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MODELAGEM DE UM SISTEMA PARA AUTOMATIZAR O TRANSPORTE DE BOBINAS CARREGADAS COM FIOS DE COBRE

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MODELAGEM DE UM SISTEMA PARA AUTOMATIZAR O TRANSPORTE

DE BOBINAS CARREGADAS COM FIOS DE COBRE

Aluno: Igor Alexandre Vilas Bôas Simões

Curso: Engenharia Elétrica


RESUMO: O projeto a ser desenvolvido é baseado no processo de produção dos cabos

elétricos e tem como objeto de estudo uma empresa na qual os operadores das

Cabeadoras e Trefiladoras realizam toda a atividade de forma manual, exigindo esforço

físico para empurrar bobinas de até duas toneladas. Sendo assim, a proposta é

desenvolver um sistema automatizado de transporte das bobinas entre as máquinas. O

objetivo é reduzir tempo, otimizar o espaço da linha de produção e melhorar,

significativamente, as condições de trabalho dos operadores. A metodologia utilizada se

baseia, inicialmente, em uma pesquisa de campo, por meio da qual serão extraídos dados

e informações diretamente da realidade dos objetos de estudo. Esta pesquisa pode ser

classificada como de natureza aplicada, já que se encaixa no objetivo de gerar

conhecimentos para aplicação de prática dirigida à solução de problemas existentes em

um determinado processo, envolvendo verdades e interesses locais. Com relação aos

seus objetivos, eles podem ser classificados como de caráter exploratório, no qual visa-se

proporcionar maior familiaridade com o problema, envolvendo uma maior proximidade do

mesmo, com tudo o que está relacionado com o objeto de pesquisa. Em suma, a

metodologia desse trabalho é qualitativa e o método de pesquisa adotado é estudo de

caso.

Palavras-chave: Automação. Indústria 4.0. Transporte. Bobinas.

2


1. INTRODUÇÃO

Basicamente um cabo elétrico é formado por um conjunto de fios e seu objetivo

principal é fazer a transmissão de eletricidade. Eles têm como matéria-prima, na maioria

das vezes, o cobre, e, às vezes, o alumínio, que depois de extraído tem que passar por

um processo de purificação para se obter o elemento puro. O processo de fabricação de

cabos da empresa inicia com a passagem de vergalhões de cobre de 8 [mm²], por uma

Trefiladora Unifilar, reduzindo seu diâmetro para 1,6 [mm²]. Este fio trefilado sofre mais

uma redução do diâmetro na Trefiladora Multifilar, numa escala de 0,18 a 0,446 [mm²],

formando vários fios que serão enrolados numa mesma bobina. Sendo assim, as bobinas

são transportadas, manualmente, como matéria-prima, para as cabeadoras, conforme a

Figura 1. Chegando nas cabeadoras, os fios serão encordoados, onde são reunidos e

torcidos. Em seguida, no processo de extrusão, é efetuado a aplicação da camada de

isolamento com composto de PVC. A partir desta etapa, seguem para etapa final, sendo

medidos, cortados, rebobinados e embalados, de acordo com os procedimentos padrões

da empresa e exigidos pelos clientes. Na Figura 2, pode-se observar o processo de

formação de um condutor (ou cabo) elétrico.

Figura 1: Cabeadora (ou Cordeira) de dupla torção.

Fonte: Niehoff-Herborn, 2019.

3


Figura 2: Processo de formação de um condutor (ou cabo) elétrico.

Fonte: Cabelauto Cabos Elétricos, 2019.

Baseado nas explicativas acima, que mostram todo o processo de produção dos

cabos elétricos, foi identificado na empresa que os operadores das Cabeadoras,

Trefiladoras e entre outras máquinas realizam toda a atividade de transporte de forma

manual, exigindo esforço físico para empurrar bobinas de até 2 (duas) toneladas. Sendo

assim, a proposta é desenvolver um sistema automatizado de transporte das bobinas

entre as máquinas. Com esse sistema, haverá redução de tempo, otimização do espaço

da linha de produção, além de significativa melhoria na qualidade de trabalho dos

operadores, o que resultará, consequentemente, em aumento da produção. A Figura 3

mostra um layout do sistema de transporte automatizado aplicado na Cabeadora 19.

4


Figura 3: Layout do sistema de transporte automatizado.

