revista iconic 15 edição Miguel Geraldi
Só temos a agradecer os inúmeros e-mail que temos recebido. Nossa última edição foi maravilhosa e temos a certeza que você vai gostar muito desta! Estamos com espaço aberto para você que queira apoiar essa nossa iniciativa. Venha fazer parte da Revista da Orquestra Sinfônica Jovem do Bixiga. Um abraço carinhoso. Marilu Gomes Editora Chefe
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Estamos com espaço aberto para você que queira apoiar essa nossa iniciativa. Venha fazer parte da Revista da Orquestra Sinfônica Jovem do Bixiga.
Um abraço carinhoso.
Marilu Gomes
Editora Chefe
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I C O N I C
S E T E M B R O E S P E C I A L 2 0 2 3 N O . 1 5
V A M O S F A L A R D E M Ú S I C A
"O canto envolve o pensamento sobre para
onde olhar, como respirar, os movimentos e a conexão entre todos esses
elementos. Ter consciência do todo é crucial. Para isso, é essencial
aprender com aqueles que vieram antes de nós, absorvendo suas
experiências e não apenas suas histórias.".
MIGUEL GERALDI
CONTATO
FALE CONOSCO
CP 1/12990000
São Paulo - SP Brasil
EDITORIAL
MARILU GOMES
Editora Chefe
MTB sob o nº 0081549/SP
REGINA P STEINER
Diretora de Conteúdo
THIAGO MORENO
Diretor Comercial
RP ASSESSORIA
Projeto Gráfico
WELCOME
Edição 2023
2a/15aEdição
Revista da Orquestra Sinfônica Jovem do Bixiga
NESTA EDIÇÃO
NÚBIA DEL SANTOS
MTB sob o nº 0081434/SP
TAMIRES NOGUEIRA
FABIANA TAVARES
JORGE GOMES
PAULA TJIRÉ
NEUSA DORETTO
COLABORADORES
Só temos a agradecer os inúmeros e-mail que temos
recebido. Nossa última edição foi maravilhosa e temos a
certeza que você vai gostar muito desta!
Estamos com espaço aberto para você que queira apoiar
essa nossa iniciativa. Venha fazer parte da Revista da
Orquestra Sinfônica Jovem do Bixiga.
Um abraço carinhoso.
NUTRIÇÃO
Dra. Adriana Abreu
VOZ E CANTO
Maude Salazar
FOTOGRAFA
Heloísa Bortz
PAUTAS AFRO
BRASIL
Kodê Magalhães
Jornalista
CHEF
Aiabacê de Omindaré
M A R I L U G O M E S
Editora Chefe
Anyway, we hope you enjoy this one.
FOTO DA CAPA
Miguel Geraldi
Foto by arquivo pessoal
SUBSCRIPTIONS
SUBSCRIBE ONLINE
https://osjbadm.wixsite.com/revistaiconic
BRAVO
APLAUDINDO QUEM
APLAUDINDO QUEM
APLAUDINDO QUEM
ESTÁ NA VIDA!
by Paula Tjiré
Uma grande artista!
Nesta edição homenageamos a atriz
Sandra Barsotti, por toda a sua
realização.
Atriz, modelo e roteirista brasileira de
cinema e televisão.
Sua extraordinária beleza logo
chamou atenção do diretor Daniel
Filho que a lançou na televisão.
Inicialmente ela seria Linda Bastos,
uma estrela de cinema, na primeira
versão de Roque Santeiro em 1975,
mas com a proibição da novela pela
censura da época, acabou estreando
em Pecado Capital, no papel de Gigi,
uma temperamental e ciumenta
modelo.
Apesar dos reveses, nunca
abandonou a carreira e será sempre
lembrada como a super gata do
cinema e a doce e inesquecível
Carolina de O Casarão. Aqui, um
pouco de sua trajetória.
SANDRA BARSOTTI
TAURINA
A natureza me inspira e
me devolve a
MODA
CONSCIENTE
@bazar&brechó
omindaré
por Jorge Gomes
ARACY DE CARVALHO
Nascimento: 5 de dezembro de 1908, Rio Negro, Paraná
Falecimento:28 de fevereiro de 2011, São Paulo, São Paulo
“A brasileira que enfrentou o nazismo”!
foi uma poliglota brasileira que prestou
serviços ao Ministério das Relações
Exteriores. Foi agraciada pelo governo de
Israel com o título de Justa entre as Nações
pela ajuda que prestou a muitos judeus a
entrarem ilegalmente no Brasil durante o
governo de Getúlio Vargas. Apenas um
outro brasileiro, Souza Dantas, foi
distinguido com este reconhecimento.
Conhecida como “O Anjo de Hamburgo",
por ter salvado da morte vários judeus
durante a Segunda Guerra Mundial.
Foi casada com o escritor João Guimarães
Rosa. Ainda na Alemanha, Aracy casou-se
com João Guimarães Rosa, à época cônsuladjunto.
Os dois permaneceram na
Alemanha até 1942, quando o governo
brasileiro rompeu relações diplomáticas
com aquele país e passou a apoiar os
Aliados da Segunda Guerra Mundial. Seu
retorno ao Brasil, porém, não foi tranquilo.
