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Chave ilustrada para a identificação de 35 espécies de anofelinos das regiões nordestina e amazônica do Brasil pelos caractéres da fêmea, com notas sôbre os transmissores de Malária (Diptera, Culicidae) (Publicado originalmente em 1946)

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Deane, L. M.; Causey, O. R.; Deane, M. P. Chave ilustrada para a

identificação de 35 espécies de anofelinos das regiões nordestina

e amazônica do Brasil pelos caractéres da fêmea...

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Chave ilustrada para a identificação

de 35 espécies de anofelinos das regiões

nordestina e amazônica do Brasil pelos

caractéres da fêmea, com notas sôbre os

transmissores de Malária

(Diptera, Culicidae) ∗

Deane, L. M. Causey, O. R. Deane, M. P.

Laboratório do Serviço de Malária do Nordeste, Divisão Sanitária Internacional da

Fundação Rockefeller e Instituto de Assuntos Inter-Americanos.

Estudos feitos sôbre Malária e mosquitos, entre 1939 e

1943, nas regiões nordestina e amazônica do Brasil, revelaram aí a

presença de 35 espécies de anofelinos, das quais se constatou que três

– Anopheles gambiae, Anopheles darlingi e Anopheles aquasalis – eram

transmissoras importantes de Malária.

TRANSMISSORES DE MALÁRIA

Anopheles gambiae

O mosquito africano que invadiu o Nordeste do Brasil de

onde foi posteriormente eliminado, mostrou-se a mais perigosa das

espécies, determinando graves epidemias de Malária em tôdas as áreas

que atingiu. As fêmeas de gambiae se alimentavam sòmente dentro de

casas e principalmente em indivíduos humanos. Nenhum exemplar foi

apanhado em 129 horas de capturas feitas ao ar livre, em isca animal

ou humana, perto de casas dentro das quais êsse mosquito era tão

* Publicado originalmente em The American Journal of Hygiene, Monographic Series, nº 18,

fevereiro de 1946 e traduzido pelo Instituto Oswaldo Cruz.


72 Memórias do Instituto Evandro Chagas: Parasitologia

abundante que 11420 exemplares foram obtidos em 136 horas de

captura. Provas de precipitina feitas com sangue contido no tubo

digestivo de 72 exemplares deram 70 resultados positivos com sôro

anti-homem.

Experiências feitas com o fim de determinar a

susceptibilidade de gambiae à infecção malárica, mostraram que 33

porcento dos exemplares alimentados uma vez em gametóforo

tornavam-se infetados. Em zona onde não se tinha ainda iniciado

trabalhos de controle dessa espécie, a proporção de fêmeas de gambiae

apanhadas dentro de casas e infetadas com oocistos ou esporozoitos

foi de 10 porcento. De um total de 1 891 gambiae dissecados de tôda a

área em estudo, 108, ou sejam 5.6 porcento, estavam infetados por

plasmódios. Sua grande susceptibilidade à infecção malárica,

juntamente com seus hábitos domésticos e sua nítida preferência por

sangue humano, fazem dêsse mosquito o mais perigoso transmissor de

Malária conhecido.

Anopheles darlingi

É o mais eficiente dos transmissores indígenas de Malária

no Norte e no Nordeste do Brasil. Prolifera em regiões chuvosas e de

alta humidade, sendo vulnerável às condições que prevalecem durante

a estação sêca. Existe principalmente nos vales dos grandes rios, não

sendo encontrado em extensas áreas do Nordeste, onde a estação

chuvosa é curta e as sêcas são frequentes. Mesmo na bacia amazônica

há trechos em que a severidade da estação sêca é por vêzes bastante

para eliminar o darlingi. Nos períodos desfavoráveis, êsse mosquito

consegue sobreviver sòmente nos lugares onde há grandes e profundas

coleções de água parada. São estas desaparições e reaparições alternadas

de darlingi que explicam em parte, as pequenas epidemias regionais

de Malária na Amazônia.

De 1 513 darlingi dissecados 27, ou 1.8 porcento, foram

positivos para formas evolutivas de plasmódios, sendo 0.9 porcento de


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identificação de 35 espécies de anofelinos das regiões nordestina

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infecções por oocistos em 1215 estômagos examinados e 1.3 porcento

de infecções por esporozoitos em 1479 glândulas salivares. Nas regiões

estudadas, eram malarígenas tôdas as localidades onde se encontrou

darlingi, e, na bacia amazônica, excetuando a faixa litorânea, no lugares

sem darlingi a Malária era inexistente ou de baixa endemicidade.

Anopheles aquasali (A. tarsimaculatus AA. e A. emilianus Komp)

Ao contrário de darlingi, se estende, rios acima, sòmente

até os trechos ainda influenciados pela água salobra das marés. Ainda

ao contrário de darlingi, que é capaz de manter transmissão de Malária

mesmo quando existe em números pequenos, Anopheles aquasalis só

se torna um vetor importante quando é muito numeroso. Exemplo

interessante é o que ocorre periòdicamente em Fortaleza, Ceará, onde

a foz do rio Cocó é inundada pela água do mar no início da estação

sêca, criando-se nessa época condições ideais para proliferação de

aquasalis, o que coincide com surtos de Malária. Num inquérito aí

feito durante a epidemia de 1942, 6.2 porcento dos habitantes tinham

plasmódios no sangue e três de 107 aquasalis (2.8 porcento) estavam

infetados. Embora nessa ocasião fôssem capturados, fora de casas, em

isca animal, exemplares de albitarsis, argyritarsis, triannulatus, strodei

e aquasalis, esta última foi a espécie predominante e a única a ser

encontrada no interior das habitações. Deve ser mencionado que todos

os indivíduos encontrados com Malária moravam em casas situadas a

poucas centenas de metros dêsse rio de água salobra e perto dos

criadouros de aquasalis. Esta espécie foi achada em quase tôdas as

localidades estudadas ao longo do litoral do Norte e Nordeste do Brasil,

onde era responsável por tôda ou por parte da Malária existente.