O sistema de automação empregado será composto de Controlador Lógico

Programável (CLP) com programa Ladder, sistema de ar comprimido, sensores barreira e

de Presença, atuadores eletropneumáticos, cilindros pneumáticos de dupla ação

acionados por solenoides, chaves fim de curso, regulador de pressão, lubrificação dos

equipamentos que utilizam ar comprimidos e esteiras transportadoras movimentadas por

motor trifásico.

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL:

Esse trabalho tem o objetivo de automatizar o processo de transporte de bobinas,

carregadas com fios de cobre, entre as máquinas.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

‣ Coletar dados na linha de produção;

‣ Pesquisar sobre o processo;

‣ Analisar melhor sistema de automação a ser implantado;

‣ Elaborar o sistema de transporte automatizado;

‣ Implantar o sistema na linha de produção; e

5


‣ Analisar resultados.

3. REVISÃO DA LITERATURA

3.1 CONDUTOR ELÉTRICO

Segundo Bertaco (2015), a principal finalidade do condutor elétrico é conduzir

energia elétrica, onde, de acordo com sua aplicação, possui diferentes características

relacionadas à temperatura, materiais utilizados, tensão do isolamento, tipos de

construção do condutor e a forma de utilização do mesmo. A matéria prima utilizada

para sua fabricação é o cobre, que não possui propriedades físicas que o caracterizam

como condutor à longas distâncias. O autor citado ainda relata que, apesar de suas

restrições relacionados à distância, o cobre é o metal não-ferroso mais utilizado,

possui excelente condutibilidade de calor e eletricidade, fácil manuseio e flexibilidade,

além de ser resistente e durável.

3.2 CABEAMENTO

De acordo com Vilela (2011), nas empresas produtoras de fios de cobre, existe

uma etapa do processo produtivo, denominada cabeamento. Consistindo na junção de

diversos fios metálicos trefilados, obtendo formato cilíndrico, e dependendo do número

de fios e seus diâmetros, obtém-se a seção do cabo, também chamada de bitola.

Geralmente são processados de forma helicoidal, com um passo (distância na qual

uma perna dá uma volta completa em torno da alma do cabo) fixo, porém torna-se

possível ajustá-lo e definir tensões ajustáveis de acordo com as características dos

elementos que integram o conjunto cabeado. Porém, Zanetta Junior (2005) mostra que

este processo também é constituído em produção de cabos para altas tensões,

denominado encordoamento. Composto por um fio central que recebe vários cabos

em tomo de si, onde as bobinas no interior da máquina giram em torno do mesmo

eixo. Segundo Bernardes et al. (2011), neste processo também existem os

desenroladores (Pay-off’s), dispositivos de armazenagem temporária da matéria-prima

a ser processada. Na figura 4 mostra as Pay-off’s que serão utilizadas no exemplo do

projeto a ser executado.

6


Figura 4: Pay-off’s da Cabeadora CB-19.

Fonte: Cabelauto Cabos Elétricos, 2019.

3.3 MELHORIA CONTÍNUA

Segundo Shiba et al (1997), todo equipamento projetado para atender a cadeia

produtiva de uma empresa foi desenvolvido para realizar, naquela ocasião, seu

trabalho da melhor maneira possível. Porém, nenhum equipamento ou processo é

imutável, desde que sua funcionalidade se torne obsoleta na realidade atual. Sendo

assim, podemos afirmar que todo sistema ou processo é passível de mudanças desde

que essa implementação venha para trazer melhorias. As ações envolvidas em

melhoria contínua, impulsionam avanços ou naturalmente mínimos incrementos, isto

de acordo com que a empresa necessita e dos recursos que disponibiliza. De maneira

geral, todas as operações são passíveis de melhoramentos.

3.4 AR COMPRIMIDO

Moreira (2012) diz que o ar comprimido é compreendido como aquele ar que

respiramos, onde sofre uma compactação através de sistemas mecânicos, retido em

um reservatório, a uma certa pressão.

3.5 PNEUMÁTICA

Segundo Andrighetto (2009), a pneumática é definida como a ciência e tecnologia

que trata da utilização de ar ou gases neutros como meio de transmissão, controle e

distribuição de sinais e energia. Já Oliveira e Ruppenthal (2013) citam que a

pneumática está cada vez mais presente nos polos industriais, pela execução de

7


ações no menor tempo possível, de forma segura e precisa, em sistemas mecânicos

com processos operacionais complexos.

