Conheça um pouco mais sobre Carlos Chiti - Romi

Pela linha do tempo
Nove décadas e belas histórias para recordar
Em 10 de junho de 2004, Sr. Carlos Chiti completou 90 anos de idade. Ele,
com humildade sem igual, nunca se apoderou de qualquer feito da Romi. Falava
em nome de todos e julgava a participação conjunta como responsável pelo
magnífico parque fabril que a Romi se tornou. Confira trechos do discurso de Sr.
Carlos no auge de seus 90 anos:
“Estamos pisando um chão que era um belo canavial (...) Como foi que surgiu
este parque fantástico, que demonstra a genialidade de quem o criou? Não fui eu,
não – foram todos vocês que estão aqui e deram sua contribuição para isso (...)
Se você tem um pouco de talento, você precisa usá-lo, não só para si mesmo, mas
também para a empresa e a coletividade (...) Não se pode ficar de olhos fechados,
é preciso olhar sempre para frente, para o futuro, porque o mundo muda (...) Já
fabricamos mais de 140 mil máquinas, e atrás disso há gente trabalhando. No
mínimo, são 200 mil empregos, diretos e indiretos, criados por esta empresa (...)
O mercado cresce, a população também, e nossos produtos estão na primeira linha
da produção industrial – sem as máquinas-ferramenta, não há industrialização
(...) Estamos conscientes de que nossa atuação, nossa maneira de administrar,
de dirigir, de viver, é a certa, correta. Foi aquela que efetivamente serviu para
transformar nossa antiga oficina mecânica naquilo é hoje”.
Uma nova caminhada
Carlito, após deixar a liderança da empresa, e com um pouco mais de tempo livre,
dedicou-se a uma antiga paixão: escrever. Dom este que o acompanhou desde a adolescência,
mas que, por motivos diversos, não colocou em prática.
“Carlos Chiti escreve sem pretensões, deixa a mente flutuar tranquila e transfere tudo
para o papel sem hesitações, sem fazer nenhum reparo. Aborda um assunto e vai tecendo
as frases sem a preocupação de olhar para trás. Segue sempre em frente, conforme suas
convicções”. Depoimento de Gerson Costa, no livro “Carlos Chiti: Um legado de sabedoria”.
Mensagens
Sr. Carlos
Homem simples, muito honesto e que sempre tratava as pessoas com igualdade. Nunca se intimidou com crise e encorajava seus
companheiros. Certa vez, houve uma crise na Romi. Seu Carlos reuniu toda a chefia e comentou: “Quando começamos esta empresa
não tínhamos nem ferramenta, hoje temos tudo. Por esta razão, temos que enfrentá-la de peito erguido, pois temos tudo para sair
dessa crise”.
Temos uma passagem muito interessante na minha família em relação ao Sr. Carlos, pois ele
foi buscar a mudança no meu avô, na cidade de Rio das Pedras, SP, para trabalhar como ferreiro
na Romi. Na época não havia máquina de solda e o material tinha que ser caldeado para unir uma
peça na outra e meu avô tinha muita prática neste trabalho.
Sr. Carlos gostava muito da natureza, sempre que estava passeando pelos jardins da
Vila Romi não deixava de plantar alguma coisa. Falar da inteligência do Sr. Carlos seria
desnecessário, pois todos a conheciam. Sempre procurei imitá-lo em alguns de seus
procedimentos, principalmente no trabalho.
O que guardo no meu coração é uma de suas frases que ele fez em um discurso:
“Trabalhamos tanto que não tivemos tempo de envelhecer”. Por esta razão é que Deus o levou
sem que ele precisasse parar de trabalhar, tendo a felicidade de ser dedicado com princípio
humilde e trabalhado. Sr. Carlos, descanse em paz.
Sr. Fornazari. Ele começou na Romi aos 13 anos como office-boy e exerceu durante muito
tempo o cargo de Chefe de Segurança Patrimonial