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CONTRA-CAPA


Direção defensiva

Trânsito seguro é

um direito de todos

MAIO 2005


REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Presidente da República

MINISTÉRIO DAS CIDADES

OLÍVIO DUTRA

Ministro de Estado das Cidades

ERMÍNIA MARICATO

Ministra Adjunta/Secretária Executiva

INÊS DA SILVA MAGALHÃES

Secretário Nacional de Habitação

RAQUEL ROLNIK

Secretária Nacional de Programas Urbanos

ABELARDO DE OLIVEIRA FILHO

Secretário Nacional de Saneamento Ambiental

JOSÉ CARLOS XAVIER

Secretário Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana

JOÃO LUIZ DA SILVA DIAS

Presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos – CBTU

AILTON BRASILIENSE PIRES

Diretor do Departamento Nacional de Trânsito – Denatran

MARCO ARILDO PRATES DA CUNHA

Presidente da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre – Trensurb

Fundação Carlos Chagas

Responsável pelo desenvolvimento dos conteúdos


6 APRESENTAÇÃO

8 INTRODUÇÃO

12 DIREÇÃO DEFENSIVA

14 O VEÍCULO

22 O CONDUTOR

30 VIA DE TRÂNSITO

40 O AMBIENTE

46 OUTRAS REGRAS GERAIS E

IMPORTANTES

52 RESPEITO AO MEIO AMBIENTE E

CONVÍVIO SOCIAL

56 INFRAÇÃO E PENALIDADE

60 RENOVAÇÃO DA CARTEIRA

NACIONAL DE HABILITAÇÃO


APRESENTAÇÃO

Em 23 de setembro de 1997 é promulgada pelo Congresso

Nacional a Lei n o 9.503 que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro,

sancionada pela Presidência da República, entrando em vigor em

22 de janeiro de 1998, estabelecendo, logo em seu artigo primeiro,

aquela que seria a maior de suas diretrizes, qual seja, a de que o

“trânsito seguro é um direito de todos e um dever dos órgãos e

entidades do Sistema Nacional de Trânsito”.

No intuito do aprimoramento da formação do condutor, dados

os alarmantes índices de acidentalidade no trânsito, que hoje

representam 1,5 milhão de ocorrências, com 34 mil mortes e

400 mil feridos por ano, com um custo social estimado em R$ 10

bilhões, o Código de Trânsito Brasileiro trouxe a exigência de

cursos teórico-técnicos e de prática de direção veicular, incluindo

direção defensiva, proteção ao meio ambiente e primeiros

socorros. Estendeu, ainda, essa exigência aos condutores já

habilitados, por ocasião da renovação da Carteira Nacional de

Habilitação (art. 150), de modo a também atualizá-los e

instrumentalizá-los na identificação de situações de risco no

trânsito, estimulando comportamentos seguros, tendo como meta

a redução de acidentes de trânsito no Brasil.

6


Como resultado de amplas discussões no âmbito do Sistema

Nacional de Trânsito, o processo de habilitação foi revisto e

consolidado na Resolução nº 168 do Conselho Nacional de Trânsito

– CONTRAN, que entrará em vigor em 19 de junho de 2005, em

substituição à Resolução nº 50.

Visando à melhora do processo de ensino-aprendizagem nos

cursos de habilitação de condutores, o Ministério das Cidades,

por meio do Denatran, publica o presente material didático sobre

Direção Defensiva.

Esta iniciativa representa uma importante meta do Governo

Lula em relação à Política Nacional de Trânsito, divulgada em

setembro de 2004, tendo como foco o aprimoramento da formação

do condutor brasileiro.

OLÍVIO DE OLIVEIRA DUTRA

Ministro de Estado das Cidades

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente do CONTRAN

7


INTRODUÇÃO

Educando com valores

O trânsito é feito pelas pessoas. E, como nas outras atividades

humanas, quatro princípios são importantes para o relacionamento

e a convivência social no trânsito.

O primeiro deles é a dignidade da pessoa humana, do qual

derivam os Direitos Humanos e os valores e atitudes fundamentais

para o convívio social democrático, como o respeito mútuo e o

repúdio às discriminações de qualquer espécie, atitude necessária

à promoção da justiça.

O segundo princípio é a igualdade de direitos. Todos têm a

possibilidade de exercer a cidadania plenamente e, para isso, é

necessário ter eqüidade, isto é, a necessidade de considerar as

diferenças das pessoas para garantir a igualdade o que, por sua

vez, fundamenta a solidariedade.

Um outro é o da participação, que fundamenta a mobilização

da sociedade para organizar-se em torno dos problemas de trânsito

e de suas conseqüências.

Finalmente, o princípio da co-responsabilidade pela vida social,

que diz respeito à formação de atitudes e ao aprender a valorizar

comportamentos necessários à segurança no trânsito, à efetivação

do direito de mobilidade a todos os cidadãos e a exigir dos governantes

ações de melhoria dos espaços públicos.

8


Comportamentos expressam princípios e valores que a sociedade

constrói e referenda e que cada pessoa toma para si e leva

para o trânsito. Os valores, por sua vez, expressam as contradições

e conflitos entre os segmentos sociais e mesmo entre os papéis

que cada pessoa desempenha. Ser “veloz”, “esperto”, “levar

vantagem” ou “ter o automóvel como status”, são valores presentes

em parte da sociedade. Mas são insustentáveis do ponto de

vista das necessidades da vida coletiva, da saúde e do direito de

todos. É preciso mudar.

Mudar comportamentos para uma vida coletiva com qualidade

e respeito exige uma tomada de consciência das questões em jogo

no convívio social, portanto na convivência no trânsito. É a escolha

dos princípios e dos valores que irá levar a um trânsito mais humano,

harmonioso, mais seguro e mais justo.

9


INTRODUÇÃO

Riscos, perigos e acidentes

Em tudo o que fazemos há uma dose de risco: seja no trabalho,

quando consertamos alguma coisa em casa, brincando, dançando,

praticando um esporte ou mesmo transitando pelas ruas da cidade.

Quando uma situação de risco não é percebida, ou quando

uma pessoa não consegue visualizar o perigo, aumentam as chances

de acontecer um acidente.

Os acidentes de trânsito resultam em danos aos veículos e

suas cargas e geram lesões em pessoas. Nem é preciso dizer que

eles são sempre ruins para todos. Mas você pode ajudar a evitálos

e colaborar para diminuir:

o sofrimento de muitas pessoas, causados por mortes e

ferimentos, inclusive com seqüelas físicas e/ou mentais,

muitas vezes irreparáveis;

prejuízos financeiros, por perda de renda e afastamento

do trabalho;

constrangimentos legais, por inquéritos policiais e

processos judiciais, que podem exigir o pagamento de

indenizações e até mesmo prisão dos responsáveis.

Acidente não

acontece por

acaso, por

obra do

destino, ou

por azar.

10


Custa caro para a sociedade brasileira pagar os prejuízos dos

acidentes: estima-se em 10 bilhões de reais, todos os anos, que

poderiam ser aproveitados, por exemplo, na construção de milhares

de casas populares para melhorar a vida de muitos brasileiros.

Por isso, é fundamental a capacitação dos motoristas para

o comportamento seguro no trânsito, atendendo a diretriz da

“preservação da vida, da saúde e do meio ambiente” da Política

Nacional de Trânsito.

E esta ocasião é uma excelente oportunidade que você tem

para ler com atenção este material didático e conhecer e aprender

como evitar situações de perigo no trânsito, diminuindo as

possibilidades de acidentes.

Estude-a bem. Aprender os conceitos da Direção Defensiva

vai ser bom para você, para seus familiares, para seus amigos e

também para seu país.

11


DIREÇÃO DEFENSIVA

Direção defensiva, ou direção segura, é a melhor maneira de

dirigir e de se comportar no trânsito, porque ajuda a preservar a

vida, a saúde e o meio ambiente. Mas, o que é a direção defensiva?

