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Hospital tem novo Conselho

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02<br />

Itaúna - Sábado, 21 de novembro de 2015 - Edição 1169<br />

Causus<br />

-“Óia, mãe! Óia!”- Insistia o garotinho agarrado na mão da<br />

mãe que, esbaforida e apressada, seguia rumo à Casa das Roupas<br />

do Antônio e do Murango para pagar uma prestação.<br />

-“Óia, aquele homem andando descalço em frente à banca<br />

do Turruca!” – Insistia novamente o garoto para a apressada<br />

mãe que, numa marcha batida demonstrava não prestar muita<br />

atenção, meio as dezenas de pessoas que circulavam em sua<br />

volta em plena Praça da Matriz.<br />

- “Liga não, meu filho, pois<br />

deve ser o Jalber lá de Santanense.<br />

Desde que eu me dou por<br />

gente ele já andava assim, de<br />

calça social, camisa de manga<br />

comprida e descalço”.<br />

- “Dizem que é promessa!” –<br />

Explicava a apressada mãe para<br />

o curioso garoto lá do bairro<br />

Morada Nova.<br />

Realmente ninguém sabe<br />

o porquê, mas o Jalber, filho<br />

de uma tradicional família de<br />

Santanense, de uma hora para<br />

outra passou a andar descalço.<br />

Não era só em Itaúna, pois há<br />

relatos em que ele foi visto,<br />

tanto na Avenida Afonso Pena,<br />

como na Praça da Savassi, em<br />

Belo Horizonte, trajando uma<br />

impecável calça social, camisa<br />

de linho branco e descalço. Caboclo<br />

ajeitado, bom de papo e<br />

dono de grandes tiradas, piadas<br />

e causus, ele é aceito em qualquer<br />

roda de bate papo e conversa<br />

fiada pela cidade. As suas<br />

tiradas são engraçadíssimas,<br />

como uma que o Jéferson do Zé<br />

Rosa me contou meses atrás em<br />

um velório de um velho amigo.<br />

- “Tarefa! Cê acredita que<br />

outro dia o Jalber estava passando<br />

em frente à casa de sua<br />

irmã em Itaúna, acompanhado<br />

de um empresário de Belo<br />

Horizonte, rumo ao Bar do Zé<br />

da Ramira, quando ela gritou<br />

do alpendre da bela casa: - “Ô<br />

Jalber, o almoço tá pronto, vem<br />

almoçar com a gente!” O Jalber<br />

deu uma paradinha, olhou para<br />

um lado, olhou para o outro e<br />

respondeu para todo o quarteirão<br />

ouvir: -“Obrigado, mas<br />

eu já te falei mais de mil vezes<br />

que eu não como sem carne!” E<br />

seguiu em frente acompanhado<br />

do incrédulo empresário. O causus<br />

que vou relatar ocorreu há<br />

alguns anos atrás.<br />

De família numerosa, o<br />

Jalber e seus irmãos se reúnem<br />

todos os domingos, de janeiro<br />

a janeiro, na residência de sua<br />

irmã em Itaúna para colocar a conversa em dia, contar histórias<br />

e passagens de quando moravam em Santanense, ou para jogar<br />

conversa fora, até ao entardecer de cada domingo. Falam de<br />

tudo: política, futebol e dos fatos mais recentes ocorridos em<br />

Itaúna e no Brasil, e um dos mais eloqüente é o Jalber com suas<br />

colocações engraçadas matando o pessoal de tanto rir. Num<br />

destes domingos, de uma hora para a outra, passaram a falar<br />

Faltam 77 dias para o início do carnaval oficial que cai no dia<br />

06/02/2016. O Bloco “Deu no Que Deu”, do Manoel da Zinha e<br />

do Bolão, já deu a partida com uma bela feijoada no Condomínio<br />

Charge<br />

Mêdo<br />

CARNAVAL 2016<br />

Sérgio Tarefa<br />

sobre a morte e de como cada um queria ser velado e enterrado.<br />

- “Eu quero um velório caprichado, com missa e tudo mais!”<br />

Exclamava um.<br />

- “Eu já vou até encomendar um caixão lá no Tunico Alegre!”<br />

Exclamava outro.<br />

- “Eu quero ser velado na minha casa, pois acho que o velório<br />

municipal é muito frio e aparece muito curioso só para sapiar o<br />

falecido!” Argumentava um dos irmãos.<br />

- “Deus me livre de velório<br />

