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Agenda Cultural de Dezembro

Agenda Cultural do Município de Proença-a-Nova referente ao mês de dezembro de 2022

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<strong>Agenda</strong> <strong>Cultural</strong> <strong>de</strong> Proença-a-Nova DEZembro 2022<br />

o feedback do público e motivação dos próprios jovens<br />

em continuar a exibir esta peça.<br />

Por norma, segundo indicado por Daniel Alves, responsável<br />

pela Companhia <strong>de</strong> Teatro Montes da Senhora<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua fundação, o número limite máximo fixado<br />

é, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre, 30 participantes: “o que não faltam<br />

são interessados, mas muitas vezes temos <strong>de</strong> restringir<br />

para não exce<strong>de</strong>rmos os nossos limites”, explica.<br />

Daniel Alves, agora com 68 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, aponta<br />

às “ligações <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> que se estabelecem entre as<br />

pessoas <strong>de</strong> diferentes grupos” como o principal motivo<br />

para continuar a abraçar este projeto: “quando um grupo<br />

nos visita mais <strong>de</strong> três vezes é evi<strong>de</strong>nte que começam<br />

a ser nossos amigos”. Para a festa <strong>de</strong> aniversário<br />

dos 25 anos foram convidados vários grupos <strong>de</strong> teatro,<br />

que neste ou noutros anos vieram atuar a Proença-a-<br />

Nova, pois todos eles, <strong>de</strong> certa forma, ajudaram também<br />

a construir a história do Teatro no concelho.<br />

Com larga experiência nesta matéria, Daniel Alves não<br />

escon<strong>de</strong> as dificulda<strong>de</strong>s tantas vezes sentidas: “por ser<br />

um grupo muito jovem, quando os alunos vão para a<br />

faculda<strong>de</strong> acabam por <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> conseguir estar presentes.<br />

Temos miúdos a estudar ou trabalhar em Lisboa,<br />

Aveiro, Porto, Leiria, Idanha-a-Nova, Alcains, Castelo<br />

Branco, Fundão, etc, e no dia do espetáculo já sabem<br />

que têm <strong>de</strong> vir até Proença. Muitos <strong>de</strong>les vêm dos locais<br />

on<strong>de</strong> estão diretamente para o nosso espetáculo <strong>de</strong> teatro”.<br />

A distância geográfica, apesar <strong>de</strong> parecer ser um<br />

obstáculo, não tem impedido a realização <strong>de</strong> todos estes<br />

espetáculos, ainda que com algum sacrifício e força<br />

<strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> à mistura.<br />

Mas se a distância não impe<strong>de</strong> a realização <strong>de</strong> espetáculos,<br />

impossibilita estes jovens <strong>de</strong> reunirem-se ao<br />

longo da semana, por exemplo, para ensaiar. “Não temos<br />

hipótese <strong>de</strong> fazer ensaios porque as pessoas estão<br />

todas espalhadas pelo país, mas o espetáculo tem 22<br />

anos <strong>de</strong> encenação, não precisa propriamente <strong>de</strong> muita<br />

preparação”, explica Daniel. Com a base construída,<br />

o Grupo acaba por, <strong>de</strong> forma natural, ocupar e suprir<br />

as ausências <strong>de</strong>ixadas por outros elementos, pois, segundo<br />

o responsável “todos sabem o papel <strong>de</strong> todos”,<br />

constituindo-se como uma das gran<strong>de</strong>s vantagens <strong>de</strong>ste<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> peça.<br />

Lucinda Alves, que também faz parte do grupo <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o seu nascimento, não escon<strong>de</strong> a emoção por acompanhar<br />

o crescimento daqueles a quem trata carinhosamente<br />

como ‘miúdos’: “acompanhamos estes miúdos<br />

– embora a maior parte <strong>de</strong>les já nem o sejam - <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

os 12/13 anos, portanto é normal sentirmos um gran<strong>de</strong><br />

afeto ao vê-los crescer. Gostamos muito <strong>de</strong>les, mas acho<br />

que eles também o sentem em relação a nós”. Alexandra<br />

Cabral, uma das jovens que atualmente é parte integrante<br />

do grupo, corrobora as afirmações <strong>de</strong> Lucinda<br />

e Daniel, assumindo a sua como a opinião coletiva <strong>de</strong><br />

todos os elementos: “Nós também o sentimos em relação<br />

a eles (Daniel e Lucinda). Para nós (atores) quando<br />

chega o quarto sábado é ótimo, é como se fosse uma<br />

espécie <strong>de</strong> ‘escape’ à realida<strong>de</strong> do dia-a-dia, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mos<br />

parar e <strong>de</strong>sligar das nossas preocupações”.<br />

Quanto ao futuro, Daniel Alves prevê o momento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spedida<br />

como “um dia tramado” e sobre o qual prefere,<br />

para já, não pensar: “já <strong>de</strong>via ter juízo com esta ida<strong>de</strong>,<br />

mas faz-me tão bem-estar no meio <strong>de</strong>sta malta jovem,<br />

até esqueço as dores que tenho no dia-a-dia”, confessa.<br />

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