C - Newtrade
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A revista de negócios dos atacadistas distribuidores<br />
distribuicao<br />
Edição 213 | outubro 2010 | ano 18 | www.revistadistribuicao.com.br<br />
c ash<br />
carry<br />
& Bola da vez do mercado de consumo, formato ganha<br />
espaço na preferência de consumidores finais e<br />
obriga atacadistas regionais e grandes players<br />
varejistas a apostarem alto nessas lojas a fim de<br />
aumentarem a rentabilidade dos seus negócios<br />
seções<br />
. inDústria<br />
. lançamentos<br />
. painel<br />
. livros<br />
. legislação<br />
. on-line<br />
entrevistA<br />
suzan rivetti, da<br />
Johnson & Johnson,<br />
e a busca pelas<br />
classes C e d<br />
oPortunidAdes<br />
os produtos que<br />
vão movimentar<br />
as vendas no<br />
fim do ano<br />
food serviCe<br />
especialização,<br />
foco e eficiência<br />
na entrega são as<br />
chaves para crescerr<br />
estrAtégiA<br />
empresas do setor<br />
diversificam operação<br />
para se manterem<br />
atuantes<br />
trAnsPorte<br />
Caminhões médios<br />
e leves aquecem<br />
o mercado
6<br />
momento carlos eduardo severini<br />
“iniciativas de<br />
cunho social<br />
ou ambiental<br />
refletem<br />
o grau de<br />
amadurecimento<br />
das companhias<br />
Presidente da ABAD<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
Criar, somar<br />
e compartilhar<br />
Empresas devem se voltar<br />
para ações de responsabilidade<br />
corporativa<br />
o<br />
otimismo com que o setor espera por<br />
bons resultados nas vendas para o Natal<br />
e o Ano Novo é crescente. Estudos<br />
projetam que este será o melhor fim de ano da<br />
década. A maior parte das expectativas indica<br />
que, nos primeiros dias de 2011, os atacadistas<br />
distribuidores contabilizarão um ótimo retorno<br />
para suas empresas, e o lucro de seus negócios<br />
poderá ser revertido na implementação das melhorias<br />
necessárias ao crescimento. Em outras<br />
palavras, geraremos riqueza e prosperidade.<br />
Porém, gostaria de aproveitar a proximidade<br />
do Natal e a fraternidade que ele inspira para<br />
lembrar que, ao lado do quinhão que se deve<br />
destinar ao investimento no próprio negócio, há<br />
uma iniciativa igualmente importante, inadiável<br />
e fundamental para garantir uma distribuição<br />
mais justa dos recursos gerados pelos segmentos<br />
economicamente produtivos: o investimento<br />
em ações de responsabilidade corporativa.<br />
Essas ações, de cunho social ou ambiental,<br />
refletem o grau de amadurecimento das empresas<br />
de um dos principais segmentos econômicos,<br />
e são importantes para que se atinja a sustentabilidade<br />
que tantas organizações perseguem.<br />
No aspecto ambiental, essas ações refletem o<br />
compromisso das empresas com a preservação<br />
dos recursos naturais e com a qualidade de vida,<br />
enquanto no aspecto social significam resgatar<br />
a dignidade e a capacidade produtiva de comunidades<br />
que, de outra maneira, permaneceriam<br />
à margem da prosperidade econômica do País.<br />
O Instituto ABAD foi criado para canalizar os<br />
esforços que o setor dedica à realização de ações<br />
socioambientalmente responsáveis. Por meio dos<br />
projetos dele, nossas empresas podem fazer sua<br />
parte na proteção do meio ambiente, potenciali-<br />
zar o desenvolvimento de um grande número de<br />
localidades e ajudar a promover uma distribuição<br />
mais justa e igualitária das oportunidades.<br />
Recomendo que as empresas do segmento<br />
procurem conhecer melhor as ações do Instituto<br />
ABAD e os resultados que ele está obtendo<br />
por meio das suas Representantes Estaduais.<br />
Que invistam em ações de responsabilidade<br />
socioambiental, sendo parceiras dos projetos do<br />
Instituto ou simplesmente colaborando com as<br />
campanhas que ele promove. Qualquer que seja<br />
a forma de atuação escolhida, certamente será<br />
um investimento de imenso retorno!<br />
A diretoria da ABAD foi reeleita em 20 de<br />
setembro. Nessa nova gestão de dois anos, que<br />
começará em 2011, várias iniciativas serão aprofundadas<br />
e melhoradas. Além dos projetos do<br />
Instituto, continuaremos a dar total apoio às atividades<br />
dos comitês Varejo Competitivo, Profissionais<br />
de Vendas e Agenda Política para que eles<br />
sejam cada vez mais atuantes e continuem a oferecer<br />
propostas e ideias capazes de ajudar o atacado<br />
distribuidor a evoluir e crescer. O mesmo se<br />
aplica ao grupo ABAD Jovem, que renovou sua<br />
diretoria e continua a contar com nosso amplo<br />
suporte para desenvolver seu programa.<br />
Nosso foco de trabalho continua a ser a<br />
união de nossos empresários em torno de objetivos<br />
comuns, o incentivo ao espírito associativista<br />
e a geração de informações estratégicas,<br />
em particular, por meio do tradicional Ranking<br />
ABAD/Nielsen anual e das pesquisas Marcas<br />
em Destaque e Fornecedor Nota 10, que passaremos<br />
a divulgar a partir dos próximos dois<br />
meses. Todas essas iniciativas têm o objetivo<br />
fundamental de impulsionar o crescimento do<br />
atacado distribuidor. Afinal, compartilhar experiências<br />
e conhecimentos também é uma maneira<br />
de somar, gerando mais prosperidade.<br />
Agradeço a Deus por nos dar luz e força para<br />
conduzir nosso trabalho.n<br />
Paulo Paulo PePe<br />
editora Brasileira do comércio<br />
Rua Apeninos, 1.126 | 04104-021 | São Paulo - SP<br />
Fone: (11) 5572-1221 | Fax: (11) 5572-5335<br />
ebc@ebceditora.com.br | www.ebceditora.com.br<br />
Diretor-executivo<br />
Rogério Oliva: oliva@ebceditora.com.br<br />
Diretora-editorial<br />
Claudia Rivoiro: claudiarivoiro@ebceditora.com.br<br />
A revista de negócios dos atacadistas distribuidores<br />
www.revistadistribuicao.com.br<br />
editor<br />
Cristiano Eloi: cristiano@ebceditora.com.br<br />
redação<br />
redacao.db@ebceditora.com.br<br />
repórteres<br />
Daniela Guiraldelli: daniela@ebceditora.com.br<br />
Jamille Menezes: jamille@ebceditora.com.br<br />
Renata Santiago: renata@ebceditora.com.br<br />
revisão<br />
Newton Roberval Eichemberg<br />
criação e ProDução<br />
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Fábio Geríbola<br />
Produção Gráfica<br />
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Portal newtraDe<br />
coordenação<br />
Paula Pereira: paula@ebceditora.com.br<br />
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Vendas<br />
comercial.db@ebceditora.com.br<br />
Marketing<br />
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Rogério Oliva: oliva@ebceditora.com.br<br />
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São Paulo: Carlos Avila: carlosavila@ebceditora.com.br; José Paulo Basílio:<br />
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Int. SP: Gerson Moura: gersonmoura@ebceditora.com.br;<br />
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Rio Grande do Sul: Marinez Pretto: marinez@ebceditora.com.br;<br />
Norte e Nordeste: Priscila Marinho: priscila.marinho@ebceditora.com.br;<br />
MG/RJ/ES/Região CO: Alex Morais: alexmorais@ebceditora.com.br<br />
relacionaMento<br />
institucional<br />
Alceu de Genaro: genaro@ebceditora.com.br<br />
leitores/assinaturas/circulação<br />
Fernando Mendes: relacionamento@ebceditora.com.br<br />
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redacao.db@ebceditora.com.br<br />
Jornalista Responsável<br />
Cristiano Eloi – MTb 38.052<br />
Periodicidade: mensal - Circulação: nacional<br />
Tiragem: 30.000 exemplares<br />
Distribuição dirigida e assinaturas - Impressão: Parma<br />
A revista é destinada a empresários, sócios, diretores, gestores,<br />
gerentes, compradores profissionais de vendas e marketing<br />
de empresas atacadistas distribuidoras, operadores logísticos e brokers<br />
Filiada ao<br />
Rápido crescimento<br />
carta ao leitor<br />
Desde 1972, o número de lojas atacadistas de autosserviço,<br />
ou cash & carry, só tem crescido no País. Segundo números<br />
obtidos no último Ranking ABAD 2010 (ano-base 2009), o<br />
modelo representou 23% das vendas do atacado distribuidor nesse<br />
período, durante o qual o setor cresceu 4,1% e faturou 131,8 bilhões<br />
de reais. O número de lojas existentes até 1999, que era de 72, passou<br />
para cerca de 291 unidades em 2009 – número que, sem dúvida,<br />
foi ultrapassado em 2010 –, suposição que se justifica diante do fato<br />
de ele ter apresentando crescimento de mais de 400% em dez anos,<br />
de acordo com a última pesquisa realizada pela Nielsen. A explicação<br />
é simples: atualmente, o consumidor busca economia e consegue<br />
isso no cash & carry, formato que está presente em todos os<br />
níveis socioeconômicos. É esse o tema que detalhamos na capa desta<br />
edição, matéria muito bem conduzida pela nossa dupla de repórteres<br />
Daniela Guiraldelli e Jamille Menezes. Mas não paramos por aí. Nosso<br />
editor, Cristiano Eloi, nos traz neste mês uma entrevista exclusiva com<br />
Suzan Rivetti, presidente da Johnson & Johnson Consumo Brasil,<br />
que afirmou a disposição e o empenho da empresa em aumentar sua<br />
participação nas classes C e D, investindo principalmente no desenvolvimento<br />
de produtos específicos para essas classes, os quais estarão<br />
presentes com força total já nos próximos meses nos canais atacadista<br />
e distribuidor. E já de olho no Natal e no Ano Novo, época em que<br />
o faturamento sempre aumenta, falamos sobre as expectativas das<br />
empresas e sobre quais são as apostas das indústrias que investem<br />
em lançamentos e em novas categorias. Confira, aproveite bem e boa<br />
sorte para todos nós.<br />
Claudia Rivoiro<br />
Diretora-editorial<br />
Consumidor busca economia e praticidade nas lojas atacadistas de autosserviço<br />
OuT 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
paulo pepe<br />
7
icardo bakker<br />
8<br />
sumário edição 213<br />
10<br />
12<br />
14<br />
16<br />
18<br />
96<br />
97<br />
106<br />
94<br />
seções<br />
sua opinião<br />
Espaço para o leitor<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
Distribuição 213<br />
CAPA: CAsh & CArry | entrevistA: suzAn rivetti | food serviCe | CAminhões outubro 2010<br />
A revista de negócios dos atacadistas distribuidores<br />
distribuicao<br />
c ash<br />
& carry<br />
Edição 213 | outubro 2010 | ano 18 | www.revistadistribuicao.com.br<br />
Bola da vez do mercado de consumo, formato ganha<br />
