento seio maxilar, enxerto ósseo
ABSTRACT
Severe cases of severe periodontal disease that
generate tooth mobility and loss at the bone level
are still very common in the daily practice of the
office. Currently, implantology offers several
techniques to obtain excellent results. Following
this line of treatment, we can opt for several
surgical techniques in order to increase bone
volume, as a result of the absence of dental units.
This paper aims to report a case of multiple
extractions, together with maxillary sinus lift and
bone graft, in a patient with severe periodontal
disease.
Keywords: Bone level, Multiple extractions,
Maxillary sinus lift, Bone graft
INTRODUÇÃO
Quando o paciente carece de um sorriso com
ausência de falhas, é necessário um planejamento
que visa devolver qualidade e confiança. Diante
disso, em muitos dos casos é proposto uma opção
de reabilitação do protocolo fixo. Seguindo essa
linha de tratamento, podemos optar por várias
técnicas cirúrgicas, a fim de aumentar o volume
ósseo, por consequência da ausência de unidades
dentárias. A técnica mais praticada, previsível e
bem aceita é a dos sinos loft, conhecida também
como Levantamento de Seio Maxilar (LSM). Ela é
feita via janela lateral que foi apresentada em 1977
por Tatum e publicada por Boye e James (1980).
(1)
Este trabalho tem como principal objetivo
relatar um caso clínico de um paciente do sexo
masculino, que demandava de uma técnica de alto
nível de reabilitação da função e da estética, pois
apresentava exodontias múltiplas devido à doença
periodontal severa, seguida de levantamento de
seio maxilar do lado direito, utilizando a técnica
de janela lateral, para possível implante.
RELATO DE CASO
Paciente do sexo masculino, sem alteração
sistêmica, procurou a clínica para relatar como
queixa principal um grande incômodo com o seu
sorriso. Ao exame clínico e de imagem, foram
constatadas mobilidade dentária em toda a região
do arco superior e também em dentes posteriores
do arco inferior, causadas por perda óssea.
ANAMNESE
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OM ENXERTO ÓSSEO HETERÓGENO
Após as avaliações, foi planejada a abordagem
cirúrgica onde iriam ocorrer as extrações dos
elementos 17, 16, 15, 14, 13, 12, 11, 21, 22,
23, 24, 25, 26 e 27, o levantamento do seio
maxilar juntamente com o enxerto ósseo, para
posteriormente ser feita a instalação dos implantes.
Já na parte inferior, seriam os elementos 34, 35,
36, 44, 45, 46.
1:100.000. Com o paciente anestesiado, foi feito
o descolamento do tecido utilizando lâmina de
bisturi 15. Após o descolamento, foi feita a extração
dos elementos utilizando a alavanca de seldin reta,
fórceps 01 e 150. Com os elementos já extraídos,
foi feito o acesso para o seio maxilar utilizando
a técnica de Cadwell-Luc (1). Nesta técnica é
realizada uma osteotomia da parede externa
do seio maxilar, a membrana de Schneiderian é
descolada medialmente e impulsionada em direção
A cirurgia foi realizada no dia 16 de fevereiro
de 2022, na clínica Oral Sin, localizada em
Salvador, Bahia. Com o paciente pronto, foi feita
a antissepsia com clorexidina 2%, colocada a
cobertura estéril no paciente para iniciar a técnica
anestésica. Foi utilizada a técnica de bloqueio do
nervo infraorbital além do nasopalatino. Também
foi aplicada a técnica infiltrativa nas papilas. Todas
utilizando o sal anestésico articaína com epinefrina
FOUFBA
12
superior. O espaço criado por essa intervenção
é preenchido com enxerto ósseo, que, neste
relato de caso, foi utilizado o enxerto heterógeno
bovino de Straumman, seguido da colocação de
membrana.
Foram então realizadas as extrações superiores e
o enxerto para posteriormente ter a continuidade
do tratamento. Foram feitas suturas simples e
contínuas com fio de sutura 3-0. O pós-operatório
a paciente cursou sem queixas álgicas e edema
compatível com pós-operatório.
DISCUSSÃO
Casos graves de doença periodontal severa, que
geram mobilidade dental e perda no nível ósseo,
ainda são muito recorrentes no dia a dia do
consultório. Nestes casos, a extração das unidades,
juntamente com o levantamento do seio e o
enxerto, seguem como uma excelente alternativa
de reabilitação de pacientes com esse contexto.
Segundo o hospital da face, existem alguns tipos
de enxertos. Sendo enxerto alógeno, conhecido
também como homógeno, que consiste no uso
de tecido ósseo entre dois indivíduos da mesma
espécie. Ele pontua também a técnica do enxerto
autógeno, que é caracterizado pela retirada do
tecido ósseo do próprio paciente. Nesse caso, o
osso pode ser extraído da mandíbula, maxila ou
de outra parte do corpo, ou seja, o doador e o
receptor são o mesmo indivíduo. Já o enxerto
heterógeno ocorre entre indivíduos de espécies
diferentes, geralmente bovino ou suíno. E, por
fim, os sintéticos como cerâmico, polímero,
hidroxiapatita ou outros materiais, com a finalidade
de induzir o crescimento do osso alveolar, de
origem mineral ou sintética, denominado como
aloplásticos. O presente trabalho concorda com a
literatura já que nele consta a utilização do enxerto
heterógeno bovino Straumman. (2)
A instalação de implantes dentários junto da
utilização de enxertos ósseos em pacientes
periodontais parece ser uma opção viável e
segura. Porém, é sempre necessário lembrar que
seja feita uma boa anamnese, realizar um bom
planejamento para aplicar as melhores técnicas e
manobras cirúrgicas, além de manter um controle
posterior desses implantes.
CONCLUSÃO
A doença periodontal é um dos principais fatores
para a perda do elemento dentário. Sendo
assim, a utilização do enxerto ósseo atrelado ao
levantamento do seio maxilar, para posteriormente
ter a instalação dos implantes, ainda é uma das
melhores alternativas em caso de perda óssea
severa e mobilidade dental.
Autores(as):
Renan Prado Reis da Maia
Camilla Luiza Almeida Costa
Javan Araujo Cunha
Guilherme Antonio Cruz Cabral
Ramon dos Santos Nascimento
ANAMNESE
ODONTO +
LASERTERAPIA E AÇÕES EDUCATIVAS
TRANSDISCIPLINARES NA ONCOPEDIATRIA:
REFLEXÕES DA PRÁTICA EXTENSIONISTA.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA),
o câncer infantojuvenil acomete indivíduos até 19
anos de idade, no Brasil corresponde à primeira causa
entre os óbitos por doença, configurando-se como
uma doença de alta mortalidade. Seu tratamento
diminui a qualidade de vida, interfere nas atividades
diárias e no convívio social, impactando em vários
aspectos os pacientes, seus familiares e a equipe de
profissionais envolvida.
Um dos mecanismos terapêuticos utilizados para
a redução dos desconfortos na cavidade oral é
a fotobiomodulação (Laserterapia), que é uma
terapêutica eficaz, indolor, de baixo custo e de uso
crescente no âmbito hospitalar. Essa é a proposta
do projeto de extensão da Universidade Federal de
Campina Grande (UFCG), que tem como público
alvo pacientes oncopediátricos em tratamento
antineoplásico no Hospital Universitário Alcides
Carneiro (HUAC).
Têm-se utilizadas metodologias ativas, educação
em saúde e atividades lúdicas, a fim de contribuir
para a promoção, a prevenção e a recuperação da
qualidade de vida destes pacientes, envolvendo
também os pais e os cuidadores na atenção e no
cuidado integrado. Além
de contribuir com a equipe
médica, proporciona novas
formas de saberes para
uma formação técnica e
humanística dos discentes
da saúde em ambiente
hospitalar.
