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la problématique identitaire dans les soleils des indépendances de

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – UFSC<br />

CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO – CCE<br />

DEPARTAMENTO DE LÍNGUA E LITERATURA ESTRANGEIRAS – DLLE<br />

LETRAS – LÍNGUA E LITERATURA FRANCESAS<br />

TAIANE SANTI MARTINS<br />

LA PROBLÉMATIQUE IDENTITAIRE DANS LES SOLEILS DES<br />

INDÉPENDANCES DE AHMADOU KOUROUMA<br />

Florianópolis, SC<br />

2011


TAIANE SANTI MARTINS<br />

LA PROBLÉMATIQUE IDENTITAIRE DANS LES SOLEILS DES<br />

INDÉPENDANCES DE AHMADOU KOUROUMA<br />

Travail <strong>de</strong> conclusion <strong>de</strong><br />

cours présenté pour<br />

l'obtention du diplôme <strong>de</strong><br />

« Bacharel em Letras -<br />

Língua e Literatura<br />

Francesas na Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina –<br />

UFSC », sous <strong>la</strong> direction <strong>de</strong><br />

Mme. Le Professeur Luciana<br />

Rassier.<br />

Florianópolis, SC<br />

2011


TAIANE SANTI MARTINS<br />

LA PROBLÉMATIQUE IDENTITAIRE DANS LES SOLEILS DES<br />

INDÉPENDANCES DE AHMADOU KOUROUMA<br />

Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do<br />

título <strong>de</strong> Bacharel em Letras – Língua e Literatura Francesas.<br />

Florianópolis, 07 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2011.<br />

______________________________<br />

Prof. Dr. André Berri.<br />

Coor<strong>de</strong>nador do Curso<br />

Banca Examinadora:<br />

______________________________<br />

Profª. Drª. Luciana Rassier.<br />

(Orientadora)<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina<br />

______________________________<br />

Prof Dr Ronaldo Lima<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina


RESUMO<br />

Este trabalho tem como estudo a narrativa do escritor marfinense <strong>de</strong> expressão francesa<br />

– Ahmadou Kourouma – presente em Les <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> Idépendances. Conciso estudo que<br />

constroi-se na seguinte disposição: breve apresentação da história e literatura da Costa<br />

do Marfim, da biografia <strong>de</strong> Ahmadou Kourouma, e resumo <strong>de</strong> Les <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong><br />

Indépendances. Em seguida uma leitura crítica do romance pautado na problemática<br />

i<strong>de</strong>ntitária, por intermédio <strong>de</strong> conceitos fundamentados no pensamento <strong>de</strong> Benedict<br />

An<strong>de</strong>rson, Homi K. Bhabha et Stuart Hall.<br />

Pa<strong>la</strong>vras chave: Ahmadou Kourou; Les <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> Indépendances; i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>;<br />

i<strong>de</strong>ntita<strong>de</strong> nacional; literatura africana.


RÉSUMÉ<br />

Ce travail analyse le récit <strong>de</strong> l'écrivain ivoirien d'expression française– Ahmadou<br />

Kourouma – présent <strong>dans</strong> Les <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> Idépendances. Il s'agit d'une étu<strong>de</strong> concise qui<br />

se construit <strong>de</strong> <strong>la</strong> manière suivante : bref présentation <strong>de</strong> l’histoire et <strong>de</strong> <strong>la</strong> littérature <strong>de</strong><br />

<strong>la</strong> Côte d’Ivoire, <strong>de</strong> <strong>la</strong> biographie d’Ahmadou Kourouma, et résume du roman Les<br />

<strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> Idépendances. Ensuite une lecture critique basé sur <strong>la</strong> problématique<br />

<strong>i<strong>de</strong>ntitaire</strong>, notamment par le biais <strong>de</strong> concepts basés sur <strong>la</strong> pensée <strong>de</strong> Benedict<br />

An<strong>de</strong>rson, Homi K. Bhabha et Stuart Hall.<br />

Mots-clés: Ahmadou Kourou; Les <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> Indépendances; i<strong>de</strong>ntité; i<strong>de</strong>ntité<br />

nacionale; littérature africaine.


AGRADECIMENTOS<br />

Peço licença aos leitores <strong>de</strong> língua francesa – e <strong><strong>de</strong>s</strong>culpa aos tradutores – mas<br />

existem sentimentos que só po<strong>de</strong>m ser fielmente expressados em língua materna. Por<br />

esse motivo, peço licença para me fazer grata através do mistério das pa<strong>la</strong>vras <strong>de</strong> minha<br />

própria língua.<br />

Primeiramente agra<strong>de</strong>ço aos meus pais Gilberto e Helena pe<strong>la</strong> minha vida e por<br />

todo esforço realizado em prol <strong>de</strong> minha educação, possibilitando que eu pu<strong><strong>de</strong>s</strong>se<br />

estudar em uma universida<strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ral. A meu irmão Luiz (in memoriam) – por ter sido o<br />

melhor irmão que alguém po<strong>de</strong>ria ter, e por nos <strong>de</strong>ixar o maior motivo para continuar<br />

sorrindo: meu sobrinho Luiz Gustavo. A minha irmã Viviane, outra parte mim, meu<br />

exemplo <strong>de</strong> força e <strong>de</strong>terminação. A Emílio Mesquita por todos os dias <strong>de</strong> incentivo e<br />

por não me <strong>de</strong>ixar <strong><strong>de</strong>s</strong>istir. A minha tia Leonor, pelos livros em francês que <strong>de</strong>u quando<br />

eu era criança os quais <strong>de</strong> certa forma estimu<strong>la</strong>ram meu interesse pe<strong>la</strong> língua; e por,<br />

junto com meu tio Jean, ter me mostrado que Paris podia ser ainda mais be<strong>la</strong> do que eu<br />

imaginava. E a minha quase irmã, Beatriz Pereira da Silva, pe<strong>la</strong>s capsu<strong>la</strong>s <strong>de</strong> cafeína<br />

concentrada. Agra<strong>de</strong>ço, em especial, a paciência e apoio dos amigos, pessoas que<br />

<strong>de</strong>ixam minha vida muito mais feliz.<br />

Quero agra<strong>de</strong>cer à paciência e a <strong>de</strong>dicação <strong>de</strong> minha orientadora Profa. Dra.<br />

Luciana Rassier, sem a qual a realização <strong><strong>de</strong>s</strong>te trabalho não teria sido possível. E as<br />

professoras Noêmia Guimarães Soares – quem me ensinou gran<strong>de</strong> parte do que sei em<br />

língua estrangeira; e Cláudia Mortari Ma<strong>la</strong>vota (UDESC) – que através das au<strong>la</strong>s <strong>de</strong><br />

História da África me transmitiu sua paixão pe<strong>la</strong> temática, instigando-me a conhecer a<br />

literatura africana e influenciando-me na escolha do tema <strong><strong>de</strong>s</strong>te trabalho. Agra<strong>de</strong>ço,<br />

enfim, a todos que <strong>de</strong> alguma maneira fizeram parte <strong>de</strong> minha jornada acadêmica.


SOMMAIRE<br />

RESUMO ......................................................................................................................... 4<br />

RÉSUMÉ ......................................................................................................................... 5<br />

I. INTRODUCTION ...................................................................................................... 9<br />

II. LES SOLEILS DES INDÉPENDANCES – UN ROMAN CRITIQUE .............. 11<br />

1. CÔTE-D'IVOIRE - histoire et littérature ........................................................... 11<br />

1.1. Informations généra<strong>les</strong> ................................................................................. 11<br />

1.2. Histoire du pays ................................................................................................ 12<br />

1.3. Littérature ivoirienne ........................................................................................ 13<br />

2. AHMADOU KOUROUMA – VIE ET L’OEUVRE: ............................................ 13<br />

2.1. Entre <strong>les</strong> cultures malinké et en française ........................................................ 13<br />

2.2. L'écrivain: son oeuvre et ses prix ..................................................................... 14<br />

3. LES SOLEILS DES INDEPENDANCES .............................................................. 15<br />

3.1. Présentation ...................................................................................................... 15<br />

3.2. Résumé ............................................................................................................. 16<br />

4. Révision <strong>de</strong> <strong>la</strong> bibliographie critique: ..................................................................... 17<br />

III. LA PROBLÉMATIQUE IDENTITAIRE DANS LES SOLEILS DES<br />

INDÉPENDANCES ...................................................................................................... 22<br />

1. Les vestiges <strong>de</strong> <strong>la</strong> tradition orale <strong>dans</strong> le roman .................................................. 22<br />

2. KOUROUMA ET LA NATION ........................................................................ 26<br />

2.1. Le concept <strong>de</strong> nation : <strong>les</strong> communautés imaginées ....................................... 26<br />

2.3. La nation et <strong>les</strong> <strong>soleils</strong> ..................................................................................... 27


3. L’IDENTITÉ ................................................................................................... 29<br />

3.1. Le concept d'i<strong>de</strong>ntité ....................................................................................... 29<br />

3.2. Fama ................................................................................................................ 31<br />

3.3. Salimata ............................................................................................................ 33<br />

IV. CONSIDÉRATIONS FINALES ........................................................................... 36<br />

V. RÉFÉRENCES BIBLIOGRAPHIQUES .............................................................. 38


I. INTRODUCTION<br />

Les narratives historiques et littéraires ont <strong><strong>de</strong>s</strong> objectifs différents. D’une<br />

manière simplifiée, le récit historique tradicionnel s’intéresse à <strong>la</strong> restauration du passé.<br />

Alors que le récit littéraire n'a pas besoin <strong>de</strong> s'approcher du passé pour avoir une<br />

justification ou légitimité. Cette distinction entre ces <strong>de</strong>ux types <strong>de</strong> récit a longtemps<br />

éloigné <strong>les</strong> étu<strong><strong>de</strong>s</strong> <strong>de</strong> l'histoire, <strong>de</strong> <strong>la</strong> littérature. D'un côté l'histoire s'éloignait <strong>de</strong> <strong>la</strong><br />

littérature pour être reconnue comme une discipline scientifique, qui utilisait seulement<br />

<strong><strong>de</strong>s</strong> documents officiels écrits comment sources. Et <strong>de</strong> l'autre côté <strong>la</strong> littérature<br />

s'éloignait <strong>de</strong> l'histoire pour éviter une littérature « historiciste » limitée aux<br />

mouvements littéraires. Cependant ces <strong>de</strong>ux types <strong>de</strong> récit peuvent correspondre <strong><strong>de</strong>s</strong><br />

textes ouverts, c'est-à-dire, <strong><strong>de</strong>s</strong> textes qui donnent aux lecteurs l’occasion d'interagir, et<br />

d’envisager différentes possibilités. 1<br />

Selon Georges Duby l'histoire peut être une<br />

modalité du discours politique, mais elle ne peut pas être <strong>de</strong> <strong>la</strong> propagan<strong>de</strong> ; elle peut<br />

être un discours littéraire, mais elle ne doit pas être <strong>de</strong> littérature. 2 Notre travail a<br />

l’intention <strong>de</strong> faire un rapprochement entre l'histoire et <strong>la</strong> littérature pour évaluer <strong>la</strong><br />

problématique <strong>i<strong>de</strong>ntitaire</strong> <strong>dans</strong> le roman Les Soleils <strong><strong>de</strong>s</strong> Indépendances d’Ahmadou<br />

Kourouma.<br />

Notre travail est divisé en <strong>de</strong>ux chapitres: Les Soleils <strong><strong>de</strong>s</strong> Indépendance - Un<br />

roman critique, et La problèmatique I<strong>de</strong>ntitaire <strong>dans</strong> Les Soleils <strong><strong>de</strong>s</strong> Indépendance.<br />

Dans le premier chapitre nous nous pendrerons sur <strong>la</strong> Côte d'Ivoire, son histoire<br />

et sa littérature. Mais aussi sur <strong>la</strong> biographie d’Ahmadou Kourouma. A <strong>la</strong> fin du<br />

chapitre nous étudierons le livre Les Soleils <strong><strong>de</strong>s</strong> Indépendance, le contexte <strong>de</strong> sa création<br />

1 ANDRADE, 2005. p. 23<br />

2 “A história, se <strong>de</strong>ve existir, não <strong>de</strong>ve ser livre : e<strong>la</strong> po<strong>de</strong> muito bem ser um modo do discurso político,<br />

mas não <strong>de</strong>ve ser propaganda ; po<strong>de</strong> muito bem ser um gênero literário, mas não <strong>de</strong>ve ser literatura.”<br />

DUBY apud LE GOFF, 1990. p.30


et <strong>de</strong> sa publication, et nous proposerons un résumé et une brève révision <strong>de</strong> <strong>la</strong><br />

bibliographie critique.<br />

Dans le <strong>de</strong>uxième chapitre nous abor<strong>de</strong>rons <strong>la</strong> problématique <strong>i<strong>de</strong>ntitaire</strong>,<br />

analysée sour trois aspects. D’abort <strong>les</strong> vestiges <strong>de</strong> <strong>la</strong> tradition orale <strong>dans</strong> le roman,<br />

ensuite l'i<strong>de</strong>ntité nationale, et enfin l'i<strong>de</strong>ntité <strong><strong>de</strong>s</strong> individus, à travers l'analyse <strong><strong>de</strong>s</strong><br />

personnages <strong>de</strong> Salimata et Fama.