espaço na preferência de consumidores finais e<br />
obriga atacadistas regionais e grandes players<br />
varejistas a apostarem alto nessas lojas a fim de<br />
aumentarem a rentabilidade dos seus negócios<br />
seções<br />
. inDústria<br />
. lançamentos<br />
. painel<br />
. livros<br />
. legislação<br />
. on-line<br />
entrevistA<br />
suzan rivetti, da<br />
Johnson & Johnson,<br />
e a busca pelas<br />
classes C e d<br />
oPortunidAdes<br />
os produtos que<br />
vão movimentar<br />
as vendas no<br />
fim do ano<br />
food serviCe<br />
especialização,<br />
foco e eficiência<br />
na entrega são as<br />
chaves para crescerr<br />
estrAtégiA<br />
empresas do setor<br />
diversificam operação<br />
para se manterem<br />
atuantes<br />
trAnsPorte<br />
Caminhões médios<br />
e leves aquecem<br />
o mercado<br />
DB capa.indd 1 04.10.10 15:52:55<br />
indústria<br />
Informações estratégicas sobre os fornecedores<br />
lançamentos<br />
Novos produtos da indústria<br />
painel<br />
Notícias de macroeconomia do País e do mundo<br />
negócios<br />
Notícias econômicas do atacado distribuidor<br />
livros<br />
Teoria que ajuda a melhorar a prática<br />
abad news<br />
A rotina da associação traduzida em informação<br />
on-line<br />
Confira os destaques do portal <strong>Newtrade</strong><br />
coluna<br />
Legislação Alessandro dessimoni<br />
Lei 12.058 afeta negativamente quem revende<br />
carnes, aves e suínos na cadeia de abastecimento<br />
sxc<br />
foto paulo pepe<br />
nesta edição<br />
22 entrevistA<br />
Suzan Rivetti, da Johnson & Johnson, foca nas classes C e D<br />
28 vti<br />
Blog trará notícias diárias da VTI ABAD 2010 Itália<br />
29 PesquisA<br />
“Marcas em Destaque” apontará as mais vendidas no<br />
pequeno varejo independente<br />
32 eBA<br />
Os principais momentos do evento<br />
44 oPortunidAdes<br />
Os produtos que movimentarão o mercado no fim do ano<br />
52 CAPA<br />
O cenário do atacado de autosserviço, bem como as<br />
tendências e as oportunidades<br />
64 estrAtégiA<br />
Atacadistas distribuidores diversificam operação para<br />
manter a rentabilidade do negócio<br />
68 teCnoLogiA<br />
Tendências da automação da força de vendas<br />
72 trAnsPorte<br />
Setor investe na compra de caminhões leves e médios<br />
78 suCos<br />
Aumenta a procura de produtos prontos ou em pó<br />
82 PAPeLAriA<br />
Licenciados continuam na frente para o Volta às Aulas<br />
86 Food serviCe<br />
Dicas para os atacadistas distribuidores que pretendem<br />
atuar ou ampliar a gama de serviços nesse mercado<br />
22 78 86<br />
dreamstime
10<br />
distribuição 212<br />
CAPA: ABAD 2010 CuritiBA | EntrEvistA: MAílson DA nóBrEgA | BAlAs E ChoColAtEs | vonPAr AliMEntos setembro 2010<br />
sua opinião | Edição 212<br />
A revista de negócios dos atacadistas distribuidores<br />
distribuicao<br />
Edição 212 | setembro 2010 | ano 18 | www.revistadistribuicao.com.br<br />
EntrEvistA<br />
Maílson da nóbrega,<br />
ex-ministro da Fazenda:<br />
"Brasil vencerá os<br />
desafios econômicos"<br />
Fale com a gente<br />
EstrAtégiA<br />
vonpar Alimentos<br />
planeja salto em<br />
atuação e receita<br />
nos próximos anos<br />
swEEt BrAzil<br />
indústrias de balas e<br />
chocolates investem<br />
para aproveitar o<br />
mercado aquecido<br />
inDústriA<br />
Danone planeja<br />
duplicar faturamento<br />
até 2012 com a ajuda<br />
dos distribuidores<br />
seções<br />
. indústria<br />
. lançamentos<br />
. painel<br />
. livros<br />
. legislação<br />
. on-line<br />
30<br />
convenções anuais do<br />
atacadista distribuidor<br />
abad 2010 Curitiba celebra edições anteriores, recebe 33 mil visitações<br />
e reafirma a força do setor dentro da cadeia de abastecimento<br />
Capa 212 Vale.indd 1 10.09.10 17:39:13<br />
Quero dar parabéns a toda a<br />
equipe da revista DISTRIBUI-<br />
ÇÃO pelo excelente trabalho<br />
de cobertura da 30 a Convenção<br />
Anual da ABAD. A riqueza das<br />
informações trouxe com detalhes<br />
os melhores momentos da Convenção<br />
sem deixar de lado nenhum<br />
fato importante, como os<br />
assuntos tratados nas palestras e<br />
as atividades do Instituto ABAD<br />
e do grupo ABAD Jovem, além<br />
da premiação dos melhores do<br />
evento e dos melhores atacadistas<br />
do País. Parabéns!<br />
suellen Darroz – são paulo/sp<br />
para assinaturas<br />
individuais<br />
e corporativas<br />
Use a revista DistribUição para<br />
apoiar o trabalho de capacitação de<br />
sua equipe de profissionais, fazendo<br />
assinaturas individuais ou para<br />
grupos, com condições especiais<br />
de preço. Consulte a nossa área<br />
de relacionamento para conhecer<br />
a tabela de preços da EbC. Faça<br />
a sua assinatura agora mesmo e<br />
receba a Db já no próximo mês.<br />
Discuta as reportagens publicadas<br />
com a sua equipe e envie os<br />
comentários para a nossa redação.<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
Gostei muito da reportagem da seção Estratégia<br />
“Avanço Sustentável”, que traz o case da<br />
Vonpar Alimentos. Além disso, a matéria mostra<br />
a importância das parcerias, que a empresa<br />
pretende estabelecer para crescer em participação<br />
no mercado de consumo.<br />
cassiano carvalho – tatuí/sp<br />
Além de boas perspectivas em relação ao futuro<br />
econômico do País, a entrevista com o exministro<br />
da Fazenda, Maílson da Nóbrega, publicada<br />
na última edição da revista nos oferece o<br />
esclarecimento de que o Brasil está no caminho<br />
certo ao solucionar alguns problemas estruturais<br />
em seu rumo ao desenvolvimento.<br />
regina oliveira – Jandaia do sul/pr<br />
Erramos:<br />
Na seção lançamentos, na página 20,<br />
a aspa referente ao biscoito da Dunga<br />
Alimentos foi publicada de maneira errônea.<br />
segue a correta<br />
Praticidade<br />
A nova linha saborosos salgados conta<br />
com os sabores tradicional, Peito de Peru,<br />
Pimenta Mexicana, Churrasco, Parmesão e<br />
tomate seco com Manjericão, disponíveis<br />
em embalagens de 100 g. “Nossa<br />
expectativa de crescimento gira em torno<br />
de 12% a 14% este ano. Esperamos com<br />
para mandar<br />
cartas e sugestões<br />
A revista DistribUição quer<br />
conhecer a sua opinião. Escreva<br />
dizendo quais temas chamaram mais<br />
a sua atenção, o que achou das<br />
reportagens que leu e, principalmente,<br />
se elas foram úteis para o seu trabalho.<br />
Envie suas críticas e sugestões para a<br />
revista DistribUição, rua Apeninos,<br />
1.126, 9 o e 10 o andares, CEP 04104-<br />
021, são Paulo, sP, ou para o e-mail<br />
ebc@ebceditora.com.br. Com a sua<br />
participação, faremos da Db uma<br />
revista cada vez mais útil para os<br />
atacadistas distribuidores.<br />
estratégia<br />
avanço<br />
sustentável<br />
98 www.revistadistribuicao.com.br<br />
30 www.revistadistribuicao.com.br<br />
e<br />
Vonpar Alimentos, de Ricardo Vontobel,<br />
planeja sair de 300 milhões de reais<br />
para alcançar uma receita de 800<br />
milhões de reais nos próximos cinco<br />
anos e consolidar sua presença no<br />
mercado de balas e chocolates com as<br />
empresas Neugebauer e Wallerius<br />
nquanto seus amigos jogavam perspectiva de dar continuidade aos<br />
bola e brincavam nas ruas, o negócios da Vonpar Bebidas, fundada<br />
gremista Ricardo Vontobel, pelo seu pai João Vontobel em 1948.<br />
filho mais velho de três irmãos, e que "Ele foi inteligente, pois sabia que eu<br />
na época tinha 12 anos, precisava es- iria trocar a raiva de me privar, por quatudar<br />
e depois trabalhar na empresa tro ou cinco anos da minha vida, dos jo-<br />
da família, a Vonpar Bebidas. Os dias gos de futebol com meus amigos, pelo<br />
se passavam, e o garoto, que queria agradecimento que eu iria sentir por ele<br />
jogar futebol com os amigos, mas não durante o resto da vida”, diz Ricardo<br />
dispunha de tempo para isso, fazia de Vontobel, presidente do Conselho Ad-<br />
tudo na franqueada da Coca-Cola: ministrativo da holding Vonpar.<br />
carregava caixas até o caminhão, lava- Aos 20 anos, ele já era indepenva<br />
as garrafas e as rotulava. O tempo dente, pois então já não dependia<br />
passou e o adolescente foi crescendo mais financeiramente do pai. Mesmo<br />
e, mesmo contrariado, não apenas não assim, o administrador de empresas<br />
parava de trabalhar como também não decidiu continuar o seu trabalho na<br />
parava de mudar de área. Passava da empresa familiar porque queria dar<br />
oficina mecânica para a contabilidade, continuidade aos negócios. Além dis-<br />
e daí para a estatística, a supervisão de so, gostava do que fazia. "A maior<br />
vendas, a venda da pré-venda, e assim independência que um homem pode<br />
por diante. Enfim, foi fazendo de tudo. ter é com relação a valores, princípios,<br />
A experiência serviu para Ricardo conhecimento. É também a indepen-<br />
conhecer o processo de funcionamendência que resulta de se ter seguranto<br />
da empresa, que prosperava e cresça naquilo que se faz. E essa indecia<br />
no sul do Brasil, e para inseri-lo na pendência eu consegui obter porque<br />
entrevista/Maílson da nóbrega, econoMista<br />
QUEM é<br />
4 Sócio da Tendências Consultoria e<br />
membro do Conselho de Administração<br />
de Empresas no Brasil e no exterior<br />
4 Tem 68 anos, é economista<br />
e autor de três livros<br />
4 Entre 1985 e 1987, exerceu em<br />
Londres o cargo de diretor-executivo<br />
do Eurobraz – European Brazilian Bank,<br />
representando o Banco do Brasil<br />
4 Foi ministro da Fazenda em 1988<br />
e 1989, no governo do presidente<br />
José Sarney<br />
ex-ministro da Fazenda,<br />
Maílson da nóbrega<br />
acredita que os problemas<br />
são muitos, mas o brasil<br />
vencerá os desafios<br />
razões para<br />
OtimismO<br />
comecei a trabalhar cedo e vivi todas<br />
essas experiências. Nesse sentido, eu<br />
só sinto gratidão pelo meu pai.”<br />
Agora, com 50 anos de idade, Vontobel<br />
se prepara para mais um salto da<br />
empresa, que ampliou a área de atividades<br />
para a alimentação, onde passou a<br />
atuar com mais força no início de 2010.<br />
Nos próximos cinco anos, a Vonpar<br />
Alimentos, que detém as empresas<br />
Neugebauer, Mu-Mu e Wallerius, deverá<br />
atingir um faturamento de 800 milhões<br />
de reais, mais do que duplicando a<br />
receita atual, de 300 milhões de reais.<br />
A operação é independente da o nosso<br />
Vonpar Bebidas, franqueada da Cocaprocesso<br />
