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j az[gos de urânio da região de nisa -oastelo de vide (alto alentejo) (1)

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J AZ[GOS DE URÂNIO DA REGIÃO DE NISA­<br />

-OASTELO DE VIDE (ALTO ALENTEJO) (1)<br />

POR<br />

F . LIMPO DE FA RIA e L. PINTO DE MESQUITA<br />

I:!NGE:\"HEmos DE MINAS DA JU:XTA DE ENEHGfA XUCLEAIt<br />

INTROD UÇÃO<br />

As ocorrências uraníferas reconheci<strong>da</strong>s no Alto Ale ntejo<br />

localizam se nos concelhos <strong>de</strong> Marvão, Castelo <strong>de</strong> Vi<strong>de</strong>, Nisa<br />

e Crato, numa área limitaua, a nascente, pelo rio Sever e a<br />

fronteira com a Espanh&, a norte, sensIvelmente pelo paralelo<br />

que passa pelas povoações <strong>de</strong> Póvoa e Mea<strong>da</strong>s e Nisa, a<br />

poente, por uma linha ligando Monte Claro, Arez, <strong>região</strong> <strong>de</strong><br />

Tolosa e Ald eia <strong>da</strong> Mata, e, a sul, por uma outra que, do Crato,<br />

por Alpalbão, margina pelo norte as serras <strong>de</strong> Castelo <strong>de</strong> Vi<strong>de</strong><br />

e Marvão. A á rea é sensIvelmente rectangular, com alongamento<br />

segundo E-W; me<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 40 por 20 km.<br />

Esta <strong>região</strong> uranífera prolonga-se para além <strong>da</strong> fronteira;<br />

são numerosas as mineralizações produtivas reconheci<strong>da</strong>s nas<br />

zonas espanholas raianas <strong>de</strong> Albuquerque e Cáceres.<br />

Anteriormente aos trabalhos <strong>de</strong> prospecção <strong>da</strong> J unta <strong>de</strong><br />

Energia Nuclear não havia conhecimento <strong>de</strong> qualquer ocorrência<br />

importante <strong>de</strong> minérios <strong>de</strong> <strong>urânio</strong> a sul do Tejo. No<br />

entanto, vários autores tinham citado o aparecimento <strong>de</strong> torber­<br />

(1) Comunicação apresenta<strong>da</strong> ao XXVI Cong1'esso Luso-E.panhol<br />

pa1"a o Prog/'esso elas Ciências (Porto, 19602). Este assunto será <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>mente<br />

tratado no trabalho intitulado "O distrito uranífero do Alto<br />

Alenlejo», por L. Pinto <strong>de</strong> Mesquita e F. Limpo <strong>de</strong> Faria.<br />

9 - B OL. SOCo GEOL. XIV (II'III)


123<br />

A ligação com a Serra <strong>de</strong> S. Mame<strong>de</strong> f<strong>az</strong>-se por uma<br />

série <strong>de</strong> colinas alonga<strong>da</strong>s segundo a direcção N-S. Estas<br />

colinas vão per<strong>de</strong>ndo altitu<strong>de</strong> suavemente para poente, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />


125<br />

N a zona <strong>de</strong> Nisa ocorre, nos mesmos xistos, um dique<br />

muito alterado, com disjunção esferoi<strong>da</strong>l, rico <strong>de</strong> micas, <strong>de</strong><br />

aspecto lamprofírico; a impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> obter amostras <strong>de</strong><br />

rocha sã impediu, <strong>de</strong> momento, a sua classificação.<br />

As rochas que limitam pelo sul e sueste a mancha <strong>de</strong><br />

granito hercínico po<strong>de</strong>m ser agrupa<strong>da</strong>s em duas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

distintas: as formações sedimentares do Ordovícico-Silúrico­<br />

-Devónico, e a dos granitos e granodioritos tectonizados <strong>de</strong><br />

Portalegre, com intercalações xisto-micáceas, que se esten<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong> Castelo <strong>de</strong> Vi<strong>de</strong> ao Crato.<br />