A importância comparativa de Anopheles aquasalis e

Anopheles darlingi é apreciada na cidade de Belém, onde aquasalis

ocorre nas áreas baixas e influenciadas pelas marés, causando uma

baixa incidência endêmica de Malária, enquanto darlingi se encontra

nos trechos mais altos, produzindo epidemias anuais durante a estação

chuvosa. Foram examinados 979 estômagos e 1.084 glândulas salivares


74 Memórias do Instituto Evandro Chagas: Parasitologia

de aquasalis capturados em diversos trechos das regiões investigadas,

sendo, respectivamente, 0.5 e 0.4 porcento os índices oocístico e

esporozoítico; em um total de 1136 exemplares dissecados houve nove,

isto é 0.7 porcento, positivos para formas evolutivas de plasmódios.

Em virtude da semelhança morfológica entre as fêmeas

de Anopheles albitarsis e Anopheles darlingi, êsses mosquitos não

foram reconhecidos como espécies distintas antes de 1926, e muitos

dos exemplares infetados, designados até então como albitarsis eram,

provàvelmente, darlingi. Embora essas espécies sejam hoje fácilmente

distingíveis, albitarsis ainda mantêm parte da reputação de bom

transmissor de Malária que ganhou no tempo em que darlingi era com

êle confundido.

Pequenas diferenças na morfologia e nítidas diferenças

na biologia de mosquitos de zonas diversas designados como Anopheles

albitarsis, indicam que talvez exista um complexo albitarsis, composto

de várias espécies. AYROZA GALVÃO (1943) reconhece duas

variedades de albitarsis, uma das quais êle e LANE (1937) chamaram

Albitarsis limai e outra que êle e DAMASCENO (1942) designaram

como Albitarsis domesticus. A primeira é comum no interior de São

Paulo e em geral não invade as casas; a porção negra basal do segundo

segmento tarsal posterior mede entre 70 e 90 porcento do segmento e o

exocório do ovo não apresenta desenho. Ao contrário, albitarsis

domésticus invade as casas em grande número, tem sòmente 40 a 55

porcento de negro no segundo segmento tarsal posterior e os ovos

mostram um esbôço de desenho reticulado no exocório. Os autores

creem ter observado um terceiro tipo de albitarsis no Ceará, onde é o

anofelino de mais vasta distribuição e em muitas zonas o mais

abundante; difere de albitarsis limai porque a mancha negra do segundo

tarsal posterior mede apenas 25 a 45 porcento do comprimento do

segmento, porém, como limai, raramente invade as casas. Em

observações feitas em Cumbe, (perto de Aracati), Ceará, êsse albitarsis

constituti 96.7 porcento dos anofelinos capturados fora de casas e


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sòmente 4.3 porcento dos apanhados em domicílios. Aliás a maioria

dos albitarsis capturados em habitações foi coletada em uma casa onde

forte lâmpada de gasolina era mantida acêsa durante a noite. A falta de

imunidade à Malária que mostraram os habitantes do vale do Jaguaribe

quando, em 1938, Anopheles gambiae invadiu essa região onde

albitarsis é tão comum, apoia a idéia de que êste mosquito não é aí um

bom transmissor. Mesmo depois da epidemia causada por gambiae em

Cumbe, com 24 porcento de gametóforos na população, nenhum dos

314 albitarsis dissecados foi encontrado infetado. Em Madalena, no

interior do Ceará, albitarsis era abundante quando gambiae aí se

introduziu e proliferou intensamente sem que adviesse um surto de

Malária; disso deduz-se que os anofelinos indígenas eram tão

ineficientes como transmissores que a Malária aí não existia

prèviamente.

Ao contrário do tipo encontrado no Ceára, Anopheles

albitarsis da porção oriental de Rio Grande do Norte, Paraíba,

Pernambuco e Alagôas e da bacia amazônica pode ser capturado em

grandes números nas casas e apresenta uma proporção maior de negro

no segundo segmento tarsal posterior, correspondendo assim a

Anopheles albitarsis domesticus. Embora êsse mosquito sugue

fàcilmente o homem, os autores não acreditam que seja um transmissor

importante de Malária na maioria das áreas por êles inspeccionadas.

Entretanto, em duas localidades, uma com alta e outra com baixa

endemicidade malárica, albitarsis foi o único anofelino abundante nos

domicílios, sendo provàvelmente o transmissor do Paludismo: em

Camaratuba, Paraíba, o lugar de alta endemicidade, darlingi não foi

achado, aquasalis era raro, mas havia nas habitações numerosos

albitarsis dos quais 201 foram dissecados, tendo-se encontrado oocistos

no estômago de um dêles; na cidade de Monte Alegre, Pará, de

endemicidade baixa, e onde darlingi não foi encontrado e aquasalis

não existe, também um dentre 489 albitarsis examinados estava infetado

com oocistos.


76 Memórias do Instituto Evandro Chagas: Parasitologia

A importância comparativa de darlingi e albitarsis foi

bem exemplificada na ilha do Marajó. Na cidade malarígena de

Cachoeira, albitarsis era muito mais abundante dentro das casas do

que era darlingi na época em que uma inspecção foi aí feita. Enquanto

os 224 albitarsis dissecados foram todos negativos, esporozoitos foram

achados em um dentre os 37 darlingi examinados. Mais para o interior,

no lago Arari, onde havia albitarsis mas não darlingi, não existia

Malária autóctone.

De um total de 1493, albitarsis dissecados de tôdas

localidades estudadas, apenas dois, isto é, 0.1 porcento, foram

encontrados infetados, ambos com oocistos e nenhum com

esporozoitos.

Anopheles pessoai

Em certas condições, pode ser um transmissor de

Paludismo, embora de secundária importância. No Nordeste do Brasil

êle suga ao ar livre, raramente entra nas casas, prefere o sangue dos

animais e não tem relação epidemiológica com a Malária. Na região

amazônica, entretanto, pessoai é frequentemente encontrado nos

domicílios e pode se infetar com plasmódios.