é<br />
Cola e distribuidora da Heineken no<br />
Rio Grande do Sul e em Santa Catari“<br />
evolutivo,<br />
na, que atende 60 mil clientes, abaste-<br />
vamos crescer<br />
cendo-os duas ou três por semana. Em<br />
2009, a empresa de bebidas teve uma de maneira<br />
receita de 1,6 bilhão de reais. No Rio<br />
ordenada<br />
Grande do Sul e em Santa Catarina,<br />
a companhia detém 60% do mercado RicaRdo Vontobel<br />
de refrigerantes, com uma produção presidente<br />
www.revistadistribuicao.com.br 99<br />
www.revistadistribuicao.com.br 31<br />
para anunciar<br />
na revista e no site<br />
Mostre a sua empresa e o seu<br />
mix de produtos aos atacadistas<br />
distribuidores de todo o<br />
Brasil anunciando na revista<br />
disTRiBuição e no site www.<br />
revistadistribuicao.com.br. Ganhe<br />
visibilidade para os cerca de 120<br />
mil leitores que atuam na cadeia<br />
de abastecimento por meio do<br />
setor atacadista distribuidor. Entre<br />
em contato com o departamento<br />
Comercial da EBC por carta, pelo fax<br />
(11) 5572-5335, % (11) 5572-1221 ou<br />
e-mail comercial@ebcweb.com.br.<br />
U<br />
ma democracia consolidada, um judiciário independente, uma imprensa livre forte, instituições econômicas<br />
vigorosas e uma sociedade intolerante à inflação. São essas as opiniões que Maílson da Nóbrega,<br />
ex-ministro da Fazenda no governo de José Sarney, tem sobre o Brasil. Para o economista, a partir das<br />
transformações ocorridas nos últimos vinte e cinco anos, o País se distanciou do populismo da América Latina e<br />
iniciou uma transição para o desenvolvimento. Porém, para aproveitar as oportunidades dessa transição, é preciso<br />
dotar o País de um sistema tributário justo e melhorar a competitividade das empresas. Reforma previdenciária,<br />
investimento em infraestrutura, educação e segurança, e aumento da participação da iniciativa privada nas empresas<br />
públicas completam a agenda para o desenvolvimento, segundo Nóbrega.“O Brasil vai vencer os desafios.<br />
Ainda há muitos problemas para ele resolver, mas há razões para ser otimista.”<br />
De que maneira o senhor analisa o atual<br />
momento do País?<br />
Nos últimos 25 anos, o Brasil construiu um conjunto<br />
de condições que lhe permitem cruzar uma linha<br />
a partir da qual não se tem retorno. A democracia<br />
se consolidou, o judiciário é independente. O Brasil<br />
tem instituições econômicas fortes, uma lei de responsabilidade<br />
fiscal e a autonomia operacional do<br />
Banco Central. A imprensa é livre, independente,<br />
competitiva, eficiente, agressiva, e com uma capacidade<br />
muito maior do que em qualquer outra<br />
época para acompanhar, fiscalizar o governo.<br />
a mudança nas maneiras como a sociedade<br />
pensa contribuiu para isso?<br />
Sim. A sociedade é intolerante à inflação. No pas-<br />
sado, achávamos que a inflação tinha um papel no<br />
desenvolvimento. Foi um equívoco terrível pelo qual<br />
pagamos um preço elevado. Pobres detestam inflação<br />
e agora os pobres votam. Eles não votavam.<br />
isso é uma situação nova?<br />
Inteiramente. Com isso, foram criados incentivos<br />
para a gestão macroeconômica responsável, no sentido<br />
de que medidas equivocadas de política econômica<br />
que produzem a volta da inflação geram perda<br />
de popularidade, perda da capacidade política dos<br />
governos, saída da cena política, e incapacidade de<br />
reeleger o sucessor. Isso é uma nova realidade.<br />
Quais são os desafios que o Brasil precisa<br />
enfrentar e vencer?<br />
Além de consolidar, cada vez mais, esse quadro<br />
favorável, o desafio é o de criar as condições para<br />
o crescimento. Infelizmente, o Brasil cresce pouco<br />
diante do seu potencial. E esse baixo crescimento,<br />
embora maior do que no período hiperinflacionário,<br />
é limitado por um conjunto de condições que precisam<br />
ser atacadas. Isso é um diagnóstico mais ou<br />
menos consensual, pois todo mundo sabe disso.<br />
Quais são os principais entre<br />
esses desafios?<br />
Precisamos fazer uma reforma tributária para eliminar<br />
o caos, a verdadeira bagunça que caracteriza<br />
o sistema, particularmente no ICMS. Como<br />
atrair investimentos para a infraestrutura a fim<br />
de dotar o Brasil de estradas de melhor qualidade,<br />
que reduzam o custo da logística; como evitar<br />
que os aeroportos entrem em colapso; como<br />
fazer com que os portos funcionem, e consigam<br />
evitar congestionamentos como os que ocorrem,<br />
por exemplo, no Porto de Santos, no qual, em<br />
certas ocasiões, há de 120 a 150 navios esperando<br />
para atracar.<br />
tudo isso é custo para as empresas?<br />
Sim, e mais, reduz a competitividade dessas empresas.<br />
E há também os desafios de se saber o<br />
que fazer para melhorar a qualidade da educação<br />
no País, para melhorar o acesso dos segmentos<br />
menos favorecidos a uma educação de qualidade,<br />
e de como viabilizar a previdência social no<br />
longo prazo, enfrentando a coalizão dos aposentados,<br />
que é muito poderosa. Eles querem, cada<br />
vez mais, aposentadorias generosas – se nós estivéssemos<br />
no lugar deles teríamos feito a mesma<br />
coisa –, mas é preciso ter capacidade para reagir<br />
a essas pressões, e, enfim, é preciso reduzir a violência<br />
nas cidades.<br />
O senhor não acha que é uma<br />
agenda gigantesca?<br />
Se olharmos para o Brasil apenas com base na complexidade<br />
da agenda, associada à falta de liderança<br />
para mobilizar o País, a falta de iniciativa da classe<br />
política para fazer as reformas, então há motivos<br />
para ser pessimista. Mas se nós olharmos o País pelo<br />
que realizamos, se compararmos o Brasil de hoje<br />
com o que era nos anos 50, 60, 70 e 80, veremos<br />
que os avanços obtidos são consideráveis.<br />
estes novos itens ampliar o mix presente<br />
no varejo e fazer com que o consumidor<br />
reconheça a nossa marca como uma marca<br />
moderna e jovem, que mantém a qualidade<br />
dos itens que ele conhece e consome”,<br />
diz renata Florenzano, gerente<br />
de Marketing da empresa.
12<br />
indústria Informações estratégicas sobre as empresas produtoras<br />
Valdemir Zago: 13% a mais<br />
de vendas no Natal<br />
novos meRcados<br />
A Bombril registrou um crescimento<br />
de 20% no volume exportado de<br />
seus principais produtos no primeiro<br />
semestre de 2010. A empresa exporta<br />
para 20 países da América Latina,<br />
América Central, África e Japão por<br />
meio de distribuidores locais, sendo<br />
líder de vendas em Angola, Bolívia e<br />
Paraguai. A meta para 2011 é ampliar<br />
a participação em novos mercados,<br />
por exemplo, no Oriente Médio e em<br />
países africanos, fechando o ano com<br />
um crescimento de 20% no volume<br />
exportado. “Estamos muito otimistas<br />
com os resultados. Nos países onde<br />
atuamos, a marca já é referência<br />
brasileira em lã de aço”, diz Regina<br />
Cohen, gerente de Exportação. “Os<br />
compradores internacionais veem na<br />
empresa uma companhia tradicional e<br />
comprometida com a alta qualidade e<br />
com a expansão internacional de seus<br />
produtos”, complementa.<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
TReinamenTo<br />
De olho nas festividades de fim<br />
de ano, a Zaeli Alimentos reúne<br />
seus 400 representantes de<br />
vendas para a apresentação<br />
dos produtos. Além disso,<br />
a empresa investe no<br />
treinamento de sua equipe.<br />
Para o Natal, a Zaeli Alimentos<br />
espera obter um aumento de<br />
13% nas vendas em relação<br />
ao ano passado. Nessa época,<br />
os produtos mais vendidos<br />
são a farofa tropical, as<br />
azeitonas, as cerejas e<br />
ameixas, as misturas para<br />
bolo e o panetone, que é<br />
fabricado apenas no segundo<br />
semestre. "Faremos uma<br />
palestra motivacional para<br />
a equipe da frente de vendas,<br />
que faz toda a diferença<br />
na hora de apresentar nossos<br />
produtos aos clientes",<br />
diz Valdemir Zago,<br />
presidente da empresa.<br />
Regina Cohen:<br />
ampliação da exportação<br />
fotos divulgação<br />
expansão<br />
Há 20 anos no ramo de alimentação saudável, a<br />
Substância acaba de construir um centro de distribuição<br />
em Barueri/SP, para atender as classes A e B. A chegada<br />
a São Paulo faz parte do plano de expansão da indústria<br />
gaúcha, que visa obter um crescimento de 28% na<br />
operação depois de implementar o CD, que contará com<br />
um escritório comercial. “Investimos cerca de 500 mil<br />
reais com o propósito de abrir novos mercados e<br />
conquistar novos<br />
clientes, e também de<br />
fortalecer a marca em<br />
âmbito nacional. Além<br />
do CD, a empresa<br />
estará ingressando<br />
em outras regiões<br />
do Brasil, no Norte,<br />
Nordeste e Centro-<br />
Oeste, com um custo<br />
de logística mais<br />
competitivo”, afirma<br />
Helena Tonetto,<br />
diretora da marca.<br />
Helena Tonetto:<br />
fortalecimento da marca<br />
Renovação<br />
Com 35 anos de história e tradição, a marca Doce<br />
Menor, que inclui em seu portfólio adoçantes líquidos e<br />
em pó, e cinco sabores de gelatinas e pudins, decidiu<br />
renovar suas embalagens e sua logomarca. Para isso, a<br />
Doce Menor estará nas prateleiras com um novo design<br />
na logomarca e, em alguns casos, com nova formulação.<br />
“O objetivo da mudança<br />
é valorizar a essência e a<br />
tradição da marca, trazendo<br />
uma apresentação mais<br />
moderna. Acreditamos<br />
que, depois de 35 anos<br />
no mercado, merecíamos<br />
passar por essa evolução.<br />
Afinal, este é um dos pilares<br />
da empresa: estar sempre<br />
investindo em inovação<br />
e em modernização dos<br />
produtos para surpreender<br />
os consumidores”,<br />
diz Lígia Hernândez,<br />
gerente de Marketing da<br />
WOW!Nutrition.<br />
Lígia Hernândez:<br />
apresentação moderna<br />
Moacir Sanini:<br />
modificações nos players<br />
Em franca<br />
Evolução<br />
Detentora das marcas Neutrox, Francis, Hydratta, Ox, Kolene,<br />
Karina, Phytoderm e Bourbon, entre outras, a Bertin Higiene e<br />
Beleza alcançou uma receita de 500 milhões de reais no ano passado,<br />
e neste ano deverá atingir um crescimento de até 25%. Os<br />
números positivos e as boas perspectivas de crescimento fazem<br />
com que a empresa seja vista com bons olhos, e também que<br />
