24.02.2013 Views

logística reversa: uma análise da evolução do tema ... - Abepro

logística reversa: uma análise da evolução do tema ... - Abepro

logística reversa: uma análise da evolução do tema ... - Abepro

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO<br />

A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integran<strong>do</strong> Tecnologia e Gestão.<br />

Salva<strong>do</strong>r, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009<br />

LOGÍSTICA REVERSA: UMA ANÁLISE<br />

DA EVOLUÇÃO DO TEMA ATRAVÉS DE<br />

REVISÃO DA LITERATURA<br />

Gisele de Lorena Diniz Chaves (UFSCAR)<br />

gisele@dep.ufscar.br<br />

Rosane Lucia Chicarelli Alcântara (UFSCAR)<br />

rosane@power.ufscar.br<br />

A <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> tem conquista<strong>do</strong> maior importância e espaço na<br />

operação <strong>logística</strong> <strong>da</strong>s empresas. Apesar disso, a carência de estu<strong>do</strong>s<br />

sobre este <strong>tema</strong> dificulta a visualização <strong>da</strong>s vantagens inerentes ao uso<br />

<strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> e comprometee sua ineficiência. O objetivo deste<br />

artigo é mostrar a <strong>evolução</strong> <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> por meio de <strong>uma</strong><br />

revisão <strong>da</strong> literatura e <strong>uma</strong> <strong>evolução</strong> <strong>da</strong>s publicações ao longo <strong>do</strong><br />

tempo. Para isso, foram utiliza<strong>da</strong>s bases eletrônicas e consultas a<br />

acervos de bibliotecas nacionais e francesas. A atual fase de<br />

desenvolvimento <strong>do</strong> <strong>tema</strong> de pesquisa - a <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> - pode ser<br />

considera<strong>da</strong> inicial pela <strong>evolução</strong> <strong>do</strong> número de publicações no tempo.<br />

Os trabalhos publica<strong>do</strong>s sobre este <strong>tema</strong> ain<strong>da</strong> definem o escopo e<br />

limites <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de de gestão <strong>do</strong>s fluxos reversos, assim como a<br />

consoli<strong>da</strong>ção de seus conceitos. No entanto, o volume de estu<strong>do</strong>s que<br />

abor<strong>da</strong>m a operacionalização <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> em alguns setores<br />

importantes <strong>da</strong> economia ain<strong>da</strong> é bastante limita<strong>do</strong>.<br />

Palavras-chaves: <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>, fluxos reversos, revisão de<br />

literatura


1. Introdução<br />

XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO<br />

A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integran<strong>do</strong> Tecnologia e Gestão<br />

Salva<strong>do</strong>r, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009<br />

Um processo de produção tradicional implica que matérias-primas sejam transforma<strong>da</strong>s em<br />

produtos, sen<strong>do</strong>, então, estrutura<strong>do</strong>s canais de distribuição com o objetivo de fazer chegar os<br />

produtos finais aos consumi<strong>do</strong>res. No entanto, produtos defeituosos, <strong>da</strong>nifica<strong>do</strong>s, fora <strong>do</strong><br />

prazo de vali<strong>da</strong>de, recicláveis, oriun<strong>do</strong>s de erros de pedi<strong>do</strong>, dentre outros fatores, geram um<br />

fluxo contrário <strong>do</strong> cliente final ou de outros membros <strong>do</strong> canal de distribuição para a indústria<br />

ou outro agente responsável pela adequa<strong>da</strong> destinação destes produtos. Estes produtos (aqui<br />

também chama<strong>do</strong>s de retornos) geram fluxos reversos que deman<strong>da</strong>m um gerenciamento<br />

diferencia<strong>do</strong> <strong>da</strong>quele utiliza<strong>do</strong> no fluxo direto para um melhor desempenho de seus processos.<br />

Esta operação, denomina<strong>da</strong> de <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>, é compreendi<strong>da</strong> como a ativi<strong>da</strong>de<br />

responsável pelo planejamento e gerenciamento deste fluxo reverso de produtos. Esta<br />

ativi<strong>da</strong>de tem a finali<strong>da</strong>de de promover a valorização <strong>do</strong>s bens recupera<strong>do</strong>s com redução de<br />

custos, permitir ganhos por diferenciação de imagem corporativa e atendimento às questões<br />

ambientais impostas pela legislação ou pelo próprio merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r.<br />

Além <strong>do</strong> aumento <strong>da</strong> eficiência e <strong>da</strong> competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s empresas que impulsiona a<br />

otimização <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des <strong>logística</strong>s, a mu<strong>da</strong>nça na cultura de consumo <strong>do</strong>s clientes, assim<br />

como sua conscientização para a preservação ambiental e pressão exerci<strong>da</strong> junto aos órgãos<br />

fiscaliza<strong>do</strong>res e governos, também têm incentiva<strong>do</strong> a expansão <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>. Mas, além<br />

destes fatores, a <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> tem conquista<strong>do</strong> maior importância e espaço na operação<br />

<strong>logística</strong> <strong>da</strong>s empresas também por seu potencial econômico. Nas grandes empresas norteamericanas,<br />

a <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> contabiliza cerca de 4% <strong>do</strong>s custos logísticos totais, um valor<br />

estima<strong>do</strong> de US$ 35 a 42 bilhões ao ano. Este fato determina a importância <strong>do</strong> melhoramento<br />

<strong>do</strong>s processos envolvi<strong>do</strong>s com os produtos e materiais retorna<strong>do</strong>s (THE EUROPEAN<br />

WORKING GROUP ON REVERSE LOGISTICS, 2005; NOREK, 2003; ROGERS e<br />

TIBBEN-LEMBKE, 2001; MEYER, 1999).<br />

Embora ca<strong>da</strong> vez mais empresas estejam encaran<strong>do</strong> a habili<strong>da</strong>de para levar de volta material<br />

pela cadeia de suprimentos como <strong>uma</strong> capaci<strong>da</strong>de <strong>logística</strong> importante, a maioria destas<br />

empresas ain<strong>da</strong> não enfatiza a <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> como <strong>uma</strong> ativi<strong>da</strong>de capaz de suscitar em<br />

vantagens competitivas (ROGERS e TIBBEN-LEMBKE, 2001; LEITE, 2003; DEKKER et<br />

al., 2004; CHAVES, 2005; FLYGANSVÆR, GADDE, HAUGLAND, 2008). Portanto, o<br />

objetivo deste artigo é mostrar a <strong>evolução</strong> <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> por meio de <strong>uma</strong> revisão <strong>da</strong><br />

literatura e <strong>uma</strong> <strong>evolução</strong> <strong>da</strong>s publicações ao longo <strong>do</strong> tempo. As bases eletrônicas utiliza<strong>da</strong>s<br />

para busca nesta pesquisa foram o Emerald (Portal de Periódicos <strong>da</strong> Capes) e o Service<br />

Commun de la Documentation <strong>da</strong> Université de la Mediterranée, assim como o acervo <strong>da</strong><br />

Biblioteca Comunitária <strong>da</strong> UFSCAR, <strong>da</strong> Biblioteca Central <strong>da</strong> EESC-USP, <strong>da</strong> Bibliothèque<br />

Nationale de France (BNF) e <strong>da</strong> Bibliothèque Universitaire de la Faculté de Sciences<br />

Économiques et de Gestion (Aix-Marseille II). Além disso, também foram consulta<strong>do</strong>s os<br />

anais <strong>do</strong>s eventos cita<strong>do</strong>s.<br />

Este artigo está estrutura<strong>do</strong> em 5 seções. Após esta introdução, apresenta-se brevemente a<br />

definição e o escopo <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>. Em segui<strong>da</strong>, alg<strong>uma</strong>s publicações relevantes sobre o<br />

<strong>tema</strong> são apresenta<strong>da</strong>s. A <strong>evolução</strong> <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s em <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> por meio <strong>do</strong> aumento no<br />

número de publicações compõe a quarta seção. As considerações finais encerram este artigo.<br />