Durante um inquérito feito em julho e agosto de 1942 em

Amapá, 34 de 118 exemplares de pessoai foram colhidos dentro de

casas. Em inspecção semelhante feita no campo de aviação de Oiapoque,

Território de Amapá, em setembro de 1942, uma fêmea de pessoai foi

capturada numa habitação, dentro de um mosquiteiro e um segundo

exemplar foi apanhado enquanto sugava uma pessoa ao ar livre, pouco

antes das dez horas do dia. Em Maguari, perto de Belém, pessoai entra

nas casas logo depois do crepúsculo vespertino, alimenta-se nos

habitantes e deixa os domicílios antes do amanhecer; de 469 exemplares

obtidos nessa localidade, 148 foram apanhados dentro das habitações.

Em Tamucurí, Pará onde alta endemicidade malárica era mantida

provàvelmente por darlingi, Anopheles pessoai era abundante dentro


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das casas, e a dissecção de 122 exemplares revelou esporozoitos nas

glândulas salivares de um dêles. Não obstante essa evidência de sua

capacidade de transmitir Malária, pessoai é, no conceito dos autores,

mosquito de importância meramente local. Em Tamucurí, de onde

proveio o único exemplar infetado, prevalecia um conjunto especial

de condições: animais domésticos eram raros, os pessoai eram muito

abundantes, seus creadouros ficavam muito perto das casas e entre os

habitantes havia uma alta porcentagem de gametóforos.

Outras espécies de anofelinos

As trinta demais espécies de anofelinos encontradas nas

regiões nordestina e amazônica do Brasil não parecem ter importância

na transmissão da Malária. Algumas são abundantes em certas áreas,

como por exemplo rangeli em Rio Branco, mattogrossensis em Bôca

do Acre, goeldii em Marabá e triannulatus em muitos lugares, mas não

há correlação entre a sua distribuição geográfica e a presença ou a

ausência de Malária. Dissecções de fêmeas de quinze das espécies mais

comuns foram tôdas negativas para oocistos ou esporozoitos. Além

disso, tais espécies são mais zoofílicas e raramente entram nas casas

para sugar.

CHAVE PARA A IDENTIFICAÇÃO DE FÊMEAS

A seguir é representada uma chave para a determinação

das fêmeas dos anofelinos das regiões amazônica e nordestina do Brasil.

Nela, as espécies nem sempre estão enumeradas de acôrdo com a sua

posição sistemática, porque para se chegar ràpidamente à identificação

dos anofelinos importantes, preferiu-se mencionar primeiro, sempre

que possível, as espécies mais perigosas ou as mais comuns. Assim,

em vez de começar a chave por dividir os anofelinos nos gêneros

Chagasia e Anopheles e passar por muitos itens antes de chegar a

darlingi, êste figura em primeiro lugar, por ser o anofelino mais comum

dentre os capturados em domicílio e ao mesmo tempo o principal

transmissor indígena de Malária, onde quer que seja encontrado, nas


78 Memórias do Instituto Evandro Chagas: Parasitologia

áreas abrangidas pelo presente estudo. Anopheles gambiae não lhe

precedeu na chave por já ter sido eliminado do Brasil.

Em vez de agrupar a maioria dos anofelinos do complexo

tarsimaculatus num mesmo item, procurou-se separá-los tanto quanto

possível. Isso não é fácil de se fazer numa chave, pois há muita variação

nos caractéres que podem ser utilisados no diagnóstico, porém, o

Quadro 1 inclui os caractéres mais importantes de cada espécie dêste

grupo, e servirá como suplemento à chave quando esta não for suficiente

para a identificação. Entretanto, deve ser mencionado que mesmo com

a ajuda dêsse Quadro, algumas espécies nem sempre poderão ser

separadas. Anopheles goeldii pode às vêzes ter uma grande mancha B2

e nesse caso, pela chave, seria identificado como noroestensis; quando

não só a mancha B2 é larga mas também a porção preta do segundo

segmento tarsal posterior é muito maior do que comumente, o exemplar

poderia ser, erroneamente diagnosticado como aquasalis. Anopheles

strodei às vêzes tem as escamas das asas amareladas em vez de alvas e

o quarto segmento dos palpos predominantemente branco,

assemelhando-se então a noroestensis ou a goeldii. As fêmeas de outras

espécies, como aquasalis, benarrochi e galvãoi, são tão parecidas entre

si que ainda não foi achado nenhum carácter morfológico por meio do

qual se possa distinguí-las; o mesmo se dá entre oswaldoi e konderi.

Nesses casos, o conhecimento da proveniência dos mosquitos pode às

vêzes ajudar muito, pois algumas das espécies cujas fêmeas são

indistinguiveis, têm distribuição geográfica bem diferente. No Quadro

2 é mencionada a distribuição das fêmeas obtidas durante o presente

estudo nas regiões nordestina e amazônica. Por êsse Quadro se deduz,

por exemplo, que uma fêmea do tipo aquasalis-benarrochi-galvãoi

proveniente do Território do Acre, ou de Manáus, ou de Monte Alegre

ou mesmo de Breves, não será de aquasalis porque essa espécie se

restringe ao litoral. Por outro lado, quando um exemplar desse mesmo

tipo for encontrado no baixo Amazonas ou no Ceará, ou em Alagôas

não deverá ser benarrochi ou galvãoi, pois dentro da área abrangida


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neste estudo, essas duas espécies só foram encontradas no alto

Amazonas. Fêmeas do tipo noroestensis-goeldii serão provavelmente

goeldii quando colhidas na Amazônia, e noroestensis quando no Ceará

ou em Pernambuco.

O mosquito designado neste trabalho como Anopheles

triannulatus corresponde ao tipo que AYROZA GALVÃO (1940)

chamou Anopheles triannulatus var. davisi, baseado principalmente

no fato de que a sua larva é semelhante à de Anopheles davisi

PATTERSON e SHANNON, 1927, e difere da de Anopheles

triannulatus NEIVA e PINTO, 1922. Não é improvável que triannulatus

var. davisi seja mais tarde revalidado como espécie.