O projeto investe no aprendizado
do discente, através
dos ciclos de seminários
baseados nos conhecimentos
adquiridos em: Práticas
Integrativas e Complementares
em Saúde (PICS), Oncologia, Odontologia
Hospitalar, Oncopediatria, Laserterapia e Cuidados
Paliativos, suprindo uma lacuna importante no ensino
universitário. Desta forma, proporciona-se um
redimensionamento dos currículos, pois muitos
desses conteúdos são ausentes nas grades curriculares
e/ou extracurriculares, além do mais o mesmo
incentiva os discentes à produção acadêmica através
das pesquisas e publicações em revistas, livros e periódicos
especializados.
As ações não se limitam só aos assistidos,
configurando-se como um mecanismo de
sensibilização para a humanização do profissional
de saúde em formação e de aperfeiçoamento
científico do mesmo. Neste sentido, salientamos a
importância das ações voltadas para os cuidadores,
que geralmente são os pais, cuja experiência é
traumática e gera desestruturação na dinâmica
familiar, restrições na vida profissional, no lazer e
em projetos de vida da família.
É mergulhado nessa realidade que o projeto em tela
à uma década vem, a partir de cada experiência,
ressignificando e reafirmando sua relevância
e contribuição para a formação dos discentes,
transformando positivamente a sociedade. Durante
esses dez anos de atuação, a pertinência e a relevância
do projeto é expressa nos números de sessões vindo
de 284 para 1208 em sua última versão, assim foi
verificado o quanto o projeto tem atuado de forma
positiva na comunidade, proporcionando melhor
qualidade de vida aos pacientes oncopediátricos.
William Alves de Melo Júnior.
Mestre em Laser na Odontologia.
UFCG/ FIP-CG
13
FOUFBA
14
INSIGHTS CIENTÍFICOS
Radioterapia e quimioterapia:
Quais são os efeitos colaterais por trás da terapêutica?
Os cânceres de cabeça e pescoço (CCP)
correspondem a cerca de 10% das neoplasias
malignas que acometem a população. Esses
tumores podem se instalar em diferentes locais da
região, e, aproximadamente, cerca de 40% atingem
a cavidade oral (CO), 25% a laringelaringe, 15% a
faringefaringe, 7% as glândulasglândulas salivares
e 13% as outrasoutras regiões(1).
O crescimento desordenado de células malignas
está associado a diferentes fatores de risco, podendo
ser intrínseco, no caso de herança genética, ou
extrínsecos, como os fatores ambientais e hábitos
de vida do paciente. O etilismo, o tabagismo e
a infecção pelo papilomavírus humano (HPV)
estão entre as principais causas associadas ao
desenvolvimento do CCP(2). Outros hábitos
deletérios como má higiene bucal e alimentação
pobre em frutas e vegetais estão também
relacionados, porém em menor grau(3).
O diagnóstico definitivo é feito através da
biópsia(3). A cirurgia e a radioterapia (RXT)
estão entre os mais eficazes e fundamentais
métodos utilizados para o tratamento dos CCP, e
a quimioterapia e a imunoterapia são importantes
como terapias auxiliares(1).
Apesar da importância terapêutica, o tratamento
radioterápico apresenta muitos efeitos negativos.
As reações podem surgir de forma aguda, durante
o tratamento ou nas semanas que se sucedem a
exemplo da mucosite, xerostomia, disgeusia,
candidose e radiodermite, ou de forma crônica,
meses ou anos após terapia. Nesses casos surgem
hipossalivação, trismo, osteorradionecrose, e a
cárie de radiação(4). Essas complicações tendem
a necessitar do uso de analgésicos e de uma dieta
adequada, pois podem influenciar diretamente
no prognóstico e chance de sobrevivência desse
paciente. As três principais são:[Quebra da
Disposição de Texto]
Mucosite oral (MO)
Reação aguda que ocorre em pacientes que se
submetem a tratamento de RXT para CCP. Apesar
da MO estar anatomicamente relacionada à dose
da RXT, tecidos orais que não são queratinizados
são mais vulneráveis a MO do que aqueles tecidos
orais queratinizados(5). Os locais mais acometidos
são mucosa jugal, assoalho bucal, borda lateral de
língua e palato mole e gera uma desregulação entre
regeneração e destruição celular. Essa instabilidade
resulta numa diminuição da quantidade de
células epiteliais, deixando o epitélio mais
delgado ou mesmo inexistente, exibindo-se como
uma região inflamada ou ulcerada na mucosa
oral(1). Alguns sintomas de MO podem ser tão
dolorosos que levam àa suspensão do tratamento
radioterápico(6).
Xerostomia
As células das glândulas salivares são danificadas
pela radiação podendo resultar em fibrose,
redução do fluxo salivar, alteração na composição
salivar e xerostomia. Essa hipofunção induzida
por radiação pode ocorrer por 2 mecanismos:
afetando diretamente o DNA das células
acinares da glândula, provocando morte celular;
ou provocando alterações microvasculares nas
células endoteliais da glândula, aumentando sua
permeabilidade, levando ao edema intersticial
e progressivamente obstruindo seu ducto. A
hipocelularidade, hipovascularização e hipóxia
induzidas pela radiação tornam as glândulas
ANAMNESE
15
salivares atróficas e fibróticas(7, 8). Como
resultado, a xerostomia aparece como um sintoma
precoce da RXT e tende a durar por vários
meses(9).
Mudanças no osso alveolar
e osteorradionecrose (ORN)
O tratamento com radiação tem efeitos danosos
nos osteócitos e sistema ósseo microvascular
(hipocelularização, hipovascularização e hipóxia).
Três mudanças comuns são: perda óssea (atrofia);
osteíte por radiação e ORN; e a severidade da
resposta óssea depende do grau de maturidade
ósseo e dose de radiação(10). Wright et al.(11)
demonstrou que no osso irradiado houve aumento
no volume de osteoclastos comparado com osso
não irradiado, e essa proliferação osteoclástica é
responsável pelo processo de reabsorção da matriz
óssea gerando atrofia(11). ORN descreve a morte
do tecido ósseo exposto pela falha no processo de
cicatrização, induzida pela radiação, sendo mais
comum na mandíbula do que na maxila devido àa
sua maior densidade óssea e ao menor suprimento
sanguíneo(12). Seus sintomas clínicos incluem
fístulas orais, dor, ulcerações e exposição de osso
necrótico por mais de 3 meses.
Sugestão terapêutica
Apesar de não estar amplamente disponível para os
usuários do SUS, a fotobiomodulação atua como
minimizador dos efeitos colaterais do tratamento
antineoplásico. Este laser faz uso de radiação
não ionizante de alta energia e não invasiva, que
confere efeitos analgésicos, moduladores da
inflamaçãoanti-inflamatórios e fotobiológicos,
podendo auxiliar também na prevenção da
MO(13). Isso porque, ao interagir com tecidos
biológicos, levam ao aumento na produção de ATP,
consequentemente potencializando a biossíntese
de proteína e facilitando o processo de reparação
do tecido. Essas são características que fazem dessa
terapêutica uma promissora aliada na resolução e
prevenção de alguns agravantes(14).
Deste modo, é de fundamental importância
a atuação do cirurgião-dentista na equipe
multidisciplinar em oncologia, atuando na
prevenção e no tratamento desses efeitos
colaterais que acometem as regiões da CO, através
do conhecimento da sua etiologia e patogenia;
além da remoção de fatores agravantes, como
aparelhos ortodônticos e próteses que causem o
acúmulo de biofilme. O conhecimento dos graus
estabelecidos da doença e o manejo terapêutico
adequado são necessários para a escolha precisa
da forma de administração de anti-inflamatórios,
corticóides, analgésicos, uso de laserterapia,
bochechos, orientação de uma dieta adequada
e, em alguns casos, interrupção do tratamento
para a manutenção da vida do paciente devido
à severidade que as lesões secundárias podem
adquirir.