Ela e Guimarães Rosa ficaram quatro meses
sob custódia do governo alemão, até serem
trocados por diplomatas alemães. Aracy e
Guimarães Rosa casaram-se, então, no
México, por não haver ainda, no Brasil, o
divórcio. O livro de Guimarães Rosa "Grande
Sertão: Veredas", de 1956, foi dedicado a
Aracy.
Corajosa, ela conseguiu salvar a vida de
muitos e muitos judeus, livrando-os do
Holocausto. Foi assim que ela carimbou seu
nome entre os grandes heróis mundiais.
Há depoimentos que afirmam que Aracy
também usou sua influência para proteger
brasileiros perseguidos durante a Ditadura
Militar (1964-1985).
Já leu GRANDE SERTÃO; VEREDAS de
Guimarães Rosa
A obra, uma das mais importantes da literatura
brasileira, é elogiada pela linguagem e pela
originalidade de estilo presentes no relato de
Riobaldo, ex-jagunço que relembra suas lutas,
seus medos e o amor reprimido por Diadorim.
O romance “Grande Sertão: Veredas” é
considerado uma das mais significativas obras
da literatura brasileira. Publicada em 1956,
inicialmente chama atenção por sua dimensão
– mais de 600 páginas – e pela ausência de
capítulos. Abaixo, foto de Bruna Lombardi,
Diadorim na minissérie “Grande Sertão:
Veredas” (1985)
BOBÓ DE
CAMARÃO
(RECEITA)
INGREDIENTES
500g de camarão limpo e descascado
500g de mandioca descascada e cortada em pedaços
2 xícaras de leite de coco
2 colheres de sopa de azeite de dendê
1 cebola picada
2 dentes de alho picados
1 pimentão vermelho picado
2 tomates picados, sem pele e sem sementes
1 xícara de coentro ou salsinha picada
Sal e pimenta-do-reino a gosto
Suco de 1 limão
2 xícaras de caldo de peixe ou água
Pimenta malagueta a gosto (opcional)
BOBÓ DE
CAMARÃO
(RECEITA)
MODO DE PREPARO
Marine os camarões com sal, pimenta e suco de limão. Deixe de lado
por 15 minutos.
Cozinhe a mandioca em água até ficar macia, depois drene.
Faça um purê com a mandioca e o leite de coco no liquidificador.
Refogue a cebola, alho e pimentão em azeite de dendê até ficarem
dourados.
Adicione os tomates à panela e refogue por mais alguns minutos.
Adicione os camarões marinados à panela e cozinhe até ficarem
rosados.
Junte o purê de mandioca e leite de coco, o caldo de peixe ou água e a
pimenta malagueta (se usar) à panela.
Cozinhe em fogo baixo por 10-15 minutos, ajustando a consistência
com mais caldo ou água, se necessário.
Adicione o coentro ou salsinha e ajuste o tempero.
Sirva quente, acompanhado de arroz branco ou farofa.
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Saiba mais sobre
a campanha
Miguel
Geraldi
Entrevista com o Tenor Miguel Geraldi
Por Núbia Del Santos
Nesta entrevista exclusiva à Revista Iconic, Miguel compartilha sua
profunda paixão e dedicação à ópera, bem como seu respeito por
todos os grandes cantores que desbravaram o caminho do canto
lírico.
Além disso, ele nos leva a uma viagem através de sua jornada
musical, revelando momentos emocionantes e inesquecíveis
vividos nos palcos do mundo.
Fale da sua trajetória pela música
Nasci em Sorocaba, mas cresci em São José
dos Campos. Desde a infância, sempre tive
uma paixão pela música, mas nunca tive a
oportunidade de frequentar um
conservatório. Mesmo assim, fiz tudo o que
pude para aprender, incluindo o violão e
outros instrumentos. Minha família era muito
envolvida com arte; minha mãe era pintora, e
comecei a pintarquando tinha apenas 10
anos.
Concluí o ensino médio com o desejo ardente
de seguir a música. Nessa época, tive uma
professora muito influente, Marília de Souza
Grassi, cujo marido, Carlos Ortiz era cineasta.
Ela também tinha um irmão que era crítico
de música. Ela era incrivelmente culta e sabia
dos meus interesses. Foi ela quem me
introduziu ao mundo da ópera, falando sobre
grandes nomes como Maria Callas. Isso me
inspirou a comprar um disco da Maria Callas,
o que foi um desafio em São José dos
Campos, mas consegui e ouvi
incansavelmente.
Mais tarde, quando entrei na faculdade de
Arquitetura em Campinas, ainda sentia uma
forte vontade de desenvolver minha
habilidade vocal. Por meio de um contato
com a regente de coro da PUC, onde
estudava, cheguei até a Gladys Pierre, que foi
do coral lírico e cantou muito em Campinas e
região. Ela me elogiou e reconheceu meu
potencial vocal, e assim começaram minhas
aulas com ela, que duraram 8 anos.
Simultaneamente à faculdade, continuei a
estudar canto, piano e música em geral. Em
1998, venci o Concurso Carlos Gomes em
Campinas. Nesse mesmo ano, tive minha
primeira masterclass com minha segunda
professora, Neyde Thomas, a segunda
brasileira a cantar no Metropolitan e que teve
uma grande carreira na Europa.