II. LES SOLEILS DES INDÉPENDANCES – UN ROMAN CRITIQUE<br />

1. CÔTE-D'IVOIRE - histoire et littérature 3<br />

1.1. Informations généra<strong>les</strong><br />

La Côte d'Ivoire est située en Afrique occi<strong>de</strong>ntale. Elle fait frontière à<br />

l'ouest avec <strong>la</strong> République du Libéria et <strong>la</strong> Guinée, avec le Burkina Faso au nord, à l'Est<br />

avec le Ghana, au sud avec l'Océan At<strong>la</strong>ntique. Le pays a une superficie <strong>de</strong> 322,462 km<br />

carrés, ce qui représente 1% <strong>de</strong> l'ensemble du continent africain. Abidjan est sa capitale<br />

économique et Yamoussoukro sa capitale politique, <strong>de</strong>puis mars 1983. La popu<strong>la</strong>tion<br />

estimée du pays est <strong>de</strong> 16,7 millions d’habitants. Sa <strong>la</strong>ngue officielle est le français.<br />

Carte – Côte D’Ivoire et region 4<br />

3<br />

Informations disponib<strong>les</strong> sur http://www.cotedivoire.org.br/todos/costadomarfim/costa_in<strong>de</strong>x.htm<br />

consulté le 20/08/2011<br />

4 Carte disponible sur http://maps.google.com.br/mapshl=pt-BR&tab=wl consulté le 20/08/2011


1.2. Histoire du pays<br />

La région <strong>de</strong> <strong>la</strong> côte ouest africaine qui comprend, entre autres pays, Côted'Ivoire,<br />

le Mali et le Niger a été formée entre le VIIIe et le IXe sièc<strong>les</strong> par <strong>les</strong><br />

popu<strong>la</strong>tions paysannes. Les Attie (Atchi), <strong>les</strong> Akan, <strong>les</strong> Bron (Abron), <strong>les</strong> Man<strong>de</strong>n<br />

(mandingue) et <strong>les</strong> maninka (malinké) sont <strong>les</strong> groupes ethniques qui ont peuplé <strong>la</strong><br />

région. La mer n'a joué aucun rôle <strong>dans</strong> <strong>la</strong> vie <strong><strong>de</strong>s</strong> communautés côtières, axées sur<br />

l'agriculture.<br />

Le groupe <strong>de</strong> Man<strong>de</strong>n (mandingue) a été le principal responsable <strong>de</strong> <strong>la</strong><br />

constitution <strong>de</strong> l'Empire du Mali, le plus puissant <strong><strong>de</strong>s</strong> empires médiévaux <strong>de</strong> l'Afrique<br />

occi<strong>de</strong>ntale, s'étendant du XIIIe siècle au XVe siècle. Les Malinkés sont <strong>de</strong> grands<br />

guerriers et <strong><strong>de</strong>s</strong> artisans. Les Akan ont été en gran<strong>de</strong> partie responsab<strong>les</strong> <strong>de</strong> l'occupation<br />

du territoire. Actuellement <strong>les</strong> Akan représentent 33% <strong>de</strong> <strong>la</strong> popu<strong>la</strong>tion <strong>la</strong> Côte d'Ivoire.<br />

Depuis le XVe siècle <strong>les</strong> navigateurs portugais ont commencé à explorer <strong>la</strong><br />

région. À <strong>la</strong> fin du XVIIIe siècle <strong>la</strong> France a fondé <strong><strong>de</strong>s</strong> comptoirs sur le territoire <strong>de</strong><br />

Côte-d'Ivoire. À XIXe siècle, <strong>les</strong> Français ont nommé pouvoirs politiques et<br />

économiques. Au milieu du XXe siècle <strong>la</strong> Côte-d'Ivoire <strong>de</strong>vient un protectorat français,<br />

puis une colonie <strong>de</strong> <strong>la</strong> France en 1893.<br />

Au début du XXe siècle <strong>la</strong> partie nord <strong>de</strong> <strong>la</strong> colonie obtient son indépendance,<br />

mais Abidjan est encore sous juridiction française. Mais à <strong>la</strong> fin <strong>de</strong> <strong>la</strong> Secon<strong>de</strong> Guerre<br />

mondiale ont commencé <strong><strong>de</strong>s</strong> mouvements pour l'émancipation politique du pays. Le<br />

Parti Démocratique <strong>de</strong> <strong>la</strong> Côte d'Ivoire, fondé par Félix Houphouët-Boigny a été le<br />

principal agent <strong>de</strong> lutte pour l'indépendance. En 1958 est proc<strong>la</strong>mée <strong>la</strong> République <strong>de</strong><br />

Côte d'Ivoire, et en 1960 le pays obtient indépendance.


Après l'indépendance, Félix Houphouët-Boigny est élu prési<strong>de</strong>nt et instaure le<br />

parti unique jusqu'en 1990. Ce n'est que <strong>dans</strong> <strong>les</strong> années 90 avec <strong>la</strong> création d’autres<br />

partis politiques, il y a <strong><strong>de</strong>s</strong> élections pour <strong>la</strong> prési<strong>de</strong>nce, quand Houphouët-Boigny a été<br />

réélu. Il y a eu <strong>de</strong> nombreuses tentatives <strong>de</strong> coups d'Etat, <strong><strong>de</strong>s</strong> troub<strong>les</strong> sociaux causés par<br />

<strong>les</strong> crises économiques, mais il est resté au pouvoir jusqu'en décembre 1993, quand il<br />

est mort.<br />

Henri Konan Bedi, ancien prési<strong>de</strong>nt <strong>de</strong> l'Assemblée nationale, a été <strong>de</strong> prési<strong>de</strong>nt<br />

jusqu'en 1999 quand il subit un coup d'Etat mené par le général Robert Gue. Guel a<br />

gouverné à travers une politique <strong>de</strong> Conseil national <strong>de</strong> transition jusqu'en 2002 quand il<br />

a été assassiné, et remp<strong>la</strong>cé par Laurent Gbagbo.<br />

1.3. Littérature ivoirienne<br />

C'est parce que le continent africain se compose d'une culture essentiellement<br />

orale. C'est l'introduction <strong>de</strong> l'éducation formelle et l'enseignement <strong>de</strong> <strong>la</strong> <strong>la</strong>ngue<br />

française qui permet le développement d’une littérature, selon une esthétique<br />

romanesque européenne. 5<br />

C'est après <strong>les</strong> années 1930 que <strong>la</strong> littérature écrite en<br />

Afrique s’est dévelopée.<br />

Ahmadou Kourouma (1927 -2003) et Jean-Marie Adiaffi (1941-1999) ont été<br />

considérés comment <strong>les</strong> voix à portée internationale <strong>les</strong> plus importante en leur temps.<br />

2. AHMADOU KOUROUMA – VIE ET L’OEUVRE:<br />

2.1. Entre <strong>les</strong> cultures malinké et en française<br />

Ahmadou Kouroumail est né en 1927, en Boudiali – au nord <strong>de</strong> <strong>la</strong> Côte d'Ivoire -<br />

mais il a passé son enfance à Togoba<strong>la</strong> - ville qui plus tard serait <strong>la</strong> ville natale <strong>de</strong> Fama,<br />

5 CARMO, Maria Suzana Moreira do. 2008, p.13


personnage principal <strong>de</strong> <strong>la</strong> trame du roman Les <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> indépendances. L’auteur a été<br />

élévé par son oncle, qui l'a initié aux traditions <strong>de</strong> l'ethnie malinké. Plus tard il a étidié à<br />

l'École Technique Supérieure <strong>de</strong> Bamako - au Mali - et quand il rentre <strong>dans</strong> <strong>la</strong> Côte<br />

d'Ivoire il entre par <strong>les</strong> forces armées colonia<strong>les</strong>. Très tôt l'auteur il a manifesté une<br />

position politique engagée. Par exemple, il s’est refusé à participer à un acte <strong>de</strong><br />

répression contre le R.D.A (Rassemblement Démocratique Africain ). 6<br />

Il a été envoyé<br />

en l'Indochine, en 1954 il part en France il n'avait pas l’intention <strong>de</strong> rentrer en Côte<br />

d'Ivoire. Pourtant, l’a fait : ce fut « engagement moral concernant <strong>la</strong> situation politique<br />

<strong>de</strong> son pays » 7<br />

Il retourne à son pays en 1960, quelques mois avant l'indépendance. Il est arrêté en<br />

1963, accusé <strong>de</strong> participer d'un complot contre le prési<strong>de</strong>nt Houphouët-Boigny. C'est<br />

<strong>dans</strong> ce contexte que Kourouma commence à écrire son premiér roman Les <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong><br />

Indépendances. Le but initiale du roman était <strong>de</strong> dénoncer <strong>les</strong> abus <strong>de</strong> <strong>la</strong> tyrannie et <strong>la</strong><br />

corruption, vu qu’il fait <strong><strong>de</strong>s</strong> références c<strong>la</strong>ires à Houphouët-Boigny. Ainsi que<br />

Kourouma, son personnage Fama est accusé d'avoir participé d'un complot contre le<br />

prési<strong>de</strong>nt.<br />

2.2. L'écrivain: son oeuvre et ses prix<br />

En 1970, Kourouma a publié Les Soleils <strong><strong>de</strong>s</strong> Indépendance, son premier roman,<br />

et il a reçu le Prix <strong>de</strong> <strong>la</strong> Francophonie du Québec. En 1972, il a écrit <strong>la</strong> pièce<br />

6 « Le Rassemblement démocratique africain (RDA) est une ancienne fédération <strong>de</strong> partis politiques<br />

africains fondée à l’issue du Congrès <strong>de</strong> Bamako (18-21 octobre 1946) par Félix Houphouët-Boigny, qui<br />

<strong>de</strong>viendra ministre <strong>dans</strong> le gouvernement français et le premier prési<strong>de</strong>nt <strong>de</strong> <strong>la</strong> république <strong>de</strong> <strong>la</strong> Côte<br />

d'Ivoire à son indépendance et Modibo Keïta, qui <strong>de</strong>viendra le premier prési<strong>de</strong>nt du Mali indépendant.<br />

Son affiliation au Parti communiste français (PCF), seul parti politique métropolitain présent à Bamako,<br />

provoque l’opposition <strong>de</strong> nombreux partis territoriaux africains et <strong>de</strong> nombreuses tracasseries <strong>de</strong> <strong>la</strong> part <strong>de</strong><br />

l’administration coloniale française. Le 8 mai 1950, le RDA annonce finalement sa désaffiliation du PCF<br />

et son rapprochement avec l’Union démocratique et socialiste <strong>de</strong> <strong>la</strong> Résistance (UDSR) facilité<br />

par François Mitterrand. » Extrait du site<br />

http://fr.wikipedia.org/wiki/Rassemblement_d%C3%A9mocratique_africain, consulté<br />

en 08/05/2010<br />

7 CARMO. 2008, p. 19


Tougnantigui diseur <strong>de</strong> vérité, qui s’en remettrait à Houphouët-Boigny, à cause <strong>de</strong> cette<br />

pièce il a perdu son emploi.<br />

Après vingt ans <strong>de</strong> silence, en 1990, il a publié son <strong>de</strong>uxième roman Monnè,<br />

outrages et défis. Dans ce livre, l'auteur dépeint <strong>la</strong> pério<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>la</strong> découverte <strong>de</strong> l'Afrique<br />

par <strong>les</strong> Européens et <strong>de</strong> l'impérialisme. En 1998, il a publié son troisième roman, En<br />

attendant le vote <strong><strong>de</strong>s</strong> bêtes sauvages, inspiré <strong>de</strong> <strong>la</strong> vie du tyran Eya<strong>de</strong>ma Gnassingbé,<br />

Prési<strong>de</strong>nt du Togo. Grâce à ce livre d'Ahmadou Kourouma a remporté Prix du Livre<br />

