Cabine Primária - Subestações de Alta Tensão de Consumidor - 4ª Edição - Benjamim Ferreira de Barros - 2015
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Benjamim Ferreira de Ba,rros e Ricardo Luis Gedra1
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Subestacões de Alta-Tensão de Consumidor
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EDICÃ.O
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Benjamim Ferreira de Barros
Ricardo Luis Gedra
Cabine Primária
Subestações de Alta-Tensão de Consumidor
4ª Edição Revisada e Atualizada
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Saraiva
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
ISBN 978-85-365-1820-6
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
ANGÉLICA ILACQUA CRB-8/7057
o
SOMOS
EOVCAÇÃO
Editora
Saraiva
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www.editorasaraiva.com.br/contato
Vice-presidente Cláudio Lensing
Diretor de soluções para Francisco Carlos D· Emílio Borges
ensino técnico
Coordenação editorial Rosiane Ap. Marinho Botelho
Assistente editorial Raquel F. Abranches
Produtora editorial Rosana Ap. Alves dos Santos
Assistente de produção Graziele Liborni
Produção gráfica Liliane Cristina Gomes
Barros, Benjamim Ferreira de
Cabine Primária: subestações de alta tensão de consumidor/
Benjamim Ferreira de Barros, Ricardo Luis Gedra. --
4. ed. rev. e atual. -- São Paulo: Érica, 2015.
Bibliogra ia
ISBN 978-85-365-1820-6
1. Instalações elétricas 2. Instalações elétricas - Alta tensão
1. Gedra, Ricardo Luis. li. Tltulo.
CDD-621.319113
CDU 621.3.051
15-0423 Editado também como
livro impresso
Índices para catálogo sistemático:
1. Instalações elétricas de alta tensão: Engenharia
Copyright© Benjamim Ferreira de Barros, Ricardo Luís Gedra
2009 Saraiva Educação
Todos os direitos reservados.
4!! edição
21 tiragem: 2016
Avaliação Técnica Alexandre Capelli
Revisão Carla de Oliveira Morais
Marlene Teresa S. Alves
Diagramação Dalete Regina de Oliveira
Flávio Eugenio de Lima
Capa Maurício S. de França
Impressão e acabamento Nonono
Os Autores e a Editora acreditam que todas as informações aqui
apresentadas estão corretas e podem ser utilizadas para qualquer fim
legal. Entretanto, não existe qualquer garantia, explícita ou implícita,
de que o uso de tais informações conduzirá sempre ao resultado
desejado. Os nomes de sites e empresas, porventura mencionados,
foram utilizados apenas para ilustrar os exemplos, não tendo vínculo
nenhum com o livro, não garantindo a sua existência nem divulgação.
Eventuais erratas estarão disponíveis para download no site da
Editora Saraiva.
A Ilustração de capa e algumas imagens de miolo foram retiradas
de <www.shutterstock.com >, empresa com a qual se mantém
contrato ativo na data de publicação do livro. Outras foram obtidas da
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devidamente solucionadas nas próximas edições, bastando que seus
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Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer
meio ou forma sem a prévia autorização da Saraiva Educação. A
violação dos direitos autorais é crime estabelecido na lei nº 9.610/98
e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
280.432.004.002
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
Dedicatória
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As nossas esposas Lucia Veloso de Barros e Adriana Vicente Gedra,
bem como aos nossos filhos Leandro Veloso de Barros, Luciane Veloso de
Barros e Felipe Vicente Gedra.
"Porque melhor é a sabedoria do que os rubis;
e de tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela."
Provérbio 8.11
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
Agradecimentos
Ao professor Vagner Tadeu de Souza Bueno, ex-diretor do Senai Jorge
Mahfuz, pelo grande incentivo que sempre nos deu para escrever este livro.
Ao André Marques e ao Maurício Peres, da lnstronic, por terem disponibilizado
algumas fotos que ilustram a obra.
Ao Sr. Abimael Nogueira, diretor da empresa Abimael Disjuntores, pelo
incentivo na divulgação deste I ivro.
'
A empresa A Cabine Materiais Elétricos Ltda. e sua diretora Sra.
Mareia Regina Campolina Jorge, pelo incentivo da divulgação do livro.
'
A Irene Bueno, por ter contribuído com a idealização de ilustrações.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
Sumário
Capítulo 1 - Sistema Elétrico ................................................................................ 15
1.1 Conceitos básicos de geração de energia elétrica ........................ 16
1.2 Conceitos básicos de transmissão de energia elétrica .................. 20
1.3 Conceitos básicos de d istri bu ição de energia elétrica ................... 24
1.4 Unidades consumidoras em alta tensão ..................................... 25
1. 5 Exercícios .............................................................................. 26
Capítulo 2 - Tipos de Subestação ......................................................................... 27
2.1 Subestação primária de consumidor conectada
em tensão igual ou superior a 69 kV ............................................... 28
2.2 Subestação primária de consumidor conectada
em tensão inferior a 69 kV ............................................................. 30
2.2.1 Subestação simplificada ................................................... 31
2.2.1.1 Subestação simplificada, instalação em poste único .... 31
2.2.1.2 Subestação simplificada em alvenaria ........................ 32
2.2.1.3 Subestação simplificada blindada .............................. 33
2.2.2 Subestação convencional ................................................. 33
2.2.2.1 Subestação convencional em alvenaria ...................... 34
2.2.2.2 Subestação convencional blindada ............................ 35
2 .3 Exercícios .............................................................................. 36
Capítulo 3 - Procedimento de Ligação ................................................................. 37
3.1 Elaboração e apresentação do projeto da subestação .................. 40
3.2 Construção e testes da subestação ............................................ 45
3 .3 Pedido de inspeção ................................................................. 46
3.4 Sistema de tarifação de uma ligação em alta tensão ................... 47
3.5 Exercícios .............................................................................. 50
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Capítulo 4 - Equipamentos ................................................................................... 51
4.1 Ramaldeligação .................................................................... 52
4.2 Cabo isolado de alta tensão ..................................................... 53
4 . 3 Para-ra i os .............................................................................. 5 7
4.3.1 Cabo para-raios ............................................................... 57
4.3.2 Para-raios do tipo haste reta ............................................. 58
4.3.3 Para-raios do tipo válvula ................................................. 58
4.4 Disjuntores ............................................................................. 59
4. 4. 1 D is j unto r a ó I eo ............................................................... 5 9
4.4.2 Disjuntor a ar comprimido ................................................ 61
4.4.3 Disjuntar a sopro magnético ............................................. 62
4.4.4 Disjuntar a vácuo ............................................................ 63
4 . 4 . 5 D is j unto r a gás ................................................................ 6 4
4.4.6 Mecanismo dos disjuntores ............................................... 65
4.4. 7 Acionamento dos disjuntores ............................................ 65
4.4. 7 .1 Comando manual mecânico ...................................... 66
4.4. 7 .2 Comando manual elétrico .......................................... 66
4.4. 7 .3 Comando automático ................................................ 66
4.5 Chaves seccionadoras ............................................................. 67
4. 6 Chave fusível .......................................................................... 69
4. 7 Transformador ........................................................................ 70
4. 7 .1 Tipos de transformador .................................................... 7 4
4.7.2 Bobinas .......................................................................... 74
4 . 7 . 3 N ú e I eo ........................................................................... 7 4
,
4. 7 .4 Oleo isolante ................................................................... 7 5
4. 7 .5 Tanque principal .............................................................. 78
4. 7 .6 Tanque de expansão (balonete) ......................................... 79
4. 7. 7 Indicador do nível de óleo ................................................. 80
4. 7 .8 Secador de ar (tubo de sílica-gel) ...................................... 80
4. 7 .9 Termômetro do óleo ......................................................... 81
4.7.10 Imagem térmica (termômetro do enrolamento) .................. 81
4.7.11 Tubo de explosão e válvula de alívio ................................. 83
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4. 7 .12 Relé de gás (relé Buchholz) ............................................ 84
4. 7 .13 Buchas e isoladores ....................................................... 86
4. 7 .14 Sistema de refrigeração .................................................. 86
4.8 Transformadores para instrumentos .......................................... 88
4.9 Exercícios .............................................................................. 91
Capítulo 5 - Proteção das Instalações Elétricas em Subestações ...................... 92
5.1 Características da proteção ...................................................... 93
5 .1.1 Seletividade de operação .................................................. 93
5.1.2 Rapidez de operação ........................................................ 94
5 .1.3 Confiabi I idade ................................................................. 94
5 .1.4 Exatidão na operação ....................................................... 94
5.1.5 Sensibilidade de operação ................................................ 95
5.2 Dispositivos de proteção .......................................................... 95
5.2.1 Transformadores para instrumentos ................................... 95
5 . 2 . 2 D is j u n tores ..................................................................... 96
5.2.3 Relé ............................................................................... 98
5. 2 .4 Fusíveis ........................................................................ 100
5.3 Exercícios ............................................................................ 101
Capítulo 6 - Aspectos de Segurança em Subestações ....................................... 102
6 .1 Aplicações da N R-1 O em subestações ..................................... 103
6.2 Desenergização de subestações .............................................. 111
6 .3 Exercícios ............................................................................ 115
Capítulo 7 - Procedimento de Operação e Manutenção de Subestações ......... 116
7 .1 Procedi menta de operação de subestações .............................. 117
7 .1.1 Operação programada de subestações ............................. 117
7 .1.1.1 Exemplo prático ..................................................... 118
7 .1.1.2 Exemplo prático ..................................................... 122
7 .1.2 Operação de emergência de subestações .......................... 126
7 .2 Procedimento de manutenção de subestações .......................... 127
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7.2.1 Tipos de manutenção de subestações .............................. 129
7 .2.2 Requisitos para manutenção .......................................... 131
7.2.3 Instrumentos de ensaios ................................................. 132
7 . 2 . 3 . 1 M egô h metro .......................................................... 132
7 .2.3.2 Instrumento de ensaio de tensão aplicada (Hipot) ..... 133
7.2.3.3 Instrumento de ensaio de tensão aplicada
em corrente alternada (VLF) ................................................ 134
7.2.3.3 Microhmímetro ...................................................... 134
7 .2.3.4 Medidor de relação de espiras TTR ........................... 135
7 .2.3.5 Teste de rigidez dielétrica (teste de óleo) ................... 135
7 .2.3.6 Termovisor .. ........................................................... 136
7 .2.4 Manutenção de equipamentos ........................................ 136
7 . 2 . 4 . 1 Pa ra-ra i os ............................................................. 136
7. 2. 4. 2 Chave seccionadora ............................................... 137
7.2.4.3 Disjuntor ............................................................... 139
7.2.4.4 Transformador ........................................................ 141
7.2.4.5 Transformadores de instrumentos ............................. 156
7 .2.4.6 Cabos de alimentação ............................................. 159
7 .2 .4. 7 Cubículo ............................................................... 160
7.2.4.8 Verificações finais ................................................... 160
7. 3 Exercícios ............................................................................ 161
Apêndice A - Nomenclatura para Relés ............................................................. 163
Apêndice B - Portaria lnterministerial Nº 19, de 29/01/1981 ........................... 173
Apêndice C - Folhas de Ensaio ........................................................................... 176
Apêndice D - Diagramas ..................................................................................... 183
Apêndice E - Fórmulas para Cálculo da Relação de Transformação ................ 187
Bi~liografia ......................................................................................................... 189
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l11di<:I' Rt,mi~~i\f<> ................................................................................................. 191
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
Prefácio
Após muitos anos de convívio no meio educacional, especificamente
no ensino profissional, não é raro ouvir de alunos que a teoria ensinada, baseada
nos materiais didáticos, como livros e apostilas, difere um pouco da
prática devido, principalmente, aos macetes da profissão ou os chamados
"pulo do gato", que às vezes são comentados, porém superficialmente, muitas
vezes não são demonstrados nos ambientes acadêmicos e só podem ser
transmitidos por quem tem a experiência do dia a dia e recursos didáticos
adequados.
Essas experiências são de fundamental importância para que os alunos
saiam da sala de aula com maior segurança para o exercício da ocupação.
Neste sentido, este livro agrega os conhecimentos de dois profissionais
que atuam na mesma área, porém com experiências diferenciadas: um engenheiro
elétrico e um profissional de campo.
A carência de literatura técnica a respeito desse tema e os perigos inerentes
à ocupação desencadearam a necessidade de escrever esta obra, que
apresenta de forma didática os principais tópicos relacionados às instalações
elétricas de consumidores em alta tensão.
Observa-se que os temas e conteúdos sobre as instalações elétricas de
baixa tensão são muito explorados em cursos técnicos e profissionalizantes
e até mesmo em graduação de engenharia, além de haver muitos livros no
mercado acerca do tema. Quando se trata de alta tensão, no entanto, o cenário
é bem diferente. Existem poucos cursos específicos e nos cursos regulares
(técnico e graduação) as informações não são tratadas com profundidade.
O conteúdo apresentado tem o objetivo de subsidiar de informações os
profissionais que atuam nas atividades de projeto, construção, manutenção e
operação de subestações de alta tensão de consumidores (cabine primária).
Para atingir essa meta, o livro está dividido em sete capítulos, sendo
o primeiro dedicado a definir a sistemática de funcionamento do sistema
elétrico do Brasil, desde a geração de energia elétrica até o consumidor final
de baixa tensão, passando pelos pontos em que podem estar conectadas as
instalações elétricas de alta tensão de consumidores.
O segundo capítulo mostra os tipos de subestações de consumidores
existentes, destacando as suas principais características.
O terceiro capítulo explica como se faz um pedido de ligação de uma
subestação de consumidor, destacando detalhes da construção, testes e características
de tarifação e cobrança da conta de energia de alta tensão.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
As características individuais dos equipamentos existentes nas subestações
são abordadas no capítulo 4, sendo tratado o funcionamento de cada
um, com destaque para a sua função na subestação como um todo.
O capítulo 5 apresenta a questão da proteção das instalações elétricas,
em especial as características existentes de um sistema de proteção e dos
relés.
O capítulo 6 chama a atenção aos principais aspectos de segurança
que devem ser seguidos em qualquer atividade relacionada às instalações
elétricas de alta tensão, com destaque para os requisitos da N R-1 O.
A forma como devem ser realizadas a operação e a manutenção de
uma subestação é explicada no capítulo 7, que também descreve os tipos
de operações de subestações e os procedimentos de manutenção, roteiro de
trabalho e relatórios.
Esta edição contempla diversas atualizações de gráficos e de dados
históricos, e considera as últimas regulamentações publicadas pela ANEEL
em relação à cobrança da energia elétrica paga pelos consumidores. Além
disso, também foram realizados ajustes no texto, com o objetivo de melhorar
a compreensão do conteúdo apresentado.
Pretende-se que este material seja ainda mais compreensível ao leitor,
proporcionando uma visão abrangente e integrada das cabines primárias.
Vagner Tadeu de Souza Bueno
Supervisor de Ensino do
Centro Pau la Souza
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
Introdução
No final do século XIX a energia elétrica começou a ser introduzida no
cotidiano das pessoas. Ano após ano a sua utilização foi expandida, novos
produtos desenvolvidos, até atingir o elevado grau de dependência que temos
hoje.
Inicialmente, a energia elétrica era produzida muito próximo dos locais
de consumo, o que facilitava a sua transmissão. Com o desenvolvimento
das cidades e o aumento da dependência de energia elétrica, tornou-se necessário,
com o tempo, aumentar a capacidade de produção, propiciando a
construção de usinas cada vez maiores e por vezes afastadas dos locais de
consumo, sendo preciso transmitir essa energia por distâncias maiores.
Para reduzir as perdas na transmissão, a tensão elétrica começou a
ser elevada para ser transmitida, e ao chegar aos locais de consumo, foi
necessário construir uma infraestrutura capaz de reduzir essa tensão para os
níveis de utilização final.
Na outra ponta do sistema aumentava-se cada vez mais o consumo de
energia elétrica. As indústrias, que nos séculos XVI 11 e XIX se fundamentaram
na máquina a vapor, passaram a ter energia elétrica à disposição no século XX.
Desta forma, ao longo do século XX as indústrias passaram a necessitar
cada vez mais de energia elétrica. Com o aumento dessa necessidade
concentrada em um único ponto, em uma planta industrial, por exemplo, a
energia elétrica passou a ser entregue não mais na tensão de utilização, porém
em valores de tensão mais elevados, oriundos da transmissão da energia
vinda das usinas.
Para que o consumidor pudesse utilizar a energia, ele deveria ter a tensão
elétrica compatível com os seus equipamentos, e para isso era preciso
dispor de instalações elétricas com a função de rebaixar a tensão fornecida,
dando origem, assim, a subestações primárias. Quando essas subestações
são conectadas na faixa de tensão de 3,8 kV a 34,5 KV, são comumente
chamadas de cabines primárias de energia.
Muitos dos equipamentos e procedimentos descritos neste livro se
aplicam não somente às Cabines Primárias como também às subestações
de tensão superior a 34,5 kV, tendo em vista a sua semelhança operacional
e construtiva.
O glossário da NBR 14039, que trata das instalações elétricas de
1 kV a 36,2 kV, não possui a denominação "Cabine Primária", portanto este
livro trata essas instalações somente como subestações.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
De acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT), a faixa de tensão compreendida entre 1 kV e 36,2 kV é chamada de
Média Tensão. A Norma Regulamentadora nº 10 (NRlO) do Ministério do Trabalho
e Emprego classifica como Alta Tensão todo valor superior a 1 kV. Com
o objetivo de se adequar às definições da N R-1 O, este I ivro chama de Alta
Tensão toda instalação cuja tensão elétrica for acima de 1 kV.
Das primeiras subestações construídas para as atuais o conceito básico
permanece o mesmo; simplesmente os equipamentos evoluíram, de forma a
se tornarem mais eficientes, seguros e com mais funcionalidades agregadas.
Atualmente, toda instalação comercial, industrial e até mesmo residencial
de médio ou grande porte recebe energia elétrica em uma tensão elevada
e precisa dispor de uma subestação para reduzi-la aos níveis de utilização.
Com o objetivo de suprir de informações os profissionais mantenedores
dessas instalações elétricas, este livro apresenta um estudo das subestações
de energia elétrica em alta tensão.
Os autores
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
Sobre os autores
Benjamim Ferreira de Barros possui experiência na área elétrica, sendo
27 anos em empresas do setor elétrico, na manutenção de subestações.
Técnico eletricista. Diretor das empresas L&B Capacitação e Treinamento e
L&B Energia, presta serviços de assessoria técnica e de segurança do trabalho,
atuando nas áreas de projeto, construção e manutenção. Desenvolve
palestras técnicas e de segurança do trabalho. Instrutor do Senai dos cursos
Cabine Primária, SEP (Sistema Elétrico de Potência), NR-10, Eficiência
Energética, entre outros. Também é autor dos livros NR-1 O - Guia Prático
de Análise e Aplicação, Sistema Elétrico de Potência - SEP - Guia Prático -
Conceitos, Análises e Aplicações de Segurança da NR-1 O, Gerenciamento
de Energia - Ações Administrativas e Técnicas de Uso Adequado da Energia
Elétrica, SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas -
Teoria, Prática e Legislação e NR-33 - Guia Prático de Análise e Aplicações
- Norma Regulamentadora de Segurança em Espaços Confinados, publica-
,
dos pela Editora Erica.
Ricardo Luis Gedra é engenheiro eletricista e mestre em Sistemas Elé-
,
tricos de Potência pela Universidade de São Paulo (USP). E certificado como
PMP de Gerenciamento de Projetos. Possui 20 anos de experiência profissional
no setor elétrico e sua atuação inclui atividades de projeto e manutenção
de equipamentos de subestações e de redes de distribuição, além de contratação
e gerenciamento de obras em instalações elétricas. Detém amplo
conhecimento da regulamentação do setor. Possui cinco livros publicados
relacionados ao setor elétrico e ministra aulas sobre o tema em cursos de
pós-graduação.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
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1.1 Conceitos básicos de geração de energia elétrica
Para que a energia elétrica chegue até o seu destino final ela precisa
percorrer um longo caminho cheio de transformações. Afinal, um dos principais
conceitos da física determina que a energia não é criada, ela simplesmente
se transforma.
Portanto, para produzir energia elétrica, é necessário transformar outra
forma de energia, e essa transformação geralmente ocorre em uma usina. No
Brasil, a maior parte da energia elétrica é oriunda da energia potencial da
água acumulada em reservatórios de usinas hidroelétricas. A energia potencial
da água é obtida pela seguinte fórmula:
E=m·g·h
Sendo:
m = massa
g = gravidade
h = altura
A massa de água depende do seu volume, que em uma usina hidroelétrica
varia em função da capacidade do seu reservatório. A gravidade é
praticamente fixa na superfície da Terra, com o valor de 9,8 m/s 2 , e a altura
é a distância vertical entre a superfície da água e a turbina. Sendo assim,
quanto mais água estiver acumulada no reservatório e quanto maior for a
altura da queda-d'água, mais energia potencial haverá acumulada, portanto
maior será o potencial de geração de energia elétrica.
Dentro da usina hidroelétrica a energia potencial acumulada pela água
se transforma em energia cinética quando a água do reservatório percorre,
com uma determinada velocidade, uma tubulação que a conduz até a turbina.
A fórmula da energia cinética é:
E _ m.V2
- 2
Sendo:
m = massa
V = velocidade
Quando a água atinge a turbina, a energia cinética se transforma em
energia mecânica, fazendo com que a turbina entre em um movimento de
rotação. Na ponta do eixo da turbina está ligado o gerador que finalmente
transforma a energia mecânica de rotação do eixo em energia elétrica.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
Usina hidroelétrica
Reserva ório
Canal
DOO
DOO
DOO
Duto
Casa de força
Gerador
Turbina
Linhas de
distribuiçã,o
de energia
Rio
Figura 1.1: Desenho esquemático de geração de energia elétrica em uma usina hidroelétrica.
Além da geração da energia elétrica a partir da energia potencial acumulada
pela água dos reservatórios, o Brasil também gera energia elétrica,
em menor quantidade, a partir de origem térmica. As usinas termoelétricas
geram energia elétrica utilizando basicamente dois sistemas, de combustão
interna ou de combustão externa.
No sistema de combustão externa o combustível é queimado dentro de
uma caldeira, gerando calor que aquece um fluido de trabalho, geralmente
água, até se transformar em vapor. O vapor é enviado para a turbina que
produz o movimento de rotação, que faz girar o gerador de energia elétrica,
que está conectado na ponta de seu eixo.
Caldeira
Eletricidade
Ar
Turbina
Gerador
Calor
Figura 1.2: Desenho esquemático de geração de energia elétrica
em uma usina termoelétrica com turbina a vapor.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
No sistema de combustão interna a queima do combustível pode ser
realizada dentro da própria turbina. O fluido de trabalho será o conjunto de
produtos de combustão que, ao passar por seus diversos estágios, faz o seu
eixo girar, ou então pode ser utilizado um motor de combustão interna com
pistões, similar a um motor de caminhão, porém com uma capacidade maior.
A combustão interna em turbina é o processo usado principalmente
nas turbinas a gás. Por exemplo, a turbina a gás da GE série H apresentada
na Figura 1.3.
Figura 1.3: Foto de turbina a gás da GE série H.
Existem diversos tipos de combustíveis que podem ser queimados em
uma usina termoelétrica, como, por exemplo, carvão, gás natural, derivados
do petróleo como o óleo combustível, biomassa como o bagaço de cana,
biogás etc.
O calor da usina termoelétrica também pode ser obtido por meio de uma
reação nuclear de fissão de átomos que libera grande quantidade de energia.
A geração de energia elétrica por meio da fissão nuclear é realizada em usinas
nucleares. O Brasil possui duas usinas nucleares em operação e uma terceira
em construção, todas localizadas no município de Angra dos Reis no estado
do Rio de Janeiro.
A geração de energia através dos ventos, chamada de energia eólica,
também está presente no parque gerador do Brasil, porém em uma pequena
escala. O diferencial dessa tecnologia está no baixo impacto ao meio ambiente.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
Pás---.1
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,,---- Multiplicador de velocidade
.-- Acoplamento elétrico
Sensores de vento
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Rotor--- 1
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i~ 1
!' · ffll "" - Sistema de
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freio e disco
--- Gerador elétrico
i----Torre de sustentação
'--~ 1 ...:i------ Controle de giro
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Sistema de
controle
t---1. m
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v
'
Sistema de freio
----- aerodinâmiico
Figura 1.4: Desenho esquemático de uma turbina eólica.
Existem outras formas de geração de energia elétrica que estão em
fase de desenvolvimento tecnológico e que ainda se apresentam com custo
muito elevado de construção, quando comparado com as formas tradicionais
de geração, como, por exemplo:
• Solar fotovoltaica;
• Aproveitamento das marés;
• Ondas costeiras;
• Geotérmica .
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De acordo com o Balanço Energético Naciona 1, a oferta de geração de
energia elétrica no Brasil oriunda da fonte hídrica em 2013 foi de 70,6%. As
demais fontes estão apresentadas na Figura 1.5.
Eólica
8 i o massa 3
7,6o/o
Gás Natural 4 , 4 Yo
1 , 1 °/o -------
11 , 3 °/o '"""
Deriva~os de Nuclear Carvão e Derivados 1
Petr~leo 2 ,4010 2 , 6 º/o
Hidráulica 2
70,6°/o
Notas:
1
Inclui gás de coqueria
2
Inclui importação de eletricidade
3
Inclui lenha, bagaço de cana, lixívia e outras recuperações
Fonte: Balanço Energético Nacional 2013/2014
Figura 1.5: Oferta interna de energia elétrica no Brasil em 2013 por tipo de fonte.
A geração de energia elétrica no Brasi I é predominantemente feita na
frequência de 60 Hz, todavia podemos destacar que existe geração de energia
elétrica no sistema elétrico brasileiro que é feita na frequência de 50 Hz.
Essa geração ocorre em parte da usina hidroelétrica de ltaipu.
A usina de ltaipu foi construída na divisa entre o Brasil e o Paraguai.
Das 20 unidades geradoras existentes dez pertencem ao Brasil, que gera em
60 Hz, e dez ao Paraguai que gera em 50 Hz. O Paraguai não utiliza toda
a energia gerada pelas suas dez unidades e o Brasil compra essa energia
excedente que não é utilizada. O próximo item aborda a questão da conexão
dessa energia ao sistema elétrico brasileiro.
1.2 Conceitos básicos de transmissão de energia elétrica
A tensão elétrica que sai das unidades geradoras hidroelétricas e termoeléricas
normalmente varia entre 6,5 kV e 20 kV. Fogem desta faixa de
tensão as usinas pequenas que devem ter uma tensão de saída do gerador
mais baixa.
Em função das elevadas potências das usinas, a corrente elétrica nesse
nível de tensão é muito elevada. Como a perda de energia elétrica está
diretamente relacionada à corrente elétrica, transmitir essa elevada potência
nessa faixa de tensão fatalmente incorre em perdas elevadas na transmissão.
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s 1--
-u
Sendo:
U = tensão
1 = corrente
S = potência total
Na fórmula é possível observar que a potência total "S" fornecida por
uma usina é fixa, portanto elevando a tensão, automaticamente a corrente
elétrica se reduz para uma mesma potência. Como a potência dissipada (ou
seja, potência perdida) é calculada em função do quadrado da corrente, a redução
da corrente automaticamente causa uma grande redução das perdas.
P = R · 1 2
Sendo:
R = resistência
1 = corrente
Quanto maior a extensão de uma linha de transmissão maior é a sua
resistência elétrica, porém uma vez determinado o local de construção da
usina, a sua distância até os centros consumidores de energia não se altera,
portanto o modo mais fácil de reduzir as perdas na transmissão é elevando a
tensão e, consequentemente, reduzindo a corrente.
A redução da corrente na transmissão também promove uma outra
economia, no custo da construção da linha de transmissão, devido à possibilidade
de redução da secção transversal (bitola) do condutor utilizado.
Em função disso, próximo às grandes usinas geradoras de energia
elétrica existem subestações elevadoras, que elevam a tensão para valores
padronizados para que possa ser transmitida. Existem diversos valores padronizados
de tensão, destacando-se os seguintes:
• 69 kV
• 88 kV
• 138 kV
• 230 kV
• 345 kV
• 440 kV
• 500 kV
• 600 kV em corrente contínua
• 750 kV
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O item anterior mencionou que metade da energia elétrica gerada pela
usina hidroelétrica de ltaipu pertence ao Paraguai e possui a frequência de
50 Hz. Como o Paraguai não utiliza toda essa energia, o Brasil compra o
excedente, mas não é possível conectar essa energia em 50 Hz no sistema
elétrico brasileiro de 60 Hz, portanto ela precisa ter a frequência convertida.
A conversão de frequência requer que primeiro a energia elétrica seja
retificada para corrente contínua e depois convertida na frequência que se
deseja em corrente alternada.
Em função da grande distância entre a usina hidroelétrica de ltaipu e a
região metropolitana de São Paulo, principal consumidora da energia elétrica
gerada pela usina, é vantajosa a transmissão em corrente contínua, porque
a economia na construção da linha de transmissão, em função da quantidade
menor de cabos em relação à corrente alternada trifásica, compensa o
custo de construção das estações retificadoras e conversoras. Isso foi feito no
projeto de transmissão da energia elétrica gerada em ltaipu com a construção
de uma linha de transmissão em corrente contínua de 600 kV.
Em 2014 foi concluída a construção de um novo trecho de linha de
transmissão em corrente contínua interligando Porto Velho com Araraquara.
Essa linha também possui a tensão de 600 kV e tem o objetivo de escoar
a energia produzida pelas usinas de Santo Antonio e Jirau para a Região
Sudeste.
Quando a energia elétrica chega pelas linhas de transmissão próximo
aos centros consumidores, ela precisa iniciar o processo de distribuição e
de redução do nível de tensão. Essa tarefa é realizada pelas Estações Transformadoras
de Transmissão (ETT). Nessas estações a energia elétrica é recebida
em valores superiores a 230 kV e é rebaixada para 69 kV, 88 kV ou
138 kV, dependendo do valor padronizado que foi adotado pela distribuidora
de energia loca 1.
Além de reduzir o nível de tensão, as ETTs também iniciam o processo
de distribuição da energia elétrica. Uma linha de transmissão de tensão igual
ou superior a 230 kV, que chega em uma ETT, se transforma em diversas
linhas de transmissão de 69, 88 ou 138 kV na saída dessa subestação.
A Figura 1.6 apresenta um diagrama esquemático do sistema de transmissão
interligando a geração até a distribuição às unidades consumidoras.
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Subestação de consumidor
conectada em tensão igual ou
superior a 69 kV
Reservatório
de água
Usina de
energia
elétrica
111 11111111 1111
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~ - - c:::,11,ci" -
Linha de
transmissão
~~::...-,(\' 88/138 kV
-- -
Transformador
elevador
de tensão
Estação transformadora
de transmissão - ETT
Estação transformadora
de distribuição - ETD
Residência
Distribuição
primária 13,8 kV
Distribuição
secundária
110/220 V
Linha de transmissão
de 230/345/440/500/750 kV
Subestação
de consumidor
de tensão inferior
a 69 kV
1.3 Conceitos básicos de distribuição de energia elétrica
As linhas de transmissão de menor tensão percorrem as cidades até
chegarem às Estações Transformadoras de Distribuição (ETD), que rebaixam
o valor de tensão para níveis capazes de serem distribuídos pelos postes existentes
nas ruas. O valor de tensão de saída da ETD é definido pela distribuidora
local, dependendo das características de seu sistema elétrico. Seguem
alguns valores padronizados de tensão elétrica de saída da ETD.
• 3,8 kV
• 11,9 kV
• 13,2 kV
• 13,8 kV
• 20 kV
• 23,5 kV
• 34,5 kV
Esse nível de tensão geralmente se encontra nos cabos instalados no
ponto mais alto dos postes das ruas e a energia elétrica segue esse caminho
até encontrar os transformadores de distribuição, que rebaixam a tensão
para os valores que necessitamos nas residências e também em pequenas
indústrias e comércios.
Todos os valores de tensões apresentados são nominais, mas é claro
que existem variações em função da oscilação de carga ao longo do dia,
em função da distância da unidade consumidora até a ETD ou a ETT, entre
outros fatores.
Os limites de variação de tensão definidos pela ANEEL estão regulamentados
pelo Módulo 8 do PRODIST (Procedimentos de Distribuição de
Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional). A seguir está reproduzida a
tabela que define os limites admissíveis de variação de tensão para o fornecimento
a unidades consumidoras conectadas entre 1 kV e 69 kV e também
69 kV a 230 kV.
Adequada
Precária
Crítica
Classificação da Tensão
de Atendimento (TA)
Faixa de variação da Tensão de Leitura (TL)
em relação à Tensão Contratada (TC)
0,93 TC < TL < 1,05 TC
0,90 TC < TL < 0,93 TC
TL < 0,90 TC ou TL > 1,05 TC
Fonte: Módulo 8 do PRODIST
Figura 1.7: Limites de variação de tensão para tensão de fornecimento entre 1 kV e 69 k'l
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Tensão de Atendimento (TA)
Adequada
Precária
Crítica
Faixa de variação da Tensão de Leitura (TL)
em relação à Tensão de Referência (TR)
0,95 TR < TL < 1,05 TR
0,90 TR < TL < 0,95 TR ou 1,05 < TL < 1,07 TR
TL < 0,90 TR ou TL > 1,07 TR
Fonte: Módulo 8 do PRODIST
Figura 1.8: Limites de variação de tensão para tensão de fornecimento entre 69 kV e 230 k'l
Os limites de variação de tensão considerados adequados pelo Módulo
8 do PRODIST para fornecimento entre 1 kV e 69 kV são de até 7% para
menos e até 5% para mais. Valores medidos que extrapolem estes limites
são considerados precários ou críticos e precisam ser adequados pelas distribuidoras.
Qualquer consumidor pode solicitar uma medição do seu nível de tensão,
entretanto caso os valores medidos estejam dentro do limite considerado
adequado, a distribuidora deve cobrar esse serviço do consumidor, porém
se os valores medidos se enquadrarem nos limites considerados críticos ou
precários, a cobrança da medição não é feita e a distribuidora deve providenciar
as devidas correções em seu sistema de distribuição.
De acordo com o Módulo 8 do PRODIST, quando o consumidor solicitar
a medição da sua tensão de fornecimento, a distribuidora deve instalar
um medidor capaz de realizar as medições, devendo colher 1.008 leituras
com o intervalo de dez minutos entre cada uma. Essa quantidade de leitura
corresponde a exatamente sete dias de medição.
Caso mais de 3% dessas leituras se enquadrarem no limite precário,
a distribuidora de energia elétrica dispõe de 90 dias para realizar as devidas
adequações. Caso 0,5% das leituras ultrapasse o limite crítico, a distribuidora
deve providenciar as correções em sua rede em no máximo 15 dias.
1.4 Unidades consumidoras em alta tensão
Existem três pontos do sistema elétrico de alta tensão em que as unidades
consumidoras podem se conectar. A definição desse local depende
da demanda de energia elétrica que será requerida e da disponibilidade do
sistema elétrico no local onde está instalada a unidade consumidora.
A Resolução 414 da ANEEL, de 09/09/2010, define que, caso a carga
instalada da unidade consumidora seja superior a 75 kW e a demanda a ser
contratada seja inferior a 2.500 kW, a conexão deve ocorrer em uma tensão
inferior a 69 kV, ou seja, após a ETD.
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Se a demanda requerida pela unidade consumidora exceder 2.500 kW,
a conexão deve ocorrer em uma tensão superior ou igual a 69 kV. Neste
caso a conexão pode ocorrer entre a ETT e a ETD nas tensões de 69 kV,
88 kV ou 138 kV, porém se a demanda for muito alta e houver disponibilidade
de linhas de transmissão de maior tensão próximo à unidade consumidora, a
conexão pode ser feita antes da ETT na tensão de 230 kV ou superior.
Caso uma unidade consumidora possua uma demanda superior a
2.500 kW e queira se conectar em uma tensão inferior a 69 kV (após a ETD),
fica a critério da distribuidora local avaliar a d isponi bi I idade da rede e aceitar
- -
ou nao a conexao.
Se for necessário realizar a extensão da rede elétrica ou reforçar os
condutores existentes para atender a uma unidade consumidora, o consumidor
deve custear parte dessa obra, de forma proporcional à parcela que a sua
demanda contratada representa na capacidade total desta rede.
Em qualquer um dos pontos de conexão, o responsável pela unidade consumidora
deve providenciar a construção de uma subestação capaz de receber
a energia elétrica no nível de tensão contratado e realizar todas as transformações
necessárias até a tensão de utilização.
1.5 Exercícios
1. Cite os tipos de usinas de geração de energia elétrica que você
conhece.
2. Qual é a maior forma de geração de energia elétrica no Brasil?
3. Qual é o nível de tensão em que a energia elétrica é gerada nas
grandes usinas hidroelétricas?
4. Cite três valores de tensão da saída da ETD.
5. De acordo com o Módulo 8 do PRODIST, qual o limite de variação
de tensão de fornecimento considerado adequado para um cliente
ligado em 13,8 kV?
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1
•
• •
2.1 Subestação primária de consumidor conectada
em tensão igual ou superior a 69 kV
A subestação primária compreende instalações elétricas e civis, e é
destinada a alojar medição, proteção e transformação. Ela é formada por um
conjunto de equipamentos que devem atender às necessidades de forneci
mento de energia elétrica das instalações por ela alimentadas, permitindo
sempre a flexibilidade de manobras, a acessibilidade para manutenções, a
confiabilidade quanto à proteção e à operação, e a segurança tanto para os
equipamentos quanto para o pessoal envolvido.
Ctl
e
Q)
Cf)
2
e
o
LL
Figura 2.1: Subestação de consumidor em tensão superior a 69 kV.
A proteção da entrada de energia dessa subestação deve sempre ser
realizada por meio de disjuntor e relés. Caso a subestação tenha dois circuitos
de entrada, é recomendado que exista um disjuntor para cada circuito.
Os Transformadores de Potencial (TPs) e os Transformadores de Corrente
(TCs) de medição norma I mente são fornecidos pela d istri bu idora e i nsta
lados pelo consumidor. As caixas de passagens dos cabos que interligam
os TPs e TCs e o medidor devem ser providas de dispositivo de lacração.