A casa de Gladys Pierre, minha primeira
professora, se tornou um ponto de
encontro para músicos e artistas, onde
aprendi muito com os encontros.
Um ano antes de ganhar o concurso
Carlos Gomes, Gladys sugeriu que eu
começasse a estudar com Neyde, mas, na
época, as aulas não se concretizaram. No
entanto, em 1996, entrei para um grupo
de música antiga na Unicamp e comecei
a estudar com o cravista Edmundo Hora,
que também era diretor da Sociedade
Bachiana e do Coro e Orquestra Barroca
da Unicamp. Em 1998, finalmente fiz
minha primeira masterclass com a Neyde
Thomas.
Após concluir minha formação em
Arquitetura, Neide ficou impressionada
com minha voz e expressou interesse em
cuidar da minha carreira. Foi ela quem
sugeriu que eu mudasse meu nome de
Miguel Geraldo para Miguel Geraldi. Em
1999, fiz o concurso para a ópera ;La
Traviata em Florianópolis e passei,
marcando minha estreia como
protagonista.
Então, comecei a viajar constantemente
para Curitiba para as apresentações. Em
2000, surgiu a oportunidade de entrar
para a Camerata Antiqua de Curitiba, o
que me permitiu mudar para a cidade
definitivamente. Foi a primeira vez que
trabalhei profissionalmente com música
e comecei a ganhar a vida com isso.
Permaneci em Curitiba e em 2001 fiz
uma audição no Teatro Municipal de
São Paulo para "La Traviata",
sendo escolhido como protagonista.
Mantive minha conexão com Curitiba, e
em 2002, o Maestro Zaccaro me
convidou para integrar o coro do Teatro
Municipal de São Paulo. Embora minha
professora Neyde Thomas desejasse que
eu fosse para a Europa, essa
oportunidade me permitiu continuar
crescendo como músico.
Hoje, estou há 21 anos no Teatro
Municipal de São Paulo, onde tive a
oportunidade de cantar em muitos
lugares, incluindo o Teatro São Pedro em
Curitiba, Colômbia, Argentina e Itália. O
Teatro Municipal foi verdadeiramente
minha escola e me preparou para atuar
em qualquer lugar no mundo da ópera.
"O canto envolve o pensamento sobre para
onde olhar, como respirar, os movimentos e a
conexão entre todos esses elementos. Ter
consciência do todo é crucial. Para isso, é
essencial aprender com aqueles que vieram
antes de nós, absorvendo suas experiências e
não apenas suas histórias.".
Miguel Geraldi
Foto arquivo pessoal
Quais foram suas principais
influências?
Tive a oportunidade de conviver com
muitas das minhas influências ao longo da
minha jornada. Desde antes de entrar para
o coral lírico, sempre tive uma grande
curiosidade em conhecer as pessoas por
trás das histórias e realizações. Quando me
juntei ao coro, já conhecia algumas das
pessoas mais antigas que eram verdadeiras
personalidades no mundo da música.
Como você enxerga a relação dos
cantores mais jovens com o canto?
Atualmente, acredito que os cantores
mais jovens estão desconectados dos
cantores mais experientes, e isso
representa uma lacuna significativa; Não
sei se foi minha incessante curiosidade
por pesquisa, mas percebo uma falta
desse alicerce entre os cantores mais
jovens.
O coral lírico em si era um ambiente
repleto de solistas, o que o tornava único.
Para mim, era um lugar habitado por
pessoas que eu admirava profundamente.
Entre eles estavam cantores da Rádio
Gazeta e artistas que haviam se destacado
nas décadas de 50, 60 e 70, como a
talentosa Leonilde Provenzano, que por sua
vez havia convivido com outras lendas
daquela era de ouro da música.
Essa convivência me permitiu entrar em
contato com essas figuras icônicas. Sempre
tive uma afinidade especial com pessoas
mais velhas e uma sede insaciável por
pesquisar e aprender com suas
experiências. Minha curiosidade sobre as
histórias por trás das coisas sempre foi uma
parte essencial da minha jornada.
É de extrema importância que os jovens
cantores saibam, reconheçam e prestem
homenagem aos artistas que trilharam
esse caminho antes deles. Sempre
admirei profundamente essas pessoas,
alguns deles chegavam a uma idade
avançada, continuando no coral até os
70 anos, e traziam histórias
extraordinárias consigo.
Quando entrei para o coral, conheci a Diva Legruti, que também havia trabalhado na
Rádio Gazeta. Mais tarde, durante minha estadia na Itália, conheci um pesquisador
obcecado pela ópera "Anita Garibaldi", uma obrabrasileira que contava a
história de Anita e Garibaldi. Por coincidência, a Diva me contou que havia cantado na
estreia dessa ópera! Eu entrei em contato com Diva e avisei o rapaz sobre a busca pela
partitura, mas Diva me disse que não havia uma partitura escrita; o então compositor
anotava as notas em folhas soltas, e todos seguiam essas anotações. Não sei se essa
partitura foi editada desde então.
No entanto, veja o valor disso: conhecer Diva, ouvir essas histórias e fazer conexões
significativas. Então, tenho um grande desejo de registrar todas essas experiências.
Desde a infância, sempre fui um colecionador, e essa curiosidade nunca me
abandonou.