seja cobiçada por grandes companhias que atuam no mercado<br />
de cuidados pessoais. Ainda assim, em entrevista, Moacir Sanini,<br />
diretor-presidente da Bertin Higiene e Beleza, diz que a empresa<br />
“não será vendida e está pronta para crescer”.<br />
poR danIela guIRaldellI<br />
Rumores dão conta de que a empresa<br />
está à venda. Isso é verdade?<br />
Começou um movimento no mercado dizendo que estávamos<br />
à venda. O que afirmo é que não estamos comprando,<br />
a não ser que apareça alguém que deseja ser comprado. Não<br />
estamos à venda, a não ser que venha alguém e ofereça três<br />
ou quatro vezes o que a empresa vale. É como um carro.<br />
Você tem um automóvel de 50 mil reais e alguém pergunta<br />
se quer vendê-lo. Depois de você dizer que não, o interessado<br />
faz uma proposta de 100 mil reais, oferecendo o dobro<br />
do que o veículo vale. Nesse cenário, você venderá. Isso é<br />
negócio. Queremos crescer no mercado! Se crescer significa<br />
passar por etapas de compra e venda, nós faremos.<br />
Quais são os desafios no mercado<br />
de higiene e beleza?<br />
Temos de competir com marcas muito grandes mundialmente,<br />
que conseguem algumas sinergias maiores do que as nossas.<br />
Para encontrarmos espaço, teremos de ser muito mais<br />
wladimir de souza<br />
competentes se quisermos sobreviver e crescer nesse mercado.<br />
O principal caminho para uma empresa se diferenciar<br />
nesse cenário é entender bem o que o consumidor quer. E isso<br />
depois de ela colocar o produto ao alcance desse consumidor.<br />
Eu diria que, nos próximos cinco anos, teremos grandes modificações<br />
no mercado, e só permanecerão os competentes.<br />
Como você analisa o mercado<br />
de higiene e beleza no Brasil?<br />
Ele tem crescido nos últimos anos entre 12% e 13% ao ano.<br />
Em 2010, estamos consolidando todas as compras que fizemos<br />
desde 2004 em uma empresa só. Nos últimos três anos,<br />
crescemos 50% a mais do que cresce o mercado, e estamos<br />
num momento de adequação nesse mercado. O mercado<br />
brasileiro de cosméticos está em franca evolução. E ainda<br />
está por vir uma leva imensa de consumidores nos próximos<br />
anos. Estima-se que 35 milhões de pessoas deverão<br />
ingressar na classe C, e essas pessoas certamente passarão<br />
a consumir esse tipo de produto. O Brasil está em uma fase<br />
espetacular de crescimento, e as estruturas das indústrias<br />
brasileiras estão melhores do que jamais estiveram.<br />
Qual é a importância do atacado<br />
distribuidor na operação da empresa?<br />
Há um profissionalismo muito grande do atacado distribuidor,<br />
de seus canais, que estão cada vez mais bem aparelhados para<br />
a prestação de serviço, a fim de poderem fornecer para a indústria<br />
a informação sobre onde o produto dela vem sendo<br />
colocado. Estamos saindo da discussão de preço para uma<br />
efetiva prestação de serviço, o que certamente irá gerar mais<br />
resultados, e margens mais amplas para ambas as empresas.<br />
Quais os aspectos disso?<br />
O atacado vem se constituindo realmente na eficiência logística<br />
da indústria para colocar o produto mais rapidamente<br />
e com menor custo no varejo e ao alcance do consumidor.<br />
Para eleger parceiros no campo da distribuição, não utilizamos<br />
o critério de exclusividade, mas sim o da competência.<br />
Para a Bertin, a exclusividade obscurece a qualidade. Os<br />
nossos distribuidores devem estar de acordo com o alinhamento<br />
e o planejamento estratégico de nossas marcas.<br />
Como a empresa dimensiona<br />
o alcance das marcas?<br />
Procuramos visualizar quais marcas são fortes em determinadas<br />
regiões, uma vez que compramos muitas empresas<br />
cujos planejamentos e estruturas eram fortes nos locais em<br />
que atuavam. Temos marcas que vendem melhor no Nordeste,<br />
e outras que apresentam desempenho melhor em São<br />
Paulo ou no Sul, e também marcas que vendem bem no<br />
Brasil inteiro. Nosso trabalho e nosso planejamento têm sido<br />
no sentido de harmonizar essa distribuição em todo o País.<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
13
14<br />
lançamentos Novos produtos da indústria<br />
Porção individual<br />
O Grupo Selmi amplia portfólio do Renata Descolados<br />
com versões individuais e traz dois novos produtos:<br />
o Renata Descolados Lanchinho e o Renata Wafer<br />
Lanchinho. As novidades contam com os sabores<br />
Chocolate e Morango, agora em pacotes individuais de<br />
60 g e 27 g. O lançamento conta com os personagens<br />
Ben 10, para os biscoitos de chocolate, e Meninas Super-<br />
Poderosas, na versão Morango-se. “Os produtos foram<br />
desenvolvidos pensando-se na praticidade para a hora do<br />
lanche das crianças, sem deixar de lado a necessidade<br />
de um alimento atraente e nutritivo”, afirma Ricardo Selmi,<br />
presidente da empresa.<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
Praticidade<br />
e nutrição<br />
Baixo custo<br />
com qualidade<br />
Fixação de<br />
marca<br />
A Veridica IT traz ao<br />
mercado um novo<br />
demaquilante. A empresa<br />
espera levar até o<br />
consumidor final um<br />
produto de qualidade<br />
e que, além de atender<br />
às necessidades do<br />
consumidor, tenha baixo<br />
custo. “Investimos sempre<br />
o necessário para atender<br />
o público que utiliza uma<br />
boa maquiagem, com<br />
alta fixação, pois um bom<br />
produto não é sinônimo<br />
de preço alto. Para 2010,<br />
nosso objetivo é fixar<br />
nossa marca e alavancar<br />
as vendas”, diz Camila<br />
Menaldo, gerente de<br />
Marketing da Veridica IT.<br />
fotos divulgação<br />
charme e<br />
soFisticação<br />
A Comexim Bebidas apresenta ao<br />
mercado a Acquíssima, água mineral<br />
em embalagem Pet Premium. Colorida<br />
e com um design diferenciado, a<br />
embalagem é inspirada nas renomadas<br />
águas do mercado europeu. A linha<br />
pode ser encontrada em duas<br />
versões: Passion, água mineral<br />
gaseificada e com embalagem corde-rosa,<br />
e Personalité, água mineral<br />
natural e com embalagem azul nas<br />
versões 310 ml, 510 ml e 1,5 litro. “O<br />
mercado tem carência de produtos<br />
diferenciados, que ajudem a compor<br />
uma mesa com charme e sofisticação”,<br />
afirma Rosana Hazan, diretora de<br />
Marketing.<br />
Inspiração<br />
europeia<br />
novo design<br />
A Santher traz ao mercado o Snob Design. O novo<br />
produto é mais absorvente, resistente e bonito, além de<br />
apresentar decoração exclusiva. Para Carlos Zuccolo,<br />
diretor de Marketing, a toalha veio para facilitar ainda mais<br />
a vida do consumidor. “O lançamento tem o objetivo de<br />
expandir o uso da categoria do papel toalha no Brasil<br />
ao introduzir um produto em que os atributos básicos<br />
do papel toalha, a resistência e a absorção, têm um<br />
desempenho superior. Até o fim do ano, as vendas desse<br />
produto deverão representar de 5% a 10% das vendas<br />
totais de toalhas Snob”, explica.<br />
Expansão<br />
da categoria<br />
Mais saudável<br />
A Yoki apresenta a linha Mais Vita em<br />
versão 200 ml. As novas embalagens,<br />
que trazem figurinhas colecionáveis,<br />
prometem conquistar o público infantil.<br />
São 20 modelos com frases bemhumoradas<br />
do Shrek, Fiona, Gato de<br />
Botas, Burro e Homem-Biscoito, entre<br />
outros personagens do filme Shrek<br />
para Sempre, que acompanham os<br />
produtos disponíveis nos sabores<br />
Laranja, Maçã, Uva, Morango e<br />
Original, de baunilha com cálcio.<br />
“Com a parceria com a Dreamworks,<br />
queremos ampliar nosso público-alvo<br />
e conquistar os consumidores mirins,<br />
pois eles também são muito exigentes<br />
e, além de procurarem alimentos<br />
saborosos, buscam sempre uma<br />
brincadeira para animar as refeições”,<br />
afirma Gabriel Cherubini, vicepresidente<br />
da Yoki Alimentos.<br />
Ampliação do<br />
público-alvo<br />
cresciMento<br />
constante<br />
A Refrigerantes Convenção acaba de<br />
lançar o MSX-Energético Radical².<br />
O novo produto está disponível nas<br />
versões 350 ml e 2 litros. Com o<br />
lançamento, a empresa quer ingressar<br />
no mercado de energéticos, que<br />
cresceu 49% em 2009, segundo<br />
dados obtidos pela Nielsen, e atingir<br />
principalmente as classes C e D.<br />
Paulo Ferrari, diretor-comercial da<br />
empresa, explica que esse mercado<br />
está em constante crescimento.<br />
“Vamos oferecer aos consumidores<br />
uma bebida de qualidade e a um valor<br />
acessível. Nos Estados Unidos e na<br />
Europa, a média de consumo anual por<br />
pessoa é de 16 latas, bem inferior à<br />
dos brasileiros, que só consomem uma<br />
lata”, comenta.<br />
Mercado<br />
potencial<br />
linha coMpleta<br />
A Topz Cosméticos apresenta a linha de<br />
desodorantes e hidratantes corporais da marca<br />
AquaVera. Essa linha exclusiva inclui desodorantes<br />
corporais (que contam com fragrâncias clássicas da<br />
perfumaria brasileira) e hidratantes corporais, os quais<br />
são loções que foram elaboradas com combinações<br />
aromáticas originais. “A novidade<br />
chega para complementar<br />
o portfólio da empresa, que<br />
apresenta produtos de qualidade<br />
e que agradam aos<br />
consumidores. A<br />
linha foi concebida<br />
pensando-se<br />
exclusivamente nas<br />
características e nos<br />
gostos das mulheres<br />
brasileiras”, afirma<br />
Vânia Bitencour,<br />
gerente de Marketing<br />
da Topz Cosméticos.<br />
Aromas<br />
originais<br />
Busca de espaço<br />
A destilaria mineira Tabúa, localizada<br />
em Salinas, apresenta a Cachaça<br />
Salideira, que tem como diferencial<br />
o tempo de armazenamento.<br />
Com isso, o produto, em quatro<br />
anos, passa por vários tonéis até<br />
o envase. A nova cachaça tem<br />
graduação alcoólica de 42 GL e<br />
é vendida em garrafas de 600 ml.<br />
“Temos a expectativa de introduzi-la<br />
no maior número possível de pontos<br />
de venda por meio de parcerias<br />
com distribuidores de bebidas.<br />
Nosso objetivo é levar ao publico<br />
da cachaça artesanal um produto<br />
especial, com custo diferenciado<br />
para alcançar seu espaço no<br />
mercado da cachaça”, diz Lucas<br />
Mendes, diretor-presidente<br />
da empresa.<br />
Parceria com<br />
distribuidores<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
15
16<br />
painel Notícias de macroeconomia do Brasil e do Mundo<br />
Feijão<br />
o preço do feijão poderá triplicar nos<br />
