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por que lula é melhor - Confederação Nacional dos Metalúrgico da ...

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co <strong>dos</strong> vários esta<strong>dos</strong> contra os processos<br />

de privatização <strong>da</strong> geração e <strong>da</strong> distribuição<br />

de energia. A batalha inclui de greves<br />

a pressões sobre os deputa<strong>dos</strong> estaduais e,<br />

ain<strong>da</strong>, a tentativa de apresentação de propostas<br />

alternativas para garantir o controle<br />

público do sistema energ<strong>é</strong>tico. A mídia,<br />

<strong>por</strong><strong>é</strong>m, sempre tratou a privatização<br />

como necessi<strong>da</strong>de urgente “para o Estado<br />

poder investir os recursos em saúde e<br />

educação”. Em São Paulo, o programa de<br />

desestatização, coman<strong>da</strong>do <strong>por</strong> Geraldo<br />

Alckmin, arrecadou 72 bilhões de reais<br />

de 1997 a 2004. Mesmo assim, a dívi<strong>da</strong><br />

pública cresceu 33,5%. E a saúde e a educação<br />

dispensam comentários.<br />

Para os trabalhadores do setor energ<strong>é</strong>tico,<br />

a privatização representou corte de<br />

50% <strong>dos</strong> postos de trabalho, substituição<br />

de profissionais qualifica<strong>dos</strong>, terceirização<br />

de ativi<strong>da</strong>des e precarização <strong>da</strong>s condições<br />

de trabalho. E na última greve <strong>da</strong> categoria,<br />

no primeiro semestre deste ano, a preocupação<br />

<strong>dos</strong> jornais era: “Pode faltar energia<br />

durante a Copa do Mundo”.<br />

Quando o movimento envolve o setor<br />

público, a criminalização <strong>é</strong> a tática preferi<strong>da</strong>.<br />

Na greve <strong>dos</strong> trabalhadores <strong>da</strong><br />

saúde <strong>por</strong> reajustes salariais, no final de<br />

maio, em São Paulo, a repressão foi de<br />

tal monta <strong>que</strong> houve boletim de ocorrência<br />

na delegacia próxima a um hospital e<br />

uma orientação às chefias para intimi<strong>da</strong>r<br />

os servidores.<br />

Descui<strong>dos</strong> com a barriga<br />

No último dia 15 de agosto os metroviários<br />

de São Paulo realizaram um dia<br />

de greve <strong>por</strong><strong>que</strong> o Metrô de São Paulo<br />

passa <strong>por</strong> processo de privatização <strong>da</strong><br />

operação <strong>da</strong> futura Linha 4. De ca<strong>da</strong> 4<br />

reais investi<strong>dos</strong> na linha, 3 sairão <strong>dos</strong><br />

cofres públicos. Já a iniciativa priva<strong>da</strong><br />

poderá explorar comercialmente a linha<br />

<strong>por</strong> 30 anos, inclusive to<strong>da</strong> a arreca<strong>da</strong>ção<br />

<strong>da</strong>s bilheterias. A população concor<strong>da</strong>ria<br />

com a privatização de uma linha<br />

construí<strong>da</strong> essencialmente com dinheiro<br />

público? A forma <strong>que</strong> a categoria encontrou<br />

de levar o debate à opinião pública<br />

foi essa paralisação.<br />

E o <strong>que</strong> saiu nos jornais? Que os passageiros<br />

e o trânsito foram prejudica<strong>dos</strong>,<br />

<strong>que</strong> os diretores do Sindicato terão seus<br />

bens indisponíveis, <strong>que</strong> a enti<strong>da</strong>de será<br />

multa<strong>da</strong> <strong>por</strong> não cumprir determinação<br />

judicial. “Uma emissora<br />

de TV chegou a<br />

ficar, ao vivo, com o<br />

presidente <strong>da</strong> Companhia<br />

do Metrô no<br />

estúdio. Foram 40<br />

minutos de críticas<br />

à greve e aos metroviários.<br />

Mas terminamos<br />

com vitória.<br />

Hoje, ca<strong>da</strong> vez <strong>que</strong><br />

fazemos abaixo-assinado<br />

contra a privatização,<br />

tem at<strong>é</strong> fila de<br />

usuários. Colhemos<br />

mais de 5 mil assinaturas<br />

a ca<strong>da</strong> 2 horas”,<br />

relata o diretor de Comunicação do Sindicato,<br />

Manuel Xavier Lemos Filho.<br />

Quando <strong>é</strong> pauta sindical, a mídia parece<br />

tamb<strong>é</strong>m ter aversão a notícias positivas.<br />

Ao analisar mu<strong>da</strong>nças no sistema bancário,<br />

o colunista do Grupo Estado Celso Ming<br />

mencionou o surgimento de um novo trabalhador,<br />

o “pastinha”, <strong>que</strong> visita clientes<br />

para vender cr<strong>é</strong>dito. Como os bancos usam<br />

esse tipo de mão-de-obra com a finali<strong>da</strong>de<br />

de driblar acor<strong>dos</strong> trabalhistas, o colunista<br />

emendou ironias aos sindicatos <strong>dos</strong><br />

Na<strong>da</strong> sobre o motivo <strong>da</strong> greve:<br />

o projeto de privatização do<br />

governo tucano<br />

bancários, <strong>que</strong> segundo<br />

ele não haviam se<br />

<strong>da</strong>do conta dessas mu<strong>da</strong>nças.<br />

Com uma rápi<strong>da</strong><br />

pesquisa, o colunista<br />

saberia <strong>que</strong>, <strong>por</strong><br />

pressão sindical, muitos<br />

acor<strong>dos</strong> obtiveram<br />

o enquadramento<br />

de “pastinhas” como<br />

bancários. Poderia<br />

tamb<strong>é</strong>m ter descoberto<br />

<strong>que</strong> a <strong>Confederação</strong><br />

<strong>Nacional</strong> <strong>dos</strong> Trabalhadores<br />

do Ramo<br />

Financeiro (Contraf-<br />

CUT), <strong>que</strong> representa mais de 90% <strong>dos</strong><br />

bancários do país, foi cria<strong>da</strong> para incor<strong>por</strong>ar<br />

a essa representação to<strong>dos</strong> os trabalhadores<br />

<strong>que</strong> têm ativi<strong>da</strong>de profissional<br />

relaciona<strong>da</strong> ao ramo financeiro. Se experimentasse<br />

ouvir o outro lado, Ming poderia<br />

ter uma “barriguinha” a menos no<br />

currículo – barriga, no jargão jornalístico,<br />

<strong>é</strong> informação erra<strong>da</strong>.<br />

Com re<strong>por</strong>tagens de Lilian Parise,<br />

krishma Carrera e Xandra stefanel<br />

Assembl<strong>é</strong>ia põe fim à greve <strong>da</strong> Volks: PDV depois de 110 horas de negociação<br />

2006 ) outubro ) Revista do Brasil ( 15<br />

RAQuel CAMARGo/sMABC

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