Qual conselho você dá então para essa
geração mais nova de cantores?
Uma coisa que a Neide sempre enfatizou
é a importância de estudar com alguém
que já tenha experiência no palco, um
cantor que tenha enfrentado todas as
dificuldades da carreira. Ela acreditava
que se a pessoa nunca tivesse subido ao
palco, ela não teria a capacidade de
orientar de maneira adequada.
Outro aspecto importante era prestar
atenção na professora, na respiração e nas
questões físicas do canto. Eu não
acreditava que tudo era apenas abstrato.
Quando conheci a Neyde, nossa conexão
foi instantânea, pois ela me disse algo
crucial: "Você canta com o seu
corpo." Ela tinha uma experiência
valiosa e conseguia transmitir como os
movimentos corporais influenciam a
produção vocal. Isso se devia ao fato de
que ela havia sido orientada por uma
professora russa que enfatizava a
importância de entender
conscientemente cada movimento ao
cantar, em vez de simplesmente repetir
padrões.
como respirar, os movimentos e a
conexão entre todos esses elementos.
Ter consciência do todo é crucial. Para
isso, é essencial aprender com aqueles
que vieram antes de nós, absorvendo
suas experiências e não apenas suas
histórias.
É importante ter humildade para ouvir,
aprender e absorver. Infelizmente,
percebo que algumas pessoas não têm
essa humildade e paciência necessárias.
Tive a sorte de abraçar essa mentalidade
e ter uma variedade de interesses. Tento
transmitir isso aos meus alunos que
estão abertos a isso, pois algumas
pessoas estão fechadas para novas
experiências.
Tenho a sorte de ter tido duas
professoras excelentes, o que me
permitiu construir uma base sólida.
Essa fase de formação de um cantor é
essencial. Passei 8 anos com a Gladys e
depois 12 com a Neyde, e ela me disse que
em menos de 2 anos eu havia
compreendido o que alguns levam anos
para absorver. Eu argumentava que isso se
devia ao meu esforço, mas ela insistia que
eu tinha talento.
O que sempre digo aos meus alunos é que
o canto não se trata apenas de cantar; ele
é a combinação de várias experiências na
arte. Minha formação em arquitetura me
proporcionou uma visão ampla das coisas,
pois tudo está interligado. O canto envolve
o pensamento sobre para onde olhar,
Como você compara a ópera no Brasil
em relação a outros países?
A Argentina, por exemplo, possui uma
tradição mais sólida no campo da ópera
do que o Brasil. A imigração italiana
também teve um impacto significativo na
Argentina. Lá, eles mantinham teatros
populares, como o Teatro Marconi, onde o
público participava ativamente, inclusive
cantando no coro. Se faltasse algum
cantor, qualquer pessoa poderia ser
escolhida para preencher o lugar vago. Era
uma situação muito peculiar.
Embora o Teatro Marconi tenha sido
demolido, a Argentina tinha vários outros
teatros operando simultaneamente,
frequentemente com óperas e
companhias internacionais.
Naquela época, quando as companhias
visitavam a América do Sul, sempre
faziam paradas no Rio de Janeiro, Buenos
Aires e Uruguai. Os argentinos têm uma
tradição mais sólida em ópera do que nós
no Brasil. No meu ponto de vista, o
problema no Brasil é que o mercado é
restrito, com poucas produções, apesar de
termos Manaus, Rio de Janeiro e São
Paulo. Há poucas oportunidades para a
quantidade de cantores disponíveis.
Além disso, como mencionei antes, a
questão da formação é essencial. Não
adianta querer iniciar uma carreira de
canto se o instrumento vocal não estiver
devidamente preparado. Há uma carência
de qualidade no ensino do canto. A falta
de professores qualificados é grande, pois
muitos dos grandes mestres estão
falecendo, deixando lacunas na
transmissão do conhecimento. É crucial
valorizar o que os outros têm a ensinar.
Hoje em dia, com a internet, é mais fácil
acessar informações, mas isso pode ser
confuso. Muitas pessoas acreditam que
estão prontas, quando na verdade não
estão. Sempre enfatizo que elogios não
servem para nada, a não ser quando vêm
de um professor, pois eles dirão a
verdade. Elogios do público podem
parecer maravilhosos, mas não refletem
necessariamente a realidade. Ter
autocrítica é fundamental, mas sem
uma formação adequada, é fácil se iludir
.
Em que momento a sua carreira está
hoje e quais foram os momentos mais
emocionantes da sua trajetória?
Minha jornada musical continua, e estou
sempre estudando e fazendo audições
para explorar novos repertórios, à
medida que minha voz amadurece.
Sinto que preciso me adaptar e estou
me preparando para novos desafios, mas
já sinto aquela ansiedade de antes.
Continuo trabalhando no Teatro
Municipal e dando aulas, e ver o
progresso dos meus alunos é
gratificante. Também tenho meu ateliê,
onde faço restauração de obras de arte.
Em relação a momentos emocionantes
e inesquecíveis, todos os papéis de ópera
que interpretei foram especiais para
mim, pois valorizo muito o encontro
com o público e a troca de experiências.
Lembro-me de uma ocasião em que fui
fazer a ópera “Turandot” na Itália e
enfrentei desafios devido ao frio. Acabei
ficando doente, sofrendo com bronquite
e sinusite e então tive medo que a
minha voz falhasse em um momento
tão crucial.