É a forma de dirigir, que permite a você reconhecer antecipadamente

as situações de perigo e prever o que pode acontecer com você,

com seus acompanhantes, com o seu veículo e com os outros

usuários da via.

12


Para isso, você precisa aprender os conceitos da direção

defensiva e usar este conhecimento com eficiência. Dirigir sempre

com atenção, para poder prever o que fazer com antecedência e

tomar as decisões certas para evitar acidentes.

A primeira coisa a aprender é que acidente não acontece

por acaso, por obra do destino ou por azar. Na grande maioria

dos acidentes, o fator humano está presente, ou seja, cabe aos

condutores e aos pedestres uma boa dose de responsabilidade.

Toda ocorrência trágica, quando previsível, é evitável.

Os riscos e os perigos a que estamos sujeitos no trânsito estão

relacionados com:

Os Veículos;

Os Condutores;

As Vias de Trânsito;

O Ambiente;

O Comportamento das pessoas.

Vamos examinar separadamente os principais

riscos e perigos.

Atravessar a

rua na faixa é

um direito do

pedestre.

Respeite-o.

13


DIREÇÃO O VEÍCULODEFENSIVA

Seu veículo dispõe de equipamentos e sistemas importantes

para evitar situações de perigo que possam levar a acidentes,

como freios, suspensão, sistema de direção, iluminação, pneus

e outros.

Outros equipamentos são destinados a diminuir os impactos

causados em casos de acidentes, como os cintos de segurança, o

“air-bag” e a carroçaria.

Manter esses equipamentos em boas condições é importante

para que eles cumpram suas funções.

Manutenção Periódica e Preventiva

Todos os sistemas e componentes do seu veículo se desgastam

com o uso. O desgaste de um componente pode prejudicar

o funcionamento de outros e comprometer a sua segurança.

Isso pode ser evitado, observando a vida útil e a durabilidade

definida pelos fabricantes para os componentes, dentro de

certas condições de uso.

Para manter seu veículo em condições seguras, crie o hábito

de fazer periodicamente a manutenção preventiva. Ela é

fundamental para minimizar o risco de acidentes de trânsito.

Respeite os prazos e as orientações do manual do proprietário e,

sempre que necessário, use

profissionais habilitados.

Uma manutenção feita em

dia evita quebras, custos

com consertos e, principalmente,

acidentes.

14


Funcionamento do veículo

Você mesmo(a) pode observar o funcionamento de seu

veículo, seja pelas indicações do painel, ou por uma inspeção

visual simples:

Combustível: veja se o indicado no painel é suficiente

para chegar ao destino;

Nível de óleo de freio, do motor e de direção hidráulica:

observe os respectivos reservatórios, conforme manual

do proprietário;

Nível de óleo do sistema de transmissão (câmbio): para

veículos de transmissão automática, veja o nível do

reservatório. Nos demais veículos, procure vazamentos

sob o veículo;

Água do radiador: nos veículos refrigerados a água, veja

o nível do reservatório de água;

Água do sistema limpador de pára-brisa: verifique o

reservatório de água;

Palhetas do limpador de pára-brisa: troque, se estiverem

ressecadas;

Desembaçador dianteiro e traseiro (se existirem):

verifique se estão funcionando corretamente;

Funcionamento dos faróis: verifique visualmente se todos

estão acendendo (luzes baixa e alta);

Regulagem dos faróis: faça através de profissionais

habilitados;

Lanternas dianteiras e traseiras, luzes indicativas de

direção, luz de freio e luz de ré: inspeção visual.

O hábito da

manutenção

preventiva e

periódica

gera

economia e

evita

acidentes de

trânsito.

15


DIREÇÃO O VEÍCULODEFENSIVA

A

estabilidade

do veículo

também está

relacionada

com a

calibragem

correta dos

pneus.

Pneus

Os pneus têm três funções importantes: impulsionar, frear e

manter a dirigibilidade do veículo. Confira sempre:

Calibragem: siga as recomendações do fabricante do

veículo, observando a situação de carga (vazio e carga

máxima). Pneus murchos têm sua vida útil diminuída,

prejudicam a estabilidade, aumentam o consumo de

combustível e reduzem a aderência em piso com água.

■ Desgaste: o pneu deverá ter sulcos de, no mínimo, 1,6

milímetros de profundidade. A função dos sulcos é

permitir o escoamento de água para garantir perfeita

aderência ao piso e a segurança, em caso de piso

molhado.

Deformações na carcaça: veja se os pneus não têm

bolhas ou cortes. Estas deformações podem causar um

estouro ou uma rápida perda de pressão.

Dimensões irregulares: não use pneus de modelo ou

dimensões diferentes das recomendadas pelo fabricante

para não reduzir a estabilidade e desgastar outros

componentes da suspensão.

Você pode identificar outros problemas de pneus com

facilidade. Vibrações do volante indicam possíveis problemas com

o balanceamento das rodas. O veículo puxando

para um dos lados indica um possível

problema com a calibragem dos

pneus ou com o alinhamento da

direção. Tudo isso pode reduzir a

estabilidade e a capacidade de

frenagem do veículo.

16


Não se esqueça que todas estas recomendações também

se aplicam ao pneu sobressalente (estepe), nos veículos em

que ele é exigido.

Cinto de segurança

O cinto de segurança existe para limitar a movimentação dos

ocupantes de um veículo, em casos de acidentes ou numa freada

brusca. Nestes casos, o cinto impede que as pessoas se choquem

com as partes internas do veículo ou sejam lançados para fora

dele, reduzindo assim a gravidade das possíveis lesões.

Para isso, os cintos de segurança devem estar em boas

condições de conservação e todos os ocupantes devem usá-los,

inclusive os passageiros dos bancos traseiros, mesmo as gestantes

e as crianças.

Faça sempre uma inspeção dos cintos:

Veja se os cintos não têm cortes, para não se romperem

numa emergência;

Confira se não existem dobras que impeçam a perfeita

elasticidade;

Teste o travamento para ver se está funcionando

perfeitamente;

Verifique se os cintos dos bancos traseiros estão

disponíveis para utilização dos ocupantes.

Uso correto do cinto:

Ajuste firmemente ao corpo, sem deixar folgas;

A faixa inferior deverá ficar abaixo do abdome, sobretudo

para as gestantes.

17


DIREÇÃO O VEÍCULODEFENSIVA

A faixa transversal deve vir sobre o ombro, atravessando

o peito, sem tocar o pescoço;

Não use presilhas. Elas anulam os efeitos do cinto de

segurança.

Transporte as crianças com até dez anos de idade só no banco

traseiro do veículo, e acomodadas em dispositivo de retenção

afixado ao cinto de segurança do veículo, adequado à sua estatura,

peso e idade.

Alguns veículos não possuem banco traseiro. Excepcionalmente,

e só nestes casos, você poderá transportar crianças

menores de 10 anos no banco dianteiro, utilizando o cinto de

segurança. Dependendo da idade, elas deverão ser colocadas

em cadeiras apropriadas, com a utilização do cinto de segurança.

Se o veículo tiver “air bag” para o passageiro, é recomendável

que você o desligue, enquanto estiver transportando a criança.

O cinto de segurança é de utilização individual. Transportar

criança, no colo, ambos com o mesmo cinto, poderá acarretar

lesões graves e até a morte da criança.

As pessoas, em geral,

não têm a noção exata do

significado do impacto de

uma colisão no trânsito.

Saiba que, segundo as leis da

física, colidir com um poste, ou

com um objeto fixo semelhante, a 80

quilômetros por hora, é o mesmo que cair

de um prédio de 9 andares.

18


Suspensão

A finalidade da suspensão e dos amortecedores é

manter a estabilidade do veículo. Quando gastos, podem

causar a perda de controle do veículo e seu capotamento,

especialmente em curvas e nas frenagens. Verifique

periodicamente o estado de conservação e o funcionamento

deles, usando como base o manual do

fabricante e levando o veículo a pessoal especializado.