próximos meses, de acordo com dados<br />
obtidos pelo Ibrafe – Instituto Brasileiro<br />
do Feijão. Em setembro, a saca do<br />
feijão aumentou 73,91%, e entre os<br />
dias 13 e 15, a alta foi de mais de<br />
51%. Em São Paulo, por exemplo,<br />
onde o valor médio do quilo do feijão<br />
atingiu 3,74 reais em agosto (segundo<br />
o Dieese), esse valor poderá chegar a<br />
11,22 reais.<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
2,37%<br />
foi o quanto se<br />
pagou a menos nos<br />
juros de veículos<br />
menos juros<br />
O brasileiro pagou menos juros na aquisição de veículos (2,37%) e<br />
mais em artigos de ginástica (8,37%), de acordo com um levantamento<br />
divulgado pela Anefac – Associação Nacional dos Executivos de<br />
Finanças, Administração e Contabilidade no mês passado. A pesquisa<br />
indica que os juros no crediário variaram de 2,37% a 8,37% no mês de<br />
agosto, dependendo do setor. A principal explicação para essa variação<br />
é a própria competição que ocorre em cada segmento. As instituições<br />
financeiras determinam os juros baseando-se em cinco fatores:<br />
custo de captação, depósitos compulsórios, despesas administrativas,<br />
margem líquida do banco (lucro) e risco (inadimplência), que é o único<br />
item que pode apresentar alguma variação por setor.<br />
Pontualidade<br />
As pequenas e médias empresas brasileiras atingiram o patamar de<br />
95,3% no que se refere à pontualidade de seus pagamentos em julho,<br />
segundo dados divulgados pela Serasa Experian. A cada mil pagamentos,<br />
953 foram quitados à vista ou com apenas<br />
sete dias de atraso. A margem se mostrou estável<br />
na maioria dos setores em comparação com o<br />
mês anterior. Apenas a indústria apresentou<br />
recuo na pontualidade de seus pagamentos,<br />
de 95,3% em junho para 94,8% em julho.<br />
Os níveis de pontualidade dos pagamentos<br />
durante o segundo semestre deverão ser superiores<br />
aos dos seis primeiros meses do ano.<br />
Isso porque o dinamismo econômico é maior<br />
na segunda metade do ano em razão das festas<br />
de fim de ano e do pagamento da segunda parcela<br />
do 13 o salário.<br />
aumento nas vendas<br />
As vendas realizadas pelas empresas de<br />
alimentação brasileiras aumentaram 5,3% no<br />
primeiro semestre em relação ao mesmo período<br />
do ano passado, segundo dados obtidos pela<br />
Pesquisa Conjuntural da ABIA – Associação<br />
Brasileira das Indústrias da Alimentação,<br />
divulgados no final de setembro. A produção<br />
física acompanhou o crescimento das vendas<br />
com desempenho exatamente paralelo, também<br />
de 5,3%, enquanto as indústrias operaram com<br />
capacidade instalada média de 68,8% no período.<br />
No levantamento, foram ouvidas 200 companhias<br />
de alimentos e bebidas. A associação também<br />
informou que houve um crescimento do número<br />
de empregos e um aumento de salários no setor<br />
de alimentação e bebidas entre janeiro e junho. No<br />
caso da abertura do número de vagas de trabalho,<br />
o aumento foi de 3,9% e, no caso do salário médio<br />
real (descontando-se a inflação), a alta foi de 1,2%.<br />
CresCimento<br />
As vendas no varejo brasileiro cresceram pelo<br />
terceiro mês consecutivo, e em julho sobre junho o<br />
aumento foi de 0,4%. Na comparação com julho do<br />
ano passado, constata-se que houve uma alta de<br />
10,9%, de acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro<br />
de Geografia e Estatística. Em relação a junho, seis<br />
dos dez setores pesquisados tiveram aumento de<br />
vendas, destacando-se os setores de livros, jornais,<br />
revistas e papelaria (3,4%); veículos e motos, partes<br />
e peças (2,9%); artigos farmacêuticos, médicos,<br />
ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,9%);<br />
e material de construção (1,1%).<br />
3,4%<br />
a mais nas vendas de<br />
livros, jornais, revistas e<br />
artigos de papelaria foi o<br />
que o iBGe detectou<br />
em julho deste ano<br />
fotos sxc
18<br />
Negócios Notícias econômicas do Atacado Distribuidor/por Distribuidor Daniela Guiraldelli<br />
AtAcAdo VirtuAl<br />
Com três anos de mercado, a PortCasa,<br />
especializada na venda de produtos de<br />
cama, mesa e banho e de utilidades<br />
domésticas, acaba de ingressar no setor<br />
atacadista com uma loja virtual. Com mais<br />
de 150 fornecedores, a nova ferramenta<br />
se destina a atender empresas que não<br />
atingem o tíquete mínimo para realizar<br />
compras diretas nas indústrias, ou que têm<br />
problemas com a distância que as separa<br />
dos grandes centros.<br />
Segundo Rony Sztamfater, diretor da<br />
empresa, a PortCasa tem a expectativa<br />
de que, em um ano, a loja representará<br />
15% do faturamento total da empresa.<br />
“Além de oferecermos um desconto de até<br />
50%, temos a vantagem de reunir, em uma<br />
mesma compra, produtos de diferentes<br />
fornecedores. Nossa entrega também é<br />
mais rápida do que a da indústria, pois é<br />
realizada em três dias”, comenta.<br />
PortCasa entra<br />
no mercado<br />
atacadista,<br />
informa o diretor<br />
Rony Sztamfater<br />
luto<br />
O empresário Paulo Panarello Neto,<br />
fundador e presidente da distribuidora<br />
de medicamentos Panarello, uma das<br />
maiores do País, com faturamento anual<br />
em cerca de três bilhões de reais, morreu<br />
em 16 de setembro em Goiânia/GO.<br />
Fundada em 1976, a Panarello é a líder<br />
do setor e detém 15% de participação<br />
no mercado de distribuição de<br />
medicamentos no Brasil, representando<br />
mais de 200 indústrias farmacêuticas no<br />
setor. O empresário de 60 anos também<br />
exercia o cargo de vice-presidente da<br />
Adag – Associação dos Distribuidores e<br />
Atacadistas de Goiás, filiada da ABAD.<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
Oniz passa a distribuir<br />
produtos Red Bull, avisa<br />
Élcio Júnior Dallasta<br />
NoVA pArceriA<br />
A unidade da Oniz Distribuidora, do Rio<br />
Grande do Sul, localizada em Marília/<br />
SP, passou a distribuir no mês passado,<br />
com exclusividade para a região,<br />
produtos da marca Red Bull, referência<br />
na categoria de energéticos. Com a<br />
nova aquisição,<br />
a área de cobertura da empresa<br />
agregará 31 novos municípios –<br />
totalizando 182 cidades e mais de três<br />
milhões de consumidores atendidos.<br />
Na visão de Élcio Júnior Dallasta,<br />
gerente da unidade, a parceria<br />
resulta em um impulso a mais de<br />
responsabilidade e confiança, e<br />
fortalece a atuação da empresa em São<br />
Paulo. “Um novo fornecedor representa<br />
credibilidade, desenvolvimento,<br />
abrangência de área, mais vendedores<br />
e motivação para a equipe”, ressalta.<br />
NoVAs regiões<br />
O Atacado União, do Espírito Santo, que atua no setor automotivo, pretende<br />
crescer 25% em 2010 em relação aos 19,5% obtidos em 2009. Para alcançar<br />
esse objetivo, a empresa vem investindo na contratação de profissionais na<br />
área comercial, com o objetivo de incrementar as vendas nos Estados de Minas<br />
Gerais e Rio de Janeiro, e triplicar os negócios na Região Sudeste. “O Rio é um<br />
mercado que tende a crescer em razão das Olimpíadas. Estamos no caminho<br />
certo. Fechamos o primeiro trimestre com um aumento de 6% em relação ao<br />
mesmo trimestre de 2009”, afirma João Checon, diretor da empresa.<br />
cd em mANAus<br />
A Penske Logistics – empresa com<br />
operações na América do Norte, América<br />
do Sul, Europa e Ásia –, que fornece<br />
serviços de logística e gerenciamento da<br />
cadeia de suprimentos para indústrias em<br />
todo o mundo, abriu um novo centro de<br />
distribuição de 11 mil metros quadrados<br />
em Manaus/AM. O CD irá armazenar e<br />
distribuir produtos da marca Whirlpool,<br />
incluindo aparelhos de ar-condicionado<br />
e fornos de micro-ondas das marcas<br />
Consul e Brastemp, para varejistas em<br />
todo o Brasil. “Com operação próxima a<br />
uma importante zona de livre comércio<br />
industrial, a Penske será capaz de fornecer<br />
para os fabricantes na região os serviços<br />
de armazenagem de que necessitam”,<br />
afirmou Bill Scroggie, diretor-gerente na<br />
América do Sul.<br />
Bill Scroggie anuncia<br />
abertura de novo CD<br />
da Penske Logistics<br />
fotos divulgação
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22<br />
entrevista/Suzan Rivetti, pReSidente da JohnSon & JohnSon ConSumo BRaSil<br />
Valor<br />
com preço<br />
justo<br />
Suzan Rivetti, presidente<br />
da Johnson & Johnson<br />
Consumo Brasil, afirma<br />
que o brasileiro é muito<br />
preocupado com a beleza<br />
e o bem-estar<br />
Por Cristiano eloi<br />
Fotos riCardo bakker<br />
QUEM é<br />
4 É formada em Administração<br />
de Empresas pela Fundação<br />
Getulio Vargas<br />
4 Está na Johnson & Johnson<br />
há 25 anos<br />
4 Iniciou suas atividades como<br />
analista financeira e passou<br />
pela área de Marketing<br />
4 Foi presidente da operação<br />
na Argentina durante<br />
quatro anos<br />
4 Há dois anos e meio<br />
é presidente da<br />
operação brasileira<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
Aumentar sua participação nas vendas para as classes C e D sem perder a qualidade em produtos de valor<br />
agregado com um preço justo é um dos objetivos da Johnson & Johnson no Brasil para os próximos anos.<br />
Os outros objetivos são: contar com uma distribuição geográfica mais ampla e continuar a desenvolver<br />
as pessoas que trabalham na empresa, que chegou ao País em 1933 e inaugurou o seu parque fabril em São José<br />
dos Campos/SP. Atualmente, a Johnson & Johnson tem 4.800 funcionários, que se dividem em três empresas<br />
com atuação no mercado de consumo e nos setores médico e farmacêutico. Dos 2,05 milhões de dólares que<br />
a empresa obteve de receita em 2009, a divisão de consumo teve um faturamento de 1,4 bilhão de dólares em<br />
2009, de acordo com dados extraídos da edição “Melhores e Maiores” da revista Exame. Neste ano, a divisão<br />
deverá crescer acima de 10% ao aumentar sua participação nas quase 50 categorias em que atua, nas quais é líder<br />
em mais de 15 e detém marcas como Tylenol, Band-aid, Listerine e Carefree.<br />
Quais são as perspectivas<br />
para a companhia?<br />
Os próximos anos serão muito bons para nós. Nos<br />
últimos dois anos, fizemos algumas mudanças importantes<br />
na organização, não somente na área de<br />