Na entrada da subestação deve haver um para-raios para cada fase,
especificado de acordo com a indicação da distribuidora.
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Transformador de potencial
Transformador de potência
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com paralelismo momentâneo
-l II-
lntertravamento elétrico e/ou mecânico
®
Relé de infratensão para transferência automática
e/ou transferência com paralelismo momentâneo
(y)
Voltímetro
--li 1~
Disjuntor
Figura 2.2: Diagrama típico de uma subestação primária de consumidor conectada em
tensão igual ou superior a 69 k'l (Fonte: orientações gerais de fornecimento de energia elétrica
em tensão de subtransmissão - 88/138 kV da AES Eletropaulo.)
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O transformador da subestação pode possuir ajuste automático de tensão,
compensando as variações de tensão de fornecimento e as variações da
carga ao longo do dia, que promovem uma oscilação da tensão de saída do
transformador (quanto mais carga maior será a perda interna no transformador,
promovendo uma redução da tensão de saída).
Para aumentar a confiabilidade do fornecimento de energia elétrica,
é comum essas subestações possuírem dois circuitos de alimentação, entretanto
os dois alimentadores não devem ser ligados simultaneamente. O
objetivo é que somente um dos circuitos alimente a instalação e o outro seja
reserva.
A mesma premissa de segurança pode ser adotada para o transformador.
A subestação pode ter dois transformadores dimensionados de tal forma
que, na falha de um transformador, o outro seja capaz de suportar toda a
carga da unidade consumidora. Em alguns casos em que a carga é muito
grande, pode haver três ou mais transformadores.
Caso haja mais do que um transformador na subestação, fica a critério
do consumidor definir se todos os transformadores ficarão ligados permanentemente
em carga ou se algum transformador ficará desligado, sendo
utilizado somente em caso de emergência.
A Figura 2.2 mostrou um diagrama com o exemplo de uma subestação
típica com dois circuitos de alimentação e dois transformadores.
2.2 Subestação primária de consumidor
conectada em tensão inferior a 69 kV
,
E o conjunto de equipamentos de entrada consumidora em tensão
primária de distribuição, entre 2,3 kV e 69 kV, padronizado de acordo com
cada distribuidora de energia elétrica, conforme item 1.4 deste I ivro, compreendendo
instalações elétricas e civis. Ela é destinada a alojar medição,
proteção e, facultativamente, a transformação.
A subestação primária deve ser construída ou instalada preferencialmente
no limite da propriedade com a via pública, o mais próximo possível
da entrada principal da unidade consumidora, para facilitar o acesso dos
representantes da distribuidora.
Todas as partes condutoras não destinadas à condução da eletricidade
devem ser equipotencializadas à Terra conforme a norma 14039 ABNT e
norma de segurança NR-10 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Os materiais e equipamentos instalados devem ser padronizados pela
distribuidora e estar de acordo com as prescrições da NBR 14039 da ABNT.
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As subestações primárias de consumidor conectadas em tensão inferior
a 69 kV dividem-se basicamente em dois tipos, chamadas de simplificada
e convenciona 1, conforme a presentado a seguir.
Tipos de subestações e características
1
Tipo construtivo
1
Entrada
Simplificada Alvenaria Aérea ou su bt.
- Medição na baixa ou alta tensão Blindada Subterrânea
- Proteção da alta tensão por fusível
- Somente 1 trafo de potência máxima 300 kVA Poste Aérea
Convencional Alvenaria Aérea ou su bt.
- Medição na alta tensão
- Proteção da alta tensão por disjuntor com
acionamento através de relé
Blindada
Subterrânea
- Sem limites de potência e de transformadores
Figura 2.3: Características dos tipos de subestações conectadas em tensão inferior a 69 k'l
2.2.1 Subestação simplificada
Possui um único transformador trifásico com potência máxima de
300 kVA. A medição pode ser realizada tanto no lado de baixa tensão como também
na alta tensão, dependendo do padrão da distribuidora local. A proteção
geral das instalações, no lado de alta tensão, é feita por meio de fusível sem
necessidade, portanto, de disjuntor e relé.
As subestações simplificadas podem ser de uso interno ou externo e
a sua forma construtiva pode ser em alvenaria, blindada ou do tipo poste.
Cada distribuidora possui a sua padronização e suas restrições quanto ao uso
desse tipo de subestação.
2.2.1.1 Subestação simplificada, instalação em poste único
A sua montagem é externa a qualquer construção, e feita em poste de
concreto com os respectivos materiais. Para a fixação do ramal de entrada, da
chave fusível e dos para-raios, são utilizados e elementos de fixação e cruzetas.
O transformador de serviço e os eletrodutos para o ramal de alimentação
secundário são fixados ao poste.
No nível do solo deve ficar instalada a caixa de medição e proteção,
bem como o sistema de aterramento da subestação.
No compartimento da medição devem ser fixados o medidor e os
transformadores de corrente fornecidos pela distribuidora local. No comparti
menta de proteção deve ser insta lado o disjuntor ou a chave com fusível e
a barra de equipotencialização terra e neutro.
Observe o projeto de referência disponibilizado pela CPLF em seu site
<www.cpfl.com.br>, acessado em 13 de março de 2015.
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Vale destacar que algumas distribuidoras, tal como a AES Eletropaulo,
que atende a região metropolitana de São Paulo, não têm aceitado subestações
simplificadas com transformadores em poste.
Em substituição à cabine simplificada em poste, a AES Eletropaulo
padronizou uma cabine blindada com dois compartimentos. O primeiro recebe
o ramal de entrada e aloja os equipamentos de medição, os transformadores
de corrente (TCs), os transformadores de potencial (TPs) e a caixa
do medidor de energia. Esse compartimento normalmente é lacrado para
impedir o acesso por pessoas que não sejam representantes da distribuidora
de energia. O segundo compartimento é destinado à saída dos cabos ou barramentos
de proteção, recebendo o equipamento de seccionamento na parte
superior e o dispositivo de proteção na parte inferior. Essa proteção é feita
pelo fusível HH, a fim de proteger o circuito de saída.
2.2.1.2 Subestação simplificada em alvenaria
Pode ser construída uma edificação em alvenaria específica para a subestação,
ou pode estar situada no interior de outra edificação no nível do solo.
Caso a subestação precise ser instalada um pavimento abaixo ou um pavimento
acima, é necessário apresentar uma justificativa para a distribuidora de energia.
Todo material utilizado na construção deve ser incombustível, as paredes
devem ser de alvenaria e o teto de laje de concreto, conforme é possível
observar no projeto de referência disponibilizado pela AES Eletropaulo em
seu site www.aeseletropaulo.com.br, acessado em 13 de março de 2015.
A área construída destinada à subestação precisa ser suficiente para
instalação dos equipamentos eletromecânicos e acessórios, bem como permitir
uma eventual remoção. Também deve ser previsto espaço suficiente
para permitir a livre circulação, com segurança, dos profissionais que tenham
de executar alguma tarefa naquele local.
A subestação simplificada de alvenaria possui um único compartimento
que deve alojar o ramal de entrada (cabo para entrada subterrânea ou barramento
para entrada aérea), a proteção primária (fusível), o equipamento
de seccionamento (chave seccionadora), o transformador, os para-raios e as
caixas de medição e proteção secundária.
Os cabos secundários (saída do transformador) são instalados dentro
de eletroduto galvanizado, interligando o transformador e a caixa de proteção
e medição.
Dentro da edificação de alvenaria o transformador e os equipamentos
de alta tensão são cercados por tela removível e articulável, permitindo a sua
remoção durante o serviço de manutenção. Fora do ambiente cercado pela
tela, porém dentro da edificação de alvenaria, instala-se a caixa de medição
e proteção, bem como a barra de equipotencialização.
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A caixa de medição deve abrigar o transformador de corrente e o medidor
fornecido pela distribuidora de energia elétrica, já a caixa de proteção
deve alojar o disjuntor secundário ou a chave seccionadora com fusível .
2.2.1.3 Subestação simplificada blindada
Os conjuntos blindados fabricados para utilização em entradas consumidoras
devem ter o seu projeto homologado previamente na distribuidora
de energia elétrica local .
Caracterizam-se por apresentar os equipamentos e montagens eletromecânicas
alojadas em cubículo construído de chapa metálica, com seu
ramal de entrada subterrâneo.
O projeto da subestação blindada analisa o dimensionamento das chapas
sob o ponto de vista do esforço mecânico sofrido em condições normais
de operação e também durante a ocorrência de curto-circuito. A subestação
também deve ser projetada para impedir o acesso de animais em seu interior.
Dentro da subestação devem existir os seguintes compartimentos:
• Compartimento de entrada (terminal do cabo (mufla), para-raios e
seccionadora);
• Compartimento de proteção primária (fusível);
• Compartimento de transformação (transformador de serviço);
• Compartimento de medição (transformadores de corrente e medidor
de energia);
• Compartimento de proteção secundária (disjuntor).
O medidor e os TCs fornecidos pela concessionária ficam instalados
em uma caixa lacrada .
A insta lação da subestação blindada pode ser em recinto interno ou externo
(ao tempo). No caso de instalação ao tempo, o projeto da subestação precisa
prever uma inclinação em sua parte superior para evitar infiltração de água.
Existem também subestações blindadas que, em vez do ar, utilizam o
gás SF 6 para garantir a isolação entre as fases e entre as fases e a carcaça
metálica.
2.2.2 Subestação convencional
A subestação convencional pode ser projetada e construída com um ou
mais transformadores trifásicos. Como característica possui medição do lado
da alta tensão, a proteção geral é feita através de disjuntor com desligamento
automático e acionamento através de relés.
Os transformadores podem ser instalados dentro da subestação primária
ou em subestação secundária. Caso o consumidor escolha instalar o
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transformador na subestação primária, pode ser previsto um ou mais cubículos
específicos para sua instalação, bem como de seus respectivos sistemas de
proteção em alta tensão (disjuntor ou seccionadora com fusível do tipo HH).
Se o transformador instalado for do tipo imerso em óleo isolante e possuir
uma capacidade igual ou superior a 500 kVA, a NBR-14039 determina
que deve haver um sistema de drenagem para contenção de óleo no caso de
um eventual rompimento do tanque com derrame do líquido isolante.
Quanto ao tipo construtivo, as subestações convencionais podem ser
de alvenaria ou conjunto blindado.
2.2.2.1 Subestação convencional em alvenaria
A subestação convencional deve ser construída preferencialmente no
limite da propriedade do consumidor com a via pública, em local de fácil
acesso e o mais próximo possível da entrada principal.
O ramal de entrada pode ser aéreo ou subterrâneo. Caso a subestação
seja recuada em relação ao limite da propriedade, o ramal de entrada deve
ser obrigatoriamente subterrâneo. A área compreendida entre a via pública
e a subestação não pode ser utilizada para qualquer tipo de construção ou
depósito de qualquer espécie.
A subestação pode ser construída preferencialmente ao nível do solo.
Caso a subestação precise ser instalada um pavimento abaixo ou um pavimento
acima, é necessário apresentar uma justificativa para a distribuidora
de energia.
A subestação convencional possui pelo menos dois compartimentos
com divisão em alvenaria em que são alojados os equipamentos e as instalações
eletromecânicas de medição e proteção. Facultativamente a subestação
primária pode possuir outros compartimentos destinados a alojar os transformadores.
Opcionalmente pode ser instalado entre a medição e a proteção um
cubículo destinado a alojar um transformador auxiliar, de potência máxima
de 300 kVA, que deve suprir os dispositivos de proteção de su btensão e o
sistema de bombas de incêndio. Esse transformador deve ser protegido na
alta tensão por fusível.
O primeiro compartimento denominado de cubículo de medição destina-se
a receber o ramal de entrada e as terminações (muflas), para-raios,
caso necessário, equipamento de seccionamento tripolar (chave seccionadora),
transformadores de corrente (TCs) e transformadores de potencia 1 (TPs)
fornecidos pela distribuidora. Esse cubículo normalmente é lacrado de modo
a impedir acesso de pessoas que não sejam representantes da distribuidora
de energia elétrica.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
O segundo compartimento, denominado cubículo de proteção, destina
-se a alojar a seccionadora tripolar, os transformadores de corrente (TCs), os
transformadores de potencial (TPs), o disjuntor principal e, facultativamente,
os relés de proteção. Todos esses equipamentos são de responsabilidade do
consumidor. Eventualmente os relés de proteção podem ser instalados em um
painel localizado fora do cubículo de proteção, porém dentro da subestação.
Todos os compartimentos devem ser dotados de anteparos, grades ou
telas removíveis e articuláveis, com dimensões padronizadas, para impedir o
contato direto involuntário de pessoas e animais com as partes energizadas.
As dimensões devem ter espaços suficientes para instalação dos equipamentos
e os materiais eletromecânicos e sua eventual remoção, assim
como livre circulação para operação e manutenção dos equipamentos, obedecendo
aos afastamentos de acordo com a recomendação da distribuidora
local e também conforme orientação na norma técnica N BR 14039 da ABNT
e as normas de segurança NR-17 (Ergonomia) e a NR-10 (Segurança em
instalações e serviços em eletricidade) do Ministério do Trabalho e Emprego.
2.2.2.2 Subestação convencional blindada
Os conjuntos blindados, fabricados para utilização em entradas consumidoras
convencionais, têm o seu projeto homologado previamente na
distribuidora de energia elétrica local .
Basicamente a diferença entre a subestação convencional em alvenaria
e a subestação blindada está relacionada com os equipamentos e as
montagens eletromecânicas alojadas em cubículos construídos em chapa
metálica, com seu ramal de entrada subterrâneo.
,
E importante destacar que os fabricantes devem homologar o projeto
da subestação blindada com a concessionária local .
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2.3 Exercícios
Assinale falso (F) ou verdadeiro (V) nas alternativas a seguir:
1. Quanto ao tipo definimos subestação primária de consumidor de
tensão inferior a 69 kV como:
( ) Subestação simplificada e convencional.
( ) Subestação automática e semiautomática.
( ) Subestação motorizada e manual.
2. Nas subestações com potência acima de 300 kVA:
( ) Pode ser instalado apenas um transformador trifásico.
( ) A medição fica no lado da alta tensão.
( ) A proteção geral é feita por disjuntor com desligamento automático
e relés.
3. Nas subestações blindadas o ramal de entrada:
( ) Pode ser aéreo.
( ) Pode ser subterrâneo ou aéreo, a critério do consumidor.
( ) Somente pode ser subterrâneo.
4. Na subestação de consumidor em tensão superior a 69 kV:
( ) Os TPs e TCs da medição e da proteção são fornecidos pela
distribuidora loca 1.
( ) Os TPs e TCs de medição são instalados pelo consumidor.
( ) Na entrada da subestação deve haver um para-raios para
cada fase, especificado de acordo com a indicação da d istribuidora.
5. Na subestação de poste único:
( ) O disjuntor de alta tensão deve ter ajuste de corrente definido
pela distribuidora local.
( ) A distribuidora local deve instalar o transformador e o disjuntor
de alta tensão e o consumidor deve instalar o poste e os
demais componentes eletromecânicos.
,
( ) E obrigatório apenas um transformador com capacidade de
até 300 kVA.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
l
1
•
• •
Para realizar o processo de ligação de uma subestação existem procedimentos
a serem seguidos para que sejam cumpridas todas as etapas
e apresentados os documentos solicitados pelas distribuidoras de energia
elétrica. Cada distribuidora possui o seu procedimento. O que será abordado
neste livro é uma sequência básica utilizada pela maioria das distribuidoras.
Primeiramente o consumidor deve solicitar uma análise de viabilidade
para a distribuidora a fim de verificar se há possibilidade de a rede elétrica
suportar a carga solicitada pelo consumidor, na tensão em que foi solicitada.
Caso a distribuidora precise realizar alguma adequação em sua rede
para alimentar essa subestação, o consumidor talvez tenha de pagar parte
dessa adequação. As regras que definem a participação financeira do consumidor
no custo que a distribuidora terá para atender ao pedido de ligação
estão estabelecidas pela Resolução 414/201 O da AN EEL.
Se houver custo para o consumidor, ele deve avaliar se concorda com
o cálculo efetuado pela distribuidora. Caso não seja aceito, o processo é
encerrado, porém se o consumidor aceitar pagar o valor apresentado, a distribuidora
emite a cobrança e o consumir efetua o pagamento.
Posteriormente o consumidor apresenta um documento "de acordo"
para a distribuidora, junto com o comprovante de pagamento, com o seu
interesse na continuidade do processo de ligação. Mesmo que não haja custo
para o consumidor, há necessidade de apresentar seu documento "de acordo",
pois a distribuidora pode ter adequações na rede para realizar às suas
expensas e não vai fazê-lo sem que o consumidor confirme que realmente vai
construir a sua subestação conforme previsto.
Ultrapassada essa etapa, o consumidor elabora o projeto e apresenta
à distribuidora, conforme abordado em detalhes no item 3.1.
Após aprovado o projeto, pode ser realizada a construção da subestação
e, posteriormente, o consumidor deve solicitar o pedido de inspeção.
Após inspecionada e aprovada, a subestação não é ligada automaticamente
porque o consumidor pode não querer o início do fornecimento de energia
logo após o término da construção da subestação, portanto o consumidor
precisa realizar um pedido de ligação, quando a distribuidora vai efetivamente
efetuar a ligação da subestação.
Todas essas etapas estão apresentadas de forma ordenada no fluxograma
ilustrado a seguir. Algumas alterações nesse processo ou nos termos
empregados podem existir dependendo da distribuidora.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
Consumidor solicita análise de viabilidade
Processo é encerrado
' •
,
'
Não
Distribuidora responde
~ Consumidor
~
aceita o valor?
, '
Sim
Há custo para o
consumidor?
Não
' r
Sim
Consumidor responde com de acordo
' '
Consumidor elabora e apresenta o projeto da
subestação para a distribuidora
' '
Distribuidora analisa o projeto e responde ao ~
consumidor
'
.
'
' '
Distribuidora emite cobrança
' '
Consumidor efetua pagamento
' r
Projeto Não . Consumidor realiza adequações e
aprovado?
•
reapresenta o projeto
Sim
' r
Consumidor compra os equipamentos e
constrói a subestação
' '
Consumidor faz testes na subestação
, '
Consumidor envia carta de pedido de inspeção
.
'
' '
Distribuidora realiza a inspeção
' r
Subestação
aprovada?
Não
~
~
Consumidor providencia a
adequação
Sim ,
'
Consumidor solicita a ligação
' '
Distribuidora realiza a ligação
Figura 3.1: Fluxograma de ligação de uma subestação.
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3.1 Elaboração e apresentação do projeto da subestação
Toda subestação de consumidor deve ser projetada por um profissional
especializado com o objetivo de avaliar previamente as características
construtivas para atender à necessidade de energia elétrica do local, sempre
considerando os aspectos de segurança necessários para a operação e a
manutenção da subestação.
O projeto é realizado por um profissional autorizado e habilitado, que
deve recolher uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), com o intuito
de deixar registrado no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
(CREA) a sua responsabilidade pelo projeto.
A concepção do projeto deve considerar o atendimento das normas
técnicas e das especificações da distribuidora, que deve fornecer um documento
com a apresentação de seus requisitos básicos.
Esse projeto deve originar um memorial descritivo, em que o projetista
terá a oportunidade de relatar as premissas utilizadas para sua elaboração,
de tal forma que alguém que receba o projeto possa entender em detalhes as
premissas adotadas na sua concepção.
Depois de elaborado, o projeto deve ser apresentado previamente para
a distribuidora local, que terá a atribuição de analisar quanto à conformidade
aos requisitos mínimos estabelecidos e, posteriormente, enviar uma resposta
ao projetista, mencionando se o projeto está aprovado ou se existem não
conformidades que precisem ser adequadas.
Caso existam não conformidades, são apresentadas em uma carta específica
com a relação de itens a serem corrigidos. O projetista deve promover
a adequação solicitada e, posteriormente, reapresentar o projeto.
A apresentação do projeto deve ser feita quantas vezes for necessário
até a distribuidora aprová-lo. Uma vez aprovado, a distribuidora fica com
uma via do projeto para posterior conferência.
Junto com o projeto também é entregue uma carta de solicitação de
fornecimento, contendo uma série de documentações complementares para
que seja efetivado o pedido de ligação. A carta deve conter:
• Definição do tipo de subestação (sim pi ificada ou convencional),
conforme capítulo 2;
• Tipo construtivo (alvenaria, blindada ou poste);
• Demanda contratada;
• Grupo tarifário (azul ou verde);
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• Carga tota I instalada;
• Regime de trabalho (horas e dias da semana);
• Natureza da atividade (industrial, comercial etc.);
• Endereço da sede (quando aplicável);
• Nome, RG e CPF do representante legal e da testemunha;
• Dados de contato (telefone, e-mail, fax etc.);
• Dados cadastrais do responsável pelo pagamento (matriz ou filial,
quando a pi icável);
• Endereço de correspondência.
Anexa à carta de solicitação devem ser entregues também cópias dos
seguintes documentos:
• Contrato socia 1;
• Cartão do CNPJ;
• Inscrição Estadual;
• RG e CPF do representante legal;
• Contrato de locação (quando aplicável);
• Licença de funcionamento da Companhia Ambiental do Estado
(quando aplicável);
• Relação de carga discriminada por tipo de uso final;
• Projeto em três vias;
• ART do projeto e da execução.
A relação de documentos e exigências a ser apresentada pode variar
entre distribuidoras. A relação apresentada foi extraída do Livro de Instruções
Gerais (LIG) da AES - Eletropaulo - 2011.
As distribuidoras, a exemplo da CPFL, que possui o documento "Sistema
CPFL de projetos particulares via Internet - Fornecimento em tensão
primária", documentam os requisitos necessários ao pedido de fornecimento.
Segue o modelo de carta da CPFL para apresentação do projeto:
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
.----------------------------------.....1
-
CARTA DE APRESENTAÇAO DO PROJETO
(MODELO REDUZIDO)
(timbre do solicitante, se houver)
LL.
es
j!l
e:
o
LL.
(local e data)
'
A
(Citar nome da concessionária)
Prezados Senhores:
Pela presente, venho(vimos) encaminhar para apreciação de V.Sa, e liberação para execução,
o processo referente ao projeto das instalações elétricas da(o) (indústria ou imóvel),
situado à (endereço), no município de .
Estou(amos) encaminhando os documentos pertinentes, conforme solicitado nas normas
" Fornecimento em Tensão Primária l 5kV e 25kV - GED's 2855, 5856, 2858, 2859 e
2861" (no caso da RGE aplica-se o RIC-MT) e "Sistema CPFL de Projetos Particulares
Via Internet - Fornecimento em Tensão Primária - GED-4732".
Também estou(amos) encaminhando, em anexo, imagem da ART, referente ao Projeto (ou
Projeto e Execução), cuja firma poderá ser contatada através deste(s) responsável(eis)
signatário(s).
A previsão para energização deste prédio é para o mês de (mês) de (ano).
Faltando 90 (noventa) dias para o término da nossa obra, ou mesmo antes, se convocado
pela (citar nome da concessionária), nosso representante técnico irá manter contato
com a concessionária para a solicitação de interligação na rede.
Assumirei(emos) eventuais contribuições financeiras, previstas na Legislação, para a
execução das obras de interligação deste empreendimento.
Figura 3.2: Modelo de carta da CPFL para apresentação do projeto - Parte 1.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
.--------------------------------,....1
lL
~
~
De posse das informações citadas, prepararei(emos) e apresentarei(emos) imagem da ~
autorização da Prefeitura para o projeto dos dutos de entrada subterrânea, na parte que
ocupar a via pública, de acordo com as normas dessa Concessionária (vide nota).
Atenciosamente
(assinatura do responsável técn ico)
- nome legível
- endereço para correspondência
- telefone
- CREA
De acordo:
(Assinatura do proprietário do empreendimento)
- nome legível
- endereço
- telefone
Figura 3.3: Modelo de carta da CPFL para apresentação do projeto - Parte 2.
Para os projetos que preveem entrada de energia de forma subterrânea,
o cabo da unidade consumidora estará fixado no poste da distribuidora.
A CPFL define uma carta de compromisso de ocupação do poste, conforme
a seguir.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
.----------------------------------.....1
-
CARTA DE COMPROMISSO DE OCUPAÇAO DE POSTE DA
(CITAR NOME DA CONCESSIONÁRIA) E DE INSTALAÇÃO
DE DUTOS SUBTERRÂNEOS NA VIA PÚBLICA
(Modelo)
(timbre do solicitante, se houver)
LL.
es
j!l
e:
o
LL.
(Local e data)
'
A
(Citar nome da concessionária)
(endereço do escritório)
Atividade ou Nota Serviço Nº __ _
Pela presente, venho(vimos) encaminhar para apreciação de V.Sa, para fins de liberação
para execução, projeto do ramal de entrada subterrâneo, para o(a) (nome da indústria
ou imóvel a ligar), sito à (endereço), no município de , elaborado conforme norma
técnica de fornecimento em Tensão Primária 15 kV e 25 kV (GED's 2855, 2856, 2858,
2859 e 2861, no caso RGE aplica-se RIC-MT).
Para a ligação à rede de distribuição dessa companhia por meio de entrada subterrânea,
há necessidade da ocupação de um poste de propriedade da CPFL-Paulista (ou CPFL
-Piratininga) e declaro(amos) que estou(amos) de acordo em pagar quaisquer despesas
eventualmente necessárias, no futuro, em virtude da deslocação do referido poste.
Concordo(amos) que a ocupação do poste será a título precário e comprometo-me (ema
-nos) a remover as instalações, as minhas(nossas) expensas, caso a (citar nome da
concessionária) remova ou substitua o poste ocupado.
Declaro(amos) que na abertura e fechamento no passeio público (ou leito carroçável),
serei(emos) o(s) único(s) responsável(eis) junto a terceiros pela manutenção das características
anteriormente encontradas, bem como que a derivação do poste à minha(nossa)
propriedade continua a pertencer-me(nos), pelo que assumo(imos) plena responsabilidade
pelos danos, prejuízos e demais eventualidades que essa derivação venha a causar
a mim(nós) ou a terceiros.
Atenciosamente
(Assinatura do proprietário)
- nome legível
- endereço
- CNPJ ou CPF
Figura 3.4: Modelo de carta de compromisso da CPFL para ocupação do poste.
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3.2 Construção e testes da subestação
Somente após o recebimento da aprovação do projeto por parte da distribuidora
é que pode ser iniciada a compra dos materiais para construção da
subestação. Os materiais não devem ser adquiridos antes da aprovação do projeto,
porque podem ser solicitadas alterações significativas pela distribuidora, o
que promove uma alteração na relação e/ou na especificação do que deve ser
comprado.
,
E preciso tomar um cuidado especial quanto à especificação dos materiais
para evitar a compra de produtos de baixa qualidade. A especificação
técnica utilizada para a compra deve ser detalhada a ponto de cercar todas
as variáveis daquele material ou equipamento, de forma a não haver dúvida
do que está sendo comprado.
Após a compra e o recebimento dos materiais e equipamentos, inicia-
,
-se a montagem da subestação. E importante que o projeto seja seguido fielmente,
salvo imprevistos não contemplados nele, os quais devem ser objeto
de consulta do projetista e da concessionária posterior as built 1 •
Depois de terminada a montagem, é importante a realização de alguns
testes a fim de verificar se todos os equipamentos estão funcionando perfeitamente.
Recomenda-se a realização dos seguintes testes:
• Funcionamento dos disjuntores;
• Operação dos intertravamentos;
• Medição de resistência de isolação no disjuntor;
• Medição de resistência de isolação nas chaves seccionadoras;
• Medição de resistência de isolação nas terminações dos cabos de
alta tensão;
• Medição de resistência de isolação nos transformadores;
• Medição de resistência de isolação dos barramentos;
• Análise de óleo do transformador;
• Verificação do TAP do transformador;
• Ensaio de relação de transformação do transformador;
• Ensaio de tensão aplicada no barramento e cabos;
• Medição de resistência de aterramento;
• Continuidade da fiação de comando, medição e proteção;
• Atuação dos relés.
1
Termo em inglês que significa "como construído", ou seja, trata-se da revisão do projeto que contempla
todas as modificações rea lizadas durante a construção da subestação, devido a interferências ou
problemas que não haviam sido previstos no projeto.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
Caso seja encontrada alguma não conformidade nesses testes, deve
ser realizada a adequação do problema encontrado, antes de ser feito o pedido
de inspeção da subestação para a distribuidora.
3.3 Pedido de inspeção
Depois de concluídos todos os testes e adequações, a distribuidora
deve ser acionada para pedir que a subestação seja inspecionada.
Um técnico da distribuidora realiza uma visita ao local para verificar se
a construção e a montagem foram realizadas conforme o projeto aprovado.
Caso seja encontrada alguma irregularidade, a subestação pode ter a ligação
adiada até a correção do problema.
Durante essa vistoria a distribuidora pode exigir alguns relatórios de testes
de comissionamento, bem como efetuar medições próprias a fim de verificar
algumas informações. Segue o modelo de carta da CPFL para realizar o pedido
de inspeção da subestação .
....--------------------------------,....1
es
LL
PEDI DO DE VISTORIA
Data:
Atividade ou Nota Serviço Nº __
Interessado:
Localidade:
Telefone de informações e contatos:
E-mail:
Venho pela presente solicitar a inspeção dos serviços executados na propriedade acima
qualificada e construídos conforme projeto vistado por essa companhia.
Declaro que as instalações executadas sob a responsabilidade técnica constante da ART
Nº encontram-se totalmente concluídas e desenergizadas, que vai do ponto de
entrega até a medição, ou além , conforme esclarece a Norma Técnica da (citar nome
da concessionária), Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Primária 15 kV e 25
kV - Volume 1 (no caso da RGE aplica-se RIC-MT, e verificação feita conforme roteiro de
vistoria, anexo Il i da norma Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Primária 15 kV
e 25 kV - volume 3 - Anexos (no caso da RGE aplica-se RIC-MT).
Responsável técnico
CREA
Figura 3.5: Modelo de carta da CPFL para pedido de inspeção da subestação.
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3.4 Sistema de tarifação de uma ligação em alta tensão
De acordo com a Resolução 414, de 9 de setembro de 2010, da
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), as unidades consumidoras
são classificadas pelo nível de tensão que a distribuidora fornece no ponto
de entrega 2 • De acordo com o valor da tensão o consumidor se enquadra em
um determinado subgrupo tarifário.
As unidades consumidoras que recebem energia elétrica em tensão
inferior a 2,3 kV são classificadas como grupo B (exceção aos clientes do
sistema subterrâneo), já os consumidores que estão ligados em uma tensão
superior a 2,3 kV são classificados como grupo A, subdivididos nos seguintes
grupos:
• Al: tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV;
• A2: tensão de forneci menta de 88 kV a 138 kV;
• A3: tensão de forneci menta de 69 kV;
• A3a: tensão de fornecimento de 30 kV a 44 kV;
• A4: tensão de fornecimento de 2,3 kV a 25 kV;
• AS: tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV, atendidas a partir do
sistema subterrâneo de distribuição e faturadas nesse grupo em
caráter opcional.
A tarifa de energia elétrica do subgrupo Al possui um valor menor do
que a tarifa do subgrupo A2 e assim sucessivamente até o subgrupo AS. A
tarifa é mais cara para o consumidor que está conectado a uma tensão menor
de fornecimento, porque para a energia elétrica chegar até os níveis mais
baixos de tensão, a distribuidora precisou investir em uma infraestrutura
maior de transmissão e transformação, que requer um custo de construção,
manutenção e operação que não existe em um consumidor do subgrupo Al.
Entretanto, vale destacar que apesar de a tarifa ser mais barata para
o fornecimento em uma tensão mais elevada, o consumidor precisa investir
na sua infraestrutura de recebimento e transformação dessa energia, ou seja,
precisa construir uma subestação.
Para as unidades consumidoras de baixa tensão (grupo B) aplica-se
uma tarifa monômia (um único componente - energia) e para aquelas unidades
pertencentes ao grupo A (alta tensão) aplica-se uma tarifa binômia (dois
componentes - energia e demanda).
A unidade consumidora do grupo A deve contratar uma demanda, que
significa a capacidade da rede de distribuição que está disponível para sua
utilização.
2
Ponto de entrega é o ponto de conexão do sistema elétrico da distribuidora com as instalações elétricas
do consumidor, sendo o limite de responsabi lidade entre as partes.
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Caso a demanda máxima registrada no período de faturamento fique
abaixo da demanda contratada, é cobrada a demanda contratada, porém caso
a demanda registrada fique acima da demanda contratada, desde que não ultrapasse
o limite de 5%, conforme a nova Resolução 414, de 09/09/2010, da
ANEEL, é cobrado o valor registrado multiplicado pela tarifa.
Exemplo A:
Demanda contratada: 100 kW
Demanda máxima registrada: 90 kW
Conta de energia elétrica: 100 x tarifa
Exemplo 8:
Demanda contratada: 100 kW
Demanda máxima registrada: 104 kW
Conta de energia elétrica: 104 x tarifa
Se houver ultrapassagem superior ao limite de 5%, a demanda faturada
é aquela registrada multiplicada pela tarifa, somada ao valor da diferença
entre a demanda máxima registrada e a demanda contratada, multiplicada
pela tarifa vezes 2.
Exemplo C:
Demanda contratada: 100 kW
Demanda máxima registrada: 120 kW
Conta de energia elétrica: ( 120 x tarifa) + (20 x tarifa x 2)
Portanto, a ultrapassagem da demanda contratada acima do percentual
de tolerância pode ser entendida como uma multa, devido ao elevado valor da
tarifa de ultrapassagem.
Existem ainda duas modalidades de tarifa que uma unidade consumidora
em alta tensão pode escolher:
• Horossazonal azul;
• Horossazonal verde.
A Resolução 479 da ANEEL, publicada em 2012, não permite novas
adesões à modalidade convencional, e estipulou regras para que as unidades
consumidoras que possuem contrato nesse tipo de tarifa migrem para alguma
das tarifas horossazonais (azul ou verde). Essas regras variam conforme
a demanda contratada e a data em que ocorre a revisão tarifária de cada
distribuidora, sendo que até 2018 não deverá haver mais nenhuma unidade
consumidora contratada na tarifa convencional.
A principal diferença entre as tarifas azul e verde está nos valores dos
horários de ponta e fora de ponta. Para a tarifa verde o valor da demanda
(kW) é único independente do horário do dia, mas a energia consumida
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
(kWh) no horário de ponta é muito mais cara que no horário fora de ponta.
A demanda da tarifa azul no horário de ponta é mais cara que no horário
fora de ponta, porém a energia consumida no horário de ponta não é tão alta
como no horário fora de ponta em relação à tarifa verde.
,
Unica
Ponta
Fora de ponta
Ponta
Fora de ponta
Ponta
Fora de ponta
Fonte: Elaboração própria, adaptado da Resolução 414/201 O da ANEEL
Tabela 3.1: Cobrança de energia e demanda das tarifas disponíveis para consumidores do grupo A
Caso a tensão de fornecimento seja igual ou superior a 69 kV, compulsoria
mente essa unidade consumidora será cobrada pela ta rifa horossazona I azu 1.
Tensão de
fornecimento
Demanda
contratada
I Harossazonal azul Harossazonal Verde
Qua lquer tensão < 69 kV
Qua lquer demanda Qualquer demanda
A Resolução 414 da ANEEL determina que o horário de ponta compreende
um período de três horas consecutivas do dia definido pela distribuidora,
exceção feita aos sábados, domingos e feriados nacionais. São apresentados a
seguir os horários de ponta de algumas das principais distribuidoras:
• Eletropaulo: 17h30 às 20h30
• Bandeirante: 17h30 às 20h30
• CPFL: 18 às 21 horas
• Elektro: 17h30 às 20h30
• Copel: 18 às 21 horas
• Light: 17 h30 às 20h30
• Ampla: 18 às 21 horas
A partir de janeiro de 2015 teve início o sistema de bandeiras tarifárias,
que implica em acréscimo da tarifa quando as condições de geração de energia
elétrica estão mais custosas. Foram criadas três bandeiras, identificadas
pelas cores verde, amarelo e vermelho.
A cor da bandeira depende do custo de geração das usinas. Se houver
disponibilidade de água para utilizar as usinas hidrelétricas, nas quais o custo
de geração é mais baixo, utiliza-se a bandeira verde e o consumidor não
tem acréscimo no valor de sua energia. Quando a disponibilidade de água for
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insuficiente, são acionadas as usinas térmicas nas quais o custo de geração é
mais alto (quanto mais usinas térmicas acionadas, mais elevado será o custo
de geração de energia, fazendo com que a bandeira passe para as cores amarela
e vermelha).
Em condições de bandeira amarela, há acréscimo na tarifa e, na bandeira
vermelha, o acréscimo é maior. Os valores adicionais são definidos pela
ANEEL.
3.5 Exercícios
1. Desenhe o fluxograma de ligação de uma subestação.
2. Relacione os documentos que devem ser entregues no projeto para
a distribuidora.
3. Cite cinco testes que devem ser realizados após o término da construção
da subestação.
4. Uma unidade consumidora do grupo A paga uma tarifa binômia. O
que isso significa?
5. Quais são os três tipos de tarifa existentes para as unidades consumidoras
do grupo A?
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•
• •
Este capítulo tem como objetivo definir a função, as características, a
forma de acionamento e os tipos de equipamentos utilizados nas subestações
de consumidores de alta tensão. Não há o propósito de abordar os aspectos de
cálculo de corrente, tensão ou tempo de atuação deles. Os procedimentos de ensaio
dos equipamentos apresentados serão abordados no capítulo 7.
4.1 Ramal de ligação
,
E o conjunto de condutores, com respectivos materiais necessários a
sua fixação, que interliga o ponto de entrega da d istri bu idora aos terminais
de entrada da subestação do consumidor.
O ramal de ligação pode ser definido diferentemente em função do tipo
de entrada de energia, podendo ser:
Entrada aérea
,
E aquele constituído de condutores nus, suspensos em estruturas, podendo
ser de cobre ou alumínio.
Entrada subterrânea
,
E aquele constituído de condutores isolados, instalados dentro de eletroduto,
diretamente enterrado no solo.