Direção

A direção é um dos mais importantes componentes de segurança

do veículo, um dos responsáveis pela dirigibilidade. Folgas no sistema

de direção fazem o veículo “puxar’ para um dos lados, podendo levar

o condutor a perder o seu controle. Ao frear, estes defeitos são

aumentados. Você deve verificar periodicamente o funcionamento

correto da direção e fazer as revisões preventivas nos prazos previstos

no manual do fabricante, com pessoal especializado.

Sistema de Iluminação

O sistema de iluminação de seu veículo é fundamental, tanto

para você enxergar bem o seu trajeto, como para ser visto por

todos os outros usuários da via e assim, garantir a segurança

no trânsito. Sem iluminação, ou com iluminação deficiente, você

poderá ser causa de colisão e de outros acidentes. Confira e

evite as principais ocorrências:

Faróis queimados, em mau estado de conservação ou

desalinhados: reduzem a visibilidade panorâmica e você

não consegue ver tudo o que deveria;

Ver e ser

visto por

todos torna o

trânsito mais

seguro.

19


DIREÇÃO O VEÍCULODEFENSIVA

Lanternas de posição queimadas ou com defeito, à noite

ou em ambientes escurecidos (chuva, penumbra):

comprometem o reconhecimento do seu veículo pelos

demais usuários da via;

Luzes de freio queimadas ou com mau funcionamento

(à noite ou de dia): você freia e isso não é sinalizado

aos outros motoristas. Eles vão ter menos tempo e

distância para frear com segurança;

Luzes indicadoras de direção (pisca-pisca) queimadas

ou com mau funcionamento: impedem que os outros

motoristas compreendam sua manobra e isso pode

causar acidentes.

Verifique periodicamente o estado e o

funcionamento das luzes e lanternas.

Freios

O sistema de freios desgasta-se com o uso do seu veículo

e tem sua eficiência reduzida. Freios gastos exigem maiores

distâncias para frear com segurança e podem causar acidentes.

Os principais componentes do sistema de freios são: sistema

hidráulico, fluido, discos e pastilhas ou lonas, dependendo do tipo

de veículo.

Veja aqui as principais razões de perda de eficiência e como

inspecionar:

Nível de fluido baixo: é só observar o nível do

reservatório;

Vazamento de fluido: observe a existência de manchas

no piso, sob o veículo;

20


Disco e pastilhas gastos: verifique com profissional

habilitado;

Lonas gastas: verifique com profissional habilitado.

Quando você atravessa locais encharcados ou com poças

de água, utilizando veículo com freios a lona, pode ocorrer a perda

de eficiência momentânea do sistema de freios. Observando as

condições do trânsito no local, reduza a velocidade e pise no pedal

de freio algumas vezes para voltar à normalidade.

Nos veículos dotados de sistema ABS (central eletrônica

que recebe sinais provenientes das rodas e que gerencia a

pressão no cilindro e no comando dos freios, evitando o bloqueio

das rodas) verifique, no painel, a luz indicativa de problemas no

funcionamento.

Ao dirigir, evite utilizar tanto as freadas bruscas, como as

desnecessárias, pois isto desgasta mais rapidamente os

componentes do sistema de freios. É só dirigir com atenção,

observando a sinalização, a legislação e as condições do trânsito.

Para frear

com

segurança é

preciso estar

atento.

Mantenha

distância

segura e

freios em

bom estado.

21


O CONDUTOR

Como evitar desgaste físico

relacionado à maneira de sentar e

dirigir

A sua posição correta ao dirigir evita desgaste físico e

contribui para evitar situações de perigo. Siga as orientações:

Dirija com os braços e pernas ligeiramente dobrados,

evitando tensões;

Apóie bem o corpo no assento e no encosto do banco,

o mais próximo possível de um ângulo de 90 graus;

Ajuste o encosto de cabeça de acordo com a altura

dos ocupantes do veículo, de preferência na altura dos

olhos;

Segure o volante com as duas mãos, como os ponteiros

do relógio na posição de 9 horas e 15 minutos. Assim

você enxerga melhor o painel, acessa melhor os

comandos do veículo e, nos veículos com “air bag”,

não impede o seu funcionamento;

Procure manter os calcanhares

apoiados no assoalho do veículo e

evite apoiar os pés nos pedais,

quando não os estiver usando;

Utilize calçados que fiquem bem

fixos aos seus pés, para que você

possa acionar os pedais rapidamente

e com segurança;

Coloque o cinto de segurança, de

maneira que ele se ajuste firmemente

ao seu corpo. A faixa

inferior deve passar pela região do

22


abdome e a faixa transversal passar sobre o peito e

não sobre o pescoço;

Fique em posição que permita enxergar bem as

informações do painel e verifique sempre o funcionamento

de sistemas importantes como, por exemplo, a

temperatura do motor.

Uso correto dos retrovisores

Quanto mais você enxerga o que acontece à sua volta enquanto

dirige, maior a possibilidade de evitar situações de perigo.

Nos veículos com o retrovisor interno, sente-se na posição

correta e ajuste-o numa posição que dê a você uma visão ampla

do vidro traseiro. Não coloque bagagens ou objetos que impeçam

sua visão através do retrovisor interno;

Os retrovisores externos, esquerdo e direito, devem ser

ajustados de maneira que você, sentado na posição de direção,

enxergue o limite traseiro do seu veículo e com isso reduza a

A posição

correta ao

dirigir produz

menos

desgaste

físico e

aumenta a

sua

segurança.

23


O CONDUTOR

possibilidade de “pontos cegos” ou sem alcance visual. Se não

conseguir eliminar esses “pontos cegos”, antes de iniciar uma

manobra, movimente a cabeça ou o corpo para encontrar outros

ângulos de visão pelos espelhos externos, ou através da visão

lateral. Fique atento também aos ruídos dos motores dos outros

veículos e só faça a manobra se estiver seguro de que não vai

causar acidentes.

Concentração

e reflexos

diminuem

muito com o

uso de álcool

e drogas.

Acontece o

mesmo se

você não

dormir ou

dormir mal.

O problema da concentração:

telefones, rádios e outros

mecanismos que diminuem sua

atenção ao dirigir

Como tomamos decisões no trânsito?

Muitas das coisas que fazemos no trânsito são automáticas,

feitas sem que pensemos nelas. Depois que aprendemos a dirigir,

não mais pensamos em todas as coisas que temos que fazer ao

volante. Este automatismo acontece após repetirmos muitas

vezes os mesmos movimentos ou procedimentos.

Isso, no entanto, esconde um problema que está na base

de muitos acidentes. Em condições normais, nosso cérebro leva

alguns décimos de segundo para registrar as imagens que

enxergamos. Isso significa que, por mais atento que você esteja

ao dirigir um veículo, vão existir, num breve espaço de tempo,

situações que você não consegue observar.

Os veículos em movimento mudam constantemente de posição.

Por exemplo, a 80 quilômetros por hora, um carro percorre 22 metros,

em um único segundo. Se acontecer uma emergência, entre perceber

o problema, tomar a decisão de frear, acionar o pedal e o veículo

parar totalmente, vão ser necessários, pelo menos, 44 metros.

24


Se você estiver pouco concentrado ou não puder se concentrar

totalmente na direção, seu tempo normal de reação vai aumentar,

transformando os riscos do trânsito em perigos no trânsito. Alguns

dos fatores que diminuem a sua concentração e retardam os

reflexos:

Consumir bebida alcóolica;

Usar drogas;

Usar medicamento que modifica o comportamento, de

acordo com seu médico;

Ter participado, recentemente, de discussões fortes com

familiares, no trabalho, ou por qualquer outro motivo;

Ficar muito tempo sem dormir, dormir pouco ou dormir

muito mal;

Ingerir alimentos muito pesados, que acarretam

sonolência.

Ingerir bebida alcoólica ou usar drogas, além de reduzir a

concentração, afeta a coordenação motora, muda o comportamento

e diminui o desempenho, limitando a percepção de situações de

perigo e reduzindo a capacidade de ação e reação.