2. Definição e escopo <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong><br />

Nos últimos anos, tem-se observa<strong>do</strong> um crescente interesse pela <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>, tanto pela<br />

2


XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO<br />

A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integran<strong>do</strong> Tecnologia e Gestão<br />

Salva<strong>do</strong>r, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009<br />

literatura quanto pelo merca<strong>do</strong>. Em resposta à crescente preocupação <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de com as<br />

questões ambientais, as empresas buscam reduzir os impactos negativos de sua ativi<strong>da</strong>de ao<br />

meio ambiente. Este fato impulsiona ações por parte de alg<strong>uma</strong>s empresas que visam<br />

comunicar ao público <strong>uma</strong> imagem de <strong>uma</strong> empresa que se preocupa com o meio ambiente. A<br />

<strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> é <strong>uma</strong> ativi<strong>da</strong>de que faz muito bem este papel e, por ser muito explora<strong>da</strong><br />

neste senti<strong>do</strong>, é muitas vezes associa<strong>da</strong> somente às questões ambientais <strong>da</strong> <strong>logística</strong>.<br />

Segun<strong>do</strong> Dekker et al. (2004), o que se pode observar é que a definição de <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong><br />

mu<strong>do</strong>u ao longo <strong>do</strong> tempo, começan<strong>do</strong> como um simples fluxo em direção contrária,<br />

passan<strong>do</strong> por <strong>uma</strong> ênfase exagera<strong>da</strong> nas questões ambientais e voltan<strong>do</strong> aos pilares originais<br />

<strong>do</strong> conceito. Por ser um conceito relativamente novo, as definições e escopo ain<strong>da</strong> estão sen<strong>do</strong><br />

estabeleci<strong>do</strong>s na literatura especializa<strong>da</strong>.<br />

A <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> pode ser defini<strong>da</strong> como o fez o Conselho de Profissionais de Gestão <strong>da</strong><br />

Cadeia de Suprimentos (COUNCIL OF SUPPLY CHAIN MANAGEMENT<br />

PROFESSIONALS, 2005): “um segmento especializa<strong>do</strong> <strong>da</strong> <strong>logística</strong> que foca o movimento e<br />

gerenciamento de produtos e materiais após a ven<strong>da</strong> e após a entrega ao consumi<strong>do</strong>r. Inclui<br />

produtos retorna<strong>do</strong>s para reparo e/ou reembolso financeiro”. Segun<strong>do</strong> Tibben-Lembke e<br />

Rogers (2002, p. 271), os fluxos reversos se consistem tanto <strong>do</strong>s produtos quanto de suas<br />

embalagens, e ambos têm si<strong>do</strong> estu<strong>da</strong><strong>do</strong>s na literatura.<br />

Leite (2003, p. 16-17) descreve as atribuições <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> e as vantagens envolvi<strong>da</strong>s<br />

como:<br />

[...] a área <strong>da</strong> <strong>logística</strong> empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as<br />

informações <strong>logística</strong>s correspondentes, <strong>do</strong> retorno <strong>do</strong>s bens de pós-ven<strong>da</strong> e de pósconsumo<br />

ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio <strong>do</strong>s canais de<br />

distribuição reversos, agregan<strong>do</strong>-lhes valor de diversas naturezas: econômico, legal,<br />

logístico, de imagem corporativa, entre outros.<br />

A <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> pode ser analisa<strong>da</strong> segun<strong>do</strong> a estrutura proposta por De Brito (2004), que<br />

segue as questões fun<strong>da</strong>mentais para esta ativi<strong>da</strong>de:<br />

� Por que implementar? – os motiva<strong>do</strong>res para que as empresas se envolvam com a <strong>logística</strong><br />

<strong>reversa</strong> (estimula<strong>do</strong>res);<br />

� Por que retornar? - as razões pelos quais os produtos são retorna<strong>do</strong>s (motivos de retorno);<br />

� Como? - como o retorno é realiza<strong>do</strong> (processos);<br />

� O que? - o que está sen<strong>do</strong> retorna<strong>do</strong> (características de produto e os tipos de produto);<br />

� Quem? - quem está realizan<strong>do</strong> os retornos (atores e seus papéis).<br />

Estas questões fun<strong>da</strong>mentais constituem as dimensões <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>. Os principais<br />

autores (ROGERS; TIBBEN-LEMBKE, 1998; BEAULIEU, 2000; FLEISCHMANN, 2001;<br />

LEITE, 2003; DEKKER et al., 2004) afirmam que os objetivos para a implantação desta<br />

ativi<strong>da</strong>de são basicamente os seguintes:<br />

� econômico: ganho financeiro na operação;<br />

� merca<strong>do</strong>lógico: diferenciação no serviço;<br />

� legislação: obediência à legislação existente ou futura;<br />

� ganho de imagem corporativa: valorização <strong>da</strong> imagem por práticas sustentáveis ou<br />

diferencia<strong>da</strong>s.<br />

Como procedimento logístico, a <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> diz respeito ao fluxo de produtos ou<br />

3


XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO<br />

A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integran<strong>do</strong> Tecnologia e Gestão<br />

Salva<strong>do</strong>r, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009<br />

embalagens que voltam à empresa por algum motivo (devoluções de clientes, retorno de<br />

embalagens, retorno de produtos para atender a legislação, defeito, falta de atendimento às<br />

expectativas, erro de pedi<strong>do</strong>s, excesso de estoque, <strong>da</strong>nificação ou contaminação <strong>do</strong> produto e<br />

produtos fora de linha (Surplus), dentre outros). Os produtos podem mu<strong>da</strong>r sua direção<br />

tradicional na cadeia de suprimentos por causas varia<strong>da</strong>s e caracterizam os retornos por sua<br />

origem. Os diferentes tipos de retornos (produtos ou embalagens, retornos comerciais ou<br />

retornos logísticos como recall, por exemplo) ocorrem por varia<strong>do</strong>s motivos, mas pode-se<br />

identificar três tipos de retornos: os retornos de fabricação, os retornos de distribuição e<br />

retornos <strong>do</strong> cliente, como apontam Dekker et al. (2004).<br />

Lambert, Stock e Vantine (1998b) consideram que a <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> trata de questões muito<br />

mais amplas que os recalls. A <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> é <strong>uma</strong> área/função bastante ampla que envolve<br />

to<strong>da</strong>s as operações relaciona<strong>da</strong>s com a reutilização de produtos e materiais como as ativi<strong>da</strong>des<br />

<strong>logística</strong>s de coleta, desmonte e processo de produtos e/ou materiais e peças usa<strong>da</strong>s a fim de<br />

assegurar <strong>uma</strong> recuperação sustentável <strong>do</strong>s mesmos e que não prejudiquem o meio ambiente<br />

(THE EUROPEAN WORKING GROUP ON REVERSE LOGISTICS, 2005.).<br />

Inicialmente, as ativi<strong>da</strong>des envolvi<strong>da</strong>s com a <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> incluem a coleta, a inspeção e a<br />

classificação <strong>do</strong>s produtos e embalagens. Os materiais podem retornar ao fornece<strong>do</strong>r ou<br />

podem ser revendi<strong>do</strong>s se ain<strong>da</strong> estiverem em condições adequa<strong>da</strong>s de comercialização. Além<br />

disso, os bens podem ser recondiciona<strong>do</strong>s, ou recicla<strong>do</strong>s. Desta forma, alguns autores como<br />

Fleischman et al. (1997) e De Brito (2004) sugerem <strong>uma</strong> classificação <strong>do</strong>s processos<br />

envolvi<strong>do</strong>s com a <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>. Se, após a inspeção, for constata<strong>do</strong> que a quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s<br />

produtos é considera<strong>da</strong> suficiente para reintrodução no merca<strong>do</strong>, este pode reintegrar os<br />

estoques e serem redistribuí<strong>do</strong>s, caracterizan<strong>do</strong> a chama<strong>da</strong> recuperação direta (direct recovery<br />

ou reused directly). Caso contrário, se a quali<strong>da</strong>de não for suficiente, os produtos devem<br />

sofrer algum tipo de retrabalho ou reprocesso, caracterizan<strong>do</strong> a chama<strong>da</strong> recuperação por<br />

processo (process recovery). O foco de atuação <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> envolve a reintrodução<br />