Nas subestações de tensão inferior a 69 kV, normalmente se utiliza um
único ramal de ligação. Dependendo da característica do consumidor e da
disponibilidade da distribuidora, pode-se fornecer dois ramais. Somente um
ramal deve alimentar a unidade consumidora de energia elétrica, ficando o
segundo como reserva para utilização somente no caso de falta de energia
no ramal principal.
O fornecimento de dois ramais é realizado, quando solicitado para a
concessionária, mediante justificativa técnica e dispon i bi I idade da d istri bu i
dora. Normalmente, o custo de construção desse segundo ramal é atribuído
ao consumidor.
Em subestações de tensão superior a 69 kV, é comum a distribuidora
disponibilizar dois ramais de ligação. Da mesma forma, somente um ramal
deve suprir a unidade consumidora, ficando o segundo ramal como reserva.
O ramal de ligação é composto de três condutores, sendo um para
cada fase, mais um condutor para o neutro com o objetivo de promover a
equipotencialização entre o neutro da distribuidora com o terra e com o neutro
da unidade consumidora.
No caso de entrada subterrânea podem ser uti I izados três cabos si nge-
,
los ou um cabo trifásico. E recomendável que seja instalado um cabo reserva
que ficará ligado em uma fase no poste da distribuidora e isolado dentro da
subestação do consumidor. O cabo reserva apresenta a vantagem de fácil e
rápido restabelecimento do fornecimento de energia no caso de queima de
um cabo da unidade consumidora, pois simplesmente é necessário desconectar
o cabo danificado e conectar o cabo reserva.
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O dimensionamento dos condutores deve levar em consideração a carga
prevista de ser instalada na unidade consumidora , bem como deve ser
atendido o padrão da distribuidora.
4.2 Cabo isolado de alta tensão
Os cabos isolados de alta tensão podem ser unipolares (singelos),
como mostra a Figura 4. la, ou tripolares, como o da Figura 4.1 b. Eles possuem
características diferentes dos cabos de baixa tensão. Além do condutor
de cobre ou alumínio ao centro do cabo, há outras camadas ao seu redor.
Ao redor do condutor central existe uma camada de fita semicondutora
. Em seguida, está presente a isolação, que pode ser de diversos materiais.
Atualmente, a tecnologia utiliza materiais sintéticos, como XLPE (polietileno)
ou EPR (etileno propileno). Ao redor da isolação existe outra camada de fita
semicondutora; depois está instalada a blindagem ou malha de aterramento.
A última camada é uma proteção de borracha .
- 1 Condutor
- 2 Semicondutor
-- 3 Isolação
--4 Semicondutor
--- 5 Blindagem
---- 6 Cobertura externa
Figura 4.la: Camadas de um cabo de alta tensão.
~ --- 1 Condutor
~ -- 2 Tela semi-condutora
-+---- 3 Tela condutora
- -- 5 Tela de isolamento
- -- 6 Tela de fita de cobre
-t--- 7 Enchimento
_,_ __ 8 Fita de ligação
_,_ __ 9 Fita de aço armada
,__ __ 1 O Revestimento exterior
Figura 4.lb: Camadas de cabo de alta tensão isolado tripolar.
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As fitas semicondutoras possuem a função de filtrar e uniformizar as
diversas linhas de campo magnético formadas pelos vários condutores que
compõem o condutor central.
A blindagem deve sempre ser aterrada para garantir que, na ocorrência
de uma falha na isolação, a região ao redor do cabo não fique energizada.
Envolta de todas essas camadas existe uma cobertura externa que possui a
função de proteger mecanicamente o cabo.
Recomenda-se que a blindagem seja aterrada somente em uma extremidade
do cabo, com o propósito de impedir que eventuais diferenças de potenciais,
que possam existir entre as malhas de aterramento dos dois locais
interligados por esse cabo, sejam equipotencializadas pela blindagem, o que
provocaria uma circulação de corrente permanente na blindagem, podendo
danificar o cabo. Contudo, podem existir situações previstas em projeto no
qual o aterramento deve ser realizado nas duas extremidades do cabo.
Existe também um cabo que possui na sua isolação um tipo de papel
impregnado com óleo isolante. O óleo é mantido sob pressão e monitorado
constantemente para assegurar que um vazamento não elimine a camada
isolante, vindo a danificar o cabo.
A isolação do cabo de alta tensão é determinada por dois valores. O
primeiro corresponde à isolação do cabo entre fase e terra e o segundo, ao
valor de tensão suportável entre fase-fase. Por exem pio, o cabo 8, 7 /15 kV
suporta até esses valores de tensão, quando aplicado da seguinte forma:
8,7 kV 15· kV
Figura 4.2: Isolação suportável entre fases e entre fase e terra em um cabo de alta tensão.
Um cabo de alta tensão não pode ser conectado em sua extremidade
da mesma forma que um cabo de baixa tensão, pois a decapagem de sua
extremidade deixaria muito próximo a parte central do cabo, que está energizada,
da blindagem que está aterrada, provocando um curto-circuito.
Para resolver essa questão, é necessário fazer uma terminação, também
conhecida como mufla, na extremidade dos cabos de alta tensão. Basicamente,
os tipos de terminação usados são:
• Termocontrátil;
• Retráti I a frio;
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• Porcelana;
• Enfaixada;
• Desconectável.
Os três primeiros tipos podem ser utilizados tanto para uso interno
como externo e recomenda-se que a terminação enfaixada e a desconectável
sejam utilizadas somente em aplicações internas.
Todos esses tipos de terminação são vendidos na forma de um kit, que
contém praticamente todos os recursos necessários para realizar a terminação
e também as instruções para confeccioná-la.
Para a confecção das terminações, além
do material fornecido no kit, é necessário dispor
de ferramentas para decapagem do cabo, e
também se deve providenciar o terminal correto
a ser instalado na ponta do cabo.
O processo de deca pagem dos cinco tipos
de terminação é muito similar. A principal diferença
está na capa externa da terminação. No
caso da terminação termocontrátil a capa externa
já vem expandida e, após posicionada, deve
ser aquecida com um soprador térmico, que faz
com que o material se contraia, "abraçando" o
cabo.
No sistema retrátil a frio a capa externa é
mantida expandida por meio de um anel interno
de fio de náilon, que quando tem sua extremidade
puxada, se desenrola, permitindo que a capa
externa se contraia, finalizando a confecção da
terminação.
Figura 4.3: Terminação retrátil a frio.
Figura 4.4: Terminação
de porcelana.
A terminação em porcelana, como o próprio
nome já diz, é composta de uma peça de
porcelana cheia de silicone por dentro para
garantir a vedação. Após decapado, o cabo é
colocado no seu interior e fixado por parafusos
apropriados.
•
•
O tipo mais simples de terminação é a
enfaixada, formada somente por fitas enroladas
em sua extremidade.
A terminação desconectável utiliza o sistema
de plugue (tomada), constituído de um
macho e uma fêmea , que faci I ita a remoção
Figura 4.5: Terminação enfaixada.
ou a conexão das terminações, como mostra a
Figura 4.6.
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Figura 4.6: Terminal desconectável cotovelo.
Figura 4.7: Terminal desconectável reto.
Os kits de todos os tipos de terminação acompanham um manual que
apresenta o roteiro passo a passo de como confeccionar a terminação, desde
a decapagem até o acabamento.
Eventualmente se faz necessária a realização de emenda de cabos nas
instalações de rede de distribuição entre a cabine primária e a secundária ou
entre cabines secundárias. Os tipos de emendas normalmente encontrados são:
• Termocontrátil;
• Retráti I a frio;
• Enfaixada;
• Desconectável.
Assim como nas terminações, essas emendas são encontradas em forma
de kits com as especificações e os materiais necessários à sua confecção.
Vale destacar que as ementas desconectáveis possuem vários modelos,
facilitando a montagem e as derivações, conforme se vê na Figura 4.8.
BTX
e:
ro
·Ē
~
a..
PIB
1 PAT
DAT
1
DAT
-4-
+---3 E---!t-
-----
TDC 1
o
TDC
RIB
Derivação de circuito com barramento triplexado
DAT Dispositivo de Aterramento
PIB
Plugue Isolante Blindado
BTX Barramento Triplexado
PAT Plugue de Aterramento
RIB
Receptáculo Isolante Blindado
Figura 4.8: Acessórios desconectáveis.
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Figura 4.9: Emenda de cabos tipo enfaixada.
4.3 Para-raios
Os para-raios instalados nas subestações são destinados a proteger a
construção e os equipamentos de um circuito contra surto de tensão transitório
de origem externa provocado por descargas elétricas atmosféricas
e/ou anomalias de origem interna (como manobras ou chaveamentos). Esses
eventos provocam sobretensão nas instalações, podendo ocasionar a queima
de equipamentos.
No sistema elétrico de potência podem ser encontrados os seguintes
tipos de para-raios:
• Cabo para-raios;
• Para-raios do tipo haste reta (Franklin, gaiola de Faraday);
• Para-raios do tipo válvula.
4.3.1 Cabo para-raios
Situado acima dos condutores de uma linha de transmissão aérea, o
cabo para-raios tem a finalidade de protegê-la contra descargas atmosféricas
diretas, atenuar a indutância da linha e equipotencializar o potencial de terra
da concessionária e o sistema de aterramento da subestação.
Cabo para-raios
Figura 4.10: Cabo para-raios.
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4.3.2 Para-raios do tipo haste reta
Instalado nas partes mais altas das estruturas e da construção da subestação,
o para-raios do tipo haste reta se constitui de um mastro metálico
e um captor, que possui a função de receber descarga atmosférica, protegendo
a edificação e as instalações civis contra descargas elétricas atmosféricas.
4.3.3 Para-raios do tipo válvula
O para-raios do tipo válvula é conectado na fase em seu lado superior e
no aterramento no seu lado inferior. Os para-raios são monofásicos, portanto
é preciso instalar um em cada fase, ficando ligados em paralelo com a instalação
elétrica. Os para-raios do tipo válvula são utilizados nas subestações
com objetivo de proteger os equipamentos elétricos do circuito.
No formato de um tubo isolante, que internamente possui elementos
de proteção fabricados de óxido de zinco, o para-raios mantém a isolação
elétrica entre o lado superior e o lado inferior, até que seja submetido a um
valor de tensão ou corrente (provocado por descarga elétrica atmosférica ou
eventual anomalia) superior a seu valor nominal, criando um caminho de
baixa impedância à terra, descarregando a sobretensão existente e protegendo
os equipamentos do circuito.
Nesse processo, a tensão automaticamente se reduz, e o para-raios
volta a estabelecer a sua condição isolante, a não ser que a descarga elétrica
seja muito elevada, o que pode danificá-lo.
A norma da ABNT N BR 14039, de 2004, proíbe o uso de para-raios
de porcelana em instalações elétricas, e recomenda sua substituição por
para-raios poliméricos.
Figura 4.lla: Para-raios do tipo válvula classe 15 k~
Figura 4.llb: Para-raios do tipo
válvula classe 88/138 k~
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4.4 Disjuntores
A chave disjuntara - ou disjuntor de média e alta tensão - é um equipamento
eletromecânico destinado a interromper correntes elétricas de um
circuito em condições normais de operação, ou quando, na ocorrência de
curtos-circuitos, sobre correntes ou anomalias existentes no sistema.
Para analisar o funcionamento dos disjuntores, é interessante conhecer
as características do arco elétrico, que pode ser definido como um fenômeno
físico do sistema elétrico, sempre que ocorrer a passagem de corrente elétrica
por um meio isolante, em virtude do rompimento de suas características
isolantes.
A energia proveniente do arco elétrico é transformada em outras formas
de energia, como calor, energia luminosa ou energia acústica, podendo
provocar explosão e danos aos equipamentos.
Os disjuntores são equipamentos que permitem a interrupção do circuito,
mesmo com elevadas correntes, controlando os efeito do arco elétrico,
de forma a não causar nenhum dano ao equipamento ou ao sistema.
A intensidade do arco elétrico depende da corrente que esteja percorrendo
o circuito no momento de sua interrupção e do tempo de abertura do
circuito. Durante a abertura do disjuntor, ocorre a ionização do meio isolante
entre o contato móvel e o contato fixo, formando um gás eletricamente condutor,
queimando o meio isolante e deteriorando os contatos.
Para evitar que, a cada abertura, os contatos se danifiquem, os disjuntores
possuem um sistema de extinção do arco elétrico. A tecnologia empregada
para efetuar a extinção do arco é exatamente a característica que define
o tipo do disjuntor, e pode ser:
• Grande volume de óleo (GVO);
• Pequeno volume de óleo (PVO);
• Sopro magnético;
• Ar comprimido;
• Vácuo;
• Gás.
4.4.1 Disjuntor a óleo
São disjuntores que utilizam óleo isolante como elemento de extinção
do arco elétrico. Existem dois tipos de disjuntor a óleo, sendo grande volume
de óleo (GVO) e pequeno volume de óleo (PVO). O que os diferencia é a
quantidade de óleo utilizada, tamanho físico e alguns detalhes construtivos.
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4
9
8
• 1
1
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6
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1 - Cabeçote metálico
2 - Contato fixo
3 - Câmara de extinção
4 - Contato móvel
5 - Bucha isolante
6 - Alavanca de ligar e desligar
7 - Varão de acoplamento
8 - Compartimento de sustentação
9 - Óleo isolante
Figura 4.12: Características internas de um polo de disjuntor a pequeno volume de óleo.
Por ter boa característica dielétrica de extinção e resfriamento, o óleo
mineral isolante sempre foi utilizado como meio de extinção do arco elétrico
desde os disjuntores mais antigos. No momento da abertura e do fechamento
do disjuntor, o arco elétrico provoca uma elevada temperatura dentro da câmara
de extinção, provocando decomposição do óleo e desgaste dos contatos.
A decomposição do óleo forma vários gases, entre eles o hidrogênio
que é considerado um bom condutor térmico, mantendo essa temperatura
elevada no caminho do arco elétrico.
O arco elétrico é extinto quando o óleo é injetado com uma temperatura
menor e com a rigidez dielétrica maior, diretamente no ponto onde está
formado o arco elétrico.
Esse movimento do óleo ocorre da seguinte forma: o polo do disjuntor
está cheio de óleo e quando o disjuntor está fechado, o contato móvel está
na parte superior do polo acoplado ao contato fixo. Durante a abertura do
disjuntor o contato móvel é projetado para a parte de baixo do polo, tomando
espaço de uma parte do óleo que ali se encontra. O único lugar para onde
esse óleo pode ir é a parte superior do polo.
Quando o óleo sobe, a câmera de extinção direciona o óleo que está
subindo para a parte central do polo, que é justamente onde está se formando
o arco elétrico, que é extinto.
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Figura 4.13: Processo de abertura de um disjuntor a pequeno volume de óleo.
4.4.2 Disjuntor a ar comprimido
Trata-se de um disjuntor que utiliza o ar comprimido para realizar a
extinção do arco elétrico formado durante sua abertura. Atualmente esse
disjuntor tem sido pouco utilizado e está sendo substituído por disjuntores
a gás. A sua aplicação é restrita às subestações de tensão superior a 69 kV.
Além de promover a extinção do arco elétrico, o ar comprimido também
é responsável por gerar o movimento mecânico que faz o acionamento
do disjuntor.
Durante o acionamento o compressor do mecanismo do disjuntor fornece
ar comprimido na quantidade e pressão necessárias para extinção do
arco elétrico. Esse procedimento consiste em criar um fluxo de ar sobre arco,
provocado por um diferencial de pressão, quase sempre descarregando o ar
comprimido para a atmosfera.
Existem dois sistemas de extinção do arco elétrico com a uti I ização do
ar comprimido: sistema unidirecional e sistema bidirecional:
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• Sistema de sopro unidirecional (mono blast): nesse sistema o ar
comprimido flui por dentro do contato fixo até o ponto onde está
sendo formado o arco elétrico, promovendo a sua extinção.
• Sistema de sopro bidirecional (dual blast): nesse sistema o ar
comprimido flui tanto por dentro do contato fixo como por dentro
do contato móvel, atingindo o ponto onde está sendo formado o
arco elétrico, promovendo a sua extinção.
Para garantir o bom funcionamento do disjuntor, extinguindo o arco de
forma rápida e eficiente, o arcomprimido utilizado deve ser limpo, isento de impurezas
e sem umidade.
Esse tipo de disjuntor possui como suas principais vantagens:
• Rapidez de operação;
• Meio de extinção (ar) não inflamável;
• Boa capacidade de extinção do arco elétrico;
• Fácil captação do meio de extinção (ar) em relação a outros disjuntores.
Entretanto, esse tipo de disjuntor possui algumas desvantagens, como:
• Elevado nível de ruído durante a sua operação e durante a reposição
do ar comprimido;
• Custo de manutenção elevado;
• Necessidade de muito espaço físico para sua instalação.
4.4.3 Disjuntor a sopro magnético
Os disjuntores a sopro magnético utilizam um campo magnético e o ar
comprimido para a extinção do arco elétrico. Durante a abertura do disjuntor
o percurso da corrente elétrica é direcionado a passar por uma bobina que
1 imita a intensidade da corrente elétrica.
Concomitantemente à abertura do disjuntor, um sopro de ar direciona
o arco elétrico que estava se formando para a parte superior do disjuntor
onde se encontra a câmara de extinção formada por placas de amianto, promovendo
o fracionamento e a extinção do arco elétrico.
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1-411
1 .....
(1) (2)
1 .....
(3) (4)
Figura 4.14: Funcionamento de um disjuntor a sopro magnético.
Esse tipo de disjuntor foi comercializado até o final da década de 1980
e a sua princi pai aplicação ocorreu nas distribuidoras de energia. Não é comum
encontrar esse disjuntor nas subestações de consumidores.
4.4.4 Disjuntor a vácuo
São disjuntores que utilizam o vácuo para a extinção do arco elétrico.
Podemos dizer que esse sistema é um dos mais eficientes para extinção
do arco, pois no vácuo não há decomposição de gases, e as câmaras hermeticamente
fechadas sobre pressão eliminam o efeito do meio ambiente,
mantendo um dielétrico permanente. Sem a queima e sem as oxidações dos
contatos, a ampola a vácuo garante uma resistência de contato baixa, prolongando
a vida útil do equipamento.
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A câmara de extinção é um recipiente vedado de porcelana, vidro
vitrificado ou epoxi, com dois contatos internos que, ao serem acionados,
fecham-se, auxiliados por um fole metálico.
Caso a ampola a vácuo apresente defeito, ela precisa ser substituída,
pois devido à sua característica construtiva e ao alto vácuo existente em seu
interior, não é possível realizar manutenção em seus contatos internos, entretanto
a sua vida útil é muito longa. Alguns fabricantes chegam a prever que
o equipamento pode suportar até trinta mil operações.
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81
1 - Contato fixo
2 - Terminação
3 - Isolador (cerâmica)
4 - Câmara de comutação
5 - Fole metálico
6 - Mancai/guia
7 - Contato móvel
8 - Acionamentos
Figura 4.15: Ampola de um disjuntor a vácuo.
O disjuntor a vácuo começou a ser comercializado na década de 1970
e, atualmente, é o mais comercializado para as subestações de 3,8 kV a
34,5 kV, nas subestações de consumidores e nas distribuidoras de energia.
4.4.5 Disjuntor a gás
Esse disjuntor utiliza o gás hexafluoreto de enxofre (SF 6 ) para extinção
de arco elétrico. O SF 6 , quando em condições normais, é altamente dielétrico,
não inflamável , não tóxico, inodoro e inerte até cerca de 5.000 ºC. Seu
peso específico é de 6, 14 g,'I, correspondente a cinco vezes o peso do ar. Sua
estrutura molecular simétrica e estável torna-o um gás nobre.
O gás SF 6
pode ser utilizado como isolante em disjuntores de até elevada
classe de tensão. As suas câmaras são fechadas com o gás injetado sobre
- pressao.
Durante o movimento de abertura e fechamento, o gás está presente
entre os contatos fixo e móvel, devido ao próprio movi menta do disjuntor ou
através de válvula interna na câmara de extinção, que resulta uma eficaz
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extinção do arco elétrico, acarretando desgaste muito pequeno dos contatos,
diminuindo, assim, os custos com manutenção.
4.4.6 Mecanismo dos disjuntores
O mecanismo do disjuntor é o responsável por impulsionar o contato
móvel dos polos, promovendo a sua abertura e o seu fechamento. Esse movimento
precisa ser rápido e constante tanto na abertura quanto no fechamento.
Nos disjuntores de nível de tensão até 35 kV o sistema mais utilizado,
que atende à necessidade de rapidez no acionamento, emprega molas que
são carregadas manualmente, por meio de alavanca, catraca, manivela ou
de um motor acoplado à caixa de comando.
Para disjuntores de nível de tensão de 69 kV, ou superior, além do sistema
de acionamento utilizando mola, sistemas pneumáticos ou hidráulicos também
podem ser usados, com compressores ou macaco hidráulico, respectivamente,
os quais ficam alojados na caixa de acionamento do disjuntor.
O sistema possui duas molas: uma com a função de ligar o disjuntor
e outra que o desliga. Eventualmente, alguns modelos de disjuntor possuem
duas molas para efetuar a mesma função (ligar ou desligar). Isso ocorre porque
o projeto do disjuntor previu que, para obter a força mecânica requerida
para efetuar a operação, seriam necessárias duas molas, entretanto, sempre
haverá molas específicas para cada função de ligar e desligar.
Nesse sistema existe uma manivela, alavanca ou motor, que se encarrega
de carregar a mola de ligar, deixando o disjuntor em condições de ser ligado, pelo
comando elétrico ou pelo comando manual.
Ao fechar o disjuntor, a mola de ligar descarrega, fechando-o e carregando
a mola de desligar, deixando-a tencionada e em condições de desligar
o disjuntor.
Dentro do mecanismo as molas são mantidas carregadas por uma
trava conhecida como "bico de papagaio". Ao efetuar um comando de acionamento,
essa trava libera a mola que se descarrega, promovendo a abertura
ou o fechamento do disjuntor.
Vale destacar que o carregamento manual ou motorizado sempre é
feito na mola de ligar, pois a mola de desligar é carregada automaticamente
pelo próprio sistema no momento em que o disjuntor está sendo fechado.
4.4.7 Acionamento dos disjuntores
Conforme estudado no item anterior, o disjuntor atua mediante o acionamento
pneumático, hidráulico ou de molas. Seu disparo ocorre somente
após o recebimento de um comando.
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Existem três tipos de comando que podem acionar os disjuntores:
• Comando manual mecânico;
• Comando manual elétrico;
• Comando automático.
4.4.7 .1 Comando manual mecânico
,
E realizado no próprio disjuntor pelos botões de ligar e de desligar que
existem na parte frontal do disjuntor. Quando acionado, tanto os botões de
ligar como de desligar liberam a trava de sustentação da respectiva mola,
promovendo a abertura ou o fechamento do disjuntor.
Esse comando deve ser evitado quando possível, pois para pressionar
o botão, o profissional deve estar muito próximo ao disjuntor e caso venha
a ocorrer algum problema na instalação durante a operação, o risco de um
acidente é maior do que se o profissional estivesse mais afastado.
4.4.7 .2 Comando manual elétrico
O comando elétrico é realizado por manopla ou botoeiras fixadas em
um painel de comando. Esse painel pode ser instalado próximo ao disjuntor
ou em algum local dentro da subestação e até mesmo fora dela.
Para efetuar esse tipo de comando, o disjuntor deve ser provido de
motor de carregamento de mola, bobina de ligar e bobina de desligar. As
bobinas fazem a função do comando manual, pois quando acionadas, o seu
êmbolo atua sobre a trava de sustentação das molas de ligar ou desligar,
promovendo a abertura ou o fechamento do disjuntor.
Ainda é possível acionar os disjuntores por meio de um supervisório
ou de comandos lógicos, por um canal de comunicação que chegue até a
subestação.
4.4. 7 .3 Comando automático
,
E realizado por meio dos relés de proteção. Trata-se de uma operação
automática porque, depois de instalados e parametrizados, os relés atuam
independentemente de qualquer intervenção de um profissional.
Quando o relé é acionado, devido a alguma anomalia ocorrida na subestação,
ele pode atuar enviando um comando elétrico para as bobinas de
ligar e desligar ou então através de uma barra de acionamento que transmite
o movimento mecânico do relé diretamente para a trava da mola do disjuntor.
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Figura 4.16: Painel de acionamento de um disjuntor com relé
para comando automático e botoeiras para comando elétrico.
4.5 Chaves seccionadoras
São dispositivos destinados a realizar manobras de abertura e fechamento
de um circuito elétrico sem carga. Em condições normais e com seus
contatos fechados, as chaves seccionadoras devem ser capazes de manter a
condução de sua corrente nominal, inclusive em condições de curto-circuito,
sem sobreaquecimento.
Geralmente, as chaves seccionadoras utilizadas em subestações são
trifásicas com acionamento simultâneo das três fases por intermédio de um
comando único. Cada fase é munida de isolador para a sustentação do contato
fixo e outro isolador para sustentação do contato móvel. O contato móvel
está I igado em um eixo rotativo que pode ser acionado por um bastão de
manobra ou por intermédio de uma manopla.
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Figura 4.17: Chave seccionadora tripolar com acionamento por manopla.
Em subestações de tensão superior a 69 kV podem ser encontradas
chaves seccionadoras com abertura central ou lateral por meio de contatos
simples ou duplos e o seu acionamento pode ser manual ou motorizado,
acionado por intermédio de um comando elétrico com botoeiras.
Apesar de as chaves seccionadoras serem projetadas para não realizarem
nenhuma operação de abertura ou fechamento sob carga, existe um
tipo de chave que permite a operação quando há carga no circuito, porém é
importante destacar que a chave não pode operar quando por ela percorrer
a sua corrente nominal suportável, tampouco operar em situação de curto
-circuito.
A abertura ou o fechamento dessa chave somente pode ocorrer quando
estiver percorrendo uma corrente elétrica limitada pelo circuito. Por exemplo,
a chave seccionadora modelo HRL do fabricante Beghim possui a corrente
nominal de 400 A ou 630 A, porém o sistema de extinção de arco existente
somente pode interromper uma corrente de 90 A, considerando um fator de
potência de 0,85.
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Figura 4.18: Chave seccionadora tripolar com dispositivo de abertura sob carga.
Esse tipo de chave seccionadora d is põe de um sistema de molas e
contatos auxiliares que possuem a seguinte função: durante o movimento de
abertura, os contatos principais iniciam o seu movimento, mas os contatos
auxiliares permanecem fechados dentro da câmara de extinção; simultaneamente
a esse movimento uma mola é carregada. Quando os contatos principais
já estão quase totalmente abertos, essa mola é disparada, promovendo
a rápida abertura dos contatos auxiliares. Esse movimento rápido associado
à câmara de extinção existente impede a formação de um arco elétrico danoso
ao equipamento.
4.6 Chave fusível
Também conhecida como chave matthews, a chave fusível executa
tanto a função normal de seccionador de circuito sem carga quanto de proteção
perante um curto-circuito ou sobrecorrente pela queima do seu elo fusível
interno, que em condições normais também faz a vez de contato móvel.
Essa chave é acionada por meio de um bastão de manobra e pode ser
instalada com fusíveis de diversos valores de corrente elétrica, dependendo
da necessidade do local onde ela é utilizada.
Não é comum encontrar essa chave dentro das subestações de consumidores,
porém, geralmente, a distribuidora de energia a instala em seu
poste, diretamente no ramal derivado para alimentar a subestação do consumidor,
funcionando como retaguarda de proteção do disjuntor geral da subestação,
caso ele não atue na ocorrência de um curto-circuito interno, bem
como proteção do ramal de alimentação e dos transformadores de medição
(TP e TC).
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Chave fuslvel
Terminal de li1nha
-suporte
Isolador
Gancho para
Load-Buster
{vide detalhe}
Argola
Elo fusivel
carga
Base de fusivel
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Gancho para
Load-Buster
Figura 4.19: Chave fusível.
4.7 Transformador
,
E uma máquina elétrica estática que, por meio de indução eletromagnética,
transfere energia elétrica de um circuito (primário) para outros circuitos
(secundário e/ou terciário), mantendo a mesma frequência , mas geralmente
com valores de tensão e corrente diferentes.
Os principais componentes do transformador são as bobinas e o núcleo,
comumente chamado de parte ativa. Um transformador elementar monofásico
possui uma bobina ligada no lado da alimentação elétrica, chamada
de primária, e outra bobina na saída do transformador, chamada de secundária.
Entre essas bobinas existe um núcleo construído com liga de ferro com
silício e formado por chapas empilhadas isoladas entre si.
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A razão entre o número de espiras da bobina primária e o número de
espiras da bobina secundária determina a relação de transformação, que define
o quanto será transformado de tensão e corrente de entrada em relação
à tensão e corrente de saída do transformador.
Um transformador de subestação de consumidor geralmente funciona
como rebaixador de tensão, porém os transformadores podem ser alimentados
de qualquer lado, que farão a transformação.
A transformação da corrente elétrica é inversamente proporcional à
transformação da tensão. No caso do transformador que rebaixa a tensão
de saída em relação à tensão de entrada, a sua corrente elétrica é elevada
na saída em relação à corrente de entrada, na mesma proporção da tensão.
Sendo assim, a equação a seguir representa a fórmula que associa a
relação de transformação com a razão entre o número de espiras primária e
secundária, bem como as tensões e correntes de entrada e saída.
a = N 1 = Vl = 12
N2 V2 11
Sendo:
a = relação de transformação
N 1 = número de espiras primárias
N2 = número de espiras secundárias
Vl = tensão nominal primária
V2 = tensão nominal secundária
11 = corrente nominal primária
12 = corrente nominal secundária
Os transformadores das subestações de consumidores geralmente são
trifásicos e o seu funcionamento é similar ao do transformador elementar
monofásico, porém com três bobinas primárias e três bobinas secundárias.
Construtivamente, em geral as bobinas de alta tensão ficam montadas
por fora das bobinas de baixa tensão e o núcleo fica montado por dentro das
bobinas de baixa tensão, conforme é possível observar na Figura 4.20.
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Núcleo
R
R S S T
T
Bobina de alta
tensão da fase R
Bobina de baixa
tensão da fase T
Figura 4.20: Aspectos construtivos do núcleo e das bobinas de um transformador trifásico.
Como cada bobina possui duas extremidades (início e fim) e geralmente
os transformadores das subestações de consumidor são trifásicos, ou seja,
três bobinas para o primário e três para o secundário, tanto na alta como na
baixa tensão do transformador existem seis extremidades de bobinas.
Apesar dessas seis extremidades, o sistema elétrico possui somente
três fases, portanto é necessário realizar o fechamento de alguns terminais
para que seja possível conectá-los à rede elétrica e energizar as bobinas.
O fechamento das extremidades das bobinas de um transformador é
similar ao dos terminais de um motor; comumente o fechamento pode ser
em triângulo no enrolamento de alta tensão e estrela no enrolamento de
baixa tensão. Veja a simulação de um transformador com o fechamento da
alta tensão em triângulo e o fechamento da baixa tensão em estrela na Figura
4.21, em que os terminais de alta tensão são identificados pela letra H,
sucedida do número que representa a fase em que está conectado. No lado
da baixa tensão a letra representativa dos terminais é o X, também sucedido
do nú mero representativo da fase.
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H1 H2 H3
Alta tensão
XO X1 X2 X3
Ba ixa tensão
Figura 4.21: Fechamento das bobinas de um transformador trifásico.
No ponto em que estão interconectadas as três extremidades das bobinas
de baixa tensão é derivado mais um terminal denominado XO, que deve
ser aterrado, e desse ponto se inicia o neutro da instalação elétrica .
Conforme havia sido apresentado anteriormente, a relação de transformação
é determinada pela relação entre o número de espiras existentes
no primário e no secundário. Como a tensão pode sofrer variações dependendo
do ponto do sistema elétrico onde esse transformador está conectado,
existe um recurso que permite que o transformador mude a sua relação de
transformação para compensar diferentes valores de tensão. Esse recurso é
conhecido como TAP.
O TAP consiste em derivações das espiras do enrolamento primário ou
secundário que, quando conectadas, eliminam ou agregam da bobina algumas
espiras (dependendo da necessidade), alterando a relação de transformação.
Em transformadores de subestação de consumidor, geralmente o ajuste
dos TAPs acontece sobre as bobinas de alta tensão e, no caso dos transformadores
trifásicos, essa operação é simultânea nas bobinas das três fases,
evitando desequilíbrio na tensão de saída. Essas mudanças podem ser feitas
de forma manual ou automática, quando o transformador possui esse recurso.
O seletor automático é comumente empregado em transformadores de
tensão superior a 69 kV.
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Tanto para identificar o tipo de fechamento de um transformador
(triângulo ou estrela) como para identificar a quantidade e os valores dos TAPs
existentes é necessário observar a placa do transformador que é analisado.
4. 7 .1 Tipos de transformador
Existem basicamente dois tipos
construtivos de transformador
aplicáveis às subestações de consumidores,
sendo a óleo e a seco.
No transformador a óleo o
líquido possui a função de isolá-lo
e refrigerá-lo. No caso do transformador
a seco as suas bobinas são
revestidas de uma resina em epóxi
que possui a função de isolamento e
a refrigeração é feita por meio do ar
que circula por essas bobinas.
Figura 4.22: Transformador a seco.
4.7 .2 Bobinas
As bobinas são formadas por um conjunto de espiras enroladas de
forma ordenada por condutores isolados e possuem a função de induzir a
energia elétrica entre a entrada e a saída do transformador (primário e secundário).
Construtivamente, as bobinas podem ser feitas de condutores de cobre
de secção circular ou retangular isolados com verniz ou com papel.
4.7 .3 Núcleo
A importância do núcleo no transformador é grande, pois é através
dele que flui o fluxo magnético do enrolamento primário para o secundário. O
núcleo é composto de chapas de ferrossilício isoladas e sobrepostas, formando
um bloco de ferro concentrado. Tanto as bobinas como o núcleo devem
estar isolados entre si. Para isso são empregados papel, papelão e verniz e
para sua sustentação, madeira. Esse material deve estar bem fixo e prensado
para evitar ruídos e vibração.
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Tensão
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Tensão
secund:ária
Figura 4.23: Princípio de funcionamento de um transformador elementar.
,
4.7 .4 Oleo isolante
Os componentes internos dos transformadores a óleo ficam totalmente
imersos no óleo isolante, que possui as finalidades de isolar as partes
energizadas e refrigerar o transformador, transferindo calor do núcleo para o
exterior do tanque.
Os tipos ma is comuns de óleo isolante uti I izados nos transformadores
são os minerais, os sintéticos e os vegetais. Os óleos minerais podem ser parafínicos
ou naftênicos e os óleos sintéticos encontrados nos transformadores
são de silicone ou ascarel, também conhecido como PCB.
Devido aos efeitos danosos que o ascarel provoca no homem e no meio
ambiente, a sua aplicação em equipamentos novos está proibida desde 1981,
quando foi publicada a Portaria lnterministerial número 19 que determina:
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
li - Ficam proibidos, em todo o Território Nacional, o uso e a comercial ização
de bifeni l policlorados - PCB's, em todo o estado, puro ou em mistura, em qualquer
concentração ou estado físico, nos casos e prazos relacionados abaixo:
a) como fluido dielétrico nos transformadores novos, encomendados depois de
06 (seis) meses da data da publicação da presente Portaria.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
Para os equipamentos que na época já estavam instalados e utilizando
o óleo ascarel, a portaria permite o seu funcionamento até que seja necessária
a retirada desse óleo, conforme indicado a seguir. A íntegra dessa portaria está
reproduzida no Apêndice B.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
11 - Os equipamentos de sistema elétrico, em operação, que usam bifeni l policloradas
- PCB's, como fluido dielétrico, poderão continuar com este dielétrico,
até que seja necessário o seu esvaziamento, após o que somente poderão ser
preenchidos com outro que não contenha PCB's.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Para que o óleo isolante desempenhe o seu papel de forma apropriada,
ele deve possuir algumas características básicas:
• Elevada rigidez dielétrica;
• Alta capacidade de dissipação de calor;
• Não deve atacar a isolação sólida do transformador;
• Baixo ponto de combustão;
• Baixa capacidade de solubilização de gases e umidade;
• Viscosidade apropriada que permita circular e transferir calor;
• Alta resistência à oxidação.
Devido ao funcionamento do transformador o óleo isolante está sujeito
a deterioração, pois está submetido a reações de oxidação devido à presença
de oxigênio, água e metais, e estes últimos agem como catalisadores 3 •
O acompanhamento e a manutenção da qualidade do óleo isolante são etapas
essenciais para assegurar uma operação confiável dos transformadores.
Para acompanhamento das condições de operação do transformador
é fundamental analisar periodicamente o óleo, realizando dois grupos de
testes, o físico-químico e o cromatográfico. O teste conhecido como cromatografia,
na verdade, faz uma análise dos gases dissolvidos no óleo por meio
de uma análise cromatográfica.
Para cada um dos testes há uma norma da ABNT que determina os
critérios para sua realização, bem como os parâmetros de aprovação. Seguem
os principais testes realizados dentro do grupo físico-químico, com as
respectivas normas de referência:
• Rigidez dielétrica - NBR 6869;
• Cor - NBR 14483;
,
• lndice de neutralização - N BR 14248;
• Tensão interfacial - NBR 6234;
• Fator de potência - N BR 12133;
• Teor de água - NBR 10710;
• Densidade - NBR 7148;
• Teor de PCB - NBR 13882.
3
Catalisador é uma substância que acelera a ocorrência de uma reação.
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O teste de rigidez dielétrica apresenta a capacidade do óleo em suportar
uma tensão elétrica sem romper a isolação. Comumente, um baixo valor
de rigidez dielétrica indica que há presença de contaminantes condutivos
como água, sujeiras ou partículas.
A identificação da cor do óleo tem como base uma cor padrão, que em
comparação com outras cores expressa a característica do óleo. Esse teste
analisa de forma indireta o grau de oxidação do óleo.
Quando realizado o teste de índice de neutralização, também conhecido
como teste de acidez, também é apresentado de forma indireta o grau
de envelhecimento do óleo. Esse ensaio é muito importante porque se o óleo
estiver muito ácido, ele pode atacar a isolação sólida do transformador, provocando
uma falha em seu funcionamento.
