C2PC - Ensaio projetual sobre um Centro Comunitário de Cultura Contemporânea no Centro Histórico de João Pessoa
Trabalho de Conclusão de Curso em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Paraíba defendido em 2022. Autor: João Luiz Carolino de Luna. Orientador: Carlos A. Nome. "Foram analisadas práticas excludentes na distribuição de equipamentos culturais públicos em João Pessoa. Mostrou-se submetida ao interesse de um mercado turístico, associada a escolhas de locais com baixa acessibilidade, ao desenvolvimento espraiado e a processos envolvendo expulsão de comunidades locais. O Centro Histórico, além de concentrar uma importância simbólica, apresenta manifestações culturais que ocupam espaços livres públicos, são nesses espaços que toma-se consciência da capacidade da ação coletiva na revolução da vida cotidiana. A cultura como instrumento de luta pelo direito à cidade motiva este ensaio de um espaço catalisador na produção de novas utopias, um centro comunitário de cultura contemporânea no Centro histórico da cidade."
Trabalho de Conclusão de Curso em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Paraíba defendido em 2022. Autor: João Luiz Carolino de Luna. Orientador: Carlos A. Nome.
"Foram analisadas práticas excludentes na distribuição de equipamentos culturais públicos em João Pessoa. Mostrou-se submetida ao interesse de um mercado turístico, associada a escolhas de locais com baixa acessibilidade, ao desenvolvimento espraiado e a processos envolvendo expulsão de comunidades locais. O Centro Histórico, além de concentrar uma importância simbólica, apresenta manifestações culturais que ocupam espaços livres públicos, são nesses espaços que toma-se consciência da capacidade da ação coletiva na revolução da vida cotidiana. A cultura como instrumento de luta pelo direito à cidade motiva este ensaio de um espaço catalisador na produção de novas utopias, um centro comunitário de cultura contemporânea no Centro histórico da cidade."
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oriental e do Sul-global sobre a tecnologia. Primeiro rejeita a ideia
do derrotismo pela singularidade da tecnologia, encara a superação
do homem pela máquina como um artifício da ficção científica
que vai num caminho contrário ao qual as políticas públicas reais
devem seguir. A orientação que o autor propõe deve ser a favor da
“multiplicidade”, diferentes organizações de sociedade consequentemente
apresentam diferentes manifestações do uso da tecnologia
como ferramenta. Pensar de forma singular pressupõe que apenas
uma cultura possui a sua dominação científica, e visto a tecnologia
no centro das crises atuais, urge a necessidade de novas formas de
pensar sobre tais relações. Em sua coletânea “Tecnodiversidades”
(2020), Hui reforça a complexificação do mundo contemporâneo
evocado por Latour, demonstrado também pelo fim da globalização
unilateral: não existe mais um horizonte compartilhado de modernização,
pois agora também tem-se diversas visões, um cosmo, o que
o autor chama de cosmovisão, também assim nos apresentando o
conceito de cosmotécnica:
“[...]a tecnologia não é antropologicamente universal; seu
funcionamento é assegurado e limitado por cosmologias particulares
que vão além da mera funcionalidade e da utilidade. Assim,
não há uma tecnologia única, mas uma multiplicidade de cosmotécnicas”
(HUI, 2020, p. 25)
Mais tarde define:
“cosmotécnica é a unificação do cosmos e da moral por
meio das atividades técnicas, sejam elas da criação de produtos
ou de obras de arte. Não há apenas uma ou duas técnicas, mas
muitas cosmotécnicas.” (HUI, 2020, p. 39)
O autor nos apresenta uma perspectiva plural do desenvolvimento
pondo um fim à necessidade de se competir por uma soberania
tecnológica e/ou um neocolonialismo através da tecnologia.
O autor encara que a busca pela bifurcação de diferentes futuros
tecnológicos se direcionaria a solucionar as crises do Antropoceno
anunciadas por Latour. Seu pensamento parte de uma crítica a
Heidegger e a visão difundida de que a tecnologia é internacional e
dominante, Hui contrapõe esse pensamento construindo uma genealogia
do pensamento tecnológico chinês a partir da história de sua
filosofia e demonstrando as diferenças com a cultura ocidental. Ele
convida para que reflitamos na mesma linha sobre outras culturas e
a pensar no pluralismo, na quebra de hegemonias, como maneiras
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