<strong>do</strong>s produtos à cadeia de valor pelo ciclo produtivo ou de negócios e, portanto, um produto só<br />

é descarta<strong>do</strong> em último caso.<br />

Para que haja um fluxo reverso, to<strong>da</strong>s estas ativi<strong>da</strong>des devem ser realiza<strong>da</strong>s pelas empresas<br />

fabricantes ou distribui<strong>do</strong>ras <strong>do</strong>s produtos, assim como podem ser terceiriza<strong>da</strong>s a empresas<br />

especializa<strong>da</strong>s na execução de alg<strong>uma</strong>s tarefas como coleta, separação, reciclagem, dentre<br />

outros. Os atores envolvi<strong>do</strong>s vão ser defini<strong>do</strong>s em função <strong>do</strong>s diferentes canais reversos. Por<br />

exemplo, em canais reversos de pós-ven<strong>da</strong> (em que os produtos não foram utiliza<strong>do</strong>s),<br />

utilizam-se os mesmos atores <strong>do</strong> canal de distribuição direto já que retornam os produtos às<br />

indústrias de origem. O mesmo não vale para o canal reverso pós-consumo (em que os<br />

produtos já foram consumi<strong>do</strong>s), pois as empresas devem desenvolver novos canais reversos e<br />

isto inclui definir os agentes envolvi<strong>do</strong>s no canal. Além disso, alg<strong>uma</strong>s características <strong>do</strong>s<br />

produtos, como periculosi<strong>da</strong>de, definem os agentes especializa<strong>do</strong>s para seu transporte e<br />

descarte.<br />

O nível de recuperação <strong>do</strong> produto antes de sua reintrodução ao ciclo produtivo ou de<br />

negócios, assim como seu padrão de uso (posição, intensi<strong>da</strong>de, duração e uso institucional<br />

versus individual), influenciarão o número de intermediários no canal reverso. O uso mais ou<br />

menos intensivo pode gerar produtos passíveis de serem aproveita<strong>do</strong>s por outras pessoas, o<br />

que leva a criação de merca<strong>do</strong>s secundários.<br />

No canal de distribuição reverso, ca<strong>da</strong> ator tem <strong>uma</strong> função diferencia<strong>da</strong> mais ou menos<br />

importante em função de seu porte, posição no canal, e <strong>do</strong> tipo de produto que trabalha. Ca<strong>da</strong><br />

4


XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO<br />

A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integran<strong>do</strong> Tecnologia e Gestão<br />

Salva<strong>do</strong>r, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009<br />

ator tem objetivos diferentes e podem competir entre si. Nesta operação, vale ressaltar que os<br />

atores envolvi<strong>do</strong>s e a relação entre eles é muito importante para evitar ineficiência no<br />

processo reverso. A falta de gerenciamento <strong>do</strong> retorno de bens pode ocasionar problemas<br />

comerciais entre as empresas produtoras e seus canais de distribuição, influencian<strong>do</strong> até<br />

mesmo o consumi<strong>do</strong>r final.<br />

3. Publicações relevantes sobre <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong><br />

Nos anos noventa, o antigo CLM (hoje CSCMP) publicou estu<strong>do</strong>s relevantes em <strong>logística</strong><br />

<strong>reversa</strong>. O primeiro foi o livro de Stock (1992) cujo título é Reverse Logistics. Este livro é<br />

<strong>uma</strong> referência por introduzir a perspectiva de redução <strong>do</strong>s resíduos e afirmou, a partir de<br />

pesquisa na indústria norte-americana, que o desenvolvimento <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> estava em<br />

seu estágio inicial. No ano seguinte o CLM publicou o livro de Kopicky et al (1993): Reuse<br />

and Recycling Reverse Logistics Opportunities que, por sua vez, como o próprio título<br />

informa, destaca as oportuni<strong>da</strong>des que o gerenciamento <strong>do</strong>s fluxos reversos trazem por meio<br />

<strong>da</strong> reutilização e reciclagem de produtos e embalagens. Um segun<strong>do</strong> livro de Stock foi<br />

lança<strong>do</strong> em 1998: Development and Implementation of Reverse Logistics Programs,<br />

abor<strong>da</strong>n<strong>do</strong> a implantação e o desenvolvimento <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> consideran<strong>do</strong> aspectos<br />

como a sua gestão, controle, performance e custos; assim como casos de aplicação de<br />

<strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>.<br />

Outra publicação importante é o livro Going Backwards: Reverse Logistics Trends and<br />

Practices de Rogers e Tibben-Lembke em 1998, basea<strong>do</strong> em <strong>uma</strong> extensiva pesquisa com<br />

empresas norte-americanas. O estu<strong>do</strong> abor<strong>da</strong> questões econômicas, objetivos estratégicos,<br />

redução de custo e os canais reversos. Após estas publicações que auxiliaram o<br />

desenvolvimento <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>, foi publica<strong>do</strong> o livro Quantitative Models for Reverse<br />

Logístics de Fleischmann (2001), basea<strong>do</strong> em sua tese de <strong>do</strong>utora<strong>do</strong>, que considera modelos<br />

quantitativos que incorporam os fluxos reversos e sua implementação na IBM.<br />

O RevLog (European Working Group on Reverse Logistics) publicou o livro de Dekker et al<br />

(2004): Reverse Logistics: Quantitative Models for Closed-Loop Supply Chains; dedica<strong>do</strong> à<br />

modelagem quantitativa como auxílio na toma<strong>da</strong> de decisão para a <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> de ciclo<br />

fecha<strong>do</strong> e traz exemplos reais. Sob <strong>uma</strong> ótica distinta, neste mesmo ano, Dyckhoff et al<br />

(2004) organizou a publicação <strong>do</strong> livro Supply Chain Management and Reverse Logistics, que<br />

integra a <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> ao um conceito de SCM.<br />

No Brasil foi publica<strong>do</strong> o livro Logística Reversa: Meio Ambiente e Competitivi<strong>da</strong>de de<br />

Paulo Roberto Leite (2003) que abor<strong>da</strong> os conceitos de canais reversos e propõe um modelo<br />

relacional entre os diversos direciona<strong>do</strong>res de um programa de <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>, apresentan<strong>do</strong><br />

casos brasileiros.<br />

Além <strong>do</strong>s livros, várias teses enriqueceram a literatura sobre o <strong>tema</strong>. Destacam-se alg<strong>uma</strong>s<br />

como a de Marianne Jahre (1995), que investigou o desempenho <strong>do</strong>s sis<strong>tema</strong>s de coleta e<br />

reciclagem de lixo <strong>do</strong>méstico, com ênfase nas embalagens. Outra tese com repercussão<br />

internacional foi a de Moritz Fleischmann (2000), que trabalhou com modelos qualitativos<br />

para analisar o design <strong>da</strong> rede de <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> e a gestão de inventário. Outro trabalho<br />

relevante foi a tese de Antoine Landrieu (2001) sobre produtos elétricos e eletrônicos. Seu<br />

trabalho enfatiza as estratégias de coleta consideran<strong>do</strong>, o produto e a zona geográfica. Neste<br />

mesmo setor de ativi<strong>da</strong>de, Marlene Monnet defendeu sua tese em 2007 sobre a intermediação<br />

<strong>do</strong>s presta<strong>do</strong>res de serviços logísticos consideran<strong>do</strong> as questões de sustentabili<strong>da</strong>de<br />

(MONNET, 2007). Por fim, a tese de Marisa de Brito (2004) traz <strong>uma</strong> ampla <strong>análise</strong> <strong>da</strong><br />

<strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> e <strong>uma</strong> estrutura de diagnóstico, bem como identifica fatores críticos que<br />

5


XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO<br />

A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integran<strong>do</strong> Tecnologia e Gestão<br />