3.6 ATUADOR PNEUMÁTICO

Considera-se um atuador pneumático, um componente mecânico com movimentos

lineares ou rotativos, e que promovem a transformação de energia pneumática gerada

pelo ar comprimido em energia cinética, sendo fundamentais no funcionamento de

máquinas que necessitam desta transformação (FIALHO, 2011).

3.7 CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL (CLP)

Medeiros e Mafra afirmam que os CLP’s são equipamentos eletrônicos de controle

que atuam na lógica de acionamento que pode ser desenvolvida através de software

(programação Ladder) e determina ao controlador a sequência de acionamento a ser

desenvolvida.

3.8 ATUADOR PNEUMÁTICO DE DUPLA AÇÃO E ATUADOR

ELETROPNEUMÁTICO

De acordo com Silva (2011), a definição de cilindro se baseia em um atuador

pneumático com movimento linear. No caso dos cilindros pneumáticos de dupla ação,

o trabalho é realizado nos dois sentidos de movimento do embolo. Este tipo de cilindro

é considerado um dos mais utilizados, aplicados em prensas, fixadores etc. Ainda

segundo o autor citado, em sistemas eletropneumáticos temos atuadores pneumáticos

acionados por controladores elétricos ou eletrônicos, bem como, sensores elétricos ou

pneumáticos.

3.9 BOBINA SOLENÓIDE 24 [VDC]

Segundo JEFFERSON IND. (2019), bobina solenoide é um dispositivo que

transforma energia elétrica em mecânica, através de fios de cobre. O cilindro é

acionado com tensão contínua de 24 [Vdc] que cria um campo magnético a partir de

uma corrente elétrica e utiliza esse campo para criar movimentos lineares.

3.10 CHAVE FIM DE CURSO

A Eng.ª Andrade afirma que o sensor ou chave fim de curso são dispositivos

eletromecânicos que tem como função indicar que um motor ou a estrutura ligada ao

8


seu eixo (um portão automático, por exemplo) chegou ao fim do seu campo de

movimento.

3.11 SENSORES

O site Mundo da Elétrica informa que o sensor, basicamente, é um dispositivo que

tem a função de detectar e responder com eficiência algum estímulo. Existem vários

tipos de sensores que respondem a estímulos diferentes como, por exemplo: tipo de

material (metálico, não-metalico, fosco etc), movimento, presença de objeto, entre

outros. Depois que o sensor recebe o estímulo, a sua função é emitir um sinal que seja

capaz de ser convertido e interpretado pelos outros dispositivos.

3.12 REGULADOR DE PRESSÃO

Cada organização necessita de um determinado nível de pressão na demanda de

ar que é distribuída na rede por um compressor, porém cada equipamento exige uma

pressão específica de trabalho, abaixo do nível da pressão principal, que é

denominada pressão secundária ou de trabalho. Desta forma, é usado um regulador

de pressão, para que, dentro da necessidade de cada equipamento, possa realizar o

devido ajuste, mantendo-a constante (MOREIRA, 2012).

3.13 LUBRIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS QUE UTILIZAM AR

COMPRIMIDOS

A maioria dos atuadores pneumáticos executa trabalho de movimentação

constante e alternada, e em grande velocidade, estes fatores acabam por oferecer um

desgaste rápido aos equipamentos. Um tipo de ação utilizada é a submissão dessas

peças móveis à lubrificação, garantindo assim um desgaste mínimo, contribuindo

assim para prolongar o tempo de vida útil. A lubrificação é feita através da

pulverização de óleo lubrificante, em forma de névoa na rede de ar comprimido que

alimenta a máquina, equipamento ou dispositivo pneumático (MOREIRA, 2012).

3.14 ESTEIRAS TRANSPORTADORAS

O site Siembra Automação informa que as esteiras transportadoras são elementos

fundamentais para garantir a agilidade na movimentação de produtos e insumos. É por

meio delas que muitas operações funcionam, pois facilitam a rotina e a qualidade no

trabalho de muitos colaboradores e dão dinamismo às tarefas.

9


3.15 MOTOR TRIFÁSICO

O site Mundo da Elétrica informa que os motores elétricos são máquinas que

possuem a capacidade de converter a energia elétrica em energia mecânica. Os

motores combinam as vantagens da energia elétrica com o baixo custo, facilidade de

transporte, limpeza e simplicidade no comando.