Autores(as):
Felipe Teixeira Costa
Nascimento 1
Isabella Ferreira Borges
dos Santos 1
Murilo Chaves Silva 1
Mariana Caje
Kalil Lion 1
Andressa Agnes
Encarnação de
Moraes 1
Profª. Drª. Manoela
Carrera 2
1
2
Membro(a) da Liga Acadêmica de Diagnóstico Oral da UFBA (LADO-UFBA)
Tutora da Liga Acadêmica de Diagnóstico Oral da UFBA (LADO-UFBA)
FOUFBA
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INSIGHTS CIENTÍFICOS
5ª Edição da Classificação de
Tumores de Cabeça e Pescoço (OMS, 2022):
O que mudou?
A 5ª edição da Organização Mundial da Saúde
(OMS) para a Classificação de tumores de cabeça
e pescoço (CTCP), proposta em 2022, trouxe
atualizações importantes sobre algumas lesões.
Atualizações periódicas permitem refinamentos
de CTCP e adição de novas lesões com base em
achados moleculares em evolução, avanços imunohistoquímicos
e comportamento clínico(1).
Uma nova seção intitulada “Lesões Neoplásicas”
admitiu duas novas entradas: Sialometaplasia
Necrosante e o Melanoacantoma(1). A
Sialometaplasia Necrosante é descrita, para
destacar as características clínicas e histológicas
de uma entidade reativa e autolimitada que pode
mimetizar o carcinoma de células escamosas e
os tumores das glândulas salivares(2, 3, 4). O
Melanoacantoma figura como lesão neoplásica
devido à apresentação clínica alarmante de
uma lesão pigmentada, inicialmente de rápido
crescimento, semelhante ao melanoma da mucosa
oral, mas distingue-se deste pois carece de atipia e
não invade ninhos melanocíticos(5).
A seção de distúrbios potencialmente malignos
orais (DPMO) e displasia epitelial oral, que, na
OMS de 2015, era combinada, foi agora separada
devido aos avanços nos achados diagnósticos(1).
Foram listados como DPMO: as lesões liquenóides,
a ceratose de tabaco, o líquen plano oral (embora
bastante discutido, pois publicações recentes
refinaram as características das lesões liquenoides
orais distinguindo-as do líquen plano oral(6)),
doença do enxerto oral versus hospedeiro, lúpus
eritematoso, as síndromes de câncer familiar; além
disso, houve a exclusão da candidíase crônica,
da glossite sifilítica e da queratose actínica desta
lista. Sobre displasia epitelial oral, essa edição
trouxe a distinção entre queratinização prematura
generalizada e queratinização de célula única,
e, apesar de mantido, admite-se que o sistema
de classificação em três camadas simplifica sua
complexidade(7). Uma adição importante à edição
de 2022 foi a resposta do hospedeiro liquenóide
na Displasia Epitelial Oral, pois características
citológicas ou arquitetônicas de displasia na
presença de um infiltrado linfo-histiocitário em
forma de faixa impedem o diagnóstico de líquen
plano oral(6, 7). O termo carcinoma in situ passou
a ser considerado sinônimo de displasia grave.
A Fibrose submucosa, nas edições anteriores,
aparecia anexada ao grupo de DPMO, hoje é
discutida separadamente. Desde a última edição,
em 2017, houve maior caracterização da Displasia
associada ao HPV, mas, devido à sua distinção
das Displasias Epiteliais Orais convencionais,
foi classificada como uma entidade separada(1).
Outra atualização que merece destaque nesta 5ª
edição é a descrição de Carcinoma cuniculatum
e de carcinoma verrucoso em cortes dedicados,
refletindo que a cavidade oral é a localização
mais comum na cabeça e pescoço para ambas as
entidades, que apresentam características clínicas
e histológicas distintas do carcinoma espinocelular
convencional(1). O Carcinoma cuniculatum
é um CEC raro, localmente destrutivo, bem
diferenciado e com um padrão único de
escavação invasiva pela maxila e raramente em
outros locais da cavidade oral(8). Na edição
anterior, o Carcinoma verrucoso foi abordado no
capítulo Hipofaringe, laringe, traqueia e espaço
parafaríngeo. A apresentação desta lesão difere na
cavidade oral, além disso é responsável por 50 a
75% de todos os casos na cabeça e pescoço(1).
ANAMNESE
17
A 5ª edição da CTCP da OMS incluiu o
ameloblastoma adenoide nas lesões odontogênicas.
Sua histopatologia demonstra uma arquitetura
cribriforme, estruturas ductiformes e componente
semelhante ao ameloblastoma (incluindo paliçada
basal e polaridade reversa). Radiologicamente, essa
lesão se apresenta como uma área radiolúcida com
focos radiopacos ocasionais, perfuração da cortical
e margens mal definidas(9, 10, 11). Somado a
isso, foi acrescido um novo rabdomiossarcoma
ósseo com rearranjo TFCP2 e predileção pelos
ossos maxilares(10). No que se refere aos outros
cistos dos maxilares, o cisto ciliado cirúrgico,
embora não seja odontogênico, adentra para
essa classificação após revisadas características
e particularidades dessa patologia(12). Houve
também inserção da displasia odontomaxilar
segmentar para o grupo de lesões de tumores
fibro-ósseos e displasia. Por outro lado, houve a
exclusão do tumor neuroectodérmico melanótico
da infância e o osteoma osteóide da secção dos
tumores ósseos e cartilaginosos benignos(10).
Sobre tumores odontogênicos mesenquimais
benignos, o fibroma odontogênico agora apresenta
subtipos: amiloide, de células granulares,
ossificante e fibroma odontogênico híbrido
com células gigantes centrais granuloma(10).
O fibroma cemento-ossificante que sempre foi
uma lesão fibro-óssea benigna, bem como uma
neoplasia odontogênica, agora é apresentado na
seção de tumores odontogênicos(10). Nos cistos
odontogênicos inflamatórios, em relação ao Cisto
Odontogênico Glandular, as dez características
histopatológicas citadas na edição de 2017 não estão
presentes em todos os casos(10, 13). Além disso,
o cisto odontogênico calcificante é definido como
cisto odontogênico de desenvolvimento(14).
Apesar das atualizações desta edição, alguns
aspectos desafiadores da classificação de 2017 ainda
permanecem incertos, controversos e discutíveis,
como a classificação de ameloblastoma metastático,
fibro-odontoma/dentinoma ameloblástico, e
o tipo mural de unicístico ameloblastoma(10,
15). A patologia é um campo dinâmico e em
rápida evolução, características evidenciadas no
quinto capítulo da edição da Classificação de
Tumores de Cabeça e Pescoço da Organização
Mundial da Saúde de 2022, intitulada Tumores da
cavidade oral e língua móvel. Com descobertas
futuras, serão necessárias mais atualizações,
modificações e reclassificações da OMS(1). Cabe
a nós, Cirurgiões-dentistas, nos mantermos
constantemente atentos a eventuais mudanças,
prestando assim, um serviço qualificado aos nossos
pacientes no diagnóstico das lesões orais.
Autores(as):
Ayalla Magalhães
Souza 1
Bruna Santos
da Silva 1
Kalil Ayres Santana 1
Iracy Marques Reis
Bonfim Conceição 1
Felipe Teixeira
Costa Nascimento 1
Orientador:
Prof. Dr. Leonardo
de Araujo Melo 2
1
Membro(a) da Liga Acadêmica de Diagnóstico Oral da UFBA (LADO-UFBA)
2
Coordenador de Ensino da Liga Acadêmica de Diagnóstico Oral da UFBA (LADO-UFBA)
FOUFBA
18
INSIGHTS CIENTÍFICOS
NANOPARTÍCULAS DE PR
APLICAÇÕES E PERS
A prata é um material empregado na Odontologia
desde o século XIX, especialmente como um dos
principais componentes da Amálgama de Prata,
utilizada durante muitos anos em restaurações.