Inter. 8 En 2000, il a publié Al<strong>la</strong>h n’est pas obligé, qui dénonce <strong>la</strong> violence <strong><strong>de</strong>s</strong> guerres<br />

en Afrique <strong>de</strong> l'Ouest, notamment en Sierra Leone, et l'horreur du recrutement d'enfants<br />

pour ces guerres. Ce roman lui a valu le: Prix Renaudot 9 et le Prix Goncourt <strong><strong>de</strong>s</strong><br />

lycéens 10 .<br />

Il est mort en 2003. À l’époque il travail<strong>la</strong>it sur le roman Quand on refuse on dit<br />

non, publié après sa mort. En 2004, le Salon Internacional du Livre a crée le prix<br />

Ahmadou Kourouma pour <strong>les</strong> romans ou essais sur l'Afrique noire. 11<br />

3. LES SOLEILS DES INDEPENDANCES:<br />

3.1. Présentation<br />

Le roman Les Soleils <strong><strong>de</strong>s</strong> Indépendance occupe une p<strong>la</strong>ce prépondérante parmi <strong>les</strong><br />

œuvres <strong>de</strong> <strong>la</strong> littérature africaine. C'est une critique féroce <strong>de</strong> <strong>la</strong> colonisation française<br />

8 Prix littéraire créé en 1975, décerné chaque année par Radio France Inter à <strong><strong>de</strong>s</strong> œuvres écrites en<br />

français. Plus informations sur: http://fr.wikipedia.org/wiki/Prix_du_Livre_Inter consulté en 21/08/2011.<br />

9 Prix littéraire français créé en 1926. D’informations disponib<strong>les</strong> sur:<br />

http://fr.wikipedia.org/wiki/Prix_Renaudot consulté en 21/08/2011.<br />

10<br />

Prix littéraire français créé par <strong>la</strong> Fnac en 1988. D’informations disponib<strong>les</strong> sur:<br />

http://fr.wikipedia.org/wiki/Prix_Goncourt consulté en 21/08/2011.<br />

11 D’autres références sur <strong>la</strong> vie et l'œuvre d'Ahmadou Kourouma disponib<strong>les</strong> sur CARMO, Maria<br />

Suzana Moreira do. Les <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> indépendances: da socieda<strong>de</strong> sólida ao prelúdio dos <strong>la</strong>ços efêmeros<br />

[En ligne]. São Paulo, 2008. Tese <strong>de</strong> Doutorado (Letras Língua e Literatura Francesa) Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

São Paulo – UPS. Disponible sur < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/t<strong>de</strong>-03042008-<br />

141223/pt-br.php> , http://pt.wikipedia.org/wiki/Ahmadou_Kourouma,<br />

http://www.africansuccess.org/visuFiche.phpid=233&<strong>la</strong>ng=fr consulté le 21/08/2011


en Côte d'Ivoire et du processus d'indépendance. Cependant, le pluriel utilisé <strong>dans</strong> le<br />

titre <strong>de</strong> l'œuvre - Les Soleils <strong><strong>de</strong>s</strong> Indépendance – fait rappot au processus<br />

d'indépendance non seulement <strong>de</strong> <strong>la</strong> Côte d'Ivoire, mais aussi à celui d'autres pays<br />

africains colonisés par <strong>la</strong> France.<br />

En Côte-d'Ivoire <strong>la</strong> <strong>la</strong>ngue officielle est celle <strong><strong>de</strong>s</strong> colonisateurs, <strong>les</strong> Français. Ce<br />

roman, écrit en français, a été refusé par plusieurs éditeurs. En 1968, il a finalement été<br />

publié au Canada, par <strong>les</strong> Presses Universitaires et a reçu le Prix <strong>de</strong> <strong>la</strong> Francophonie du<br />

Québec. C’est <strong>dans</strong> ce contexte qu'en 1970, <strong>de</strong>ux ans après sa publication, le livre a son<br />

édition française, chez <strong>les</strong> éditions du Seuil qui avaient précé<strong>de</strong>mment rejeté le<br />

manuscrit, parce qu’il n’avait pas été écrit en français « standard ».<br />

3.2. Résumé<br />

Les <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> Indépendances est marqué par <strong><strong>de</strong>s</strong> fortes critiques à l'avènement<br />

<strong><strong>de</strong>s</strong> nations indépendantes et du parti unique. L'histoire se passe autour <strong>de</strong> Fama<br />

Doumbouya, un prince Hourodougou, qui perd le droit à chefferie <strong>de</strong> Togoba<strong>la</strong> – à<br />

cause <strong>de</strong> ses « intrigues, déshonneurs, marabutagens et <strong><strong>de</strong>s</strong> mensonges » 12 . Le roman<br />

est divisé en trois parties, <strong>la</strong> première partie présente Fama, son cousin Lacina, et<br />

Salimata, sa femme qui souffre parce qu’elle ne peut ne pas tomber enceinte.<br />

Dans cette première partie, on voit principalement <strong>la</strong> souffrance <strong>de</strong> Fama qui<br />

après avoir perdu son titre, est parti à capital Boudiali pour recueillir <strong><strong>de</strong>s</strong> dons. Il est<br />

désigné par le terme «vautour», terme péjoratif, attribué par <strong>les</strong> griots malinké et par <strong>les</strong><br />

anciens. Ainsi, l'auteur décrit un prince qui a perdu son titre, ses valeurs traditionnel<strong>les</strong>,<br />

et sa dignité.<br />

Ensuite on apprena <strong>la</strong> souffrance <strong>de</strong> Salimata, qu’ est plongée <strong>dans</strong> <strong>la</strong> vie<br />

difficile qui est <strong>la</strong> routine <strong>de</strong> <strong>la</strong> plupart <strong><strong>de</strong>s</strong> femmes africaines. On voit le quotidian <strong>de</strong><br />

12 KOUROUMA, 1995. p. 20


Salimata, sa souffrance parce qu'elle ne pouvait pas avoir <strong><strong>de</strong>s</strong> enfants, sa douleur d'avoir<br />

subi une excision et <strong>la</strong> douleur d'un viol par le sorcier Tiécoura.<br />

Dans <strong>la</strong> secon<strong>de</strong> partie du roman, on apprend <strong>la</strong> mort du cousin, Lacina. Fama<br />

est obligé <strong>de</strong> retourner à Togoba<strong>la</strong> pour <strong>les</strong> obsèques <strong>de</strong> son cousin et à assumer <strong>la</strong><br />

chefferie <strong><strong>de</strong>s</strong> Doumbouya. Mais <strong>la</strong> ville est dégradée par une politique d'indépendance.<br />

Fama reçoit comme une secon<strong>de</strong> épouse Mariam, pour assurer <strong>la</strong> postérité <strong>de</strong><br />

Doumbouya. Il est aussi interrogé par le prési<strong>de</strong>nt du comité du parti unique. A <strong>la</strong> fin <strong>de</strong><br />

l'enterrement <strong>de</strong> Lacina, contrairement à toute attente, Fama a décidé <strong>de</strong> retourner à <strong>la</strong><br />

capitale avec sa nouvelle épouse.<br />

Dans <strong>la</strong> troisième partie du livre, Fama presente Mariam à Salimata. Au début,<br />

<strong>les</strong> <strong>de</strong>ux femmes vivent ensemble en harmonie, mais bientôt commencent l'hostilité et<br />

<strong>les</strong> conflits. Fama consacre à <strong>la</strong> politique. Il est accusé d'avoir participé à un complot<br />

contre le prési<strong>de</strong>nt et il est donc détenu pendant une longue pério<strong>de</strong> avant d'être jugés.<br />

Lors du procès il est condamné à vingt ans <strong>de</strong> prison. Grâce à <strong>la</strong> pression<br />

internationale, le prési<strong>de</strong>nt déci<strong>de</strong> d'amnistier <strong>les</strong> prisonniers politiques et Fama est<br />

libéré. Il déci<strong>de</strong> retourner à Togoba<strong>la</strong>, mais lui est interdit <strong>de</strong> croiser <strong>la</strong> frontière. Il est<br />

poursuivi par <strong>les</strong> gar<strong><strong>de</strong>s</strong> <strong>de</strong> <strong>la</strong> frontière et il se jette <strong>dans</strong> le fleuve où il est attaqué par un<br />

crocodile, qu’il considéré sacré. Un animal sacré n’oserait pas attaquer le « <strong>de</strong>rnier<br />

<strong><strong>de</strong>s</strong>cendant du Doumbouya » 13 . Fama est mort <strong>dans</strong> l'ambu<strong>la</strong>nce, sur le chemin <strong>de</strong><br />

Togoba<strong>la</strong>.<br />

4. Révision <strong>de</strong> <strong>la</strong> bibliographie critique:<br />

Le travail <strong>de</strong> Maria Suzana Moreira <strong>de</strong> Carmo, intitulé Les <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong><br />

indépendances: da socieda<strong>de</strong> sólida ao prelúdio dos <strong>la</strong>ços efêmeros, est le seul travail<br />

13 KOUROUMA. 1995 p.191


universitaire sur Les <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> Indépendances au Brésil. Ce travail est une thèse <strong>de</strong><br />

doctorat en Langue et Littérature françaises <strong>de</strong> l’Université <strong>de</strong> São Paulo. L'auteur<br />

propose une analyse <strong><strong>de</strong>s</strong> aspects esthétiques et thématiques du roman, afin <strong>de</strong> montrer<br />

comment « <strong>la</strong> transition <strong>de</strong> <strong>la</strong> tradition à <strong>la</strong> mo<strong>de</strong>rnité amène l'individu à <strong>la</strong><br />

réorganisation <strong>de</strong> son i<strong>de</strong>ntité. » 14<br />

Dans son introduction Carmo présente <strong>les</strong> conditions <strong>de</strong> l'émergence <strong>de</strong> <strong>la</strong><br />

littérature africaine écrite, dont l'introduction <strong>de</strong> l'alphabétisation <strong>dans</strong> <strong>la</strong> partie<br />

continentale française. Elle cite André-Patient Bobika, auteur qui étudie l’ouvre <strong>de</strong><br />

l'écrivain africain en trois dimensions. Premièrement l’utilisation <strong>de</strong> <strong>la</strong> parole écrite<br />

comme une source <strong>de</strong> création. Deuxièmement, <strong>la</strong> présence <strong>de</strong> <strong>la</strong> <strong>la</strong>ngue écrite qui a<br />

abouti à <strong>la</strong> «réunion et l'accouplement » 15 <strong><strong>de</strong>s</strong> cultures. Troisièmement, l'introduction<br />

<strong>de</strong> l'éducation formelle et pour <strong>la</strong> naissance <strong>de</strong> <strong>la</strong> littérature africaine écrite. Grâce à ces<br />

trois points <strong>de</strong> départ, Carmo analyse le roman mo<strong>de</strong>rne africain, et plus précisément, le<br />

roman <strong>de</strong> Ahmadou Kourouma sous l’angle <strong>de</strong> <strong>la</strong> rupture et <strong>de</strong> <strong>la</strong> permanence <strong>de</strong> <strong>la</strong><br />

tradition orale.<br />

La <strong>de</strong>uxième partie <strong>de</strong> l'étu<strong>de</strong>, intitulée Política, Cultura e Literatura, est dédié<br />

à <strong>la</strong> présentation <strong>de</strong> l'auteur, <strong>de</strong> <strong>la</strong> culture malinké, <strong><strong>de</strong>s</strong> anciens dirigeants, <strong>de</strong><br />

l'administration coloniale et enfin du roman Les <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> Indépendances. L'auteur<br />

montre l'importance <strong>de</strong> <strong>la</strong> tradition, du rôle <strong><strong>de</strong>s</strong> chefs et <strong>de</strong> <strong>la</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong>cendance pour <strong>la</strong><br />

culture malinké. Ensuite Carmo analyse l'administration coloniale. Les Européens ont<br />

intervenu <strong>dans</strong> l'organisation politique et l organisation religieuse <strong>de</strong> peup<strong>les</strong> qui<br />

concentraient <strong>les</strong> pouvoirs <strong>dans</strong> <strong>la</strong> figure d'un chef. D’abord <strong>la</strong> France établit une<br />

politique <strong>de</strong> pactes et d’accords politiques, mais plus tard elle a essayé d’affaiblir<br />

14 CARMO, 2007, p.7<br />

15 BOBIKA. Apud CARMO, 2007. p.13


l'autorité <strong><strong>de</strong>s</strong> chefs traditionnels et <strong>de</strong> <strong>les</strong> remp<strong>la</strong>cer par l'administration coloniale. La<br />

pério<strong>de</strong> coloniale, l'indépendance et l'avènement du parti unique vont changer<br />

complètement <strong>les</strong> re<strong>la</strong>tions socia<strong>les</strong> <strong>dans</strong> <strong>les</strong> colonies. La confrontation entre<br />

l'administration coloniale et <strong>les</strong> anciens chefs représent l'affrontement entre tradition et<br />

