18.01.2024 Views

Criativa Magazine Janeiro 2024

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A partir

de 2024

o crescimento

será baseado na

competitividade que

cada região e cada país

for capaz de assegurar

num mundo cada vez

mais concorrencial e

de interdependências

estruturais.”

é que tudo corra “pelo melhor” e

sejam “gerados contextos de estabilidade”,

realça Mário Fortuna.

“Ao cenário económico de muita

incerteza junta-se um cenário

político também de grande incerteza.

Em 2024 serão realizadas

eleições em mais de 60 países

que representam metade da

população mundial, segundo informações

das Nações Unidas.

Quatro mil milhões de pessoas

poderão ir a votos em eleições

presidenciais, legislativas nacionais

e legislativas regionais.

Revistas com a Time Magazine

e o The Economist, falam do ano

com mais eleições alguma vez

registadas. O mundo político poderá

ser reconfigurado em 2024.

Este processo também nos

toca diretamente em 2024 com

eleições para a Assembleia Regional

dos Açores, para a Assembleia

da República e para

o Parlamento Europeu, se tudo

correr pelo melhor e forem gerados

contextos de estabilidade.

Quem vai governar, visto a

partir deste início do ano, é uma

grande incógnita, que traz consigo

uma grande dose de incerteza

que contamina a fluidez da

tomada de decisões de todos

os agentes económicos e particularmente

dos investidores.

O ano de 2024 pode ser o de todas

as mudanças, mas também

pode ser o da geração de um

novo contexto de estabilidade

consolidada. É incerto o desfecho

do que nos espera depois

de concluídos todos estes processos

eleitorais, fundamentais

para a consolidação da democracia

no mundo e entre nós.

O momento é, por isso, de incerteza

acrescida e de reflexão sobre o

que pode ser feito neste contexto

para minimizar o impacto dos períodos

atribulados que se adivinham

num futuro muito próximo.

A paz social, que temos gozado

quase como um dado adquirido,

afigura-se muito crítica neste

contexto difícil. Por isso, este é

um momento que nos convoca a

todos para a participação cívica

com intervenção na reflexão sobre

os assuntos que nos interessam e,

em última instância, com a participação

indispensável nos momentos

eleitorais. Agora, como sempre,

é fundamental a participação

da sociedade nos períodos políticos

que se avizinham e que muito

importarão para o nosso futuro.

Com perspetivas de cada vez

maior incerteza nas lideranças

políticas importa consolidar

as instituições que mantêm o

dia-a-dia dos setores fundamentais

da nossa economia e

da nossa sociedade. Com instituições

bem estruturadas e

resilientes teremos muito mais

probabilidade de assegurar um

futuro melhor num sistema democrático

que se ajusta com

ciclos mais curtos do que aqueles

que existiram no passado. É

uma realidade democrática que

não devemos contrariar, mas

para a qual nos devemos preparar

para que a democracia não

seja sinónimo de ineficiência e

retrocesso.

Caberá às forças políticas configurarem

as suas propostas e

prepararem a região e o país para

os novos contextos que o futuro,

seguramente, nos trará.

Costumamos dizer que a esperança

é a última a morrer. Mas, se

nada fizermos e se não participarmos

nos processos a esperança

nada resolverá porque ficaremos

apenas ao sabor daquilo que os

outros decidirem e fizerem. O futuro

pode ser incerto porque nos

trará novos contextos. Teremos

de saber participar na criação

destes novos contextos e de gerir

nestes novos contextos quando

eles existirem, com a esperança

de que a nossa participação

possa, de alguma forma, ajudar

a configurar as novas realidades

das nossas vidas.”

6 criativa magazine - janeiro 2024 criativa magazine - janeiro 2024 7

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!