Salva<strong>do</strong>r, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009<br />

determinam como a <strong>logística</strong> direta e a <strong>reversa</strong> devem ser combina<strong>da</strong>s (DE BRITO, 2004).<br />

Não somente os livros e teses publica<strong>da</strong>s, mas diversos outros trabalhos como artigos<br />

relevantes, influenciaram o desenvolvimento <strong>da</strong> literatura atual sobre <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>. O<br />

Quadro 1 traz, de forma reduzi<strong>da</strong> e breve, alguns trabalhos relevantes para as áreas<br />

relaciona<strong>da</strong>s. Porém, devem-se destacar alguns trabalhos como o Gungor e Gupta (1999)<br />

publicaram <strong>uma</strong> extensiva revisão a partir de mais de 300 artigos e livros sobre a produção<br />

que considera as questões ambientais e a recuperação de produtos. Como conclusão, os<br />

autores observaram a necessi<strong>da</strong>de de mais estu<strong>do</strong>s qualitativos e quantitativos para auxiliar a<br />

toma<strong>da</strong> de decisão nas empresas. Carter e Ellram (1998) também fazem <strong>uma</strong> revisão de<br />

literatura sobre compras, transporte e embalagens relaciona<strong>do</strong>s com a <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> e<br />

propõem <strong>uma</strong> estrutura com os determinantes <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>. Outros autores que<br />

propõem <strong>uma</strong> revisão <strong>da</strong> literatura sobre <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> são Lambert e Riopel (2003). Já<br />

Mahadevan e Deb (2007) também fazem <strong>uma</strong> revisão bibliográfica sobre a legislação<br />

relaciona<strong>da</strong> com a <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> e propõem <strong>uma</strong> estrutura para a recuperação e<br />

remanufatura <strong>do</strong>s produtos em fim de vi<strong>da</strong> útil.<br />

Além destes artigos, Fleischmann et al. (1997) que trazem <strong>uma</strong> revisão de modelos de<br />

pesquisa operacional para a <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>. Esta revisão é organiza<strong>da</strong> consideran<strong>do</strong> a<br />

distribuição, controle de inventário e planejamento <strong>da</strong> produção em que o autor considera a<br />

relevância de <strong>uma</strong> abor<strong>da</strong>gem que considere tanto aspectos econômicos quanto ambientais.<br />

Cabe citar também o recente trabalho realiza<strong>do</strong> por Leite et al (2008) que é um diagnóstico<br />

<strong>do</strong>s hábitos empresariais brasileiros em <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>. Este estu<strong>do</strong> envolveu 188 empresas<br />

de diversos setores <strong>da</strong> economia e faz <strong>uma</strong> <strong>análise</strong> para o merca<strong>do</strong> nacional.<br />

CONTRIBUIÇÃO AUTORES<br />

Práticas e Processos na Logística Reversa Lacer<strong>da</strong> (2003)<br />

Rogers e Tibben-Lembke (2001)<br />

Dowlatshahi (2000)<br />

Blumberg (1999)<br />

Stock (1998)<br />

Dawe (1995)<br />

Classificação <strong>da</strong> Logística Reversa Leite (2003)<br />

Beaulieu (2000)<br />

Rogers e Tibben-Lembke (1998)<br />

Redução de Custos na Logística Reversa Daher; Silva e Fonseca (2003)<br />

Goldsby e Closs (2000)<br />

Performance e Logística Reversa Richey et al (2005)<br />

Daugherty; Autry e Ellinger (2001)<br />

Goldsby e Stank (2000)<br />

Méto<strong>do</strong>s Quantitativos para a Logística Reversa Fleischmann (2001)<br />

Krikke et al. (1999a)<br />

Fleischmann et al (1997)<br />

Sis<strong>tema</strong> de Informação que incorpore a Logística Daugherty; Myers e Richey (2002)<br />

Reversa<br />

Estratégia Daut (2005)<br />

Coordenação na Logística Reversa Flygansvær; Gadde e Haugland (2008)<br />

Presta<strong>do</strong>res de Serviços Li e Olorunniwo (2008)<br />

Mukhopadhyay e Setaputra (2006)<br />

Meade e Sarkis (2002)<br />

Gestão de Estoques Fleischmann et al. (2002)<br />

Minner (2001)<br />

Korugan et Gupta (1998)<br />

6


Embalagens Rosenau et al (1996)<br />

Aquisição de Produtos Jahre (1995)<br />

Fonte: elabora<strong>do</strong> pelas autoras com base na literatura pesquisa<strong>da</strong><br />

XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO<br />

A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integran<strong>do</strong> Tecnologia e Gestão<br />

Salva<strong>do</strong>r, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009<br />

Quadro 1 – Publicações em várias áreas <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong><br />

Já o Quadro 2 relaciona alguns artigos que apresentam estu<strong>do</strong>s de caso específicos sobre a<br />

<strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> para setores diversos. Ressalta-se o trabalho de De Brito et al. (2003) que<br />

fazem <strong>uma</strong> detalha<strong>da</strong> revisão e classificação de estu<strong>do</strong>s de caso em <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> e também<br />

serve como fonte para pesquisas.<br />

SETOR AUTORES<br />

Computa<strong>do</strong>res<br />

Tan e Arun (2006)<br />

Tan, Yu e Arun (2003)<br />

Knemeyer; Ponzurick e Logar (2002)<br />

Giuntini e Andel (1995)<br />

Varejo<br />

Koster; De Brito e Van de Vendel (2002)<br />

Tibben-Lembke e Rogers (2002)<br />

Merca<strong>do</strong> Editorial<br />

Wu e Cheng (2006)<br />

Brito, Leite e Macau (2005)<br />

Lukashik (2006)<br />

Automóveis<br />

Srivastava (2006)<br />

Krikke et al. (1999b)<br />

Walther; Spengler (2005)<br />

Equipamentos Elétricos e Lee; Mcshane e Kozlowski (2002)<br />

Eletrônicos<br />

Sodhi et Reimer (2001)<br />

Meyer (1999)<br />

Indústria Química De Oliveira; Gamboa e Dos Santos (2003)<br />

Equipamentos Médicos Aminia; Retzlaff-Robertsb, e Bienstock (2005)<br />

Agroalimentar<br />

Chaves e Alcântara (2006)<br />

Chaves (2005)<br />

Cerâmica<br />

Ramos (2004)<br />

Betini e Ichihara (2007)<br />

Vidros<br />

Gonçalves e Marins (2006)<br />

Goldsby et Closs (2000)<br />

Exército Diener et al (2004)<br />

Fonte: elabora<strong>do</strong> pelas autoras com base na literatura pesquisa<strong>da</strong><br />

Quadro 2 – Periódicos internacionais com publicações em <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong><br />

4. A <strong>evolução</strong> <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>: o número de publicações em periódicos e eventos<br />

O próximo Quadro 3 traz os resulta<strong>do</strong>s de <strong>uma</strong> busca realiza<strong>da</strong> por Mahadevan e Deb (2007)<br />

em diversos periódicos internacionalmente conheci<strong>do</strong>s por artigos relaciona<strong>do</strong>s ao <strong>tema</strong><br />

<strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> entre 1996 e 2006.<br />

PERIODICOS INTERNACIONAIS NUMERO DE ARTIGOS<br />

International Journal of Production Economics 24<br />

European Journal of Operational Research 24<br />

International Journal of Production Research 14<br />

Omega 14<br />

International Journal of Physical Distribution & Logistics Management 8<br />

California Management Review 9<br />

Management Science 8<br />

Production & Operations Management 7<br />

Interfaces 6<br />

7


XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO<br />

A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integran<strong>do</strong> Tecnologia e Gestão<br />

Salva<strong>do</strong>r, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009<br />