«mo<strong>de</strong>rnité». Tel choc est très bien exploré par Kourouma sur Les <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong><br />

Indépendances. La partie finale du chapitre <strong>de</strong> Carmo est consacrée à <strong>la</strong> présentation du<br />

résumé et <strong>de</strong> l'oeuvre Les <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> Indépendances.<br />

Dans <strong>la</strong> troisième partie, intitulée Da narrativa tradicional ao romance das<br />

in<strong>de</strong>pendências, Carmo compare le récit traditionnel héroïques – <strong>de</strong> <strong>la</strong> tradition orale -<br />

et le roman mo<strong>de</strong>rne. D'une parti, elle affirme l'importance <strong>de</strong> <strong>la</strong> tradition écrite<br />

française pour <strong>la</strong> littérature africaine et, d'autre parti elle revendique <strong>la</strong> « reconnaissance<br />

du récit verbal traditionnel comment source d'inspiration <strong>de</strong> <strong>la</strong> fiction mo<strong>de</strong>rne<br />

africaine » 16 . Pour représenter le récit héroïque traditionnel Carmo évoque <strong>la</strong> figure <strong>de</strong><br />

griot. Connu comme un maître du discours, le griot racontrait <strong>les</strong> légen<strong><strong>de</strong>s</strong>, <strong>les</strong> histoires,<br />

cotumes héroïques <strong>de</strong> son peuple. La gloire du griot dépendait <strong>de</strong> sa fi<strong>de</strong>lité aux mots<br />

originaux <strong>de</strong> l'histoire ; quand <strong>les</strong> spectateurs trouvaient que le griot changeait l'histoire<br />

ils le corrigeaient. L'auteur mo<strong>de</strong>rne a plus liberté pour écrire ses histoires. Même s’il<br />

maintien <strong>la</strong> logique du récit héroïque, son public n’aura accès à son l’oeuvre, que lors<br />

qu’il l’aura finie, liberté <strong>de</strong> création que le griot n'avait pas.<br />

Dans <strong>la</strong> quatrième partie du travail, intitulée Les Soleils Des In<strong>de</strong>pendances: da<br />

socieda<strong>de</strong> sólida ao prelúdio dos <strong>la</strong>ços efêmeros, l'auteur abor<strong>de</strong> <strong>la</strong> problématique<br />

<strong>i<strong>de</strong>ntitaire</strong>. D’abord elle résume <strong>les</strong> étu<strong><strong>de</strong>s</strong> <strong>de</strong> Stuart Hall, sur le sujet <strong>de</strong> l'Illuminisme,<br />

le sujet sociologique et le sujet postmo<strong>de</strong>rne. Hall croit que nous <strong>de</strong>vrions parler<br />

d’i<strong>de</strong>ntification et non d’i<strong>de</strong>ntités. Une personne a plusieurs d’i<strong>de</strong>ntités, plusieurs<br />

16 CARMO, 2007. p.56


i<strong>de</strong>ntifications. Carmo veut montrer à travers <strong>de</strong> <strong>les</strong> étu<strong><strong>de</strong>s</strong> <strong>de</strong> Hall comment <strong>la</strong> pensée<br />

<strong>de</strong> <strong>la</strong> mo<strong>de</strong>rnité a influencé <strong>les</strong> conceptions <strong>de</strong> sujet et d'i<strong>de</strong>ntité.<br />

Ensuite l'auteur s’intéresse à l’i<strong>de</strong>ntité nationale aux négociations avec <strong><strong>de</strong>s</strong><br />

éléments qui constituent <strong>la</strong> nation.<br />

Pour continuer son analyse Carmo cite Zigmund<br />

Bauman, et sa metaphore <strong>de</strong> <strong>la</strong> « fusion <strong><strong>de</strong>s</strong> soli<strong><strong>de</strong>s</strong> pour illustrer le passage <strong><strong>de</strong>s</strong> sociétés<br />

dites traditionnel<strong>les</strong>, ou soli<strong><strong>de</strong>s</strong>, à <strong>la</strong> mo<strong>de</strong>rnité liqui<strong>de</strong> » 17 Ce passage comprend une<br />

phase intermédiaire, quand <strong>les</strong> États-Nation ont renversé <strong>les</strong> anciennes organisations<br />

socia<strong>les</strong> basées sur <strong>les</strong> hiérarchies et ont élu l’endroit <strong>de</strong> naissance comment une<br />

manière <strong>de</strong> légitimation et <strong>de</strong> subordination.<br />

Carmo se propose d’analyser le roman Les <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> Indépendances sous <strong>la</strong><br />

perspective <strong>de</strong> <strong>la</strong> substitution d'un soli<strong>de</strong> par un autre, c'est-à-dire, le passage <strong>de</strong> <strong>la</strong><br />

tradition à <strong>la</strong> mo<strong>de</strong>rnité. Ce passage crée un conflit qui oblige <strong>les</strong> gens mettre en<br />

question le sentiment d'appartenance qui composent leur i<strong>de</strong>ntité.<br />

Carmo conclut que le roman africain reflète un phénomène et une<br />

transculturation résultant <strong>de</strong> <strong>la</strong> rencontre <strong>de</strong> <strong>la</strong> culture occi<strong>de</strong>ntale avec <strong>la</strong> tradition<br />

africaine. Dans le passage <strong>de</strong> <strong>la</strong> tradition à <strong>la</strong> mo<strong>de</strong>rnité – <strong><strong>de</strong>s</strong> chefs traditionnels à<br />

l’administration coloniale et au parti unique - l'i<strong>de</strong>ntification avec <strong>les</strong> micro-structures<br />

socia<strong>les</strong> qui confèrent le sentiment <strong>de</strong> « nationalité » se modifie.<br />

L’individu a vécu une expérience <strong>de</strong> dép<strong>la</strong>cement <strong>de</strong> son sentiment<br />

d'appartenance : avant il s’i<strong>de</strong>ntifiait avec <strong>la</strong> structure traditionnelle, tribale, désormais il<br />

s’i<strong>de</strong>ntifie à une « communauté artificiellement organisée » 18 . L'auteur a observé que<br />

chez le personnage Fama il n’y avait pas <strong>de</strong> transculturation, il n’y avait pas <strong>de</strong><br />

négociation. Parce que Fama, d’abord, n'acceptait pas <strong>la</strong> réalité d'une mo<strong>de</strong>rnité qui s'est<br />

17 CARMO, 2007. p.111<br />

18 CARMO, 2007. p.182


simplement superposée à <strong>la</strong> tradition, mais aussi parce qu’il n'a reçu aucun type <strong>de</strong><br />

reconnaissance face à cette mo<strong>de</strong>rnité. D’un autre, côté Salimata est un exemple <strong>de</strong> <strong>la</strong><br />

négociation <strong><strong>de</strong>s</strong> cultures, même si elle encore représentait le quotidien traditionnel <strong><strong>de</strong>s</strong><br />

femmes africaines, sa vie <strong>dans</strong> <strong>la</strong> capita<strong>la</strong> montre un changement <strong>de</strong> sa p<strong>la</strong>ce en tant que<br />

femme.


III. LA PROBLÉMATIQUE IDENTITAIRE DANS LES SOLEILS DES<br />

INDÉPENDANCES<br />

1. Les vestiges <strong>de</strong> <strong>la</strong> tradition orale <strong>dans</strong> le roman<br />

Dans le premier chapitre <strong>de</strong> ce travail nous avons abordé <strong>la</strong> pensée africaine et<br />

l'importance <strong>de</strong> <strong>la</strong> tradition orale pour <strong>les</strong> peup<strong>les</strong> <strong>de</strong> ce continent. Nous étudierons<br />

maintenant <strong><strong>de</strong>s</strong> d'éléments présents <strong>de</strong> cette tradition <strong>dans</strong> le roman d'Ahmadou<br />

Kourouma. C’est un roman mo<strong>de</strong>rne, écrit aprés l’indépendance <strong>de</strong> <strong>la</strong> Côte d’Ivoire.<br />

Dans <strong>les</strong> pages initia<strong>les</strong> du livre, Kourouma fait une allusion c<strong>la</strong>ire et ironique à<br />

l'importance <strong>de</strong> <strong>la</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong>cendance entre <strong><strong>de</strong>s</strong> malinkés. « Fama Doumbouya, <strong>de</strong>rnier et<br />

légitime <strong><strong>de</strong>s</strong>cendant <strong><strong>de</strong>s</strong> princes Doumbouya do Horodougou, totem panthère » 19 . Mais<br />

le paragraphe finit ainsi: « Un prince Doumbouya ! Totem penthère faisait ban<strong>de</strong> avec<br />

<strong>les</strong> hyènes. Ah! Le <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> Indépendances ! » 20 Il s’agit d’un nouveau temps, celui<br />

<strong><strong>de</strong>s</strong> « <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> indépendances ». Le roman est ironique du début à <strong>la</strong> fin. Kourouma<br />

utilise <strong><strong>de</strong>s</strong> mots forts et quelques fois agressifs, pour montrer l’opposition entre <strong>la</strong><br />

tradition et <strong>la</strong> nouvelle pério<strong>de</strong> du pays créé par Kourouma, <strong>la</strong> Côte <strong><strong>de</strong>s</strong> Èbenes – un<br />

renvoi c<strong>la</strong>ir à <strong>la</strong> Cote D’Ivoire.<br />

Pour <strong>les</strong> peup<strong>les</strong> africains, <strong>la</strong> religion traditionnelle était liée à tous <strong>les</strong> aspects <strong>de</strong><br />

<strong>la</strong> vie. Leur vision <strong>de</strong> mon<strong>de</strong> était basée sur <strong>la</strong> compréhension <strong>de</strong> <strong>la</strong> nature, <strong><strong>de</strong>s</strong> êtres<br />

humains, <strong>de</strong> l'univers, <strong>de</strong> <strong>la</strong> p<strong>la</strong>ce <strong>de</strong> chacun <strong>dans</strong> le mon<strong>de</strong>. Dieu ne correspondait à une<br />

image, son nom variait selon <strong>la</strong> région, c'était le créateur du mon<strong>de</strong>, maitre <strong>de</strong> <strong>la</strong> vie et<br />

19 KOUROUMA,1995. p.11<br />

20 I<strong>de</strong>m.


<strong>de</strong> <strong>la</strong> mort. Ils croyaient aussi aux esprits et aux pouvoirs magiques, aux enchantements,<br />

amulettes et talismans. 21<br />

Dans le roman d'Ahmadou Kourouma l’importance <strong><strong>de</strong>s</strong> ancêtres transparaît <strong>de</strong><br />

paro<strong>les</strong> <strong>de</strong> certains personnages.<br />

Comme <strong>dans</strong> l’extrait suivant : « Non et non ! Al<strong>la</strong>h <strong>dans</strong> son livre interdit <strong>de</strong><br />

pleurer <strong>les</strong> décédés. Pas <strong>de</strong> cris ! Plus <strong>de</strong> <strong>la</strong>mentations ! Lacina le cousin avait vécu et<br />

était mort en grand musulman » 22 . Dans cet extrait il y a un dialogue entre ce qui vient<br />

<strong>de</strong> <strong>la</strong> tradition africaine et ce qui vient <strong>de</strong> l'is<strong>la</strong>misme. Dans paragraphe suivant :<br />

Le Coran dit qu’un décédé est un appelé par Al<strong>la</strong>h, un fini ; et <strong>les</strong><br />

coutumes malinké disent q’un chef <strong>de</strong> famille couche <strong>dans</strong> <strong>la</strong> case<br />

patriarcale. Il n’y avait ni hésitation ni pa<strong>la</strong>bre, <strong>la</strong> gran<strong>de</strong> case<br />

patriarcale vi<strong>de</strong> après le décès du cousin était là, elle avait abrité tous<br />

<strong>les</strong> grands aïeux Doumbouya, Fama <strong>de</strong>vait l’ouvrir et y déballer <strong>les</strong><br />

bagages. 23<br />

le fait que Fama, qui serait le chef <strong>de</strong> Togoba<strong>la</strong> après <strong>la</strong> mort du cousin Lacina, doive<br />

dormir <strong>dans</strong> <strong>la</strong> « case patriarcale » montre le besoin du lion entre le nouveau chef et ses<br />

ancêtres. Pour Ki-Zerbo, <strong>les</strong> ancêtres restent <strong>les</strong> agents directs et privilégiés <strong><strong>de</strong>s</strong> affaires<br />

qui se produisent sur <strong>la</strong> Terre, même longtemps après leur mort. C'est-à-dire que<br />

l'ancêtre a une influence sur <strong>la</strong> vie quotidienne, à travers <strong>les</strong> marabus qui lisent leurs<br />

volontés, qui interprètent leurs conseils, à travers <strong>les</strong> sacrifices, l'existence <strong>de</strong> l'ancêtre<br />

est donc très importante. 24 Comme on peut l’observer <strong>dans</strong> le passage suivant :<br />