Outro teste que também avalia o grau de envelhecimento do óleo isolante
é o de tensão interfacial. Ele analisa os compostos polares existentes no
óleo que indicam uma etapa intermediária de envelhecimento.
O teste de fator de potência é complementar aos demais para auxiliar
na determinação do grau de envelhecimento de óleo isolante, indicando a
presença de contaminantes solúveis.
Um ensaio de grande importância avalia o teor de água presente no óleo.
Além de indicar a concentração de água diluída no óleo, o resultado desse ensaio
pode indicar se está ocorrendo infiltração de água no transformador devido a algum
defeito. O baixo teor de água propicia vida útil prolongada do transformador.
Quando se mede a densidade, é possível identificar se o óleo é parafínico
ou naftênico. Esse índice também é importante para avaliar se o óleo
está permitindo uma transferência adequada de calor da sua parte interna
para os radiadores.
O teste de teor de PCB mede a concentração de ascarel no óleo do
transformador. Apesar de o ascarel não ser um óleo utilizado atualmente,
mesmo pequenas quantidades de PCB existentes no óleo do transformador
podem considerá-lo contaminado.
A Portaria Nº 240, emitida em 25 de março de 1992, pelos Ministérios
da Indústria e Energia e do Ambiente e Recursos Naturais, fixou o limite
de 50 ppm (parte por milhão) de teor de PCB presente em óleo isolante. A
ultrapassagem desse valor requer interrupção de uso, retirada do óleo e destinação
para incineração.
,
E importante buscar parâmetros de controle também nas normas técnicas
da ABNT utilizadas para esse fim, como a NBR 13882, de 2008, a
N BR 83 71, de 2005, entre outras.
Os gases formados pela decomposição dos materiais isolantes são total
ou parcialmente dissolvidos no óleo. O teste dos gases dissolvidos no óleo identifica
por meio de uma análise cromatográfica o volume de cada tipo de gás
existente na amostra de óleo coletada. Os gases analisados por esse teste são:
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• Monóxido de carbono (CO);
• Hidrogênio (H2);
• Metano (CH4);
• Etano (C2H6);
• Etileno (C2H4);
• Acetileno (C2H2);
• Oxigênio (02);
• Nitrogênio (N2);
• Dióxido de carbono (C02).
A norma NBR 7070 determina os critérios para realização desses ensaios.
Pela análise dos gases dissolvidos no óleo é possível identificar as condições
de funcionamento e detectar defeitos existentes, sem a necessidade
de retirar o transformador de operação e levar para uma oficina.
Tão importante como a análise momentânea desses gases é a comparação
da situação atual com os valores obtidos nas últimas análises, para
avaliar como está a evolução dos indicadores medidos.
Os ensaios realizados no óleo vegetal visam verificar suas condições,
assim como aqueles realizado no óleo mineral, porém com parâmetros muitas
vezes diferenciados.
O óleo vegetal tem se destacado como tendência do mercado mundial,
com a vantagem de apresentar baixo índice de oxidação e baixo ponto
de combustão (o ponto combustão do óleo vegetal é a, aproximadamente,
345ºC e o do óleo mineral é a, aproximadamente, 160ºC), além de diminuir
a probabilidade de contaminação do meio ambiente.
Outra vantagem do óleo vegetal é que sua matéria-prima de produção
é renovável, diferente do óleo mineral, produzido do petróleo. As matérias
-primas mais utilizadas para a produção do óleo vegetal são soja, girassol e
mamona.
4.7 .5 Tanque principal
,
E através do tanque que se libera o calor transferido do núcleo e do
enrolamento através do óleo isolante. Os tanques são confeccionados em
chapas de aço reforçada, já que sua função também é a sustentação da parte
ativa 4 do transformador.
Os radiadores podem ser fixados na parte externa do tanque, e têm
como finalidade ajudar na refrigeração do óleo isolante, transferindo o calor
para fora do tanque. Os radiadores são confeccionados em chapas, com
aletas abertas em suas extremidades, o que possibilita o movimento do óleo
4
A parte ativa do transformador é composta pelo núcleo e pelos enrolamentos. Chama-se parte ativa
porque os componentes dos transformadores é que permanecem energizados, efetuando a transformação
da energia elétrica.
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em seu interior, recebendo o óleo com temperatura mais elevada na parte
superior, e retornando o óleo com temperatura menor pela parte inferior.
4.7 .6 Tanque de expansão (balonete)
O tanque de expansão é utilizado para compensar as variações do volume
do óleo no tanque, em decorrência da mudança de temperatura no interior
do transformador devido às variações de carga e da temperatura ambiente.
Instalado na parte externa e no ponto mais alto do transformador, o
tanque de expansão possui a função de comportar o óleo que aumenta devolume
em função do aquecimento do transformador. Quando o transformador
se resfria, uma parte do óleo que estava no tanque de expansão retorna para
o tanque principal. Geralmente o volume do óleo no tanque de expansão
deve ficar em torno de 25 a 50% de sua capacidade.
/ Tanque de expansão
----------·
Figura 4.24: Localização do tanque de expansão no transformador.
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4.7 .7 Indicador do nível de óleo
Sua finalidade é indicar o volume de óleo existente no interior do tanque.
Ele pode ser instalado na extremidade do tanque de expansão ou no próprio
tanque principal (quando o transformador não possuir o tanque de expansão).
Em transformadores com tanque
de expansão, o indicador do nível de
óleo pode dispor de um contato (do tipo
microchave), a fim de sinalizar com alarme
se o volume do óleo atingir um ponto
crítico para a operação do transformador.
Esse alarme pode ser dado somente
de forma sonora ou, ainda, aparecer no
painel de controle, podendo até mesmo
estar conectado a um disjuntor quedesligue
o transformador, Figura 4.25.
Figura 4.25: Indicador do nível de óleo.
4.7 .8 Secador de ar (tubo de sílica-gel)
O secador de ar é um tubo que chega até a parte superior do tanque de
expansão e possui uma quantidade de cristais de sílica-gel com a propriedade
de absorver a umidade do ar. O ar que entra e sai do tanque de expansão,
acompanhando as variações do volume de óleo, passa pelo secador de ar,
deixando nele a umidade. O ar que entra vem do meio ambiente, trazendo
consigo umidade e sujeira, impurezas que não devem chegar até o óleo para
não contaminá-lo, vindo a diminuir sua propriedade dielétrica.
Quando em condições normais, a sílica-gel
é azul ou laranja. Após a saturação,
em virtude da absorção da umidade, ela
muda de cor, adquirindo um tom rosado, no
caso da sílica azul, ou ficando esbranquecida,
no caso da sílica laranja, podendo ser
recuperada depois de aquecida em estufa. Depó ito de sílica-gel •
Alguns fabricantes podem utilizar sílica-gel
de cores diferentes nos estados seco e úmido,
portanto é importante verificar as características
específicas da sílica-gel utilizada.
A sujeira carregada pelo ar é retida
em outro recipiente com óleo localizado na
parte inferior do tubo secador de ar, onde
as impurezas aderem ao óleo que, assim,
filtra as partículas sólidas que estejam em
suspensão, Figura 4.26.
Depósito de óleo
Figura 4.26: Tubo de sílica-gel.
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Alguns tanques de expansão são providos de uma membrana de borracha
que impede o contato entre o óleo e o ar, mitigando a degradação do óleo
em decorrência do contato com o ar e suas impurezas.
4. 7 .9 Termômetro do óleo
O transformador tende a sofrer aquecimento
durante seu funcionamento. Essa temperatura deve
ser acompanhada e controlada para não provocar
uma deterioração maior nas suas partes internas.
Como o óleo é um elemento de transmissão
de calor, a sua temperatura deve ser controlada
pelo termômetro de óleo, que consiste
em termopares ou bulbo contendo um elemento
bimetálico, que ao sofrer aquecimento, se expande
através de um tubo capilar, pressionando os
Figura 4.27: Termômetro do óleo.
ponteiros que registram a temperatura.
Normalmente, no termômetro de temperatura do óleo existe um ponteiro
para registrar a temperatura e mais um ou dois ponteiros com contatos
para acionar os ventiladores (caso o transformador disponha do sistema de
refrigeração com ventilação forçada).
O acionamento do ventilador geralmente liga com 65ºC e desliga próximo
de 55ºC. O alarme atua próximo de 72ºC e o desligamento do disjuntor
que alimenta o transformador ocorre entre 85 e 95ºC. Esses valores são apenas
orientativos. Deve-se consultar o catálogo do fabricante do transformador
para identificar o valor exato para cada equipamento.
Outro ponteiro, o de arraste, tem a finalidade de registrar a temperatura
máxima atingida pelo óleo em um determinado momento.
4.7 .10 Imagem térmica (termômetro do enrolamento)
Trata-se da proteção contra alta temperatura ocorrida nos enrolamentos
do transformador. Como é no enrolamento que o processo de transformação
da tensão e da corrente acontece, também este é o ponto mais quente
do equipamento e o que mais rapidamente aquece (essa temperatura está
relacionada à carga do transformador).
O controle dessa temperatura é fundamental , já que quando ela atinge
valores elevados, ocorre a deterioração do material isolante. O termômetro,
assim como o bulbo e o tubo capilar, é idêntico ao de óleo. A diferença fundamental
está no processo de medição dessa temperatura. Como o custo da
leitura direta é alto, optou-se pela leitura indireta por meio da relação carga/
temperatura.
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,
E instalado um transformador de corrente (TC) em série com o enrolamento
principal do transformador, e seus terminais secundários estão ligados
também em série com uma resistência. A resistência fica dentro de uma
cuba com óleo. Com o aumento de carga no transformador, a corrente elétrica
que circula no enrolamento tende a aumentar, aumentando também no
TC, que aquece a resistência e o óleo da cuba, dilatando o mercúrio do tubo
capilar, provocando, portanto, o deslocamento do ponteiro no termômetro.
Caixa de bornes
Caixa do elemento sensível
Indicador
Resistência de aquecimento
ºC
Bulbo
Figura 4.28: Funcionamento do sistema de imagem térmica para medição de temperatura do enrolamento.
Quando essa temperatura atinge valores elevados, um contato é acionado,
emitindo alarmes. Caso a temperatura persista em aumentar, o transformador
é desligado por outro contato, que aciona o sistema de proteção,
desligando o disjuntor e isolando o transformador. Normalmente, o alarme
atua a uma temperatura em torno de 95ºC e aciona o desligamento do
disjuntor que alimenta o transformador em torno de 105ºC.
Quanto ao transformador a seco, no interior dos seus três enrolamentos
são instalados sensores PT-100 que medem a temperatura do transformador.
Essas informações da temperatura dos enrolamentos chegam ao relé
de temperatura que as monitora. Quando a temperatura do transformador
aumenta, sua primeira função é alertar. Se a temperatura continuar subindo,
o relé tem a segunda função de promover o desligamento do disjuntor, protegendo
o transformador.
Em relação a suas características construtivas, os termômetros podem ser
analógicos ou digitais, mas o princípio de funcionamento é igual para ambos.
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Esses valores são apenas orientativos. Deve-se consultar o catálogo do fabricante
do transformador para identificar o valor exato para cada equipamento.
4.7 .11 Tubo de explosão e válvula de alívio
O tubo de explosão protege o transformador contra pressões excessivas
que possam ocorrer no seu interior devido à formação de um arco elétrico ou
outro tipo de sobreaquecimento.
Consiste em um tubo curvado, conforme a Figura 4.30, montado na
tampa superior do transformador, que ao sofrer uma sobrepressão interna,
rompe uma membrana de vidro existente em sua extremidade, vindo a despressurizar
o tanque.
Atualmente, nos transformadores de alta tensão esses tubos estão
sendo substituídos por válvula de alívio (válvula de segurança) com mola
provida de sistema de atuação instantânea que, ao sofrer uma pressão acima
do valor predeterminado, vence a força da mola, deslocando um eixo e
liberando essa pressão, fechando logo em seguida.
Vale destacar que, se a válvula de alívio ou tubo de explosão atuar, é
porque outras proteções do transformador não atuaram, permitindo que um
defeito interno se agravasse, causando sobrepressão.
Nestes casos, após a atuação desses dispositivos o transformador deve
passar por uma inspeção e ensaios antes de voltar a operar.
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1 • Corpo da válvula
2 • Disco
3 · Haste deslizante
4. Mola
5 • Guarnição
6 - Microrruptor
7 • Respiro
8 -Alavanca
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Figura 4.29: Válvula de alívio.
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Figura 4.30: Tubo de explosão.
4.7 .12 Relé de gás (relé Buchholz)
O relé de gás, também conhecido como relé Buchholz, é um dispositivo
que possui a finalidade de proteger os transformadores imersos em óleo
e que possuem tanque de expansão. Protege o transformador contra defeitos
internos que se fazem sentir por movimento brusco do óleo ou curto-circuito
que também resultem em formação de gás.
7
6
1 - Registro de sopramente do gás
2 - Cabinho de vedação da
sinalização de alarme
3 - Balancim de alarme
4 - Balancim de disparo
5 -Alavanca
6 - Tampa de descarga do óleo
7 - Registro de descarga do óleo
Figura 4.31: Relé de gás.
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Na ocorrência de um curto-circuito dentro do transformador haverá
uma queima do material isolante, gerando bolhas de gases (algumas vezes
inflamáveis). Essas bolhas de gases, formadas dentro do óleo isolante, tendem
a ir para a parte mais alta do transformador, como qualquer bolha de
um gás existente dentro de um recipiente com qualquer tipo de líquido. A
parte mais alta do transformador é o tanque de expansão e no caminho até
ele está instalado o relé de gás.
Quando o volume de gás, formado pelo curto-circuito e acumulado
dentro desse relé, atingir um valor predeterminado, uma das duas boias (balancim)
do relé vai atuar, disparando um alarme sonoro ou luminoso.
Esse relé também pode atuar na ocorrência de um grande curto-circuito
dentro do transformador, provocando um rápido aquecimento e, consequentemente,
uma rápida dilatação do óleo, que faz com que ele rapidamente
suba para o tanque de expansão. Esse movimento rápido do óleo faz atuar a
sua segunda boia do relé de gás, que promove o desligamento do disjuntor
que alimenta o transformador.
/ Relé de gás
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o
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o
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Figura 4.32: Localização do relé de gás no transformador.
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4.7 .13 Buchas e isoladores
A função básica das buchas ou isoladores nos equipamentos elétricos
é proporcionar um isolamento elétrico entre o condutor energizado e a carcaça
do equipamento. Os materiais mais empregados na sua construção são
porcelana e vidro. Quanto às características, podem ser rígidos e de suspensão.
Quanto à forma, são isolador de pino, pedestal, suporte e de passagem.
4.7 .14 Sistema de refrigeração
Para evitar que a temperatura nos transformadores atinja valores perigosos
aos isolamentos, utilizam-se processos de resfriamento, tais como:
• Refrigeração natural (ONAN);
• Ventilação forçada (ONAF);
• Circulação forçada do óleo (OFAF);
• Refrigeração à água (OFWF).
Nos transformadores de subestação de consumidor, um dos sistemas
mais utilizados emprega a refrigeração natural, feita pela circulação do óleo
pelo radiador de forma natural, retirando o calor do conjunto núcleo-bobina
somente pelo processo de convecção.
O processo de convecção dentro do transformador ocorre porque o
óleo que está no radiador se resfria por estar afastado da fonte de calor (as
bobinas e o núcleo) e também porque no lado externo circula ar que retira o
calor existente nas suas aletas.
Com o resfriamento do óleo, ele fica mais denso, tendendo a ir para a
parte mais baixa do radiador onde existe uma passagem para o tanque principal
e empurrando o óleo do tanque principal para cima, que também está
aquecendo. Consequentemente, fica menos denso, e por si só já teria uma
tendência a subir. Desta forma, naturalmente o óleo circula entre o radiador
e o tanque principal, conforme a Figura 4.33.
O outro sistema também comumente encontrado nas subestações de
consumidores é o de ventilação forçada . Nestes casos, existem ventiladores
fixos nos radiadores com a finalidade de aumentar a circulação do ar nos radiadores,
aumentando a transferência do calor do óleo para o exterior do tanque.
Nesse sistema o processo de convecção funciona da mesma forma ,
porém de modo acelerado porque a ventilação aumenta a velocidade deresfriamento
do óleo no radiador, promovendo uma circulação mais rápida do
óleo, aumentando a capacidade de refrigeração do transformador, conforme
a Figura 4.34.
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Figura 4.33: Sistema de refrigeração
natural do transformador.
Figura 4.34: Sistema de refrigeração do
transformador com ventilação forçada.
O terceiro sistema de refrigeração do transformador é a circulação forçada,
em que o óleo não depende da convecção para circular, mas sim de
bombas instaladas na entrada e na saída do tanque principal, forçando o óleo
a circular pelo radiador que fica instalado afastado do transformador. Esse
sistema geralmente é utilizado em transformadores de elevadas potências.
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Figura 4.35: Sistema de refrigeração do transformador com circulação forçada.
O último sistema de refrigeração existente emprega a água para promover
a redução de temperatura no transformador. Nesse sistema tubos de
cobre formam uma espécie de serpentina ao redor do tanque do transformador,
por onde circula a água que refrigera o óleo. Atualmente o sistema de
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refrigeração a água não é comumente utilizado nas subestações de consumidores
devido ao risco de vazamento de água pela serpentina, que pode
contaminar o óleo do transformador.
4.8 Transformadores para instrumentos
Os instrumentos de medição e proteção não podem ser conectados
diretamente em um circuito de alta tensão, pois não são providos de isolação
para essa aplicação. Para que eles possam executar a sua função, precisam
de um equipamento auxiliar conectado entre eles e a instalação elétrica, o
transformador para instrumento.
Esse transformador tem a função de reduzir os valores de tensão e
corrente elétrica para valores padronizados que podem ser conectados nos
medidores e nos relés de proteção.
Os transformadores para instrumentos podem ser divididos em dois tipos:
• Transformador de Corrente (TC);
• Transformador de Potencial (TP);
Cada um desses transformadores pode ser aplicado na medição ou na
proteção. Dependendo da aplicação, o transformador deve possuir características
específicas e distintas, Figura 4.36.
Todo transformador para instrumento possui um enrolamento primário,
que está conectado ao sistema elétrico, e um enrolamento secundário, em
que está conectado o relé de proteção ou o medidor. A identificação dos terminais
de conexão dos TPs e TCs está representada na Figura 4.37.
TP
TC
H1 H2 P1 P2
Prjmário
Primário
Secundàrio
Secundário
X1 X2 S1 S2
Figura 4.36: Transformador de corrente.
Figura 4.37: Identificação dos terminais dos TPs e TCs.
Os transformadores de potencial possuem valores nominais de tensão
no enrolamento primário e no enrolamento secundário. Os transformadores
de corrente são semelhantes, porém com valores nominais de corrente.
A divisão entre o valor nominal primário e o valor nominal secundário
determina a relação de transformação. A relação de transformação de cada
transformador é o fator que estabelece a relação entre a corrente ou a tensão
que está passando pelo primário e o valor que está saindo do secundário.
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Os valores nominais de saída no secundário dos TPs e dos TCs são padronizados.
A corrente nominal secundária de um TC é 5 A e a tensão secundária
nominal de um TP pode ser 115 V, 115/3 V, l l 5/v3 V ou 220 V. Essa
padronização de valores está determinada pelas normas NBRs 6855 para os
transformadores de potencial e 6856 para os transformadores de corrente. A
seguir estão apresentados os valores nominais primários determinados poressas
normas:
115 2.300/v'3
230 3.450/v'3
402,5 4.025/v'3
460 4.600/v'3
2.300 6.900/v'3
3.450 8.050/v'3
4.025 l 1.500/v'3
4.600 13.800/v'3
6.900 34.500/v'3
8.050 46.000/v'3
11.500 69.000/v'3
13.800 138.000/v'3
23.000 230.000/v'3
34.500 345.000/v'3
46.000 440.000/v'3
69.000 500.000/v'3
525.000/v'3
765.000/v'3
TC-A
5 10 15 20 25 30 40 50 60 75 100 150 200 250 300 400 500
TC - A (continuação)
600 800 1.000 1.200 1.500 2.000 2.500 3.000 4.000 5.000 6.000 8.000
Destaca-se que os valores de saída de um transformador para instrumento
não são fixos, mas variam em função do valor que percorre o circuito
primário, que está conectado na rede elétrica, sendo o valor de saída no seu
circuito secundário proporcional à relação de transformação.
Exemplo
Resposta
Qual a relação de um transformador de corrente primária nominal de
200 A e corrente secundária nominal de 5 A? Qual a corrente secundária
que sai do TC quando uma corrente de 100 A percorre seu circuito
primário?
Relação de transformação = 200/5 = 40: 1 ou, simplesmente, 40
Corrente secundária = 100/40 = 2,5 A
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Apesar de existirem os valores secundários padronizados dos TPs e
TCs, é possível encontrar no mercado transformadores com valores nominais
secundários diferentes, como existem TCs de corrente secundária nominal
1 A e TPs com tensão secundária nominal de 110 V. Por esse motivo, é
importante verificar na placa os valores nominais do instrumento que está
instalado e, no momento da compra, deve ser preciso especificar todos os
valores nominais que se deseja.
Os transformadores para instrumento são projetados para suportar valores
de tensão e corrente superiores aos seus valores nominais. Os TPs são
projetados para suportar até 10% de sobretensão em regime permanente e
o TC possui uma característica chamada fator térmico, que multiplicado pela
sua corrente primária nominal, determina a corrente primária máxima que o
TC pode suportar.
Deve-se levar em consideração que há um erro no valor de saída dos
transformadores para instrumentos em relação ao valor que deveria ser transformado
que foi calculado pela relação de transformação. Esse erro deve sempre
estar dentro do limite permissível pela classe de exatidão do equipamento.
Um transformador de potencial de medição possui três classes de exatidão
determinadas pela N BR 6855, O, 3, O, 6 e 1,2. Esses valores correspondem
ao percentual de erro na transformação que o transformador para
instrumento pode apresentar. No caso dos transformadores de potencial de
proteção, as classes de exatidão apresentam valores admissíveis de erro
mais elevados, são eles 3 e 6.
A N BR 6856 determina a classe de exatidão dos transformadores de
corrente de medição iguais aos valores dos TPs de medição, ou seja, O ,3,
0,6 e 1,2. Para os transformadores de corrente de proteção as classes de
exatidão são 5 ou 1 O.
Os transformadores de potencial possuem uma característica importante
para as subestações, que é a sua potência térmica. Ela determina a
carga em VA que pode ser conectada no secundário do transformador. Essa
característica é importante porque é comum que a iluminação interna na
subestação seja alimentada pelo TP. Neste caso, se a carga de iluminação for
maior do que o TP suporta, ele pode vir a danificar-se.
Na ligação de mais do que um instrumento no secundário dos transformadores
para instrumento, deve ser respeitada uma regra importante de
ligação: os instrumentos conectados no secundário do transformador de potencial
devem sempre ser ligados em paralelo e os instrumentos conectados no
secundário do transformador de corrente devem sempre ser ligados em série.
Uma atenção especial deve ser direcionada para a ligação do transformador
de corrente. Em nenhuma hipótese os terminais secundários do TC
devem permanecer abertos, ou seja, desconectados, porque caso um TC seja
energizado com os seus terminais secundários abertos, pode ocorrer a indução
de uma tensão muito elevada nesses terminais, causando curto-circuito
de grandes proporções.
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Por este motivo, quando se compra um transformador de corrente, é comum
que os seus terminais secundários venham interligados, e assim devem ser
mantidos até a conexão dos cabos que estão ligando os relés ou os medidores.
4.9 Exercícios
1. Os três tipos de para-raios existentes são:
( ) Para-raios com decida, para-raios com chapa, para-raios
com cabo.
( ) Cabo para-raios, para-raios do tipo haste reta ou gaiola, para
-raios do tipo válvula.
( ) Para-raios automático, para-raios mecânico, para-raios de gaiola.
2. Definimos o disjuntor em alta tensão pelo seu meio de extinção de
arco elétrico. São eles:
( ) Grande volume de óleo (GVO), pequeno volume de óleo
(PVO), sopro magnético, ar comprimido, vácuo, gás.
,
( ) Oleo, motorizado, comando local, comando remoto, termo
magnético.
( ) Automática de mola, de manivela.
3. As chaves seccionadoras:
( ) São dispositivos destinados a realizar manobras de abertura
e fechamento de um circuito elétrico com carga.
( ) São dispositivos destinados a realizar manobras de abertura e
fechamento de um circuito elétrico durante um curto-circuito.
( ) São dispositivos destinados a realizar manobras de abertura
e fechamento de um circuito elétrico sem carga.
4. Sobre o transformador:
( ) Na subestação primária os transformadores podem ser monofásicos
ou trifásicos, dependendo da necessidade do consumidor.
( ) A principal função do óleo no transformador é refrigerar e isolar.
( ) Os sistemas de refrigeração nos transformadores são refrigeração
natural (ONAN), ventilação forçada (ONAF), circulação
forçada do óleo (OFAF), refrigeração à água (OFWF).
5. Transformadores para instrumentos:
( ) Têm a finalidade de proteger as instalações elétricas.
( ) Têm a finalidade de reduzir a tensão e a corrente para alimentar
a proteção e a medição.
( ) Têm a finalidade de elevar a tensão e a corrente para alimentar
a proteção e a medição.
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As instalações elétricas de alta tensão são projetadas e construídas
para promover a distribuição e a transformação da energia elétrica, suprindo
determinada instalação. Eventualmente ocorrem algumas anomalias que interferem
em seu funcionamento normal, as quais não podem causar nenhum
dano aos equipamentos da subestação, e também não podem oferecer nenhum
risco à integridade dos profissionais que estão atuando com a subestação,
por este motivo existe o sistema de proteção.
5.1 Características da proteção
O objetivo básico do sistema de proteção nos equipamentos elétricos é
detectar a ocorrência de alguma anomalia e isolá-la o mais rápido possível.
Para que o sistema de proteção cumpra a sua função, ele deve possuir
algumas características que são fundamentais:
• Seletividade;
• Rapidez;
• Confia bi I idade;
• Exatidão;
• Sensi bi I idade .
5.1.1 Seletividade de operação
A seletividade de um sistema de proteção é importante para fazer com
que somente o dispositivo de proteção que esteja mais próximo a montante 5
da anomalia atue, evitando desligamentos desnecessários de circuitos do
sistema elétrico que poderiam permanecer energizados.
Exemplo
No caso da ocorrência de uma anomalia indicada na Figura 5.1, a seletividade
da proteção faz com que somente o disj untor do circuito da
adm inistração desligue e não o disjuntor geral.
Caso ocorresse o contrário, poderia se afirmar que a seletividade da
proteção não está correta, pois o desl igamento do disj untor geral iria
desabastecer de energia elétrica os circuitos da fábrica e dos fornos,
que não apresentam nenhum defeito.
5
Um ponto a montante significa que esse local antecede um determinado ponto que está sendo utilizado
como referência. Por exemplo: a represa está a montante da usina.
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Disjuntor
geral
Administração
Fábrica
Fornos
Figura 5.1: Diagrama unifilar do trecho de uma instalação elétrica
com indicação de uma falha no circuito da Administração.
5.1.2 Rapidez de operação
Quando da ocorrência de uma anomalia, o sistema de proteção deve
operar o mais rapidamente possível, de modo a diminuir os danos que são
causados pela permanência da anomalia no sistema elétrico.
5.1.3 Confiabilidade
Durante a operação normal das instalações elétricas, o sistema de proteção
permanece despercebido, porém na ocorrência de uma anomalia ele
deve atuar e neste momento é que o sistema precisa se apresentar confiável
e seguro.
O longo período em que o sistema de proteção permanece sem atuar,
devido a não ocorrência de uma anomalia na rede elétrica, exige que todos
os componentes do sistema sejam simples, robustos e testados periodicamente,
para garantir que na ocorrência de uma anomalia a proteção atue
perfeita mente.
5.1.4 Exatidão na operação
No exemplo apresentado na Figura 5.1 a anomalia ocorrida no circuito
da administração deve promover o desligamento do disjuntor que protege
esse circuito e não o disjuntor da fábrica ou dos fornos.
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Apesar de parecer óbvio, quando se trata de instalações elétricas de
alta tensão, a questão requer atenção, pois os sistemas de proteção são dotados
de dispositivos externos aos disjuntores e se o seu circuito de comando
não estiver ligado no disjuntor correto, pode haver uma atuação no circuito
errado.
5.1.5 Sensibilidade de operação
O sistema de proteção deve conseguir distinguir uma anomalia de uma
oscilação normal dos parâmetros da rede elétrica e também deve ser sensível
o suficiente para identificar pequenas transgressões dos parâmetros de monitoramento,
de forma a atuar quando se caracterizar a ocorrência de uma
pequena anomalia que, eventualmente, poderia passar despercebida.
5.2 Dispositivos de proteção
Para que a proteção cumpra a sua função, são empregados alguns
dispositivos no sistema elétrico que precisam atuar de forma coordenada,
como, por exemplo:
• Transformadores para instrumentos;
• Disjuntores;
• Relés;
• Fusíveis.
5.2.1 Transformadores para instrumentos
Os transformadores para instrumentos empregados em um sistema de
proteção atuam de forma integrada aos relés e aos disjuntores. Sua função é
monitorar permanentemente as informações de tensão e corrente do sistema
elétrico, conforme apresentado no capítulo 4, no item 4.8.
Como o próprio nome já diz, o Transformador de Corrente (TC) reduz
os valores de corrente que percorrem os circuitos principais de alta tensão
para valores mais reduzidos. Como os relés não poderiam ser conectados em
alta tensão, o TC também promove a isolação elétrica entre o circuito de alta
tensão e o próprio relé.
O Transformador de Potencial (TP) reduz o valor de tensão para valores
mais baixos de tal forma que seja possível a conexão ao relé.
Também existem TPs e TCs específicos para serem empregados na
medição de energia elétrica. Uma das principais diferenças dos transforma-
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dores de proteção para os transformadores de medição é que os de proteção
precisam suportar os elevados valores de tensão e corrente que ocorrem nas
anomalias e enviar essas informações para os relés.
Nos transformadores de medição, quando ocorre um valor elevado, seja
de tensão ou de corrente, ele satura, porque o medidor de energia não precisa
registrar o que ocorre durante uma anomalia em um curto intervalo de tempo.
Se não ocorrer essa saturação, o medidor ligado da saída do transformador
pode inclusive queimar, pois ele é muito mais sensível do que o relé.
Exemplo
Resposta
Um TC de medição e um TC de proteção de mesmos valores nominais
de corrente, 50:5, estão conectados em um circuito por onde percorre
uma corrente nominal de 30 A. O TC de medição satura com uma corrente
de duas vezes a sua corrente nominal e o TC de proteção satura
com uma corrente de vinte vezes a sua corrente nominal. Na ocorrência
de um curto-circuito, em um determinado instante a corrente chega
a atingir 400 A. Qual a corrente que circula no secundário dos dois TCs
na condição normal de operação e no momento do curto-circuito?
A relação de transformação de ambos os TCs é de 50:5, ou seja, dividindo
50 por 5, obtemos uma relação de 10: 1.
Dividindo os 30 A que percorre o circuito primário pela relação de
transformação ( 1 O: 1) temos a corrente do secundário de 3 A para os
dois TCs na condição normal de operação.
Na ocorrência do curto-circuito, ambos os TCs possuem comportamentos
diferentes.
O TC de proteção satura com vinte vezes a corrente nominal, o que
corresponde a uma corrente primária de 1.000 A (20 x 50). Como a
corrente do curto-circuito foi inferior à corrente de saturação, a corrente
no circuito secundário do TC de proteção será proporcional a sua
relação de transformação, ou seja, dividindo os 400 A da corrente de
curto-circuito pela relação de transformação de 10:1, teremos uma
corrente secundária de 40 A no instante do curto-circuito.
O TC de medição satura com duas vezes a corrente nominal, ou seja,
100 A (2 x 50). Neste caso a corrente de saída do TC durante o curto
-circuito será de apenas 10 A devido à sua saturação.
5.2.2 Disjuntores
Os disjuntores estão apresentados com mais detalhes no capítulo 4 no
item 4.4, entretanto podemos destacar neste capítulo algumas características
dos disjuntores que são importantes em um sistema de proteção.
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Uma vez recebida a informação do comando de abertura, seja manual
ou por intermédio do relé, o disjuntor deve promover a interrupção do circuito
de um modo muito rápido.
Caso a abertura do disjuntor tenha sido comandada por um relé, em
função da ocorrência de um curto-circuito, ou outra anomalia, a demora na
interrupção do circuito pelo disjuntor ocasiona um aumento do dano na instalação
elétrica devido à anomalia ocorrida.
Quando o disjuntor é especificado para ser instalado em determinado
ponto do circuito, além da corrente nominal também é necessário definir a
corrente de curto-circuito calculada no ponto onde o disjuntor será instalado.
A corrente de curto-circuito é definida pela fórmula a seguir:
Ice == ~
Sendo:
Ice - corrente de curto-circuito
U - tensão
Z - impedância
Portanto, a corrente de curto-circuito depende da tensão e da impedância.
A impedância é a composição da resistência e da reatância, que são
parâmetros que se alteram de acordo com a sua posição ao longo do circuito
elétrico.
Quanto mais perto da fonte de alimentação (no caso de uma subestação
seria no ponto de entrega da energia pela distribuidora) menor será a
impedância, portanto maior a corrente de curto-circuito, e quanto mais afastado
da fonte de alimentação, ou seja, mais próximo da carga, maior será a
impedância em função dos cabos e dispositivos elétricos existentes, portanto
menor será a corrente de curto-circuito.
Definida a corrente de curto-circuito, pode-se especificar o disjuntor
para essa necessidade. Caso o disjuntor tenha que efetuar a interrupção de
um curto-circuito de uma corrente superior ao que ele suporta, pode ocorrer
de o equipamento não operar corretamente e vir a se danificar.
Vale destacar que a operação durante um curto-circuito prejudica a
vida útil do disjuntor, uma vez que é uma condição severa de funcionamento,
portanto, caso o disjuntor venha a realizar várias interrupções em curto
-circuito, ele deve passar por uma manutenção preventiva em um intervalo
de tempo menor do que o normal, para avaliar as suas condições e permitir
que ele continue operando normalmente.
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5.2.3 Relé
Os relés são equipamentos que desempenham um papel fundamental
na proteção de um sistema elétrico. A proteção principal de uma instalação
elétrica de alta tensão geralmente é realizada por meio dos relés que atuam
de forma integrada com os transformadores para instrumentos e com os
disjuntores.
Comumente os relés possuem três elementos internos que regem a sua
- operaçao:
• Elemento sensor;
• Elemento comparador;
• Elemento de atuação.
A informação recebida dos transformadores para instrumentos é monitorada
a todo momento pelo elemento sensor, que envia essa informação
ao elemento comparador que compara a informação recebida dos transformadores
para instrumentos com os valores programados nos relés. Caso
ocorra a ultrapassagem de algum parâmetro, é enviada uma informação para
o elemento de atuação que emite um comando para operação do disjuntor.
Existem diversas funções para os relés. Para cada função são definidos
os parâmetros que determinam a ocorrência de uma anomalia, quando
ultrapassados.
As funções dos relés são identificadas por números que estão apresentados
no Apêndice A. Compete à distribuidora de energia elétrica local determinar
as funções básicas dos relés de proteção que devem ser instalados.
O projetista da subestação pode determinar a necessidade de instalação de
mais funções de proteção, entretanto no mínimo as funções indicadas pela
distribuidora devem ser empregadas. Seguem as principais funções exigidas
pelas d istri bu idoras.
Proteção de tensão
• 27 - Relé de Subtensão: atua quando a tensão de entrada é menor
que um valor predeterminado.
• 47 - Relé sequência de fase: atua para um valor predeterminado
de tensão polifásica, na sequência de fase estabelecida.
• 59 - Relé de sobretensão: atua quando a tensão de entrada é
maior que um valor predeterminado.
Normalmente, esses relés são alimentados pelos transformadores de
potencial (TP) instalados nos cubículos de proteção.
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Proteção de corrente
• 50 - Relé de sobrecorrente instantâneo: atua instantaneamente,
por valor de corrente superior a um limite predeterminado.
• 51 - Relé de sobrecorrente temporizado em circuito de CA: atua
com retardo intencional de tempo quando a corrente de entrada
excede um valor predeterminado, no qual a corrente de entrada e o
tempo de operação são relacionados de modo definido ou inverso.
Os relés de corrente são alimentados pelo transformador de corrente
(TC), instalado no cubículo de proteção. A N BR 14039, de 2005, proibiu
novas instalações com relé primário de retardo a liquido, o que é seguido
pelas concessionárias de energia.
Algumas subestações podem ainda contar com funções adicionais,
que podem ser úteis dependendo de suas características. Vale destacar que
a instalação dessas funções só pode ser realizada com permissão da distribuidora
de energia elétrica.
• 79 - Relé de religamento automático: controla o religamento e o bloqueio
automático de um disjuntor de CA. Exemplo: envia um comando
de ligação ao disjuntor após a ocorrência do desligamento.
• 83 - Relé de controle seletivo/transferência automática: dispositivo
que seleciona automaticamente uma dentre várias fontes ou
condições em um equipamento e permite realizar uma operação
de transferência. Exemplo: quando uma subestação possui dois
circuitos de entrada e ocorre a falta de tensão do circuito principal,
essa função realiza a manobra para transferir a carga da subestação
para o outro circuito.
• 86 - Relé de bloqueio de religamento: utilizado para desligar dispositivos
e equipamentos e mantê-los inoperantes.
• 81 - Relé de frequência: opera quando a frequência, ou sua taxa
de variação, está fora dos limites preestabelecidos. Observação: o
relé 81 é exigido por algumas concessionárias quando o consumidor
possui gerador e seu sistema permite transferência automática por
falta de fase.
Nas subestações que possuem transformadores de potências elevadas,
comumente superior a 500 kVA, é comum a instalação de outros relés com
mais funções para oferecer maior segurança na operação da subestação.