em casa! Depois fica aquele ranço<br />

de defunto e aquela memória<br />

de caixão na sala por muitos e<br />

muitos anos!” – Retrucava outro.<br />

- “O meu vai ser no velório<br />

municipal, pode escrever aí!”<br />

Exclamava já um pouco exaltado<br />

um dos irmãos.<br />

- “O meu caixão vai ser de<br />

madeira maciça, bem grossa para<br />

impedir a entrada de lagartixas<br />

e escorpiões que infestam o<br />

cemitério. Vou deixar tudo por<br />

escrito” Complementava um dos<br />

irmãos. “É gente, o poder público<br />

deveria olhar com mais atenção<br />

para a limpeza do nosso cemitério<br />

pois toda vez que eu vou lá<br />

vejo centenas de lagartixas e outros<br />

bichinhos passeando sobre<br />

os túmulos e dizem que quando<br />

anoitece eles são tomados por<br />

centenas de escorpiões, daqueles<br />

amarelos, alguns com quase um<br />

palmo de tamanho!”<br />

No canto da espaçosa mesa<br />

o Jalber estava caladinho, caladinho<br />

e, fugindo ao seu estilo,<br />

não se manifestou em nenhum<br />

momento quando a empolgada<br />

conversa travada entre os irmãos<br />

tinha se descambado para o assunto<br />

morte.<br />

-“E ocê Jalber, como quer ser<br />

velado e enterrado?” Indagou um<br />

dos irmãos.<br />

-“Eu quero é ser cremado!”<br />

Exclamou em um tom sério, para<br />

surpresa de toda a família.<br />

-“Credo, Jalber! Cremado?<br />

De onde ocê tirou esta idéia?<br />

Nossos pais eram tão religiosos<br />

e com certeza eles não gostariam<br />

de ouvir isto se estivessem aqui.<br />

Eles gostariam que você tivesse<br />

um velório concorrido, onde todos<br />

pudessem con<strong>tem</strong>plar o seu<br />

semblante tranquilo repousando<br />

no caixão de fundo roxo, rodeado<br />

de flores. É isto que centenas<br />

de seus amigos gostariam de ver<br />

e não uma caixinha de cinzas da<br />

cremação sobre a mesa. De onde<br />

você tirou esta ideia?” Cobrava<br />

com um certo nervosismo uma das irmãs.<br />

- “É que, se eu falar o motivo vocês vão rir e caçoar de mim”<br />

falou cabisbaixo.<br />

- “Pode falar, Jalber! Ninguém vai rir ou caçoar de você,<br />

meu irmão!”<br />

Ainda cabisbaixo, sem muita coragem para encarar os irmãos,<br />

sussurrou: - “É que eu morro de medo de escorpião!” ..........<br />

do Paulinho, na barragem, e já <strong>tem</strong> outros eventos programados.<br />

Dos outros blocos não tenho escutado nada. O carnaval cai no<br />

início de fevereiro e o <strong>tem</strong>po vai ser curto para tantos preparativos.<br />

REPUBLICAR<br />

“Representante para todo o Brasil”<br />

O Jornal não é solidário com<br />

conceitos emitidos em matérias<br />

e colunas assinadas<br />

Telefax:<br />

(37) 3242-2363<br />

folhapovoitauna@folhapovoitauna.com<br />

Diretor Responsável<br />

Renilton Gonçalves Pacheco<br />

Sociedade Jornalística<br />

Folha do Povo Itaúna Ltda.<br />

CNPJ: 14.416.984/0001-09<br />

Insc. Est. isenta - Insc. Mun.: 2403711<br />

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Impresso por:<br />

Pemafa Gráfica Editora Ltda.<br />

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Divinópolis - MG<br />

O <strong>novo</strong> <strong>Conselho</strong><br />

do “Manoelzinho”<br />

E como anunciado na semana anterior, a Casa de Caridade Manoel Gonçalves<br />

de Sousa Moreira <strong>tem</strong> <strong>novo</strong> <strong>Conselho</strong> de Curadores. Em assembleia<br />

realizada na Capela da instituição na quinta-feira, 19, a advogada Marilda<br />

França Chaves foi eleita provedora, sendo acompanhada por Patrícia Gonçalves<br />

Nogueira e Francisco Eduardo Mourão. Os suplentes escolhidos sãos<br />

Josete Saldanha, Pedro Parreiras e Antônio Guerra. Em minha opinião, um<br />

conselho equilibrado, formado por pessoas sérias. Com as exceções de Patrícia<br />