Pourtant un <strong><strong>de</strong>s</strong>tin dur comme fer, lourd come une montagne, se évie à<br />

coups <strong>de</strong> sacrifices, avec le concours es morts. Aïex ! grand<br />

Doumbouya ! je tuerai <strong><strong>de</strong>s</strong> sacrifices pour vous, mais tous, <strong>dans</strong> <strong>la</strong><br />

volonté d’Al<strong>la</strong>h, extirpez l’illégalité. La stérilité, tuez l’inépandance et<br />

le parti unique, <strong>les</strong> épidéies et <strong>les</strong> nuages <strong>de</strong> sauterel<strong>les</strong> ! 25<br />

21 OPOKU, 2010. p.593<br />

22 KOUROUMA, 1995. p.104<br />

23 Ibi<strong>de</strong>m, p. 105<br />

24 KI-ZERBO,<br />

25 KOUROUMA, 1995, p. 117


Le concept du double est important pour comprendre <strong>la</strong> question <strong>de</strong><br />

l'ascendance. Pour Ki-Zerbo, c’est pendant que l’homme dort que son double sort <strong>de</strong><br />

son corps pour parcourir le chemin fait par l'homme pendant le jour. C’est alors que se<br />

rencontrent <strong>les</strong> forces du mal et du bien. Le double est lié à <strong>la</strong> personnalité <strong>de</strong> l’individu,<br />

il doit être protégé à travers <strong>les</strong> amulettes. Pour Ki-Zerbo, l'homme et son double,<br />

doivent arriver à l’unité, atteignant ainsi un <strong>de</strong>gré <strong>de</strong> sagesse et <strong>de</strong> pouvoir dont seuls <strong>les</strong><br />

grands maîtres initiés sont capab<strong>les</strong>. 26 Dans le roman <strong>de</strong> Kourouma <strong>la</strong> figure du double<br />

apparaît très souvent, je choisis brefs passages pour exemplifier. Ces remarque passage<br />

renvoient l’ascendance, comme par exemple : « C’etait le sussurrement <strong><strong>de</strong>s</strong> mânes et<br />

<strong><strong>de</strong>s</strong> doub<strong>les</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> enterrés sortant <strong>de</strong> l’autre mon<strong>de</strong> pour s’asseoir et boire <strong>les</strong> prières » 27<br />

et :<br />

Seulement, Fama <strong>de</strong>vait tuer <strong><strong>de</strong>s</strong> sacrifices aux mânes <strong><strong>de</strong>s</strong> aïeux. Les<br />

prières coraniques et même le paradis sont insuffisants pour contenir<br />

<strong>les</strong> morts malinké, surtout <strong>les</strong> restes <strong><strong>de</strong>s</strong> grands Doubouya. Leurs djas,<br />

leurs doub<strong>les</strong> sont fougueux, indomptab<strong>les</strong>. Des sacrifices,beaucoup<br />

<strong>de</strong> sang ; <strong>les</strong> sacrifices sont toujours et partout bénéfiques. 28<br />

Deux religions étrangères ont été introduites <strong>dans</strong> le continent africain pendant <strong>la</strong><br />

pério<strong>de</strong> pré-coloniale : l'is<strong>la</strong>misme et le christianisme. La présence <strong>de</strong> l'Is<strong>la</strong>m est<br />

évi<strong>de</strong>nte non seulement <strong>dans</strong> <strong>les</strong> extraits susmentionnés, mais aussi au long du roman<br />

d'Ahmadou Kourouma.<br />

L'Is<strong>la</strong>m a fini par être accepté davantage. D’abord, parce que, contrairement au<br />

christianisme, l'Is<strong>la</strong>m avait plusieurs points en commun avec <strong>les</strong> institutions socia<strong>les</strong> et<br />

religieuses africaines – dont <strong>la</strong> <strong>la</strong> polygamie et <strong>la</strong> vie communautaire. Devenir<br />

musulman n'exigeait donc une rupture radicale avec <strong>la</strong> tradition. De cette manière, avant<br />

l'arrivée <strong><strong>de</strong>s</strong> puissances colonia<strong>les</strong>, l'is<strong>la</strong>misme déjà était très présent <strong>dans</strong> <strong>la</strong> culture<br />

26 KI-ZERBO, 1982. p.26<br />

27 KOUROUMA, 1995. p.116<br />

28 Idi<strong>de</strong>m, p. 119


africaine : <strong>les</strong> cyc<strong>les</strong> <strong>de</strong> fêtes traditionnel<strong>les</strong> avait été remp<strong>la</strong>cé par le calendrier<br />

is<strong>la</strong>mique en plusieurs parties du continent et plusieurs mots et concepts arabes avait été<br />

intégrés à cette certaines <strong>la</strong>ngues comme le haussa, le fu<strong>la</strong> et le mandinga, tandis que <strong>les</strong><br />

Européens croyaient que pour imp<strong>la</strong>nter le progrès <strong>dans</strong> le continent, il fal<strong>la</strong>it<br />

transformer ou détruire complètement <strong>la</strong> culture africaine. Et, comme <strong>la</strong> culture<br />

africaine était étroitement liée à <strong>la</strong> religion, <strong>la</strong> politique coloniale européenne al<strong>la</strong>it<br />

contre <strong>les</strong> principes <strong>de</strong> <strong>la</strong> religion traditionnelle<br />

- <strong>les</strong> Européens étaient contre <strong>la</strong><br />

croyance en <strong>les</strong> esprits, <strong>les</strong> dieux, <strong>les</strong> sacrifices et <strong>la</strong> vénération <strong><strong>de</strong>s</strong> ancêtres. Les<br />

Africains ont réagi à ces attaques. Certains ont gardé leur foi et leurs rites, d’autres se<br />

sont converti au christianisme, auquel ils ont integrés leurs croyances traditionnel<strong>les</strong>. La<br />

conversion à l'Is<strong>la</strong>m a été considérée aussi comme une forme <strong>de</strong> résistance au<br />

christianisme, donc <strong>de</strong>venir mulsuman était une façon d'obtenir <strong><strong>de</strong>s</strong> avantages <strong>dans</strong> le<br />

système colonial et, en même temps, <strong>de</strong> maintenir une certaine distance par rapport à <strong>la</strong><br />

culture occi<strong>de</strong>ntale. 29 Mais cette acceptation n'a pas signifié l’abandon <strong>de</strong> <strong>la</strong> tradition.<br />

Selon Homi K. Bhabha (1998) l’« entre lieu» fournit un terrain propice aux<br />

stratégies <strong>de</strong> <strong>la</strong> subjectivité, qui donnent origine à <strong>de</strong> nouveaux signes d'i<strong>de</strong>ntité. Pour<br />

lui, <strong>la</strong> tradition est une forme partielle d'i<strong>de</strong>ntification, Il n'existe pas une « i<strong>de</strong>ntité<br />

originale », car l’i<strong>de</strong>ntité est toujours réinterprétée. 30<br />

À partir <strong><strong>de</strong>s</strong> réflexions <strong>de</strong> Homi K. Bhabha, on peut dire que l’univers <strong>de</strong> Les<br />

<strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> indépendances - où <strong>les</strong> personnages lisent le Coran en même temps qu’ils<br />

offrent <strong><strong>de</strong>s</strong> sacrifices aux ancêtres et aux génies est un environnement hybri<strong>de</strong>, un<br />

environnement où <strong>la</strong> construction <strong>de</strong> l’i<strong>de</strong>ntité ne finit jamais.<br />

29 OPUKU. 2010 p.<br />

30 BHABHA, 1998. pp.20-21


2. KOUROUMA ET LA NATION<br />

2.1. Le concept <strong>de</strong> nation : <strong>les</strong> communautés imaginées<br />

Homi K. Bhabha dit que c’est <strong>dans</strong> <strong>les</strong> « entre lieux », que <strong>les</strong> valeurs culturel<strong>les</strong><br />

sont négociées. Ensuite il affirme que le concept <strong>de</strong> « nation homogène » lié à <strong>la</strong><br />

transmission immédiate <strong><strong>de</strong>s</strong> traditions historiques subit <strong>dans</strong> une <strong>de</strong> redéfinition et il<br />

renvoie au concept <strong>de</strong> communauté imaginée crée par Benedict An<strong>de</strong>rson. 31<br />

Benedict An<strong>de</strong>rson (1991) considére <strong>la</strong> nation comment étant une « communauté<br />

politique imaginée » - en même temps limitée et souveraine. Benedict An<strong>de</strong>rson affirme<br />

que <strong>la</strong> communauté est imaginée parce que « même <strong>les</strong> membres <strong>de</strong> <strong>la</strong> plus petite nation<br />

ne connaîtront jamais, ne trouveront jamais et n’entendront jamais parler <strong>la</strong> majorité <strong>de</strong><br />

membres <strong>de</strong> cette même <strong>de</strong> nation, mais, malgré ce<strong>la</strong> chacun imagine cette communion<br />

». 32 L'auteur utilise <strong>les</strong> mots d’Ernest Renan pour simplifier son argument. « Or<br />

l’essence d’une nation est que tous <strong>les</strong> individus aient beaucoup <strong>de</strong> choses en commun,<br />

et aussi tous aient oublié bien <strong><strong>de</strong>s</strong> choses ». 33<br />

La communauté imaginée est limitée parce que même <strong>la</strong> plus gran<strong>de</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> nations<br />

a <strong><strong>de</strong>s</strong> frontières. Ce concept est né après l'Illuminisme, à une époque où <strong>les</strong> nations ont<br />

été confrontées au pluralisme <strong>de</strong> religions et désiraient être libres. C’est l'État souverain<br />

qui garantit le symbole <strong>de</strong> cette liberté.<br />

Benedict An<strong>de</strong>rson indique trois éléments qui concernent <strong>les</strong> racines culturel<strong>les</strong><br />

du nationalisme - <strong>la</strong> communauté religieuse, le royaume dynastique, et <strong>les</strong> former <strong>de</strong><br />

perception du temps. Les communautés religieuses sont <strong><strong>de</strong>s</strong> communautés immenses,<br />

31 Ibi<strong>de</strong>m. pp.20-25<br />

32 “É imaginada porque até os membros da mais pequena nação nunca conhecerão, nunca encontrarão e<br />

nunca ouvirão fa<strong>la</strong>r da maioria dos outros membros <strong><strong>de</strong>s</strong>sa mesma nação, mas, ainda assim, na mente <strong>de</strong><br />

cada um existe a imagem da sua comunhão.”ANDERSON, 1991. p. 25<br />

33 RENAN apud ANDERSON, 1991. p. 25


liées par d'une <strong>la</strong>ngue et une écriture sacrée. Ces communautés se différent <strong><strong>de</strong>s</strong><br />

communautés imaginées, <strong><strong>de</strong>s</strong> nations mo<strong>de</strong>rnes, par <strong>la</strong> confiance déposée <strong>dans</strong> le<br />

caractère sacré <strong>de</strong> leurs <strong>la</strong>ngues. Les <strong>la</strong>ngues sacrées et leurs systèmes culturels ont<br />

donné p<strong>la</strong>ce aux royaumes dynastiques, où <strong>les</strong> communautés étaient organisées à partir<br />

d'un centre, <strong>la</strong> monarchie. C'était <strong>la</strong> divinité <strong>de</strong> <strong>la</strong> nob<strong>les</strong>se qui légitimait ce type<br />

d'organisation. Les États étaient définis par ces centres, et ont réussi à contrôler <strong><strong>de</strong>s</strong><br />

popu<strong>la</strong>tions hétérogènes pendant <strong>de</strong> longues pério<strong><strong>de</strong>s</strong>. Mais au long du XVIIème siècle,<br />

c’était le déclin <strong><strong>de</strong>s</strong> royaumes dynastiques et <strong>de</strong> <strong>la</strong> monarchie suite au déclin <strong><strong>de</strong>s</strong><br />

communautés, <strong><strong>de</strong>s</strong> <strong>la</strong>ngues et <strong><strong>de</strong>s</strong> ascendances sacrées, s’est produit un changement<br />

correspond au concept <strong>de</strong> temps « vi<strong>de</strong> et homogène » crée par Walter Benjamin. 34 Le<br />

temps « vi<strong>de</strong> et homogène » est plein simultanéités ; c'est un temps transversal,<br />

transtemporel, qui est marqué par <strong>la</strong> prise <strong>de</strong> conscience du temps, mesuré par l'horloge,<br />

le calendrier.<br />

2.3. La nation et <strong>les</strong> <strong>soleils</strong><br />

Stuart Hall (2001) croit que <strong>dans</strong> le mon<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rne <strong>les</strong> cultures nationa<strong>les</strong><br />

constituent <strong>les</strong> principa<strong>les</strong> sources d'i<strong>de</strong>ntité <strong>de</strong> l’individu. Les i<strong>de</strong>ntités nationa<strong>les</strong> sont<br />

formées et transformées au long du temps <strong><strong>de</strong>s</strong> représentations. Dans ce sens il affirme<br />

que <strong>la</strong> nation n'est pas seulement une entité politique, mais quelque chose qui produit du<br />

sens - « un système <strong>de</strong> représentations culturel<strong>les</strong> ». La nation est une communauté<br />

symbolique et c’est qui explique « son pouvoir <strong>de</strong> produire un sentiment d'i<strong>de</strong>ntité et<br />

une loyauté ». 35<br />

Selon Stuart Hall, <strong>les</strong> cultures nationa<strong>les</strong> se composent <strong>de</strong> symbo<strong>les</strong> et <strong>de</strong><br />

représentations. Une culture nationale est un discours - une manière <strong>de</strong> construire <strong><strong>de</strong>s</strong><br />

