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INFRAESTRUTURA DE TELEFONIA VOIP DO IFRN - RNP

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<strong>INFRAESTRUTURA</strong> <strong>DE</strong> <strong>TELEFONIA</strong> <strong>VOIP</strong> <strong>DO</strong> <strong>IFRN</strong><br />

RESUMO<br />

Neste texto, nós descrevemos a infraestrutura de telefonia VoIP<br />

adotada no <strong>IFRN</strong>, tal como os equipamentos e tecnologias<br />

utilizadas no projeto e as ações planejadas para o futuro.<br />

Palavras-Chave<br />

VoIP, AudioCodes, Asterisk, Sobrevivência, Máquina<br />

Virtual, Telefone IP.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Este trabalho visa apresentar a atual infraestrutura de telefonia<br />

VoIP implantada no <strong>IFRN</strong>. Baseada em equipamentos gateway<br />

VoIP AudioCodes e no IPBX Asterisk<br />

2. MOTIVA<strong>DO</strong>RES<br />

A implantação do projeto mudou toda a infraestrutura de telefonia<br />

da instituição, nesse cenário, houveram vários motivadores que<br />

abalizaram essa mudança, tais como, eliminar os custos com<br />

ligações entre os diversos câmpus do Instituto; reduzir os custos<br />

nas ligações dos câmpus para os telefones fixos da capital;<br />

eliminar custos com aluguel e manutenção de centrais telefônicas<br />

analógicas; redução nos custos com chamadas interurbanas<br />

através do projeto fone@<strong>RNP</strong>; facilitar e agilizar a comunicação<br />

interna dos servidores e setores do instituto; padronizar o plano<br />

de numeração dos ramais internos do Instituto; melhorar a<br />

gerência da telefonia; e adequação às novas tecnologias de<br />

comunicação.<br />

3. ARQUITETURA DA<br />

SOLUÇÃO<br />

3.1 Equipamentos utilizados<br />

Na solução são utilizados somente IP Phones, não sendo<br />

utilizados softphones ou equipamentos ATA. Para a interface com<br />

a PSTN são utilizados os gateway VoIP AudioCodes dos modelos<br />

MP-114 e Mediant 1000 com interface E1. O IPBX Asterisk é<br />

uma máquina virtual hospedada dentro do datacenter do <strong>IFRN</strong>.<br />