Supply Chain Management: An International Journal 3<br />

International Journal of Operations and Production Management 4<br />

Journal of Operations Management 4<br />

Manufacturing & Services Operations Management 2<br />

Harvard Business Review 3<br />

Journal of the Operational Research Society 2<br />

European Management Journal 1<br />

Decision Sciences 1<br />

Logistics Information Management 1<br />

Production Planning & Control 1<br />

The Journal of Business & Industrial Marketing 1<br />

Management Research News 1<br />

Transportation Research 1<br />

Industrial Management & Data Systems 1<br />

MIT Sloan Management Review 1<br />

Proceedings of The Institution of Mechanical Engineers 1<br />

IIMB Management Review 1<br />

Journal of Business Logistics 1<br />

Total 144<br />

Fonte: Mahadevan e Deb (2007, p. 33)<br />

Quadro 3 – Periódicos internacionais com publicações em <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> entre 1996-2006<br />

O Quadro 4 traz <strong>uma</strong> lista não exaustiva <strong>do</strong>s trabalhos publica<strong>do</strong>s nos periódicos<br />

nacionalmente reconheci<strong>do</strong>s (Qualis Capes Nacional A na área de Engenharias III)<br />

relaciona<strong>do</strong>s ao <strong>tema</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>.<br />

PERIODICOS NACIONAIS Nº DE<br />

ARTIGOS<br />

ARTIGOS<br />

Gestão & Produção 6 Chaves e Batalha (2006)<br />

Gonçalves e Marins (2006)<br />

Gonçalves-Dias (2006)<br />

Seliger; Kernbaum e Zettl (2006).<br />

Simonetto e Borenstein (2006)<br />

Cunha e Caixeta Filho (2002)<br />

Produção 4 Dlmaier e Sellitto (2007)<br />

Gonçalves-Dias e Teodósio (2006)<br />

Guarnieri (2006)<br />

Lima e Romero-Filho (2003)<br />

Engenharia. Sanitária Ambiental 4 Da Costa et al. (2007)<br />

Pra<strong>do</strong> Filho e Sobreira (2007)<br />

Massuka<strong>do</strong> e Zanta (2006)<br />

Cimino e Zanta (2005)<br />

Investigação Operacional 2 Barroso e Macha<strong>do</strong> (2005)<br />

Alves e Carvalho (2004)<br />

Ambiente e Socie<strong>da</strong>de 1 Motta (2008)<br />

Revista Brasileira de Ciências Farmaceuticas 1 Gil (2007)<br />

Total<br />

Fonte: elabora<strong>do</strong> pelas autoras<br />

18<br />

Quadro 4 – Periódicos nacionais (Qualis A) com publicações em <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> entre 2000-2008<br />

Vale ressaltar que, embora não esteja incluso na lista como Qualis Capes Nacional A na área<br />

de Engenharias III, o primeiro número <strong>do</strong> Journal of Operations and Supply Chain<br />

Management, lança<strong>do</strong> no primeiro semestre de 2008 pela Fun<strong>da</strong>ção Getúlio Vargas, incluiu<br />

um artigo sobre <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>: “Power and trust reverse logístics system for scraptires and<br />

8


its impacto on performance” (FREIRES; GUEDES, 2008).<br />

XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO<br />

A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integran<strong>do</strong> Tecnologia e Gestão<br />

Salva<strong>do</strong>r, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009<br />

Já o Quadro 5 traz o volume de publicação em eventos (encontros e simpósios) de relevância<br />

no país na área de Engenharia de Produção nos últimos anos. To<strong>do</strong>s os artigos <strong>do</strong> ENEGEP<br />

(Encontro Nacional de Engenharia de Produção), <strong>do</strong> SIMPOI (Simpósio de Administração <strong>da</strong><br />

Produção, Logística e Operações Internacionais) e <strong>do</strong> SIMPEP (Simpósio de Engenharia de<br />

Produção) que continham os termos <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>, canais ou fluxos reversos no título ou<br />

palavras-chave foram inclusos no quadro.<br />

PERIODICOS NACIONAIS Nº DE ARTIGOS<br />

ENEGEP 2008 17<br />

ENEGEP 2007 10<br />

ENEGEP 2006 9<br />

ENEGEP 2005 4<br />

SIMPOI 2008 9<br />

SIMPOI 2007 3<br />

SIMPOI 2006 8<br />

SIMPOI 2005 3<br />

SIMPEP 2008 6<br />

SIMPEP 2007 6<br />

SIMPEP 2006 5<br />

SIMPEP 2005 5<br />

TOTAL 2008 32<br />

TOTAL 2007 19<br />

TOTAL 2006 22<br />

TOTAL 2005 12<br />

Total 85<br />

Fonte: Elabora<strong>do</strong> pela autora com base nos anais <strong>do</strong>s eventos<br />

Quadro 28 – Publicações em <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> nos principais eventos brasileiros entre 2005-2008<br />

A atual fase de desenvolvimento <strong>do</strong> <strong>tema</strong> de pesquisa – a <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> - pode ser<br />

considera<strong>da</strong> inicial pela <strong>evolução</strong> <strong>do</strong> número de publicações no tempo. Mahadevan e Deb<br />

(2007) apontam 144 artigos publica<strong>do</strong>s em periódicos internacionais sobre <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong><br />

entre 1996 e 2006. No Brasil, foram publica<strong>do</strong>s 18 artigos em periódicos nacionalmente<br />

reconheci<strong>do</strong>s entre 2000 e 2008. Outros estu<strong>do</strong>s que abor<strong>da</strong>m esta <strong>evolução</strong> são Gungor e<br />

Gupta (1999) e Lambert e Riopel (2003).<br />

No entanto, <strong>uma</strong> <strong>análise</strong> <strong>do</strong> Quadro 2 mostra que o volume de estu<strong>do</strong>s que abor<strong>da</strong>m a<br />

operacionalização <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> em alguns setores importantes <strong>da</strong> economia ain<strong>da</strong> é<br />

bastante limita<strong>do</strong>. Neste senti<strong>do</strong>, Leite (2003, p. 4) afirma que os canais de distribuição<br />

reversos têm si<strong>do</strong> pouco estu<strong>da</strong><strong>do</strong>s até o momento e mesmo os canais reversos mais<br />

conheci<strong>do</strong>s e melhor estrutura<strong>do</strong>s não possuem <strong>da</strong><strong>do</strong>s organiza<strong>do</strong>s para estu<strong>do</strong>.<br />

5. Considerações finais<br />

A revisão <strong>da</strong> literatura mostra que as pesquisas são realiza<strong>da</strong>s para solucionarem os problemas<br />

encontra<strong>do</strong>s na indústria, seus fornece<strong>do</strong>res e distribui<strong>do</strong>res. A <strong>evolução</strong> <strong>do</strong> número de<br />

publicações evidencia que a <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> é <strong>uma</strong> área de pesquisa que se encontra em fase<br />

de desenvolvimento. Os trabalhos publica<strong>do</strong>s sobre este <strong>tema</strong> ain<strong>da</strong> definem o escopo e<br />

limites <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de de gestão <strong>do</strong>s fluxos reversos, assim como a consoli<strong>da</strong>ção de seus<br />

conceitos. Apesar de ser notório o crescimento <strong>da</strong> importância <strong>do</strong> gerenciamento <strong>do</strong> fluxo<br />

reverso nas empresas e sua influência no relacionamento entre os elos <strong>do</strong> canal de<br />

distribuição, a carência de estu<strong>do</strong>s sobre este <strong>tema</strong> dificulta a visualização <strong>da</strong>s vantagens<br />

9


inerentes ao uso <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>.<br />

XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO<br />

A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integran<strong>do</strong> Tecnologia e Gestão<br />

Salva<strong>do</strong>r, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009<br />