Com o surgimento das resinas compostas, seu uso
foi progressivamente reduzido, mas o interesse
nesse material vem sendo renovado graças ao
desenvolvimento crescente da nanotecnologia.
Esse novo campo da ciência tem demonstrado um
futuro promissor para o uso de nanopartículas
na Odontologia, em especial as nanopartículas
de prata (AgNPs) (1, 2). Além das propriedades
já conhecidas da prata, sua versão nanométrica
fornece atividade antimicrobiana adicional que
pode ser utilizada no desenvolvimento de novos
materiais ou na melhoria de materiais existentes
(2, 3, 4).
O potencial antimicrobiano animador das AgNPs
é resultado de suas propriedades físico-químicas
singulares. Seu tamanho extremamente reduzido,
entre 1 e 100 nanômetros, altera o nível de liberação
de íons de prata capazes de atuar em diferentes
estruturas das células microbianas e interfere na
energia de superfície, proporcionando alto contato
com microrganismos quando comparado com
outros agentes antimicrobianos (1, 3, 5). Além
disso, as AgNPs são capazes de induzir a produção
de espécies reativas de oxigênio, atuando, também,
por meio do dano oxidativo (1, 3, 6, 7).
Na Odontologia, estudos têm indicado o uso
das AgNPs em especialidades como endodontia,
prótese, ortodontia, periodontia, dentística
e implantodontia, podendo desempenhar um
importante papel na saúde bucal. Na endodontia,
as propriedades antimicrobianas das AgNPs
favorecem o seu uso em associação com os diversos
materiais endodônticos, como medicações
intracanal, cimentos endodônticos, soluções
irrigadoras e em recobrimento de materiais
obturadores (1, 2, 6). As AgNPs podem ser
incorporadas, também, em resinas acrílicas para a
confecção de próteses totais e parciais removíveis,
com o objetivo de inibir o crescimento de bactérias
presentes no biofilme bucal como Streptococcus
mutans, Escherichia coli e Staphylococcus aureus
(5, 6, 8). Além disso, as AgNPs podem ser
incorporadas às porcelanas, pois são capazes de
melhorar suas propriedades mecânicas e reforçar
sua dureza e tenacidade à fratura (3, 6, 9).
Na ortodontia, as AgNPs podem ser empregadas
no revestimento de braquetes ortodônticos e em
cimentos e adesivos para melhorar a resistência de
união do material e prevenir a formação de cárie
(4). A periimplantite é um dos grandes desafios
nos tratamentos que envolvem a instalação de
implantes e, nesse sentido, as AgNPs podem
ser utilizadas para modificar as superfícies de
implantes e interferir na aderência de bactérias
nesses dispositivos (3, 6). O controle adequado
da infecção é parte fundamental no tratamento
periodontal, e a utilização das AgNPs em
substituição aos antibióticos tradicionais pode
ser positiva,positivo, visto que seu uso não gera
resistência bacteriana. As AgNPs sintetizadas
com um agente de capeamento adequado são
capazes de inibir bactérias gram-negativas que
predominam em infecções periodontais (3, 6).
Ademais, na dentística, as AgNPs podem ser
empregadas em sistemas adesivos e em resinas
compostas para interferir na formação do biofilme
através da inibição de bactérias cariogênicas,
ANAMNESE
19
ATA NA ODONTOLOGIA:
PECTIVAS FUTURAS
o que consequentemente pode prevenir cáries
secundárias. Sua incorporação em materiais
aplicados sobre o complexo dentino-pulpar se
mostra seguro, uma vez que não apresenta efeito
significativo sobre fibroblastos devido àa baixa
quantidade de íons de prata liberados por dia (5,
6, 7).
Apesar do seu amplo potencial de uso, alguns
estudos sugerem que as AgNPs podem ser
citotóxicas em algumas concentrações, podendo
afetar, por exemplo, células mononucleares do
sangue periférico e células neuroendócrinas.
No entanto, a capacidade citotóxica das AgNPs
ainda não é clara. Estudos apontam ser devido
àa ionização nas células, levando àa ativação de
canais iônicos e à alteração da permeabilidade
da membrana celular (10). O uso maciço de
nanopartículas, pode resultar, ainda, no acúmulo
desse material em órgãos como o coração, fígado,
rim e cérebro. Existe um receio por parte dos
pesquisadores com a capacidade das AgNPs
transpor a barreira hematoencefálica, por meio
do transporte sináptico, e causar um acúmulo no
cérebro (6). Apesar das preocupações, muitos dos
estudos revisados não demonstram toxicidade
significativa e toxicidade sistêmica não foi relatada.
A maioria das investigações foram realizadas em
experimentos celulares in vitro e experimentos
animais de prazo relativamente curto (6, 10).
Com o crescimento da nanotecnologia,
nanomateriais têm sido utilizados para prevenir,
diagnosticar e tratar diversas doenças, ganhando
cada vez mais espaço na medicina moderna. Na
Odontologia, esse campo também vem ganhando
visibilidade, e as AgNPs se mostram como um
caminho promissor para a ampliação do uso desses
materiais no meio odontológico. A literatura é
clara sobre seus benefícios e potenciais aplicações.
No entanto, seus benefícios são contrabalanceados
pela possível toxicidade, mas os dados disponíveis
sobre seu real risco e possíveis reações adversas
são escassos e limitados a evidências laboratoriais.
Ensaios clínicos bem desenhados se fazem
necessários para esclarecer esse aspecto. Se
superada essa questão, é incontestável que as
AgNPs possuem grande potencial para serem
inseridas com sucesso no meio odontológico e
contribuir com avanços significativos.
Autores(as):
Verbrena Lima*,
Cleiton Rios*
Fabiellen Silva*
Ítalo Rodrigues*
Matheus Melo*
Vanessa Gomes*
José Zumaêta*
* Universidade Estadual de Feira de Santana
FOUFBA
20
COLEGIADO/NAPP
Histórico do Núcleo de Apoio
Pedagógico e Psicossocial
NAPP – FOUFBA
O Ensino Superior insere o estudante em um novo
espaço de vivência psicossocial. Esse processo
de conhecimento e de identificação poderá ser
vivido de forma construtiva ou conflitiva exigindo
mudanças que podem implicar em uma série de
reformulações cognitivas e comportamentais.
Assim, se faz oportuna a intervenção
psicopedagógica e social preventiva, facilitando tal
processo.
Uma das propostas de trabalho para a Coordenação
do Colegiado do Curso de Odontologia da UFBA
no período de 2019-2021 foi a necessidade de um
olhar mais atento para os nossos alunos. Neste
período foi percebida a necessidade de melhor
acolher e ajudar. Esse pleito foi levado à Profa.
Denise Nogueira, a mesma sugeriu que criássemos
um núcleo nos moldes existentes na Escola de
Enfermagem.
O NAPP-FOUFBA (Núcleo de Apoio Pedagógico
e Psicossocial) foi constituído pela Portaria
no.06/2020 publicada em 13/05/2020 e nasceu
em meio à Pandemia com o objetivo de acolher e
orientar os estudantes do curso de Odontologia
da UFBA.
A comissão de criação e implantação do NAPP
foi referendada pelo diretor da FOUFBA, Prof.
Marcel L. Arriaga, coordenada inicialmente pelo
então coordenador do Colegiado do Curso, prof.
Luis Rasquin, e, posteriormente, pela profª. Johelle
Soares. Neste processo, alguns foram validando a
proposta e se unindo ao NAPP1.
Diante das instabilidades enfrentadas pela
comunidade acadêmica na pandemia e em pleno
processo de criação do NAPP, os professores
AUTORES: NAPP-FOUFBA
envolvidos sentiram necessidade de compreender
melhor o campo da saúde mental. Nesse contexto,
as Profas Mariângela Matos e Patrícia Suguri
introduziram alguns estudos que ajudaram a
sustentar os processos grupais.