34<br />

35 “Uma nação é uma comunida<strong>de</strong> simbólica e é isso que explica seu po<strong>de</strong>r para gerar um sentiment <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e lealda<strong>de</strong>”. SCHWARZ apud HALL, 2001. p. 49


significations qui influence et organise nos actions et nous conceptions <strong>de</strong> nous-mêmes.<br />

Donc, <strong>la</strong> culture nationale a une influence sur <strong>la</strong> manière dont on construit son i<strong>de</strong>ntité.<br />

Dans le cas <strong>de</strong> Les <strong>soleils</strong> d'indépendances on peut remarquer que <strong>la</strong> culture nationale,<br />

concerne l'i<strong>de</strong>ntification aux ethnies, au pays et au continent africain :<br />

Le négoce et <strong>la</strong> guerre, c’est avec ou sur <strong>les</strong> <strong>de</strong>ux que <strong>la</strong> race malinké<br />

comme un homme entendait, marchait, voyait, respirait, <strong>les</strong> <strong>de</strong>ux<br />

étaient À <strong>la</strong> fois ses <strong>de</strong>ux pieds, ses <strong>de</strong>ux yeux, ses oreil<strong>les</strong> et ses reins.<br />

La colonisation a banni et tué <strong>la</strong> guerre mais favorisé le négoce, <strong>les</strong><br />

Indépendances ont cassé le négoce et <strong>la</strong> guerrene venait pas. Et<br />

l’espèce malinké, <strong>les</strong> tribus, <strong>la</strong> terre, <strong>la</strong> civilisation se meurent,<br />

percluses, sour<strong><strong>de</strong>s</strong> et aveug<strong>les</strong>... et stéri<strong>les</strong>. 36<br />

Dans cet extrait l'auteur parle <strong>de</strong> l'importance du commerce et <strong>de</strong> <strong>la</strong> guerre pour<br />

le peuple malinké ; il parle <strong>de</strong> <strong>la</strong> survie du peuple malinké, <strong>de</strong> <strong>la</strong> culture malinké. Mais<br />

quand il accuse « <strong>les</strong> Indépendances » <strong>de</strong> <strong>la</strong> fin du commerce et <strong>de</strong> <strong>la</strong> guerre, il parle <strong>de</strong><br />

l'extinction <strong>de</strong> <strong>la</strong> « terre » et <strong>de</strong> <strong>la</strong> « civilisation », ce qui va au-<strong>de</strong>là <strong>de</strong> l'ethnie malinké.<br />

Dans <strong>la</strong> suite du texte, Kourouma analyse <strong>la</strong> « ma<strong>la</strong>die » du parti unique en tant<br />

qu’africain :<br />

Mais quand l’Afrique écouvrit d’abord le parti unique (le parti unique,<br />

le savez-vous ressemble à une société <strong>de</strong> sorcières, <strong>les</strong> gran<strong><strong>de</strong>s</strong><br />

initiées dévorent <strong>les</strong> enfants <strong><strong>de</strong>s</strong> autres), puis <strong>les</strong> coopératives qui<br />

cassèrent le commerce, il y avait quatre-vingts occasions <strong>de</strong> contenter<br />

et <strong>de</strong> dédommager Fama qui vou<strong>la</strong>it être secrétaire général d’une soussection<br />

du parti ou directeur d’une coopérative. 37<br />

Kourouma parle <strong>de</strong> l'Afrique pour critiquer le parti unique. Le roman fait une<br />

allusion c<strong>la</strong>ire à l'avènement du parti unique <strong>dans</strong> <strong>la</strong> Côte d'Ivoire, à travers le pays fictif<br />

<strong>de</strong> <strong>la</strong> Côte <strong><strong>de</strong>s</strong> Ébènes. Mais l'auteur é<strong>la</strong>rgit sa critique aux pays sous <strong>la</strong> colonisation<br />

française, <strong>les</strong>quels ont subi <strong><strong>de</strong>s</strong> luttes d'indépendances et un parti unique. À ce moment<br />

du texte, <strong>la</strong> nation figure tout le continent africain. Le narrateur i<strong>de</strong>ntifie comme nation<br />

non seulement son propre pays, mais tous <strong><strong>de</strong>s</strong> pays qui ont passé par <strong><strong>de</strong>s</strong> processus<br />

semb<strong>la</strong>b<strong>les</strong>.<br />

36 KOUROMA, 1995, p.23<br />

37 Ibi<strong>de</strong>m, p. 24


« Connaissez-vous <strong>les</strong> causes <strong><strong>de</strong>s</strong> malhers et <strong><strong>de</strong>s</strong> guerres en Afrique <br />

Non ! Eh bien !c’est très simple, c’est parce que <strong>les</strong> Africains ne<br />

restaient pas chez eux », expliqua Sery. Lui, il n’avait jamais quitté <strong>la</strong><br />

Côte es Ebênes pour aller s’installer <strong>dans</strong> un autre pays et pendre le<br />

travail <strong><strong>de</strong>s</strong> originaires, alors que <strong>les</strong> autres venaient chez lui. Avec <strong>les</strong><br />

colonisateurs français, avaient débarqué <strong><strong>de</strong>s</strong> Dahoméens et <strong>les</strong><br />

Sénéga<strong>la</strong>is qui savaient lire et écrire et étaient <strong><strong>de</strong>s</strong> citoyens français ou<br />

<strong><strong>de</strong>s</strong> catholiques, <strong><strong>de</strong>s</strong> nègres plus malins, plus cicilisés, plus travailleurs<br />

que <strong>les</strong> originaires dus pays, <strong>les</strong> membres <strong>de</strong> <strong>la</strong> tribu <strong>de</strong> Sery. « Les<br />

colonisateurs toubabs leur confièrent tous kes postes, leus attribuèrent<br />

tout l’argent, et marièrent <strong>les</strong> plus bel<strong>les</strong>, s’approprièrent nos<br />

meilleures terres, habitèrent <strong>les</strong> plus hautes maisons ; ils égorgèrent<br />

nos enfants en offran<strong>de</strong> à leurs fétiches, sans que <strong>la</strong> justice française<br />

intervienne, parce qu’ils étaient <strong>les</strong> juges et <strong>les</strong> avocats. 38<br />

Dans cet extrait, Sery, un Africain, attribue <strong>la</strong> faute du malheur en Afrique aux<br />

Africains, comme si lui-même n'en était pas un. La distinction entre « nous et <strong>les</strong><br />

autres» est c<strong>la</strong>ire. Le personnage Sery désigne <strong><strong>de</strong>s</strong> Dahoméens et <strong>les</strong> Sénéga<strong>la</strong>is comme<br />

<strong>les</strong> autres, <strong>les</strong> voleurs leurs meilleurs emplois, leurs meilleures terres, leurs fil<strong>les</strong> <strong>les</strong><br />

plus bel<strong>les</strong>. C'est curieux que <strong>la</strong> nation pour <strong>les</strong> Dahoméens est liée au royaume <strong>de</strong><br />

Daomé localisé au Benin, et non à un pays : l'i<strong>de</strong>ntité nationale va au-<strong>de</strong>là du pays où<br />

quelqu’un est né.<br />

3. L’IDENTITÉ<br />

3.1. Le concept d'i<strong>de</strong>ntité<br />

Selon Stuart Hall <strong>les</strong> anciennes i<strong>de</strong>ntités - qui étaient stab<strong>les</strong> - donnent p<strong>la</strong>ce à<br />

<strong>de</strong> nouvel<strong>les</strong> i<strong>de</strong>ntités – <strong><strong>de</strong>s</strong> i<strong>de</strong>ntités fragmentées, ou dép<strong>la</strong>cées. Pour Stuart Hall c’est<br />

le changement structurel <strong><strong>de</strong>s</strong> sociétés du XXe siècle qui modifie <strong>les</strong> i<strong>de</strong>ntités. Ces<br />

changements fragmentent <strong>les</strong> paysages culturels <strong>de</strong> <strong>la</strong> c<strong>la</strong>sse, le type, <strong>la</strong> sexualité,<br />

l'ethnie, <strong>la</strong> race et nationalité que <strong>dans</strong> le passé ont fournie <strong>de</strong> soli<strong><strong>de</strong>s</strong> localisations<br />

comment <strong><strong>de</strong>s</strong> inividus socia<strong>les</strong>. Ce mouvement appelé quelques fois « dislocation, ou<br />

décentration du sujet », crée une « crise d'i<strong>de</strong>ntité ». 39<br />

38 Ibi<strong>de</strong>m, p. 86<br />

39 HALL, 2001. pp. 7-9


Stuart Hall analyse l'i<strong>de</strong>ntité à partir <strong>de</strong> trois notions <strong>de</strong> sujet : le sujet <strong>de</strong><br />

l'Illuminisme, le sujet sociologique et le sujet postmo<strong>de</strong>rne. Le sujet <strong>de</strong> l’Illuminisme<br />

était vu comme un sujet centré, unifié, doté <strong>de</strong> capacités <strong>de</strong> raison, <strong>de</strong> conscience et<br />

d’action, dont le centre était tourné vers un noyau intérieur, qui émergeait pour <strong>la</strong><br />

première fois lors <strong>de</strong> naissance et se développait tout au long <strong>de</strong> <strong>la</strong> vie. C'est-à-dire que<br />

le sujet serait toujours le même pendant toute sa vie. L’i<strong>de</strong>ntité était centrée sur<br />

individu. Le sujet sociologique, plus complexe, est apparu <strong>dans</strong> le mon<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rne. Il se<br />

constituait <strong>dans</strong> <strong>la</strong> re<strong>la</strong>tion avec d’autres personnes. C'est-à-dire, l'i<strong>de</strong>ntité était formée<br />

<strong>dans</strong> l'«interaction » entre le « je » et <strong>la</strong> société, et <strong>la</strong> culture. Hall soutient que<br />

l’individu fragmenté ; composé non d’une seule i<strong>de</strong>ntité, mais <strong>de</strong> plusieurs. Et c'est <strong>dans</strong><br />

ce processus qui apparaît le sujet postmo<strong>de</strong>rne. Le sujet postmo<strong>de</strong>rne n'a pas une<br />

i<strong>de</strong>ntité fixe, essentielle ou permanente. Mais <strong><strong>de</strong>s</strong> i<strong>de</strong>ntités différentes à <strong><strong>de</strong>s</strong> moments<br />

différents. Et ces i<strong>de</strong>ntités ne sont pas unifiées <strong>dans</strong> un « je » central et cohérent. Stuart<br />

Hall affirme que « l'i<strong>de</strong>ntité complètement unifiée, complète, et cohérent c'est une<br />

fantaisie » . 40<br />

Les « entre lieux » cités par Homi K. Bhabha sont une réalité postmo<strong>de</strong>rne,<br />

surtout après <strong>les</strong> diasporas, et sont <strong><strong>de</strong>s</strong> lieux propices à <strong>la</strong> construction du sujet<br />

postmo<strong>de</strong>rne <strong>de</strong> Stuart Hall. Amin Maalouf <strong>dans</strong> Les I<strong>de</strong>ntités Meurtrières présente un<br />

beau scénario <strong>de</strong> ce «entre lieu » et <strong>de</strong> son i<strong>de</strong>ntité hybri<strong>de</strong>. Une i<strong>de</strong>ntité qui n'est pas ni<br />

une chose ni autre.<br />

Depuis que j’ai quitté le Liban en 1976 pour m’instaler en France, que<br />

<strong>de</strong> fois m’a-t-on <strong>de</strong>mandé, avec <strong>les</strong> meilleurs intentions du mon<strong>de</strong>, si<br />

je me sentais « plutôt français » ou « plutôt libanais». Je réponds<br />

invariablement : « L’un et l’autre ! » Non par quelque souci<br />

d’équilibre ou d’équité, mais parce qu’en répondant différemment, je<br />

mentirais. [...] C’est que je suis ainsi à <strong>la</strong> lisière <strong>de</strong> <strong>de</strong>ux pays, <strong>de</strong> <strong>de</strong>ux<br />