Decidi compartilhar minha situação com uma pianista que estava auxiliando nos
bastidores. Ela me surpreendeu com palavras de encorajamento:; “Não se preocupe. Eu
tive a oportunidade de estudar como renomado professor de música de câmara de
Viena. Posso dizer que seu fraseado é perfeito, e é evidente que a maneira como você
canta é a coisa mais importante para você”.
Assim, decidi seguir em frente e subir no palco mesmo não estando em plena forma.
Mesmo doente, dei o meu máximo e me entreguei à performance de corpo e alma.
Para mim, o momento de estar no palco é uma experiência muito preciosa. Parece que
tudo ao meu redor desaparece, e sou imerso em uma sensação indescritível de conexão
com a música. É uma experiência
que transcende qualquer outra atividade que eu possa realizar, e me sinto privilegiado
por vivenciá-la.
Morria na teia
Neusa Doretto
@neusa_doretto
Depois
De
Tu
do
Amor
Eu
Chupava o veneno da veia
E
Arte
em
ação!
CURSOS COM
CERTIFICADO:
MEDITE, SE HARMONIZE
PROGRAMA
MAUDE SALAZAR
Reprises na Rádio Omindaré
WWW.RADIOOMINDARE.COM.BR
C U I D E , A C O L H A E A M E !
Não abandone quem te ama e
jamais irá te abandonar!
Pela vida Vegetariana!
S e v o c ê v e r u m a a n i m a l z i n h o s e n d o m a l t r a t a d o ,
d e n u n c i e !
DENUNCIE MAUS TRATOS!
Procure e informe -se nas ONGs que ajudam !
Em São Paulo, poderá fazer a denúncia no DEPA
http://www.ssp.sp.gov.br/depa
5 DE SETEMBRO
HOJE É DIA DA
AMAZÔNIA
" O Corpo "
Poesia
Falada
Quando chupo uma manga ou descasco uma mexerica, faço uma reverência a
minha sede e a minha fome.
Um agradecimento ao meu paladar, língua abençoada e longa, transporte dos
meus prazeres , do alimento ao amor ,
da fruta ao beijo.
O corpo é uma festa.
Tudo nele é alegria.
Os ouvidos são o deleite para doces palavras e canções íntimas, sussurros de
amor.
Abençoado corpo que toca e é tocado,que ama e é amado.
O corpo é uma festa.
Uma vez ou outra,durante o tempo que você dura, o corpo também é um
guerreiro .
Luta para que você dure mais, ataca doenças,levanta de tombos,estanca o sangue.
Mas cicatriza.
E continua a festa.
Dê alegria a ele.
Pule, corra,dance!
Tome sol no quintal, na janela,na calçada, dê um jeito.
O corpo é você.
E o sol brilha todos os dias.
Neusa Doretto
Instagram : leituras dramáticas
@neusa_doretto
R P
A S S E S S O R I A
Tire seu livro da gaveta, do pendrive, do
computador
Nossas edições serão de autores que tenham
obras relacionadas a Música, Canto, Voz, Ópera,
Dança, Fotografia e Coletânea de peças teatrais.
saiba mais acessando:
https://www.institutoomindare.org.br/editora
CAFÉ
ligando...
Acordar
pra vida
Continuar
dormindo
Sintomas da
Ansiedade
Irritabilidade
Aumento da
frequência cardíaca
Sensação de cansaço
ou fadiga constante
Preocupação
excessiva e constante
A história da Cachaça
Por Fabiana Tavares
"A história da cachaça começou no século
XVI, durante a colonização portuguesa. A
criação da bebida inicialmente se deu por
meio da destilação do melaço não
cristalizado, e depois passou a ser produzida
do próprio caldo da cana-de-açúcar. A
produção dessa aguardente foi uma forma
de reaproveitar o melaço que não se
cristalizava.
A cachaça era uma bebida muito utilizada
na alimentação dos escravizados, sendo
também consumida pelas camadas mais
pobres da sociedade colonial. Essa
aguardente era usada como mercadoria
para escambo nos mercados de escravos na
África. Portugal chegou a proibir a produção
de cachaça no século XVII, tamanha
popularidade."
"A cachaça tem sua história diretamente
relacionada com a colonização portuguesa
do Brasil e a produção de açúcar. O cultivo da
cana para a produção do açúcar foi
introduzido no Brasil na década de 1530, pois,
segundo as historiadoras Lilia Schwarcz e
Heloísa Starling, as primeiras mudas de canade-açúcar
chegaram a nosso país em 1532,
sendo plantadas em São Vicente".
"A introdução da cana-de-açúcar no Brasil foi
parte da estratégia traçada por Portugal para
desenvolver uma atividade econômica na
colônia. Como não haviam sido descobertos
metais preciosos, o comércio de especiarias
estava decadente e as terras portuguesas na
América eram constantemente invadidas
pelos franceses, a Coroa portuguesa decidiu
implantar a produção do açúcar para
incentivar a ocupação do Brasil."
"O açúcar era produzido pelos portugueses
nos engenhos, e os primeiros engenhos se
estabeleceram inicialmente em São Vicente,
ainda no ano de 1532. A produção do açúcar
se consolidou como a principal atividade
econômica do Brasil até o final do século XVII,
e a sociedade colonial se desenvolveu em
torno dela.