4. METODOLOGIA CIENTÍFICA

Para obter os resultados e respostas acerca da problematização apresentada neste

trabalho, foi feita uma pesquisa de campo. Dela foram extraídos dados e informações

diretamente da realidade do objeto de estudo, neste caso, a Cabeadora 19, que

compõe a linha de produção desta empresa.

Esta pesquisa pode ser classificada como de natureza aplicada, já que se encaixa

no objetivo de gerar conhecimentos para aplicação de prática dirigida à solução de

problemas existentes em um determinado processo, envolvendo verdades e

interesses locais. Com relação aos seus objetivos, pode ser classificada como

exploratório, no qual visa proporcionar maior familiaridade com o problema,

envolvendo uma maior proximidade do mesmo, com tudo o que está relacionado com

o objeto de pesquisa, sua abordagem é qualitativa e o método de pesquisa adotado é

estudo de caso.

Para Berto e Nakano (2010), estudo de caso se trata de uma análise detalhada em

um ou diversos casos, explorando a utilização de diversos instrumentos para coleta de

dados e integração no objeto de pesquisa por parte do pesquisador, sendo

desenvolvido de uma investigação qualitativa, particularista e a busca do que existe

em essencial e característico do objeto em estudo. A fonte de estudo abordada neste

trabalho é uma empresa de produção de cabos, situada no sul de Minas Gerais.

Inicialmente, a empresa intensificava sua produção em cabos automotivos,

abastecendo as empresas fabricantes de chicotes da indústria automobilística,

estabelecidas no Brasil. Posteriormente, a empresa passou a desenvolver e fabricar

cabos de energia, visando abastecer as concessionárias de energia e empresas do

ramo de construção civil.

10


5. IMPLANTAÇÃO

Os dados coletados e as análises serão a base para a implantação do Sistema

Automatizado de Transporte. O processo será dividido conforme programação abaixo:

5.1 DIAGRAMA ELÉTRICO DE FORÇA:

A. CIRCUITO ELETROPNEUMÁTICO

A Figura 5 mostra o circuito eletropneumático de força que será instalado

para acionar o atuador A. Este terá a função de empurrar a bobina da esteira 1

para a esteira 3 no processo.

Figura 5: Circuito Eletropneumático de Força

Legenda:

CFCRA: Chave Fim de Curso Recuo do atuador A

CFCAA: Chave Fim de Curso Avanço do atuador A

SRA: Solenóide Recuo do atuador A

SAA: Solenóide Avanço do atuador A

11


B. CIRCUITO ELÉTRICO DOS MOTORES

A Figura 6 mostra o diagrama elétrico de força dos motores para acionamento em

sentido horário e anti-horário. Estes têm a função de movimentar as esteiras 1, 3 e

4. A letra “n” representa os motores e contatores 1, 3 e 4 usados na simulação.

Figura 6: Diagrama Elétrico de Força dos Motores M1, M3 e M4

Legenda:

R, S, T: Fase de uma linha Trifásica

1, 2, 3: Fusíveis para proteção de entrada do circuito

Kn_CW: Contator para acionar sentido horário do motor “n”

Kn_CCW: Contator para acionar sentido anti-horário do motor “n”

F7: Relé Térmico para proteção de sobrecarga do circuito

12


5.2 DIAGRAMA DE CONTROLE

Como mostra a Figura 7, o diagrama de controle é a representação de todos os

componentes elétricos que serão instalados no Controlador Lógico Programável

(CLP), como: sensores barreira, sensor de presença, chaves fim de curso, contatores

para o acionamento dos motores, solenóides para o acionamento do atuador e as

lâmpadas de sinalização. O CLP tem a função de controlar todo o processo de acordo

com a programação Ladder.

Figura 7: Diagrama Elétrico de Controle

Legenda:

SB1: Sensor Barreira 1

SB3: Sensor Barreira 3

SB4: Sensor Barreira 4

CFCRA: Chave Fim de Curso Recuo do atuador A

CFCAA: Chave Fim de Curso Avanço do atuador A

SP19_1: Sensor de Presença da Cabeadora 19 posição 1

Kn_CW: Contator para acionar sentido horário do motor “n”

Kn_CCW: Contator para acionar sentido anti-horário do motor “n”

SRA: Solenóide Recuo do atuador A

13


SAA: Solenóide Avanço do atuador A

Lamp_VD: Lâmpada Verde para sinalização de Segurança

Lamp_VM: Lâmpada Vermelha para sinalização de Segurança

5.3 TABELA DE VARIÁVEIS

Na Tabela 1 enconta-se todos os endereços, nomes, tipo da variável (digital ou

analógica) e função que serão utilizados na programação em linguagem Ladder do

projeto em questão.