80 Memórias do Instituto Evandro Chagas: Parasitologia

Quadro 1 – Identificação de fêmeas de anofelinos do complexo tarsimaculatus encontradas nas regiões

nordestina e amazônica do Brasil

Espécie Tamanho Côr das escamas

das áreas claras das

asas

Tamanho da mancha S2

da asa comparado com

o da mancha negra

precedente

Tamanho da

mancha Sc da

asa na nervura

costal

Porcentagem

de negro no

segundo segmento

tarsal

A. oswaldoi Médio Amarelada Muito maior Médio 15 – 19

(9 – 23)

A. konderi " " " " 15 – 19

(14 – 28)

A. noroestensis " " " " 20 – 29

(16 – 33)

A. rangeli " " " Muito grande 20 – 29

(17 – 35)

A. strondei " Alva " Médio 25 – 34

(22 – 41)

A. goeldii " Amarelada Igual ou menor,

raramente um pouco

maior

" 20 – 34

(17 – 45)

A. aquasalis " " Muito maior " 35 – 49

(31 – 64)

A. benarrochi " " " " 40 – 54

(37 – 55)

A. galvãoi " " " " 40 – 54

(40 – 59)

A. triannulatus Pequeno Esbranquiçada Pouco maior, igual ou

menor

Vestigial ou

muito pequena

30 – 44

(23 – 50)

Côr predominante

do quarto segmento

dos palpos

Anel negro no

terceiro

segmento tarsal

posterior

Branca Ausente

" "

" "

" "

Variável, mais

frequentemente

negra

Branca "

" "

" "

" "

Negra "

A. rondoni Médio Amarelada Muito maior Médio 60 – 80 Branca Presente

"


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Quadro 2 –

Distribuição geográfica dos anofelinos das regiões

nordestina e amazônica do Brasil

Espécie

Distribuição

A. darlingi Mato-Grosso, Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará,

(sòmente na parte oéste), Pernambuco e Alagôas. Comum nos vales

dos rios Amazonas, Parnaíba e São Francisco. Ausente nas áreas sêcas

do Nordeste.

A. parvus Ceará (serra da Ibiapaba).

A. argyritarsis Abundante no Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e

Alagôas. Raro no Pará, Maranhão e Piauí.

A. sawyeri Ceará (serra da Ibiapaba).

A. albitarsis Comum em tôda a região estudada.

A. pessoai Encontrado em tôda a região. Em algumas partes, abundante.

A. triannulatus Comum em tôda a área estudada.

A. oswaldoi Comum no Mato-Grosso, Acre, Amazonas, Pará e Maranhão. Raro no

resto da região.

A. konderi Mato-Grosso, Acre e Amazonas (altos rios).

A. strodei Maranhão, Piauí, Ceará.

A. rangeli Abundante no Acre, comum no Amazonas (altos rios.)

A. aquasalis Limitado à costa do Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do

Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagôas. Comum.

A. benarrochi Mato-Grosso, Acre e Amazonas (altos rios).

A. galvãoi Mato-Grosso e Acre.

A. goeldii Mato-Grosso, Amazonas, Pará, Maranhão e Piauí. Comum.

A. noroestensis Maranhão, Piauí, Ceará, rio Grande do Norte, Paraíba, Permambuco e

Alagôas. Comum.

A. rondoni Mato-Grosso e Acre. Raro.

A. gilesi Ceará (serra do Araripe). Raro.

A. eiseni Amazonas, Pará, Ceará. Raro.

A. peryassui Comum em tôda a região exceto no Ceará.

A. mattogrossensis Comum no Acre e Amazonas. Raro no Pará.

A. shannoni Mato-Grosso, Amazonas e Pará.

A. minor Comum na Paraíba, Pernambuco e Alagôas.

A. mediopunctatus Mato-Grosso, Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará (parte oéste) e

Alagôas.

A. fluminensis Acre e Ceará (Maranguape). Raro.

A. neomaculipalpus Acre. Raro.

A. intermedius Mato-Grosso, Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco

e Alagôas. Comum.

A. punctimacula Acre e Pará. Raro.

A. gambiae Estrangeiro, introduzido no Brasil provàvelmente em 1930. Espalhouse

no Rio Grande do Norte e Ceará. Exterminado em 1940.

A. squamifemur Amazonas (Lábrea). Muito raro.

A. nimbus Mato-Grosso, Acre, Amazonas, Pará, Maranhão. Comum.

A. thomasi Pará e Maranhão. Raro.

A. kompi Amazonas, Pará, Ceará (serra do Araripe) e Paraíba

C. bonneae Acre, Amazonas e Pará. Raro.

C. rozeboomi Ceará (serra do Araripe). Raro.


82 Memórias do Instituto Evandro Chagas: Parasitologia

CHAVE PARA A IDENTIFICAÇÃO DE FÊMEAS DE

ANOFELINOS DAS REGIÕES AMAZÔNICA E NORDESTINA

DO BRASIL

1 – Tarsos posteriores com os três últimos segmentos inteiramente

brancos (Fig. 2) ......................................................................... 2

Um ou mais dêsses segmentos em parte ou inteiramente negros

(Figs. 3, 4 e 5) ............................................................................ 6

2 – Mancha B2 da asa muito menor do que a mancha negra

precedente (Fig. 6) .................................................................... 3

Mancha B2 da asa maior do que a mancha negra precedente

(Fig. 7) ....................................................................................... 4

3 – Sexta nervura da asa predominantemente clara, com uma mancha

negra perto de cada extremidade (Fig. 6); áreas claras da asa

amareladas; dorso do abdômen com muitas escamas amarelas

ou amareladas (Fig. 8); tergitos abdominais dois a sete com tufos

póstero-laterais salientes de escamas escuras (Fig. 8); espécie

de tamanho médio ..................................................... A. darlingi

Sexta nervura da asa predominantemente escura, com uma

mancha branca pequena em cada extremidade e outra logo antes

do meio (Fig. 9); áreas claras das asas alvas; abdômen sem

escamas (Fig. 10); espécie pequena ............................ A. parvus

4 – Primeiro esternito abdominal com duas linhas de escamas brancas

(Fig. 11); tarsos médios com anéis apicais brancos, estreitos

porém nítidos; segundo segmento tarsal posterior geralmente

mais de 1/3 negro e primeiro segmento com nítido anel branco

apical (Fig. 12) .......................................................................... 5

Primeiro esternito abdominal sem tais linhas (Fig. 13); tarsos

médios sem anéis brancos apicais; primeiro segmento tarsal

posterior sem anel branco apical (Fig. 14); segundo segmento

tarsal posterior geralmente menos de 1/4 negro

(Fig. 14) ............................................................... A. argyritarsis

A. sawyeri


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identificação de 35 espécies de anofelinos das regiões nordestina

e amazônica do Brasil pelos caractéres da fêmea...

