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mundo afora

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<strong>mundo</strong> <strong>afora</strong><br />

BÉLGICA<br />

na cidade de Tubize. Este é o início do percurso que<br />

os jogadores devem seguir até a seleção principal.<br />

A concepção vigente no futebol belga indica que os<br />

fundamentos técnicos devem ser assimilados entre<br />

as idades de oito e 12 anos, e que a partir desta idade<br />

os atletas passam a ser treinados em outros aspectos<br />

do jogo, como a disciplina tática.<br />

O futebol entrou na era científica desde o final do<br />

século passado, mas os procedimentos científicos<br />

restringiam-se à preparação física, e não tocavam<br />

na capacidade mental do atleta, relegada a um plano<br />

secundário. Isso, porém, está mudando. Segundo<br />

Paul Allaerts, Diretor de Esportes da Real Associação<br />

Belga de Futebol, há forte tendência em pôr ênfase<br />

no preparo mental dos jogadores, como complemento<br />

indispensável da preparação física. É sabido<br />

que atletas mentalmente treinados não perdem o<br />

controle durante a partida. Não se trata apenas de<br />

saber suportar a pressão, mas de compreender as<br />

instruções do treinador sem precisar ser admoestado<br />

a cada cinco minutos. Prova de preparo mental<br />

é a capacidade de virar um placar adverso, algo que<br />

o futebol brasileiro soube fazer em seus melhores<br />

momentos nas Copas do Mundo, em uma época por<br />

assim dizer "pré-científica" na qual valia mais a fibra<br />

do atleta do que uma preparação mental sistemática.<br />

O exemplo clássico foi dado pelo jogador Didi na<br />

final da Copa do Mundo da Suécia, em que o Brasil<br />

começou perdendo e terminou vencendo a seleção<br />

anfitriã, para conquistar seu primeiro título mundial.<br />

Diante do primeiro gol do adversário, Didi apanha<br />

a bola no fundo das redes e caminha calmamente<br />

com a ela debaixo dos braços até o meio-de-campo,<br />

como se tivesse a certeza de que o Brasil haveria de<br />

triunfar, como de fato aconteceu.<br />

Ainda segundo Paul Allaerts, o trabalho de preparação<br />

mental do atleta deve ser feito pelo próprio<br />

treinador, e não por um psicólogo. Isso levanta a<br />

questão da formação profissional que o próprio<br />

treinador deve possuir, para poder responder às<br />

exigências profissionais do futebol moderno. É consenso<br />

entre as maiores autoridades esportivas que<br />

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