A insuficiência de informação e conseqüente estrutura deficiente <strong>do</strong>s canais podem<br />

comprometer seu funcionamento de forma eficiente ocasionan<strong>do</strong> per<strong>da</strong>s. Muitas vezes, as<br />

empresas não possuem informações e <strong>da</strong><strong>do</strong>s que suportem as decisões inerentes ao<br />

gerenciamento <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>. Os autores consulta<strong>do</strong>s assumem que a <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong><br />

ain<strong>da</strong> é um <strong>tema</strong> de pesquisa com várias lacunas a serem preenchi<strong>da</strong>s e sugerem vários<br />

tópicos para pesquisas futuras.<br />

Portanto, após a <strong>análise</strong> <strong>da</strong> literatura existente sobre o <strong>tema</strong> e seu agrupamento por assunto e<br />

setor pesquisa<strong>do</strong>, sugere-se pesquisas que abordem aspectos específicos <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>,<br />

como as suas práticas, os fatores críticos para o gerenciamento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de, a avaliação de<br />

sua performance para os diversos setores <strong>da</strong> economia. Além disso, sugere-se um<br />

aprofun<strong>da</strong>mento <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> interagin<strong>do</strong> com outras áreas de estu<strong>do</strong> como<br />

os canais de distribuição e a cadeia de suprimentos.<br />

Referências<br />

ADLMAIER, D.; SELLITTO, M. A. Embalagens retornáveis para transporte de bens manufatura<strong>do</strong>s: um<br />

estu<strong>do</strong> de caso em <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>. Revista Produção, vol.17, no.2, p.395-406, ago 2007.<br />

ALVES, C. M. M.; CARVALHO, J. M. V. de. Planejamento de Rotas num Sis<strong>tema</strong> de Recolha de<br />

Desperdícios de Madeira. Investigação Operacional, vol.24, n.1, p.21-43, jun. 2004.<br />

AMINIA,M. M.; RETZLAFF-ROBERTSB, D., BIENSTOCKC,C. C. Designing a reverse logistics<br />

operation for short cycle time repair services. International Journal of. Production Economics, vol. 96, n. 3,<br />

2005, pp. 367–380<br />

BARROSO, A. P.; MACHADO, V. H. A gestão <strong>logística</strong> <strong>do</strong>s resíduos em Portugal. Investigação Operacional,<br />

vol.25, no.2, p.179-194, 2005.<br />

BEAULIEU, M. Définir et maîtriser la complexité des réseaux de logistique à rebours. Les Troisièmes<br />

Rencontres Internationales de la Recherche en Logistique, Trois-Rivières, Cana<strong>da</strong>, 2000.<br />

BETINI, D. G.; ICHIHARA, J. de A. A <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> aplica<strong>da</strong> ao setor oleiro na região norte. In: Anais <strong>do</strong><br />

XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção – XXVII ENEGEP, Foz <strong>do</strong> Iguaçu, Brasil, outubro de<br />

2007.<br />

BLUMBERG, D. F. Strategic examination of reverse logistics and repair service requirements, needs, market<br />

size, and opportunities. Journal of Business Logistics; vol.20, n, 2; 1999; pg. 141-159<br />

BRITO, E. P. Z.; LEITE, P. R.; MACAU, F. R. A importância <strong>da</strong> Logística Reversa em canais com alta taxa<br />

de retorno: um estu<strong>do</strong> em empresa <strong>do</strong> setor editorial brasileiro. Anais... VIII Simpósio <strong>da</strong> Administração <strong>da</strong><br />

Produção, Logística e Operações Internacionais – VIII SIMPOI. São Paulo, 2005.<br />

CARTER, C. R.; ELLRAM, L. M. Reverse logistics: a review of the literature and framework for future<br />

investigation. Journal of Business Logistics, v. 19, n. 1, p. 85-102, 1998.<br />

CIMINO, M. A.; ZANTA, V. M. Gerenciamento de pneumáticos inservíveis (GPI): <strong>análise</strong> crítica de ações<br />

institucionais e tecnologias para minimização. Engenharia. Sanitária Ambiental, vol.10, no.4, p.299-306, dez<br />

2005.<br />

CHAVES, G. L. D., ALCÂNTARA, R.L. C. Reverse Logistics and the Relation Between Industry and Retail in<br />

the After-Sale Reverse Flow Management. Proceedings… Third International Conference on Production<br />

Research –Americas’ Region 2006, Curitiba, 2006.<br />

CHAVES, G. L. D. Diagnóstico <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> na cadeia de alimentos processa<strong>do</strong>s no oeste paranaense.<br />

Tole<strong>do</strong>, 2005. 124p. Dissertação (mestra<strong>do</strong>) – Universi<strong>da</strong>de Estadual <strong>do</strong> Oeste <strong>do</strong> Paraná. Campus de Tole<strong>do</strong>.<br />

CHAVES, G. L. D.; BATALHA, M. O. Os consumi<strong>do</strong>res valorizam a coleta de embalagens recicláveis? um<br />

estu<strong>do</strong> de caso <strong>da</strong> <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> em <strong>uma</strong> rede de hipermerca<strong>do</strong>s. Gestão & Produção, vol.13, no.3, p.423-<br />

434, dez 2006.<br />

10


XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO<br />

A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integran<strong>do</strong> Tecnologia e Gestão<br />

Salva<strong>do</strong>r, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009<br />

COUNCIL OF SUPPLY CHAIN MANAGEMENT PROFESSIONALS (CSCMP). Supply chain and<br />

logistics terms and glossary, 2005. Disponível em: http://www.cscmp.org/Terms/glossary03.htm Acesso em:<br />

janeiro de 2005.<br />

CUNHA V.; CAIXETA FILHO, J. V. Gerenciamento <strong>da</strong> coleta de resíduos sóli<strong>do</strong>s urbanos: estruturação e<br />

aplicação de modelo não-linear de programação por metas. Gestão & Produção, vol.9, no.2, p.143-161, ago<br />

2002.<br />

DA COSTA, N. et al. Planejamento de programas de reciclagem de resíduos de construção e demolição no<br />

Brasil: <strong>uma</strong> <strong>análise</strong> multivaria<strong>da</strong>. Engenharia. Sanitária Ambiental, vol.12, no.4, p.446-456, dez 2007.<br />

DAHER, C. E.; SILVA, E P. L. S.; FONSECA, A.P. . Logística Reversa: oportuni<strong>da</strong>de para redução de<br />

custos através <strong>do</strong> gerenciamento <strong>da</strong> cadeia integra<strong>da</strong> de valor. In.: Anais VIII Congreso Internacional de Costos<br />

Anais, Punta del Este, 2003.<br />

DAUGHERTY, P. J; AUTRY, C. W; ELLINGER, A. E. Reverse logistics: the relationship between resource<br />

commitment and program performance. Journal of Business Logistics; vol. 22, n.1; 2001, pg. 107-123<br />

DAUGHERTY, P. J; MYERS, M. B; RICHEY R G. Information support for reverse logistics: the influence<br />

of relationship commitment. Journal of Business Logistics; vol. 23, n.1; 2002, pg. 85-106<br />

DAUT, V. Stratégie de reverse logistics: gestion des process et optimisation. Logistique & Management, vol.<br />

13, n. 1, 2005. pp. 127-130<br />

DAWE, R. L. Reengineer your returns. Transportation and Distribution, vol. 36, n. 8, 1995. p.78-80.<br />

DE BRITO, M. P. Managing reverse logistics or reversing logistics management? 2004. 324p. Tese<br />

(<strong>do</strong>utora<strong>do</strong>) - Erasmus University Rotter<strong>da</strong>m, Rotter<strong>da</strong>m, 2004.<br />

DE BRITO, M. P.; DEKKER, R.; FLAPPER, S. D. P. Reverse logistics: a review of case studies. Report<br />

Series Research in Management ERS-2003-012-LIS, Erasmus Universi<strong>da</strong>de de Rotter<strong>da</strong>m, Holan<strong>da</strong>, 2003.<br />

DE OLIVEIRA, R. F.; GAMBOA, F. A. R.; DOS SANTOS, F. R. S.. Conceitos de <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong> e<br />

colaboração aplica<strong>do</strong>s à indústria de especiali<strong>da</strong>des químicas. In ... Anais <strong>do</strong> X Simpósio de Engenharia de<br />

Produção – X SIMPEP. Bauru, novembro de 2003.<br />

DEKKER, R. et al. Reverse logistics: quantitative models for closed-loop supply chains. Berlin: Springer-<br />