Os granitos e granodioritos tectonizados, ain<strong>da</strong> pouco<br />

conhecidos, mostram fácies <strong>de</strong> metamorfismo dinâmico intenso,<br />

com variações <strong>de</strong> granulari<strong>da</strong><strong>de</strong> acentua<strong>da</strong>s. Nem sempre é<br />

evi<strong>de</strong>nte a profun<strong>da</strong> modificação <strong>da</strong> rocha, mas são frequentes<br />

as fácies miloníticas <strong>de</strong> ortognaisses e gnaisses ocelados<br />

no interior dos protoginitos (ROMARIZ, 1957), com intensa<br />

sericitização e por vezes abun<strong>da</strong>nte silicificação. Alguns autores<br />

atribuem·lhes i<strong>da</strong><strong>de</strong> ante-ordovícica por não aparecerem<br />

metamorfiza<strong>da</strong>s as cama<strong>da</strong>s do Ordovícico com que contactam<br />

e estas últimas compreen<strong>de</strong>rem arcoses com cristais<br />

<strong>de</strong> feldspato (BIROT in JÉRÉlVlINE, 1947, p. 201; TEIXEIRA, 1960,<br />

p.2(3).<br />

As formações do Ordovícico-Silúrico-Devónico dispõem· se<br />

em estrutura sinclinal complexa, tendo o eixo <strong>da</strong>s dobras<br />

orientado na direcção NW-SE, com o interior ocupado pelos<br />

terrenos <strong>de</strong>vónicos; as formações referi<strong>da</strong>s são constituí<strong>da</strong>s<br />

por rochas gresosas, quartzíticas, xisto-gresosas, calcárias, etc.,<br />

frequentemente fossilíferaR.<br />

As assenta<strong>da</strong>s sedimentares apresentam-se bruscamente<br />

interrompi<strong>da</strong>s pelo granito hercínico, observando-se, no contacto,<br />

uma orla <strong>de</strong> intenso exomorfismo <strong>da</strong>s rochas xistentas<br />

e dos cakários. Este tacto .atesta a i<strong>da</strong><strong>de</strong> pós-<strong>de</strong>vónica <strong>da</strong><br />

granitização.


129<br />

bordo norte dos granitos hercínicos, numa faixa <strong>de</strong> um e outro<br />

lado do contacto com os xistos do Complexo xisto-grauváquico,<br />

em filões <strong>de</strong> quartzo ou zonas <strong>de</strong> esmagamento e em<br />

disseminações tanto nos xistos <strong>da</strong>quele complexo como no<br />

granito. É nesta faixa que se localizam os importantes j<strong>az</strong>i<strong>gos</strong><br />

<strong>de</strong> Nisa e do Tarabau, bem como outros que apresentam<br />

apreciáveis reservas <strong>de</strong> <strong>urânio</strong> (Mea<strong>da</strong>, Mato <strong>da</strong> Póvoa, Vale<br />

rio Sancho, La<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Roma, etc.).<br />

No interior do maciço granítico, na <strong>região</strong> <strong>de</strong> Tolosa­<br />

-Gafete, formando um núcleo afastado <strong>da</strong>quela faixa, com<br />

características distintas - veios <strong>de</strong> pecheblen<strong>da</strong> sem ganga<br />

quartzosa - , existem numerosas ocorrências uraníferas. Ali<br />

se <strong>de</strong>stacam os j<strong>az</strong>i<strong>gos</strong> <strong>de</strong> Pallleiros <strong>de</strong> Tolosa, Tolosa e Alto<br />

do Corgo, que oferecem tonelagens <strong>de</strong> certo vulto.<br />

Nos quadros que se apresentam no final <strong>de</strong>ste trabalho<br />

citam-se as diferentes ocorrências pesquisa<strong>da</strong>s e fornecem-se<br />

alguns pormenores, consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong> interesse, relativos à<br />

rocha encaixante, às associações minerais e à fase actual dos<br />

trabalhos <strong>de</strong> pesquisa.<br />

Apontam-se, em segui<strong>da</strong>, as características mais importantes<br />

dos tipos <strong>de</strong> j<strong>az</strong>i<strong>gos</strong> <strong>da</strong> <strong>região</strong> em estudo; consi<strong>de</strong>ram-se<br />

três ti pos:<br />

1) J<strong>az</strong>i<strong>gos</strong> <strong>de</strong> mineralização dissemina<strong>da</strong>;<br />

2) J<strong>az</strong>i<strong>gos</strong> <strong>de</strong> mineralização venular com pecheblen<strong>da</strong>;<br />

3) J<strong>az</strong>i<strong>gos</strong> <strong>de</strong> mineralização em filões <strong>de</strong> quartzo brecbói<strong>de</strong>.<br />