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5 – Áreas claras das asas amareladas; oitavo tergito abdominal com

escamas amarelas e brancas abundantes, tergitos dois a sete com

muitas escamas amarelas e amareladas (Fig. 15); tufos pósterolaterais

de escamas escuras ausentes no segundo segmento

abdominal (Fig. 15); espécie de tamanho médio

..................................................................................A. albitarsis

Áreas claras das asas alvas; oitavo tergito abdominal densamente

coberto de escamas alvas, tergitos dois a sete com escamas

relativamente raras e menores, predominantemente brancas

(Fig. 16); tufos póstero-laterais de escamas escuras e eretas

presentes no segundo segmento abdominal (Fig. 16); espécie

pequena ....................................................................... A. pessoai

6 – Tarsos posteriores com o terceiro e o quarto segmentos

inteiramente brancos, quinto segmento com anel preto basal

(Fig. 3) ....................................................................................... 7

Tarsos posteriores com marcação diferente ........................... 13

7 – Asas predominantemente escuras, mancha Sc vestigial ou ausente

na região costal (Fig. 17); quarto segmento dos palpos

predominantemente negro (Fig. 18); espécie pequena. (Mancha

B2 da asa ligeiramente maior, igual ou menor do que a mancha

negra precedente, segundo segmento do tarso posterior

geralmente entre 30 e 45 por cento negro) ........ A. triannulatus

Asas não tão escuras; mancha Sc de tamanho médio (Fig. 19) ou

grande (Fig. 20); quarto segmento dos palpos em geral

predominantemente claro (Fig. 21); espécie de tamanho

médio ......................................................................................... 8

8 – Porção negra do segundo segmento tarsal posterior muito

pequena, medindo geralmente de nove a cêrca de 20 por cento

do segmento (Fig. 22). (Escamas claras das asas amareladas ou

amarelas, mancha B2 muito maior do que a mancha negra

precedente) ............................................................... A. oswaldoi

A. konderi


84 Memórias do Instituto Evandro Chagas: Parasitologia

Porção negra do segundo segmento tarsal posterior medindo mais

ou muito mais de 20 por cento do segmento (Fig. 23, 24 e 25)

.................................................................................................... 9

9 – Áreas claras das asas alvas, pelo menos na porção basal e ao

longo da região costal ................................................ A . strodei

Áreas claras das asas amareladas ou amarelas ....................... 10

10 – Mancha Sc muito grande, medindo mais de a metade da mancha

negra precedente, às vêzes maior do que essa própria mancha

(Fig. 20). (Tôdas as manchas escuras da asa menores do que nas

outras espécies do complexo tarsimaculatus; segundo segmento

tarsal posterior geralmente entre 20 e 30 por cento negro) .......

...................................................................................... A. rangeli

Mancha Sc de tamanho médio, medindo metade ou menos da

mancha negra precedente (Fig. 19)......................................... 11

11 – Segundo segmento tarsal posterior geralmente 20 a 35 por cento

negro (Fig. 23) ......................................................................... 12

Segundo segmento tarsal posterior geralmente de 40 a 55 por

cento negro (Fig. 24) ............................................... A. aquasalis

A. benarrochi

A. galvãoi

12 – Mancha B2 raramente maior, em geral igual ou menor do que a

mancha-negra precedente (Fig. 26) ............................ A. goeldii

Mancha B2 sempre muito maior do que a mancha negra

precedente (Fig. 19) ........................................... A. noroestensis

13 – Quarto segmento tarsal posterior todo branco, terceiro e quintos

brancos, com anel preto basal (Fig. 25) .................... A. rondoni

Tres últimos segmentos tarsais posteriores diferentes ........... 14

14 – Tíbias posteriores escuras com larga faixa clara apical (Figs. 27

e 28) ......................................................................................... 15

Tíbias posteriores diferentes ................................................... 16


Deane, L. M.; Causey, O. R.; Deane, M. P. Chave ilustrada para a

identificação de 35 espécies de anofelinos das regiões nordestina

e amazônica do Brasil pelos caractéres da fêmea...

85

15 – Asas com muitas áreas claras (Fig. 29) ; primeiro segmento tarsal

posterior escuro, com faixa branca basal (Fig. 27) ......... A. gilesi

Asas escuras, com apenas quatro manchas muito pequenas,

castanho-claras: uma na primeira nervura, logo antes da base da

segunda nervura; uma abrangendo a extremidade da nervura costal

e da primeira nervura; duas na franja, no ápice da asa (Fig. 30);

segmentos tarsais inteiramente escuros (Fig. 28) .......... A. eiseni

16 – Escamas da asa formando áreas escuras e claras nítidas e

definidas (Fig. 31) ................................................................... 17

Escamas da asa não formando áreas escuras e claras definidas

(Fig. 32) ................................................................................... 27

17 – Sexta nervura da asa com mais de quatro manchas escuras

(Fig. 31); asas com predominância de escamas escuras ........ 18

Sexta nervura da asa clara, com duas ou três manchas escuras

(Fig. 33); asas com predominância de escamas claras........... 26

18 – Quatro últimos segmentos tarsais posteriores negros, com anéis

brancos sòmente nas articulações (Fig. 34)............................ 19

Quatro últimos segmentos tarsais posteriores com mais áreas

claras (Figs. 45, 46, 48 e 49) ................................................... 22

19 – Segmentos abdominais sem tufos laterais de escamas escuras

(Fig. 35) ................................................................................... 20