Tabela 1: Tabela de variáveis utilizada na programação

Endereço Nome Tipo Função

%I1.1.1 Desliga BOOL Desliga o processo

%I1.1.2 Liga BOOL Liga o processo

%I1.1.3 SB1 BOOL Detecta Presença Esteira 1

%I1.1.4 SB3 BOOL Detecta Presença Esteira 3

%I1.1.5 SB4 BOOL Detecta Presença Esteira 4

%I1.1.7 CFCAA BOOL Detecta Avanço Atuador A

%I1.1.8 CFCRA BOOL Detecta Recuo Atuador A

%I1.1.9 SP19_1 BOOL Detecta Presença Posição 1

%Q1.1.1 K1_CW BOOL Sent. Horário Motor 1

%Q1.1.2 K1_CCW BOOL Sent. Anti-Horário Motor 1

%Q1.1.3 K3_CW BOOL Sent. Horário Motor 3

%Q1.1.4 K3_CCW BOOL Sent. Anti-Horário Motor 3

%Q1.1.5 K4_CW BOOL Sent. Horário Motor 4

%Q1.1.6 K4_CCW BOOL Sent. Anti-Horário Motor 4

%Q1.1.7 SAA BOOL Avança Atuador A

%Q1.1.8 SRA BOOL Recua Atuador A

%Q1.1.9 LAMP_VD BOOL Processo Ligado

%Q1.1.10 LAMP_VM BOOL Processo Desligado

5.4 PROGRAMAÇÃO LADDER

O processo será programado pela linguagem Ladder e irá funcionar da seguinte forma:

14


a) A bobina é colocada na esteira 1;

b) O Sensor Barreira 1 (SB1) irá detectar presença da bobina;

c) O operador irá ligar o processo e o contator K1_CW irá acionar o motor 1 em

sentido horário.

d) Ao ligar os sensores barreira SB1, SB3 ou SB4 também irá acionar uma

lâmpada verde (LAMP_VD) para indicar que o processo está ligado.

e) Quando o Sensor Barreira 4 (SB4) detectar presença de bobina, o mesmo irá

desligar a esteira 1 e acionar o atuador A para avançar e empurrar a bobina

para a esteira 4.

f) Quando a bobina cair na esteira 4, o Sensor Barreira 1 (SB1) desliga e a

solenóide SRA recua o atuador A.

g) Logo em seguida, o contator K4_CW irá acionar o motor 4 em sentido horário.

h) Quando o Sensor Barreira 3 (SB3) detectar presença de bobina, o mesmo irá

desligar a esteira 4 e o contator K3_CCW irá acionar o motor 3 em sentido antihorário.

15


i) Quando o Sensor de Presença da Posição 1 da cabeadora 19 (SP19_1)

detectar presença de bobina, o mesmo irá desligar a esteira 3 terminando o

ciclo.

j) A partir daí o operador da Cabeadora 19 dará prosseguimento ao processo.

5.5 LISTA DE COMPONENTES

Na Tabela 2, consta a lista de todos os equipamentos e componentes elétricos e

eletrônicos que serão usados neste projeto. Assim como, todas as especificações dos

mesmos e nomes no layout.

Tabela 2: Lista de componentes instalados no Controlador Lógico Programável (CLP)

Quantidade Especificação Nomes no Programa / Layout

1 Botoeira NF Desliga

1 Botoeira NA Liga

3 Motor Trifásico M1; M3; M4

6 Contator 24 [Vdc]

K1_CW; K1_CCW; K3_CW;

K3_CCW; K4_CW; K4_CCW

1 Lâmpada Verde LAMP_VD

1 Lâmpada Vermelha LAMP_VM

3 Sensor Barreira SB1; SB3; SB4

1 Sensor de Presença SP19_1

1

Eletroválvula Direcional 4/2

Não se aplica

vias acionamento por solenóide

1

Atuador pneumático de dupla

ação

A

2 Bobina Solenóide 24 [Vdc] SAA; SRA

2 Chave fim-de-curso CFCAA; CFCRA

1 CLP Atos A1 Soft Expert Não se aplica

1 Regulador de pressão Não se aplica

3 Esteira transportadora Não se aplica

16


1 Fonte 24 [Vdc] Não se aplica

5.6 TABELA DE ALARMES

A Tabela de alarmes, Tabela 3, consta as variáveis críticas que são monitoradas

para funcionamento correto do processo. As condições são diretrizes para indicar

mensagens para o operador, sinalização de emergência e ações a serem realizadas

pelos manutentores caso o funcionamento saia do normal.