Outros fatores que reduzem a concentração, apesar de muitos

não perceberem isso:

Usar o telefone celular ao dirigir, mesmo que seja vivavoz;

Assistir televisão a bordo ao dirigir;

Ouvir aparelho de som em volume que não permita ouvir

os sons do seu próprio veículo e dos demais;

25


O CONDUTOR

Transportar animais soltos e desacompanhados no

interior do veículo;

Transportar, no interior do veículo, objetos que possam

se deslocar durante o percurso.

Nós não conseguimos manter nossa atenção concentrada

durante o tempo todo enquanto dirigimos. Constantemente somos

levados a pensar em outras coisas, sejam elas importantes ou não.

26


Force a sua concentração no ato de dirigir, acostumando-se a

observar sempre e alternadamente:

As informações no painel do veículo, como velocidade,

combustível, sinais luminosos;

Os espelhos retrovisores;

A movimentação de outros veículos à sua frente, à sua

traseira ou nas laterais;

A movimentação dos pedestres, em especial nas proximidades

dos cruzamentos;

A posição de suas mãos no volante.

O constante aperfeiçoamento

O ato de dirigir apresenta riscos e pode gerar grandes conseqüências,

tanto físicas, como financeiras. Por isso, dirigir exige

aperfeiçoamento e atualização constantes, para a melhoria do

desempenho e dos resultados.

Você dirige um veículo que exige conhecimento e habilidade,

passa por lugares diversos e complexos, nem sempre conhecidos,

onde também circulam outros veículos, pessoas e animais. Por

isso, você tem muita responsabilidade sobre tudo o que faz no

volante.

É muito importante para você, conhecer as regras de

trânsito, a técnica de dirigir com segurança e saber como agir

em situações de risco. Procure sempre revisar e aperfeiçoar

seus conhecimentos sobre tudo isso.

Todas as

nossas

atividades

exigem

aperfeiçoamento

e atualização.

Viver é um

eterno

aprendizado.

27


O CONDUTOR

Dirigindo ciclomotores e

motocicletas

Um grande número de motociclistas precisa alterar

urgentemente sua forma de dirigir. Mudar constantemente de

faixa, ultrapassar pela direita, circular em velocidades incompatíveis

com a segurança, circular entre veículos em movimento

e sem guardar distância segura têm resultado num preocupante

aumento no número de acidentes envolvendo motocicletas em

todo o país. São muitas mortes e ferimentos graves que causam

invalidez permanente e que poderiam ser evitados, simplesmente

com uma direção mais segura. Se você dirige uma motocicleta

ou um ciclomotor, pense nisso e não deixe de seguir as orientações

abaixo:

Regras de segurança para condutores de motocicletas e

ciclomotores:

É obrigatório o uso de capacete de segurança para o

condutor e o passageiro;

É obrigatório o uso de viseiras ou óculos de proteção;

É proibido transportar crianças com menos de 7 anos de

idade;

É obrigatório manter o farol aceso quando em circulação,

de dia ou de noite;

28


As ultrapassagens devem ser feitas sempre pela

esquerda;

A velocidade deve ser compatível com as condições e

circunstâncias do momento, respeitando os limites

fixados pela regulamentação da via;

Não circule entre faixas de tráfego;

Utilize roupas claras, tanto o condutor quanto o passageiro;

Solicite ao “carona” que movimente o corpo da mesma

maneira que o condutor para garantir a estabilidade nas

curvas;

Segure o guidom com as duas mãos.

Regras de segurança para ciclomotores:

O condutor de ciclomotor (veículo de duas rodas,

motorizados, de até 50 cilindradas) deve conduzir este

tipo de veículo pela direita da pista de rolamento,

preferencialmente no centro da faixa mais à direita ou

no bordo direito da pista sempre que não houver

acostamento ou faixa própria a ele destinada;

É proibida a circulação de ciclomotores nas vias de

trânsito rápido e sobre as calçadas das vias urbanas.

Motocicletas

são como os

demais

veículos:

devem

respeitar os

limites de

velocidade,

manter

distância

segura,

ultrapassar

apenas pela

esquerda e

não circular

entre

veículos.

29


VIA DE TRÂNSITO

Via pública é a superfície por onde transitam veículos, pessoas

e animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, a

ilha e o canteiro central. Podem ser urbanas ou rurais (estradas

ou rodovias).

Cada via tem suas características, que devem ser observadas

para diminuir os riscos de acidentes.

Fixação da Velocidade

Você tem a obrigação de dirigir numa velocidade compatível

com as condições da via, respeitando os limites de velocidade

estabelecidos.

Embora os limites de velocidade sejam os que estão nas

placas de sinalização, há determinadas circunstâncias momentâneas

nas condições da via – tráfego, condições do tempo,

obstáculos, aglomeração de pessoas – que exigem que você

reduza a velocidade e redobre sua atenção, para dirigir com

segurança. Quanto maior a velocidade, maior é o risco e mais

30


graves são os acidentes e maior a possibilidade de morte no

trânsito.

O tempo que se ganha utilizando uma velocidade mais elevada

não compensa os riscos e o estresse. Por exemplo, a 80 quilômetros

por hora você percorre uma distância de 50 quilômetros em

37,5 minutos e a 100 quilômetros por hora você vai demorar 30

minutos para percorrer a mesma distância.

Curvas

Ao fazermos uma curva, sentimos o efeito da força centrífuga,

a força que nos “joga” para fora da curva e exige um certo esforço

para não deixar o veículo sair da trajetória. Quanto maior a

velocidade, mais sentimos essa força. Ela pode chegar ao ponto

de tirar o veículo de controle, provocando um capotamento ou a

travessia na pista, com colisão com outros veículos ou atropelamento

de pedestres e ciclistas.

A velocidade máxima permitida numa curva leva em

consideração aspectos geométricos de construção da via. Para sua

segurança e conforto, acredite na sinalização e adote os seguintes

procedimentos:

Diminua a velocidade, com

antecedência, usando o freio

e, se necessário, reduza a

marcha, antes de entrar na

curva e de iniciar o

movimento do volante;

Comece a fazer a curva com

movimentos suaves e contínuos

no volante,

31


VIA DE TRÂNSITO

acelerando gradativamente e respeitando a velocidade

máxima permitida. À medida que a curva for terminando,

retorne o volante à posição inicial, também com

movimentos suaves;

Procure fazer a curva, movimentando o menos que

puder o volante, evitando movimentos bruscos e

oscilações na direção.

Declives

Você percebe que à frente tem um declive

acentuado: antes que a descida comece, teste os

freios e mantenha o câmbio engatado numa marcha

reduzida durante a descida.

Nunca desça com o veículo desengrenado. Porque, em

caso de necessidade, você não vai ter a força do motor para

ajudar a parar ou a reduzir a velocidade e os freios podem não

ser suficientes.

Não desligue o motor nas descidas. Com ele desligado, os

freios não funcionam adequadamente, e o veículo pode atingir

velocidades descontroladas. Além disso, a direção poderá travar,

se você desligar o motor.

Ultrapassagem

Onde há sinalização proibindo a ultrapassagem, não

ultrapasse. A sinalização é a representação da lei e foi

implantada por pessoal técnico que já calculou que naquele

trecho não é possível a ultrapassagem, porque há perigo de

acidente.

32


Nos trechos onde houver sinalização permitindo a

ultrapassagem, ou onde não houver qualquer tipo de sinalização,

só ultrapasse se a faixa do sentido contrário de fluxo

estiver livre e, mesmo assim, só tome a

decisão considerando a potência do

seu veículo e a velocidade

do veículo que vai à

frente.

Nas subidas só ultrapasse

quando já estiver disponível a terceira faixa,

destinada a veículos lentos. Não existindo esta faixa, siga

as mesmas orientações anteriores, mas considere que a potência

exigida do seu veículo vai ser maior que na pista plana.

Para ultrapassar, acione a seta para esquerda, mude de

faixa a uma distância segura do veículo à sua frente e só retorne

à faixa normal de tráfego quando puder enxergar o veículo

ultrapassado pelo retrovisor.

