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Chave ilustrada para a identificação de 35 espécies de anofelinos das regiões nordestina e amazônica do Brasil pelos caractéres da fêmea, com notas sôbre os transmissores de Malária (Diptera, Culicidae) (Publicado originalmente em 1946)

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78 Memórias do Instituto Evandro Chagas: Parasitologia

áreas abrangidas pelo presente estudo. Anopheles gambiae não lhe

precedeu na chave por já ter sido eliminado do Brasil.

Em vez de agrupar a maioria dos anofelinos do complexo

tarsimaculatus num mesmo item, procurou-se separá-los tanto quanto

possível. Isso não é fácil de se fazer numa chave, pois há muita variação

nos caractéres que podem ser utilisados no diagnóstico, porém, o

Quadro 1 inclui os caractéres mais importantes de cada espécie dêste

grupo, e servirá como suplemento à chave quando esta não for suficiente

para a identificação. Entretanto, deve ser mencionado que mesmo com

a ajuda dêsse Quadro, algumas espécies nem sempre poderão ser

separadas. Anopheles goeldii pode às vêzes ter uma grande mancha B2

e nesse caso, pela chave, seria identificado como noroestensis; quando

não só a mancha B2 é larga mas também a porção preta do segundo

segmento tarsal posterior é muito maior do que comumente, o exemplar

poderia ser, erroneamente diagnosticado como aquasalis. Anopheles

strodei às vêzes tem as escamas das asas amareladas em vez de alvas e

o quarto segmento dos palpos predominantemente branco,

assemelhando-se então a noroestensis ou a goeldii. As fêmeas de outras

espécies, como aquasalis, benarrochi e galvãoi, são tão parecidas entre

si que ainda não foi achado nenhum carácter morfológico por meio do

qual se possa distinguí-las; o mesmo se dá entre oswaldoi e konderi.

Nesses casos, o conhecimento da proveniência dos mosquitos pode às

vêzes ajudar muito, pois algumas das espécies cujas fêmeas são

indistinguiveis, têm distribuição geográfica bem diferente. No Quadro

2 é mencionada a distribuição das fêmeas obtidas durante o presente

estudo nas regiões nordestina e amazônica. Por êsse Quadro se deduz,

por exemplo, que uma fêmea do tipo aquasalis-benarrochi-galvãoi

proveniente do Território do Acre, ou de Manáus, ou de Monte Alegre

ou mesmo de Breves, não será de aquasalis porque essa espécie se

restringe ao litoral. Por outro lado, quando um exemplar desse mesmo

tipo for encontrado no baixo Amazonas ou no Ceará, ou em Alagôas

não deverá ser benarrochi ou galvãoi, pois dentro da área abrangida

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