vendas, mas também na de finanças. Neste ano,<br />
trabalhamos em melhorias de processos na área de<br />
marketing. A cada dia buscamos trazer produtos<br />
bons ou excelentes, e investir neles, mas que não sejam<br />
produtos exclusivos para as classes A e B.<br />
De que maneira?<br />
Temos lançamentos importantes e diferenciados,<br />
como a escova EcoReach, Listerine essencial e sabonete<br />
Johnson’s, que são produtos com preços de<br />
valor agregado, e outros produtos, que oferecem um<br />
preço muito positivo para o consumidor das classes<br />
C e D. Dentro desse enfoque de aumentar as nossas<br />
vendas e a nossa participação na base da pirâmide, o<br />
canal atacadista distribuidor é muito importante. Somos<br />
uma empresa que tem uma grande rede de distribuidores<br />
e que, ao longo de 50 anos, tem investido<br />
muito nessa rede.<br />
Quantos são os distribuidores?<br />
Aproximadamente 40, espalhados do Norte ao Sul<br />
do Brasil, todos eles distribuidores exclusivos que trabalham<br />
com a nossa linha. Nós os consideramos uma<br />
extensão da nossa organização. Damos treinamento<br />
para a equipe e dividimos com esses distribuidores as<br />
excelências dos nossos processos. Trabalhamos com<br />
muito empenho para trazê-los bem perto dos objetivos<br />
da empresa.<br />
Como fica o atacado<br />
distribuidor nesse contexto?<br />
Ele também desempenha um papel muito importante<br />
para nós. De uma forma diferente de como atuamos<br />
com os distribuidores, também promovemos reuniões<br />
para o desenvolvimento da equipe, e trazemos mui-<br />
tas campanhas promocionais diferenciadas para o<br />
canal atacado. Acreditamos que esses dois – tanto<br />
os distribuidores como os atacados regionais e nacionais<br />
– são peças fundamentais para nossa estratégia<br />
de crescimento futuro. Não tenho a menor dúvida de<br />
que vamos investir, sim, nesse canal. Temos investido<br />
e vamos continuar investindo.<br />
Como será feito?<br />
Levando conhecimento para ele, tanto a respeito do<br />
consumidor como das marcas e do mercado. Em primeiro<br />
lugar, é preciso determinar de que maneira eu<br />
posso dividir e proporcionar ao canal mais conhecimento<br />
sobre como ele pode atender melhor o consumidor,<br />
como pode melhorar o ponto de venda do seu<br />
cliente, que tipo de experiência, capaz de lhe trazer<br />
um giro maior, ele pode realizar na loja, como ele pode<br />
se assegurar de que o preço que ele pratica é o preço<br />
que tem um valor justo para o consumidor. Isso porque<br />
o preço para o consumidor é o que ele espera de<br />
retorno pelo que ele paga. E é por isso que a primeira<br />
coisa que devemos definir com os nossos parceiros é<br />
entrar em acordo sobre o que eles devem fazer para<br />
poderem atuar com excelência.<br />
E o segundo fator?<br />
É o investimento realizado nas marcas. Temos aumentado<br />
significativamente os investimentos de mídia<br />
nas marcas foco da Johnson & Johnson. Neste<br />
ano, aumentamos em 50% o nosso investimento em<br />
mídia. Vamos continuar investindo no ponto de venda,<br />
sempre com o objetivo de trazer valor agregado<br />
para o consumidor. Depois de entrarmos em acordo<br />
a respeito da margem com que vamos trabalhar, dali<br />
para frente vamos querer que os nossos incentivos<br />
estejam sempre direcionados no sentido de fazer o<br />
produto girar mais depressa no estoque e na gôndola,<br />
pois o que o nosso cliente quer é giro com margem<br />
boa. E nós iremos investir no giro depois de concordarmos<br />
com a margem.<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
23
24<br />
entrevista/Suzan Rivetti, pReSidente da JohnSon & JohnSon ConSumo BRaSil<br />
“neste ano, vamos<br />
crescer mais do<br />
que 10%, o que,<br />
com certeza, é um<br />
resultado positivo<br />
e qual o último fator?<br />
Em terceiro lugar, vem o investimento em inovação.<br />
Como temos por foco aumentar nossa participação<br />
nas classes C e D, estamos investindo no desenvolvimento<br />
de produtos específicos para essa classe, e que<br />
são os produtos que estaremos colocando com mais<br />
força no canal do atacado, e também no distribuidor.<br />
É um investimento com valor agregado?<br />
Sim, com valor agregado e com preço justo. Quero<br />
oferecer valor agregado a um preço que a classe C<br />
considere um preço justo para aquele produto, independentemente<br />
de quanto custa o da concorrência<br />
ou o que oferece mais benefícios e mais valor agregado.<br />
O consumidor brasileiro merece marcas de valor<br />
e de qualidade.<br />
Como farão isso?<br />
Por exemplo, vamos imaginar um produto de pele com<br />
uma embalagem que tenha um spray de aplicação.<br />
Normalmente, o spray de aplicação é caro. Eu coloco<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
esse produto dentro de uma bombinha e, assim, consigo<br />
trazer os mesmos benefícios, e também consigo<br />
reduzir o valor que se consegue pagar por isso. Então,<br />
esse é o nosso objetivo. Ter benefícios iguais aos dos<br />
produtos premium, mas com embalagens talvez mais<br />
simplificadas, e em tamanhos menores, e que possam<br />
ser mais acessíveis ao consumidor das classes C e D.<br />
Com quantas categorias<br />
de produtos vocês atuam?<br />
Por volta de 50. Estamos presentes em muitas categorias<br />
e vamos continuar nelas. Não acredito que a<br />
gente vá aumentar o número de categorias, mas sim,<br />
que vamos continuar a trazer novos produtos naquelas<br />
em que estamos. Serão entre 30 ou mais produtos<br />
por ano entregues ao mercado para dinamizar a categoria<br />
e a escolha pelo consumidor.<br />
Como manter a liderança nas categorias?<br />
Somos líderes em 15 categorias e vamos continuar<br />
sendo líderes se assegurarmos que essas marcas terão<br />
inovações, que estarão no preço correto, que terão<br />
uma boa comunicação e, ao mesmo tempo, que<br />
ajudaremos os nossos parceiros comerciais a sempre<br />
exporem esses produtos da melhor forma possível e<br />
de maneira que fique fácil para o consumidor encontrá-los.<br />
E, finalmente, que a experiência de compra<br />
seja gostosa e que o consumidor queira voltar à loja<br />
para comprar aquele produto de novo.<br />
Como está a operação<br />
brasileira no contexto global?<br />
A Johnson Consumidor é a segunda maior operação<br />
no mundo em 175 países em que atuamos, logo depois<br />
dos Estados Unidos, cuja operação se soma à do<br />
Canadá. Somos a empresa que está crescendo mais.<br />
Estamos crescendo 9,5% neste ano. Mesmo com a<br />
venda da Jontex, estamos crescendo. É um resultado<br />
muito positivo. Neste ano, vamos crescer acima de<br />
um dígito, mais do que 10%, com certeza.<br />
Com que tipo de ação?<br />
As mudanças que fizemos na estrutura comercial<br />
vão nos trazer mais vantagens competitivas. Vamos<br />
ter um foco geográfico muito grande, e cada uma das<br />
nossas regionais de vendas terá objetivos específicos,<br />
estratégicos, e investimentos específicos. Vamos investir<br />
em todas as áreas do Brasil. Vamos continuar<br />
a inovar. Temos muitos lançamentos de produtos em<br />
vista. Muitas novidades em oral care, em produtos<br />
para bebês, novidades na área de beleza. Enfim, muita<br />
coisa nova para entrar no mercado em 2011.<br />
O Brasil representa quanto<br />
dentro do faturamento mundial?<br />
Não posso te falar, mas o setor de consumo representa<br />
23% dos 62 bilhões de dólares que a empresa<br />
fatura no mundo inteiro. A divisão de consumo representa<br />
50% da receita no Brasil. Nos próximos anos,<br />
a gente vai continuar com 50%, e eventualmente a<br />
Medical, que é uma empresa que tem recebido muito<br />
investimento de aquisições, até mesmo porque o<br />
portfólio dela está se formando, passará a aumentar<br />
sua participação no bolo total.<br />
Como você analisa o mercado<br />
de consumo e de beleza?<br />
O mercado brasileiro é um sonho de mercado. É o<br />
segundo maior mercado de beleza do mundo. O consumidor<br />
brasileiro se preocupa muito com a beleza<br />
e com o bem-estar. As nossas categorias continuam<br />
crescendo em uma velocidade muito acima da média<br />
dos mercados em que se acham envolvidas. Beleza,<br />
dependendo da categoria, cresce de 22% a 25%. O<br />
mercado de higiene, por outro lado, não tem um crescimento<br />
tão acentuado quanto o de beleza, mas a<br />
participação de muitas categorias é muito baixa.<br />
Então, a chance de crescimento é grande?<br />
Sim. Por exemplo, em enxaguantes bucais, a penetração<br />
no Brasil é de 22%, enquanto em creme dental<br />
é de 99%. Imagine a oportunidade que existe de se<br />
aumentar a penetração de enxaguatórios no mercado<br />
brasileiro. Quanto a absorventes internos como<br />
o OB, a penetração no Brasil é 3,5%. Carefree,<br />
protetor intimo, tem penetração de 13% nos lares.<br />
O mercado de higiene, apesar de não crescer com<br />
a mesma velocidade com que cresce o mercado de<br />
beleza – que cresce muito depressa –, tem muito potencial<br />
para isso. São categorias que lá fora têm uma<br />
penetração quase próxima de 60% a 70%.<br />
O que isso significa para vocês?<br />
Esses números, para uma multinacional como a nossa,<br />
fazem com que o interesse no País seja óbvio. À<br />
medida que formos encontrando as receitas para desenvolver<br />
essas categorias, as oportunidades de negócios<br />
serão cada vez maiores. Tanto com produtos<br />
de higiene como de beleza e de OTC.<br />
A empresa pretende aumentar<br />
a malha de distribuidores?<br />
Estamos com os distribuidores certos e os parceiros<br />
ideais para o nosso negócio. No momento, não vamos<br />
aumentar a malha de distribuidores.<br />
“O mercado de<br />
higiene tem muito<br />
potencial de<br />
crescimento<br />
Quais são as metas da empresa<br />
para os próximos cinco anos?<br />
São três coisas: aumentar a participação dentro da<br />
classe C, sem dúvida, e aumentar a penetração nos<br />
lares de categorias em que atuamos, como protetor<br />
solar, protetor íntimo, absorvente interno e enxaguatório<br />
bucal. Essas são quatro categorias cuja<br />
penetração é muito baixa no Brasil. Uma maior penetração<br />
de categorias é uma oportunidade gigante,<br />
mas, logicamente, essas oportunidades estão mais<br />
concentradas na classe C, embora na classe B ela<br />
também exista, e é ampla porque nessa classe já<br />