Não há restrição para instalação desses relés adicionais em transformadores
de menor capacidade, entretanto nestes casos, como o valor do
transformador não é tão elevado, a instalação desses dispositivos pode ser
considerada economicamente inviável, sendo muito caro quando comparado
com o valor do equipamento.
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A seguir estão indicadas as funções de proteção adicionais que podem
ser instaladas nos transformadores.
• 49 - Relé térmico para máquina ou transformador: age quando a
temperatura de um equipamento excede um valor predeterminado.
• 63 - Relé de pressão de líquido, gás ou vácuo: atua por um valor
predeterminado de pressão, ou por uma dada taxa de sua variação.
Exemplo: relé Buchholz ou relé de gás.
• 71 - Relé de nível de gás ou líquido: trabalha por valores ou por
taxas de variação de nível predeterminados. Exemplo: nível de óleo
do transformador.
• 87 - Relé diferencial: atua por diferença de percentual entre duas
ou mais grandezas elétricas. Exemplo: opera em função das diferenças
provenientes do desequilíbrio existente entre as correntes de
entrada e saída do transformador.
• 26 - Relé térmico do equipamento: age quando a temperatura de
um equipamento ou parte dele ultrapassa os limites predeterminados.
Atualmente os relés mais apropriados para serem instalados para a
proteção de instalações elétricas de alta tensão são os microprocessados,
mas também existem relés eletromecânicos e estáticos, também chamados
de analógicos. A seguir são apresentadas algumas vantagens dos relés microprocessados
em relação aos demais.
• Permite comunicação remota;
• Maior precisão;
• Pode possuir várias funções agregadas em um único relé;
• Pode ser provido de uma rotina de identificação de falha em seu
funcionamento;
• Permite o registro do histórico de atuações.
5.2.4 - Fusíveis
Nas subestações de média tensão, normalmente utilizam-se fusíveis
como proteção dos transformadores, dos cabos e do TP.
A característica de sua atuação é baseada na fusão de um elemento
fusível, denominado elo, provocado pelo aquecimento gerado pelo efeito
joule, proveniente da circulação das sobrecorrentes de longa duração ou das
correntes de curtos-circuitos.
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Os fusíveis uti I izados nas subestações para média tensão são do tipo
HH, constituídos por um invólucro de material isolante, geralmente porcelana
vitrificada. Em seu interior, fica o elo, envolto em areia especial.
A escolha do fusível deve ser rea I izada com base em critérios específicos,
por exemplo: corrente, tensão e tempo de atuação (rápido ou retardado).
,,
Figura 5.2: Fusível HH
5.3 Exercícios
1. Quais são as características principais de um sistema de proteção?
2. Qual a diferença entre um TC de medição e um TC de proteção?
3. Por que é importante preocupar-se com a corrente de curto-circuito
de um disjuntor de subestação?
4. Quais são os três elementos de um relé?
5. Quais são as funções básicas de proteção que toda subestação
deve ter?
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•
• •
Todo trabalho que envolve eletricidade deve ser cercado de todos os
aspectos de segurança possíveis para minimizar o risco de ocorrer um acidente.
Existem aspectos de segurança específicos que devem ser atendidos
para as atividades em subestações que serão abordados nos itens a seguir.
6.1 Aplicações da NR-10 em subestações
Quando se trata de segurança em instalações elétricas, independente
da tarefa que está sendo executada, é necessário que a Norma Regulamentadora
número 10 do Ministério do Trabalho e Emprego seja atendida.
A norma possui um capítulo destinado exclusivamente ao trabalho
executado em alta tensão, destacando que a N R-1 O considera alta tensão
como sendo toda tensão superior a 1.000 V em corrente alternada e 1.500 V
em corrente contínua entre fase e fase e entre fase e neutro.
O Capítulo 7 da NR-10, que trata dos "Trabalhos envolvendo alta tensão
(AT)", está reproduzido a seguir com o destaque para cada parágrafo,
ilustrando o que deve ser feito nas subestações de consumidores para o seu
atendimento.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
1 O. 7 .1 Os trabalhadores que intervenham em instalações elétricas energizadas
com alta tensão, que exerçam suas atividades dentro dos limites estabelecidos
como zonas controladas e de risco, conforme Anexo 1, devem atender ao
disposto no item 10.8 desta N R.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Primeiramente é necessário identificar a zona controlada e a zona de
risco. O Anexo I da NR-10 determina essas regiões.
Rr
ZR
PE
e
Q)
E
,::::,
e:
~
o
"O
ro
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Q)
E
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Figura 6.1: Identificação da zona de risco e da zona controlada a partir de um ponto energizado em alta tensão.
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Faixa de tensão nominal
da instalação
elétrica em kV
Rr - Raio de delimitação
entre zona de risco e
controlada em metros
Rc - Raio de delimitação
entre zona controlada
e livre em metros
<1
> 1 e <3
>3e <6
>6 e <10
>10e<15
>15 e <20
>20 e <30
>30 e <36
>36 e <45
>45 e <60
>60 e <70
>70e<110
>110 e <132
>132 e <150
>150 e <220
>220 e <275
>275 e <380
>380 e <480
>480 e <700
0,20
0,22
0,25
0,35
0,38
0,40
0,56
0,58
0,63
0,83
0,90
1,00
1, 1 O
1,20
1,60
1,80
2,50
3,20
5,20
0,70
1,22
1,25
1,35
1,38
1,40
1,56
1,58
1,63
1,83
1,90
2,00
3, 10
3,20
3,60
3,80
4,50
5,20
7,20
Fonte: Norma Regulamentadora número 10 do Ministério do Trabalho e Emprego
Figura 6.2: Distâncias da zona de risco e da zona controlada a partir de um ponto energizado em alta tensão.
Com o objetivo de exemplificar a distância de segurança, vamos analisar
uma subestação de consumidor com a tensão elétrica de 13,8 kV. Neste
caso a zona de risco compreende um afastamento a partir do ponto energizado
até a distância de 0,38 m ou 38 cm. O afastamento que compreende
a zona controlada inicia a partir da distância de 0,38 m do ponto energizado
e se projeta até 1,38 m.
Caso seja invadida a zona de risco, o profissional estará sujeito aos
efeitos do campo eletromagnético. Essa atividade é considerada de trabalho
em linha viva, que em subestações de tensão inferior a 69 kV não é executada
em função das pequenas distâncias existentes entre as fases e entre fase
e terra. Nestes casos os profissionais somente trabalham afastados do ponto
energizado.
O item 1 O. 7 .1 da N R-1 O se aplica aos profissionais que efetuam qua 1-
quer atividade nas subestações dos consumidores que estejam energizadas,
como, por exemplo, uma manobra de religamento. Esta afirmação deve-se ao
fato de que pode ocorrer de o profissional ficar a uma distância do barramento,
ou de uma parte energizada de um equipamento, correspondente à zona
controlada.
Sendo assim, esse item determina que os profissionais que atuam com
instalações elétricas energizadas em alta tensão devem atender ao disposto
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no item 10.8 da NR-10, que determina o perfil de um trabalhador da área
elétrica que esteja habilitado, qualificado, capacitado e autorizado.
Ou seja, para atuar em uma subestação energizada de acordo com o
item 1 O. 7 .1 da N R-1 O, o profissional deve atender a pelo menos uma das
classificações profissionais determinadas no item 10.8.
A Figura 6.3 apresenta um resumo das classificações dos profissionais
determinadas pelo item 10.8 da NR-10.
Habilitação, qualificação, capacitação e
autorização dos trabalhadores
Formação no
Sistema Oficial de Ensino
1 Qualificado 1
Registro no
conselho de
e.lasse
1 HabiJJtado 1
~
Formação na empresa
Recebe capacitação dirigida
especifica e trabalha sob
responsabilidade de um
,profissional habilitado
1 Capacitado 1
~
Treinamento em segurança (NR-10) + anuência, formal da empresa
Autorizado
•
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Figura 6.3: Requisitos para determinação da classificação dos profissionais de acordo com a NR-10.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
1 O. 7 .2 Os trabalhadores de que trata o item 1 O. 7 .1 devem receber treinamento
de segurança , específico em segurança no Sistema Elétrico de Potência
(SEP) e em suas proximidades, com currículo mínimo, carga horária e demais
determinações estabelecidas no Anexo li desta NR.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Os profissionais que executem atividades nas subestações energizadas
devem realizar o curso complementar da NR-10, também conhecido como
curso do SEP. Para realizá-lo, é pré-requisito ter frequentado o curso básico de
NR-10. A seguir está reproduzido o conteúdo programático do curso do SEP.
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2. CURSO COMPLEMENTAR - SEGURANÇA NO SISTEMA
ELÉTRICO DE POTÊNCIA (SEP) E EM SUAS PROXIMIDADES.
,
E pré-requisito para frequentar esse curso complementar ter participado, com aproveitamento satisfatório,
do curso básico definido anteriormente.
Carga horária mínima - 40h
1 - Programação mínima:
1. Organização do Sistema Elétrico de Potência (SEP).
2. Organização do traba lho:
a) programação e planejamento dos serviços;
b) traba lho em equipe;
c) prontuário e cadastro das instalações;
d) métodos de trabalho; e
e) comunicação.
3. Aspectos comportamentais.
4. Condições impeditivas para serviços.
5. Riscos típicos no SEP e sua prevenção (*):
a) proximidade e contatos com partes energizadas;
b) indução;
c) descargas atmosféricas;
d) estática;
e) campos elétricos e magnéticos;
f) comunicação e identificação; e
g) traba lhos em altura, máquinas e equipamentos especiais.
6. Técnicas de análise de Risco no SEP (*)
7. Procedimentos de traba lho - aná lise e discussão. (*)
8. Técnicas de trabalho sob tensão: (*)
a) em linha viva;
b) ao potencial;
c) em áreas internas;
d) traba lho a distância;
e) trabalhos noturnos; e
f) ambientes subterrâneos.
9. Equipamentos e ferramentas de trabalho (escolha, uso, conservação, verificação, ensaios) (*).
10. Sistemas de proteção coletiva (*).
11. Equipamentos de proteção individua l (*).
12. Posturas e vestuários de trabalho (*).
13. Segurança com veícu los e transporte de pessoas, materiais e equipamentos (*).
14. Sinalização e isolamento de áreas de trabalho (*).
15. Liberação de instalação para serviço e para operação e uso(*).
16. Treinamento em técnicas de remoção, atendimento, transporte de acidentados(*).
17. Acidentes típicos (*) - análise, discussão, medidas de proteção.
18. Responsabi lidades (*).
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,
E possível notar no conteúdo do curso que a maior parte do estudo é
dirigido aos aspectos de segurança da atividade que o profissional exerce em
alta tensão. Esse direcionamento é apontado pelo asterisco existente ao final
de cada tópico que significa:
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
(*) Esses tópicos devem ser desenvolvidos e dirigidos especificamente para as
condições de trabalho características de cada ramo, padrão de operação, de
nível de tensão e de outras peculiaridades específicas ao tipo ou condição especial
de atividade, sendo obedecida a hierarquia no aperfeiçoamento técnico
do trabalhador.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Por exemplo, se o profissional atuar com linhas de transmissão de alta
tensão, o curso complementar deve ser direcionado para os aspectos de segurança
na execução de atividades nas linhas de transmissão.
Da mesma forma, o curso deve ser direcionado no caso dos profissionais
que executem atividades em outras instalações de alta tensão, como
linhas de distribuição aérea, cabos de distribuição subterrânea, grandes motores
elétricos alimentados com alta tensão, subestações conforme abordado
neste livro, entre outros.
O item 1 O. 7 .3 determina que não é permitida a execução de nenhum
trabalho em uma instalação elétrica energizada em alta tensão de forma
individual.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
1 O. 7 .3 Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como
aqueles executados no Sistema Elétrico de Potência (SEP), não podem ser
realizados individualmente.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
As atividades que podem ser desenvolvidas nas subestações de consumidores
geralmente são manutenção ou manobra (desligamento e religamento).
A realização de uma manutenção geralmente requer uma grande quantidade
de pessoas em função do volume de serviço que deve ser rea I izado em
um curto espaço de tempo, portanto um serviço de manutenção geralmente
já é realizado por mais de uma pessoa.
O religamento de uma subestação de consumidor é uma atividade relativamente
comum e que em muitas empresas é realizada de forma individual
por um profissional responsável por essa tarefa.
Em determinado momento da operação de desligamento ou religamento
de uma subestação de consumidor, a instalação elétrica está energizada com
alta tensão, portanto o item 10.7.3 da NR-10 é aplicável para estes casos.
A norma não determina o perfil da outra pessoa que esteja acompanhando
o profissional na realização de sua atividade. Considerando que a
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outra pessoa que acompanha o profissional responsável pelo religamento
(somente para que ele não esteja sozinho) também estará na zona controlada,
esse profissional também deve ser autorizado de acordo como determina
o item 10.8 da NR-10.
Utilizando a forma mais prudente de análise, pode-se considerar que o
mais apropriado é que a outra pessoa que acompanha o profissional que fará
o religamento, somente para que este não esteja sozinho, deve ter as mesmas
qualificações. Afinal, ele também estará dentro de uma subestação, portanto
precisa conhecer os riscos existentes no local.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
1 O. 7 .4 Todo trabalho em instalações elétricas energizadas em AT, bem como
aquelas que interajam com o SEP, somente pode ser realizado mediante ordem
de serviço específica para data e local, assinada por superior responsável pela
,
area.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
De acordo com o item 10. 7 .4, todo trabalho em subestações somente
pode ser realizado após a emissão de uma ordem de serviço. Muitas empresas
já possuem a sistemática de utilização de ordens de serviço para as
suas atividades rotineiras. Costumeiramente o setor de manutenção trabalha
desta forma, porém as atividades em subestações eventualmente não passam
por essa rotina, entretanto, de acordo com este item da NR-10, essas
atividades também devem ser contempladas pelas ordens de serviço.
A empresa deve possuir um plano de emergência (conforme item
10.12 da NR-10) que preveja, por exemplo, um incêndio nas instalações
onde se faz necessário o desligamento da subestação. Outra situação de
emergência também pode ser um desligamento da subestação durante o horário
de expediente, sendo necessário o religamento rápido para não interferir
demasiadamente na rotina da empresa, ou ainda um desligamento fora do
horário de expediente, onde não está presente um líder que possa assinar a
ordem de serviço.
Nestes casos cabe uma interpretação da norma porque não é possível
que uma empresa fique, por exemplo, todo o final de semana sem energia
em função de um desligamento na sexta-feira à noite, visto que somente na
segunda-feira de manhã chegará o supervisor da manutenção, que é quem
possui delegação para assinar a ordem de serviço.
Nestes casos o plano de emergência pode prever uma sistemática
onde o serviço é executado e posteriormente deve ser realizado o registro da
ocorrência, destacando a urgência da execução da tarefa.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
1 O. 7 .5 Antes de iniciar traba lhos em circuitos energizados em AT, o superior
imediato e a equipe, responsáveis pela execução do serviço, devem realizar
uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas
de forma a atender os princípios técn icos básicos e as melhores
técnicas de segurança em eletricidade aplicáveis ao serviço.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
A atividade apresentada no item 1 O. 7 .5 da norma já é realizada em
muitas empresas com o nome de análise preliminar de risco ou simplesmente
análise de risco.
Essa análise deve ser feita antes da execução de cada tarefa, sendo
uma emergência ou não, onde os profissionais envolvidos planejam as suas
ações, identificam onde estão localizados os riscos envolvidos e determinam
as medidas de controle para mitigar esses riscos.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
1 O. 7 .6 Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT somente podem
ser realizados quando houver procedimentos específicos, detalhados e
assinados por profissional autorizado.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
O item 1 O. 7 .6 determina que toda tarefa executada em uma subestação
deve ter um procedimento de trabalho. Esse procedimento deve conter
a descrição das tarefas que serão executadas passo a passo, indicando os
profissionais que devem executá-las, os riscos envolvidos e as medidas de
controle.
,
E comum encontrar em subestações de consumidores o procedimento de
religamento fixado na parede, porém existem outras tarefas, como a manutenção,
que também devem ser contempladas no procedimento.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
10.7.7 A intervenção em instalações elétricas energizadas em AT dentro dos
limites estabelecidos como zona de risco, conforme Anexo I desta NR, somente
pode ser real izada mediante a desativação, também conhecida como bloqueio,
dos conjuntos e dispositivos de religamento automático do circuito, sistema ou
equipamento.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Este item normalmente é utilizado pelas distribuidoras de energia elétrica,
em função dos religamentos automáticos dos circuitos.
Logo após a ocorrência de um curto-circuito, que venha a promover
o desligamento de um disjuntor da subestação da distribuidora, o relé de
religamento envia um comando para que o disjuntor seja religado automaticamente.
Caso esteja sendo executado algum serviço com o circuito energizado, o
desligamento do disjuntor pode, eventualmente, ter sido ocasionado por uma
pessoa que sofreu um choque elétrico. Neste caso o religamento faz com que o
choque elétrico persista, aumentando o dano causado no acidente. Em virtude
dessa característica, a execução de uma tarefa em um circuito energizado, em
que o seu disjuntor possua dispositivo de religamento, requer que seja realizada
a desativação dessa função durante a realização do serviço.
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Algumas distribuidoras permitem que as subestações de consumidor
possuam rearme automático, que, diferente do religamento, permite que o
disjuntor seja fechado de forma automática se a sua abertura foi provocada
pela falta de tensão e não por outros motivos, como um curto-circuito. Vale
lembrar que essa condição deve ser prevista no projeto de proteção e deve
ser aprovado pela distribuidora.
A AES Eletropaulo, por exemplo, permite que o rearme ocorra após o
retorno da tensão na rede de distribuição e após o intervalo de tempo de, no
mínimo, dois minutos.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
1 O. 7. 7 .1 Os equipamentos e dispositivos desativados devem ser sinalizados
com identificação da condição de desativação, conforme procedimento de trabalho
específico padronizado.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Dentro do mesmo subitem simplesmente é preciso observar que essa
desativação deve ser sinalizada claramente, para evitar que inadvertidamente
alguém venha a colocar o dispositivo de religamento em operação antes
do término da atividade.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
1 O. 7 .8 Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados
com materiais isolantes, destinados ao trabalho em alta tensão, devem ser
submetidos a testes elétricos ou ensaios de laboratório periódicos, obedecendo-se
às especificações do fabricante, aos procedimentos da empresa e na
ausência desses, anualmente.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Nas atividades em alta tensão nas subestações é possível encontrar
equipamentos, ferramentas, materiais e dispositivos isolantes, destinados ao
trabalho em alta tensão. Normalmente, nas estações de consumidor encontramos
os itens a seguir e que devem ser ensaiados conforme item 10. 7 .8
da norma .
• Luva de borracha;
• Bastão de manobra;
• Tapete de borracha;
• Capacete de segurança;
• Manga de borracha .
Sendo assim, estes itens devem ser submetidos a testes para verificar
a sua condição de isolação elétrica. Para realizar a verificação, deve ser utilizado
o ensaio de tensão aplicada, entretanto podem ser realizados outros
testes, como, por exemplo, o teste de estanqueidade da luva isolante para
verificação se não há nenhum furo. Havendo a reprovação da luva, não há
conserto e ela precisa ser substituída.
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Figura 6.4: Luvas isolantes de borracha para alta tensão.
Algumas empresas não estão habituadas a realizar os ensaios de isolação
elétrica nos outros equipamentos além da luva, porém se considerarmos
que eles são dispositivos isolantes que garantem a segurança dos profissionais
que atuam na subestação, a realização do seu ensaio é necessária de
acordo com o item 10. 7 .8 da NR-10.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
1 O. 7. 9 Todo traba lhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem
como aqueles envolvidos em atividades no SEP, devem dispor de equipamento
que permita a comunicação permanente com os demais membros da equipe
ou com o centro de operação durante a rea lização do serviço.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
No último item do capítulo de alta tensão, a NR-10 simplesmente
pede que os profissionais que estejam atuando em uma instalação elétrica
de alta tensão, no caso do foco deste livro estamos falando das subestações
de consumidores, devem possuir um dispositivo de comunicação. A norma
não especifica detalhes desse dispositivo, portanto pode ser celular, rádio ou
algum outro sistema que permita a comunicação permanente.
Tratando de unidades consumidoras, geralmente não há um centro de
operações para o pessoal da manutenção. Essa denominação é comumente
a pi icada às distribuidoras de energia elétrica , portanto esse dispositivo de
comunicação deve permitir o contato com os demais membros da equipe.
6.2 Desenergização de subestações
As atividades em instalações elétricas podem ser realizadas com o
circuito energizado ou desenergizado. Em subestações de consumidores,
poucos serviços podem ser executados com o circuito energizado, como o
desligamento ou o religamento da subestação, ou então a realização do ensaio
de termovisão, que identifica pontos de sobreaquecimento em função
de algum defeito em um equipamento ou em uma conexão do barramento.
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As atividades de manutenção geralmente são realizadas com o circuito
desenergizado. Existem seis etapas que devem ser cumpridas para que se
possa considerar o circuito denesergizado. São elas:
• Desligar;
• Isolar;
• Bloquear;
• Testar;
• Aterrar;
• Sinalizar.
Somente após realizadas as seis etapas é que se pode considerar que
a subestação está desenergizada e o trabalho pode ser realizado com maior
segurança.
Caso alguma das seis etapas apresentadas não seja executada por
qualquer motivo, a subestação não deve ser considerada desenergizada, portanto
devem ser tomadas todas as precauções e utilizados todos os EPls,
como se a subestação estivesse energizada, mesmo que ela já esteja desligada
(sem tensão).
Vamos realizar uma análise para entender melhor a diferença entre
desligado e desenergizado. Desligar refere-se à simplesmente promover a
abertura da alimentação do circuito, ou seja, abrir o disjuntor ou a chave
seccionadora. O desligamento é somente a primeira das seis etapas da desenergização.
O isolamento refere-se ao desligamento de outros dispositivos
que isolem fisicamente o trecho da instalação elétrica onde será realizado o
•
serviço.
A figura a seguir exemplifica as duas situações. Neste caso pretende-se
realizar a manutenção no transformador. Quando o disjuntor de alta tensão é
aberto, ocorre o desligamento do transformador, logo em seguida é realizada
a abertura do disjuntor de baixa tensão. A partir desse momento o transformador
está isolado.
Na terceira etapa todos os dispositivos que foram abertos (disjuntores,
chaves etc.) devem ser bloqueados de forma a impedir que uma pessoa inadvertida
religue os dispositivos, conforme a Figura 6.5.
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Alimentação
Disjuntor de
alta tensão
Transformador
Disjuntor de
baixa tensão
Carga
Figura 6.5: Diagrama unifilar de uma subestação de consumidor.
Um modo apropriado de bloqueio utiliza o emprego de cadeado, em
que somente a pessoa que realmente fez o desligamento é quem pode religar
o dispositivo.
O teste é necessário para ter a certeza de que foi desligado o dispositivo
correto e de que as três fases foram interrompidas. A verificação de tensão
em uma subestação deve ser realizada com a utilização de um dispositivo
conhecido como detector de tensão.
Figura 6.6: Detector de alta tensão.
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Esse dispositivo deve ser colocado na ponta do bastão de manobra
e o teste deve sempre ser realizado nas três fases, pois pode ocorrer, por
exemplo, de um disjuntor ter uma barra de tração quebrada e interromper
somente duas fases, mantendo a terceira energizada.
A quinta etapa é muito importante, pois inicialmente o aterramento
promove a descarga de energia estática ou de energia armazenada que possa
existir na subestação, e durante a realização do serviço o aterramento garante
que uma energização acidental não venha a provocar nenhum acidente.
Entretanto, para cumprir o seu papel, o aterramento deve ser instalado
nos lugares corretos e de forma apropriada.
São instalados no mínimo dois pontos de aterramento temporários para
garantir que as pessoas envolvidas no serviço estejam sempre trabalhando
dentro da região formada pelos conjuntos de aterramentos.
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Entre duas estruturas normais
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1 • •
• Area de serviço ,
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Figura 6. 7: Exemplos dos pontos de instalação do conjunto de aterramento temporário.
O chamado conjunto de aterramento temporário possui quatro conectores
interligados entre si. Primeiramente um conector deve ser ligado
no aterramento, o ponto do aterramento escolhido deve sempre ser o mais
próximo possível da malha de aterramento da subestação, sendo sempre ligado
em um cabo de elevada bitola, e obviamente conectado diretamente no
cabo nu (se o cabo estiver pintado, sujo ou encapado, é preciso fazer a limpeza
do ponto antes de ligar o conector).
Depois de conectado no ponto de aterramento, realiza-se a ligação nas
fases, sempre garantindo que o conector esteja firme e não haja possibilidade
de se soltar na ocorrência de uma energização.
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Figura 6.8: Conjunto de aterramento temporário.
Vale destacar que é de suma importância que primeiro deve ser instalado
o conector no aterramento e depois nas fases. Durante a retirada
do conjunto de aterramento temporário o procedimento a ser adotado é o
inverso, ou seja, primeiro retiram-se os conectores das fases a por último do
aterramento.
Por fim, a garantia de que todos os aspectos de segurança foram atendidos
é feita com a sinalização dos dispositivos que foram desligados. Também
deve ser sinalizada a área onde será realizado o serviço, a fim de evitar
que pessoas inadvertidas invadam o local.
6.3 Exercícios
1. Que capítulo da NR-10 determina as premissas para a realização
de trabalho em alta tensão?
2. Qual a distância de risco e a distância controlada a partir de um
ponto energizado em 13 ,8 kV?
3. Em que condição um profissional precisa fazer o curso complementar
de NR-10?
4. Qual a diferença entre um equipamento desligado e isolado?
5. Qual ferramenta é utilizada para verificar a ausência de tensão em
uma subestação?
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•
• •
O principal objetivo deste capítulo é apresentar os conceitos básicos
de planejamento e execução das tarefas de operação e manutenção de uma
subestação, visando garantir a segurança dos equipamentos e dos profissionais
envolvidos.
7 .1 Procedimento de operação de subestações
De acordo com a NR-10, a operação e a manutenção de subestação
devem ser efetuadas por pessoas qualificadas e autorizadas, conforme estudado
no capítulo 6 deste I ivro, com treinamento prévio de N R-1 O e que
estejam familiarizados com o sistema elétrico.
Por se tratar de uma instalação de alta tensão, além do curso básico
da NR-10, o profissional também deve ter realizado o curso complementar,
curso do SEP, conforme apontado no capítulo 6 deste livro.
A NR-10 determina que o profissional que está executando a operação
na subestação não pode estar sozinho.
Não se deve realizar manobras em subestações sem o equipamento de
proteção (luvas, bastões isolantes e tapetes de borracha etc.). Todos esses
equipamentos devem ter resistência dielétrica conforme a classe de tensão e
estar de acordo com a N R-6 do Ministério do Trabalho e Emprego. As luvas
de segurança devem estar protegidas pelas luvas de proteção mecânica e
acondicionadas em local apropriado.
Existem dois tipos de operação de subestações:
• Operação programada;
• Operação de emergência.
7 .1.1 Operação programada de subestações
Em todos os serviços executados dentro da subestação é essencial que
seja feita uma programação prévia e uma lista de procedimentos a serem
executados, para assegurar que a atividade seja feita corretamente.
A norma de segurança NR-10 determina nos itens 10.7.4, 10.7.5 e
10. 7 .6 que a operação da subestação deve dispor de uma ordem de serviço,
de um procedimento de trabalho e realizar um planejamento prévio antes de
executar a atividade. Veja mais detalhes no capítulo 6.
O item 10.11 da NR-10 determina que o procedimento de trabalho
deve ser assinado por um profissional legalmente habilitado e elaborado com
a participação do serviço especializado de engenharia segurança do trabalho
(SESMT).
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• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
10.11.1 Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados
em conformidade com procedimentos de trabalho específicos, padronizados,
com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por profissional
que atenda ao que estabelece o item 10.8 desta NR.
10.11.2 Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens
de serviço especificas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no
mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho
a serem adotados.
10.11.3 Os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo, objetivo,
campo de aplicação, base técnica, competências e responsabilidades, disposições
gerais, medidas de controle e orientações finais.
10.11.4 Os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurança e saúde
e a autorização de que trata o item 10.8 devem ter a participação em todo
processo de desenvolvimento do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança
e Medicina do Trabalho - SESMT, quando houver.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
A ordem de serviço determina a realização da operação, também chamada
de manobra, de uma subestação e deve conter:
• Motivo da manobra;
• Horário de início da manobra;
• Se há interrupção;
• Se a interrupção é total ou parcial;
• Quais os setores afetados;
• Os componentes (equipamentos) e sequência que serão manobrados;
• Condições operativas dos equipamentos que serão manobrados;
• Os EPls e EPCs que serão usados;
• Tempo total de duração;
• Solicitante da manobra;
• Responsável(is) pela(s) manobra(s) (operador);
• Em caso de entrega para manutenção, os profissionais da manutenção
que vão trabalhar;
• Data e horário em que o circuito será devolvido para religamento;
• Responsável que vai liberar o circuito;
• Os diagramas a serem consultados para manobra.
7 .1.1.1 Exemplo prático
Observando o diagrama unifilar do Apêndice D (diagrama de subestação
de consumidor conectado em tensão acima de 69 kV, é possível identificar
dois ramais de entrada alimentando dois transformadores.
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A subestação encontra-se na seguinte situação:
• Ramais 1 e 2 de 88 kV energizados;
• Disjuntor 1 de 88 kV fechado;
• Disjuntor 2 de 88 kV aberto;
• Disjuntor 3 de 13,8 kV do secundário do transformador 1 fechado;
• Disjuntor 4 de 13,8 kV do secundário do transformador 2 fechado;
• Disjuntores 5 e 7, de 13,8 kV, da barra 1 de alimentação das cargas
fechados;
• Disjuntores 6 e 8, de 13,8 kV, da barra 2 de alimentação das cargas
fechados;
• Seccionadoras 7401, 7402, 7403, 7404, 7405, 7406 de 88 kV
fechadas;
• Seccionadora de interligação das barras 1 e 2 de 13,8 kV aberta;
• Transformadores 1 e 2 estão em carga, cada um alimentando 50%
da empresa.
Sequência de operação para o desligamento completo da subestação
com segurança
Doeu mentação:
a. Informar à concessionária o desligamento.
b. Informar à linha de produção da empresa o desligamento.
e. Documentação comprobatória da autorização dos profissionais
envolvidos na manobra, conforme item 10.8 da NR-10,
apresentado no capítulo 6 deste livro.
d. Procedimento de manobra conforme os itens 11 e 7 .4.5.6 da
NR-10, apresentado no capítulo 6 deste livro.
Execução da operação no local:
1. Planejar as atividades.
a. Análise de risco.
b. Definir EPI e EPC necessários à atividade.
2. Conferir condições operativas dos equipamentos a serem manobrados.
a. Meio de extinção dos disjuntores.
b. Tensão.
e. Carga.
3. Bloquear a transferência automática de 88 kV.
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4. Desligar os disjuntores de carga 5 e 7 da barra 1, de 13,8 kV,
pelo comando manual elétrico ou manual mecânico.
5. Certificar a real abertura das três fases dos disjuntores 5 e 7.
6. Extrair os disjuntores 5 e 7.
7. Desligar os disjuntores de carga 6 e 8 da barra 2, de 13,8 kV,
pelo comando manual elétrico ou manual mecânico.
8. Certificar a real abertura das três fases dos disjuntores 6 e 8.
9. Extrair os disjuntores 6 e 8.
10. Desligar o disjuntor 3 de 13,8 kV secundário do transformador 1
pelo comando manual elétrico ou manual mecânico.
11. Certificar a real abertura das três fases dos disjuntores 3 de 13,8 kV.
12. Extrair o disjuntor 3.
13. Desligar disjuntor 4 de 13,8 kV secundário do transformador 2
pelo comando manual elétrico ou manual mecânico.
14. Certificar a real abertura das três fases do disjuntor 4.
15. Extrair o disjuntor.
16. Desligar o disjuntor 1 de 88 kV pelo comando manual elétrico ou
comando manual mecânico.
17. Certificar a real abertura das três fases do disjuntor 1.
18. Conferir ausência de tensão da saída do disjuntor do ramal 1 de
88 kV.
19. Conferir ausência de tensão da saída do disjuntor do ramal 2 de
88 kV.
20. Abrir seccionador 7405 e travar na posição desligada. Sinalizar
(placas, avisos, cartão).
21. Abrir seccionador 7403 e travar na posição desligada. Sinalizar
(placas, avisos, cartão).
22. Abrir seccionador 7406 e travar na posição desligada. Sinalizar
(placas, avisos, cartão).
23. Abrir seccionador 7404 e travar na posição desligada. Sinalizar
(placas, avisos, cartão).
24. Abrir seccionador 7401 e travar na posição desligada. Sinalizar
(placas, avisos, cartão).
25. Abrir seccionador 7402 e travar na posição desligada. Sinalizar
(placas, avisos, cartão).
26. Verificar condições dos equipamentos.
27. Elaborar relatório.
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Caso o desligamento tenha sido executado para manutenção, deve-se:
a. Executar teste de tensão usando o detector de tensão.
b. Bloquear com bloqueio padronizado os equipamentos desligados.
e. Executar aterramento temporário.
d. Isolar a área na qual vai ser executada a manutenção.
Execução da operação de religamento
Doeu mentação:
a. 1 nformar à concessionária o religamento.
b. Informar à linha de produção da empresa o religamento.
e. Documentação comprobatória da autorização dos profissionais
envolvidos na manobra, conforme item 10.8 da NR-10,
apresentado no capítulo 6 deste livro.
d. Procedimento de manobra conforme itens 11 e 7 .4.5.6 da
NR-10, apresentado no capítulo 6 deste livro.
Caso o desligamento tenha sido executado para manutenção, deve-se:
a. Verificar a existência de ferramentas e materiais no local.
b. Retirar o aterramento temporário.
e. Retirar o bloqueio padronizado dos equipamentos desligados.
d. Retirar sinalização e equipamentos utilizados para demarcação
de área.
Execução da manobra:
1. Planejar a atividade.
2. Conferir condições de operação dos equipamentos a serem manobrados.
a. Meio de extinção dos disjuntores.
b. Tensão no ramal de entrada.
3. Retirar sinalização de "desligado".
4. Retirar bloqueio dos equipamentos bloqueados.
5. Fechar o seccionador 7404.
6. Fechar o seccionador 7406.
7. Fechar o secciona dor 7403.
8. Fechar o seccionador 7405.
9. Fechar o secciona dor 7402.
1 O. Fechar o secciona dor 7401.
11. Certificar realmente que as três fases da seccionadora estão fechadas.
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12. Ligar disjuntor 1 de 88 kV pelo comando manual elétrico ou manual
mecânico.
13. Certificar real fechamento das três fases do disjuntor 1 de 88 kV.
14. Conferir a condição do disjuntor 2 de 88 kV aberta.
15. Retirar o bloqueio elétrico do disjuntor 2 de 88 kV em condição
de ligar por meio da transferência automática.
16. Inserir disjuntor 3 de 13,8 kV secundário do transformador 1 em
seu respectivo cubículo.
17. Ligar disjuntor 3 de 13,8 kV secundário do transformador 1 pelo
comando manual elétrico ou manual mecânico.
18. Certificar o real fechamento das três fases dos disjuntores 3 de
13,8 kV.
19. Inserir disjuntor 4 de 13,8 kV secundário do transformador 2 em
seu respectivo cubículo.
20. Ligar disjuntor 4 de 13,8 kV secundário do transformador 2 pelo
comando manual elétrico ou manual mecânico.
21. Certificar o real fechamento das três fases dos disjuntores 4 de
13,8 kV.
22. Inserir disjuntores 5 e 7 da barra 1 de 13,8 kV em seus respectivos
cubículos.
23. Ligar os disjuntores de carga 5 e 7 da barra 1 de 13,8 kV pelo
comando manual elétrico ou manual mecânico.
24. Certificar o real fechamento das três fases dos disjuntores 5 e 7.
25. Inserir disjuntores 6 e 8 da barra 2 de 13,8 kV em seus respectivos
cubículos.
26. Ligar os disjuntores de carga 6 e 8 da barra 2 de 13,8 kV pelo
comando manual elétrico ou manual mecânico.
27. Certificar o real fechamento das três fases dos disjuntores 6 e 8.
28. Habilitar transferência automática.
29. Conferir equipamento.
30. Elaborar relatório.
7 .1.1.2 Exemplo prático
Observando o diagrama unifilar do Apêndice D (diagrama de subestação
de consumidor conectado em tensão entre 3 e 35 kV), é possível
identificar um ramal de entrada alimentando uma cabine primária padrão
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convencional em 13,8 kV e duas cabines secundárias com dois transformadores
de 13,8 kV para 220 V.
A subestação encontra-se na seguinte situação:
• Seccionadora tipo matthews no poste da concessionária fechada .
• Seccionadora 1 no cubículo de medição fechada.
• Seccionadora 2 no cubículo de proteção fechada .
• Disjuntor 1 de 13,8 kV geral no cubículo de proteção fechado.
• Seccionadora 3 no cubículo de proteção fechada.
• Seccionadora 4 no cubículo de proteção fechada .
• Seccionadora 5 no cubículo do transformador 1 fechada .
• Seccionadora 6 no cubículo do transformador 2 fechada.
• Disjuntor 2 de 220 V do secundário do transformador 2 fechado.
• Disjuntor 3 de 220 V do secundário do transformador 1 fechado.
• Disjuntor 4 de 220 V de interligação barra secundária aberto.
• Os transformadores 1 e 2 estão em carga, cada um alimentando
50% da empresa.
Sequência de operação para o desligamento completo da subestação
com segurança
Doeu mentação:
a. Emissão e recolhimento da ART.
b. Solicitar à concessionária o desligamento da seccionadora do
tipo matthews no poste.
e. Informar à linha de produção da empresa o desligamento.
d. Documentação comprobatória da autorização dos profissionais
envolvidos na manobra, conforme item 10.8 da NR-10,
apresentado no capítulo 6 deste livro.
e. Procedimento de manobra conforme itens 11 e 7 .4.5.6 da
NR-10, apresentado no capítulo 6 deste livro.
Execução da operação no local:
1. Planejar a atividade.
a. Análise de risco.
b. Definir EPI e EPC necessários à atividade.