"A escolha do açúcar se deu porque era uma
mercadoria valiosa no mercado europeu, com
grande retorno financeiro; Portugal tinha
experiência com a produção açucareira, pois o
cultivo do açúcar havia sido introduzido na
Península Ibérica durante o período da
ocupação muçulmana, além de Portugal ter
introduzido essa produção em Açores e
Madeira; por fim, o solo e o clima do Brasil
eram propícios ao cultivo da cana-de-açúcar."
De certa forma podemos dizer
que a história da cachaça
começa quando os
portugueses trouxeram ao
Brasil a cana-de-açúcar e as
técnicas de destilação. Em
1502, as primeiras mudas de
cana chegaram ao Brasil,
trazidas por Gonçalo Coelho.
Em Pernambuco, entre 1516 e
1526, o primeiro engenho de
açúcar foi instalado na feitoria
de Itamaracá. Nas primeiras
décadas de presença
portuguesa, o número de
engenhos no Brasil se
multiplicou rapidamente.
Em 1585 existiam 192 engenhos
de açúcar no país; alguns anos
depois, em 1629, já eram 349
engenhos em atividade.
Algumas hipóteses apontam
versões mais assertivas sobre as
possíveis origens da primeira
aguardente brasileira.
Depois dos séculos XVI e XVII, em que houve
significativa multiplicação dos alambiques nos
engenhos de São Paulo e Pernambuco, a
cachaça se espalhou pelo Rio de Janeiro e
Minas Gerais devido à descoberta do ouro e
pedras preciosas. Durante o século XVIII a
economia do açúcar entra em decadência e
passa então a ser substituída pela extração de
ouro em Minas Gerais. No início da migração
para Minas, as cachaças brancas (puras) eram
colocadas em barris de madeira para serem
transportadas até Minas Gerais.
Em 1922, em São Paulo, é realizada a Semana
de Arte Moderna, onde Mário de Andrade, um
dos seus maiores expoentes, dedica um estudo
chamado Os Eufemismos da Cachaça. No
decorrer do século XX, outros importantes
intelectuais como Luís da Câmera Cascudo,
Gilberto Freire e Mário Souto Maior, estudaram a
importância cultural, econômica e história para
o Brasil.
Rádio
Omindaré
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VIVA A VOZ DO ARTISTA
AO VIVO
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MEDITE, SE HARMONIZE
e reprise durante a semana
Economia criativa criará 1 milhão de
novos empregos até 2030, aponta
CNI
por Fabiana Tavares
Um em cada quatro novos empregos
criados nos próximos anos deverá ser em
setores e ocupações da economia
criativa.
Segundo levantamento feito pelo
Observatório Nacional da Indústria,
núcleo de inteligência e análise de dados
da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), até 2030, cerca de 8,4 milhões de
trabalhadores vão estar empregados em
atividades artísticas, gastronômicas,
moda, design, inteligência artificial,
música, audiovisual, entre outras.
A estimativa é que 1 milhão de vagas
sejam criadas nessas áreas até 2030. Para
o gerente-executivo do Observatório,
Márcio Guerra, as perspectivas são boas,
mas é preciso estar atento aos desafios
impostos para a transformação digital da
indústria criativa.
“Quem quiser crescer e acessar os mercados globais
precisa investir em qualificação de habilidades relacionadas
à pesquisa de mercado, marketing e branding, design de
sites, logística, pagamentos, marketing digital e
atendimento ao cliente, por exemplo”,
aponta.I
Além disso, há tecnologias da indústria
4.0 que se revelam oportunidades para a
economia criativa e se mostram
ferramentas importantes para
potencializar a produção, os resultados e
a competitividade das empresas.
O uso de inteligência artificial aliada à
automação, por exemplo, pode servir
para acelerar processos criativos. Já a
impressão 3D pode ser aplicada ao
artesanato, e é possível até mesmo o uso
de realidade aumentada em desfiles de
moda e blockchain na certificação de
originalidade de obras de arte.
Atualmente, a economia criativa
representa 3,11% do PIB brasileiro e
emprega 7,4 milhões de trabalhadores no
país, segundo dados da Pnad Contínua
para o quarto trimestre de 2022. A maior
parte está nas áreas de publicidade e
tecnologia da informação.
Segundo análise do Observatório, os
profissionais da economia criativa têm,
em média, 1,8 ano de estudo a mais e
recebem salário 50% maior do que o dos
profissionais de outras áreas. O salário
médio do profissional da economia
criativa é de R$ 4.018, enquanto o dos
demais setores é de R$ 2.691.
Perfil da economia criativa
Estabelecimentos de economia criativa
no Brasil
• Microempresas: 86.917
• Pequenas empresas: 24.381
• Médias empresas: 5.471
• Grandes empresas: 353
Por região
• Sudeste: 56.222
• Sul: 31.643
• Nordeste: 16.880
• Centro-Oeste: 9.438
• Norte: 2.939
Por categoria
• Moda: 45.874
• Publicidade e serviços empresariais:
20.871
• Serviços de tecnologia da informação:
11.712
• Desenvolvimento de software e jogos
digitais: 9.771
• Atividades artesanais: 8.398
Setores que devem liderar a criação de
empregos
• Publicidade e serviços empresariais
• Desenvolvimento de softwares e
serviços de TI
• Arquitetura
• Cinema, rádio e TV
• Design
Ocupações com o maior potencial de
emprego
• Publicitário e afins
• Trabalhadores das áreas da tecnologia
da informação
• Desenvolvedores
• Trabalhadores da área da moda
• Desenhistas, artesão e afins
É simplesmente natural.