Posteriormente, juntou-se ao grupo, na condição
de voluntária, a psicóloga do SMURB, Emilly
Sales Sala Gomes, comGomes com uma proposta
de levantamento de temas os quais foram levados
à Profa. Denise VieiraViera da Silva e a equipe
da Rede de Proteção Psicossocial da UFBA.
Foi criado um curso de educação continuada
“Acolhimento em saúde mental: como promover
um espaço de escuta?” para os professores do
NAPP e professores da FOUFBA não integrantes
da comissão.
Em junho de 2020 foi discutida a primeira versão
do Regimento do NAPP-FOUFBA, enviada para
a direção em fevereiro de 2021 e reenviada em
novembro de 2021.
Em julho de 2020 a equipe disponibilizou e
apresentou o projeto de construção do NAPP
aos professores e ao corpo administrativo e deu
início à primeira versão da atividade “Rodas
de Conversa do NAPP com os estudantes”,
que, posteriormente, foi chamada de “Rodas
Vivas”, estas, consolidando-se como uma
atividade permanente online durante o período
de pandemia e, que atualmente acontecem no
formato presencial, coordenadas pela Assistente
Social do NAPP de Odontologia, um psicólogo e
uma enfermeira do SMURB.
O NAPP-FOUFBA hoje está vinculado à
Direção da FOUFBA, conta com a colaboração
ANAMNESE
21
de docentes, representação discente e com a
Assistente Social Deniz Menezes, transferida do
HUPES para a FOUFBA em 25/08/2022 para
compor esta equipe. Desde o final do ano de
2021, o NAPP encontra-se instalado no 4º andar,
ao lado da Secretaria Acadêmica, um espaço físico
dedicado ao atendimento à comunidade.
Este núcleo tem realizado ações coletivas e
individuais objetivando a promoção da saúde
e bem-estar desta comunidade, a exemplo do
Café e Prosa, das Rodas Vivas, dos acolhimentos
e orientações, atividades guiadas pelo respeito
e fortalecimento da autonomia de todos. O
empenho da comunidade FOUFBA, atualmente,
concentra-se em buscar junto à gestão central da
UFBA, compor esta equipe com a integração de
um psicólogo e um pedagogo.
Comissão fundadora
NAPP FOUFBA:
Comissão docente:
Prof. Dr. Luis Cardoso Rasquin
(Deptº. Propedêutica e Clínica Integrada - FOUFBA)
Profª. Drª. Johelle de Santana Passos Soares
(Deptº. Odontologia Social e Pediátrica - FOUFBA)
Profª. Drª. Flávia Caló
(Deptº. – FOUFBA)
Profª.Drª. Maria Beatriz Barreto de Souza Cabral
(Deptº. Odontologia Social e Pediátrica – FOUFBA)
Profª. Drª. Marcelle Alvarez Rossi
(PET– FOUFBA)
Representantes discentes:
Ianka Verena Ramos dos Santos
Lívia Araújo Silva
Consultoria ad hoc:
Carolina de Melo C Garrido
(Pedagoga da EEUFBA)
Profª. Drª. Mariângela Silva de Matos
(docente aposentada da FOUFBA)
Andrea Luiza da Silva Sestelo
(Assistente Social – EEUFBA)
Viviane de Oliveira Mutti
(Psicóloga – EEUFBA)
Equipe executora:
Assistente Social Deniz Reis dos Santos
Menezes
Profª. Drª. Denise Nogueira Cruz
(Deptº. Odontologia Social e Pediátrica - FOUFBA)
Profª. Drª. Erica dos Santos Carvalho
(Deptº. Clínica Odontológica - FOUFBA)
Profª. Drª. Erika Sales Joviano Pereira
(Deptº. Clínica Odontológica - FOUFBA)
Profª. Drª. Fabíola Bastos de Carvalho
(Deptº. Clínica Odontológica - FOUFBA)
Profª. Ms. Patrícia Suguri Cristino
(Deptº. Odontologia Social e Pediátrica - FOUFBA)
Profª. Drª. Carla Vecchione Gurgel
(Deptº. Odontologia Social e Pediátrica – FOUFBA)
FOUFBA
Especialização? Residência? Lato sensu? Stricto
sensu? Tantos cursos são ofertados quase que
diariamente na internet ou nas redes sociais.
Vamos lá, acho que vale a pena a gente entender
melhor cada um deles para que, no futuro, você
consiga fazer a sua melhor escolha.
Vamos começar com o Lato sensu. No campo
do ensino superior, um curso lato sensu designa
uma pós-graduação a nível de Especialização.
Especificamente na área da saúde, temos
também as Residências, que também são uma
Especialização. A formação lato sensu é um curso
de especialização com o objetivo de oferecer
ao profissional um aperfeiçoamento e uma
atualização dos conhecimentos utilizados em sua
área de atuação. Ou seja, se você deseja ser um
dentista clínico, voltado a uma determinada área da
Odontologia, a Especialização é um bom caminho
para sedimentar e ampliar seus conhecimentos.
E existe curso de Especialização gratuito? Muito
poucos, mas sim! No HRAC/Centrinho-USP tem
vários cursos de Especialização que são gratuitos,
entretanto, necessitam de uma dedicação
semanal exclusiva. E em algumas Faculdades
(principalmente as públicas) pode-se conseguir
uma bolsa de estudos, assim como nas residências.
Mas, caso você queira trabalhar e estudar, existem
muitos cursos pagos no mercado. Nesse caso,
há um menor investimento de tempo, mas com
maior investimento financeiro. Por isso, é muito
importante sempre escolher o curso que melhor
se adapte a sua realidade, sempre buscando, é
claro, o melhor ensino.
Então vamos entender o que é o Stricto sensu.
No âmbito do ensino, se refere ao nível de pósgraduação
que titula o estudante como mestre ou
doutor em determinado campo do conhecimento.
O mestrado tem como objetivo, além de
possibilitar uma formação mais profunda, preparar
professores para lecionar em nível superior. Já
o doutorado é voltado à pesquisa científica, ao
invés da docência, como no caso do mestrado. Ou
seja, o mestrado forma o professor e o doutorado
um pesquisador. O grande problema é que aqui
no Brasil essas titulações se misturaram. Seja no
mestrado ou no doutorado, é preciso se preparar
para ser ambos – professor e pesquisador. E isso
é um problema, pois tem cada dia mais tornado
o doutorado como uma extensão do mestrado,
que na verdade deveria ser mais. O pior é que
ser exclusivamente pesquisador no Brasil é para
muito poucos. Mas se você tem aquele sentimento
da docência correndo nas veias, a pós-graduação
Stricto sensu é uma boa opção. E, hoje, existem
vários cursos – sejam mais generalistas ou mais
específicos – de mestrado e doutorado. Opa, e
ainda é possível ganhar uma bolsa de estudos.
Mas, diante de tantas opções, qual escolher? Essa é
a pergunta de milhões. Escolha a que você mais se
identifica. Clinicar ou ensinar? Ou ambos? Qual
área da Odontologia? São tantas coisas a se pensar.
Mas esqueça o ‘fazer um curso apenas pela bolsa’
ou ‘só para ter uma titulação’. Isso é perda de
tempo e energia. Na dúvida, tome um cafezinho
com um professor que você confia. Tenho certeza
que ele poderá te dar uma luz!
OMBRO AMIGO
Afinal, quem é seu ombro amigo?
23
É com muita alegria que recebi o convite para
escrever esta seção para a Revista Anamnese, que
virei fã desde a primeira edição. Uma honra e um
enorme desafio seguir a trilha de sucesso feita
pelas queridas professoras que me antecederam.