Nogueira e Francisco Mourão, os demais não conhecem a realidade da Casa<br />

de Caridade e não têm experiência administrativa em fundações. Patrícia<br />

já foi provedora e se dedica de forma ativa e voluntariamente à instituição<br />

há algum <strong>tem</strong>po. Francisco Mourão já era curador e permanece, <strong>tem</strong> papel<br />

importante no dia-a-dia da instituição, principalmente no que se refere às<br />

obras em andamento e os planos de expansão.<br />

O que fica claro é que a família Moreira de Faria, que detinha certo controle<br />

do <strong>Conselho</strong> de Curadores e do <strong>Conselho</strong> Comunitário há alguns anos,<br />

ficou afastada do centro de decisões. E abre-se com a nova composição portas<br />

para um diálogo mais ameno e constante entre os entes que devem gerir e<br />

cuidar da saúde do itaunense. A Prefeitura e Universidade estão devidamente<br />

representadas no <strong>novo</strong> <strong>Conselho</strong> de Curadores, e isso é um passo para resolver<br />

os problemas financeiros que atormentam a Casa de Caridade e que devem<br />

ser solucionados o quanto antes, para que então fique garantido o atendimento<br />

à saúde de todos os itaunenses. O que resta agora é esperar a posse<br />

e as declarações públicas da provedora eleita, para que a cidade tenha uma<br />

noção de como o <strong>Hospital</strong> Manoel Gonçalves será gerido daqui para frente.<br />

O que interessa é que a instituição que pertence a todo itaunense, fruto de<br />

uma doação ao povo, continue prestando os serviços de atendimento à saúde<br />

como vem fazendo desde a sua fundação, em 1920. O que é preciso ficar claro<br />

é que o <strong>Hospital</strong> Manoel Gonçalves é do povo e nele esse povo <strong>tem</strong> que ser<br />

recebido de portas abertas quando precisar de socorro médico. Se mudar de<br />

rumo, o fiscal nato da fundação deve ser acionado. E continuo com a posição<br />

já colocada no editorial da semana anterior: seria salutar para a instituição<br />

mais importante para o itaunense que uma parceria com a Universidade de<br />

Itaúna fosse efetivada, mas sem que a administração fosse entregue para a<br />

mesma. E acho que, como a segunda mais importante instituição de Itaúna,<br />

a Universidade <strong>tem</strong> o dever de ajudar a comunidade, colaborando, sem pedir<br />

nada em troca, no que tange a recursos. Pode sim usufruir, utilizando o hospital<br />

como escola, mas sem interferir administrativamente. E repito também<br />

que isso não seria problema para a Fundação Universidade de Itaúna, pois<br />

a Universidade é uma máquina de fazer dinheiro. E mais, com um acordo<br />

de beneficio mútuo, por um lado a cidade e o itaunense ganhariam, pois,<br />

com os cofres abarrotados, a Universidade de Itaúna, fundada e construída<br />

pelos itaunenses, que são seus legítimos donos, passaria a prestar de verdade<br />

serviços aos mesmos, como deveria ser desde o início. Assim, recursos para<br />

o <strong>Hospital</strong> não iriam faltar.<br />

A nova composição do <strong>Conselho</strong> de Curadores, em meu ver, aproxima<br />

também a Administração Municipal da Casa de Caridade. Acordos para a<br />

gestão do Pronto Socorro Municipal podem surgir e os recursos destinados<br />

ao Cismep, que vão para outros centros, podem ficar em Itaúna. E se hoje<br />

o Pronto Socorro custa quase R$ 1,5 milhão, pode-se fazer economia, pois<br />

o <strong>Hospital</strong> já se manifestou afirmando que gere o mesmo com R$ 1 milhão.<br />

Agora, é eleger o lema União como primeira forma para tirar o <strong>Hospital</strong> das<br />

dívidas e depois buscar a melhoria dos serviços em todas as áreas da Medicina,<br />

oferecendo serviços de alta complexidade, que são os que demandam mais<br />

recursos do governo federal.<br />

Paulo Vicente de Freitas<br />

Paulinho Advogado<br />

comunica aos clientes e amigos que está retornando suas atividades<br />

de advogado. Está atendendo no seguinte endereço:<br />

Rua Capitão Vicente, 10<br />

Edifício Maria Izabel, sala 104 - Itaúna/MG<br />

Escritório de Advocacia<br />

Ana Erika da Silveira - OAB 150861<br />

José Ângelo da Silveira - OAB 38909<br />

Paulo Vicente de Freitas - OAB 30177<br />

(37) 9982 1260

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