1) Mineralização dissemina<strong>da</strong><br />

Este tipo ocorre, como se disse, em xistos do Complexo<br />

xisto-grauváquico e em granito.<br />

a) Mineralização dissemina<strong>da</strong> em xistos<br />

Neste caso, a mineralização uranífera, constituí<strong>da</strong> por<br />

autunite, saleeite, bassetite, fosfuranilite e rara torbernite,<br />

ocorre em pontuações ou <strong>de</strong>lga<strong>da</strong>s películas sobre os planos<br />

<strong>de</strong> fractura dos xistos e, apenassecundàriamente, penetra ao<br />

longo <strong>da</strong>s superfícies <strong>de</strong> xistosi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, observa- se


13l<br />

os planos <strong>de</strong> fractura, mostrando niti<strong>da</strong>mente tendência para<br />

se limitar à capa superticial mais altera<strong>da</strong>, <strong>de</strong> granito tino.<br />

A orientação <strong>de</strong>sta faixa oscila entre N-S e NNE-SSW.<br />

As son<strong>da</strong>gens efectua<strong>da</strong>s revelaram a existência, em profundi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong> estruturas filonianas com produtos negros <strong>de</strong><br />

<strong>urânio</strong> associados a marcassite.<br />

2) Mineralização venular com pecheblen<strong>da</strong><br />

Este tipo é representado fun<strong>da</strong>mentalmente pelos j<strong>az</strong>i<strong>gos</strong><br />

<strong>da</strong> <strong>região</strong> <strong>de</strong> Tolosa-Gáfete. A pecheblen<strong>da</strong>, associa<strong>da</strong> a<br />

marcassite é, raramente, a quartzo criptocristalino hematitizado,<br />

preenche fracturas em faixas <strong>de</strong> cizalhamento do granito,<br />

que nunca ultrapassam alguns centímetr08 <strong>de</strong> espessura; to<strong>da</strong>via,<br />

a estrutura <strong>de</strong> cizalhamento alcança vários metros <strong>de</strong><br />

largura. A textura <strong>da</strong>s vénulas <strong>de</strong> mineralização uranífera<br />

po<strong>de</strong> ser zona<strong>da</strong> ou brechói<strong>de</strong>.<br />

Na zona <strong>de</strong> alteração a mineralização secundária <strong>de</strong> <strong>urânio</strong>,<br />

até agora i<strong>de</strong>ntitica<strong>da</strong>, é constituí<strong>da</strong> por autunite, autunite­<br />

-uronocircite, sabugalite, fosfuranilite, uranocircite, salAeite e<br />

torbernite; esta minerali2ação penetra ao longo <strong>da</strong>s fissuras<br />

e impregna mesmo o granito, quando bastante alterado, no<br />

interior <strong>da</strong> estrutura.<br />

O mmo <strong>da</strong>s estmturas é predominantemente NN E, sendo<br />

<strong>de</strong> registar, no entanto, também os mmos N e NNW; o pendor<br />

é sub-vertical e as espessuras são muito variáveis.<br />

Destacam-se pela importância 03 j<strong>az</strong>i<strong>gos</strong> <strong>de</strong> Palheiros <strong>de</strong><br />

Tolosa e Tolosa, com trabalhos mineiros <strong>de</strong> reconhecimento<br />

em curso, e o <strong>de</strong> Alto do Corgo, on<strong>de</strong> a pecheblen<strong>da</strong> começa<br />

a apareeer a 5 metros abaixo <strong>da</strong> superfície do terreno.<br />

3) Mineralização em filões <strong>de</strong> quartzo brechói<strong>de</strong><br />

Estes são constituídos fun<strong>da</strong>mentalmente por quartzo<br />

branco, maciço, que sofreu forte fracturação, com subsequente.<br />

preenchimento <strong>da</strong>s fissuras por mineralização uranífera e<br />

outras varie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> quartzo, criptocristalino e euédrico, com<br />

estmtura zona<strong>da</strong>, <strong>de</strong>nuncia<strong>da</strong> pela cristalização em capas


133<br />

dos à faixa xistenta atingi<strong>da</strong> pelo metamorfismo <strong>de</strong> contacto<br />

provocado por aquele granito.<br />

As fracturas em que se aloja a mineralização volframítica<br />

são paralelas ou quase paralelas à direcção <strong>da</strong> xistosi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>da</strong>queles xistos.<br />