Nos declives, as velocidades de todos os veículos são muito

maiores. Para ultrapassar, tome cuidado adicional com a velocidade

necessária para a ultrapassagem. Lembre-se que você

não pode exceder a velocidade máxima permitida naquele trecho

da via.

Outros veículos podem querer ultrapassá-lo. Não dificulte

a ultrapassagem, mantendo a velocidade do seu veículo ou até

mesmo reduzindo-a ligeiramente.

Estreitamento de pista

Qualquer estreitamento de pista aumenta riscos. Pontes

estreitas ou sem acostamento, obras, desmoronamento de

Não tenha

pressa.

Aguarde uma

condição

permitida e

segura para

fazer a

ultrapassagem.

33


VIA DE TRÂNSITO

barreiras, presença de

objetos na pista, por

exemplo, provocam estreitamentos.

Assim que você

enxergar a sinalização ou

perceber o estreitamento, redobre

sua atenção, reduza a velocidade e a

marcha e, quando for possível a passagem

de apenas um veículo por vez, aguarde o momento

oportuno, alternando a passagem com os outros

veículos que vêm em sentido oposto.

Acostamento

É uma parte da via, mas diferenciada da pista de rolamento,

destinada à parada ou estacionamento de veículos em situação de

emergência, à circulação de pedestres e de bicicletas, neste último

caso, quando não houver local apropriado.

É proibido trafegar com veículos automotores no acostamento,

pois isso pode causar acidentes com outros veículos parados ou

atropelamentos de pedestres ou de ciclistas.

Pode ocorrer em trechos da via um desnivelamento do acostamento

em relação à pista de rolamento, um “degrau” entre um e

34


outro. Nestes casos, você deve redobrar sua atenção. Concentrese

no alinhamento da via e permaneça a uma distância segura do

seu limite, evitando que as rodas caiam no acostamento e isso

possa causar um descontrole do veículo.

Se precisar parar no acostamento, procure um local onde

não haja desnível ou ele esteja reduzido. Se for extremamente

necessário parar, primeiro reduza a velocidade, o mais suavemente

possível para não causar acidente com os veículos que venham

atrás e sinalize com a seta. Após parar o veículo, sinalize com o

triângulo de segurança e o pisca-alerta.

Condições do piso da pista de

rolamento

Ondulações, buracos, elevações, inclinações ou alterações do

tipo de piso podem desestabilizar o veículo e provocar a perda do

controle.

Passar por buracos, depressões ou lombadas pode causar

desequilíbrio em seu veículo, danificar componentes ou ainda fazer

você perder a dirigibilidade. Ainda você pode agravar o problema

se usar incorretamente os freios ou se fizer um movimento brusco

com a direção.

Ao perceber antecipadamente estas

ocorrências na pista, reduza a velocidade,

usando os freios. Mas, evite acioná-los

durante a passagem pelos buracos,

depressões e lombadas, porque isso vai

aumentar o desequilíbrio de todo o conjunto.

É proibido e

perigoso

trafegar pelo

acostamento.

Ele se destina

a paradas de

emergência e

ao tráfego de

pedestres e

ciclistas.

35


VIA DE TRÂNSITO

Trechos escorregadios

O atrito do pneu com o solo é reduzido pela presença

de água, óleo, barro, areia ou outros líquidos

ou materiais na pista e essa perda de aderência

pode causar derrapagens e descontrole do

veículo.

Fique sempre atento ao estado do

pavimento da via e procure adequar sua velocidade

a essa situação. Evite mudanças

abruptas de velocidade e frenagens bruscas,

que tornam mais difícil o controle do veículo

nessas condições.

Sinalização

A sinalização é um sistema de comunicação para ajudar você

a dirigir com segurança. As várias formas de sinalização mostram

o que é permitido e o que é proibido fazer, advertem sobre

perigos na via e também indicam direções a seguir e

pontos de interesse.

A sinalização é projetada com base na

engenharia e no comportamento humano,

independentemente das habilidades

individuais do condutor e do estado particular

de conservação do veículo. Por essa razão,

você deve respeitar sempre a sinalização e

adequar o seu comportamento aos limites de

seu veículo.

36


Calçadas ou Passeios Públicos

As calçadas são para o uso exclusivo de

pedestres e só podem ser utilizadas pelos

veículos para acesso a lotes ou garagens.

Mesmo nestes casos, o tráfego

de veículos sobre a calçada deve

ser feito com muitos cuidados, para

não ocasionar atropelamento de

pedestres.

A parada ou estacionamento de

veículos sobre as calçadas retira o espaço

próprio do pedestre, levando-o a transitar

na pista de rolamento, onde evidentemente corre o perigo de ser

atropelado.

Por essa razão, é proibida a circulação, parada ou estacionamento

de veículos automotores nas calçadas.

Você também deve ficar atento em vias sem calçadas, ou

quando elas estiverem em construção ou deterioradas, forçando

o pedestre a caminhar na pista de rolamento.

As calçadas

ou passeios

públicos são

espaços do

pedestre.

37


VIA DE TRÂNSITO

Árvores/vegetação

Árvores e vegetação nos canteiros centrais de avenidas ou

nas calçadas podem esconder placas de sinalização. Por não

ver essas placas, os motoristas podem ser induzidos a fazer

manobras que tragam perigo de colisões entre veículos ou do

atropelamento de pedestres e de ciclistas.

Ao notar árvores ou vegetação que possam estar encobrindo

a sinalização, redobre sua atenção, até reduzindo a velocidade,

para poder identificar restrições de circulação e com isso evitar

acidentes.

Cruzamentos entre vias

Em um cruzamento, a circulação de veículos e de pessoas

se altera a todo instante. Quanto mais movimentado, mais

conflito haverá entre veículos, pedestres e ciclistas, aumentando

os riscos de colisões e atropelamentos.

É muito comum, também, a presença de equipamentos

como “orelhões”, postes, lixeiras, banca de jornais e até mesmo

cavaletes com propagandas, junto às esquinas, reduzindo ainda

mais a percepção dos movimentos de pessoas e veículos.

Assim, ao se aproximar de um cruzamento, independentemente

de existir algum tipo de sinalização, você deve redobrar

a atenção e reduzir a velocidade do veículo.

Lembre-se sempre de algumas regras básicas:

Se não houver sinalização, a preferência de passagem é

do veículo que se aproxima do cruzamento pela direita;

38


Se houver a placa PARE, no seu sentido de direção,

você deve parar, observar se é possível atravessar e

só aí movimentar o veículo;

Numa rotatória, a preferência de passagem é do veículo

que já estiver circulando na mesma;

Havendo sinalização por semáforo, o condutor deverá

fazer a passagem com a luz verde. Sob a luz amarela

você deverá reduzir a marcha e parar. Com a luz amarela,

você só deverá fazer a travessia se já tiver entrado no

cruzamento ou se esta condição for a mais segura para

impedir que o veículo que vem atrás colida com o seu.

Nos cruzamentos com semáforos, você deve observar

apenas o foco de luz que controla o tráfego da via em que você

está e aguardar o sinal verde antes de movimentar seu veículo,

mesmo que outros veículos, ao seu lado, se movimentem.

Cruzamentos

são áreas de

risco no

trânsito.

Reduza a

velocidade e

respeite a

sinalização.

39


O AMBIENTE

Algumas condições climáticas e naturais afetam as condições

de segurança do trânsito. Sob estas condições, você deverá adotar

atitudes que garantam a sua segurança e a dos demais usuários

da via

Chuva

A chuva reduz a visibilidade de todos, deixa a pista molhada

e escorregadia e pode criar poças de água se o piso da pista for

irregular, não tiver inclinação favorável ao escoamento de água,

ou se estiver com buracos.

É bom ficar alerta desde o início da chuva, quando a pista,

geralmente, fica mais escorregadia, devido à presença de óleo,

areia ou impurezas.

E, tomar ainda mais cuidado, no caso de

chuvas intensas, quando a visibilidade é ainda

mais reduzida e a pista é recoberta por uma

lâmina de água podendo aparecer muito mais

poças.