Verlag, 2004.<br />

DIENER, D.; PELTZ, E.; LACKEY, A.; BLAKE, D. J.; VAIDYANATHAN, K. Value recovery from the<br />

reverse logistics pipeline. Prepared for the United States Army. RAND Corporation, 2004<br />

DOWLATSHAHI, S. Developing a theory of reverse logistics. Interfaces vol. 30, n. 3, 2000. p. 143-155.<br />

DYCKHOFF, H.; LACKES, R.; REESE, J. Supply chain management and reverse logistics. Berlin: Springer-<br />

Verlag, 2004.<br />

FLEISCHMANN, M. Quantitative Models for Reverse Logistics. Berlim: Springer-Vergag, 2001.<br />

______. Quantitative models for reverse logistics. Rotter<strong>da</strong>m, Holan<strong>da</strong>, 2000. 223p. Tese (<strong>do</strong>utora<strong>do</strong>). Erasmus<br />

University Rotter<strong>da</strong>m, 2000.<br />

FLEISCHMANN, M., KUIK, R. et DEKKER, R. Controlling Inventories with Stochastic Item Returns: a<br />

Basic Model. European Journal of Operational Research, vol, 138, n. 1, p. 63-75, 2002.<br />

FLEISCHMANN, M.; BLOEMHOF-RUWAARD, J.M.; DEKKER, R.; VAN NUNEN, J.; VAN<br />

WASSENHOVE, L. N. Quantitative models for reverse logistics: A review. European Journal of Operational<br />

Research, vol. 103, n. 1, 1997. p.1-17.<br />

FLYGANSVÆR, B. M.; GADDE, L.; HAUGLAND, S. A. Coordinated action in reverse distribution<br />

systems. International Journal of Physical Distribution & Logistics Management, vol. 38, n. 1, 2008. pp. 5-20<br />

FREIRES, F. G. M.; GUEDES, A. P. S. Power and trust reverse logístics system for scraptires and its impacto<br />

n performance. Journal of Operations and Supply Chain Management, vol. 1, n. 1, p. 57-65, 2008.<br />

GIL, E. de S. et al. Aspectos técnicos e legais <strong>do</strong> gerenciamento de resíduos químico-farmacêuticos. Revista<br />

Brasileira Ciencias Farmaceuticas, vol.43, no.1, p.19-29, mar 2007.<br />

GIUNTINI, R.; ANDEL, T. Advance with reverse logistics - part 1. Transportation and Distribution, vol. 36, n.<br />

11


2, p. 73-77, 1995.<br />

XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO<br />

A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integran<strong>do</strong> Tecnologia e Gestão<br />

Salva<strong>do</strong>r, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009<br />

GOLDSBY, T. J; CLOSS, D. J. Using activity-based costing to reengineer the reverse logistics channel.<br />

International Journal of Physical Distribution & Logistics Management, vol. 30, n. 6, 2000, pp. 500-514.<br />

GOLDSBY, T. J; STANK, T. P. World class logistics performance and environmentally responsible logistics<br />

practices. Journal of Business Logistics; vol. 21, n. 2; 2000; pg. 187-208<br />

GONÇALVES, M. E. MARINS, F. A. S. Logística <strong>reversa</strong> n<strong>uma</strong> empresa de laminação de vidros: um estu<strong>do</strong><br />

de caso. Gestão & Produção, vol.13, no.3, p.397-410, dez 2006.<br />

GONÇALVES-DIAS, S. L. F. Há vi<strong>da</strong> após a morte: um (re)pensar estratégico para o fim <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />

embalagens. Gestão & Produção, vol.13, no.3, p.463-474, dez 2006.<br />

GONÇALVES-DIAS, S. L. F.; TEODOSIO, A. <strong>do</strong>s S. SEstrutura <strong>da</strong> cadeia <strong>reversa</strong>: "caminhos" e<br />

"descaminhos" <strong>da</strong> embalagem PET. Revista Produção, vol.16, no.3, p.429-441, dez 2006.<br />

GUARNIERI, P. et al. WMS -Warehouse Management System: a<strong>da</strong>ptação proposta para o gerenciamento <strong>da</strong><br />

<strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>. Revista Produção, vol.16, no.1, p.126-139, abr 2006.<br />

GUNGOR, A.; GUPTA, S. M. Issues in environmentally conscious manufacturing and product recovery: a<br />

survey. Computers & Industrial Engineering, vol. 36, n. 4, p. 811–853, 1999.<br />

KNEMEYER, A. M.; PONZURICK, T. G.; LOGAR, C. M. A qualitative examination of factors affecting<br />

reverse logistics systems for end-of-life computers. International Journal of Physical Distribution Logistics, vol.<br />

32, n. 6, 2002, pp 455-479<br />

KOPICKY, R. J. et al. Reuse and recycling: reverse logistics opportunities. Council of Logistics Management,<br />

Oak Brook, IL. 1993<br />

KOSTER, R. B.M.; DE BRITO, M. P.; VAN DE VENDEL, M. A. Return handling: an exploratory study<br />

with nine retailer warehouses. International Journal of Retail & Distribution Management, vol 30, n. 8, 2002, pp.<br />

407-421<br />

KRIKKE, H. R., VAN HARTEN, A.; SCHUUR, P. C. Business case oce: reverse logistic network re-design<br />

for copiers. OR Spektrum, vol.21, n. 3, p. 381-409, 1999a.<br />

KRIKKE, H. R., VAN HARTEN, A.; SCHUUR, P. C. Business case Roteb: recovery strategies for monitors.<br />

Computers & Industrial Engineering, vol. 36, n. 4, p. 739-757, 1999b.<br />

KORUGAN, A.; GUPTA, S. M. A multi-echelon inventory system with returns. Computers & Industrial<br />

Engineering, vol. 35, n. 1-2, p. 145-148, 1998.<br />

JAHRE, M. Logistics Systems for recycling: efficient collection of household waste. 1995. Tese (<strong>do</strong>utora<strong>do</strong>).<br />

Chalmers University of technology, Gutenberg, Suécia, 1995.<br />

LACERDA, L. Logística Reversa: <strong>uma</strong> visão sobre os conceitos e as práticas operacionais. In: FIGUEIREDO,<br />

Kleber Fossati; FLEURY, Paulo Fernan<strong>do</strong>; WANKE, Peter. (orgs.) Logística e gerenciamento <strong>da</strong> cadeia de<br />

suprimentos: planejamento <strong>do</strong> fluxo de produtos e <strong>do</strong>s recursos. Centro de Estu<strong>do</strong>s em Logística. COPPEAD,<br />

UFRJ. São Paulo: Atlas, 2003.<br />

LAMBERT, D. M; STOCK, J. R.; VANTINE, J.G. Administração estratégica <strong>da</strong> <strong>logística</strong>. São Paulo:<br />

Vantine Consultoria, 1998b.<br />

LAMBERT, S.; RIOPEL, D. Logistique inversée: revue de littérature. Les Cahiers du GERAD, outubro 2003.<br />

LANDRIEU, A. Logistique inverse et collecte des produits techniques en fin de vie: tournées de vehicles avec<br />

contraintes. 2001. 160p. Tese (<strong>do</strong>utora<strong>do</strong>). Institut National Polytechnique de Grenoble. Grenoble, França, 2001.<br />

LEE, J.; MCSHANE, H.; KOZLOWSKI, W. Critical issues in establishing a viable supply chain/reverse<br />

logistic management program. IEEE International Symposium on Electronics and the Environment, San<br />

Francisco, CA, USA, 2002. p. 150-156.<br />

LEITE, Paulo Roberto. Logística Reversa: meio Ambiente e competitivi<strong>da</strong>de. São Paulo: Prenctice Hall, 2003.<br />

LEITE, P. R.; BRITO, E.P. Z.; SILVA, A. A. Hábitos empresariais brasileiros em <strong>logística</strong> <strong>reversa</strong>. In: XI<br />

Simpósio de Administração <strong>da</strong> Produção, Logística e Operações Internacionais – XI SIMPOI, São Paulo, 2008.<br />