3.2 Registro dos telefones<br />

O procedimento de registro dos telefones IP é o método<br />

necessário para que o IPBX (Asterisk), ou a aplicação SAS do<br />

gateway, saiba qual é o IP do ramal que está registrado para usar a<br />

infraestrutura VoIP.<br />

Nesse procedimento, o telefone IP envia o pacote SIP REGISTER<br />

para o PROXY SIP que está configurado no telefone IP.<br />

Na nossa arquitetura, a configuração do proxy SIP nos telefones<br />

IP deve ser definida para o IP do gateway VoIP AudioCodes, na<br />

porta 5080 (porta da aplicação SAS-Stand Alone Survivability). A<br />

Carlos Eduardo Gomes do Egito<br />

<strong>IFRN</strong><br />

eduardo.egito@ifrn.edu.br<br />

aplicação SAS é configurada para entrar em funcionamento<br />

quando o proxy definido (que no nosso caso é o Asterisk), não<br />

estiver acessível, seja por falha no link, ou seja por falha no<br />

próprio servidor do Asterisk.<br />

Quando o link está operacional, os telefones IP se registram no<br />

gateway VoIP AudioCodes, o gateway repassa o registro dos<br />

telefones IP para o proxy que está configurado nele (Asterisk), e o<br />

Asterisk recebe o registro desses telefones, atualizando a sua<br />

tabela de registro, que consta com a relação do número do ramal e<br />

do IP do telefone desse ramal.<br />

Quando o link do campus ou o servidor do Asterisk fica<br />

indisponível, o gateway VoIP desse campus entra no modo de<br />

sobrevivência. Nesse modo o gateway AudioCodes efetua o<br />

registro dos telefones IP. Contudo, a aplicação de sobrevivência<br />

do gateway (SAS) não autentica os telefones IP com senha, ou<br />

seja, as senhas definidas nos telefones IP são transparentes para o<br />

gateway VoIP.<br />

3.3 Ligação entre ramais<br />

O IPBX Asterisk detém os registros de todos os ramais. Nele<br />

constará os endereços IP de todos os telefones dos campi do<br />

Instituto.<br />

Quando um usuário discar um número de um ramal válido de<br />

qualquer campus, o Asterisk irá direcionar essa ligação para o<br />

endereço IP do telefone do ramal de destino. O telefone do ramal<br />

de destino responderá à ligação diretamente ao telefone originador<br />

da chamada, fechando assim o canal de comunicação, esse canal é<br />

ponto-a-ponto, ou seja, a ligação não fica intermediada pelo<br />

servidor do Asterisk.<br />

A ligação entre ramais deve ser transparente para o usuário, ou<br />

seja, estando o link de comunicação funcionando ou não, a ligação<br />

deve chegar ao destino sendo digitados somente os números dos<br />

ramal desejado. Nesse contexto temos duas situações:<br />

Situação 1:<br />

É efetuada uma chamada entre ramais com destino a um campus<br />

que está com o link de rádio inoperante: Quando um usuário disca<br />

um número de um ramal, ele não sabe se no campus do número de<br />

destino o link de dados está funcionando ou não, isto é, essa<br />

informação deve ser transparente ao usuário.<br />

O monitoramento do link de dados fica a cargo do gateway VoIP<br />

e do Asterisk. No gateway VoIP o monitoramento é feito através<br />

de pacotes SIP OPTIONS enviados ao proxy configurado nele,<br />

conforme configuração do proxy nos gateways VoIP. Já no<br />

Asterisk, o monitoramento é feito através do parâmetro<br />

qualify=yes, inserido na configuração dos troncos, e por uma<br />

macro no dialplan do Asterisk, que verifica o status do tronco<br />

relacionado ao campus de destino, e direciona a ligação ao ramal


desejado pelo IP do telefone se o link estiver funcionando, ou para<br />

o número externo do campus via PSTN se o link estiver<br />

inoperante.<br />

Situação 2:<br />

É efetuada uma chamada entre ramais originada por um campus<br />

que está com o link de rádio inoperante: Nesse caso, a ligação é<br />

gerada no próprio campus que está sem link. Como o gateway<br />

VoIP já detectou que o proxy (Asterisk) está inacessível e já se<br />

encontra em como de sobrevivência (SAS), primeiramente ele<br />

verifica a sua tabela de registros da aplicação SAS, se o número<br />

de destino não for do mesmo campus, se não estiver na tabela, ele<br />

redirecionará a ligação para a sua aplicação SIP. A aplicação SIP,<br />

então, roteia as ligações chegadas nela para a PSTN, conforme o<br />

ramal digitado, ou seja, se o ramal de destino for um do campus<br />

Ipanguaçu, irá cair na rota definida para os ramais de destino<br />

52XX, que é o número externo do campus Ipanguaçu (84 3335-<br />

2303). A plaicação SIP envia as chamadas para a PSTN através do<br />

entroncamento FXO ou E1 instalados no próprio gateway.<br />

3.4 Chamada externa<br />

As chamadas efetuadas para números locais públicos são<br />

recebidas pelo Asterisk através do redirecionamento do SIP<br />

INVITE feito pelo gateway AudioCodes. Ao receber esse SIP<br />

INVITE, o servidor Asterisk analisa 2 aspectos: de onde foi<br />

originada a chamada; e se o originador da chamada possui<br />

permissão para efetuar chamadas. Essa análise é feita baseado no<br />

contexto em que o ramal originador da chamada se encontra.<br />

Existem 3 contextos que determinam as permissões de geração de<br />

chamadas:<br />

1. poderamal - Nesse contexto, o ramal somente pode<br />

efetuar chamadas para ramais internos da<br />

instituição;<br />

2. podelocal - Nesse contexto, o ramal pode efetuar<br />

chamadas para telefones fixos com o DDD 84;<br />

3. podecel - Nesse contexto, o ramal também pode<br />

efetuar chamadas locais para celular;<br />

4. podedddcel - Nesse contexto, o ramal pode efetuar<br />

chamadas DDD, para fixos e para celular;<br />

Se o ramal originador da chamada estiver nos contextos podelocal<br />

ou podedddcel, o Asterisk redirecionará a chamada para a<br />

aplicação SIP do gateway AudioCodes da Reitoria na porta 5060,<br />

que completará a ligação via PSTN. Se não, o Asterisk não<br />

autorizará a ligação, encerrando a mesma.<br />

Na ausência de conectividade com o IPBX Asterisk, o gateway<br />

entra em como de sobrevivência, com isso ele passa a fazer o<br />

papel de servidor de registro SIP, recebendo e tratando todos<br />

registros dos aparelhos telefônicos IP.<br />

Quando um usuário origina uma ligação com destino a um<br />

número público, o gateway recebe essa requisição (SIP INVITE)<br />

na porta onde os telefones estão registrados (5080, aplicação SAS)<br />

e manda para a PSTN através da aplicação SIP (5060), pois ele<br />

não conhece esse número e manda para o "SAS Default<br />

Gateway", na aplicação SIP a ligação é roteada para a PSTN<br />

através do entroncamento FXO ou E1 instalados no próprio<br />

gateway.<br />

3.5 Recebimento de chamada externa<br />

Ao receber uma chamada vinda da PSTN, o comportamento é<br />

diferenciado para os gateways MP-114 (que comporta até 4 FXO),<br />

e o gateway Mediant 1000 (que possui módulos para troncos E1).<br />

No gateway MP-114, a ligação recebida em uma determinada<br />

linha conectada ao gateway, é direcionada ao ramal configurado<br />

para receber ligações na porta em que a linha está fisicamente<br />

instalada.<br />

Já no gateway Mediant 1000 instalados nos campus que possuem<br />

troncos digitais E1 com funcionalidade de DDR (Discagem Direta<br />

a Ramal), a operadora já entrega para o gateway somente os 4<br />

últimos dígitos, ou seja, o ramal propriamente dito. Sendo assim, a<br />

configuração é feita somente através de roteamento encaminhando<br />

a chamada para a aplicação SAS.<br />

4. CONCLUSÃO<br />

A arquitetura implantada foi pensada para ser altamente escalável<br />

e modificável com o menor impacto com o tempo de implantação.<br />

No nosso caso a implantação da solução durou ao todo pouco<br />

mais de 6 meses.<br />

Para um futuro próximo, está planejada a integração da solução<br />

com o sistema SUAP, para que a gerência da autorização dos<br />

ramais e as estatísticas de uso e se consumo, sejam feitas através<br />

do sistema.

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