Segmentos abdominais com tufos laterais conspícuos de escamas

escuras e salientes (Fig. 36) .................................................... 21

20 – Mosquito de tamanho médio, castanho-acinzentado; asas com

muitas áreas brancas conspícuas (Fig. 31); oitavo tergito

abdominal densamente coberto com escamas brancas (Fig. 35)

.................................................................................. A. peryassui

Mosquito grande e muito escuro; asas escuras, com manchas

castanho-claras definidas mas inconspícuas (Fig. 37); oitavo

tergito abdominal sem escamas brancas (Fig. 38)

....................................................................... A. mattogrossensis


86 Memórias do Instituto Evandro Chagas: Parasitologia

21 – Espécie grande; escamas das asas largas (Fig. 39); cércas muito

salientes, com base larga o ápice estreitado (Fig. 40); primeiro

segmento tarsal posterior escuro, com um estreito anel branco

apical (Fig. 41) .........................................................A. shannoni

Espécie pequena; escamas das asas estreitas (Fig. 42); cércas

normais (Fig. 43); primeiro segmento tarsal posterior escuro,

com muitas manchas claras pequenas (Fig. 34) ........... A. minor

22 – Escamas das asas muito largas, especialmente as da porção basal

(Fig. 44); quinto segmento tarsal posterior inteiramente claro

(Figs. 45 e 46) .......................................................................... 23

Escamas das asas de largura moderada (Figs. 47, 50 e 51); quinto

segmento tarsal posterior com anel preto (Figs. 48 e 49) .... 24

23 – Escamas na porção basal da asa quase redondas (Fig. 44);

primeiro segmento tarsal posterior predominantemente

amarelado, com cinco a sete faixas pretas, quarto segmento

amarelado, com apenas uma faixa preta mais ou menos mediana;

segundo e terceiro segmentos amarelados, com anéis pretos

(Fig. 45) ....................................................... A. mediopunctatus

Escamas na porção basal da asa não tão largas; primeiro segmento

tarsal posterior predominantemente preto com pequenas manchas

ou anéis brancos, quarto segmento com dois anéis pretos (Fig.

46) ......................................................................... A. fluminensis

24 – Asas com tres manchas pretas grandes na margem costal e outra

no ápice (Figs. 47 e 51); mesoepímero sem escamas ............ 25

Asas com duas manchas pretas grandes na margem costal e outra

no ápice (Fig. 50); mesoepímero com um agrupamento de

escamas claras na porção superior (Fig. 52)

..................................................................... A. neomaculipalpus

25 – Mancha preta no ápice da asa muito maior do que a mancha

escura situada entre ela e a terceira grande mancha preta costal

(Fig. 47); quinta e sexta nervuras predominantemente escuras


Deane, L. M.; Causey, O. R.; Deane, M. P. Chave ilustrada para a

identificação de 35 espécies de anofelinos das regiões nordestina

e amazônica do Brasil pelos caractéres da fêmea...

87

(Fig. 47); quarto segmento tarsal posterior com um anel branco,

estreito, em cada extremidade, o resto preto ou com uma mancha

mediana pequena e alva, que não forma anel completo; faixa

preta no quinto segmento, larga (Fig. 48) .......... A. intermedius

Mancha preta no ápice da asa difusa, igual ou menor do que a

mancha escura situada entre ela e a terceira grande mancha preta

costal (Fig. 51); quinta e sexta nervuras predominantemente

claras, com manchas escuras (Fig. 51); quarto segmento tarsal

posterior com um grande anel branco adicional, mediano; quinto

segmento com estreito anel preto (Fig. 49) .......A. punctimacula ∗

26 – As tres grandes manchas escuras da região costal maiores do

que os espaços claros compreendidos entre elas (Fig. 33); fêmures

posteriores sem tufos de escamas salientes (Fig. 53)A. gambiae

As tres maiores manchas escuras da região costal menores do

que as áreas claras compreendidas entre elas (Fig. 54); fêmures

posteriores com tufo conspícuo de escamas longas, estreitas,

pretas e eretas no terço distal (Fig. 55) ............ A. squamifemur

27 – Mosquito pequeno, escuro, delicado; corpo sem escamas;

tegumento do mesonoto castanho escuro, quase preto, com uma

faixa prateada longitudinal mediana, estendendo-se do bordo

anterior ao escutelo (Fig. 56); escutelo simples (Fig. 56); pernas

compridas, inteiramente escuras (Fig. 57) ............................. 28

Mosquito de tamanho médio, robusto e pardacento; mesonoto

sem a faixa mediana prateada, com escamas claras dorsais e com

escamas pretas eretas junto à base das asas (Fig. 58); escutelo

ligeiramente trilobado (Fig. 58); pernas sarapintadas, segundo a

Em alguns exemplares de punctimaculata falta o anel preto no quinto segmento tarsal

posterior; a espécie diferencia-se então de fluminensis e mediopunctatus porque estas duas

últimas têm as escamas das asas muito mais largas e apresentam um agrupamento de escamas

claras na porção superior do mesoepímero; além disto, em mediopunctatus os tarsos

posteriores são predominantemente amarelados, com manchas escuras relativamente

pequenas.


88 Memórias do Instituto Evandro Chagas: Parasitologia

quinto segmentos tarsais posteriores brancos, com faixas pretas

distais (Figs. 59 e 60) .............................................................. 29

28 – Cada margem lateral do mesonoto com uma faixa prateada

longitudinal tão nítida quanto a faixa mediana (Fig. 61); cerdas

brancas do vértice da cabeça longas, ultrapassando a base das

antenas ......................................................................... A. nimbus

A. thomasi

Faixas claras marginais do mesonoto muito menos nítidas do

que a faixa mediana; cerdas do vértice mais curtas .... A. kompi

29 – Asas com escamas escuras e claras misturadas; as escamas

escuras são mais curtas, ovais, largas, com extremidades

arredondadas ou truncadas, enquanto as escamas claras são mais

longas, mais estreitas e lanceoladas (Figs. 62 e 62a); porção preta

do quarto segmento tarsal posterior maior do que a do terceiro;

quinto tarsal posterior quase todo branco com a ponta preta

quando visto de um lado e quase todo preto com a base branca

quando visto do outro lado. (Fig. 59)...... ................ C. bonneae

Tôdas as escamas das asas castanho-escuras, lanceoladas

(Figs. 63 e 63a); faixa preta apical do quarto segmento menor do

que a do terceiro; quinto segmento branco, com pequeno anel

preto no ápice (Fig. 60) ......................................... C. rozeboomi


Deane, L. M.; Causey, O. R.; Deane, M. P. Chave ilustrada para a

identificação de 35 espécies de anofelinos das regiões nordestina

e amazônica do Brasil pelos caractéres da fêmea...

