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papelaria e, por conseguinte, à proliferação de acessórios como tinteiros,<br />

porta-canetas, caixas para papel, pesos de papel, entre outros.<br />

Dentro desse contexto, a ideia da fabricação de pesos de papel se pro-<br />

pagou rapidamente nas fábricas de cristal na França. Isso no mesmo ano<br />

da realização da exposição de Viena. A Saint-Louis, a mais antiga cristale-<br />

ria francesa, saiu na frente e começou a sua produção em 1845. No ano<br />

seguinte seria a vez da Baccarat. Apesar da grande produção da Clichy, os<br />

exemplares existentes são raros. Mas há um que traz gravado “A escada de<br />

cristal 1845”, o que leva a crer que essa empresa também tenha começado<br />

a produzir pesos de papel naquele ano. O fato é que a Clichy se expandiu<br />

comercialmente com esse novo produto.<br />

A popularidade dos pesos de papel levou as cristalerias à criação de obje-<br />

tos utilitários ou de decoração usando a mesma técnica. Ou seja, a incrusta-<br />

ção no vidro de tubos policromáticos formando desenhos variados. A Clichy<br />

se destacou na produção de tais objetos, notáveis tanto pela delicadeza da<br />

decoração como pela qualidade das cores. E, por unanimidade, suas pinhas<br />

com motivos millefiori foram consideradas os mais belos exemplares no estilo.<br />

Se a técnica de fabricação do peso de papel é muito próxima à da pro-<br />

dução de uma pinha, há sutis diferenças. A principal é a busca por uma<br />

perfeita forma esférica. A composição da decoração interior das pinhas é<br />

mais curvada que a dos pesos de papel, e na segunda fase de sua produção,<br />

a partir de 1860, sua forma redonda foi sendo mais e mais aprimorada.<br />

No processo de elaboração de uma pinha, a esfera, depois de pronta,<br />

é selada a uma base de cristal ou bronze. Em seguida, é soldada a um pé<br />

em forma de diabolo que tem em sua superfície uma rosca para fixação à<br />

borda do corrimão. E eis que surgiam belas, altivas e luminosas prontas para<br />

ornar as extremidades do corrimão das escadas. Elas reinaram nas casas<br />

durante o século XIX e sua finalidade era unicamente decorativa. Pouco<br />

a pouco foram deixando seu lugar de origem, pois o fausto das grandes<br />

construções deu lugar a imóveis de proporções mais modestas. Como po-<br />

diam ser facilmente retiradas, as pinhas passaram a ocupar um novo lugar<br />

de destaque. Desta vez, as prateleiras das estantes ou sobre algum móvel<br />

importante da casa. A função decorativa permaneceu, mas agora expostas<br />

como verdadeiras obras de arte.<br />

Por isso mesmo, tornaram-se objeto do desejo de olhares apurados que<br />

perceberam que essas peças adoráveis, com sua multiplicidade de cores<br />

e materiais, formariam belas coleções e permaneceriam, atravessando o<br />

tempo, majestosas como sempre foram. •<br />

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