LINHA DE SHAMPOO EM BARRA
Temos para todos os tipos de cabelos!
Tudo natural significa que é bom
para você e para o planeta
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DOR
BY OMINDARÉ
Está com dor? Escute ela...
Toda dor, tem um fundo muito
especial.
Hoje a minha é no ouvido,na nuca,
nas costas e na cabeça.
E percebi que estou ouvindo o que
não quero, me sinto traída e não
quero pensar.
Estou me perdoando, e me
agradecendo.
Realmente o outro não tem a menor
importância para mim, sua opiniões
não tem o menor peso na minha
vida, eu devo ouvir mas não
absorver!
Eu me amo
Todo está bem comigo.
Tudo o que eu ouço é bom
Omindaré
http://soundingstones.wixsite.com/eevo
YABASSÉ
DE
OMINDARÉ
A Receita desta edição será
CARURU
Por um período teremos nesta
seção convidados e convidadas
especiais que irão apresentar
seus pratos preferidos, e
escolhemos a Yabassé de
Omindaré para dar uma dica de
um CARURU pra lá de especial,
que poderá ser o prato do dia
das mães! O que acha?
Yabassé - é a responsável pelo
preparo dos alimentos sagrados
no candomblé. Todos os
iniciados podem auxiliá-la,
sendo ela a responsável por
qualquer falha eventual. Ela
deve estar em todos os eventos
do terreiro, já que é ela quem
prepara toda a comida sagrada.
Modo de Preparo:
O caruru é uma típica comida de
origem africana, um símbolo dessa
culinária tão rica que se concentra,
principalmente, no estado da Bahia, na
tradicional culinária baiana.
Com uma mistura de sabores
marcantes como os do dendê, do
amendoim e do camarão seco, ele é
muito mais do que um simples
refogado de quiabo.
1. Coloque em uma panela o quiabo
picado.
2. Bata 50 g de camarão no liquidificador
com meia xícara de água e peneire.
3. O restante do camarão coloque na
panela com o quiabo e meio limão
espremido.
4. No liquidificador, bata o caldo do
camarão, a cebola cortada em quatro
partes, o leite de coco e o amendoim.
5. Bata bem.
6. Verifique o sal.
7. Em seguida, coloque na panela que
está o quiabo o conteúdo do
liquidificador.
8. Ligue o fogo médio e adicione o azeite
de dendê e os camarões restantes
9. Mexa com uma colher de pau por uns
25 minutos
dica: utilize copo de vidro no liquidificador
Ingredientes
CARURU
1 kg de quiabo picadinho
250 ml de leite de coco
100 g de amendoim torrado e sem
casca
2 cebola pequenas
100 g de camarão seco
1/2 limão
1/2 xícara de (chá) de azeite de
dendê
Sal a gosto
site: vitrine.elo7.com.br/quitandadeomindare
Madam
C.J. Walker
Empreendedora, Milionária
Autodidata, Ativista
23 de dezembro de 1867 - 25 de maio de 1919
Madam CJ Walker (nascida Sarah Breedlove) é a primeira mulher
milionária autodidata da América. Ela desenvolveu produtos de
cuidados para o cabelo e capacitou suas vendedoras a se
tornarem economicamente independentes. Como uma filantropa
e ativista, ela usou sua riqueza e influência para apoiar
organizações afro-americanas e suas causas.
Você sabia?
Depois de sofrer com queda de cabelo, ela inventou um produto eficaz para o crescimento de
cabelo, o qual ela depois vendeu de porta em porta. A partir de apenas $1,50, ela foi capaz
de construir um negócio milionário através de marketing inovador e um senso empresarial
inato.
Ela desenvolveu o "Sistema Walker," enfatizando que a higiene e a beleza andam juntas.
A partir de produtos para cabelos, sua empresa se aventurou a colocar salões em
locais privilegiados, escolas de treinamento e uma fábrica de última geração.
Além fazer doações, ela também participou de algumas das causas que apoiou. Ela ajudou
a organizar um protesto contra o massacre de afro-americanos em uma manifestação.
Mais tarde, ela também pressionou para fazer do linchamento um crime federal.
https://www.nps.gov/articles/000/madam-c-j-walker-african-american-millionaire-philanthropist-activist.htm
https://www.pbs.org/wnet/african-americans-many-rivers-to-cross/history/100-amazing-facts/madam-walkerthe-first-black-american-woman-to-be-a-self-made-millionaire/
A música indígena
por Jorge Gomes
O ritmo geral é binário ou ternário e, às vezes,
alternam-se em um mesmo verso. Em síntese,
a música indígena envolve danças rítmicas,
sobretudo nos festejos religiosos. Os sons da
natureza se fazem presentes na música
indígena que, por sua vez, procurava
mimetizar os sons de aves e de animais
silvestres.