Logo depois do convite, fiquei pensativa sobre que
tipo de abordagem seguiria neste texto, e tomei
como referência justamente o título para iniciar os
meus devaneios e deixar a imaginação seguir... e
por isso me fiz a pergunta e repasso para vocês...
quem é seu ombro amigo?
Nos tempos de redes sociais e amizades
instantâneas, me pego perguntando se realmente
sabemos quem é nosso ombro amigo? As amizades
precisam ser cultivadas, regadas com atenção, boas
conversas, alguns choros e sempre com a leveza de
muitas risadas.
Na faculdade fiz os meus mais profundos e
verdadeiros laços de amizade e imagino que as de
vocês também. Nos corredores da FOUFBA são
forjadas as relações mais profundas, dividimos as
angústias, os medos, as confidências ... é na sala
do DA ou nas escadas e corredores que vocês
guardarão as suas melhores memórias. E não
se esqueçam jamais que é também no caminho
acadêmico que são escritas as suas primeiras linhas
profissionais.
É o seu ombro amigo que vai te acompanhar no
sucesso, mas também nos revezes. Identificamos
um verdadeiro amigo quando ele também é capaz
de discordar da sua opinião e falar exatamente o
que pensa. Os verdadeiros amigos vibram com o
seu sucesso e te dão colo quando você precisa.
As amizades verdadeiras ultrapassam as paredes
da faculdade e ganham as ruas, os bares, os
consultórios depois de formado, os cursos aos
sábados. Os amigos de verdade sabem além do que
você mostra nas redes sociais, sabem dos closes e
dos corres que você dá para que tudo saia dentro
do esperado.
Falar de amizade é tão especial que sempre foi
pauta de diversos filósofos ao longo dos anos. Para
Michel de Montaigne, a amizade não precisa ser
perfeita, não precisa de explicações. Ela existe
porque você é você, e ele é ele. Para Marcelo
Coelho, “há na amizade um ponto de contato
entre a ordem do público e a do privado; entre o
arbítrio subjetivo e a lei comum; e, sem dúvida,
entre o prazer na semelhança e o enriquecimento
pela diferença [...] da liberdade em ser totalmente
o que se é, implica aceitar totalmente, também,
o que o outro tem de diferente; há como que a
confiança em que nem as diferenças, nem as
semelhanças, anulam a própria individualidade;
a diferença enriquece e perdoa, e a semelhança
é antes um campo fértil do que a esterilidade de
uma terra arrasada.
Em suma, seu ombro amigo será aquele que te une
pelo igual e pelo complementar, pelas loucuras
compartilhadas e pelo freio nas suas desventuras
quando necessário. Então agora pare, pense,
reflita e encontre quem são seus ombros amigos.
Que não sejam muitos, mas que sejam profundos.
E aqui, dessa professora, saiba que sempre haverá
o ombro amigo para vocês... pois não existe exprofessor,
nem ex-aluno. Passe o tempo que
passar.
Autora:
Profª Drª Viviane Maia
FOUFBA
24
MOMENTO INTEGRAÇÃO
A cada semestre, ingressam novos alunos no
curso de Odontologia da Escola Bahiana de
Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Assim, o PET
Odontologia Bahiana promove o PET Abraça,
que consiste em uma atividade de acolhimento
institucional aos mais novos discentes, e é uma
oportunidade de lhes apresentar o programa
PET. Em primeira instância, é realizada uma
apresentação para introduzir aos estudantes
as diversas áreas acadêmicas e de atuação da
Odontologia, na tentativa de facilitar a adaptação
ao ensino superior e de esclarecer certas dúvidas.
Em seguida, os petianos apresentam, de forma
sucinta, as atividades e diretrizes do PET, para
que os novos universitários visualizem uma noção
do enriquecimento acadêmico, pessoal e cultural
que o Programa de Educação Tutorial fornece.
Por fim, o campus Cabula da
Escola Bahiana de Medicina e
Saúde Pública será apresentado,
no intuito da familiarização dos
espaços internos e externos da
faculdade.
Atráves de outra atividade,
conhecida como PET Abraça
Ambulatorial, o PET Odontologia
Bahiana, novamente, novamente
evidencia e proporciona uma
integração do grupo com a
comunidade acadêmica, além de
aflorar um papel vinculado ao
acolhimento. O primeiro dia de
atendimento geralmente é causador
de diversos questionamentos por
parte dos alunos, o que adiciona certo nível de
ansiedade ao momento. Por isso, a atividade
consiste em um tour por todas as dependências
ANAMNESE
do centro odontológico da Escola Bahiana de
Medicina e Saúde Pública, de forma a mostrar aos
alunos os ambulatórios, o centrocentro de material
esterilizado, o núcleo interno de regulação
ambulatorial e as outrasoutras dependências.
A atividade busca expandir o conhecimento
dos alunos sobre a dinâmica dos atendimentos
no centro odontológico, bem como tornar a
experiência do primeiro atendimento mais branda
e equilibrada.
Além disso, o grupo desenvolve atividades
que buscam acolhimento e que promovam a
conscientização quanto àa prevenção do suicídio
e à valorizaçãovalorização da vida durante o
mês de setembro, conhecido como Setembro
Amarelo. Dessa forma, os integrantes do grupo
PET Odontologia Bahiana realizam atividades
nas áreas comuns da faculdade, visando reforçar a
importância da campanha através da distribuição
de mensagens de apoio e autocuidado para alunos
e funcionários da EBMSP.
Destarte, outra atividade realizada, com
orgulho, no PET Odontologia Bahiana,
são as Ações de Saúde Bucal. Nelas, o
grupo visita algumas instituições, como
escolas, creches e asilos, no intuito de
ensinar aoo grupo escolhido sobre a
importância da saúde oral e como realizála
adequadamente. Para isso, os petianos
desenvolvem palestras e atividades lúdicas
como peças, jogos, cartazes. Além da
disseminação do conhecimento, a atividade
tem como propósito promover o trabalho
em grupo e permitir que os petianos atuem
em diferentes realidades sócio-econômicas
e culturais.
26
DIAMANTES DA FOUFBA
A presente edição irá homenagear três profissionais
com personalidades bastantes distintas, porém com
algo em comum: estão sempre dispostos a ajudar.
A primeira homenageada é para muitos a calmaria em pessoa. De
um jeito meigo e delicado, a professora Tatiana Frederico consegue
cativar a todos que passam pelas disciplinas de odontologia em
saúde coletiva. Disciplina essa que tanto nos ensina sobre valores e
ética, não poderia ter uma professora melhor e que desempenhasse
sua função com tanta maestria. Sempre muito atenciosa e educada,
a professora Tati nos faz entender na prática a importância de um
olhar atencioso ao próximo dentro da odontologia.
Como disse Paulo Freire: “Ensinar não é transferir conhecimento,
mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”.
O próximo homenageado, professor Frederico Neves, exerce
com excelência tal pensamento. A radiologia é um dos ambientes
mais acolhedores da faculdade e o professor Fred teve um papel
fundamental para que isso se tornasse realidade. Seu bom humor e sua
ótima receptividade a todos que o procura, talvez seja o seu grande
diferencial. Com ele, oportunidades jamais irão faltar para aqueles
que buscam crescer no ambiente acadêmico.
Por fim, mas não menos importante, nossa última homenageada dessa
edição é uma pessoa querida por todos. Seu jeito brincalhão não lhe deixa
passar despercebida por lugar algum. Estamos falando da funcionária
Elizabete Borges. Ela que está sempre presente nos ambulatórios da
faculdade disposta a auxiliar quem for preciso e com um belo sorriso
no rosto. É encantador conviver com uma pessoa tão alegre, feliz e que
transmite tantas coisas boas.