Estas relações estruturais entre as fracturas dos filões<br />

quartzosos com volframite e a xistosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> série xistenta<br />

não facilitam a formação <strong>de</strong> fen<strong>da</strong>s contínuas e persistentes,<br />

traduzindo-se nas dimensões reduzi<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s lentículas que constituem<br />

aqueles filões e na sua gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>. A localização<br />

<strong>da</strong> mineralização volframítica encontra-se, pois, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

<strong>da</strong> proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> do granito pornrói<strong>de</strong> e <strong>da</strong> exislência <strong>de</strong> xistos<br />

duros e quebradiços, não penetrando nos xislos menos metamorfizados<br />

e mais brandos.<br />

Ocorrem, ain<strong>da</strong>, como se disse, filões volfrarníticos na<br />

<strong>de</strong>pendência do contacto do granito porf:irói<strong>de</strong> com o granito<br />

alcalino <strong>de</strong> granulari<strong>da</strong><strong>de</strong> média e tina . .<br />

As fracluras em que se alojaram estes filões orientam se<br />

com rumo entre NNW e vVNW, notando-se que há tendência<br />

a passar do primeiro para o último, <strong>de</strong> modo gradual, <strong>de</strong> oeste<br />

para leste. Estes filões mostram regulari<strong>da</strong><strong>de</strong> bastante maior<br />

e a orientação sugere uma <strong>de</strong>pendência <strong>da</strong> tectónica hercínica,<br />

aliás concor<strong>da</strong>nte com a estrutura <strong>da</strong> serra <strong>de</strong> S. Mame<strong>de</strong>.<br />

É <strong>de</strong> salientar que os filões quartzosos com volframile nunca<br />

apresentam texturas brechói<strong>de</strong>s.<br />

Os restantes filões mineralizados (apatite, barita-galena­<br />

-blen<strong>da</strong> e minérios <strong>de</strong> <strong>urânio</strong>) estão ligados muitas vezes a<br />

filões quarlzosos estéreis e mostram características gerais<br />

muito diferentes. Em primeiro lugar, limitam-se pràticamente<br />

às rochas graníticas, embora para norte penetrem, por vezes,<br />

nas rocbas do Complexo xisto-grauváquico e, para sul, no<br />

bordo setentrional <strong>da</strong> faixa paleozóica <strong>da</strong> serra <strong>de</strong> 8. Mame<strong>de</strong>,<br />

num e noutro caso com manifesta tendência para <strong>de</strong>saparecer<br />

ràpi<strong>da</strong>mente.<br />

O exame do mapa geológico f<strong>az</strong> ressaltar a disposição<br />

em leque dos filões em causa, com convergência para o maciço<br />

antigo <strong>de</strong> Portalegre, on<strong>de</strong> penetram profun<strong>da</strong>mente; nota-se,<br />

porém, que as mineralizações não acompanham este <strong>de</strong>sen­


138<br />

hipótese <strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> mineralizações muito jóvens, relaciona<strong>da</strong>s<br />

com a evolução tardia dos granitos hercíoicos.<br />

Os j<strong>az</strong>i<strong>gos</strong> <strong>de</strong> Nisa e Mato <strong>da</strong> Póvoa assemelham-se aos<br />

<strong>da</strong> <strong>região</strong> <strong>de</strong> Sin<strong>de</strong>-Ázere (Viseu), Cuoha Baixa (Viseu),<br />

Senhora <strong>da</strong>s Fontes (Guar<strong>da</strong>) e aos <strong>da</strong> <strong>região</strong> <strong>de</strong> Salamanca.<br />

ABSTRACT<br />

Duriog the vast program of radioactive prospection carried<br />

out by the Junta <strong>de</strong> Eoergia Nuclear (Portugal) over a large<br />

part of tbe couotry, several uraoium-ore <strong>de</strong>posits of important<br />

ecooomic vaiue have beeo discovered in Alto Alentejo regioo,<br />

io 1957. They are studied in this papel'.<br />

The ore <strong>de</strong>posits, located in Iofracambrian schists as well<br />

as io granitic rocks of Hercynian age, were grouped as follows,<br />

accordiog to their particular features:<br />

1 Dissemioated mioeralization io...lh'tf schists - at Nisa<br />

and Mato <strong>da</strong> Póvoa; •<br />

2 Disseminated mioeralization in Lhe granite -at Mea<strong>da</strong>;<br />

3 Pitchbleo<strong>de</strong> veins - at Palheiros <strong>de</strong> Tolosa, Tolosa and<br />

Alto do Corgo;<br />

4 Uraoium mineralization in quartz-sulphi<strong>de</strong> veios (with<br />

galeoa, bleo<strong>de</strong>, etc.) - at Tambau, Vale do Sanoho,<br />

La<strong>de</strong>irâ <strong>de</strong> Roma and Póvoa e Mea<strong>da</strong>s.<br />

