C2PC - Ensaio projetual sobre um Centro Comunitário de Cultura Contemporânea no Centro Histórico de João Pessoa
Trabalho de Conclusão de Curso em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Paraíba defendido em 2022. Autor: João Luiz Carolino de Luna. Orientador: Carlos A. Nome. "Foram analisadas práticas excludentes na distribuição de equipamentos culturais públicos em João Pessoa. Mostrou-se submetida ao interesse de um mercado turístico, associada a escolhas de locais com baixa acessibilidade, ao desenvolvimento espraiado e a processos envolvendo expulsão de comunidades locais. O Centro Histórico, além de concentrar uma importância simbólica, apresenta manifestações culturais que ocupam espaços livres públicos, são nesses espaços que toma-se consciência da capacidade da ação coletiva na revolução da vida cotidiana. A cultura como instrumento de luta pelo direito à cidade motiva este ensaio de um espaço catalisador na produção de novas utopias, um centro comunitário de cultura contemporânea no Centro histórico da cidade."
Trabalho de Conclusão de Curso em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Paraíba defendido em 2022. Autor: João Luiz Carolino de Luna. Orientador: Carlos A. Nome.
"Foram analisadas práticas excludentes na distribuição de equipamentos culturais públicos em João Pessoa. Mostrou-se submetida ao interesse de um mercado turístico, associada a escolhas de locais com baixa acessibilidade, ao desenvolvimento espraiado e a processos envolvendo expulsão de comunidades locais. O Centro Histórico, além de concentrar uma importância simbólica, apresenta manifestações culturais que ocupam espaços livres públicos, são nesses espaços que toma-se consciência da capacidade da ação coletiva na revolução da vida cotidiana. A cultura como instrumento de luta pelo direito à cidade motiva este ensaio de um espaço catalisador na produção de novas utopias, um centro comunitário de cultura contemporânea no Centro histórico da cidade."
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
“backup” de sua consciência para que possam viver o post mortem
numa realidade virtual com avatares jovens de suas autoimagens. O
enredo do episódio ilustra o imaginário coletivo de que se tem de
que a tecnologia pode retardar o processo de envelhecimento (seja
de forma cosmética, fisiológica ou até mesmo neurológica) ao invés
de tratar da aceitação natural da morte, difunde-se a ilusão de que
quanto mais a biosfera terrestre é deteriorada pela modernidade,
mais um horizonte tecnológico irá permitir o ser humano se dissociar
e habitar a tecnosfera do capitalismo global e retroativamente
alimenta o descomprometimento com a extinção das condições habitáveis
para uma vida terrestre.
Figura 2: Episódio San
Junipero de Black Mirror
(2011)
Fonte: Distribuição Endemol (UK) e
Netflix
Com recursos do governo norte-americano, o Departamento
de Defesa dos Estados Unidos investe em pesquisas de conhecimentos
aplicáveis para induzir soldados a passarem longos períodos
de tempo sem a necessidade de dormir, em constante vigília.
Em “24/7: Capitalismo tardio e os fins do sono” (2016), Jonathan
Crary discute como é uma mera questão de tempo para que tais
pesquisas sejam levadas à indústria farmacêutica e o estado de
produtividade humana 24 horas por dia, 7 dias por semana seja uma
realidade a ser capitalizada. O autor também levanta a questão de
que a crescente inserção midiática do nosso cotidiano online já nos
pôs a caminho desse regime. A internet e o mercado global cria a
sensação que o usuário tenha uma presença virtual constante ou
terá um fracasso profissional. Criamos nossos avatares em nossas
redes sociais, os preenchemos de memórias selecionadas e assim
os damos uma vida autônoma acessível a qualquer um 24/7. As
plataformas digitais se beneficiam dos efeitos em rede, e com isso
buscam ampliar as interações e números de usuários, investindo em
algoritmos de coleta de dados e publicidades direcionadas. Quanto
27