Nesta situação, redobre sua atenção,

acione a luz baixa do farol, aumente a distância

do veículo à sua frente e reduza a velocidade

até sentir conforto e segurança. Evite pisar no

freio de maneira brusca, para não travar as rodas e não deixar o

veículo derrapar, pela perda de aderência. Se o seu veículo tem

freios ABS (que não deixa travar as rodas), aplique a força no

pedal mantendo-o pressionado até o seu controle total.

No caso de chuvas de granizo (chuva de pedra), o melhor a

fazer é parar o veículo em local seguro e aguardar o seu fim. Ela

não dura muito nestas circunstâncias.

40


Ter os limpadores de pára-brisa sempre em bom estado, o

desembaçador e o sistema de sinalização do veículo funcionando

perfeitamente aumentam as suas condições de segurança e o

seu conforto nestas ocasiões.

O estado de conservação dos pneus e a profundidade dos seus

sulcos são muito importantes para evitar a perda de aderência na

chuva.

Aquaplanagem ou hidroplanagem

Com água na pista, pode ocorrer a aquaplanagem, que é a

perda da aderência do pneu com o solo. É quando o veículo

flutua na água e você perde totalmente o controle sobre ele. A

aquaplanagem pode acontecer com qualquer tipo de veículo e

em qualquer piso.

Piso molhado

reduz a

aderência

dos pneus.

Velocidade

reduzida e

pneus em

bom estado

evitam

acidentes.

Para evitar esta situação de perigo, você deve observar com

atenção a presença de poças de água sobre a pista, mesmo não

havendo chuva, e reduzir a velocidade utilizando os freios, antes

de entrar na região empoçada. Na chuva, aumenta a

possibilidade de perda de aderência. Neste caso,

reduza a velocidade e aumente a distância

do veículo à sua frente.

Quando o veículo estiver sobre

poças de água, não é recomendável a

utilização dos freios. Segure a direção

com força para manter o controle de

seu veículo.

O estado de conservação dos pneus

e a profundidade de seus sulcos são igualmente importantes

para evitar a perda de aderência.

41


O AMBIENTE

Sob neblina,

reduza a

velocidade e

use a luz

baixa do

farol.

Neblina ou cerração

Sob neblina ou cerração, você deve imediatamente

acender a luz baixa do farol (e o

farol de neblina se tiver), aumentar a

distância do veículo à sua frente e reduzir

a sua velocidade, até sentir mais segurança

e conforto. Não use o farol alto porque ele

reflete a luz nas partículas de água, e reduz ainda

mais a visibilidade.

Lembre-se que nestas condições o pavimento fica úmido e

escorregadio, reduzindo a aderência dos pneus.

Caso sinta muita dificuldade em continuar trafegando, pare

em local seguro, como um posto de abastecimento. Em virtude

da pouca visibilidade, na neblina, geralmente não é seguro parar

no acostamento. Use o acostamento somente em caso extremo

e de emergência e utilize, nestes casos, o pisca-alerta.

Vento

Ventos muito fortes, ao atingir seu veículo em movimento,

podem deslocá-lo ocasionando a perda de estabilidade e o

descontrole, que podem ser causa de colisões com outros

veículos ou mesmo capotamentos.

Há trechos de rodovias onde são freqüentes os

ventos fortes. Acostume-se a observar o

movimento da vegetação às margens da

via. É uma boa orientação para

identificar a força do vento. Em

alguns casos, estes trechos

encontram-se sinalizados. Notando

42


movimentos fortes da vegetação ou

vendo a sinalização correspondente,

reduza a velocidade para não ser

surpreendido e para manter a

estabilidade.

Os ventos também podem

ser gerados pelo deslocamento

de ar de outros veículos maiores

em velocidade, no mesmo

sentido ou no sentido contrário

de tráfego ou até mesmo na saída de túneis. A velocidade deverá

ser reduzida, adequando-se a marcha do motor para diminuir a

probabilidade de desestabilização do veículo.

Fumaça proveniente de queimadas

A fumaça produzida pelas queimadas nos terrenos à margem

da via provoca redução da visibilidade. Além disso, a fuligem

proveniente da queimada pode reduzir a aderência do piso.

Nos casos de queimadas, redobre sua atenção e reduza a

velocidade. Ligue a luz baixa do farol e, depois que entrar na

fumaça, não pare o veículo na pista, já que com a falta

de visibilidade, os outros motoristas podem não

vê-lo parado na pista.

Condição de luz

A falta ou o excesso de luminosidade

podem aumentar os riscos no trânsito. Ver

e ser visto é uma regra básica para a direção

segura. Confira como agir:

43


O AMBIENTE

Mantenha

faróis

regulados e

utilize-os de

forma

correta.

Torne o

trânsito

seguro em

qualquer

lugar ou

circunstância.

Farol Alto ou Farol Baixo Desregulado

A luz baixa do farol deve ser utilizada obrigatoriamente à noite,

mesmo em vias com iluminação pública. A iluminação do veículo

à noite, ou em situações de escuridão, por chuva ou em túneis,

permite aos outros condutores, e especialmente aos pedestres e

aos ciclistas, observarem com antecedência o movimento dos

veículos e com isso, se protegerem melhor.

Usar o farol alto ou o farol baixo desregulado ao cruzar com

outro veículo, pode ofuscar a visão do outro motorista. Por isso,

mantenha sempre os faróis regulados e, ao cruzar com outro

veículo, acione com antecedência a luz baixa.

Quando ficamos de frente a um farol alto ou um farol desregulado,

perdemos momentaneamente a visão (ofuscamento).

Nesta situação, procure desviar sua visão para uma referência

na faixa à direita da pista.

Quando a luz do farol do veículo que vem atrás refletir no

retrovisor interno, ajuste-o para desviar o facho de luz. A maioria

dos veículos tem este dispositivo. Verifique o manual do

proprietário.

Recomenda-se o uso da luz baixa do veículo, mesmo durante

o dia, nas rodovias. No caso das motocicletas, ciclomotores e do

transporte coletivo de passageiros, estes últimos quando trafegarem

em faixa própria, o uso da luz baixa do farol é obrigatória.

Penumbra (ausência de luz)

A penumbra (lusco-fusco), é uma ocorrência freqüente na

passagem do final da tarde para o início da noite ou do final da

madrugada para o nascer do dia ou ainda, quando o céu está

nublado ou se chove com intensidade.

44


Sob estas condições, tão importante quanto ver, é também

ser visto. Ao menor sinal de iluminação precária acenda o farol

baixo.

Inclinação da Luz Solar

No início da manhã ou no final da

tarde, a luz do sol “bate na cara”. O

sol, devido à sua inclinação, pode

causar ofuscamento, reduzindo

sua visão. Nem é preciso dizer

que isso representa perigo de

acidentes. Procure programar sua

viagem para evitar estas condições.

O ofuscamento pode acontecer também pelo reflexo do sol

em alguns objetos polidos, como garrafas, latas ou pára-brisas.

Em todas estas condições, reduza a velocidade do veículo,

utilize o quebra-sol (pala de proteção interna) ou até mesmo

um óculos protetor (óculos de sol) e procure observar uma

referência do lado direito da pista.

O ofuscamento também poderá acontecer com os

motoristas que vêm em sentido contrário, quando são eles que

têm o sol pela frente. Neste caso, redobre sua atenção, reduza

a velocidade para seu maior conforto e segurança e acenda o

farol baixo para garantir que você seja visto por eles.

Nos cruzamentos com semáforos, o sol, ao incidir contra os

focos luminosos, pode impedir que você identifique corretamente

a sinalização. Nestes casos, reduza a velocidade e redobre a

atenção, até que tenha certeza da indicação do semáforo.

45


OUTRAS REGRAS GERAIS E

IMPORTANTES

Antes de colocar seu veículo em movimento, verifique as

condições de funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório,

como cintos de segurança, encosto de cabeça, extintor de incêndio,

triângulo de segurança, pneu sobressalente, limpador de pára-brisa,

sistema de iluminação e buzina, além de observar se o combustível

é suficiente para chegar ao seu local de destino.