40 « A i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> plenamente unificada, completa, segura e coerente é uma fantasia ». Ibi<strong>de</strong>m, p.13


ou trois <strong>la</strong>ngues, <strong>de</strong> plusieurs traditions culturel<strong>les</strong>. C’est précisément<br />

ce<strong>la</strong> qui définit mon i<strong>de</strong>ntité. 41<br />

Dans le cas d’Ahmadou Kourouma, ainsi que <strong>dans</strong> celui <strong>de</strong> Maalouf, leur<br />

i<strong>de</strong>ntité esr française et africaine. Ils ont vécu entre <strong>les</strong> <strong>de</strong>ux cultures, ils ont <strong>de</strong>ux<br />

<strong>la</strong>ngues différentes comment <strong>la</strong>ngue maternelle. C'est-à-dire, Les <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong><br />

Indépendances est inséré <strong>dans</strong> un contexte d’« entre lieu », a été écrit par un « sujet<br />

postmo<strong>de</strong>rne » que donne voix à autres « sujets postmo<strong>de</strong>rnes ».<br />

3.2. Fama<br />

Fama, le personnage principal du roman c'est une figure contradictoire, à l<br />

instar du sujet postmo<strong>de</strong>rne <strong>de</strong> Hall. Fama passe tout le roman partagé entre ses<br />

obligations traditionnel<strong>les</strong> <strong>de</strong> prince Doumbouya, et <strong>les</strong> « bâtardises » apportées par <strong>les</strong><br />

« <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> indépendances ». Fama représente <strong>la</strong> figure du prince déca<strong>de</strong>nt :<br />

« C’étaient <strong>les</strong> immenses déchéance et honte, aussi grosse que <strong>la</strong> vieille panthère<br />

surprise disputant <strong><strong>de</strong>s</strong> charognes aux hyènes, que <strong>de</strong> connaître Fama courir ainsi pour<br />

<strong><strong>de</strong>s</strong> funérail<strong>les</strong>. 42<br />

Fama perd sa p<strong>la</strong>ce comme prince Doumbouya, et quitte Togoba<strong>la</strong> pour vivre à<br />

<strong>la</strong> capitale ; <strong>de</strong> certaine manière il s'éloigne <strong>de</strong> <strong>la</strong> tradition et est humiliée par <strong>la</strong><br />

mendicité. Mais on peut <strong>dans</strong> <strong>la</strong> trajectoire du personnage un désir ar<strong>de</strong>nt pour le retour<br />

<strong>de</strong> cette tradition. Fama se souvient <strong>de</strong> son enfance heureuse à Togoba<strong>la</strong>.<br />

Oh! Horoudougou ! tu manquais à cette ville et tout ce qui avait<br />

permis à Fama <strong>de</strong> vivre une enfance heureuse <strong>de</strong> prince manquait<br />

aussi (le soleil, l’honneur et l’or), quand au lever <strong>les</strong> esc<strong>la</strong>ves<br />

palfreniers présentaient le cheval rétif pour <strong>la</strong> cavalca<strong>de</strong> matinale,<br />

quand <strong>la</strong> pérennité et <strong>la</strong> puissance <strong><strong>de</strong>s</strong> Doumbouya, et qu’après, <strong>les</strong><br />

marabus récitaient et enseignaient le Coran, <strong>la</strong> pitié et l’aumône. Qui<br />

pouvait s’aviser alors d’apprendre à curir <strong>de</strong> sacrifice en sacrifice pour<br />

mendier 43<br />

41 MAALOUF, 1998. p.07<br />

42 KOUROUMA, 1995. p.12<br />

43 Ibi<strong>de</strong>m, p.21


Avant « <strong>les</strong> <strong>soleils</strong> <strong>de</strong> l'indépendance » étaient <strong>les</strong> marabus qui enseignaient et<br />

récitaient le Coran, c’est une tradition reformulée, une tradition réinterprétée. Quelle est<br />

<strong>la</strong> tradition qui est en déca<strong>de</strong>nce Je considère <strong>les</strong> traces <strong>de</strong> <strong>la</strong> permanence <strong>de</strong> <strong>la</strong> culture<br />

traditionnelle africaine <strong>dans</strong> le roman <strong>de</strong> Kourouma comme <strong>de</strong> <strong>la</strong> résistance, comment<br />

un dialogue et une reformu<strong>la</strong>tion <strong>de</strong> <strong>la</strong> culture. Comme l’affirme Hall <strong>les</strong> i<strong>de</strong>ntités sont<br />

en crise, il n'existe pas une culture « traditionnelle » originale et fixe, <strong>les</strong> sociétés<br />

mo<strong>de</strong>rnes sont <strong><strong>de</strong>s</strong> sociétés en constant changement.<br />

Fama est le sujet postmo<strong>de</strong>rne <strong>de</strong> Stuart Hall ; il est contradictoire. C'est le sujet<br />

qui combat le colonialisme, mais quand il voit son pays gouverné par le parti unique, il<br />

a <strong><strong>de</strong>s</strong> remords. Parce que <strong>les</strong> « <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> indépendances » lui ont apporté <strong>de</strong> plus<br />

préjudices :<br />

Et <strong><strong>de</strong>s</strong> remords ! Fama bouil<strong>la</strong>it e remords pour avoir tant combattu et<br />

détesté <strong>les</strong> Français un peu comme petite herbe qui a grogné parce que<br />

le fromager absorbait tout le soleil ; le fromager abattu, elle a reçu tot<br />

son soleil mais aussi le grand vent qui l’a cassée.<br />

[...]<br />

Mais alors, q’apportèrent <strong>les</strong> Indépandances à Fama Rien que <strong>la</strong> carte<br />

d’i<strong>de</strong>ntité nationale et celle du parti unique. El<strong>les</strong> sont <strong>les</strong> morceaux<br />

du pauvre <strong>dans</strong> le partage et ont <strong>la</strong> sécheresse et <strong>la</strong> dureté <strong>de</strong> <strong>la</strong> chair<br />

du taureau. Il peut tirer <strong><strong>de</strong>s</strong>sus avec <strong>les</strong> canines d’un molosse affamé,<br />

rien à en tirer, rien à sucer, c’est du nerf, ça ne mâche pas. 44<br />

Fama n'a pas une i<strong>de</strong>ntité fixe, il n'est pas colonialiste, ni anticolonialiste, c’est<br />

un prince Doumbouya, mais un prince qui ne gouverne pas, tourmentée par un mariage<br />

stérile, qui renonce à ses obligations à Togoba<strong>la</strong> pour retourner à <strong>la</strong> capital et se mariée<br />

<strong>de</strong> nouveau, il <strong>de</strong>vient prisionnier politique, est libéré et empêché <strong>de</strong> rependre sa vie car<br />

il n’a pas <strong>de</strong> « pièce d'i<strong>de</strong>ntité ».<br />

44 Ibi<strong>de</strong>m, pp. 22-25


3.3. Salimata<br />

Les femmes ont, en général, une gran<strong>de</strong> importance <strong>dans</strong> le roman <strong>de</strong><br />

Kourouma. Virginie Affoué Kouassi décrit Salimata <strong>de</strong> <strong>la</strong> suivante manière :<br />

Salimata est <strong>la</strong> victime désignée d’une tradition déca<strong>de</strong>nte dont <strong>les</strong><br />

rites <strong>de</strong> passage se transforment em symbo<strong>les</strong> mortifères. Elle échappe<br />

<strong>de</strong> justesse à <strong>la</strong> mort sur le champ d’excision et y <strong>la</strong>isse sa fécondité.<br />

Violée <strong>la</strong> même nuit par le féticheur Tiécoura, elle se retrouve, en<br />

dépit <strong>de</strong> son traumatisme, liée par <strong><strong>de</strong>s</strong> mariages qui lui imposent<br />

encore <strong>de</strong> subir <strong><strong>de</strong>s</strong> traitements humiliants et dégradants : tentative <strong>de</strong><br />

viol, séquestration, menaces <strong>de</strong> mort… 45<br />

Je me propose d’analyser ce personnage à partir <strong><strong>de</strong>s</strong> concepts évoqués au début<br />

<strong>de</strong> ce chapitre. Salimata est, surtout, un exemple <strong>de</strong> résistance <strong>de</strong> <strong>la</strong> tradition que<br />

Kouassi consi<strong>de</strong>ré « déca<strong>de</strong>nte ».<br />

Salimata est tourmentée par l'impossibilité d’avoir un enfant, et pour y arriver,<br />

el<strong>les</strong> fait tous <strong>les</strong> types <strong>de</strong> sorcelleries et <strong>les</strong> sacrifices indiqués par le marabu Abdou<strong>la</strong> :<br />

Avec fièvre elle dábal<strong>la</strong>it grigri, canaris, gour<strong><strong>de</strong>s</strong>, feil<strong>les</strong>, ingurgitait<br />

<strong><strong>de</strong>s</strong> décoctions sûrement amères puisque le visage se hérissait <strong>de</strong><br />

grimaces repoussantes, brû<strong>la</strong>it <strong><strong>de</strong>s</strong> feuil<strong>les</strong>, <strong>la</strong> case s’enfumait d’o<strong>de</strong>urs<br />

dégoûtantes (...), <strong>les</strong> fumées montaient <strong>dans</strong> le pagne et pénétraient<br />

évi<strong>de</strong>mment jusqy’à àl’innommable <strong>dans</strong> une msquée (...). Toujours<br />

fiévreusement, Salimata plongeait <strong>de</strong>ux doits <strong>dans</strong> une gour<strong>de</strong>,<br />

enduisait seins, genoux et <strong><strong>de</strong>s</strong>sous <strong>de</strong> pagne, recherchait et attrapait<br />

quatre gris-gris, <strong>les</strong> accrochait aux quatre pieux du lit, et <strong>la</strong> <strong>dans</strong>e<br />

partait... D’abord elle rythmait, battait, damait ; le sol s’ébran<strong>la</strong>it, elle<br />

sautil<strong>la</strong>it, se égageait, battait <strong><strong>de</strong>s</strong> mains et chantait <strong><strong>de</strong>s</strong> versets mimalinké,<br />

mi-arabe... 46<br />

Pour Salimata aucun sacrifice n’est impossible pour éliminer <strong>la</strong> malédiction <strong>de</strong> <strong>la</strong><br />

stérilité. Sur l’importance <strong>de</strong> <strong>la</strong> maternité le narrateur affirme :<br />

Ce qui sied le plus à un ménage, le plus à une femme : l’enfant, <strong>la</strong><br />

maternité qui sont plus que <strong>les</strong> plus riches parures, plus que <strong>la</strong> plus<br />

éc<strong>la</strong>tante beauté ! A <strong>la</strong> femme sans maternité manque plus que <strong>la</strong><br />

moitié <strong>de</strong> <strong>la</strong> féminité. 47<br />

C<strong>la</strong>u<strong>de</strong> Meil<strong>la</strong>ssoux (1995) étudie <strong>les</strong> sociétés domestiques, où l'organisation<br />

sociale se donnait à travers l'exécution <strong><strong>de</strong>s</strong> tâches agrico<strong>les</strong>. Les plus jeuneus <strong>de</strong>vaient<br />

45 KOUASSI, 2004. p.50<br />

46 KOUROUMA, 1995. pp.29-30<br />

47 Ibi<strong>de</strong>m, p. 52


travailler pour le plus vieux. Meil<strong>la</strong>ssoux cite un proverbe mossi qui dit : « Quelqu'un a<br />

traité <strong>de</strong> toi jusqu'à tes <strong>de</strong>nts né, traite <strong>de</strong> lui jusqu'à ce que leurs <strong>de</strong>nts tombent » 48 . On<br />

utilise <strong>les</strong> textes <strong>de</strong> Meil<strong>la</strong>ssoux pour étudier <strong>les</strong> sociétés africaines avant <strong>la</strong> colonisation<br />

européenne. On reconnaît <strong>dans</strong> <strong>les</strong> écrits <strong>de</strong> Kourouma ces traditions <strong><strong>de</strong>s</strong> sociétés<br />

domestiques, et l'importance <strong><strong>de</strong>s</strong> esfants pour <strong>la</strong> survie et <strong>la</strong> continuité <strong>de</strong> <strong>la</strong> famille :<br />