Muitos instrumentos de sopro e de percussão
tiveram início nas flautas nativas dos índios e
nos chocalhos que conseguiam criar ritmos
percussivos. Além disso, apitos e tambores
também sempre foram muito usados pelos
indígenas.
A música indígena brasileira é parte do vasto
universo cultural dos povos indígenas que
habitaram e ainda habitam o Brasil.
A música para o indígena é algo muito
importante, devido a todo o seu peso social e
ritual. Ela está presente nas diversas
manifestações culturais e sociais de cada etnia,
fazendo parte dos rituais de magia,
socialização, contato direto com os ancestrais e
cura; bem como, presente em festas
comemorativas, podendo ser vista como uma
linguagem diferenciada, pois a partir da música
podemos saber se uma tribo está em guerra,
em um ritual para os deuses ou em alguma
outra manifestação cultural distinta.
A música tem um papel de destaque nas tribos
indígenas brasileiras, por meio dela, preservam
grande parte de suas memórias e tradições. Há,
predominantemente, o uso de poucas notas e
quase nenhuma variedade de andamento
durante a sua execução. O ritmo geral é binário
ou ternário e, às vezes, alternam-se em um
mesmo verso.
Em síntese, a música indígena envolve danças
rítmicas, sobretudo nos festejos religiosos. Os
sons da natureza se fazem presentes na música
indígena que, por sua vez, procurava mimetizar
os sons de aves e de animais silvestres. A fusão
entre música e dança é uma forma de
celebração e culto de suas próprias crenças. A
música promove a ligação com os ancestrais,
especialmente na prática do exorcismo, da
magia e da cura.
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I Festival Literário do MST
Escrevivências Sem Terra:
luta e construção
Particite acessando o link abaixo:
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começar
“Shanah tovah u'metuka”
por Kodê Magalhães
É com esse desejo traduzido em
forma de saudação que judeus do
mundo inteiro deverão começar o
Rosh Hashaná, o Ano-Novo judaico,
que acontecerá do pôr do sol do dia
15 até o do dia 17 de setembro de
2023. E é o ano 5784.
Rosh Hashaná marca não apenas o
início do Ano Novo judaico – é
também o início dos grandes dias
sagrados. É celebrado com orações,
refeições festivas e alegres toques
do shofar, uma trompa cujo som se
acredita ser um chamado ao
arrependimento do pecado.
Comida, som, oração, reflexão,
celebração. Os judeus de todo o
mundo em breve desejarão um ao
outro “Shanah tovah” (hebraico
para “bom ano”) durante o Rosh
Hashaná, o Ano Novo judaico.
O povo judeu dá as boas-vindas ao
ano novo em setembro ou outubro,
não em janeiro, em observância ao
calendário hebreu lunisolar. Rosh
Hashaná começa no primeiro dia de
Tishri, o primeiro mês do ano civil
do calendário e o sétimo mês do
ano religioso.
começar
Rosh Hashaná é uma chance não
apenas de celebrar e olhar para
frente, mas de considerar o
passado e rever o relacionamento
com Deus. Também marca o
primeiro dia de um período
conhecido como os Dez Dias de
Temor, ou Dias de
Arrependimento, durante o qual as
ações de uma pessoa são
consideradas capazes de
influenciar tanto o julgamento de
Deus quanto o plano de Deus para
essa pessoa. Esses dias sagrados
culminam no Yom Kippur, um
tempo de expiação que é
considerado o dia mais sagrado do
ano.
Embora o feriado seja celebrado há
milhares de anos, suas origens são
obscuras. A escritura judaica
estabelece o mês e os dias de um
festival semelhante, mas não o
chama de Rosh Hashaná. Na
passagem bíblica Levítico 23:24-25,
Deus diz a Moisés que o povo de
Israel deveria observar o primeiro
dia do sétimo mês como um dia de
descanso e marcá-lo com o toque
de chifres.
Em algum momento, o feriado
tornou-se associado ao ano novo. A
primeira referência a Rosh
Hashaná em um texto rabínico
vem da Mishná, um texto legal
judaico que data de 200 d.C.
Na preparação para Rosh Hashaná,
o shofar – uma trombeta feita de
chifre de carneiro ou animal kosher
– é tocado regularmente nas
sinagogas. O feriado em si é
comemorado com ainda mais
sopros de shofar, geralmente 100
durante os cultos em ambos os
dias. Muitos judeus interpretam o
som como um chamado para se
arrepender dos pecados e buscar o
perdão de Deus.
Rosh Hashaná tem seus próprios
alimentos simbólicos: chalá
redonda, maçãs e mel.
Simbolizando Deus, os ciclos do ano
e o sustento que está por vir, um
pão chalá arredondado, muitas
vezes cravejado de passas,
geralmente é mergulhado em mel e
comido em uma refeição
comemorativa.
Assim são as maçãs, que
representam a esperança de um
ano doce pela frente. Acredita-se
que a tradição de comer maçãs no
Rosh Hashaná tenha se originado
com judeus ashkenazi na Europa,
que usavam a fruta do outono em
suas refeições de ano novo.
Lux Tenório e Fab Canne integrantes do elenco do Documentário
“UM OLHAR TRANSVERSAL” - Dir. Regina P Steiner