Tabela 3: Tabela de alarmes

Planejamento de Alarmes

Variável Sensores de Presença Sensores Barreira

Condições

Quando o sensor estiver Quando o sensor estiver

desligado ou com defeito desligado ou com defeito

Operadores

Operador da Máquina e Operador da Máquina e

Manutentor

Manutentor

Mensagem

Sensor desligado ou com Sensor desligado ou com

defeito

defeito

Ações

Desligar o processo e

chamar manutenção para

verificar o problema

Desligar o processo e

chamar manutenção

para verificar o problema

Sinalização

Lâmpada Vermelha Acesa,

Alarme do IHM e sinal

sonoro.

Lâmpada Vermelha

Acesa, Alarme do IHM e

sinal sonoro.

Status Global Processo Parado Processo Parado

5.7 INDUSTRIA 4.0 COM CONTROLE WEB SERVER

Esse controle será usado para disponibilizar todo o processo para o operador num

tablet, facilitando o manuseio do sistema para automatizar o transporte de bobinas

carregadas com fios de cobre e alertar os manutentores e supervisão para falhas/erros

no processo. Para implementação desse controle, irá utilizar componentes eletrônicos

como: Arduino Mega com Cabo USB, ethernet shield W5100, led difuso 5mm verde,

resistor de 150Ω, cabos jumper macho-macho e cabo de rede RJ45.

17


6. CRONOGRAMA

Na Tabela 4 consta a programação completa da construção do protótipo. E, após a

fase de testes com todas as análises feitas e erros ajustados, será elaborado o projeto

em escala real.

Fase 1 - Etapas do

Protótipo

Elaboração do

protótipo

Lista de componentes

- Protótipo

Tabela 4: Cronograma para fabricação do protótipo e do projeto

2019 2020

Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

X X X

X

Pesquisa de preço -

X X

Componentes

Construção do

X X X X

protótipo

Fase de testes X X

Adaptações X X

X

Apresentação do

protótipo e ideia

X

Fase 2 - Etapas do

projeto

Aguardando término da fase 1

Elaboração do projeto X X

Lista de componentes

- Projeto

X X

Pesquisa de preço -

Componentes

X X

Construção do Projeto X X X X

Fase de testes X X

Adaptações X X

Apresentação do

Projeto

X

7. ORÇAMENTO DO PROTÓTIPO

O orçamento descrito na Tabela 5 é uma estimativa para um protótipo que será

realizado com recursos futuros. Vale ressaltar que tais valores podem valorizar ou

desvalorizar com o passar do tempo.