Anais... São Paulo, FGV, 2008.<br />

12


XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO<br />

A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integran<strong>do</strong> Tecnologia e Gestão<br />

Salva<strong>do</strong>r, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009<br />

LI, X.; OLORUNNIWO, F. An exploration of reverse logistics practices in three companies Supply Chain<br />

Management: An International Journal, vol. 13, n. 5, 2008. pp 381–386<br />

LIMA, Rose M. R.; ROMEIRO FILHO, Eduar<strong>do</strong>. A contribuição <strong>da</strong> <strong>análise</strong> ergonômica ao projeto <strong>do</strong><br />

produto volta<strong>do</strong> para a reciclagem. Revista Produção, vol.13, no.2, p.82-87, 2003.<br />

LUKASHIK, E. O Recall de Automóveis e o Problema <strong>da</strong> Responsabili<strong>da</strong>de: <strong>uma</strong> <strong>análise</strong> acerca <strong>da</strong> obrigação<br />

de chamar o consumi<strong>do</strong>r e os des<strong>do</strong>bramentos em face <strong>da</strong> ocorrência de <strong>da</strong>no. Monografia (Graduação<br />

Bacharela<strong>do</strong> em Direito), 2006. 40p Centro Universitário Ritter <strong>do</strong>s Reis, CANOAS<br />

MAHADEVAN, B.; DEB, M. A survey based framework for recovery and Remanufacturing issues of Orphan<br />

Products. In: 18th Annual Conference of Production and Operations Management Society, Dallas, Texas, EUA,<br />

maio de 2007. Proceedings... Dallas, POMS, 2007. Disponível em:<br />

www.poms.org/conferences/poms2007/CDProgram/Topics/full_length_papers_files/007-0126.pdf Acesso em:<br />

outubro de 2008.<br />

MASSUKADO, L M.; ZANTA, V. M. SIMGERE: software para avaliação de cenários de gestão integra<strong>da</strong> de<br />

resíduos sóli<strong>do</strong>s <strong>do</strong>miciliares. Engenharia. Sanitária Ambiental, vol.11, no.2, p.133-142, jun 2006.<br />

MEADE, L.; SARKIS, J. A conceptual model for selecting and evaluating third-party reverse logistics<br />

providers. Special Feature – Reverse Logistics. Supply Chain Management: An International Journal, vol. 7, n.5,<br />

2002, pp.283-295<br />

MEYER, H. Many happy returns. The Journal of Business Strategy, 1999, v. 20, n. 4. pp. 27-31.<br />

MINNER, S. Strategic safety stocks in reverse logistics supply chains. International Journal of Production<br />

Economics, vol. 71, n. 1-3, 2001, pp. 417-428<br />

MONNET, M. L’intermédiation du prestataire de services logistiques <strong>da</strong>ns une « supply chain » en contexte de<br />

développement durable. 2007. Tese (<strong>do</strong>utora<strong>do</strong>). Université de la Mediterranée – Aix-Marseille II, Aix-en-<br />

Provence, 2007.<br />

MOTTA, F. G. A cadeia de destinação <strong>do</strong>s pneus inservíveis: o papel <strong>da</strong> regulação e <strong>do</strong> desenvolvimento<br />

tecnológico. Ambiente e Socie<strong>da</strong>de, vol.11, n.1, p.167-184, jun 2008.<br />

MUKHOPADHYAY, S. K.; SETAPUTRA, R. The role of 4PL as the reverse logistics integrator: optimal<br />

pricing and return policies. International Journal of Physical Distribution & Logistics Management, vol. 36, n. 9,<br />

2006, pp. 716-729<br />

NOREK, C. D. Throwing it into reverse. DC Velocity, 2003. Disponível em:<br />

Acesso em: 21 Abril 2004.<br />

PRADO FILHO, J. F. <strong>do</strong>; SOBREIRA, F. G. Desempenho operacional e ambiental de uni<strong>da</strong>des de<br />

reciclagem e disposição final de resíduos sóli<strong>do</strong>s <strong>do</strong>mésticos financia<strong>da</strong>s pelo ICMS Ecológico de Minas Gerais.<br />

Engenharia. Sanitária Ambiental, vol.12, no.1, p.52-61, mar 2007.<br />

ROGERS, D. S.; TIBBEN-LEMBKE, R. S. An examination of reverse logistics practices. Journal of Business<br />

Logistics, Vol 22, number 2, 2001 (129-148).<br />

_____. Going backwards: reverse logistics trends and practices, University of Neva<strong>da</strong>. Reno: CLM, 1998.<br />

SELIGER, G.; KERNBAUM, S.; ZETTL, M. Abor<strong>da</strong>gens de remanufatura: <strong>uma</strong> contribuição para<br />

engenharia sustentável. Gestão & Produção, vol. 13, no. 3, pp. 367-384, dez 2006.<br />

SIMONETTO, E. de O.; BORENSTEIN, D. Gestão operacional <strong>da</strong> coleta seletiva de resíduos sóli<strong>do</strong>s<br />

urbanos: abor<strong>da</strong>gem utilizan<strong>do</strong> um sis<strong>tema</strong> de apoio à decisão. Gestão & Produção, vol.13, no.3, p.449-461, dez<br />

2006.<br />

SODHI, M. S.; REIMER, B. Models for recycling electronics end-of-life products. OR Spektrum, vol. 23, n. 1,<br />

p. 97-115, 2001.<br />

SRIVASTAVA, S. K.; SRIVASTAVA, R. K.; Managing product returns for reverse logistics. International<br />

Journal of Physical Distribution & Logistics Management, vol. 36, n. 7, 2006, pp. 524-546<br />

STOCK, J. R. Development and Implementation of Reverse Logistics Programs, Oak Brook: Council of<br />

Logistics Management, 1998.<br />

______. Reverse Logistics, Oak Brook: Council of Logistics Management, 1992.<br />

13


XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO<br />

A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integran<strong>do</strong> Tecnologia e Gestão<br />

Salva<strong>do</strong>r, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009<br />

RAMOS, Miguel M. Change in the Logistics Management Style Through Performance Indicators: a case study.<br />

International Journal of Logistics: Research and Applications, vol. 7, n. 4, 2004. pp. 313-324<br />

RICHEY R G. et al. Developing effective reverse logistics programs. Industrial Marketing Management, vol.<br />

34, n. 8, 2005, pp. 830– 840<br />

ROSENAU, W. V et al. Returnable/reusable logistical packaging: A capital budgeting investment decision<br />

framework. Journal of Business Logistics; vol. 17, n. 2; 1996; pg. 139-165<br />

TAN, A. W. K.; ARUN, K. A decision-making model for reverse logistics in the computer industry. The<br />

International Journal of LogisticsManagement, vol. 17, n. 3, 2006, pp. 331-354<br />

TAN, A. W. K.; YU, W. S.; ARUN, K. Improving the performance of a computer company in supporting its<br />

reverse logistics operations in the Asia-Pacific region. International Journal of Physical Distribution & Logistics<br />

Management, vol. 33, n. 1, 2003, pp. 59-74<br />

THE EUROPEAN WORKING GROUP ON REVERSE LOGISTICS (REVLOG). Disponível em:<br />

http://www.fbk.eur.nl/OZ/REVLOG/Introduction.htm. Acesso em janeiro de 2005.<br />

TIBBEN-LEMBKE, R. S.; ROGERS, D. S. Differences between forward and reverse logistics in a retail<br />

enrironment. Special Feature – Reverse Logistics. Supply Chain Management: An International Journal, vol. 7,<br />

n.5, 2002, pp.271-282<br />

WALTHER, G.; SPENGLER, T. Impact of WEEE-directive on reverse logistics in Germany. International<br />

Journal of Physical Distribution & Logistics Management, vol. 35, n. 5, 2005, pp. 337-361<br />

WU, Y J.; CHENG, W. Reverse logistics in the publishing industry: China, Hong Kong, and Taiwan.<br />

International Journal of Physical Distribution & Logistics Management, vol. 36, n. 7, 2006, pp. 507-523<br />

14

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!