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Introdução:
As Mil e Uma Noites é um texto Árabe que junta várias estórias e lendas anteriores ao
Século IX.
Uma delas chama-se o “Marinheiro Sindbad”, cujo nome significa "viajante em Sind" (uma
província do actual Paquistão). Sinbad é uma figura lendária de tempos antigos, conhecedor
da náutica do seu povo.
1º Círculo
Era uma vez um marinheiro chamado Sinbad que fora chamado por seu primo até ao porto
de Bagdad. Quando lá chegou, encontrando-o, perguntou-lhe qual era a razão pela qual ele o
tinha feito. Foi então que o primo lhe disse:
- “O grande Califa está aqui naquele barco e vai usar a sua lâmpada mágica, espera e
prepara-te, o que vais ver vai-te surpreender!”
Vendo que estava lá uma mulher muito bonita, perguntou ao primo:
- “Quem é aquela jovem tão bonita ?”
Ao que o primo respondeu:
- “É a filha do Califa, a princesa Morguiana bem que podes vê-la em sonhos pois ela não é
para homens pobres e fracos como nós !”
Sinbad ficou muito triste.
Foi então que o Califa disse:
- “Povo de Bagdad ! É um prazer anunciar que vou presentear toda a vossa cidade !”
Foi então que esfregou a lâmpada mágica de onde saiu um génio. A essa figura ordenou o
Califa:
- “Génio, este povo está pobre e merece roupa e comida, ordeno-te que lhes dês em
abundância !”
O génio respondeu:
- “Assim farei meu mestre...”
E assim, num ápice todo o porto de Bagdad ficou cheio de mantimentos.
Ainda as pessoas estavam espantadas com o que tinha acontecido e a apanhar o que podiam,
quando saiu do mar voando uma figura medonha de um velho de pele azul que correndo a
apoderar-se da lâmpada mágica disse:
- “Eh!, éh!, ehh…! Gostariam de continuar a ter essa lâmpada ? Pois ela agora é minha ! E
quem tem a lâmpada, comanda o génio. Génio, regressa à lâmpada.”
E o génio respondeu:
- “Assim farei meu mestre...”
Foi então que o desesperado Califa disse em alto e bom som:
- “Ouçam bem povo de Bagdad ! Quem conseguir recuperar a minha lâmpada mágica, será
recompensado e dar-lhe-ei a mão de minha filha em casamento !”
No porto de Bagdad, todos tinham um medo terrível do velho homem dos mares. Ele
dominava as correntes, as tempestades, os furacões, os redemoínhos, e agora, com a
lâmpada, seria impossível encontrá-lo e muito menos vencê-lo. Mas, Sinbad, vendo o olhar
destruído da princesa Morguiana sofrendo por seu pai, disse para si mesmo:
- “Eu vou procurar esse velho dos mares e hei-de te trazer a lâmpada, prometo-te…”
2º Círculo

Quando, depois de uma longa viagem Sinbad naufragou, foi para a uma ilha onde habitava
um povo chamado “Babatrubadors”. Esse povo vivia sem nada pois um terrível ciclope
tirava-lhes tudo. Sinbad perguntou:
- “Porque não lutam com ele? Porque não resistem quando ele vos rouba?”
- “Infelizmente não conseguimos, Estamos perdidos. Babamustafa tem 30 metros de altura e
cada pé dele é capaz de derrubar as nossas tendas com uma só pégada.”
Foi então que Sinbad, fez com eles um acordo:
- “Se eu vencer o Babamustafa vocês ajudam-me a contruir um novo barco para eu seguir a
minha viagem até à terra do velho homem dos mares?
Eles concordaram.
3º Círculo
Sinbad atraiu o gigante Babamustafa para um vulcão istinto e chamando-o a espreitar para
dentro dovulcão, puxou-lhe a ponta da enorme barba através de um buraco de modo a poder
dar um nó no seu próprio sapato. Como o ciclope não se conseguia mexer, nem dali sair,
prometeu libertar o povo dos Babatrubadors para sempre. Sinbad recebeu um anel de
diamante e recuperou o barco que lhe permitiu prosseguir viagem. Mas, este barco ftambém
seria afundado pelo velho homem dos mares.
4º Círculo
Dias depois, prestes a morrer de frio e de fome, viu uma galera que aproximando-se lhe
atirou uma corda. Julgava Sinbad que eram pessoas boas mas, eram piratas que se
dedicavam a traficar marfim. E levaram-no acorrentado para uma ilha onde existia um
enorme cemitério de elefantes.
- “Porque me levam acorrentado ? O que fiz eu de mal ?” - Perguntava muitas vezes Sinbad.
Mas, os piratas riram-se e diziam:
-” Tu vais-nos ajudar. Vais entreter o Manbar enquanto nós fazemos o nosso trabalho. Ah,
ah, ah. “
- “Mas quem é o Manbar ? E porque me acorrentam a uma árvore ? ”
De nada valiam as perguntas de Sinbad…
Passado uns minutos de um silêncio amedrontador, heis que se ouviram umas enormes
passadas. Manbar era na reaidade um elefante branco e muito velho que protegia o cemitério
de intrusos. Julgando que Sinbad era seu inimigo atacou-o. Mas, Sinbad, olhou-o para seus
olhostristes e disse-lhe:
- “Manbar, Manbar… Atacas o homem errado…. Temos os mesmos inimigos. Eu ajudo-te a
vencê-los e não mais te destruirão o vosso tão sagrado cemitério. Confia em mim…”
Manbar, tinha uns olhos feridos de quem estava já muito cansado e viu em Sinbad um
homem valente mas também destruído. Confiou nele e chamando todos os elefantes da
região, expulsaram os malditos piratas que nunca mais lá apareceram.
5º Círculo
Desta vez, os elefantes levaram-no às costas e Sinbad prosseguiu viagem até ao esconderijo
do “velho homem dos mares”. Mal lá chegou, foi directo à lâmpada e esfregou-a. Saindo
dela o génio disse-lhe:

- “Tu não és um génio, tu achas que és um génio, mas és um enganador. Se fosses um génio
serias capaz de entrar dentro deste anel de diamante, ora isso ru não consegues.”
Desafiado e irritado o génio lançou-se dentro do anel mas logo deu conta de que não
conseguia mais sair. E perguntou: “Como saio daqui ?”, “Ajuda-me ! Façp tudo o que
quiseres !” - gritava.
Sinbad rspondeu ao génio:
- “O poder para saires de dentro de um diamante está dentro de ti. Deves fechar os teus olhos
ao mal e abraçar a bondade do teu coração. Se seguires esse caminho, tu consegues libertarte.
”
E assim foi, o génio saiu.
Nesse mesmo momento o “velho homem dos mares” entrou na sala e disse:
-” Génio, destrói esse homem. Ele deve morrer e já ! Obedece génio !”
Mas, assim não foi, o génio apenas obedecia a Sinbad. E fechou-o para sempre dentro da
lâmpada.
6º Círculo
De regresso a Bagdad, Sinbad devolveu a lâmpada mágica ao Califa e pediu a mão da
princesa Morguiana em casamento. Viveram muito felizes e tiveram um filho a quem deram
o nome Alabar. Sinbad passou grande parte da sua vida a ajudar os outros e a escrever as
suas memórias para que cada um de nós nunca se esquecesse que os problemas não se
resolvem só com coragem, nem força, mas com a bondade, a honestidade e ouvindo o
coração.