existe o hábito de uso de produto.<br />
Quais são as outras duas oportunidades?<br />
A segunda oportunidade é a de termos uma distribuição<br />
geográfica mais ampla. Vamos investir em distribuição<br />
geográfica, e por isso nos reorganizamos por<br />
área geográfica. Isso vai nos ajudar a estarmos mais<br />
perto de cada um dos nossos distribuidores e dos<br />
nossos clientes nas diferentes áreas do Brasil. Essa é<br />
a segunda prioridade, que vai alavancar o crescimento<br />
e o relacionamento com os nossos clientes. A terceira<br />
oportunidade é a de continuar a desenvolver pessoas<br />
e de lhes dar oportunidades para que façam o melhor<br />
delas. Acho que a empresa nunca teve um time<br />
tão bom, e isso é uma gigantesca oportunidade de<br />
crescimento.n<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
25
vti abaD 2010<br />
Linha<br />
direta Praça<br />
Blog da DIStRIBuIÇÃo e<br />
outros veículos da Editora<br />
Brasileira do Comércio trarão<br />
notícias sobre a VtI ABAD<br />
2010 Itália diariamente<br />
Por Cristiano Eloi<br />
De 22 de outubro a 31 de outubro, os<br />
leitores da revista DISTRIBUIÇÃO<br />
poderão acompanhar as notícias sobre<br />
as operações das empresas da indústria, do<br />
atacado distribuidor e do varejo nas cidades de<br />
Milão, Turim e Bolonha no blog da DISTRI-<br />
BUIÇÃO: www.vtiabad2010.blogspot.com,<br />
no Portal <strong>Newtrade</strong>: www.newtrade.com.br,<br />
ou no site da ABAD: www.abad.com.br. O<br />
boletim eletrônico ABAD News também trará<br />
informações sobre a viagem. “A ideia é fornecer,<br />
para aqueles que não participaram diretamente<br />
da VTI ABAD 2010 Itália, um retrato sobre<br />
o mercado de consumo e sobre a organização<br />
da cadeia de abastecimento na Itália, realçando<br />
os principais aspectos, as diferenças e os pontos<br />
em comum com a cadeia de abastecimento<br />
brasileira”, diz Claudia Rivoiro, diretora-editorial<br />
da Editora Brasileira do Comércio, que edita a<br />
revista DISTRIBUIÇÃO.<br />
Esta é a terceira vez que o blog da DIS-<br />
TRIBUIÇÃO acompanhará o grupo de 41<br />
empresários da cadeia de abastecimento em<br />
uma viagem técnica pelo continente europeu.<br />
Em 2009 e 2008, os leitores puderam acompanhar<br />
as principais informações coletadas nas<br />
visitas técnicas a importantes empresas europeias<br />
da Rússia, Polônia, Inglaterra, Holanda e<br />
Alemanha nos sites www.vtiabad2009.blogspot.com<br />
e www.vtiabad2008.blogspot.<br />
com. Neste ano, o blog e os outros veículos da<br />
Editora Brasileira do Comércio, diariamente,<br />
trarão notícias, opiniões e comentários sobre a<br />
viagem e a cadeia de abastecimento das cidades<br />
visitadas. “Aqueles que acessarem o blog<br />
ficarão surpresos com a enorme quantidade de<br />
informações, fotos, vídeos e curiosidades sobre<br />
as empresas e sobre o país visitado. Também é<br />
importante que os leitores enviem perguntas,<br />
comentários e sugestões”, afirma Claudia.<br />
Realizada há mais de vinte anos, a Viagem<br />
Técnica Internacional é uma importante atividade<br />
da ABAD, que sempre proporciona um<br />
proveitoso intercâmbio cultural e empresarial<br />
com a cadeia de abastecimento de outros países.<br />
“Toda a viagem é um grande aprendizado,<br />
que os participantes da VTI obtêm por meio<br />
de visitas balizadas pelos guias destacados pelas<br />
empresas, pelo acompanhamento e constantes<br />
esclarecimentos oferecidos full time<br />
pelo consultor Nelson Barrizzelli, e também<br />
pelo agradável convívio entre os empresários<br />
participantes”, diz Oscar Attisano, superintendente-executivo<br />
da ABAD.<br />
Concentrada em um único país, a VTI<br />
ABAD 2010 Itália dará a todos os participantes<br />
a oportunidade de conhecer as principais<br />
mudanças e de acompanhar de perto o desenvolvimento<br />
do pequeno e médio varejo independente<br />
em um país que tem fortes laços<br />
com o Brasil. “Essa é a oportunidade que os<br />
empresários terão para conhecer de perto todos<br />
os detalhes de uma operação integrada entre<br />
os atacadistas e o pequeno e médio varejo<br />
independente. Com certeza, a viagem será um<br />
sucesso e trará bons resultados para os empresários”,<br />
afirma Attisano.n.<br />
de São<br />
Marcos, em<br />
Veneza<br />
Mais<br />
vendidas<br />
A pesquisa “Marcas em Destaque”,<br />
realizada junto ao varejo independente,<br />
será publicada pela primeira vez na<br />
edição de novembro da DIStRIBuIÇÃo<br />
Por Cristiano Eloi<br />
no mês que vem, a DISTRI-<br />
BUIÇÃO apresentará uma<br />
pesquisa exclusiva, realizada<br />
pela primeira vez junto ao pequeno<br />
varejo independente brasileiro pela<br />
ABAD/Nielsen, chamada “Marcas<br />
em Destaque”. Desenvolvido com 96<br />
categorias de produtos no varejo de<br />
autosserviço alimentar de um a quatro<br />
checkouts e em lojas tradicionais do<br />
varejo alimentar brasileiro, como padarias,<br />
armazéns, mercearias, empórios e<br />
todos os demais PDVs que contam<br />
com atendimento por um vendedor<br />
ou balconista, o levantamento revela<br />
as marcas mais vendidas a partir de<br />
faturamentos colhidos nas sete áreas<br />
Nielsen espalhadas pelo Brasil, e também<br />
no total nacional. Em cada uma<br />
das categorias, serão contempladas<br />
cinco marcas para cada uma das áreas<br />
Nielsen e para o total no Brasil. O universo<br />
pesquisado representa 387.448<br />
pontos de venda do varejo independente<br />
espalhados pelo País.<br />
Os cinco principais fornecedores<br />
são obtidos por meio da classificação<br />
das vendas em faturamento de todos<br />
aqueles pertencentes a uma categoria<br />
ou segmento. Não entram no ranking<br />
fabricantes que detêm menos de 1%<br />
PEsquisa<br />
de participação no mercado, pois estes<br />
não têm relevância para o mesmo comparado<br />
a outros fabricantes do ranking.<br />
Para elaborar este ranking, foram consideradas<br />
as vendas de um ano móvel<br />
terminado em junho de 2010 (de julho<br />
de 2009 até junho de 2010).<br />
O propósito fundamental desse levantamento<br />
é o de ajudar o atacado<br />
distribuidor e os varejistas a direcionarem<br />
suas ações no sentido de poderem<br />
obter uma melhor eficiência no mix de<br />
produtos e nas marcas trabalhadas.<br />
Esse é um canal que apresenta um<br />
crescimento contínuo associado à mudança<br />
de hábito dos consumidores que<br />
preferem a comodidade, a praticidade<br />
e a conveniência de comprar em lojas<br />
menores e próximas de suas residências<br />
ou locais de trabalho.<br />
Outros fatores que contribuem para<br />
o crescimento dessas lojas são a estabilidade<br />
econômica do País, a ampliação<br />
da política de distribuição de renda e a<br />
melhora na qualidade de vida da população<br />
em geral. Esses fatores, por sua<br />
vez, também contribuem para o fortalecimento<br />
do mercado consumidor<br />
interno. Foram eles que fizeram com<br />
que o Brasil se tornasse o país das boas<br />
oportunidades.n<br />
28 www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
29
30<br />
sucessão<br />
dasdas Novo<br />
mandato<br />
Carlos Eduardo Severini é reeleito para<br />
mais dois anos na presidência da ABAD<br />
Por cristiAno eloi e renAtA sAntiAgo<br />
A<br />
palavra continuidade deu o<br />
tom na Assembleia Geral Extraordinária<br />
realizada no dia<br />
20 de setembro, na sede da ABAD,<br />
em São Paulo, para a composição da<br />
diretoria e dos três conselhos para o<br />
biênio 2011-2012. Carlos Eduardo<br />
Severini foi reeleito, assim como toda<br />
a sua diretoria, por aclamação, e será<br />
reempossado em 23 de novembro.<br />
No mesmo dia, tomarão posse para<br />
um novo mandato os membros dos<br />
conselhos deliberativo, fiscal e consultivo.<br />
“É uma honra e um renovado<br />
desafio permanecer frente à entidade<br />
até 2012. Agradeço a confiança em<br />
nós depositada”, diz Severini.<br />
Nos últimos dois anos, Carlos<br />
Eduardo Severini focou seu mandato<br />
no fortalecimento de ações de capacitação<br />
destinadas a melhorar a eficiência<br />
e a promover o desenvolvimento<br />
do setor atacadista distribuidor e<br />
do pequeno e médio varejo independente<br />
em meio a um mercado de consumo<br />
cheio de boas oportunidades e<br />
sujeito a uma concorrência acirrada.<br />
O presidente também trabalhou para<br />
o fortalecimento da integração entre<br />
os elos da cadeia de abastecimento,<br />
empenhando-se para que o atacado<br />
distribuidor consolide e aprimore o<br />
papel de destaque que já vem desempenhando<br />
dentro do cenário econômico,<br />
político, legislativo, executivo e<br />
judiciário brasileiro.<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
Para o próximo mandato, o presidente<br />
planeja continuar participando<br />
ativamente de assuntos e questões<br />
que interferem diretamente no desenvolvimento<br />
do setor, seja liderando<br />
a luta contra as obstruções que<br />
Severini promete contribuir ainda mais para o setor<br />
Diretoria para o biênio 2011-2012<br />
Presidente - Carlos Eduardo Severini - Tenda Atacado (SP)<br />
1 0 Vice-Presidente - José do Egito Frota Lopes Filho - Jotujé Distribuidora (CE)<br />
2 0 Vice-Presidente - Odemar Müller - Distribuidora Müller (SC)<br />
Vice Presidente - José Rodrigues Costa Neto - JC Distribuição (GO)<br />
Vice Presidente - Hélio Costa Maciel - Cosme & Damião Comércio e Distribuição<br />
Vice Presidente - Émerson Destro - Comercial Destro (PR)<br />
Vice Presidente - Jorge Raimundo Lins Neto - Distribuidora Alimentos Mirasol (BA)<br />
Vice Presidente - Diógenes de Andrade Filho - DA & A Distribuidora (PE)<br />
Vice Presidente - Paula Andrea Aued - Disploki Distribuidora (SP)<br />
Vice Presidente - Alair Martins Júnior - Martins Distribuição (MG)<br />
Conselho Deliberativo<br />
Presidente - Geraldo Eduardo da Silva Caixeta - União (MG)<br />
1 o Vice-Presidente - Nilton Peixoto de Souza - Peixoto (MG)<br />
2 o Vice-Presidente - Alencar César Martins Zamboni - Zamboni Comercial (RJ)<br />
Conselho FisCal<br />
Presidente - Paulo Hermínio Pennacchi - Pennacchi & Cia. (PR)<br />
Vice-Presidente - Dorian Bezerra de Souza Morais - Riograndense Distribuidora (RN)<br />
Conselheiro - José Gonzaga Sobrinho - Atacadão Rio do Peixe (PB)<br />
Conselheiro - João Orivaldo de Oliveira - Nova Amazonas (DF)<br />
