REVISTA CONNESSIONE EDIÇÃO DE JULHO N° 21 ANO 2022
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Em 1959,por causa da demanda do mercado
musical carioca, Jackson do Pandeiro
grava marchas de carnaval, como “Quem
não chora não mama”, de Paquito e Romeu
Gentil. No mesmo ano, gravou outro
samba, de sua parceria com Gordurinha,
“Chiclete com banana”, que se tornaria um
de seus maiores sucessos e que seria regravada
posteriormente por Gilberto Gil. Gravou,
também, o batuque “Saravá o Endá”,
de Átila Nunes e Betinho.
Em 1961 gravou o samba “Serenou”, de
Almira Castilho e Lindolfo Silva, e a marcha
“Velho gagá”, de Almira Castilho e
Paulo Gracindo, e o arrasta-pé “Dá eu pra
ela”, de Venâncio e Corumba.
Em 1962 fez grande sucesso com o rojão
“Como tem Zé na Paraíba”, de Manezinho
Araújo e Catulo de Paula, e com o frevo
“Frevo do bi”, de Braz Marquez e Diógenes
Bezerra, em homenagem ao bicampeonato
mundial de futebol conquistado pela
seleção brasileira naquele ano. Gravou ainda
“Vou ter um troço”, de Arnô Provenzano
e Otolindo Lopes.
Em 1963, gravou “Twist, não”, de João
Grilo e Roberto Faissal.
Em 1967 separou-se de Almira Castilho,
com quem foi casado por 13 anos, desfazendo
a dupla de sucesso.
No início dos anos de 1970, foi procurado
em sua casa no subúrbio de Olaria, no Rio
de Janeiro, por Alceu Valença, para cantar
com ele no Festival Internacional da Canção,
interpretando a composição “Papagaio
do futuro”, que Jackson interpretou como “
O coco do ano 2000” .
Formou o grupo Borborema, composto por
familiares seus, que percorreu o Brasil fazendo
apresentações.
Em 1976 se apresentou em show no Teatro
João Caetano, no Rio de Janeiro, em companhia
de Zé Ramalho.
Ele se casou com a baiana Neuza Flores
dos Anjos, de quem também se separou
pouco antes de falecer.
Esteve presente como instrumentista em
quase todos os primeiros discos da cantora
Elba Ramalho, que relançou com sucesso
“No som da sanfona”.
Em 1981, gravou seu último LP “Isto que
é forró”. O cantor e compositor Tom Zé dedicou-lhe
o disco que lançou em 1999.
Sua maneira de dividir música tornou-se
famosa, o que gerou uma célebre observa-
ção de Jacob do Bandolim que disse ser Jackson
o cantor com maior sentido de ritmo
do país.
Em 1982, ao apresentar um show em Santa
Cruz de Capiberibe, sentiu-se mal, mas
mesmo enfartado prosseguiu com o show.
Seguiu para cumprir compromissos em
Brasília, mas sentiu-se mal novamente
no aeroporto, onde desmaiou. Recordista
de público e venda nas décadas de 1950 e
1960, morreu de embolia pulmonar, m 10
de julho de 1982, pobre e esquecido pelas
gravadoras.
Foi enterrado em 11 de julho de 1982 no
Cemitério do Cajú na cidade do Rio de Janeiro
com a presença de músicos e compositores
populares, mas sem a presença de
nenhum medalhão da MPB.
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