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NOTA: Além <strong>de</strong>sta bibliografia utilizamos elementos <strong>de</strong> relatórios e<br />

estudos inéditos <strong>de</strong> F. d'Almei<strong>da</strong>, L. Pilar, A. Peres, P. Fernan<strong>de</strong>s, H. <strong>de</strong><br />

Carvalho e J. Lencastre, engenheiros <strong>de</strong> minas e geólo<strong>gos</strong> <strong>da</strong> Direcção-Geral<br />

dos Serviços <strong>de</strong> Prospecção e Exploração Mineira <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Energia<br />

Nuclear.


) Mineralização dissemina<strong>da</strong> em granito<br />

Granito monzonítico, porfirói<strong>de</strong>, <strong>de</strong> Larga zona <strong>de</strong> esmagamento for­ Autunite. Produ­ Sanjas, songrão<br />

grosseiro, <strong>de</strong> 2 micas, predo­ ma<strong>da</strong> por fracturas finas e falhas tos negros <strong>de</strong> <strong>da</strong>gens (níminantemente<br />

biotítico, com anafectando os dois tipos <strong>de</strong> granitos <strong>urânio</strong> em asso­ veis <strong>de</strong>- 20m<br />

<strong>da</strong>luzite e silimanite; granito alca­ (por vezes ferruginosas). A mi­ ciaçãocom mar­ e - 40 m) e<br />

lino, <strong>de</strong> grão fino, moscovítico, com neralização uranífera, à superfí· cassite micro­ trabalhos<br />

an<strong>da</strong>luzite. cie, está dispersa pelas fracturas cristalinapreen­ mineiros em<br />

e preferencialmente no granito chendo fractu­ início.<br />

fino. ras.<br />

d. - N -S e N 200 \V<br />

i. - 700 a 300 WSW.<br />

MEADA<br />

B - MINERALIZAÇÃO VENULAR SIMPLES<br />

Sanjas, son<strong>da</strong>gens(níveis<strong>de</strong>-<br />

40m<br />

e - 80 m) e<br />

poços com<br />

50 m.<br />

Autunite, autunite-uranocircite,<br />

sabugalite,<br />

torbernite, fosfuranilite,pecheblen<strong>da</strong>eprodutos<br />

negros <strong>de</strong><br />

<strong>urânio</strong>, pirite<br />

microcristalina<br />

e marcassite<br />

com estrutura<br />

zona<strong>da</strong>.<br />

Feixes <strong>de</strong> pequenas fracturas com<br />

enchimento ferruginoso e argiloso,<br />

correspon<strong>de</strong>ndo a uma faixa <strong>de</strong> esmagamento;<br />

raro quartzo criptomicrocristalino,<br />

hematitizado; pecheblen<strong>da</strong><br />

e marcassite em fracturas;<br />

minerais secundários ou produtos<br />

negros <strong>de</strong> <strong>urânio</strong> impregnando<br />

o granito esmagado, caulinizado,<br />

hematitizado e sericitizado.<br />

d. - N 150 a 450 E<br />

i. - sub-vertical.<br />

Granito monzonítico porfirói<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />

grão grosseiro, <strong>de</strong> 2 micas, predominantemente<br />

biotítico, por vezes<br />

an<strong>da</strong>luzítico; granito alcalino<br />

porfirói<strong>de</strong>, <strong>de</strong> grão grosseiro, moscovítico<br />

e com turmalina; granito<br />

<strong>de</strong> grão fino, com tendência aplítica,<br />

<strong>de</strong> 2 micas, an<strong>da</strong>luzítico.<br />

PALHEI­<br />

ROS DE<br />

TOLOSA


Zonas <strong>de</strong> cizalhamento com m Icro­ u ranO\.ar


c - MINERALIZAÇÃO EM FILÕES QUARTZO-BRECHÓIDES<br />

TARABAU Granito monzonítico, por vezes com F ilão <strong>de</strong> quartzo branco, estéril ; Torbernite, autu- Sanjas e SOI1forte<br />

t endência alcalina, porfirói<strong>de</strong> sist ema d e veios <strong>de</strong> quartzo branco nite, a ntunite- <strong>da</strong>gens (ní<strong>de</strong><br />