Tenha, a todo o momento, domínio de seu veículo,

dirigindo-o com atenção e com os cuidados indispensáveis

à segurança do trânsito.

Dê preferência de passagem aos veículos que se deslocam

sobre trilhos, respeitadas as normas de circulação.

Ao dirigir um veículo de maior porte, tome todo o cuidado e

seja responsável pela segurança dos veículos menores, pelos

não motorizados e pela segurança dos pedestres.

Reduza a velocidade quando for ultrapassar um veículo de

transporte coletivo (ônibus) que esteja parado efetuando o embarque

ou desembarque de passageiros

46


Aguarde uma oportunidade segura e permitida

pela sinalização para fazer uma ultrapassagem,

quando estiver dirigindo em vias

com duplo sentido de direção e

pista única, nos trechos em

curvas e em aclives. Não

ultrapasse veículos em

pontes, viadutos e nas

travessias de pedestres,

exceto se houver sinalização que

permita.

Numa rodovia, para fazer uma conversão à esquerda ou um

retorno, aguarde uma oportunidade segura no acostamento. Nas

rodovias sem acostamento, siga a sinalização indicativa de

permissão.

Não freie bruscamente o

seu veículo, exceto por razões

de segurança.

Não pare seu veículo

nos cruzamentos, bloqueando

a passagem de outros

Veículos de

maior porte

são

responsáveis

pela

segurança

dos veículos

menores.

47


OUTRAS REGRAS GERAIS E

IMPORTANTES

veículos. Nem mesmo se você

estiver na via preferencial e com

o semáforo verde para você.

Aguarde , antes do cruzamento,

o trânsito fluir e vagar um espaço

no trecho de via à frente.

Use a sinalização de advertência (triângulo de

segurança) e o pisca-alerta quando precisar parar temporariamente

o veículo na pista de rolamento.

Em locais onde o estacionamento é proibido, você deverá

parar apenas durante o tempo suficiente para o embarque ou

desembarque de passageiros. Isso, desde que a parada não

venha a interromper o fluxo de veículos ou a

locomoção de pedestres.

Não abra a porta nem a

deixe aberta, sem ter a

certeza que isso não vai

trazer perigo para você ou

para os outros usuários da

48


via. Cuide para que os seus passageiros não abram ou

deixem abertas as portas do veículo.

O embarque e o desembarque devem ocorrer

sempre do lado da calçada, exceto no caso do

condutor.

Mantenha a atenção ao dirigir, mesmo em vias

com tráfego denso e com baixa velocidade, observando atentamente

o movimento de veículos, pedestres e ciclistas, devido à

possibilidade da travessia de pedestres fora da faixa e

a aproximação excessiva de outros veículos, que

podem acarretar acidentes.

Estas situações ocorrem em horários préestabelecidos,

conhecidos como “horários de pico”.

São os horários de entrada e saída de trabalhadores

e acesso a escolas, sobretudo em pólos geradores de

tráfego, como “shopping centers”, supermercados, praças

esportivas, etc.

Mantenha uma distância segura do veículo da frente. Uma

boa distância permite que você tenha tempo de reagir e acionar

os freios diante de uma situação de emergência e haja tempo

49


OUTRAS REGRAS GERAIS E

IMPORTANTES

também para que o veículo, uma vez freado, pare antes de colidir.

Em condições normais da pista e do clima, o tempo necessário

para manter a distância segura é de, aproximadamente, dois

segundos.

Existe uma regra simples – regra dos dois segundos – que

pode ajudar você a manter a distância segura do veículo da

frente:

1. Escolha um ponto fixo à margem da via;

2. Quando o veículo que vai à sua frente passar pelo ponto

fixo, comece a contar;

50


3. Conte dois segundos pausadamente. Uma maneira fácil

é contar seis palavras em seqüência “cinqüenta e um,

cinqüenta e dois”.

4. A distância entre o seu veículo e o que vai à frente vai

ser segura se o seu veículo passar pelo ponto fixo após

a contagem de dois segundos.

5. Caso contrário, reduza a velocidade e faça nova

contagem. Repita até estabelecer a distância segura.

Evite

colisões,

mantendo

distância

segura.

Para veículos com mais de 6 metros de comprimento ou

sob chuva, aumente o tempo de contagem: “cinqüenta e um,

cinqüenta e dois, cinqüenta e três”.

51


RESPEITO AO MEIO AMBIENTE

E CONVÍVIO SOCIAL

Preservar o

meio

ambiente é

um dever de

toda a

sociedade.

Poluição veicular e poluição sonora

A poluição do ar nas cidades é hoje uma das mais graves

ameaças à nossa qualidade de vida. Os principais causadores

da poluição do ar são os veículos automotores. Os gases que

saem do escapamento contêm monóxido de carbono, óxidos

de nitrogênio, hidrocarbonetos, óxidos de enxofre e material

particulado (fumaça preta).

A quantidade desses gases depende do tipo e da qualidade

do combustível e do tipo e da regulagem do motor. Quanto melhor

é a queima do combustível, ou melhor dizendo, quanto melhor

regulado estiver seu veículo, menor será a poluição.

A presença desses gases na atmosfera não é só um

problema para cada uma das pessoas, é um problema para toda

a coletividade de nosso planeta.

O monóxido de carbono não tem cheiro, não tem gosto e é

incolor, sendo difícil sua identificação pelas pessoas. Mas é

extremamente tóxico e causa tonturas, vertigens, alterações no

sistema nervoso central e pode ser fatal, em altas doses, em

ambientes fechados.

O dióxido de enxofre, presente na combustão do diesel, provoca

coriza, catarro e danos irreversíveis aos pulmões e também pode

ser fatal, em doses altas.

Os hidrocarbonetos, produtos da queima incompleta dos

combustíveis (álcool, gasolina ou diesel), são responsáveis pelo

aumento da incidência de câncer no pulmão, provocam irritação

nos olhos, no nariz, na pele e no aparelho respiratório.

A fuligem, que é composta por partículas sólidas e líquidas,

fica suspensa na atmosfera e pode atingir o pulmão das pessoas

52


e agravar quadros alérgicos de asma e bronquite, irritação de

nariz e garganta e facilitar a propagação de infecções gripais.

A poluição sonora provoca muitos efeitos negativos. Os

principais são: distúrbios do sono, estresse, perda da capacidade

auditiva, surdez, dores de cabeça, distúrbios digestivos, perda

de concentração, aumento do batimento cardíaco e alergias.

Preservar o meio ambiente é uma necessidade de toda a

sociedade, para a qual todos devem contribuir. Alguns procedimentos

contribuem para a redução da poluição atmosférica e

da poluição sonora:

Regule e faça a manutenção periódica do seu motor;

Calibre periodicamente os pneus;

Não carregue excesso de peso;

Troque de marcha na rotação correta do motor;

Evite reduções constantes de marcha, acelerações

bruscas e freadas excessivas;

Desligue o motor numa parada prolongada;

Não acelere quando o veículo estiver em ponto morto

ou parado no trânsito;

Mantenha o escapamento e o silencioso em boas

condições;

Faça a manutenção periódica do equipamento

destinado a reduzir os poluentes – catalizador (nos

veículos em que é previsto).

53


RESPEITO AO MEIO AMBIENTE

E CONVÍVIO SOCIAL

Você e o meio ambiente

A sujeira jogada na via pública ou nas

margens das rodovias estimula a proliferação

de insetos e de roedores, o que

favorece a transmissão de doenças

contagiosas. Outros materiais jogados no

meio ambiente, como latas e garrafas

plásticas levam muito tempo para serem

absorvidos pela natureza. Custa muito caro

para a sociedade manter limpos os espaços

públicos e recuperar a natureza afetada. Por isso:

Mantenha sempre sacos de lixo dentro do veículo. Não

jogue lixo na via, nos terrenos baldios ou na vegetação

à margem das rodovias;

Entulhos devem ser transportados para locais próprios.