ANAMNESE
28
ANAMNESE CULTURAL
O passo seguinte é fundamental
Para uma correta informação
Mergulhe o filme em cada líquido
Prestando bastante atenção
Pois, para não causar velamento,
Todo o método é feito na escuridão
Depois do citado trabalho,
Chegando ao último nível,
Você verá que o processamento
É uma etapa imprescindível
Para converter o que era latente
Em uma admirável imagem visível
Tendo então explicado
O procedimento por completo
Te digo que nos corredores
Os alunos tratam, com afeto,
O nome da querida disciplina
Como o de um antigo objeto
Chegou a hora do mini teste
Fugir é o que mais se deseja
O assunto já foi dado
Responda a questão sem peleja
Não demore e seja firme
“Aluno de federal não gagueja”
Quero saber qual a matéria
Que traduz tamanha poesia
“Deus me livre de fofoca”
Mas dizem que é pura magia
Esse conhecimento fascinante
Que encontramos na Radiologia
ANAMNESE
CURIOSIDADES
Lesões orais como possíveis indicadores de
violência sexual infantil no pós-pandemia?
A violência sexual infantil trata-se de um tipo
de violência em crianças e adolescentes (grupo
considerado de vulnerabilidade psicossexual),
caracterizada pela satisfação sexual do violentador,
contemplando uma relação desigual de hierarquia,
geralmente praticada por indivíduos do grupo
patriarcal e familiar, bem como a dominação, a
opressão e/ou a exploração das vítimas, que envolve
fatores históricos, socioculturais, biopsicossociais,
de saúde pública, legais e bioéticos (1).
Em um estudo descritivo-analítico, através da
análise das notificações de violências contra
crianças entre 0 a 9 anos no Brasil, observou-se
que a violência sexual infantil foi prevalente em
meninas, dos 6 a 9 anos, da cor de pele parda/preta
e de maior incidência em ambiente domiciliar
(2). Segundo uma análise inédita do Fundo das
Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e do
Fórum Brasileiro de Segurança Pública, durante
o período de 2017 a 2020 no Brasil, verificase
média de quase 45 mil casos de estupro ou
estupro de vulnerável por ano, nas vítimas de até
19 anos (3). Em 2021, foram registradas mais de 6
mil denúncias de violência sexual contra crianças
e adolescentes no Brasil, por meio do Disque 100,
conforme o Ministério da Mulher, da Família e
dos Direitos Humanos (MMFDH) (4).
Todavia, durante a pandemia da COVID-19,
percebeu-se registros de aumento da violência
infantojuvenil, embora uma diminuição das
notificações de violências contra crianças e
adolescentes também foi encontrada, sugerindose
as dificuldades encontradas para o acesso
aos serviços de saúde e às instituições públicas
responsáveis, visto que, na maioria dos casos, as
violências acontecem no cenário doméstico (5).
Neste sentido, alguns sinais e sintomas do abuso
sexual infantil nas regiões de cabeça e pescoço
podem ser encontrados e já descritos na literatura,
como: lacerações de freios labiais e linguais, marcas
de mordidas, equimoses de sucção no pescoço
e infecções orais por agentes infecciosos de
natureza sexualmente transmissíveis, destacandose,
então, a fundamental relevância da atuação do
cirurgião-dentista neste contexto. Além disso,
não dependendo da presença de lesões genitais, é
possível observar, em torno da metade das vítimas
de abuso sexual infantil, algumas manifestações de
lesões orais (6,7).
Doenças como gonorréia, sífilis e infecção pelo
HPV na forma do condiloma acuminado são
diagnosticadas, pois abuso sexual pode exibir
lesões na cavidade oral: eritemas e petéquias,
úlceras, vesículas com secreção purulenta ou
pseudomembranosa e lesões condilomatosas (8).
Apesar da associação do abuso sexual infantil com
esses achados clínicos ser desafiante, o exame
clínico e a experiência clínico-científica do
profissional são fundamentais (9).
Em relação ao conhecimento dos cirurgiõesdentistas
e graduandos em odontologia frente
ao abuso infantil, percebe-se que, geralmente,
não apresentam atitude confiante para realizar o
diagnóstico dos maus-tratos infantis, bem como
não se tem uma abordagem adequada da temática
nos projetos políticos pedagógicos dos cursos de
odontologia (10). Sendo assim, é muito importante
a formação científica para o diagnóstico adequado,
a notificação dos casos suspeitos e a procura pelos
setores responsáveis ao atendimento das vítimas
da violência sexual infantil (11).
Joelmir Deivity
Silva Martins 1
Ana Paula Veras
Sobral 2
29
1
Graduando em Odontologia pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
2 Professora Associada da Graduação e Pós-Graduação em Odontologia da Universidade de Pernambuco (UPE)
FOUFBA
30
MANDUME
SAÚDE BUCAL DA POPULAÇÃO NEGRA:
COMO A FOUFBA PODE CONTRIBUIR?
O crescente contingente de doenças que atingem o
complexo bucomaxilofacial gera uma preocupação
que persiste. Países estruturados como França e
Reino Unido, cujos sistemas de saúde são públicos
e universais, desenvolvem políticas norteadoras
de promoção em saúde bucal, envolvendo uma
gama de métodos preventivos, educativos e de
incentivo à escovação e ao autocuidado.
No Brasil, país que é considerado de terceiro
mundo, ou seja, com economia e sociedade
insuficientemente avançadas, diversas em aspectos
étnicos e regionais, o tamanho da população não é
diretamente proporcional às políticas públicas que
garantem educação, saúde, trabalho, previdência
social, lazer, segurança, proteção à maternidade
e à infância e assistência aos desamparados, de
acordo com que está, descrito Constituição de
1988.
Essa condição traz à tona a problemática do
acesso, principalmente quando abordamos o tema
saúde em uma sociedade tão desigual. Segundo
dados do World Inequality Lab (Laboratório
das Desigualdades Mundiais) da Universidade de
Paris, em 2021 mostrou que 50% dos mais pobres
ganham 29 vezes menos do que os 10% mais
ricos, sendo estes últimos são detentores de 59%
da renda nacional total.
As iniquidades historicamente presentes, que
verdadeiramente são muitas, em saúde fazem
referência a uma desigualdade existente entre
grupos sociais ou entre sociedades, de maneira
sistêmica, desenvolvendo-se de forma injusta e
evitável. O cenário brasileiro gera uma condição
dicotômica, onde grande parte da população
não tem acesso adequado às políticas públicas,
incluindo a assistência à saúde (LAMENHA-LINS
et al, 2022).
Nesse contexto devemos considerar, ainda, o
componente racial pois, apesar de representarem
56% da população (IBGE, 2010), as pessoas
negras são as mais atingidas pelas iniquidades
em saúde, a exemplo das mortes maternas, que
atingem 60% das mulheres negras, segundo o
Ministério da Saúde. Além das dificuldades de
acesso à assistência, “a população negra é mais
suscetível a doenças genéticas e hereditárias, caso
da hipertensão, diabetes tipo 2, anemia falciforme
e mioma.” (SOARES; 2018, p. 1). Dantas et al
(2021) em estudo realizado para avaliar o acesso
precário da população brasileira aos serviços de
saúde, encontraram uma prevalência de 18,1%,
sendo ainda mais prevalente em indivíduos pretos
e pardos (23,3%), sem escolaridade (30,4%)
e com idade entre 18 e 24 anos (19,8%). Esses
resultados evidenciam a presença do racismo
estrutural que se materializa nas instituições,
e nega direitos fundamentais a uma parcela da
população, que por fim se encontra totalmente
desassistida.
Quanto à saúde bucal, o acesso da população negra
torna-se ainda mais restrito, como demonstrou a
pesquisa “A boca travada no racismo: desigualdades
raciais nas condições de saúde”, publicada em
2021, e que avaliou as condições de saúde e acesso
aos serviços odontológicos considerando cor da
pele, raça e gênero da população de Campinas.
Dentre os resultados encontrados estão que as
consultas avaliadas como ruins e/ou com maiores
indicações de extração dentária foram mais
prevalentes em pacientes negros, além de duas
vezes mais chance de perda dentária da população
feminina e autodeclarada preta e parda quando
comparada a homens brancos. (DELMONDES,
2022).