89

SUMÁRIO

Apresenta-se uma chave ilustrada para a identificação das

fêmeas de 35 espécies de anofelinos das regiões nordestina e amazônica

do Brasil, acompanhada de um quadro mencionando caractéres

diferenciais, não citados na chave, para algumas espécies muito

próximas, e de outro quadro com a distribuição geográfica das espécies

nas áreas investigadas.

São feitos comentários sôbre os dois principais

transmissores indígenas de Malária, Anopheles darlingi e Anopheles

aquasalis, o transmissor importado, Anopheles gambiae e dois

transmissores secundários, Anopheles albitarsis e Anopheles pessoai.

REFERÊNCIAS

ANTUNES, P. C. A. – A new Anopheles and a new Goeldia from

Colombia (Diptera-Culicidae). Bull. Ent. Res., 1937, 28: 69.

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Anofelinos do grupo Nyssorhynchus de São Paulo e regiões

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1: 399-484.

AYROZA GALVÃO, A. L. – Contribuição ao conhecimento das

espécies de Myzorrhynchella (Diptera-Culicidae). Arq. Zool. E.

S. Paulo, 1941, 2: 505-576.

AYROZA GALVÃO, A. L. – Chaves para determinação das espécies

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São Paulo, 1943, 8 (19): 141-162.


90 Memórias do Instituto Evandro Chagas: Parasitologia

AYROZA GALVÃO, A. L., DAMASCENO, R. G., e MARQUES, A.

P. – Algumas observações sôbre a biologia dos anofelinos de

importância epidemiológica em Belém, Pará. Arq. Hig. Rio de

Janeiro, 1942, 12.(2): 51-113.

AYROZA GALVÃO, A. L. e LANE, J. – Notas sôbre os Nyssorhynchus

de São Paulo. VII. Estudo sôbre as variedades dêste grupo com a

descrição de Anopheles (Nysssorhynchus) albitarsis Arrib., 1878

var. limai nov. var. An. Fac. Med. Univ. São Paulo, 1937, 13: 211

-238.

CAUSEY, O. R., DEANE, L. M., e DEANE, M. P. – Ecology of

Anopheles gambiae in Brazil. Amer. Jour. Trop. Med., 1943, 23

(1): 73-94.

CAUSEY, O. R., DEANE, L. M., e DEANE, M. P. – Descrição de um

novo anofelino da parte alta do vale do Amazonas, Anopheles

(Nyssorhynchus) galvãoi, n. sp. Rev. Paul. Med., 1942, 23 (6) 293-

296.

CAUSEY, O. R., DEANE, L. M. e DEANE, M. P. – Description of

Chagasia rozeboomi sp.n., a new anophelini from Ceará, Brazil.

J. Nat. Mal. Soc. (em publicação).

CAUSEY, O. R., DEANE, L. M., DEANE, M. P. e SAMPAIO, M. M.

Anopheles (Nyssorhynchus) sawyeri, a new anopheline mosquito

from Ceará, Brazil. Ann. Ent. Soc. Amer., 1943, 36: 11-20.

GABALDON, A., COVA-GARCIA, P., e LOPEZ, J. A. – Anopheles

(Nyssorhynchus) rangeli, una nueva espécie de la sub-serie

Oswaldoi (Diptera Culicidae) de amplia distribución en Venezuela.

Publ. Div. de Malariol., 1940, 5: 9-23.

GABALDON, A., COVA-GARCIA, P., e LOPEZ, J. – Anopheles

(Nyssorhynchus) benarrochi, una nueva espécie de la sub-serie

triannulatus. Publ. Div. Malariol., 1941, 7: 3-24.


Deane, L. M.; Causey, O. R.; Deane, M. P. Chave ilustrada para a

identificação de 35 espécies de anofelinos das regiões nordestina

e amazônica do Brasil pelos caractéres da fêmea...

91

KOMP. W. H. W. – The anopheline mosquitoes of the Caribbean Region.

Nat. Inst. of Health, Bull. 179, 1942.

SHANNON, R. C. – Anophelines of the Amazon valley. Proc. Ent.

Soc. Wash., 1933, 35 (7): 117-43.

SOPER, F. L. e WILSON, D. B. – Anopheles gambiae in Brasil, 1930-

1940. New York, Rockefeller Foundation, 1943, 178 and 224.


92 Memórias do Instituto Evandro Chagas: Parasitologia

Estampa 1

Caractéres mencionados na chave

Fig. 1 – Fêmea adulta de anofelino (Anopheles darlingi).


Deane, L. M.; Causey, O. R.; Deane, M. P. Chave ilustrada para a

identificação de 35 espécies de anofelinos das regiões nordestina

e amazônica do Brasil pelos caractéres da fêmea...

93

Estampa 2

Caractéres mencionados na chave (continuação)


94 Memórias do Instituto Evandro Chagas: Parasitologia

Fig. 2 – Últimos segmentos tarsais posteriores de Anopheles darlingi

Fig. 3 – Últimos segmentos tarsais posteriores de Anopheles aquasalis.

Fig. 4 – Últimos segmentos tarsais posteriores de Anopheles mediopunctatus.

Fig. 5 – Últimos segmentos tarsais posteriores de Anopheles peryassui.

Fig. 6 – Asa de Anopheles darlingi.

Fig. 7 – Asa de Anopheles pessoai.

