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24 Perfi l<br />
Foto: divulgação<br />
DE OLHO EM 2011 E EM 2012<br />
Sem patrocínio, ela agora batalha novos apoios<br />
fi nanceiros. “É um absurdo, num país onde a<br />
vela consegue 14 medalhas olímpicas, você ter<br />
de voltar da competição correndo atrás de patrocínio.<br />
Aqui a gente precisa provar ainda mais<br />
para conseguir apoio”, desabafa. Isabel constata<br />
que a situação de desamparo não se restringe a<br />
ela, mas também a atletas de outras modalidades,<br />
como a judoca Ketleyn Quadros, primeira<br />
medalhista olímpica individual feminina no Brasil,<br />
na categoria leve, e Natália Falavigna, que em<br />
2008 levou o taekwondo nacional à sua primeira<br />
medalha na história dos Jogos Olímpicos.<br />
“Especialmente neste ano, a crise também assustou<br />
muito. Alguns patrocínios que estavam<br />
quase certos acabaram não sendo fechados”,<br />
conta. Com isso, Isabel tem de treinar com barco<br />
e orientador físico emprestados pela Confederação<br />
Brasileira de Vela e Motor (CBVM). “O<br />
ideal é ter um treinador individual, que possa<br />
identifi car as suas difi culdades. Mas não tenho<br />
essa estrutura. Vou me virando como dá. Sinto<br />
falta de ter novamente uma rotina do nível de<br />
um atleta olímpico.”<br />
Enquanto isso não acontece, ela vai se preparando<br />
como pode para enfrentar suas primeiras<br />
competições na nova categoria. “Neste ano, o<br />
importante será correr muita regata por aqui,<br />
para pegar intimidade com o barco, que mudou<br />
completamente.” Com foco a longo prazo, Isabel<br />
quer mesmo é estar afi ada para os Jogos Pan-<br />
Americanos de 2011 e para a Olimpíada de Londres,<br />
em 2012.<br />
ESTÚDIO E PASSARELA<br />
Recém-formada em comunicação social, Isabel<br />
Swan consegue se ver, num futuro distante, como<br />
apresentadora de TV ou documentarista, áreas em<br />
que já atuou. “Fiz programas para a ESPN Brasil<br />
e Sportv. Minha formação vem dessa área, mas<br />
ainda tenho muito para desenvolver fora da mídia”,<br />
afi rma ela, que também já foi jogadora de vôlei e<br />
trabalhou como modelo dos 14 aos 18 anos, após<br />
ganhar um concurso da Elite Model.<br />
“Foi uma fase legal, principalmente porque sou<br />
muito vaidosa. Mas gosto de ter mais desafi os<br />
no dia a dia. Não que a carreira de modelo não<br />
tenha, porque não é só glamour”, diz a atleta, que<br />
foi colega de Raica Oliveira. “No esporte, esse<br />
desafi o é potencializado. Você tem que treinar<br />
diariamente e ver seu resultado melhorar a cada<br />
dia”, completa. Questionada se posaria nua, ela é<br />
rápida. “Agora, não. Ainda não consolidei minha<br />
imagem de atleta para isso. Mas não vejo problemas<br />
em levar a carreira de modelo de forma<br />
paralela.” E, modesta, acrescenta: “Quando me<br />
produzo até que fi co bem bonitinha”.