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2. Conferir condição operativa dos equipamentos a serem manobrados.
a. Meio de extinção dos disjuntores.
b. Tensão.
c. Carga.
Execução da manobra:
1. Desligar o disjuntor de carga 2 secundário do transformador 2
da barra 2 de 220 V pelo comando manual elétrico ou manual
" .
mecan1co.
2. Certificar a real abertura das três fases do disjuntor 2.
3. Desligar o disjuntor de carga 3 secundário do transformador 1
da barra 1 de 220 V pelo comando manual elétrico ou manual
" .
mecan1co.
4. Certificar a real abertura das três fases do disjuntor 1.
5. Desligar o disjuntor principal 1 de 13,8 kV no cubículo de proteção
pelo comando manual elétrico ou manual mecânico.
6. Certificar a real abertura das três fases dos disjuntor 1.
7. Concessionária abre seccionadora do tipo matthews no poste.
8. Abrir seccionadora 1 no cubículo de medição.
9. Abrir seccionadora 2 no cubículo de proteção.
10. Abrir seccionadora 3 no cubículo de proteção.
11. Abrir seccionadora 4 no cubículo de proteção.
12. Abrir seccionadora 5 no cubículo de transformação 1.
13. Abrir seccionadora 6 no cubículo de transformação 2.
14. Verificar equipamentos.
15. Elaborar relatório.
Caso o desligamento tenha sido executado para manutenção, deve-se:
a. Executar teste de tensão usando o detector de tensão.
b. Bloquear com bloqueio padronizado os equipamentos desligados.
c. Executar aterramento temporário.
d. Isolar a área na qual vai ser executada a manutenção.
Execução da operação de religamento
Documentação:
a. Solicitar à concessionária o religamento da seccionadora do
tipo Matthews no poste.
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b. Informar à linha de produção da empresa o religamento.
c. Documentação comprobatória da autorização dos profissionais
envolvidos na manobra, conforme item 10.8 da NR-10,
apresentado no capítulo 6 deste livro.
d. Procedimento de manobra conforme itens 11 e 7 .4.5.6 da
NR-10, apresentado no capítulo 6 deste livro.
Caso o desligamento tenha sido executado para manutenção, deve-se:
a. Verificar a existência de ferramentas e materiais no local.
b. Retirar o aterramento temporário.
c. Retirar o bloqueio padronizado dos equipamentos desligados.
d. Retirar sinalização e equipamentos utilizados para demarcação
de área.
Execução da operação no local:
1. Planejar a atividade.
a. Análise de risco.
b. Definir EPI e EPC necessários à atividade.
2. Conferir condição operativa dos equipamentos a serem manobrados.
a. Meio de extinção dos disjuntores.
b. Tensão.
c. Carga.
Execução da manobra:
1. Concessionária fecha seccionadora do tipo matthews no poste.
2. Fechar seccionadora 1 no cubículo de medição.
3. Fechar seccionadora 2 no cubículo de proteção.
4. Fechar seccionadora 3 no cubículo de proteção.
5. Fechar seccionadora 4 no cubículo de proteção.
6. Fechar seccionadora 5 no cubículo de transformação 1.
7. Fechar seccionadora 6 no cubículo de transformação 2.
8. Fechar disjuntor principal 1 de 13,8 kV no cubículo de proteção
pelo comando manual elétrico ou manual mecânico.
9. Certificar o real fechamento das três fases do disjuntor 1.
10. Fechar disjuntor de carga 2 secundário do transformador 2 da
barra 2 de 220 V pelo comando manual elétrico ou manual me-
" .
can1co.
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11. Certificar a real abertura das três fases do disjuntor 2.
12. Fechar disjuntor de carga 3 secundário do transformador 1 da
barra 1 de 220 V pelo comando manual elétrico ou manual me-
" .
can1co.
13. Certificar o real fechamento das três fases do disjuntor 1.
14. Verificar equipamentos.
15. Elaborar relatório.
7 .1.2 Operação de emergência de subestações
Nas subestações pode ocorrer desligamentos automáticos por diversos
motivos, como segue:
1. Falta de fase no circuito de alimentação da distribuidora;
2. Interrupção total do circuito de alimentação da distribuidora;
3. Sobrecorrente na subestação;
4. Curto-circuito na subestação;
5. Aquecimento do transformador;
6. Falta de óleo no transformador;
7. Gás inflamável no transformador.
Qualquer religamento que for realizado devido a um desligamento dessa
natureza é considerado operação de emergência. O religamento pode ser
feito, desde que os seguintes pontos sejam verificados:
1. Motivo de desligamento;
2. Condições dos equipamentos;
3. A subestação deve oferecer condições técnicas de segurança para
o profissional que esteja executando a tarefa;
4. Existência dos equipamentos auxiliares da manobra.
Quando houver a necessidade de realizar uma operação de emergência,
não há tempo hábil de providenciar uma ordem de serviço e colher as
devidas assinaturas antes de realizar a operação.
Nestes casos, a operação é feita conforme procedi menta pré-elaborado
e, posteriormente, deve ser emitida a ordem de serviço com todas as operações
já realizadas e o motivo da operação. No caso de curto-circuito é preciso
indicar o local em que aconteceu e as medidas adotadas.
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7 .2 Procedimento de manutenção de subestações
Na execução de trabalhos de manutenção de subestações os profissionais
devem ser qualificados e autorizados para a tarefa, bem como dispor
dos equipamentos de proteção coletiva (EPC) e equipamentos de proteção
i nd ivid uai ( EPI) necessários.
Os profissionais também devem ter recebido treinamentos técnicos sobre
a tarefa que vão executar e treinamento da norma de segurança NR-10
do Ministério do Trabalho e Emprego. As vestimentas dos profissionais devem
ser adequadas, bem como não devem portar relógio, anéis, pulseira ou
qualquer outro adorno pessoa 1, conforme determina a N R-1 O.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
10.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo
contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas.
,
10.2.9.3 E vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações
elétricas ou em suas proximidades.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Conforme estudado no item 6.2 deste livro, todo equipamento seccionado
dentro de uma subestação somente é considerado desenergizado, para
efeito de manutenção, quando estiver:
1. desligado;
2. isolado;
3. bloqueado;
4. testado;
5. aterrado;
6. sinalizado.
Essa sequência de operações está defina no item 5 .1 da N R-1 O, conforme
reproduzido a seguir.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
10.5.1 Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas
liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecida
a sequência abaixo: a) seccionamento; b) impedimento de reenergização;
c) constatação da ausência de tensão; d) instalação de aterramento temporário
com equipotencialização dos condutores dos circu itos; e) proteção dos elementos
energizados existentes na zona controlada (Anexo I); f) instalação da
sinalização de impedimento de reenergização.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
O estado da instalação desenergizada deve ser mantido até a autorização
de nova energização.
Durante a manutenção a subestação deve estar desobstruída de peças,
materiais e equipamentos alheios ao serviço e devem ser verificados os
seguintes itens:
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• Disponibilidade dos EPls e EPCs;
• As portas de emergências e ou de acessos devem estar livres;
• Os extintores de incêndio (C0 2 ou pó químico) devem estar carregados
e dentro do período de validade.
Após receber a comunicação da conclusão da manobra pelo operador,
o responsável pelo serviço de manutenção deve conferir a manobra com
todos os membros da equipe, verificando se os equipamentos sob sua responsabilidade
estão isolados, sinalizados, bloqueados elétrica e mecanicamente
e, se necessário, afastados (essa conferência deve ser acompanhada
do diagrama da subestação).
Em subestação com circuitos internos e diversos postos de transformação,
ou com geradores particulares, devem ser adotados cuidados especiais
contra risco de acidentes de corrente de retorno.
Após o desligamento total de subestações providas de capacitares é
necessário esperar a descarga das correntes capacitivas antes de realizar o
aterramento temporário.
Antes de iniciar a manutenção é necessário realizar um planejamento.
Entende-se por planejar o ato de preparar antecipadamente a execução
dos serviços a serem realizados, definindo um plano ou roteiro das diversas
etapas, para ter conhecimento claro do que fazer, por que fazer, como fazer,
quando fazer e quem deve fazer.
Cabe ao responsável do serviço a ser executado distribuir as tarefas,
analisando sempre a característica do serviço, bem como o número de profissionais
necessários.
O responsável também deve verificar o uso e as condições dos EPls,
certificando-se de que toda equipe está ciente do que fazer, para que fazer e
de que maneira fazer.
Vale lembrar que a execução de um mesmo serviço nem sempre é a
mesma, e que as tarefas fora de rotina devem ter atenção especial.
As ferramentas a serem usadas devem ser adequadas às tarefas e estarem
em condições de uso, o local deve estar limpo e com ventilação e iluminação
adequada.
A manutenção em equipamentos desligados apresenta-se, à primeira
vista, como uma condição aparentemente segura para os trabalhos a serem
realizados. Entretanto, esses equipamentos podem ser energizados indevidamente
por diversos fatores, tais como tensões estáticas, indutivas, capacitivas,
erro na manobra, contato acidental com outro ponto energizado,
descargas atmosféricas e rei igamento acidenta 1.
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Nestes casos, o aterramento temporário constitui a principal proteção
das pessoas envolvidas na manutenção. Essa proteção é oferecida pelo
conjunto de aterramento que, ao ser instalado de forma adequada com especificações
e a sequência correta, protege os profissionais contra os fatores
citados, desviando a corrente elétrica por um caminho de resistência ôhmica
menor que a do ser humano .
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
Observação Antes do aterramente deve-se fazer o teste de tensão usando o detector
de tensão .
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
7 .2.1 Tipos de manutenção de subestações
Nos equipamentos elétricos se faz necessária a manutenção para que
eles possam estar sempre disponíveis, prolongando sua vida útil. Essa manutenção
deve obedecer a:
• critérios preestabelecidos pelo fabricante dos equipamentos;
• normas técnicas;
• especificações do setor de engenharia da em presa.
Nesses critérios deve-se considerar o local de instalação dos equipamentos,
a quantidade de operação, periodicidade de manutenção, condições
físico-químicas, tensão e carga dos equipamentos.
A manutenção caracteriza-se como todo serviço de controle, conservação
e restauração de um item ou instalação com objetivo de mantê-lo em
condições satisfatórias de uso e prevenir anomalias, que possa torná-lo indisponível.
A manutenção pode ser preventiva, corretiva ou preditiva.
Manutenção preventiva é todo controle, conservação e restauração
em um item programa do seguindo os critérios preestabelecidos e com a
finalidade de mantê-lo em condições satisfatórias de operação e protegê-lo
contra ocorrências que possam aumentar sua indisponibilidade.
Manutenção corretiva em um item indisponível ou não, com ou sem
restrição, visa reparar falha ou defeito. A manutenção corretiva pode ser:
• Manutenção corretiva de emergência: intervenção de um item com a
finalidade de corrigir de imediato as condições normais de operação.
• Manutenção corretiva de urgência: intervenção de um item com
a finalidade de corrigir falhas ou defeitos o mais breve possível,
retomando as condições normais de operação.
• Manutenção corretiva programada: intervenção de um item com a
finalidade de corrigir falhas ou defeitos a qualquer tempo, voltando
às condições normais de operação.
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Manutenção preditiva consiste no controle e na verificação realizados
com o objetivo de verificar as condições de operação das instalações e equipamentos.
Caso seja identificada alguma anomalia na manutenção preditiva, pode-se
programar a realização de uma manutenção corretiva ou aumentar a
frequência de monitoramento até a manutenção preventiva.
Em todas as manutenções deve ser constituído um relatório, analisando
o estado dos equipamentos, os valores de ensaios e verificadas se as
alterações detectadas em relação aos relatórios anteriores estão dentro dos
limites preestabelecidos. Esse relatório deve fazer parte do prontuário da
instalação conforme determinação da NR-10.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
10.2.3 As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados
das instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do
sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção.
10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem
constituir e manter o "Prontuário de Instalações Elétricas'', contendo além do
disposto no item 10.2.3 no mínimo:
a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança
e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas
de controle existentes;
b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra
descargas atmosféricas e aterramentos elétricos;
c) especificação dos "Equipamentos de Proteção Coletiva'' e individual e o
ferramental, aplicáveis, conforme determina esta NR;
d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização
dos traba lhadores e dos treinamentos realizados;
e) resu ltados dos testes de "Isolação Elétrica'' realizados em equipamentos de
proteção individual e coletiva;
f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos aplicados em "áreas
classificadas''; e
g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas
de adequações, contemplando as alíneas de "a" a "f".
10.2.5 As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes
do "Sistema Elétrico de Potência'' devem constituir prontuário com o conteúdo
do item 10.2.4 e acrescentar os documentos listados a seguir:
a) descrição dos procedimentos para emergências;
b) certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual;
10.2.5.1 As empresas que realizam trabalhos em proximidade do Sistema
Elétrico de Potência deve constituir prontuário contemplando as alíneas "a",
"c", "d" e "e", do item 10.2.4 e alíneas "a" e "b" do item 10.2.5.
10.2.6 O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido
atualizado pelo empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa,
devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações
e serviços em eletricidade.
10.2. 7 Os documentos técn icos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas
devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
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7 .2.2 Requisitos para manutenção
Cada fabricante de equipamento pode ter um procedimento de manutenção
diferenciado. O que está apresentado a seguir são os procedimentos,
verificações, ensaios e sequência básica, podendo ser usados para todos os
equipamentos.
Para realização do serviço de manutenção da subestação devem ser
providenciados alguns documentos, conforme relação a seguir.
• ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) preenchida e recolhida
por um profissional legalmente habilitado;
• Manual dos fabricantes dos equipamentos;
• Formulário de relatórios técnicos dos ensaios e verificações dos
equipamentos;
• Folha de registro do relatório da manutenção anterior;
• Procedimento de trabalho padronizado conforme item 10.11 da
NR-10;
• Documento da autorização comprobatória dos profissionais, conforme
item 10.8 da NR-10.
Os EPCs normalmente utilizados para realização das atividades de manutenção
em subestações são:
• Fita de sinalização padronizada (de acordo com a NR-26);
• Bandeirola ou placa de sinalização (de acordo com a NR-26);
• Sistema de bloqueio padronizado (cartão);
• Detector de tensão;
• Conjunto de aterramento temporário;
• Bastão isolante com cabeçote para fixação do aterra menta tempo-
, .
rar10;
• Cones de sinalização.
Os EPls normalmente utilizados para realização das atividades de manutenção
em subestações são:
• Calçado de segurança para trabalho com eletricidade;
• Luva de borracha com classe de tensão apropriada protegida por
luva de couro;
,
• Oculos de segurança com proteção de impacto e brilho;
• Luva de vaqueta;
• Capacete classe "B" para trabalho em eletricidade;
• Cinto de segurança, caso tenha atividade acima de dois metros;
• Uniforme adequado com característica de acordo com NR-10.
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Segue a relação de materiais e ferramentas básicas para a realização
do serviço de manutenção em subestações. Vale destacar que essa relação
pode ser alterada de acordo com as necessidades do serviço e as características
dos equipamentos.
• Gerador, extensão e iluminação;
• Kit para coleta de amostra de óleo do transformador;
• Instrumentos de ensaio (conforme item 7.2.3);
• Materiais de limpeza: solvente, pano para limpeza, sacos para recolher
lixo, recipientes para materiais recicláveis;
• Conjunto de chaves fixa e ajustável;
• Alicate universal e de corte;
• Grifo;
• Arco de serra com a lâmina;
• Conjunto chave de fenda;
• Martelo;
• Bandeja para lavagem de peças;
• Escada;
• Bancada;
• Chave allen.
7 .2.3 Instrumentos de ensaios
Na manutenção dos equipamentos da subestação é importante ter um
diagnóstico mais apurado das condições dos equipamentos instalados. Os
ensaios elétricos apresentam a situação do equipamento, avaliando a sua
atual condição, identificando uma anomalia que eventualmente deixe o equipamento
indisponível . A seguir são apresentados os principais instrumentos
de ensaio utilizados na manutenção de uma subestação.
7 .2.3.1 Megôhmetro
O megôhmetro é o instrumento usado para medir resistência de isolação,
permitindo detectar e diagnosticar falhas nos equipamentos elétricos.
Seu princípio de funcionamento tem como base que, aplicando-se uma tensão
de corrente continua a um isolante, a corrente que circula através dele
tem três componentes distintas:
• Corrente de carga de capacitância, natural do material sob ensaio;
• Corrente de absorção dielétrica, que circula através do corpo do
material;
• Corrente de fuga através do isolante, a qual tem dois componentes
importantes, um significando fuga através da superfície do material
e o outro do próprio isolante.
Com base nesses fatores o megôhmetro traz uma leitura precisa dos
valores de resistência dielétrica do material isolante. Esse equipamento pos-
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sui três bornes em que são conectados os cabos de mesma cor com as seguintes
características:
• Um borne normalmente de cor vermelha, chamado de linha (LINE),
tem a função de enviar tensão para o equipamento sob ensaio.
• Outro borne de cor preta chamado
de terra ( EARTH), negativo ou
retorno, possui a função de retornar
para o instrumento o resultado
dos valores de corrente de fuga
do equipamento sobre ensaio.
• O terceiro borne, normalmente de
cor verde, chamado de GUARO,
permite eliminar correntes indesejáveis
àquela leitura, como correntes
parasitas e indutivas que
interferem nas medições. Figura 7 .1: Megôhmetro analógico.
.
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Os Megômetros normalmente encontrados possuem classe de tensão
de 5 kV, 10 kV ou 20kV. Deve ser adotado um cuidado especial ao realizar
o ensaio no enrola menta de baixa tensão do transformador, pois nesse caso
deve ser utilizada a menor tensão do equipamento, geralmente 500 V.
Ao desligar o equipamento deve-se aguardar que a luz indicativa de
tensão se apague, o que leva alguns segundos, para que depois seja possível
manusear os cabos.
7 .2.3.2 Instrumento de ensaio de tensão aplicada (Hipot)
O Hipot é um instrumento usado para testar a isolação elétrica em
aparelhos e equipamentos. O nome Hipot é a abreviação de elevado potencial
em inglês, já que no seu ensaio utiliza-se uma tensão elevada.
Em condições normais, qualquer dispositivo elétrico vai produzir uma
quantidade mínima de corrente de fuga, conforme a classe de tensão e rigidez
dielétrica do material. Esse fenômeno trata-se de uma condição natural
dos materiais, observado em sua fabricação.
No entanto, devido a problemas como absorção de umidade, acúmulo
de sujeira, entre outros, a fuga de corrente pode se tornar excessiva. Essa
circunstância pode causar falha na operação do equipamento, podendo danificá-lo
e ainda provocar um choque elétrico em pessoas que possam entrar
em contato com o equipamento defeituoso.
O teste consiste em aplicar uma elevada tensão elétrica no equipamento
durante um minuto, e não pode haver o rompimento da isolação dielétrica do
equipamento sob ensaio. Durante a realização do ensaio, caso ocorra a falha
da isolação do equipamento sob ensaio, o Hipot deve identificar essa corrente
de fuga e vir a desligar, e neste caso o equipamento está reprovado.
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Eventualmente, pode ocorrer de o
equipamento sob ensaio apresentar falha
na isolação e o Hipot não desligar, vindo a
manter a elevada tensão aplicada e danificando
o equipamento sob ensaio.
O instrumento vem acompanhado de
um cabo para aplicação de tensão e outro
para retorno, caso o equipamento sob ensaio
não suporte a tensão aplicada. Normalmente,
o Hipot é utilizado para ensaio
em cabos de alta tensão.
•
•
I LJ ~ •
Figura 7 .2: Hipot analógico 15 k'l
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7 .2.3.3 Instrumento de ensaio de tensão aplicada
em corrente alternada (VLF)
O instrumento de ensaio de tensão aplicada em VLF (Very Low Frequency)
é empregado para realizar testes das condições de isolação de cabos elétricos,
em especial durante o seu comissionamento, após instalação e antes da
energização inicia 1.
Esse equipamento apresenta uma vantagem
em relação ao emprego do tradicional Hi-Pot, pois
ele não causa a polarização das moléculas do material
isolante provocada pela corrente contínua e
que prejudica a vida útil do cabo.
A frequência aplicada pelo equipamento
pode variar entre 0,01 Hz a 0,1 Hz, sendo esta
última a frequência mais comum de ser utilizada.
Ao longo de todo o teste de tensão aplicada,
o cabo não pode apresentar falha para que o mesmo
seja aprovado.
7 .2.3.4 Microhmímetro
,
E um instrumento utilizado para medir
Figura 7 .3: Equipamento de teste
em VLF (Very Low Frequency)
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... ro
CJJ
CI)
o
c:r::
com precisão valores baixos de resistência de
contato em disjuntores e chaves seccionadoras.
Também pode ser utilizado para medir a resistência
ôhmica do enrolamento dos transformadores.
Normalmente, a corrente utilizada para
teste varia entre 1 mA e 100 A.
Durante o ensaio é aplicada uma corrente
elétrica que, ao percorrer o equipamento
sob ensaio, promove uma queda de tensão. De
acordo com a primeira lei de Ohm, ao dividir a
tensão medida pela corrente elétrica aplicada,
obtém-se a resistência elétrica.
Figura 7 .4: Microhmímetro
analógico 100 A.
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7 .2.3.5 Medidor de relação de espiras TTR
TTR é o instrumento utilizado para medir com precisão a relação entre
espiras de um transformador. Sendo o transformador uma máquina magnética
que trabalha com uma proporção entre enrolamentos, pela medição da
relação entre eles podemos avaliar a situação dos enrolamentos, quanto à
relação de transformação e também quanto à continuidade.
O instrumento mede a relação de espira, a comutação de fase e a
polaridade nos transformadores de força , nos transformadores de potencial
(TP) e de corrente (TC).
Quatro cabos acompanham o instrumento,
dois comumente chamados H 1 e
H2, com a função de excitar a bobina de
maior tensão, e os cabos Xl e X2, com
função de medir a corrente na bobina de
menor tensão do transformador.
Na medição é importante buscar a
informação do tipo de ligação primária e
secundária do transformador sob ensaio,
assim como a sua tensão de operação no
primário e no secundário.
O medidor de relação de espiras
pode ser digital (TTR eletrônico) ou analógico
(TTR de manivela).
Figura 7 .5: Teste de relação
de transformação (TTR).
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7 .2.3.6 Teste de rigidez dielétrica (teste de óleo)
O instrumento possui uma cuba na qual
é despejado o óleo sob ensaio. Dentro da cuba
existem dois eletrodos que possuem um determinado
afastamento entre si. O instrumento
de teste promove a elevação da tensão entre
os dois eletrodos de forma gradual, até que
ocorra o rompimento da isolação elétrica.
A tensão em que ocorrer esse rompimento
da isolação elétrica corresponde ao valor em
kV da rigidez dielétrica do óleo. Para garantir
maior confiabilidade do resultado, costuma-se
repetir o procedi menta de ensaio cinco vezes,
com intervalo de um minuto, sendo o resultado
a média dos valores obtidos nas cinco leituras.
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Figura 7.6
.
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7 .2.3.7 Termovisor
O termovisor é um instrumento similar
a uma filmadora, que grava imagens pela diferença
de temperatura entre os objetos filmados.
Essa técnica permite identificar pontos
de sobreaquecimento em uma instalação elétrica,
sinalizando um possível problema.
Vale destacar que se a instalação elétrica
inteira estiver muito aquecida, há sobrecarga
em toda a instalação. Se, porém, apenas
um ponto da instalação apresentar temperatura
muito acima do restante da parte elétrica,
é muito provável que ele esteja com algum
tipo de problema, como mau contato nas conexões,
defeito em algum equipamento etc.
Figura 7. 7: Modelo de termovisor.
7 .2.4 Manutenção de equipamentos
7 .2.4.1 Para-raios
Na manutenção preventiva dos para-raios do tipo válvula recomenda
-se realizar as seguintes tarefas:
• Verificar as condições dos isoladores, se não existem trincas ou
rachaduras;
• Conectores de fase e terra devem ser reapertados, evitando aquecimento;
• Deve-se limpar o corpo do para-raios.
Também deve ser realizado o ensaio de resistência de isolação, usando
o megôhmetro, para analisar se há fuga de corrente através do corpo do
para-raios. Esse ensaio é realizado com a entrada do para-raios desconectado
do barramento.
Na parte superior do para-raios deve-se conectar o cabo de linha
(LINE) do megôhmetro e o cabo de terra (EARTH), negativo, é conectado na
parte inferior do para-raios. Os resultados da verificação e dos ensaios devem
ser lançados na folha de inspeção, conforme Apêndice C .
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
Observação O cuidado deve ser redobrado caso o para-raios esteja próximo do cabo
de entrada, pois ele pode estar energizado .
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
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@
G
Disparador
capacitivo
o
t
8
A
e
liga
Figura 7 .8: Ensaio de resistência de isolação do para-raios.
7 .2.4.2 Chave seccionadora
Na manutenção preventiva das chaves seccionadoras é recomendado
realizar as seguintes tarefas:
• Verificar a simultaneidade da abertura e do fechamento das fases;
• Verificar o estado dos contatos fixo e móvel, que devem ser limpos,
reapertados e I ubrificados;
• Deve-se reapertar, limpar e lubrificar as articulações, varão e partes
rotativas;
• Nos isoladores, verificar se não existe trinca ou rachadura, e eles
devem ser limpos e bem fixados.
Caso a chave seccionadora existente seja motorizada, deve-se também:
• limpar a caixa de comando;
• lubrificar as engrenagens;
• reapertar os parafusos dos bornes;
• verificar o funcionamento das chaves fim de curso.
Para verificar o funcionamento apropriado das chaves seccionadoras
devem ser realizados ensaios mecânicos e elétricos. Os ensaios mecânicos
consistem basicamente em verificar a abertura e o fechamento da chave seccionadora.
Os ensaios elétricos apresentam um diagnóstico mais apropriado
acerca das condições elétricas do equipamento. Recomenda-se a realização
do ensaio de resistência de isolação e resistência de contato.
Para o ensaio de resistência de isolação o instrumento utilizado é o
megôhmetro. Nesse ensaio é verificado se há fuga de corrente nos bastões
de acionamento e isoladores em relação à massa (carcaça do equipamento).
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Esse ensaio é realizado com a chave seccionadora fechada. Deve-se
conectar o cabo de linha (LINE) do megôhmetro aos contatos da chave seccionadora
e o cabo de terra (EARTH), do megôhmetro à massa. Esse procedimento
deve ser repetido nas três fases da chave.
O ensaio de resistência de contato é realizado com a utilização do
microhmímetro. Também com a chave seccionadora fechada conectam-se
os cabos do microhmímetro na entrada e na saída de cada fase da chave
seccionadora e aplica-se uma corrente de 100 A. O instrumento apresenta a
medição do valor da resistência de contato de cada fase.
@
G
o t 8
Megôhmetro
A
B
e
Liga
Figura 7 .9: Ensaio de resistência de isolação da chave seccionadora.
I'
'-
11
B--.,
_/
I'..... ./
'-
'-
_/
_./
'- ./
'- /
'- /
"'-
..,
_./
'- ./.
cg (f
'-
_./ + -
'- ./
'- ./
....... /
....... /
./
18888888B I
50%
Oº/ov( 100%
1 Liga 1
Figura 7 .10: Ensaio de resistência de contato da chave seccionadora.
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7 .2.4.3 Disjuntor
No mecanismo de acionamento do disjuntor deve-se verificar o estado
geral das molas, travas, motor, engrenagem, articulações, dispositivo de carregamento
de mola, indicadores de posição, contador de operação, bobina
de I igar, desligar, de mínima tensão, blocos de terminais, o estado da fiação
e dos isoladores e contatos de rolete. O mecanismo deve ser limpo e lubrificado,
tomando cuidado com a lubrificação para não haver excesso.
,
E importante destacar que não se deve colocar a mão dentro do mecanismo
do disjuntor caso alguma das molas esteja carrega. Essa regra de
segurança é importante pois existem várias peças no mecanismo que disparam
as molas e o profissional pode esbarrar sem intenção em alguma dessas
peças, vindo a disparar uma mola e provocando um acidente grave, haja
vista que o movimento é muito rápido e não há tempo para retirada da mão
de dentro do mecanismo.
Nas câmaras de extinção é necessário verificar se existem trincas ou
rachaduras. Nos casos em que é feita a abertura dos polos, deve-se conferir
o estado dos contatos, os quais devem ser limpos. No caso de disjuntor a
óleo deve ser realizada a substituição do óleo isolante, verificar as condições
do respiro e do indicador de nível de óleo.
Os ensaios mecânicos consistem basicamente na abertura e no fechamento
mecânico, elétrico, local e remoto do disjuntor (eventualmente, alguns
disjuntores podem não ser providos de acionamento elétrico e remoto).
Assim como na chave seccionadora, os ensaios elétricos apresentam
um diagnóstico mais apropriado acerca das condições elétricas do equipamento,
e se recomenda a realização do ensaio de resistência de isolação e
resistência de contato.
Para a realização do ensaio de resistência de isolação deve ser utilizado
o megôhmetro. Esse ensaio verifica a situação dos bastões de acionamento e
isoladores de entrada e saída de cada fase. Também é avaliada nesse ensaio a
condição de isolação de cada polo do disjuntor entre a sua entrada e a saída.
Estando com o disjuntor aberto, conecta-se o cabo de linha (LINE) do
megôhmetro ao terminal de saída de uma fase do disjuntor e o cabo de terra
(EARTH) do megôhmetro ao respectivo terminal de entrada do disjuntor. O cabo
GUARD deve ser conectado à massa do disjuntor e o ensaio é realizado. Esse
procedimento deve ser repetido nos três polos (fases) do disjuntor, Figura 7 .11.
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o
t
8
A
e
Liga
Disjuntor aberto
Figura 7 .11: Ensaio de resistência de isolação do polo do disjuntor.
Posteriormente, com o disjuntor fechado conecta-se o cabo de linha
(LINE) do megôhmetro aos terminas de saída do disjuntor, o cabo de terra
(EARTH) deve ser conectado à sua massa e o ensaio é realizado, Figura 7 .12.
Esse procedimento deve ser repetido nos três pólos do disjuntor.
L
@
G
o
t
8
e
Liga
Disjuntor fechado
Figura 7 .12: Ensaio de resistência de isolação dos isoladores do disjuntor.
O ensaio de resistência de contato apresenta a condição dos contatos
móveis e fixos do disjuntor por intermédio do microhmímetro. Com o disjuntor
fechado conecta-se um cabo do microhmímetro no terminal de entrada
de um polo e o outro cabo do microhmímetro deve ser conectado ao respectivo
terminal de saída, conforme a Figura 7 .13, e aplica-se uma corrente de
100 A. Esse procedimento deve ser repetido em cada uma das três fases.
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,~
1
~::
-
~
+ -
'
~
1888888 881
50%
...-
0°/ov 1 OOºA,
1 Liga 1
\. _/ \ ./
Disjuntor fechado
Figura 7 .13: Ensaio de resistência de contato do polo do disjuntor.
7 .2.4.4 Transformador
Durante a manutenção preventiva dos transformadores é recomendado
realizar as seguintes tarefas:
• Verificar a existência de vazamentos nos radiadores, balonete, registro
etc.;
• Conferir o nível do óleo;
• Avaliar as condições da sílica-gel (caso esteja saturada, substituir);
• Realizar testes de funcionamento dos ventiladores (para transformadores
com ventilação forçada);
• Verificar se não existem trincas nos isoladores (buchas);
• Verificar as condições das ligações a terra na bucha XO e tanque;
• Na caixa de fiação é necessário limpar e reapertar os blocos de
fiação, chaves térmicas e contadores.
• Inspecionar se os cabos estão firmemente conectados aos terminais
do transformador
Termômetro do óleo
O ensaio do termômetro do óleo consiste em aquecer o seu bulbo,
juntamente com um termômetro padrão, mergulhado em óleo com agitação
constante. A elevação da temperatura deve ser gradual.
O desvio máximo aceitável entre o termômetro sob ensaio e o termômetro
padrão de referência é de três graus.
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Durante esse teste também pode ser verificada a atuação dos contatos
do termômetro, nas temperaturas em que eles estão ajustados, através de
um multímetro ligado aos seus terminais.
Conjuntamente é verificado também o automatismo dos ventiladores
(quando o transformador dispuser de ventilação forçada), bem como o alarme
de temperatura e o desligamento do disjuntor.
Pode ser analisado ainda se há infiltração na caixa de ligação, a condição
da isolação e a continuidade da fiação.
Termômetro do enrolamento (imagem térmica)
O ensaio do termômetro de enrolamento é similar ao ensaio do termômetro
do óleo. A imagem térmica consiste em um valor de temperatura indicado
pela soma do aquecimento do bulbo mais o aquecimento provocado
por uma corrente que circula pelo resistor de imagem térmica do termômetro.
Para esse ensaio é necessário conhecer o gradiente de temperatura do
transformador. Esse valor é fornecido pelo fabricante e obtido no ensaio de
aquecimento feito em fábrica. O gradiente de temperatura refere-se à diferença
entre a temperatura do enrolamento e a do óleo.
A realização desse teste ocorre nesta sequência:
1. Anotar a temperatura do termômetro do óleo no instante do teste.
2. Aplicar uma corrente no resistor da imagem térmica, proporcional
à corrente nominal do transformador, que circularia no secundário
do TC da imagem térmica.
3. Aguardar a estabilização da indicação do termômetro e anotar o
valor I ido.
4. O termômetro deve indicar a soma da temperatura inicial, indicada
no termômetro antes do teste, somado ao valor do gradiente
de temperatura do transformador.
5. Caso não esteja correto o valor encontrado, deve-se efetuar a correção
ajustando o resistor da imagem térmica.
A orientação para a verificação visual do termômetro de enrolamento
é a seguinte:
• A indicação deve estar cerca de l 5ºC acima da temperatura do óleo
e 40ºC acima da temperatura ambiente, para a corrente nominal.
• A diferença de tem pera tu ra do óleo em relação à do enrola menta
depende dos resultados do ensaio de aquecimento na fábrica, e
fica na faixa de 5 a 20ºC.
• Para carga de 50% do nominal, o valor esperado é de cerca de
7 ,5ºC acima da temperatura do óleo.
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• Verificar a indicação da temperatura conforme o padrão de ajuste
de temperatura do óleo, fazendo a aferição necessária. A tolerância
para o ajuste é de, aproximadamente, 4ºC.
• Injetar corrente nominal para verificação dos resistores de ajuste de
corrente. O acréscimo de temperatura deve estar conforme ensaio
de aquecimento (Llt cobre - óleo).
• Conferir os ajustes dos contatos e em caso de necessidade, devem
ser ajustados para os valores de temperaturas predeterminadas.
Caso esses valores não estejam disponíveis, medir a resistência
ôhmica do resistor de ajuste da imagem térmica.
Durante esse teste também pode ser verificada a atuação dos contatos
do termômetro, nas temperaturas em que eles estão ajustados, através de
um multímetro ligado aos seus terminais.
Conjuntamente é verificado o automatismo dos ventiladores (quando o
transformador dispuser de ventilação forçada), bem como o alarme de temperatura
e o desligamento do disjuntor.
Pode ser analisado também se há infiltração na caixa de ligação, se o
vidro frontal não está danificado, a condição do óleo da cuba, a condição da
isolação e a continuidade da fiação.
Nível de óleo
Em função da diversidade de fabricante e de sua forma construtiva,
por mais simples que seja, não há uma regra prática para definir o ensaio do
nível de óleo. Entretanto, vale destacar a sua importância, pois com ele se
pode detectar problema de falta de óleo no transformador.
Geralmente, os indicadores de nível de óleo são compostos de uma
boia e uma microchave. O teste pode tentar simular o fechamento da microchave
e verificar se foi emitido o alarme.
Relé Buchholz
Em uma manutenção preventiva não se realiza a detecção de gases inflamáveis,
uma vez que, se ela é preventiva, imagina-se que o transformador
esteja funcionando corretamente, sem gerar gases.
Entretanto, é possível fazer a verificação da atuação das duas boias
(balancim de alarme e de desligamento) durante a manutenção preventiva.
Esse ensaio é realizado no esvaziamento do óleo no relé que pode ser conseguido
pelo bombeamento de ar no rubinete superior (o mesmo utilizado
para retirar amostra de gases para ensaios), utilizando injeção de nitrogênio
sobre pressão ou de forma artesanal, com uma bomba manual (como aquela
usada para encher pneu de bicicleta).
Após o esvaziamento de uma parte do óleo no relé, o alarme é acionado,
em seguida deve ocorrer o desligamento do disjuntor. Antes de efetuar
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qualquer ensaio de relé Buchholz, deve-se tomar precaução de verificar se
a atuação do relé não vai ocasionar o desligamento de outros equipamentos
em serviço na subestação.
Caso haja a necessidade de desmontar o relé, é preciso obedecer ao
procedimento descrito a seguir.
Verificar o estado das boias e de seus bulbos de mercúrio com contatos
quanto aos seguintes itens:
• Conferir se não há penetração de óleo no interior da boia. Caso a
boia esteja furada , deve ser substituída por outra do mesmo tipo.
• Verificar se o bulbo de vidro não está trincado ou quebrado e caso
esteja, deve ser substituído.
• Analisar a fixação do bulbo à boia, observando se o acoplamento
está em ordem.
• Avaliar se os fios flexíveis dos contatos dos bulbos estão normais
e ligados firmemente à parte interna dos terminais das buchas de
passagem da caixa de ligações.
• Substituir a guarnição da tampa superior.
• Verificar a caixa de ligações quanto a infiltrações, se a presença de
óleo é devido à má vedação das buchas de passagem e se houver
presença de água, verificar a origem.
• Conferir o estado da fiação da caixa de ligações. Caso o isolante
esteja ressecado ou danificado, a fiação deve ser substituída. Se os
terminais estiverem soltos, devem ser reapertados.
• Verificar a estanqueidade dos plugues e registros de óleo quanto a
vazamentos. Substituir a guarnição em caso de necessidade.
• Verificar a instalação e a fixação dos flanges quanto a vazamento,
reparando e reapertando ou substituindo juntas em caso de necessidade.
• Pela simulação analisar a operação dos contatos de alarme
(1 º grau) e desligamento (2° grau).