Fig. 8 – Aspecto dorsal do abdômen de Anopheles darlingi.

Fig. 9 – Asa de Anopheles parvus.

Fig. 10 – Aspecto dorsal do abdômen de Anopheles parvus.

Fig. 11 – Aspecto ventral da porção basal do abdômen de Anopheles albitarsis.

Fig. 12 – Últimos segmentos tarsais posteriores de Anopheles albitarsis.

Fig. 13 – Aspecto ventral da porção basal do abdômen de Anopheles argyritarsis.

Fig. 14 – Últimos segmentos tarsais posteriores de Anopheles argyritarsis.

Fig. 15 – Aspecto dorsal do abdômen de Anopheles albitarsis.

Fig. 16 – Aspecto dorsal do abdômen de Anopheles pessoai.


Deane, L. M.; Causey, O. R.; Deane, M. P. Chave ilustrada para a

identificação de 35 espécies de anofelinos das regiões nordestina

e amazônica do Brasil pelos caractéres da fêmea...

95

Estampa 3

Caractéres mencionados na chave (continuação)

(legenda no verso)


96 Memórias do Instituto Evandro Chagas: Parasitologia

Fig. 17 – Asa de Anopheles triannulatus.

Fig. 18 – Palpo de Anopheles triannulatus.

Fig. 19 – Asa de Anopheles noroestensis.

Fig. 20 – Asa de Anopheles rangeli.

Fig. 21 – Palpos de Anopheles aquasalis.

Fig. 22 – Últimos segmentos tarsais posteriores de Anopheles konderi.

Fig. 23 – Últimos segmentos tarsais posteriores de Anopheles noroestensis.

Fig. 24 – Últimos segmentos tarsais posteriores de Anopheles galvãoi.

Fig. 25 – Últimos segmentos tarsais posteriores de Anopheles rondoni.

Fig. 26 – Porção basal da asa de Anopheles goeldii.

Fig. 27 – Perna posterior de Anopheles gilesi.

Fig. 28 – Perna posterior de Anopheles eiseni.

Fig. 29 – Asa de Anopheles gilesi.

Fig. 30 – Asa de Anopheles eiseni.


Deane, L. M.; Causey, O. R.; Deane, M. P. Chave ilustrada para a

identificação de 35 espécies de anofelinos das regiões nordestina

e amazônica do Brasil pelos caractéres da fêmea...

97

Estampa 4

Caractéres mencionados na chave (continuação)

(legenda no verso)


98 Memórias do Instituto Evandro Chagas: Parasitologia

Fig. 31 – Asa de Anopheles peryassui.

Fig. 32 – Asa de Anopheles nimbus.

Fig. 33 – Asa de Anopheles gambiae.

Fig. 34 – Segmentos tarsais posteriores de Anopheles minor.

Fig. 35 – Aspecto dorsal do abdômen de Anopheles peryassui.

Fig. 36 – Aspecto dorsal do abdômen de Anopheles intermedius.

Fig. 37 – Asa de Anopheles mattogrossensis.

Fig. 38 – Aspecto dorsal da extremidade do abdômen de Anopheles

mattogrossensis.

Fig. 39 – Asa de Anopheles shannoni.

Fig. 40 – Aspecto dorsal da extremidade do abdômen de Anopheles shannoni.

Fig. 41 – Primeiro segmento tarsal posterior de Anopheles shanonni.

Fig. 42 – Asa de Anopheles minor.

Fig. 43 – Aspecto dorsal da extremidade do abdômen de Anopheles minor.


Deane, L. M.; Causey, O. R.; Deane, M. P. Chave ilustrada para a

identificação de 35 espécies de anofelinos das regiões nordestina

e amazônica do Brasil pelos caractéres da fêmea...

99

Estampa 5

Caractéres mencionados na chave (continuação)

(legenda no verso)


100 Memórias do Instituto Evandro Chagas: Parasitologia

Fig. 44 –

Fig. 45 –

Fig. 46 –

Fig. 47 –

Fig. 48 –

Fig. 49 –

Fig. 50 –

Fig. 51 –

Fig. 52 –

Asa de Anopheles mediopunctatus.

Perna posterior de Anopheles mediopunctatus.

Perna posterior de Anopheles fluminensis.

Asa de Anopheles intermedius.

Perna posterior de Anopheles intermedius.

Perna posterior de Anopheles punctimacula.

Asa de Anopheles neomaculipalpus.

Asa de Anopheles punctimaculata.

Vista lateral do tórax de Anopheles neomaculipalpus (esquemático)

para mostrar as escamas na porção superior do mesoepimero.


Deane, L. M.; Causey, O. R.; Deane, M. P. Chave ilustrada para a

identificação de 35 espécies de anofelinos das regiões nordestina

e amazônica do Brasil pelos caractéres da fêmea...

101

Estampa 6

Caractéres mencionados na chave (conclusão)

(legenda no verso)


102 Memórias do Instituto Evandro Chagas: Parasitologia

Fig. 53 – Fêmur posterior de Anopheles gambiae.

Fig. 54 – Asa de Anopheles squamifemur.

Fig. 55 – Fêmur posterior de Anopheles squamifemur.

Fig. 56 – Aspecto dorsal do tórax de Anopheles nimbus.

Fig. 57 – Perna posterior de Anopheles nimbus.

Fig. 58 – Aspecto dorsal do tórax de Chagasia rozeboomi.

Fig. 59 – Perna posterior de Chagasia bonneae.

Fig. 60 – Perna posterior Chagasia rozeboomi.

Fig. 61 – Aspecto dorso-lateral do mesonoto de Anopheles nimbus.

Fig. 62 – Asa de Chagasia bonneae.

Fig. 62a – Escamas da asa de Chagasia bonneae.

Fig. 63 – Asa de Chagasia rozeboomi.

Fig. 63a – Escamas da asa de Chagasia rozeboomi.

NOTA DA TRADUÇÃO

O mosquito aqui referido como Anopheles goeldii foi posto em

sinonímia de Anopheles nuñez-tovari pela Comissão Pan-Americana

de Malária em sua reunião de janeiro de 1947.

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