ANAMNESE
31
O serviço de atendimento odontológico da
Faculdade de Odontologia da Universidade
Federal da Bahia (FOUFBA) representa uma
importante via de atendimento do Sistema
Único de Saúde (SUS) no município de Salvador,
atendendo em média 500 pacientes por dia e
realizando cerca de 4000 exames radiológicos
por semestre, além de ser o único serviço público
de prótese bucomaxilofacial e o único centro de
oclusão e articulação temporomandibular pelo
SUS na Bahia. Por se tratar de um serviço público,
a maior parte dos pacientes atendidos na Faculdade
são negros, o que torna a sua existência ainda
mais importante e significativa, por representar,
muitas vezes o primeiro acesso a algum tipo de
atendimento odontológico para alguns usuários.
Nesse sentido, os serviços de atendimento da
FOUFBA são cada vez mais necessários como
porta de entrada para uma assistência à saúde
bucal. No entanto, é imprescindível que este
espaço esteja preparado para receber e atender de
forma adequada essa população que possui tantas
demandas e particularidades, através da formação
de docentes, discentes e demais servidores.
Partindo do entendimento que o racismo se
apresenta de forma estrutural no Brasil e que e
a graduação em Odontologia é completamente
integrada ao SUS, atendendo uma maioria negra,
a instituição também reproduz nuances racistas
em seu arranjo docente, quando menos de 7% do
quadro de professores são negros.
Diante disso, temos um cenário de enfrentamento,
onde precisamos não só lutar contra o racismo
estrutural internamente, mas também nos
aquilombar na universidade para incentivar a
continuidade dos atendimentos. Hoje, assistimos
aos ataques que o ensino público superior
vem sofrendo, ameaçando sua permanência e
consequente existência. Cabe a nós, estudantes
Autores(as):
e também toda a sociedade, enfrentarmos esse
contexto de tantas dificuldades, nos esforçando
para fortalecer a universidade pública, garantindo
a oferta de serviços gratuitos e de excelência.
Maria Luiza Santos de Oliveira 1
Rodrigo Alves Menezes Sanches 2
1- Bacharela em Saúde, Graduanda em Odontologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)
2 Bacharel em Saúde, GraduandO em Odontologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)
FOUFBA
32
MATÉRIA DE CAPA
A UTILIZAÇÃO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E
COMPLEMENTARES EM SAÚDE (PICS)
COMO ESTRATÉGIA DE ACOLHIMENTO
E PROCESSO TERAPÊUTICO
As Práticas Integrativas e Complementares em
Saúde (PICSPICs), a exemplo da musicoterapia,
dança circular e reiki, podem servir de importante
mecanismo nas intervenções em saúde, sendo
adotadas, inclusive, pelo Ministério da Saúde
no serviço público no Brasil. São recursos
terapêuticos que buscam a prevenção de doenças
e a recuperação da saúde, com ênfase na escuta
acolhedora, no desenvolvimento do vínculo
terapêutico e na integração do ser humano com o
meio ambiente e a sociedade.
Sendo assim, diante do contexto pós pandêmico
em que a sociedade se encontra, através dos
colaboradores, professores e alunos, serão
realizados atendimentos terapêuticos para
a comunidade interna e externa através do
projeto de extensão intitulado “A utilização das
práticas integrativas e complementares em saúde
(PICS) como estratégia on-line e presencial de
acolhimento e processo terapêutico”.
As PICS contribuem para que se tenha uma
visão ampliada do processo saúde/doença e da
promoção do cuidado humano, especialmente
do autocuidado. O indivíduo é visto como um
todo, considerando-o em seus vários aspectos:
físico, psíquico, emocional e social. E é através
dessa abordagem que o projeto visa auxiliar a
comunidade nos serviços prestados de forma
gratuita e contínua nos atendimentos de: Reiki,
terapia floral, meditação, rapport, musicoterapia
e também em alguns casos com avaliação para
encaminhamentos de tratamento odontológico no
módulo de odontologia da UESB.
Qualquer pessoa poderá participar, tanto
presencialmente quanto nas atividades virtuais (online),
desde que tenhamdesde tenham interesse
em fazer parte. O projeto de extensão realiza
técnicas de rapport, bem como musicoterapia,
meditação e Reiki, Terapia Floral, voltadas para
criar ligação de sintonia e empatia com o outro,
visando a reduzir o estresse tão evidenciado nos
tempos atuais, principalmente pós-pandemia.
Os interessados devem entrar em contato através do e-mail
(grupoespia@outlookcom ) e preenchimento do formulário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSf0ejQEK3v-sNb3d_
THAOSH61lmzPwZaQpptwvSeFZLRRPvoA/viewform?usp=sf_link
ANAMNESE
33
RELATOS DE
ALGUNS PARTICIPANTES
“Participar das PICSPICs me fez enxergar
um universo que ainda não conhecia.
Trabalho na área de terapias integrativas,
porém não vislumbrava conhecer e
aprender mais assuntos dessa área. Um dos
que chamou minha atenção, foi o tantra,
depois de participar desse momento, tive
um percepção diferente desse tema e fez
desconstruir vários tabus e preconceitos,
abrindo a minha visão para enxergar as
coisas fora da caixas de discriminação
que ainda temos na sociedade. As
PICSPICs são uma ótima oportunidade
para aqueles que buscam expansão
de consciência, olhar a vida a partir da
totalidade e não da separatividade.”
Ulla Carla
“Estou cursando Práticas Integrativas e
Complementares em Saúde na Uninter.
Através da minha filha, que é estudante
de Odontologia da UESB, fui informada
sobre a Oficina de PICS. A cada semana nos
reuníamos e era apresentada uma dasum
das práticas, trazendo na maioria das vezes
convidados onde explanavamesplanava
sobre a técnica e ali podíamos conhecer
mais sobre cada um e tirar as dúvidas
também. Eu enquanto estudante de PICS
me abriu horizontes para entender mais
sobre as terapias e assim começar a criar
alguma afinidade com uma ou outra.
Posso então afirmar que para mim a oficina
de PICS foi de grande valia e proveito!”
Juliana Flores
“A Oficina PICS 2021 me proporcionou
momentos inesquecíveis. Os encontros
foram enriquecedores com bastante
conhecimentos proporcionados por
pessoas da área, além dos momentos
de prática que permitiam que eu
me conectasse com o meu interior,
trabalhando o sentir. Os encontros
eram como uma válvula de escape nas
minhas semanas, permitia que eu ficasse
presente sem nenhuma preocupação ou
agonia, como também promovia a auto
escuta, a calmaria e os conhecimentos
trabalhados eficientemente. A oficina
foi uma grande oportunidade para que
eu pudesse conhecer mais e entrar em
contato, mesmo remotamente, com as
práticas integrativas e complementares.
Gratidão a Nilton, a Ulla, a Ana e a
todos que fizeram parte da oficina!”
FOUFBA
Carlos Gabriel
Nilton Cesar
Nogueira dos Santos,
(Mestre Interior Reiki e
Terapeuta Floral)
34
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93368-41-7
Política Nacional de Saúde Integral da População Negra : uma política para o SUS / Ministério da Saúde, Secretaria
de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social. – 3. ed. –
Brasília :Editora do Ministério da Saúde, 2017. ISBN 978-85-334-2515-6
SOARES, V. Saúde da população negra: racismo e condições sociais limitam acesso a serviços e tratamentos. 2018.
Disponível em: <https://www.geledes.org.br/saude-da-populacao-negra-racismo-e-condicoes-sociais-limitamacesso-servicos-e-tratamentos/?gclid=Cj0KCQjwrs2
FOUFBA
ANAMNESE
F O U F B A
ISSN 2763-8863