2 micas, biotítico, com an<strong>da</strong>­ e <strong>de</strong>fumado, zonado, ou d e quartzo -uranocircite, sa- veisd e _ 40m,<br />

luzite, cordierite e silimanite; criptocristalino h em atitizado; cal­ bugalite, p rová- - 80 m e<br />

granito alcalino, <strong>de</strong> grão fino, d e cedónia e opala; falha com en­ vel fosfuranilite - 120 m) .<br />

2 micas ou m oscovítico, an<strong>da</strong>lu­ chimento argiloso e limohítico. e saleeite; pirite<br />

zítico, com t urmalina; xistos q uar- Nos xistos a mineralização uraní­ calcopirite, blentzo-micáceos<br />

mosqueados, grafito- fera disp ersa·se em fracturas e <strong>da</strong> ferrífera, masos;<br />

corneana. nos planos <strong>de</strong> xist osi<strong>da</strong><strong>de</strong>. laquite e óxidos '<br />

d.-N 100 V.,I e N 100 E. <strong>de</strong> m anganésio,<br />

i. - 65° W .<br />

p rodutos negros<br />

d e <strong>urânio</strong><br />

LADEIRA Gra nito monzonít ico, porfirói<strong>de</strong>, d e B recha filonia na <strong>de</strong> quartzo bra nco / Autnnite, autuni- / Sanj as e son-<br />

DE ROMA grão grosseiro, d e 2 micas, an<strong>da</strong> lu­ e ferruginoso, quartzo <strong>de</strong>fumado, t e baritífera ura· <strong>da</strong>gens (nízitico;<br />

granito monzonítico com óxidos e hidróxidos <strong>de</strong> ferro, e nocircite, pro­ veis <strong>de</strong> - 20m<br />

tendência a alcalino, d e grão fino, quartzo criptocristalino h emati­ vável fosfura­ e - 40 m),<br />

moscovítico, com turmalina . tizado. nilite; produtos<br />

d. -N 100 W. negros <strong>de</strong> urâi.<br />

- 60°-700 WSW. nio e pirite.


TAPADA Granito porfirói<strong>de</strong>, <strong>de</strong> grão grosseiro, Brecha quártzica, com o q uar­ Tmbernite. ::;anJas<br />

DA <strong>de</strong> 2 micas. predominantemente tzo fenocristalino, <strong>de</strong>fu mado, e<br />

REPREZA biotítico. cripto·cristalino; granito esmagado,<br />

com produtos sericíticos, argilosos<br />

e limoníticos.<br />

d. - N 10° E.<br />

i. - 75° W .<br />

MACHU­ Granito <strong>de</strong> grão médio a fino, Brecha quartzo-limonítica, com Autunite e fos- I Sanjas<br />

QUlNHO moscovítico. produtos argilosos e granito esma­ furanilite.<br />

gado.<br />

d. - N 320 E.<br />

j. - 80° SE.<br />

Brecha quártzica, com quartzo Torbernite e rara I Sanjas<br />

branco, fenocristalino, quartzo fi­ autunite proloneano,<br />

por ve zes <strong>de</strong>fumado, vável.<br />

quartzo criptocristalino hematitizado<br />

(granito esmagado), com<br />

PI 0505 e<br />

fe<br />

d. ­<br />

1. ­ I<br />

MORENA Granito porfiról<strong>de</strong>, <strong>de</strong> grão grosseiro<br />

a médio, <strong>de</strong> 2 micas, predominantemente<br />

biotítico ; granito <strong>de</strong><br />

grão fino, moscovítico.<br />

BEIRÃ Granito porfirói<strong>de</strong> <strong>de</strong> grão gros- l Brecha quártzica, com quartzo lei- Torbernite, mala- I Sanjas<br />

seiro, <strong>de</strong> 2 micas. toso, <strong>de</strong>fumado, quartzo cripto- quite, crisocola<br />

cristalino e calcedónia, com limo- e óxidos <strong>de</strong><br />

nite. manganésio.<br />

d. -N 400 E.<br />

i. - 700 NW a vertical.<br />

I<br />

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