Tabela 5: Orçamento do protótipo

Lista de Componentes - Protótipo

Item Componente Especificação Referência Qtd Valor (Und.) Valor Total

1 Mini Chave

2 Led Difuso 5mm

Gangorra - 2 Terminais

para ligar esteiras

Verde, Amarelo,

Vermelho

Eletrogate 8 R$ 0,74 R$ 5,92

Eletrogate 3 R$ 0,14 R$ 0,42

18


3 Ethernet Shield W5100 para Arduino Eletrogate 1 R$ 55,71 R$ 55,71

4 Jumpers Macho/Femea Eletrogate 1 R$ 6,42 R$ 6,42

5 Jumpers Macho/Macho Eletrogate 1 R$ 6,42 R$ 6,42

6 Mini Motor

DC 1 - 3VDC para

esteira

Eletrogate 8 R$ 5,49 R$ 43,92

7 Polia Gt2 6mm para motor

Loja da

Robótica

8 R$ 5,70 R$ 45,60

8 Polia

Gt2 6mm para Loja da

extremidade Robótica

8 R$ 7,90 R$ 63,20

9 Arduino Mega 2560 R3

Loja da

Robótica

1 R$ 49,70 R$ 49,70

10 Chapa Isopor

EPS 50 mm 100X50

cm Isoeste

Macro Virtual 1 R$ 33,80 R$ 33,80

11 Tinta

para Tecido Fosca

Preto 37ML

Macro Virtual 1 R$ 2,23 R$ 2,23

12 Pincel

para Pintura Tigre 267

Chato Reto

Macro Virtual 1 R$ 1,67 R$ 1,67

13 Estilete Estreito Brasfort 9mm Macro Virtual 1 R$ 0,87 R$ 0,87

14 Prego

em Aço sem Cabeça

10 x 10 Vonder - Caixa Macro Virtual 1 R$ 2,84 R$ 2,84

com 100 Pregos

15 Tinta

para Tecido Fosca

Amarelo Ouro 37ML

Macro Virtual 1 R$ 2,33 R$ 2,33

16 Arco de Serra

Mini Fixo 10

Polegadas Tramontina

Macro Virtual 1 R$ 9,72 R$ 9,72

17 Chapa MDF

espessura 12mm 0,50

X 0,50 Cm para Mercado Livre 1 R$ 39,90 R$ 39,90

maquete

18 Correia

Gt2 6mm para

trasporte

Mercado Livre 8 R$ 12,85 R$ 102,80

19

Pilha Alcalina Duracell cartela c/ 16

AA

pilhas

Pro Computer 1 R$ 32,06 R$ 32,06

20

Fita 3m Dupla Vhb Transparente 20

Face

Metros X 5mm

StarHouse 1 R$ 14,90 R$ 14,90

21 Frete valor total dos fretes Diversas 1 R$ 156,88 R$ 156,88

22 Mão de Obra Por hora - 320 R$ 5,00 R$ 1.600,00

Total R$ 2.000,00

8. RESULTADOS ESPERADOS

O sistema é totalmente automatizado e de fácil implantação. Faz-se necessário, ainda,

um cronograma de atividades, um orçamento detalhado para ter ideia do custo do projeto

completo e a fase de testes para ajustar os detalhes. Esse sistema levará à redução de

tempo no processo, otimização do espaço da linha de produção, além de significativa

melhoria na qualidade de trabalho dos operadores evitando, assim, afastamento por dores

ou esgotamento físico, o que resultará, consequentemente, em aumento da produção.

19


9. CONCLUSÃO

O desenvolvimento de um sistema automatizado de transporte de bobinas entre as

máquinas, dentro da linha de produção da indústria em questão, tem como principal

objetivo minimizar o esforço dos operadores, melhorando, assim, a qualidade de trabalho.

Consequentemente, outros benefícios virão, como redução de tempo da atividade e

otimização do espaço da linha de produção, que levarão, certamente, a um aumento

significativo da produção do produto final.

Este trabalho detalha todas as etapas e ferramentas necessárias para a implantação

do sistema automatizado de transporte. Todas as ações são baseadas em pesquisas

realizadas in loco e também no estudo aprofundado de caso. Ele será completo, porém,

quando for possível desenvolver um cronograma (pensado em conjunto com as partes

desenvolvidas), o qual irá proporcionar a afirmativa do custo a ser empregado em todo

projeto. Uma vez implantado, o sistema passará por uma fase de testes e, enfim, liberado

para sua utilização.

10. DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA ESPERADA

A construção da ideia central deste projeto veio de um problema que foi identificado

no chão de fábrica, durante a atividade dos operadores. Após feito toda a modelagem do

projeto, fui instruido pelo Rogério Ottoboni, professor da disciplina de Redes Industriais e

Supervisão de Processos, a divulgá-lo em plataforma de pesquisa científica de

automação industrial. Sei que ainda posso implantar e melhorar o projeto e, por esse

motivo, vou divulgá-lo em revistas e plataformas que tenham relação com os temas

abordados.

20


11. REFERÊNCIAS

‣ ANDRADE, C. O que é chave fim de curso e onde usar. Disponível em:

https://www.saladaeletrica.com.br/chave-fim-de-curso/. Acesso: 17/10/2019.

‣ BONACORSO, N. G. AUTOMAÇÃO ELETROPNEUMÁTICA. 12ª. ed. São Paulo:

Érica, 2013;

‣ DA COSTA, A. Análise de implementação de melhoria contínua em uma máquina de

cabeamento de uma empresa de cabos situada no sul de Minas Gerais. 2014. 23f.

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