• Executar devidamente a sangria do ar através do plugue (parafuso
de saída de ar) existente no relé de gás .
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
Observação Antes de colocar o relé novamente em serviço deve-se ter a certeza de
que todo o ar do relé foi drenado .
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
Ensaio de resistência de isolação
Apesar de existirem transformadores com mais de dois enrolamentos,
nas subestações de consumidores comumente são encontrados transformadores
que possuem somente dois enrolamentos.
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Para medição da resistência de isolação em transformadores de dois
enrolamentos, com classe de tensão igual ou superior a 15 kV, utiliza-se
uma tensão de ensaio de 5 kVcc ou 10 kVcc, dependendo do megôhmetro
utilizado. Vale destacar que quando o ensaio for realizado na baixa tensão do
transformador, deve-se aplicar a tensão de 500 V.
Segue o desenho esquemático com as medições de isolação realizadas
nos transformadores.
Enrolamento
de alta tensão
Ra
Rab - Rba
Carcaça
Enrolamento
de baixa tensão
Rb
Figura 7.14
Sendo:
• Ra = isolação entre o enrola menta de alta tensão e a carcaça
• Rb = isolação entre o enrolamento de baixa tensão e a carcaça
• Rab - Rba = isolação entre os enrolamentos de alta e baixa tensão
Para realização desse ensaio todos os cabos e barramentos de alta e
baixa tensão, que estão conectados aos terminais das buchas do transformador
sob ensaio, devem ser desconectados e afastados.
Caso seja possível isolar o transformador com a abertura de chaves,
pode ser avaliada a não necessidade de desconexão dos seus cabos.
Caso os cabos de aterramento temporário das fases estejam conectados
aos cabos de entrada e saída do transformador, é preciso deslocá-los para
outro ponto da instalação durante a realização desse ensaio. Também é necessário
desconectar o cabo de terra do XO do transformador.
Todos os terminais do enrolamento primário (Hl, H2 e H3) e do enrolamento
secundário (XO, Xl, X2 e X3) devem ser curto-circuitados.
Ensaio 1 - Medição da resistência de isolação do enrolamento
de alta tensão contra a carcaça
• Conectar o cabo de ensaio LINE ao enrolamento de alta tensão do
transformador.
• Conectar o cabo de ensaio GUARD ao enrolamento de baixa tensão
do transformador.
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• Conectar o cabo de ensaio EARTH à carcaça do transformador.
• Ligar o instrumento de ensaio, como mostra a Figura 7 .15, obtendo
as leituras.
Cabo de AT
L E G
H1
H2
H3
o t 8
xo,
X1
TR
X2
X3
A
Megõh1metro
B
e
Liga
Cabo de BT
Medição de Ra
Figura 7.15
Ensaio 2 - Medição da resistência de isolação do enrolamento
de alta tensão contra o enrolamento de baixa tensão
• Conectar o cabo de ensaio de LINE ao enrolamento de alta tensão
do transformador.
• Conectar o cabo de ensaio GUARO à carcaça do transformador.
Cabo deAT
H1
H2
H3
o t 8
xo
X1
TR
X2
X3
e
Liga
Cabo de BT
Medição de Rab- Rba
Figura 7.16
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• Conectar o cabo de ensaio EARTH ao enrolamento de baixa tensão
do transformador.
• Ligar o instrumento de ensaio, como mostrou a Figura 7.16, obtendo
as leituras.
Ensaio 3 - Medição da resistência de isolação do enrolamento
de baixa tensão contra a carcaça
• Conectar o cabo de ensaio de LINE ao enrolamento de baixa tensão
do transformador.
• Conectar o cabo de ensaio GUARD ao enrolamento de alta tensão
do transformador.
• Conectar o cabo de ensaio EARTH à carcaça do transformador.
• Ligar o instrumento de ensaio, como mostra a Figura 7 .17, obtendo
as leituras.
Cabo deAT
H1
H2
H3
o t 8
Megõhmelro
A
B
e
Liga
xo
X1
TR
X2
X3
Cabo de BT
Medição de Rb
Figura 7.17
Resumo
A tabela a seguir resume os procedimentos dos ensaios .
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
Observação
Por ocasião das conexões dos cabos (LINE, EARTH, GUARO), tomar
cuidado para que eles não toquem outras partes do equipamento e
evitar o contato dos cabos entre si para que não seja alterado o valor
do resultado .
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
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1 Alta Baixa Carcaça Ra
2 Alta Carcaça Baixa Rab
3 Baixa Alta Carcaça Rb
Recomenda-se que os resultados obtidos nos ensaios de resistência de
isolação estejam acima dos valores apresentados na tabela a seguir.
66 kV e acima 1200 600 300 150 75
10 kV - 44 kV 1000 500 250 125 65
6,6 kV - 10 kV 800 400 200 100 50
Abaixo de 6,6 kV 400 200 100 50 25
,
lndice de absorção e polarização
Nos primeiros minutos de realização do ensaio com o megôhmetro, o
valor de resistência de isolação pode se alterar, e geralmente após três ou quatro
minutos o valor se mantém ou passa a sofrer alterações muito pequenas.
Devem ser anotados os valores nos primeiros 30 segundos e depois a
cada minuto a contar do início do ensaio.
O índice de absorção é a razão de leitura de um minuto pela leitura de
30 segundos.
,
lndice de polarização é a razão da leitura após a estabilização do ponteiro
pela leitura há um minuto.
Nos ensaios em que o megôhmetro demorar a estabilizar, deve ser
anotada a leitura quando completar dez minutos do ensaio.
As condições da isolação mostradas pelos índices de absorção e polarização
estão apresentadas na tabela a seguir:
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Ruim < 1, 1 < 1,25
Duvidoso 1,1 a 1,25 1,25 a 2,0
Satisfatório 1,25 a 1,40 2,0 a 3,0
Bom 1,40 a 1,60 3,0 a 4,0
,
Otimo > 1,60 > 4,0
Se o índice de polarização estiver muito elevado, em alguns casos
pode ser indício de isolamento muito ressecado, necessitando de tratamento
para restabelecimento do isolamento.
Ensaio de relação de transformação
Este ensaio avalia como está a relação de transformação entre o lado
,
da alta tensão e o lado da baixa tensão do transformador. E realizado em
uma fase de cada vez, avaliando a relação de transformação entre o enrolamento
primário de uma fase e o enrolamento secundário da mesma fase.
Com o ensaio é possível identificar se há fuga de corrente entre as
espiras (curto-circuito), espiras abertas nas boinas, se o posicionamento do
seletor de TAP do transformador está correto e ainda determinar ou conferir
a polaridade do transformador.
Para realização do ensaio o transformador deve estar totalmente desenergizado
e o cabo do XO estar desconectado da terra.
Antes de executar o ensaio, é importante buscar algumas informações
do transformador sob ensaio na placa do equipamento, como tensão primária
e secundária, tipo de ligação da bobina primária e secundária, potência,
data de fabricação etc. Esses dados devem fazer parte da folha de inspeção.
O resultado apresentado pelo TTR é um valor de relação de transformação
que deve ser comparado com o valor teórico calculado. Esse valor
teórico é calculado a partir de uma fórmula que depende do tipo de fechamento
das bobinas do enrolamento primário e secundário. O Apêndice E
apresenta todas as fórmulas.
Exemplo
Considerando que o fechamento do enrolamento de alta tensão é
triângulo e o fechamento do enrolamento da baixa tensão é estrela, a
fórmula a ser utilizada é a seguinte:
Relação de transformação· U 1 x 'Y3
. U2
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Considerando que a tensão primária do transformador seja de 13.800 V e
a tensão secundária seja de 220 V, o resultado dessa conta é 108,646.
Recomenda-se que o valor obtido no ensaio esteja entre o intervalo de
0,5% para mais e para menos do valor calculado. Sendo assim, o valor
máximo é 109,190 e o valor mínimo é 108,103.
Vale destacar que o valor de tensão a ser utilizado no cálculo não é o
nominal; deve ser observado em qual TAP o transformador está ligado
e utilizado o valor correspondente.
Considerando o fechamento das bobinas primárias e secundárias conforme
ilustração a seguir, a forma de ligação para ensaio deve ser feita como
ilustram as Figuras 7.18, 7.19 e 7.20, respectivamente, para cada fase.
H1 H2 H3
Alta tensão
xo X1 X2 X3
Baixa tensão
•
o o o
/ - 1 1 1 1 1 ,. H1 IH2 H3
/ -
•
Transformador
/ -
••••
I
/ o o
(
w
- ....
xo X1 X2 X3
TIR
- f""• o o
Figura 7 .18: Ensaio de relação de transformação da fase 1 do transformador.
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1
,
/
•
/
,. o D o
H1 H2 H3
1 1 1 11 ••••
/ o o Transformador
L 1
..... -
xo X1 X2 X3
n li
TTR -
o
=
o
L
'
Figura 7 .19: Ensaio de relação de transformação da fase 2 do transformador.
, / •
/
1 1 1 1 1 ,. H1
o
D· D
-
H2 H3
• 1 ••
/ (l o Transformador
(
- -
1
.....
xo X1 X2 X3
•
1 li o
TIR
=
o o =
Figura 7 .20: Ensaio de relação de transformação da fase 3 do transformador.
Ensaio de resistência ôhmica dos enrolamentos
Em transformadores de força usa-se o método de queda de tensão para
medição de resistência dos enrolamentos. Esse método consiste em aplicar
uma corrente de valor conhecido e medir a queda de tensão em cima do
enrolamento. Pela lei de Ohm obtém-se o resultado da resistência:
R=U
1
Nos transformadores de múltiplos TAPs deve ser medida a resistência
em todas as posições.
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Procedimento para retirada de amostragem de óleo do transformador
O procedimento de retirada do óleo do transformador deve ser feito com
muito cuidado para evitar a contaminação da amostra. Preferencialmente, a
amostra de óleo deve ser retirada com o transformador desligado. Somente
em casos em que seja possível garantir a total segurança e integridade do
profissional é que pode ser realizada a coleta da amostra do óleo com o
transformador ligado. Nestes casos, recomenda-se o acompanhamento e a
orientação de algum profissional especializado em segurança do trabalho.
Para realizar essa coleta é necessário dispor dos seguintes materiais e
instrumentos:
• Bandeja plástica ou metá I ica;
• Material de limpeza (pano);
• Chave ajustável (grifo);
• Frasco de vidro, de preferência transparente com capacidade de
um litro para o ensaio físico-químico;
• Seringa de vidro transparente para o ensaio de cromatografia;
• Kit com adaptadores metálicos ou PVC e redutor com vários diâmetros;
• Recipiente para material de descartável.
A retirada da amostra do óleo é realizada de acordo com o seguinte
procedimento:
• A coleta do óleo deve ser efetuada em d ia seco com tem pera tu ra
acima de 20ºC e umidade relativa abaixo de 72%.
• A seringa, o frasco e o kit devem estar limpos e lavados com sabão
neutro, secados em estufa a l lOºC. Esse procedimento deve ser
feito em laboratório.
• A saída do registro no transformador deve estar limpa.
• Antes de colher o óleo para a amostra, deve-se deixar drenar um
pouco de óleo para retirar resíduos da tubulação de saída, a fim de
não interferir no resultado do ensaio.
• Após a drenagem conectar o kit ao registro e deixar escorrer uma
quantidade suficiente para lavagem do kit.
• Conectar o kit ao frasco, abrir o registro e deixar encher, de preferência,
de baixo para cima até transbordar, não deixando bolha de
ar dentro do frasco e/ou seringa.
• Após a retirada da amostra, acondicionar a seringa e o frasco em
ambiente apropriado, evitando contaminação, contato com luz solar
e umidade.
• O ensaio do óleo deve ser feito o mais rápido possível a fim de não
comprometer a amostra.
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Processos de tratamento e recuperação de óleo mineral isolante
Dependendo das condições e do estado em que se encontra o óleo
isolante, pode ser necessário algum tratamento de recuperação. Existem dois
tipos de tratamento de recuperação aplicáveis ao óleo isolante, sendo o recondicionamento
e a regeneração.
O recondicionamento é feito por meio de processos físicos aplicados a
óleos que estejam contaminados por umidade, partículas em suspensão ou
agentes externos dissolvidos, excluindo os produtos de sua degradação.
A regeneração é feita por meio de processos químicos aplicados a
óleos que sofreram deterioração, contendo assim ácidos orgânicos, sedimentos
ou borra solúvel e insolúvel.
Processo de recondicionamento
• Filtragem por filtro-prensa: esse processo é utilizado para remoção
de partículas em suspensão, borra e pouca quantidade de água. A
operação é feita em filtro-prensa, cujo elemento fundamental é o
papel-filtro (absorvente). Esse processo é muito utilizado durante
o transporte de óleos entre tanques e na drenagem de óleos de transformadores
que necessitam ser abertos.
• Centrifugação: é um método de separação de contaminantes livres
em suspensão, como borra e água em emulsão, sendo bem mais
rápido do que a filtração. Entretanto, pode não remover certos contaminantes
livres de maneira tão eficiente, como o filtro-prensa.
• Secagem por termovácuo: é um processo eficaz na remoção de
umidade, gases e substâncias voláteis presentes no óleo isolante.
Com a aplicação do vácuo, reduz-se a temperatura de ebulição
da água, que é removida na fase de vapor pela câmara de vácuo.
Na secagem, aplicando vácuo a 1 torr (1 mmHG), facilmente se
obtêm baixas concentrações de água como resultado final , consequentemente
há um aumento significativo da rigidez dielétrica do
óleo isolante.
Processos de regeneração
Existem vários processos de regeneração de óleo isolante, dentre os
quais podemos citar:
• Percolação em leito de bauxita ativada
• Absorção por contato com bauxita ativada
• Regeneração com ácido sulfúrico
• Regeneração com metassilicato de sódio
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Comutador
Transformadores de menor potência, geralmente os que estão instalados
em subestação de potência inferior a 69 kV, possuem comutador de
derivação manual em vazio.
Transformadores de maior potência, geralmente os que estão instalados
em subestação de tensão superior a 69 kV, podem possuir comutador
de derivação em carga. Nesse tipo de comutador devem ser rea I izadas as
seguintes tarefas de manutenção preventiva:
• Verificar e executar a lubrificação das articulações, eixos e engrenagem;
• Verificar se os pinos e travas estão em ordem. Caso estejam soltos,
oxidados, corroídos ou quebrados, devem ser substituídos;
• Na caixa de comando deve-se executar as seguintes tarefas:
Verificar o seu estado de conservação e executar limpeza e pintura,
caso sejam necessários;
- Verificar a guarnição da porta. Caso esteja deteriorada, deve
ser substituída;
Verificar o visor, os trincos e maçanetas, substituindo aqueles
que estiverem danificados;
Efetuar vedação para evitar o fluxo da troca de calor entre canaleta
e caixa.
• Na parte elétrica do mecanismo de acionamento é preciso executar
as seguintes tarefas:
Verificar o funcionamento da resistência de aquecimento. Se
estiver danificada, deve ser substituída. No caso de ela não
existir, providenciar a sua insta lação;
Verificar o funcionamento da iluminação interna, substituindo a
lâmpada, caso seja necessário;
Verificar botoeiras e contatares. Se estiverem com os contatos
oxidados, executar limpeza e se estiverem com os contatos
desgastados/queimados, devem ser substituídos. Nos casos de
conta tores com elemento térmico de proteção de motor verificar
o seu ajuste e atuação;
Avaliar o funcionamento do motor, fazendo um acionamento
elétrico;
Verificar o fim do curso elétrico, comutando cada uma das posições
(TAP) extremas e fazendo nova tentativa de comutação
no mesmo sentido, o que não deve acontecer;
Analisar a atuação da chave de bloqueio elétrico com a introdução
e o acoplamento da manivela de acionamento manual, fazendo
uma tentativa de acionar eletricamente, que não deve acontecer;
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Verificar se o indicador da posição remota está funcionando
corretamente; caso contrário, deve ser reparado ou substituído
conforme necessidade;
Quando existir correia no motor, verificar o seu estado e a tensão
de esticamento.
• Conferir o engate da manivela e fazer revoluções para elevar/diminuir
as comutações de ta ps;
• Verificar o funcionamento do contador de operações;
• Analisar o funcionamento do indicador de operações;
• Verificar o estado, a cor e o nível do óleo lubrificante, substituir ou
completar conforme a necessidade;
• Caso haja necessidade de trocar o óleo lubrificante, efetuar a lavagem
com óleo isolante, que deve ser identificado como óleo do comutador;
• Verificar ocorrência de vazamento no eixo de acionamento da manivela;
• No relé de fluxo de óleo ou sobre pressão do comutador, executar
as seguintes tarefas:
Verificar o seu funcionamento pela movimentação manual da
boia ou do ponteiro, observando os fechamentos dos contatos
para o nível máximo ou mínimo e se também não há nenhuma
restrição da movimentação de sua boia;
Verificar o estado da fiação. Caso o isolante esteja ressecado,
deve ser substituído e se os seus terminais estiverem soltos,
devem ser reapertados;
- Realizar ensaios de trip e sinalização pela simulação nos relés
de fluxo e injeção de nitrogênio (recomenda-se uma pressão de
O, 1 kgf/cm 2 ), nos relés de sobrepressão;
Conferir o estado do tanque de expansão do comutador, quando
este for separado do tanque de expansão do transformador
ou do regulador de tensão. Caso esteja oxidado, fazer o tratamento
anticorrosivo e pintura.
• No indicador de nível de óleo do tanque de expansão do comutador
executar as seguintes tarefas:
Verificar o seu funcionamento pela movimentação manual da
boia ou do ponteiro, observando os fechamentos dos contatos
para o nível máximo ou mínimo, e se não há nenhuma restrição
da movimentação de sua boia;
Reparar nas sinalizações acústica e luminosa;
- Avaliar o estado da fiação. Caso o isolante esteja ressecado,
deve ser substituído e se os terminais estiverem soltos, devem
ser reapertados;
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Verificar a sua fixação, observando se não há vazamentos ou
i nfi !tração na tampa frontal devido a juntas danificadas e/ou
vidro trincado/quebrado, substituindo-os em caso de necessidade;
- Verificar as tubulações e registros do tanque de expansão do
comutador quanto a vazamentos, reparando ou substituindo
quando necessário;
Nos comutadores com tanque de óleo separado do tanque principal
do transformador, verificar se não há vazamento na tampa
do tanque. Se necessário, deve-se substituir as guarnições;
Verificar o estado de conservação do dispositivo secador de ar
e no caso de o recipiente estar trincado ou quebrado, deve ser
substituído;
Conferir o estado do sílica-gel. Caso esteja saturada, deve ser
providenciada a sua substituição.
7 .2.4.5 Transformadores de instrumentos
Deve ser realizada uma verificação das condições gerais dos transformadores
para instrumentos a fim de avaliar se não estão trincados ou com
indícios de vazamentos (no caso de transformadores a óleo).
Também deve ser analisado se os terminais primários, secundários e
terra estão bem fixos ao barramento e se a própria estrutura do transformador
está fixada apropriada mente na estrutura.
O ensaio realizado nos transformadores de instrumentos é o de resistência
de isolação. A seguir são apresentados os procedimentos para sua realização.
O ensaio de resistência de isolação utiliza o megôhmetro. Para transformadores
de classe de tensão igual ou superior a 15 kV deve ser aplicada a
tensão de 5 kVcc ou 10 kVcc para realizar o ensaio, dependendo do megôhmetro,
quando aplicada a tensão no enrolamento primário. Quando a tensão
for aplicada no enrolamento secundário, deve ser utilizado o valor de 500 V.
Segue o desenho esquemático com as medições de isolação realizadas
nos transformadores.
Enrolamento
de alta tensão
Ra
Rab - Rba
Carcaça
Enrolamento
de baixa tensáo
Rb
-
Figura 7.21
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Sendo:
• Ra = isolação entre o enrola menta de alta tensão e a carcaça
• Rb = isolação entre o enrolamento de baixa tensão e a carcaça
• Rab - Rba = isolação entre os enrolamentos de alta e baixa tensão
Para realização do ensaio é preciso desconectar os cabos de aterramento
temporário de cada enrolamento e curto-circuitar todos os terminais
do enrolamento primário e do enrolamento secundário. Em seguida conectam-se
os cabos do instrumento de ensaio ao transformador.
Ensaio 1 - Medição da resistência de isolamento
do enrolamento de alta tensão contra a carcaça
• Conectar o cabo de ensaio de LINE ao enrolamento de alta tensão
do transformador.
• Conectar o cabo de ensaio GUARD ao enrolamento de baixa tensão
do transformador.
• Conectar o cabo de ensaio EARTH à carcaça do transformador.
• Ligar o instrumento de ensaio, como mostra a Figura 7 .22, obtendo
as leituras.
L
TP
o t 6
A
X1
X2
Megôhmetro
B
e
Liga
Figura 7.22
Ensaio 2 - Medição da resistência de isolamento do enrolamento
de alta tensão contra o enrolamento de baixa tensão
• Conectar o cabo de ensaio de LINE ao enrolamento de alta tensão
do transformador.
• Conectar o cabo de ensaio GUARD à carcaça do transformador.
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• Conectar o cabo de ensaio EARTH ao enrolamento de baixa tensão
do transformador.
• Ligar o instrumento de ensaio, como mostra a Figura 7 .23, obtendo
as leituras.
E
o
t 8
X1
X2
e
Liga
Figura 7.23
Ensaio 3 - Medição da resistência de isolamento do enrolamento
de baixa tensão contra a carcaça
• Conectar o cabo de ensaio de LINE ao enrolamento de baixa tensão
do transformador.
• Conectar o cabo de ensaio GUARO ao enrolamento de alta tensão
do transformador.
• Conectar o cabo de ensaio EARTH à carcaça do transformador.
• Ligar o instrumento de ensaio, obtendo as leituras, como mostra a
Figura 7 .24.
TP
o t 8
X1
X2
Megôhmelro
A
B
e
liga
Figura 7.24
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Resumo
A tabela a seguir resume os procedimentos dos ensaios:
1 Alta Baixa Carcaça Ra
2 Alta Carcaça Baixa Rab
3 Baixa Alta Carcaça Rb
Por ocasião das conexões dos cabos (LINE, EARTH, GUARD), deve-se
tomar cuidado para que eles não toquem outras partes do equipamento e
evitar o contato dos cabos entre si, para que não seja alterada a isolação a
ser ensaiada.
A tabela seguinte apresenta valores apenas orientativos de níveis mínimos
de isolamento considerados aceitáveis.
66 kV e acima 1200 600 300 150 75
22 kV - 44 kV 1000 500 250 125 65
6,6 kV - 10 kV 800 400 200 100 50
Abaixo de 6,6 kV 400 200 100 50 25
7.2.4.6 Cabos de alimentação
Os cabos de alta tensão devem ser inspecionados a fim de identificar
indícios de aquecimento. Deve-se verificar também as condições da isolação
e das terminações.
Um dos ensaios realizados no cabo é de resistência de isolação. Neste
ensaio, aplica-se a tensão no condutor pelo cabo LINE do megôhmetro. O cabo
EARTHdo megôhmetro é ligado à blindagem do cabo.
Também é possível realizar o ensaio de Tangente Delta, que apresenta a
capacidade de avaliar o grau de envelhecimento do material isolante, de modo
a permitir o planejamento das ações de manutenção e substituição.
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7 .2.4.7 Cubículo
Durante a manutenção preventiva dos cubículos é necessário verificar
os seguintes itens:
• Resistência de aquecimento (somente para cubículo blindado);
• Lâmpadas de sinalização;
• Estado geral da pintura (corrosão);
• Relés e contatares;
• Fusível e chaves termomagnéticas;
• Ligações a terra;
• Blocos de ligações;
• 1 nstru mentas de medição;
• Plugue de controle;
• Iluminação Interna.
Eles devem ser limpos, reapertados e substituídos quando necessário.
Nos barramentos deve-se verificar a isolação, se não existem indícios
de aquecimentos e corrosões, se necessário fazer ensaio de resistência de
isolação.
Caso o disjuntor seja extraível, verificar se o mecanismo de inserção e
extração está fechando e abrindo corretamente.
7 .2.4.8 Verificações finais
Deve-se verificar se todos os pontos desconectados foram conectados,
retirar o aterramento temporário, as ferramentas, instrumentos de ensaios,
sujeiras, resto de materiais e de peças, as grades de proteção e tampas dos
cubículos devem estar fixas, conectadas ao aterramento e bem ajustadas,
evitando vibrações.
As pessoas não envolvidas na manobra de religamento devem ser retiradas
do local. O operador deve fazer sempre uma inspeção visual antes da
manobra que precisa ser feita de forma inversa ao desligamento.
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7 .3 Exercícios
1. Assinale verdadeiro ou falso:
De acordo com o item 1 O. 5 da N R-1 O, somente é considerado
desenergizado um equipamento elétrico, liberado para trabalho,
mediante os procedimentos apropriados, obedecendo à sequência
descrita em seguida.
a. Desligado
b. Isolado
c. Bloqueado
d. Testado
e. Aterrado
f. Sinalizado
2. Quais as principais funções dos instrumentos relacionados a
seguir?
a. Megôhmetro
b. Medidor de relação de transformação TTR
c. Microhmímetro
d. Tensão aplicada Hipot
e. Teste de rigidez dielétrica do óleo TRDO
3. Mencione os três ensaios de resistência de isolação que devem ser
realizados em um transformador.
4. Para medição da relação de transformação, considere um transformador
cujo fechamento do enrolamento de alta tensão seja triângulo
e o fechamento do enrolamento da baixa tensão seja estrela,
a tensão primária do transformador seja de 13.800 V e a tensão
secundária de 220 V. Qual o valor de relação de transformação
usado?
Relação de transformação cal cu la da
Valor de tolerância máximo
Valor de tolerância mínimo
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5. Observando o diagrama seguinte, elabore um procedimento de
manobra para desligar e isolar o disjuntor principal de 13,8 kV
com segurança, considerando todas as seccionadoras e disjuntores
fechados.
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1 1
1
1 lntertravamento elétrico 1
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---------------------------------------------------------
Legenda
CD
0
0
0
®
®
0
®
®
Para-raios poliméricos
Chave matheus
Buchas de passagem
Chave seccionadora tripolar de abertura simultânea
Transformador de corrente
Transformador de potencial - 800 VA
Relé de sobrecorrente de ação indireta
Disjuntor a óleo - 15 KV
Transformador de potência
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•
• •
Nomenclatura para relés (NBR 5175 - Maio 1988) ANSI
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
N 8 1 Nome da função I Descrição geral
Elemento principa l (master
element)
Relé de tempo de partida
ou fechamento (time-delay
starting, or closing-relay)
Relé de verificação de
intertravamento (checking or
interlocking relay)
Contatar mestre (master
contactar)
Dispositivo de parada
(stopping device)
Dispositivo de partida
(starting circuit breaker)
Dispositivo de anodo (anode
circuit breaker)
Dispositivo desligador de
circuito do controle (contrai
power disconnecting device)
Dispositivo de inversão
(reversing device)
Chave de sequência da
unidade (unit sequence
switch)
Reservada para futura
aplicação
Dispositivo iniciador que serve, seja diretamente ou por
intermédio de outros dispositivos, tais como relés de
proteção e relés de tempo, para colocar ou retirar um
equipamento de operação.
NOTA: Este número é normalmente usado para um
dispositivo operado manualmente, embora possa
também ser usado para um dispositivo elétrico ou
mecânico para o qual nenhum outro número de função
é adequado.
Dispositivo que realiza uma temporização antes ou depois
de qualquer ponto de operação em uma sequência de
manobra ou em um sistema de relés de proteção, exceto
quando especificamente previsto pelas funções 48, 62, 79.
Relé que opera em resposta à posição de um certo
número de outros dispositivos (ou a um certo número
de condições predeterminadas) em um equipamento,
para permitir o prosseguimento ou a interrupção de uma
sequência de operações ou para efetuar uma verificação
da posição desses dispositivos ou dessas condições.
Dispositivo que serve para fechar e abrir os circuitos de
controle necessários para colocar um equipamento em
funcionamento sob as condições desejadas e retirá-lo de
operação sob outras condições.
Dispositivo de controle usado principalmente
para desligar um equipamento e mantê-lo fora
de funcionamento. Pode ser acionado manual ou
eletricamente, mas exclui a função de travamento elétrico
em condições anormais (ver função 86).
Dispositivo cuja principa l função é ligar uma máquina à
sua fonte de tensão de partida.
Usado nos circuitos de anodo de um retificador de
potência, com a fina lidade principa l de interromper o
circuito do retificador se ocorrer um arco de retorno.
Dispositivo desligador, tal como chave de faca, disjuntor,
seccionador, chave fusível, usado com a finalidade de
ligar e desligar barras e equipamentos de controle à fonte.
NOTA: Uma fonte auxiliar que alimenta equipamentos,
como pequenos motores e aquecedores, é considerada
também como "fonte de alimentação de controle".
Usado com a fina lidade de inverter o campo de uma
máquina ou de realizar quaisquer outras funções de
. -
1nversao.
Chave usada em equipamentos constituídos de diversas
unidades, para alterar a sequência em que elas são
colocadas ou retiradas de funcionamento.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
N 2 1 Nome da função I Descrição geral
Dispositivo de acoplamento
direto (over speed device)
Dispositivo de velocidade
síncrona (synchronous speed
device)
Dispositivo de subvelocidade
(under speed device)
Dispositivo equa lizador de
velocidade ou de frequência
(speed ou frequency matching
device)
Dispositivo de carga para
bateria
Chave de contorno ou de
descarga (shunting, or
discharge, switch)
Dispositivo de aceleração ou
desaceleração (accelerati ng
ou decelerating device)
Dispositivo de transição
partida - funcionamento
(starting - to - running
transition contactar)
Vá lvula operada eletricamente
(electrica lly operated va lve)
Relé de distância (distance
relay)
Disjuntor equa lizador
(equalizer circuit breaker)
Dispositivo de controle de
temperatura (temperature
contrai device)
Reservado para futura
aplicação
Dispositivo de sincronização
ou de verificação de
sincronismo (synchronizing, or
synch ronism-check, device)
Dispositivo térmico do
equipamento (apparatus
therma l device)
Chave de velocidade, de acoplamento direto, que atua
sobre a velocidade da máquina.
Atua aproximadamente à velocidade síncrona de uma
, .
maquina.
Dispositivo que funciona quando a velocidade de uma
máquina cai abaixo de um valor predeterminado.
Funciona para equalizar e manter a velocidade ou a
frequência de uma máquina ou de um sistema, igual ou
aproximadamente igua l à de uma outra máquina, fonte
ou sistema.
Dispositivo de carga para bateria com controle automático
de tensão.
Abre ou fecha um circuito de contorno em paralelo com
qua lquer parte do equipamento (exceto resistor), ta l como
campo da máquina, armadura de máquina, capacitar ou
reator.
NOTA: Isso exclui dispositivos que realizam operações
de derivação que possam ser necessárias no processo de
partida de uma máquina pelos dispositivos 06 ou 42,
ou seus equivalentes, e também exclui a função 73, que
serve para a manobra de resistores.
Dispositivo usado para fechar ou causar o fechamento de
circuitos utilizados para aumentar ou reduzir a velocidade
de uma máquina.
Opera para iniciar ou causar a transferência automática
da ligação de uma máquina da fonte de partida para a de
funcionamento.
Vá lvula operada, controlada e monitorada eletricamente,
usada em um duto para fluido.
Relé que atua quando a admitância, a impedância ou a
reatância do circuito aumenta ou diminui em relação a
valores predeterminados.
Serve para controlar ou para abrir ou para fechar as
ligações equalizadoras ou de equilíbrio de corrente para
o campo de uma máquina ou equipamento de regu lação,
em uma instalação de unidades mú ltiplas.
Dispositivo que atua para elevar ou abaixar a temperatura
de uma máquina ou outro equipamento, quando sua
temperatura for maior ou menor do que um valor
predeterminado.
Dispositivo que opera quando dois circuitos de CA estão
dentro dos limites desejados de frequência, ângu lo de
fase e tensão, para permitir ou efetuar a sincronização
desses dois circuitos.
Atua quando a temperatura de um equipamento ou parte
dele, ou de um meio de transferência de calor, sai de
1 imites predetermina dos.
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27
N!!
1
Nome da função
Relé de subtensão (under
voltage relay)
28 Detector de chama
1
Descrição geral
Atua quando a sua tensão de entrada é menor do que um
va lor predeterminado.
Dispositivo que detecta a presença de chama pi loto ou da
principal em equipamentos.
Dispositivo usado expressamente para isolar um
Seccionador (isolator
29 circuito de outro em caso de operação de emergência,
contactar)
manutenção ou ensaio.
30
Relé anunciador (annunciator
relay)
Dispositivo de rearme não automático que dá um certo
número de indicações visuais separadas quando da
atuação de dispositivos de proteção, podendo ainda ser
utilizado para desempenhar a função de travamento.
Liga um circuito, tal como o enrolamento de campo
Dispositivo de excitação em de um conversor síncrono, a uma fonte de excitação
31 separado (separate excitation separada durante a sequência de partida; ou que energiza
device)
os circuitos de excitação e de disparo de um retificador
de potência.
32
33
Relé direcional de potência
(directiona l power device)
Chave de posição (position
switch)
Relé que atua quando um fluxo de potência circula no
sentido contrário ao predeterminado.
Chave que atua quando o dispositivo controlado atinge
uma dada posição.
Dispositivo mestre de
Estabelece ou determina a sequência de operação dos
34 sequência (motor-operated dispositivos principais em operações sequenciais de
sequence switch
manobra.
35
Dispositivo para
posicionamento das escovas
ou para curto-circu itar os
anéis coletores
(brush-operating, or slipring
short-ci rcu iti ng device)
Dispositivo de verificação da
36 polaridade ou da tensão de
polarização (polarity device)
Relé de subcorrente ou
37 subpotência (undercorrent or
u nder power relay)
Dispositivo para levantar, abaixar ou deslocar as escovas
de uma máquina, para curto-circuitar seus anéis
coletores, ou para engatar ou desengatar os contatos de
um retificador mecânico.
Aciona ou permite o acionamento de um outro, somente
com uma polaridade predeterminada, ou verifica
a presença de uma tensão de polarização em um
equipamento.
Opera quando a corrente ou a potência forem inferiores a
um valor predeterminado.
Dispositivo de proteção de Dispositivo que atua quando a temperatura do manca i
38 manca i (bearing-protective excede um va lor predeterminado ou por outras condições
device)
mecânicas anormais a ele associadas.
Dispositivo que atua por ocorrência de uma condição
39 Monitor de condição mecânica mecânica anormal (exceto aquela associada com
mancais, coberta pela função 38).
40 Relé de campo (field relay)
41
Disjuntor de campo (field
circuit breaker)
Disjuntor (contatar)
Relé que atua por perda de corrente de excitação de
campo de uma máquina.
Opera para aplicar ou remover a excitação do campo de
, •
uma maqu ina.
Dispositivo cuja principa l função é ligar uma máquina
42 funcionamento (running à sua fonte de tensão de funcionamento, após ter sido
circuit breaker)
conduzida a velocidade desejada.
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43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
N 2 1 Nome da função I Descrição geral
Dispositivo ou seletor de
transferência manua l (manua l
transfer or selector device)
Relé de partida sequencial
de unidade (unit sequence
starting relay)
Monitor de condição
atmosférica
Relé de corrente de sequência
negativa (reverse-phase, ou
phase-balance, current relay)
Relé de sequência de fase
de tensão (phase-sequence
voltage relay)
Relé de sequência incompleta
(incomplete sequence relay)
Relé térmico de equipamento
(machine, or transformer,
therma l relay)
Relé de sobrecorrente
instantâneo (instantaneous
over current or rate-of-rise
relay)
Relé de sobrecorrente tempo
CA (a-c time over current
relay)
Disjuntor de corrente
alternada (a-c circuit breaker)
Relé de excitação de gerador
CC (exciter or d-c generator
relay)
Disjuntor de corrente
contínua, alta velocidade
(high-speed d-c circuit
breaker)
Relé de fator de potência
(power factor relay)
Relé de aplicação de campo
(field application relay)
Dispositivo operado manua lmente que transfere os
circuitos a fim de mod ificar o modo de operação do
equipamento de manobra ou de outros dispositivos.
Atua para dar partida à unidade seguinte em um
equipamento de unidades mú ltiplas, por falha ou
disponibilidade da unidade precedente.
Dispositivo que atua na ocorrência de condição ambiental
anormal, como gases nocivos, misturas explosivas,
fumaça ou fogo.
Relé que atua quando as correntes polifásicas estiverem
em sequência inversa de fase ou quando estiverem
desequi libradas, ou contiverem componentes de
sequência negativa acima de um dado va lor.
Relé que atua para um va lor predeterminado de tensão
polifásica na sequência de fase estabelecida.
Geralmente retorna o equipamento para a posição normal
ou desliga e o bloqueia se a sequência normal de partida,
operação ou parada não for completada adequadamente
dentro de um tempo predeterminado.
Relé que atua quando a temperatura de um equipamento
excede um valor predeterminado.
Atua instantaneamente por valor de corrente superior a
um limite predeterminado.
Relé que atua com retardo intencional de tempo,
quando sua corrente de entrada excede a um valor
predeterminado, e no qua l a corrente de entrada e o
tempo de operação são relacionados de modo definido ou
•
inverso.
Dispositivo de manobra e proteção capaz de estabelecer,
conduzir e interromper correntes alternadas em condições
normais do circuito, assim como estabelecer, conduzir por
tempo especificado e interromper correntes alternadas em
condições anormais especificadas do circuito, tais como
as de curto-circu ito.
Liga a excitação de campo de uma máquina CC, para que
sua tensão se desenvolva durante a partida e atue quando
a tensão da máquina atingir um valor predeterminado.
Relé que atua quando o fator de potência sai de limites
predeterminadas.