« Et <strong>la</strong> maternité est une gran<strong>de</strong> chose, une chose ifficile, pour risquer <strong>de</strong> récolter<br />

quelque chose <strong>de</strong> désobéissant qui au lieu <strong>de</strong> soutenir <strong>les</strong> vieil<strong>les</strong>ses <strong>de</strong> <strong>la</strong> mère et du<br />

père apporte <strong><strong>de</strong>s</strong> socis » 49<br />

Salimata fait tous ces types <strong>de</strong> prières, <strong>de</strong> <strong>dans</strong>es et <strong>de</strong> sorcelleries pour atteindre<br />

son objectif. Et elle <strong>de</strong>vient un exemple <strong>de</strong> l'échange entre <strong>les</strong> cultures, du « entre lieu »<br />

; Salimata n'est ni mulsumanne, ni une a<strong>de</strong>pte exclusif <strong><strong>de</strong>s</strong> rites <strong><strong>de</strong>s</strong> religions<br />

traditionnel<strong>les</strong>. Elle mé<strong>la</strong>nge <strong><strong>de</strong>s</strong> versets du Coran à <strong><strong>de</strong>s</strong> infusions <strong>de</strong> toute espèce, à <strong><strong>de</strong>s</strong><br />

chants démoniaques :<br />

L’intérieur <strong>de</strong> Fama battait trouble. Qui pouvait le rassurer sur <strong>la</strong><br />

pureté musulmane <strong><strong>de</strong>s</strong> gestes <strong>de</strong> Salimata Trépidations et<br />

convulsions, fumées et gris-gris, toutes ces pratiques exécutées chaque<br />

soir afin que le ventre fécondât! 50<br />

Un autre sujet important à propos <strong>les</strong> femmes présent <strong>dans</strong> le texte <strong>de</strong> Kourouma<br />

c’est l’excision. En l'Afrique, <strong>les</strong> rites d'initiation comprenaient <strong>la</strong> circoncision <strong><strong>de</strong>s</strong><br />

garçons et l'excision <strong><strong>de</strong>s</strong> fille, 51 qu’ont été <strong>la</strong> source <strong><strong>de</strong>s</strong> plus graves controverses. Les<br />

missionnaires européens considéraient ces rites inadmissib<strong>les</strong>, tant du point <strong>de</strong> vue <strong><strong>de</strong>s</strong><br />

habitu<strong><strong>de</strong>s</strong> que <strong>de</strong> celui <strong>de</strong> <strong>la</strong> théologie. Mais il faut regar<strong>de</strong>r <strong>les</strong> rites africains par <strong>les</strong><br />

yeux <strong><strong>de</strong>s</strong> Africains. Ces cérémonies d'initiation étaient une partie fondamentale <strong>de</strong> <strong>la</strong> vie<br />

d'un Africain et considérée comme une bénédiction :<br />

48 “Alguém tratou <strong>de</strong> ti até os teus <strong>de</strong>ntes nascessem, trata <strong>de</strong>le até que os seus <strong>de</strong>ntes caiam.” Proverbe<br />

mossi. MEILLASSOUX, 1995.p. 40<br />

49 Ibi<strong>de</strong>m, p. 50<br />

50 Ibi<strong>de</strong>m, p. 29<br />

51 OPUKU. 2010 p.


« T verras ma fille : pendant un mois tu vivras en recluse avec d’autres<br />

excisées et, au milieu <strong><strong>de</strong>s</strong> chants, on vous enseignera tous <strong>les</strong> tabous<br />

<strong>de</strong> <strong>la</strong> t ribu. L’excision est <strong>la</strong> rupture, elle démarque, elle met fin aux<br />

années d’équivoque, d’ipureté <strong>de</strong> jeune fille, et après elle vient <strong>la</strong> vie<br />

<strong>de</strong> femme. »<br />

[...]<br />

« Ma fille, soit courageuse ! Le courage <strong>dans</strong> le champ d’excision sera<br />

<strong>la</strong> fierté <strong>de</strong> <strong>la</strong> maman et <strong>de</strong> <strong>la</strong> tribu. » 52<br />

Avec le temps <strong>les</strong> Européens ont fini par changer <strong>la</strong> vision africaine :<br />

Quand Salimata se reve<strong>la</strong>, <strong>dans</strong> le champ <strong>de</strong> l’excision, le soleil était<br />

arrivé au-<strong><strong>de</strong>s</strong>sus <strong><strong>de</strong>s</strong> têtes, <strong>de</strong>ux atrones l’assistaient. Le cortège était<br />

pati ! bien parti. C’est-à-dire que le retour <strong><strong>de</strong>s</strong> excisées avait été fêté ,<br />

<strong>dans</strong>é, chané, sans Salimata. Ah ! le retour, mais il faut le savoir,<br />

c’était <strong>la</strong> plus belle phase <strong>de</strong> l’excisiont. Les tam-tams, <strong>les</strong> chants, <strong>les</strong><br />

joies et tout le vil<strong>la</strong>ge se ruant à <strong>la</strong> rencontre <strong><strong>de</strong>s</strong> fil<strong>les</strong> excisées juant<br />

<strong>les</strong> ron<strong>de</strong>l<strong>les</strong> <strong>de</strong> calebasses. Salimata n’a pas vécu le retour triomphal<br />

au vil<strong>la</strong>ge dont elle avait rêvpe. C’est à califourchon au dos d’une<br />

matriône par une piste abandonnée, une entrée cachée, qu’elle fut<br />

introduite <strong>dans</strong> le vil<strong>la</strong>ge et portée <strong>dans</strong> <strong>la</strong> case du fétiche <strong>de</strong> Tiécoura.<br />

Et tout le restant du jour, aux pièds <strong>de</strong> <strong>la</strong> patiente, fumèrent <strong>les</strong><br />

sacrifices, roulèrent <strong>les</strong> co<strong>la</strong>s b<strong>la</strong>ncs et rouges pendant que sa maman<br />

pleurait. Salimata y passa <strong>la</strong> nuit, une nuit qu’elle n’oubliera jamais. 53<br />

Pour Salimata le cérémonial n'est pas réussi, mais il <strong>la</strong>isse seulement le souvenir<br />

traumatique <strong>de</strong> <strong>la</strong> souffrance. Selon Carmo l'excision <strong>de</strong> Salimata ne symbolise pas le<br />

passage entre <strong>la</strong> vie <strong>de</strong> fille jeune et <strong>la</strong> vie <strong>de</strong> femme, mais <strong>la</strong> seulement violence et <strong>la</strong><br />

douleur. Salimata est, donc, un symbole du choc entre <strong>la</strong> tradition et <strong>la</strong> mo<strong>de</strong>rnité.<br />

52 KOUROUMA, 1995. pp. 34-35<br />

53 Ibi<strong>de</strong>m, pp. 37-38


IV. CONSIDÉRATIONS FINALES<br />

Les <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> indépendances est un exemple <strong>de</strong> <strong>la</strong> transculturation. La<br />

transculturation n’est pas seulement « acquérir une culture différente, mais elle signifie<br />

aussi une perte, le déracinement d'une culture précé<strong>de</strong>nte, ce que on pourrait appeler<br />

d'une déculturation partielle » 54<br />

Les i<strong>de</strong>ntités culturel<strong>les</strong> présentées par Kourouma sont fruit du dialogue <strong><strong>de</strong>s</strong><br />

cultures africaine, arabe, et européenne, le fruit <strong>de</strong> <strong>la</strong> transcultution. Malgré <strong><strong>de</strong>s</strong><br />

influences, <strong>la</strong> Côte d'Ivoire et l'Afrique ont une culture propre et est c<strong>la</strong>ir <strong>la</strong> nécessité <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> regar<strong>de</strong>r l'Afrique avec <strong>les</strong> yeux d'Afrique.<br />

Les <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> indépendances est un roman qui s’inscrit <strong>dans</strong> cette perspective.<br />

Kourouma a été un <strong><strong>de</strong>s</strong> premiers à donner <strong>de</strong> <strong>la</strong> visibilité à Afrique, à partir <strong>de</strong> <strong>la</strong> <strong>la</strong>ngue<br />

et <strong>de</strong> <strong>la</strong> pensée africaines :<br />

Le romancier négro-africain est à <strong>la</strong> recherche – surtout <strong>de</strong>puis <strong>les</strong> «<br />

<strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> Indépendances » - <strong><strong>de</strong>s</strong> mo<strong><strong>de</strong>s</strong> d’expression pouvant lui<br />

permettre <strong>de</strong> se distinguer du romancier occi<strong>de</strong>ntal, <strong><strong>de</strong>s</strong> moyens <strong>de</strong><br />

communication susceptib<strong>les</strong> d’imprimer à son oeuvre un cachet<br />

authentiquement négro-africain. Du reste il est à reconnaître que ce<br />

n’est pas par le choix <strong><strong>de</strong>s</strong> thèmes qu’un romancier nègre pavient à se<br />

distinguer <strong>de</strong> son homologue occi<strong>de</strong>ntal, surtout du romancier colonial<br />

; son originalité, à notre avis, ne peut rési<strong>de</strong>r que <strong>dans</strong> <strong>la</strong> manière<br />

d’appréhen<strong>de</strong>r <strong>les</strong> thèmes re<strong>la</strong>tifs à <strong>la</strong> civilisation négro-africaine et<br />

<strong>dans</strong> le choix <strong><strong>de</strong>s</strong> mo<strong><strong>de</strong>s</strong> d’expression qui ne divorcent pas d’avec <strong>les</strong><br />

valeurs <strong><strong>de</strong>s</strong> milieux qu’il dépeint. 55<br />

Les <strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> indépendances comment on a vu <strong>dans</strong> le chapitre Les Soleils Des<br />

Indépendances – Un Roman Critique, le roman a été initialement refusé pour gar<strong>de</strong>r<br />

<strong><strong>de</strong>s</strong> marques <strong>de</strong> <strong>la</strong> <strong>la</strong>ngue malinké ce qui a été considéré une vio<strong>la</strong>tion <strong><strong>de</strong>s</strong> normes <strong>de</strong> <strong>la</strong><br />

<strong>la</strong>ngue française. Kourouma part <strong>de</strong> <strong>la</strong> conscience dont <strong>la</strong> <strong>la</strong>ngue <strong>de</strong> l'autre ne suffisait<br />

pas pour exprimer <strong>la</strong> complexité <strong><strong>de</strong>s</strong> groupes sociaux et <strong><strong>de</strong>s</strong> personnages <strong>de</strong> cultures<br />

54 Notion é<strong>la</strong>boré pour Fernando Ortiz sur l’essai Do fenômeno social da “transculturação” e <strong>de</strong> sua<br />

importância em Cuba. Traduction: Lívia Reis. In: Contrapunteo cubano <strong>de</strong>l tabaco y <strong>de</strong>l azúcar.. La<br />

Habana: Editorial <strong>de</strong> Ciencias Socia<strong>les</strong>, 1983. ORTIZ apud CARMO, 2007. p. 37<br />

55 GASSAMA apud CARMO, 2007. p. 120


hybri<strong><strong>de</strong>s</strong>. Pour ce<strong>la</strong>, on peut considérer <strong>la</strong> <strong>la</strong>ngue utilisée par Kourouma <strong>dans</strong> Les <strong>soleils</strong><br />

<strong><strong>de</strong>s</strong> indépendances un élément <strong>de</strong> résistance, comme l'auteur lui-même le dit.<br />

« Je n’avais pas le respect du français qu’ont ceux qui ont une<br />

formation c<strong>la</strong>ssique. […] Ce qui m’a conduit à rechercher <strong>la</strong> structure<br />

du <strong>la</strong>ngage malinké, à reproduire sa dimension orale, à tenter<br />

d’épouser <strong>la</strong> démarche <strong>de</strong> <strong>la</strong> pensée malinké <strong>dans</strong> sa manière<br />

d’appréhen<strong>de</strong>r le vécu. » 56<br />

Kourouma crée une <strong>la</strong>ngue propre, à partir <strong>de</strong> <strong>la</strong> <strong>la</strong>ngue du colonisateur. Les<br />

<strong>soleils</strong> <strong><strong>de</strong>s</strong> indépendances est un exemple <strong>de</strong> cet « entre lieu » et ses personnages on <strong>les</strong><br />

contradictions typiques du sujet postmo<strong>de</strong>rne.<br />

56 KOUROUMA apud BORGOMANO, 2004. p.07


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