Não jogue entulho nas vias e suas margens;

Em caso de acidente com transporte de produtos

perigosos (químicos, inflamáveis, tóxicos), procure

isolar a área e impedir que eles atinjam rios, mananciais

e a flora;

Faça a manutenção, conservação e limpeza do veículo

em local próprio. Não derrame óleo ou descarte

materiais na via e nos espaços públicos;

Ao observar situações que agridam a natureza, sujem

os espaços públicos ou que também possam causar

riscos para o trânsito, solicite ou colabore na sua

remoção ou limpeza.

O espaço público é de todos, faça a sua parte mantendoo

limpo e conservado.

54


Você e sua relação com o outro

Na Introdução, falamos sobre o

relacionamento das pessoas no

trânsito. Para melhorar

o convívio e a qualidade

de vida, existem

alguns princípios

que devem ser a

base das nossas relações no trânsito:

Dignidade da pessoa humana

Princípio universal do qual derivam os Direitos Humanos e

os valores e atitudes fundamentais para o convívio social

democrático.

Igualdade de direitos

É a possibilidade de exercer a cidadania plenamente através

da eqüidade, isto é, a necessidade de considerar as diferenças

das pessoas para garantir a igualdade, fundamentando a

solidariedade.

Participação

É o princípio que fundamenta a mobilização das pessoas

para organizar-se em torno dos problemas de trânsito e suas

conseqüências para a sociedade.

Co-responsabilidade pela vida social

Valorizar comportamentos necessários à segurança no

trânsito e à efetivação do direito de mobilidade a todos os

cidadãos. Tanto o Governo quanto a população têm sua parcela

de contribuição para um trânsito melhor e mais seguro. Faça a

sua parte.

O respeito à

pessoa

humana e a

convivência

solidária

tornam o

trânsito mais

seguro.

55


INFRAÇÃO E

PENALIDADE

Quando um motorista não cumpre qualquer item da legislação

de trânsito ele está cometendo uma infração, e fica sujeito às

penalidades previstas na Lei.

As infrações de trânsito normalmente geram também riscos

de acidentes. Por exemplo: Não respeitar o sinal vermelho num

cruzamento pode causar uma colisão entre veículos, ou

atropelamento de pedestres ou de ciclistas.

As infrações de trânsito são classificadas, pela sua gravidade

em LEVES, MÉDIAS, GRAVES e GRAVÍSSIMAS.

Penalidades e Medidas

Administrativas

Toda infração é passível de uma penalização. Uma multa,

por exemplo. Algumas infrações, além da penalidade podem ter

uma conseqüência administrativa, ou seja, o agente de trânsito

deverá adotar “medidas administrativas”, cujo objetivo é impedir

que o condutor continue dirigindo em condições irregulares.

56


As medidas administrativas são:

Retenção do veículo;

Remoção do veículo;

Recolhimento do documento de habilitação (CNH ou

Permissão para Dirigir);

Recolhimento do certificado de licenciamento;

Transbordo do excesso de carga.

As penalidades são as seguintes:

Advertência por escrito;

Multa;

Suspensão do direito de dirigir;

Apreensão do veículo;

Cassação do documento de habilitação;

Freqüência obrigatória em curso de reciclagem.

Por exemplo, dirigir com velocidade superior à máxima

permitida, em mais de 20%, em rodovias, tem como conseqüência,

além das penalidades (multa e suspensão do direito de dirigir),

também o recolhimento do documento de habilitação (medida

administrativa).

Infringir as

leis de

trânsito

também é

um fator de

risco de

acidente.

Valores e pontuação de multas

Gravidade Valor Pontos

Leve R$ 53,20 3

Média R$ 85,13 4

Grave R$ 127,69 5

Gravíssima R$ 191,54 7

57


INFRAÇÃO E

PENALIDADE

Se você atingir 20 pontos vai ter sua Carteira Nacional de

Habilitação suspensa, de um mês a um ano, a critério da autoridade

de trânsito. Para contagem dos pontos, é considerada a soma das

infrações cometidas no último ano, a contar regressivamente da

data da última penalidade recebida.

Para algumas infrações, em razão da sua gravidade e

conseqüências, a multa poderá ser multiplicada em 3 ou até

mesmo 5 vezes.

Recursos

Após uma infração ser registrada pelo órgão

de trânsito, a NOTIFICAÇÃO DA AUTUAÇÃO

será encaminhada ao

endereço do proprietário

do veículo. A partir

daí, o proprietário

poderá indicar o

condutor que dirigia o

veículo e também

encaminhar recurso da autuação ao órgão de trânsito.

A partir da NOTIFICAÇÃO DA PENALIDADE, o proprietário

do veículo poderá recorrer à Junta Administrativa de Recursos

de Infrações – JARI. Caso o recurso seja indeferido, poderá,

ainda, recorrer ao Conselho Estadual de Trânsito – CETRAN (no

caso do Distrito Federal ao CONTRANDIFE) e em alguns casos

específicos ao CONTRAN, para avaliação do recurso em segunda

e última instância.

58


Crime de Trânsito

Classificam-se as infrações descritas no CTB, em

administrativas, civis e penais. As infrações penais, resultantes

de ação delituosa, estão sujeitas às regras gerais do Código Penal

e seu processamento pelo Código de Processo Penal. O infrator,

além das penalidades impostas administrativamente pela

autoridade de trânsito, será submetido ao processo judicial, que,

julgado culpado, a pena poderá ser prestação de serviços à

comunidade, multa, suspensão do direito de dirigir e até detenção.

Casos mais freqüentes, compreendem o dirigir sem

habilitação, alcoolizado ou trafegar em velocidade incompatível

com a segurança da via, nas proximidades de escolas, gerando

perigo de dano, cuja pena poderá ser de detenção de seis meses

a um ano, além de eventual ajuizamento de ação civil para

reparar prejuízos a terceiros.

59


RENOVAÇÃO DA CARTEIRA

NACIONAL DE HABILITAÇÃO

O artigo 150 do Código de Trânsito Brasileiro exige que todo

condutor que não tenha curso de direção defensiva e primeiros

socorros, deverá a eles ser submetido, cabendo ao Conselho

Nacional de Trânsito – CONTRAN a sua regulamentação.

Por meio da Resolução CONTRAN nº 168, de 14 de dezembro

de 2004, em vigor a partir de 19 de junho de 2005, são

estabelecidos os currículos, a carga horária e a forma de

cumprimento ao disposto no referido artigo 150, existindo três

formas possíveis de cumprimento ao disposto na Lei:

Realização do Curso com presença em sala de aula

O condutor deverá participar de curso oferecido pelo órgão

executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal (Detran),

ou por entidades por ele credenciadas, obrigando-se a freqüentar

de forma integral 15 horas de aula, sendo 10 horas relativas a

direção defensiva e 5 horas relativas a primeiros socorros. O

fornecimento do certificado de participação com a freqüência

de comparecimento de 100% das aulas poderá ser suficiente

para o cumprimento da exigência legal.

Realização de Curso à Distância – modalidade Ensino

a Distância (EAD)

Curso oferecido pelo órgão executivo de trânsito dos Estados

ou do Distrito Federal (Detran) ou por entidades especializadas

por ele credenciadas, conforme regulamentação específica,

devidamente homologadas pelo Denatran, com os requisitos

mínimos estabelecidos no Anexo IV da Resolução 168.

60


Validação de Estudo – forma autodidata

O condutor poderá estudar sozinho, por meio de material

didático contendo os conteúdos de direção defensiva e de

primeiros socorros.

Os condutores que participem de cursos a distância ou que

estudem na forma autodidata deverão se submeter a um exame

a ser realizado pelo órgão executivo de trânsito dos Estados ou

do Distrito Federal (Detran), com prova de 30 questões, sendo

exigido o aproveitamento de no mínimo 70% para aprovação.

Os condutores que já tenham realizado cursos de direção

defensiva e de primeiros socorros em órgãos ou instituições

oficialmente reconhecidas, poderão aproveitar esses cursos,

desde que o condutor apresente a documentação comprobatória.

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