Automaticamente controla a aplicação de excitação
ao campo de um motor de CA em algum va lor
predeterminado de escorregamento.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
57
58
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62
63
64
65
66
67
68
69
N!! 1 Nome da função I Descrição geral
Dispositivo de aterramento ou
curto-circuito (short-circuiting
or grounding device)
Relé de fa lha de retificação
(power rectifier misfire relay)
Relé de sobretensão
(overvoltage relay)
Relé de equi líbrio de tensão
ou de corrente (voltage or
current balance relay)
Relé de ba lanço de corrente
(current balance relay)
Relé de tempo de parada
ou de abertura (time-delay
stopping, or opening, relay)
Relé de pressão de nível ou de
fluxo, de líquido ou gás (liquid
or gas, pressure, level, or flow
relay)
Relé detector de terra (ground
protective relay)
Regulador de fluxo ou vazão
(governar)
Dispositivo de atuação
intermitente (notching, or
jogging, device)
Relé direcional de
sobrecorrente CA
(a-c directiona l overcurrent
relay)
Relé de bloqueio de abertura
(blocking relay)
Dispositivo de controle
permissível (permissive
contrai device)
Dispositivo que opera de modo a curto-circuitar ou aterrar
um circuito ou equipamento sob ação de um comando
manua l ou automático.
Dispositivo que atua se um ou mais anodos de um
retificador de potência falharem no disparo, ou na
detecção de um arco de retorno, ou por falha de um
modo em conduzir ou bloquear corretamente.
Relé que atua quando sua tensão de entrada for maior do
que um va lor predeterminado.
Atua por uma dada diferença na tensão ou na corrente,
de dois circuitos.
Relé de tempo que opera um conjunto com o dispositivo
que inicia a operação de desligamento, parada ou
abertura em uma sequência automática ou em um
sistema de relés de proteção.
Relé que atua por um va lor predeterminado de pressão,
ou por uma dada taxa de sua variação.
Atua por falha do isolamento para terra de máquina ou
outro equipamento.
Conjunto de equipamentos hidráulicos, elétricos ou
mecânicos de controle usados para regular o fluxo
ou vazão de água, vapor ou outro fluido para o motor
. , .
pr1mar10.
Dispositivo que atua para permitir somente um número
especificado de operações de um certo dispositivo ou
equipamento, ou um número especificado de operações
sucessivas com intervalo predeterminado.
Dispositivo que atua para energizar um circuito
periodicamente ou por tempo especificado, ou que é
usado para permitir aceleração ou avanço intermitente de
uma máquina a baixas velocidades para posicionamento
A '
mecan1co.
Atua por um valor predeterminado de sobrecorrente CA
fluindo em um sentido predeterminado.
Relé que inicia um sinal para bloqueio de abertura por
fa ltas externas em uma linha de transmissão ou em outro
equipamento sob condições predeterminadas, ou coopera
com outros dispositivos para bloquear abertura ou
religamento por perda de sincronismo ou por oscilações
de potência.
Chave de duas posições, que numa posição permite
o fechamento de um disjuntor, ou a colocação de
um equipamento em operação, e na outra bloqueia a
operação do disjuntor ou equipamento.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
N!!
1
Nome da função
Reostato eletricamente
70 operado (electrically operated . , •
rheostat)
71 Relé de nível
72
73
Disjuntor de corrente contínua
(d-c circuit breaker)
Contatar de resistência de
carga (load-resistor contactar)
1
Descrição geral
Resistor variável ou conjunto unitário de resistores
var1ave1s.
Dispositivo que atua por valores ou por taxas de variação
de nível predeterminados.
Dispositivo que manobra a proteção capaz de estabelecer,
conduzir por tempo especificado e interromper correntes
contínuas em condições anormais especificadas do
circuito, tais como as de curto-circuito.
Contatar usado para derivar ou inserir um estágio de
resistência de limitação de deslocamento ou de indicação
de carga em um circuito de potência, para ligar e desligar
um aquecedor de ambiente, lâmpada ou um resistor de
carga regenerativa de um retificador de potência ou de
outra máquina.
Relé diferente de um anunciador, como o da função
74 Relé de alarme (a larm relay) 30, usado para acionar ou operar em conjunto com um
alarme visual ou sonoro.
Mecanismo de mudança de
75 posição (position changing
mechanism)
76
Relé de sobrecorrente CC
(d-c overcurrent relay)
Mecanismo usado para deslocar um dispositivo principa l
de uma posição para outra em um equipamento.
Atua quando a corrente em um circuito de CC excede um
valor predeterminado.
Dispositivo para gerar e transmitir pulsos através de
Transmissor de pulsos (pu lse
77 um circuito de telemedição, ou a fio piloto, para um
tra nsm itter)
dispositivo remoto de indicação ou de recepção.
Relé de medição de ângulo de
fase, ou de proteção contra Relé que atua para um ângulo de fase predeterminado
78 falta de sincronismo (phase entre duas tensões ou entre duas correntes, ou entre
angle measuring, or
tensão e corrente.
out-of-step pretective relay)
79
Relé de religamento CA
(a-c reclosing relay)
80 Relé de fluxo
81
Relé de frequência (frequency
relay)
Controla o religamento e o bloqueio automático de um
disjuntor de CA.
Chave que atua a um valor ou uma taxa de variação de
fluxo predeterminados.
Dispositivo que opera quando a frequência (ou sua taxa
de variação) está fora de limites determinados.
Dispositivo que controla o fechamento e o religamento
Relé de religamento CC
82 automático de um disjuntor de CC, gera lmente em
(d-c reclosing relay)
resposta às condições de carga do circuito.
83
Relé de controle seletivo ou
de transferência automática
(automatic selective contrai,
or tranfer relay)
Dispositivo que opera para selecionar automaticamente
uma dentre várias fontes ou cond ições em um
equipamento e permite rea lizar uma operação de
transferência.
Mecanismo ou servomecanismo elétrico completo,
inclusive o motor de acionamento, solenoides, chaves de
Mecanismo de acionamento
84 posição etc. , para um comutador de derivação, regulador
(operating mechanism)
de tensão por indução ou qua lquer componente simi lar
de equipamento, que não tenha nú mero de função.
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N!!
1
Nome da função
1
Descrição geral
Relé receptor de onda Dispositivo cuja ação é liberada ou bloqueada por um
85 portadora ou fio piloto (carrier, sinal transmitido por uma onda portadora ou fio piloto
or pilot-wire, receiver relay). de CC.
86
87
Relé de bloqueio de operação
(locking-out relay)
Relé de proteção diferencial
(differentia l protective relay)
Dispositivo operado eletricamente, usado para desligar e
manter inoperantes dispositivos e equipamentos.
Dispositivo de proteção que atua por diferença percentua l
entre duas ou mais grandezas elétricas.
Motor auxiliar ou motor Dispositivo usado para acionar equipamentos
88 gerador (auxiliary motor, ou auxiliares, tais como bombas, venti ladores, excitatrizes,
motor generator)
amplificadores magnéticos, rotativos etc.
Seccionadora com
Dispositivo usado como seccionador, interruptor de carga,
89 acionamento elétrico (line ou chave de isolação de um circuito de potência de CA
switch)
ou CC.
90
Dispositivo de regulação
(regulating device)
Opera para regular uma ou mais grandezas, tais como
tensão, corrente, potência, velocidade, frequência,
temperatura e carga em máquinas, linhas de interligação
ou outros equipamentos.
Dispositivo que atua quando a tensão através de
Relé direcional de tensão
91 um disjuntor ou contatar aberto excede um valor
(voltage directional relay)
predeterminado em um dado sentido.
Relé direcional de tensão e
92 potência (voltage and power
directional relay)
Contatar de variação de
93 campo (field changing
contactar)
Relé de desligamento, ou de
94 disparo livre (tripping, or
trip-free, relay)
Usados para aplicações
95 ... 99 específicas, não cobertos -
pelos números anteriores
Dispositivo que permite ou causa a ligação de dois
circu itos, quando a diferença de tensão entre eles excede
um valor predeterminado em um dado sentido, e causa
desligamento desses dois circuitos quando o fluxo de
potência entra eles excede um valor predeterminado no
sentido oposto.
Dispositivo que opera para aumentar ou reduzir, de um
passo, o va lor da excitação do campo de uma máquina.
Atua para abrir um disjuntor, contatar, ou equipamento,
ou para permitir abertura imediata por outros dispositivos,
ou para impedir o religamento imediato de uma chave
caso ela deva abrir automaticamente.
Complementação da tabela ANSI
• 50 N - sob recorrente instantâneo de neutro
• 51 N - sobrecorrente temporizado de neutro (tempo definido ou
curvas inversas)
• 50 G - sobrecorrente instantâneo de terra (comumente chamado
50 GS)
• 51 G - sobrecorrente temporizado de terra (comumente chamado
51 GS e com tempo definido ou curvas inversas)
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• 50 BF - relé de proteção contra falha de disjuntor (também chamado
de 50/62 BF)
• 51 Q - relé de sobrecorrente temporizado de sequência negativa
com tempo definido ou curvas inversas
• 51 V - relé de sobrecorrente com restrição de tensão
• 51 C - relé de sobrecorrente com controle de torque
• 59 Q - relé de sobretensão de sequência negativa
• 59 N - relé de sobretensão residual ou sobretensão de neutro (também
chamado de 64 G)
• 64 - relé de proteção de terra, pode ser por corrente ou por tensão.
Os diagramas unifilares devem indicar se esse elemento é alimentado
por TC ou por TP, para que se possa definir corretamente.
Se for alimentado por TC, também pode ser utilizado como uma unidade
51 ou 61. Se for alimentado por TP, pode-se utilizar uma unidade
59 N ou 64 G.
A função 64 também pode ser encontrada como proteção de carcaça,
massa-cuba ou tanque, sendo aplicada em transformadores de força até
5 MVA.
• 67 N - relé de sobrecorrente direcional de neutro (instantâneo ou
temporizado)
• 67 G - relé de sobrecorrente direcional de terra (instantâneo ou
temporizado)
• 67 Q - relé de sobrecorrente direcional de sequência negativa
Proteção diferencial - ANSI 87
O relé diferencial 87 pode ser de diversas maneiras:
• 87 T - diferencial de transformador (pode ter dois ou três enrolamentos)
• 87 G - diferencial de geradores
• 87 GT - proteção diferencial do grupo gerador-transformador
• 87 B - diferencial de barras, pode ser de alta, média ou baixa impedância
Pode-se encontrar em circuitos industriais elementos de sobrecorrente
ligados num esquema diferencial, onde os TCs de fases são somados e ligados
ao relé de sobrecorrente.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
Também encontra-se um esquema de seletividade lógica para realizar
a função diferencial de barras.
• 87 M - diferencial de motores - neste caso pode ser do tipo percentual
ou do tipo autobalanceado
O percentual utiliza um circuito diferencial através de três TCs de fases
e três TCs no neutro do motor.
O tipo autobalanceado utiliza um jogo de três TCs nos terminais do
motor, conectados de forma a obter o somatório das correntes de cada fase
e neutro. Na realidade, trata-se de um elemento de sobrecorrente, em que o
esquema é diferencial e não o relé.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
•
• •
,
OS MINISTROS DE ESTADO DO INTERIOR, DA INDUSTRIA E DO CO-
,
MERCIO E DAS MINAS E ENERGIA, no uso de suas atribuições, acolhendo
proposta da Secretaria Especial do Meio Ambiente - SEMA, e de acordo com
o que dispõe o Decreto Nº 73.030, de 30 de outubro de 1973, o Decreto-Lei
Nº 1.413, de 14 de agosto de 1975 e o Decreto Federal Nº 76.389, de 03
de outubro de 1975;
Considerando ser urgente e indispensável evitar a contaminação do
ambiente por bifenil policlorados - PCB's (comercialmente conhecidos como
Askarel, Aroclor, Clophen, Phenoclor, Kanechlor e outros), devido aos efeitos
nocivos que esses compostos causam ao homem e animais;
Considerando que os mencionados compostos provocam males, como
lesões dermatológicas acentuadas, alterações no fígado e rins, alterações
morfológicas nos dentes, alterações psíquicas, perda da libido, efeitos teratogênicos
e cancerígenos;
Considerando, ainda, os efeitos nefastos sobre o homem e animais,
de acordo com estudos realizados, por ocasião de contaminação acidental
de alimentos com PCB's em alguns países, resolvem baixar as seguintes
normas:
1. A partir da data da publicação desta Portaria, fica proibida, em
todo o Território Nacional, a implantação de processos que tenham
como finalidade principal a produção de bifenil policlorados
- PCB's.
11. Ficam proibidos, em todo o Território Naciona 1, o uso e a comercialização
de bifen i I pol iclorados - PCB's, em todo o estado, puro
ou em mistura, em qualquer concentração ou estado físico, nos
casos e prazos relacionados abaixo:
a) como fluido dielétrico nos transformadores novos, encomendados
depois de 06 (seis) meses da data da publicação da
presente Portaria;
b) como fluido dielétrico nos capacitadores novos, encomendados
depois de 20 (vinte) meses da data da publicação desta
Portaria;
c) como aditivo para tintas, plásticos, lubrificantes e óleo de
corte, fabricados a partir de 12 (doze) meses da data da publicação
desta Porta ria;
d) em outras aplicações, que não as acima citadas, a partir de
24 (vinte e quatro) meses da data da publicação da presente
Portaria.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
111. Os equipamentos de sistema elétrico, em operação, que usam
bifenil policlorados - PCB's, como fluido dielétrico, poderão continuar
com este dielétrico, até que seja necessário o seu esvaziamento,
após o que somente poderão ser preenchidos com outro
que não contenha PCB's.
IV.
As empresas usuárias de equipamentos elétricos deverão considerar,
nas especificações de novos capacitadores de potências, a
aquisição de equipamentos que não utilizem PCB's.
V. Fica terminantemente proibido o despejo de bifenil policlorados
- PCB's, ou produtos que o contenham, quer direta ou indiretamente,
nos cursos e coleções d'água ou locais expostos às intem-
, .
per1es.
VI. Cabe aos órgãos estaduais do meio ambiente a vigilância e fiscalização
para o cumprimento das normas contidas nesta Portaria.
VI 1.
A SEMA poderá estabelecer, através de Instruções Normativas,
procedimentos e exigências referentes a esta Portaria.
VI 11. A não observância das normas baixadas por esta Portaria sujeitará
os infratores às cominações previstas na legislação pertinente.
IX.
Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.
MARIO DAVID ANDREAZZA
Ministro do Interior
-
JOAO CAMILO PENNA
Ministro da Indústria e do Comércio
CESAR CALS DE OLIVEIRA FILHO
Ministro das Minas e Energia
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
•
• •
- -
CABOS DE ALIMENTAÇAO - TESTES E VERIFICAÇOES
Local:
Endereço:
Data:
A
Teste de Resistência Ohmica de Isolação
lnstrum. Fabric.: Tipo: Tensão de ensaio:
Ponto de ensaios/Conexões
Valores (MO)
Linha Terra Guard 1 minuto 2 minutos 3 minutos
A- Vermelha Massa -
B- Branca Massa -
C- Marrom Massa -
Verificações Condições Providências tomadas e/ou recomendadas
Limpeza
Mufla
Conexões
Aterramento cordoalhas
Fixação
Observação:
Parecer técnico e condições do equipamento.
PARA-RAIO
Local:
Endereço:
Data:
Nº de identificação: Fabricante: Nº de série:
Tipo elemento p/ fase:
Tensão nominal:
A
Teste de Resistência Ohmica de Isolação
lnstrum. Fabric.: Tipo: Tensão de ensaio:
Temperatura do óleo: Temperatura ambiente: Valor aceitável:
Ponto de ensaios/Conexões
Valores
Linha Terra Guard MO
A-Vermelha Massa -
B-Branca Massa -
C-Marrom Massa -
Verificações Condições Providências tomadas e/ou recomendadas
Limpeza
Isolador
Contador de operação
Aterramento
Conexões
Observacão:
Parecer técnico e condicões do equipamento.
Editora 'Erica - Cabine Primária - Subestações de Alfa-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
-
CHAVE SECCIONADORA - TESTES E VERIFICAÇOES
Loca l:
Endereço:
Data:
Identificação:
Fabric:
Nº de série: Tipo: Tensão de placa : Corrente nomina l:
Acionamento:
Tipo de abertura:
A
Teste de Resistência Ohmica de Contato
lnstrum. Fabric. :
Valores satisfatórios:
Tipo:
Observação:
Contatos (Polo) Barra Valores
1X2
3X4
5X6
Marrom
Branca
Vermelha
A
Teste de Resistência Ohmica de Isolação
1 nstru m. Fa bric.: Tipo: Tensão de ensaio:
Va lor aceitável:
Seccionadora contato aberto
Seccionadora contato fechado
Ponto de ensaios/Conexões Valores Valores
Linha Terra Guard MO Linha Terra Guard MO
81 82 Massa Vermelha Massa -------
83 84 Massa Branca Massa -------
85 86 Massa Marrom Massa -------
Verificações Condições Providências tomadas e/ou recomendadas
Abertura e fechamento manua l
Abertura e fechamento elétrico
Mecanismo de acionamento
1 ntertravamento elétrico
lntertravamento mecânico
Isoladores
Conexões
Contatos
Motor
Fusíveis
Aterramento
Simu ltaneidade
Pintura, corrosão ...
Limpeza e lubrificação
Observação:
Parecer técnico e condições do equipamento.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
-
TRANSFORMADOR DE POTENCIAL -TESTES E VERIFICAÇOES
Local :
Endereço:
Data:
Identificação:
Fabricante:
Nº de série: Tipo: Tipo de isolação:
Data de fabricação:
Tensão nominal AT:
Ligação secundária :
Tensão nominal BT:
A
Teste de Resistência Ohmica de Isolação
lnstrum . Fabric.: Tipo: Tensão de ensaio:
Temperatura do óleo: Temperatura ambiente: Valor aceitável:
Ponto de ensaios/Conexões 1 minuto 2 minutos 1 minuto 2 minutos
Linha Terra Guard Bra/Mar Bra/Mar BraNer BraNer
Primário Massa Secundário
Primário Secundário Massa
Secundário Massa Primário
Teste de Relação de Transformação
j 1nstrum . Fabric.:
j Tipo:
1
Transformador/fase V. primária AT V. secundária BT Va lor ca lculado
Ensaios: Desvio admitido - 0,5%
Transformador/fase Ligação terminais (TP) Desvio% Condições
Verificações Condições Providências tomadas e/ou recomendadas
Limpeza
Vazamento
Pintura, corrosão
Aterramento
Conexões
Fiação secundária
Nível do óleo
Buchas
Fusível
Observação:
Parecer técnico e condições do equipamento.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
-
DISJUNTOR - TESTES E VERIFICAÇOES
Loca l:
Data:
Endereço:
Identificação: Fabricante: Nº de série:
Tipo: Meio de extinção: Volume do óleo:
Corrente nominal: Capac. inter: Data de fabricação:
Tensão nomina l: Volt mínimo ajustado bobina: Relé ajustado alta :
A
Teste de Resistência Ohmica de Isolação
lnstrum. Fabric. : Tipo: Tensão de ensaio:
Temperatura do óleo: Temperatura ambiente: Va lar aceitável:
Disjuntor contato aberto
Disjuntor contato fechado
Ponto de ensaios/Conexões Valores Ponto de ensaios/Conexões Valor
Linha Terra Guard Linha Terra Guard
Mar - 81 Mar - 82 Massa Marrom Massa -------
Bra - 83 Bra - 84 Massa Branca Massa -------
Ver - 85 Ver - 86 Massa Vermelha Massa -------
A
Teste de Resistência Ohmica de Contato
1 nstru m. Fa bric.: Tipo:
Valores satisfatórios:
Observação:
Contatos (Polo) Barra Valores antes Valores depois
1X2
3X4
5X6
Marrom
Branca
Vermelha
Limpeza e lubrificação
Verificações Condições Providências tomadas e/ou recomendadas
Abertura e fechamento mecânicos
Abertura elétrica loca l/remota
Bobina
Carregamento manua l de mola
Indicador de nível de óleo
Indicador de posição
Câmara de extinção
Contato móvel e fixo
Isoladores
Cabo de controle
Lâmpadas de sinalização
Contatos auxi liares (rolete)
Condição geral do mecanismo
,
Oleo isolante
Relé de acionamento primário
Observação: Parecer técnico e condições do equipamento.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
-
TRANSFORMADOR DE FORÇA -TESTES E VERIFICAÇOES
Local :
Endereço:
Data:
Identificação: Fabricante Nº de série:
Tipo: Tipo de isolação: Volume do óleo:
Potência: Data de fabricação: Tap. atual Nº:
Tipo de ligação primário:
Tipo de ligação secundário:
Tensão de placa: Tensão nom. AT: Tensão nom. BT:
Teste de Relação de Transformação
Ligação enrolamento prímário
Ligação enrolamento secundário
H2
X2
XO ..... ~·>-X~3~~~
X1
H1
H3
Instrumento: Fabricante
Tipo:
Tap Nº V. Primário AT V. Secundário BT Valor calculado
Ensaios Desvio admitido: 0,5%
Taps Nº Ligações dos terminais TR sobre ensaio Desvio% Condições
Hl-H3 / Xl-XO H2-H 1 / X2-XO H3-H2/ X3-XO
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-
TRANSFORMADOR DE FORÇA -TESTES E VERIFICAÇOES
"
Teste de Resistência Ohmica de Isolação
1 nstrum. Fabric: Tipo: Tensão de ensaio:
Temperatura do óleo: Temperatura ambiente: Valor aceitável :
Ponto de ensaios/Conexões 1 minuto 2 minutos 3 minutos 4 minutos
Linha Terra Guard
Primário Tanque Secundária
Primário Secundário Tanque
Secundário Tanque Primário
Vá lvula de alívio
Verificações Condições Providências tomadas e/ou recomendadas
Elemento secante sílica-gel
Juntas vedações vazamento
Indicador de nível de óleo
Venti ladores funcionamento
Registros, radiadores
Relé de gás alarme desliga
Corrosão, pintura, vibrações
Aterramento, tanque, neutro
Buchas primária e secundária
Termômetro
Conexões
Nível do óleo
Caixa de fiação
,
Oleo isolante
Observação:
Parecer técnico e condições do equipamento.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
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7,5/ 9,375MVA
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7.5 / 9.375MVA
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LB SERVIÇOS E COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS L TOA
www.lbene rg ia.com.br
Rua Aragô iania, 153 sala 3 - Vila Barros - Guarulhos - SP - fone 2088-2072
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Assunto: DIAGRAMA UNI FILAR DE ALTA TENSÃO
Equipe Técnica: BENJAMIM BARROS - RICARDO GEDRA
Desenho: REINALDO BORELLI Escala: sem escala Folha: Única
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CUBICULO DE BAIXA TENSÃO
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PARA-RAIOS POLIMÉRICOS
CHAVE SECCIONADORA TIPO MATHEUS
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CUBICULO OE MEDIÇÃO
MEDIDOR
CONCESSIONÁRIA
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CHAVE SECCIONADORA TRIPOLAR DE ABERTURA SIMULTÂNEA
TRANSFORMADOR DE CORRENTE DA MEDIÇÃO
TRANSFORMADOR DE POTENCIAL DA MEDIÇÃO
TRANSFORMADOR DE POTENCIAL DA PROTEÇÃO - 800 VA
LEGENDA
RELÉ COMAS FUNÇÕES DA FALTA DE FASE, SUB TENSÃO, SOBRE TENSÃO E INVERSÃO DE FASE
TRANSFORMADOR DE CORRENTE DA PROTEÇÃO
RELÉ MICROPROCESSADO COM AS FUNÇÕES DE SOBRECORRENTE INSTANTÂNEA E TEMPORIZADA
RELÉ DE SOBRECORRENTE DE AÇÃO OI RETA
DISJUNTOR DE MT À VÀCUO - 15KV
BASE DE FUSÍVEL TRIPOLAR TIPO HH
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
DISJUNTOR GERAL A SECO - BT
Equipe
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8J
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CHAVE MAGNÉTICA
CHAVE SECCIONADORA TRIPOLAR
0
CHAVE SECCIONADORATRIPOLAR DOTADADE FUSÍVEL
AMPERÍMETRO
VOLTÍMETRO
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LB SERVIÇOS E COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS L TOA
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Rua Aragôiania, 107 - Vila Barros - Guarulhos - SP - fone 2088-2072
Assunlo:DIAGRAMA UNIFILAR DE MÉDIA TENSÃO
Té cnica: BENJAMIM BARROS - RICARDO GEDRA - REINALDO BORELLI
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Desenho: R8NALDO Escala: sem escala Revisão: 2 Folha: Única
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A~$unto OIAGRAl\1A UNlt=IL.AR OE ALTA TENSAO
EQUIPE TÉCNICA
BENJA1',11M BARROS· RICARDO GEDRA
0 ~$e-nho: LUIZ A. PORCIANI FDlha : Ünic<t
•
• •
Ensaio com ponte potenciométrica H & B (ou TTR)
Grupo vetorial
conf. VOE
0532/18.69
A.T.
Ul
Transformador
sob ensaio
B.T.
U2
Terminais dos transformadores
nos terminais
Hl H2 Xl X2
da ponte
Valor
medido
Dy 11
H2
H16H3
Xz
,1~X3
X1 ' o
Hl H2 Xl xo
H2 H3 X2 xo
H3 Hl X3 xo
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U2
Dy 11
H2 X?
H16H3
X1
>-x3
Hl H2 Xl X2 + X3
H2 H3 X2 X3 + Xl
H3 Hl X3 Xl + X2
Ul
0,866 X U2
Dy 11
H2
H1DH3
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X1
>-x3
Hl H2 + H3 Xl X3
H2 H3 + Hl X2 Xl
H3 Hl + H2 X3 X2
0,866 X Ul
U2
Yd 11
H2
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X2
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X3
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H2 HO X2 Xl
H3 HO X3 X2
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U2 X 1,732
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X2
H1 H3 X1
X3
Hl H2 + H3 Xl X3
H2 H3 + Hl X2 Xl
H3 Hl + H2 X3 X2
0,866 X Ul
U2
Yd 11
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H2
X2
H1 H3 X1
X3
Hl H2 Xl X2 + X3
H2 H3 X2 X3 + Xl
H3 Hl X3 Xl + X2
Ul
0,866 X U2
Yz 11
H1 Á
H2
H3
X2
~X3
o
X1
Hl H2 Xl xo
H2 H3 X2 xo
H3 Hl X3 xo
Ul X 1,732
U2
Yz 11
H2
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X2
yx3
H1 H3 X1
Hl H2 Xl X2 + X3
H2 H3 X2 X3 + Xl
H3 Hl X3 Xl + X2
Ul
0,866 X U2
Yz 11
H2
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X2
yx3
H1 H3 X1
Hl H2 + H3 Xl X3
H2 H3 + Hl X2 Xl
H3 Hl + H2 X3 X2
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H2
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X2
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Hl H2 Xl X2
H2 H3 X2 X3
H3 Hl X3 Xl
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H2
X2
H,ÁH3 ~ X, X::
Hl H2 Xl X2
H2 H3 X2 X3
H3 Hl X3 Xl
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Hl H2 Xl X2
H2 H3 X2 X3
H3 Hl X3 Xl
Ul
U2
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
Bibliografia
AES ELETROPAULO. Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão de
Subtransmissão 88/138 kV: Orientações Gerais. São Paulo: AES Eletropaulo,
2011 .
. Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Primária de Distribuição:
Instruções Gerais. São Paulo: AES Eletropaulo, 2011
--
.
. Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Primária de
--
Distribuição: Condições Gerais para Fornecimento. São Paulo: AES
Eletropau lo, 2004 .
. Comunicado Técnico 32:
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Rearme Automático de Disjuntor
Instalado em Subestação de Entrada de Energia. São Paulo: AES Eletropaulo,
2009.
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AGENCIA NACIONAL DE ENERGIA ELETRICA. Procedimento de
Distribuição (Prodist) Módulo 3: Acesso ao Sistema de Distribuição.
Brasília. ANEEL, 2012.
__ . Procedimento de Distribuição (Prodist) Módulo 5: Sistemas
de Medição. Brasília. AN EEL, 2011.
__ . Procedimento de Distribuição (Prodist) Módulo 8: Sistemas
de Medição. Brasília. ANEEL, 2014.
__ . Resolução Normativa Nº 414, de 9 de setembro de 2010:
Estabelece as Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica,
de Forma Atualizada e Consolidada. Brasília: ANEEL, 2010
__ . Resolução Nº 505, de 26 de novembro de 2001: Estabelece,
de Forma Atualizada e Consolidada, as Disposições Relativas à
Conformidade dos Níveis de Tensão de Energia Elétrica em Regime
Permanente. Brasília: AN EEL, 2001.
__ . Resolução ANEEL Nº 456, de 29 de novembro de 2000:
Estabelece, de Forma Atualizada e Consolidada, as Condições Gerais
de Forneci menta de Energia Elétrica. Brasília: AN EEL, 2000.
__ . Resolução Normativa Nº 250, de 13 de fevereiro de 2007:
Estabelece os Procedimentos para Fixação do Encargo de Responsabilidade
da Concessionária ou Permissionária de Distribuição de Energia
Elétrica, bem como para o Cálculo da Participação Financeira do Consumidor,
Referente ao Custo Necessário para Atendimento de Pedidos
de Prestação de Serviço Público de Energia Elétrica que Não se Enquadrem
nos Termos dos Incisos I e li do art. 14 da Lei Nº 10.438, de 26
de abril de 2002. Brasília: AN EEL, 2007.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
- ,
ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 6855:
Transformadores de Potencial Indutivos. Rio de Janeiro: ABNT, 2009 .
. NBR 6856: Transformador de Corrente. Rio de Janeiro: ABNT,
--
1992.
,
. NBR
--
7070: Amostragem de Gases e Oleo Mineral Isolantes
de Equipamentos Elétricos e Análise dos Gases Livres e Dissolvidos.
Rio de Janeiro: ABNT, 2006 .
. NBR 5356-1: Transformadores de Potência - Parte 1: Gene-
--
ralidades. Rio de Janeiro: ABNT, 2007.
__ . NBR 14039: Instalações Elétricas de Média Tensão de
1,0 kV a 36,2 kV. Rio de Janeiro: ABNT, 2005
CAMINHA, A. C. Introdução à Proteção dos Sistemas Elétricos. São
Paulo: Blucher, 1977.
EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. Balanço Energético Nacional
2008: Ano Base 2007. Rio de Janeiro: EPE, 2008.
FUST, J. A. F. Relés de Proteção em Média Tensão. ln: ENERSHOW
2000. São Paulo, 2000.
GOLDEMBERG, J.; VILLANUEVA, L. D. Energia, Meio Ambiente &
Desenvolvimento. 2. ed. São Paulo: Edusp, 2003.
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MINISTERIO DO TRABALHO E EMPREGO. Norma Regulamentadora
N 2 10: Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. Brasília:
MTE, 2004 .
. Norma Regulamentadora N2
--
17: Ergonomia. Brasília: MTE,
1990.
__ . Norma Regulamentadora N2 26: Sinalização de Segurança.
Brasília: MTE, 1978.
NOGUEIRA, C. A. A. Avaliação de um Sistema de Medição da Con-
,
centração de Hidrogênio Dissolvido em Oleo Isolante. 2004. Dissertação
( Mestrado em Metrologia) - Universidade Federal de Santa
Catarina. Florianópolis, 2004.
Marcas registradas
Todos os nomes registrados, marcas registradas ou direitos de uso
citados neste livro pertencem a seus respectivos proprietários.
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
,
lndice remissivo
A
ABNT 30
AES Eletropaulo 32
Alta tensão 25, 103-104, 107, 111-113
Ampola 64
ANEEL 24,27,38,47-49
ANSI 170
Arco elétrico 60
ART (Anotação de Responsabilidade
Técnica) 131
As built 47
Aterramento 114, 115
temporário 124
B
Baixa tensão 47
Bastão de manobra 110
Blindagem 54
Bobinas 66, 71-74, 86
Boias 143-144
Borne 133
Buchas ou isoladores 86
e
Cabo(s)
de alimentação 159
de alta tensão 134, 159
de distribuição subterrânea 107
de ensaio EARTH 146
de ensaio GUARO 145
de ensaio LINE 145
nu 114
secundários 32
trifásico 52
Caixa de ligações 144
Câmara 64
de extinção 139
Capacete de segurança 110
Carcaça 137, 145-147, 157-158
Carta da CPFL 42
Centrifugação 153
Chave
fusível 69
seccionadora 67, 137
Choque elétrico 109
Circuito 94
denesergizado 112
Circuitos
altaebaixa 121
do sistema elétrico 93
Civis 30, 32
Comando
automático 66
elétrico 66
manual 66
Combustão interna 17
Combustível 18
Comunicação remota 100
Comutador 154
Condutor 52
Convencional 48
Conversão de frequência 22
Corrente
alternada 22
contínua 22
elétrica 20
CPFL 41-47, 49
Cubículos 160
Curto-circuito 54, 67, 69, 84, 85, 90,
96, 109
D
Decapagem 54-56
Desligamento do
disjuntor 110
transformador 113
Detector de tensão 114
Diagrama unifilar 184-186
Disjuntor(es) 28, 31-35, 59-67, 70, 82,
85, 94-98, 120-122, 139-143, 160
a ar comprimido 61
a gás 64
a óleo 59
a sopro magnético 62
a vácuo 63
de alta tensão 66
Dispositivos
de proteção 95
isolantes 111, 112
Distribuição 93
Dual blast 62
E
Edificação em alvenaria 32
Elemento
comparador 98
de atuação 98
sensor 98
Eletropaulo 11 O
Emergência 30
Energia
elétrica 16-26
eólica 18
Enrolamento 134, 142, 145-149, 151,
156-159
Ensaio
com ponte potenciométrica 188
do óleo 152
Entrada
aérea 52
subterrânea 52
EPCs 118,128, 131
EPls 118, 128, 131
EPR 53
Equipamentos 117-118, 126-133,
136, 144
de alta tensão 32
Estações Transformadoras de
Distribuição (ETD) 24
Transmissão (ETT) 22
ms 22
Extensão da rede elétrica 26
F
Filtragem 153
Fissão nuclear 18
Fitas semicondutoras 54
Fonte de alimentação 97
Fornos 94
Fusível 31-34, 95
G
Geotérmica 19
Geração da energia elétrica 17
GE série H 18
Grupo tarifário 42
H
Hidroelétricas 16
Hipot 133
Horossazonal 48
1
,
lndice de absorção e polarização 148
Inspeção 38, 46
lnstalação(ões) 57
desenergizada 127
elétricas 30, 32
elétricas de alta tensão 93
Instrumentos de
ensaios 132
de medição 88
Isolação
do cabo de alta tensão 54
elétrica 111
Isolado 112
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição
L
Ligação
de uma subestação 38, 39
em alta tensão 47
Linha de
campo magnético 54
distribuição aérea 107
transmissão 22, 24, 26
Luva de borracha 110
M
Manga de borracha 110
Manutenção 107-108, 111-112,
117-118, 127-132, 136-137, 141,
143-154, 160
corretiva 129
de subestações 127, 129
preventiva 129
Máquina elétrica estática 70
Mecanismo do disjuntor 65
Medição da resistência de isolação
145-147
Medidor ligado 96
Megôhmetro 132
Meio ambiente 18
Microhmímetro 134
Mono blast 62
N
NBR 14039 30
Nível de óleo 80, 141
Nomenclatura para relé 164
NR-10 32,37, 103,117
Núcleo 74
o
Óleo isolante 54, 59, 75-78, 85, 139,
155, 155
Ondas costeiras 19
Operação
de emergência 117
e a manutenção de subestação 117
programada 117
p
Para-raios 28, 32-34, 57-58, 136-137
do tipo haste reta 58
do tipo válvula 58
Planejar 120
Plano de emergência 108
Polos 139
Pontos de conexão 26
Poste
de concreto 33
único 31
Potência dissipada 21
Processo de recondicionamento 153
Proteção 93-96, 98, 100
PVC 53
R
Ramal de ligação 52
Redução da corrente 21
Refrigeração 86
Relé 95-97, 100
Buchholz 84, 144
de controle seletivo 101
de gás 84
de pressão de líquido 100
de religamento automático 100
de sobrecorrente instantâneo 99
de sobretensão 100
de subtensão 99
diferencial 100
térmico do equipamento 100
térmico para máquina 100
Religamento 118, 126, 128
Reservatório 16
Resistência
de isolação 132 136-140, 144-148,
156,159,160
ôhmica dos enrolamentos 151
s
Secador de ar 80
Secagem por termovácuo 153
Secundário 120, 122, 135,142,145,
149,156,157
Segurança em instalações elétricas 103
Seletividade 93
Sequência de fase 99
Serviço de manutenção 32
Sinalizar 121
Sistema de
combustão 17
proteção 93-96
transmissão 22
Sistema elétrico de alta tensão 25
Sobreaquecimento 67, 83
Sobrecorrente 126
Solar fotovoltaica 19
Subestação 38-40,45-47, 93, 97-99,
104-105, 115, 107-109, 111-114
convencional 33-35
convencional blindada 35
da distribuidora 119
de consumidor 40, 107
primária 28, 30
simplificada blindada 33
simplificada de alvenaria 32
típica 30
T
Tanque de expansão 79
Tapete de borracha 11 O
TAPs 73
Tarifação 47
Tarifa
convencional 48
horossazonal 49
TCs 28,33-35, 96
Tensão 28-34
elétrica 22
Teor de PCB 77
Termoelétrica 18
Termômetro
de enrolamento 81, 142
do óleo 81, 139, 141-142
Testados 94
Teste(s)
da subestação 45
de rigidez dielétrica 136
TPs 28, 34-35
Trabalhador 105
Transformação da
corrente elétrica 71
energia elétrica 93
Transformador(es) 30-35, 70-90, 141
de corrente 88, 95
de corrente e medidor de energia 33
de instrumentos 156
de medição 96
de potencial 88, 95
de serviço 33
para instrumentos 95, 98
trifásicos 33
Transmissão
de energia elétrica 20
em corrente contínua 22
TIR 132,135,149
Tubulação 16
Turbina 17
a gás 18
u
Usina(s)
de ltaipu 20
nucleares 18
termoelétricas 17
V
Valores padronizados de tensão 21
Vapor 17
Via pública 36
X
XLPE 53
Editora Érica - Cabine Primária - Subestações de Alta-Tensão de Consumidor - Benjamim F. de Barros e Ricardo Luis Gedra - 4ª Edição