Conselheiro - Raimundo Rebouças Marques - Expansão (PI)<br />
Conselho Consultivo<br />
Presidente - Luiz Antonio Tonin - Luiz Tonin & Cia. (MG)<br />
Vice-Presidente - Enock Luniere Alves - Codil Distribuidora (AM)<br />
Vice-Presidente - Juliano César Faria Souto - Fasouto (SE)<br />
rodrigo peterson<br />
Diretoria abaD Jovem – biênio 2011/2012<br />
Presidenta - Maryanne Pacheco Barcelar - Distribuidora Cristal (PI)<br />
Vice-Presidente - Thiago Caixeta - União (Mg)<br />
Conselheiro - Vandré Pennacchi - Pennacchi & Cia. (Pr)<br />
Conselheiro - Joice Sabatke - Catarinense Distribuidora (SC)<br />
Conselheiro - Bernardo da Silveira Pretto - Mesasul Com. e Ind. de Alim. (rS)<br />
“<br />
o objetivo da ABAD<br />
Jovem é abrir a<br />
mente dos jovens<br />
empreendedores,<br />
oferecendo<br />
conhecimento<br />
Maryanne Pacheco Barcelar<br />
Distribuidora cristal<br />
prejudicam o bom andamento dos<br />
processos comerciais, como a que se<br />
manifesta na questão tributária, seja<br />
estimulando efetivamente o crescimento<br />
orgânico da cadeia de abastecimento<br />
nacional. “Espero contribuir<br />
muito para o setor, destacando,<br />
debatendo e procurando encontrar<br />
soluções para os pontos de maior<br />
importância, como estamos fazendo<br />
agora com os comitês político, de<br />
varejo competitivo e de vendedor/<br />
RCA”, afirma.<br />
ABAD Jovem<br />
Com o objetivo de integrar e capacitar<br />
os jovens empreendedores e sucessores<br />
da presidência ou da diretoria<br />
das empresas do setor atacadista<br />
distribuidor, o Grupo ABAD Jovem<br />
se reuniu, nos dias 20 e 21 de setembro,<br />
para um dos seus encontros<br />
bimestrais. Na ocasião, o grupo nomeou<br />
a nova diretoria para o próximo<br />
biênio 2011-2012 e elegeu como presidente<br />
Maryanne Pacheco Barcelar,<br />
representante da Distribuidora Cristal,<br />
que sucederá Vandré Pennacchi,<br />
da Pennacchi & Cia. “Para esse novo<br />
biênio, o objetivo da ABAD Jovem<br />
é trazer mais participantes e abrir a<br />
mente dos jovens empreendedores,<br />
oferecendo conhecimento e ações<br />
de relacionamento para que o grupo<br />
continue a colher bons resultados”,<br />
diz Maryanne.<br />
Pennacchi acredita que, nos próximos<br />
dois anos, os encontros contarão<br />
com mais pessoas que terão a<br />
oportunidade de participar e crescer<br />
no setor.<br />
O próximo encontro está marcado<br />
para 22 e 23 de novembro, quando<br />
ocorrerá a posse oficial da nova<br />
diretoria e a realização do curso de<br />
imersão “Manejamento Comportamental”.<br />
“Daqui a cinco anos, os participantes<br />
do ABAD Jovem serão os<br />
novos presidentes das empresas e os<br />
representantes da diretoria da entidade”,<br />
afirma Andrea Dessimoni, coordenadora<br />
do grupo.n<br />
wladimir de souza<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
31
32<br />
eba estandes<br />
Mais de 500 pessoas<br />
ligadas à cadeia<br />
de abastecimento<br />
estiveram no evento<br />
Encontro de<br />
boas novas<br />
Novidades em<br />
processos, produtos<br />
e serviços marcaram<br />
a edição de<br />
setembro do EBA<br />
Por renata santiago<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
em consequência do sucesso da<br />
30 a edição da Convenção Anual<br />
do Atacadista Distribuidor e<br />
Sweet Brazil International, realizada<br />
em Curitiba, a edição de setembro do<br />
Encontro Bimestral ABAD (EBA),<br />
que aconteceu nas instalações da Fecomercio-SP,<br />
foi marcada pelo clima de<br />
comemoração pelos bons resultados<br />
alcançados e pelo otimismo do setor<br />
diante dos desafios futuros.<br />
Executivos da cadeia de abastecimento<br />
estiveram presentes para conhecer<br />
novidades em produtos, processos<br />
e serviços para o setor, e para fortalecer<br />
ainda mais os elos entre o atacado distribuidor,<br />
a indústria e os fornecedores<br />
de serviços.<br />
Em seu discurso, Carlos Eduardo<br />
Severini, presidente da ABAD, destacou<br />
os bons negócios que movimentaram<br />
o setor durante a ABAD 2010<br />
Curitiba, realizada em agosto e que<br />
contou com mais de 33 mil visitações<br />
– recorde do evento. Logo depois, foi<br />
apresentado um vídeo institucional<br />
apresentando os melhores momentos<br />
da Convenção Anual.<br />
Antes disso, Severini dividiu com<br />
os presentes a informação de que<br />
fotos ricardo bakker<br />
naquela manhã, na sede da entidade,<br />
em São Paulo, a Assembleia Geral<br />
Ordinária da ABAD decidira pela sua<br />
reeleição, assim como pela da atual<br />
diretoria, para o biênio 2011-2012.<br />
“É uma honra e um renovado desafio<br />
permanecer frente à entidade até<br />
2012. Agradeço a confiança em nós<br />
depositada”, disse.<br />
Os visitantes puderam acompa-<br />
cielo<br />
Por meio de uma parceria com<br />
a Visa, a Cielo apresentou o<br />
Portal Clube de Negócios Visa<br />
Empresarial, um novo aliado dos<br />
empresários do setor atacadista<br />
distribuidor, que se propõe a<br />
ajudá-los a administrar melhor os<br />
negócios por meio de cursos on-line,<br />
troca de experiências com outros<br />
empresários e acesso a promoções<br />
exclusivas. “Com a presente ação,<br />
reforçamos o comprometimento<br />
com o setor ao oferecer mais<br />
uma ferramenta para ajudá-los<br />
a desenvolver o seu negócio”,<br />
diz Maria Luiza Peyrelongue,<br />
responsável pela divisão<br />
de Soluções Comerciais<br />
da empresa.<br />
t<br />
Mais de 170 milhões<br />
de pares por ano<br />
t<br />
nhar uma emocionante apresentação<br />
da Companhia de Dança Casas<br />
André Luiz, promovida pelo Instituto<br />
ABAD, além da palestra com o economista<br />
Ricardo Amorim, que discorreu<br />
sobre o tema “Brasil: A Hora<br />
e a Vez do Consumo”. Confira a<br />
cobertura dos estandes presentes ao<br />
encontro e mais informações sobre o<br />
evento nas próximas páginas.<br />
Ferramentas<br />
de desenvolvimento<br />
andres<br />
havaianas<br />
A tradicional marca de sandálias da<br />
Alpargatas esteve presente promovendo<br />
uma melhor ação de relacionamento<br />
com o canal atacadista<br />
distribuidor. Ricardo Vianna, diretorcomercial<br />
da empresa, aproveitou a<br />
oportunidade para destacar o crescimento<br />
da Alpargatas, que está trabalhando<br />
com sua capacidade fabril em<br />
uma produção anual de 170 milhões<br />
de pares. “Procuramos estar o mais<br />
perto possível do setor, pois consideramos<br />
importante participar efetivamente<br />
de eventos, encontros e<br />
convenções, e de todas as outras iniciativas,<br />
a fim de alinhavar ainda mais<br />
o nosso relacionamento”, diz.<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
33
34<br />
eba estandes<br />
Leonardo Barros e Ademar Alves: novas empresas<br />
t<br />
pc sistemas<br />
Com um faturamento anual de 35 milhões de reais, a PC Sistemas,<br />
empresa que há 24 anos atua no campo da tecnologia<br />
voltada para o setor atacadista distribuidor e para o mercado de<br />
consumo, apresenta novidades em ferramentas de mobilidade<br />
para esse setor. Com a aquisição de duas novas empresas, a<br />
companhia passou a investir em telesserviços e em gestão de<br />
frota. “Neste ano, vamos investir em duas outras empresas<br />
focadas nos serviços de gestão de pessoas e em inteligência<br />
do negócio, e esperamos obter um crescimento entre 35% e<br />
40%”, afirma Ademar Alves, diretor-comercial nacional.<br />
nielsen t<br />
Soluções que permitam encontrar uma linguagem comum,<br />
de fácil compreensão pelo shopper, entre os elos que<br />
compõem a cadeia de abastecimento (indústria–atacado<br />
distribuidor–varejo), e que envolvam entendimento do sortimento<br />
e do controle de gestão de estoque e ruptura, foram<br />
apresentadas pelo instituto. “Temos avançado no setor<br />
e as parcerias vêm aumentando. As empresas da cadeia de<br />
abastecimento precisam adequar o mix para atender o consumidor<br />
final”, ressalta Olegário Araújo, gerente de Atendimento<br />
ao Varejo da empresa.<br />
Olegário Araújo: mix ajustado<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
Nilson Gomes: solução exclusiva para o setor<br />
t<br />
serasa experian<br />
Com o objetivo de dar continuidade à divulgação<br />
do Score Atacadista, a Serasa Experian<br />
apresentou ao setor uma solução exclusiva para<br />
o segmento atacadista distribuidor, formatada<br />
de modo a reduzir riscos com a inadimplência<br />
e a ampliar a rentabilidade dos negócios. “Cerca<br />
de 85% a 95% das empresas do segmento já<br />
utilizam o Score Mercado. Com o Score Atacadista,<br />
esperamos obter um incremento de 20%<br />
na receita das empresas usuárias, além de uma<br />
representação ainda melhor, pois o produto foi<br />
ajustado para o compartilhamento de dados do<br />
setor”, diz Nilson Gomes, diretor de Vendas.<br />
Renato Vargas: novo creme dental<br />
t<br />
colgate<br />
A Colgate-Palmolive apresentou novidades em<br />
sua linha Cremes Dentais Sorriso, especialmente<br />
sua nova variante, o Sorriso Fresh Night. O<br />
novo produto é voltado para os consumidores<br />
do segmento gel, que representa 13% da categoria<br />
em valor, segundo a Nielsen. "Os encontros<br />
representam uma excelente oportunidade<br />
para compartilharmos as novidades com o setor.<br />
Nesse sentido, focamos nossa participação nesta<br />
edição apresentando um produto que acaba<br />
de chegar ao mercado", diz Renato Vargas,<br />
gerente de Relações com o Cliente e Eventos<br />
Corporativos.n
eba palestra<br />
A vez do<br />
O economista Ricardo Amorim:<br />
"O mundo mudou a nosso favor"<br />
Brasil<br />
ricardo bakker<br />
Com as mudanças na<br />
ordem econômica<br />
mundial, o País tornou-se<br />
um dos principais<br />
beneficiados pelo<br />
consumo<br />
por Jamille menezes<br />
Durante muitos anos, ouvimos<br />
dizer que o Brasil era o país<br />
do futuro, e que ele estaria<br />
entre as grandes potências do mundo.<br />
Os anos se passaram, e esse futuro<br />
não havia chegado. Até agora. De<br />
acordo com o economista Ricardo<br />
Amorim, presidente da Ricam Consultoria<br />
e um dos comentaristas do<br />
programa Manhattan Connection, no<br />
GNT, esta é a hora e a vez do Brasil.<br />
O economista, que foi o palestrante<br />
convidado do EBA (Encontro Bimestral<br />
ABAD), falou sobre as mudanças<br />
na economia mundial e como isso beneficiou<br />
o Brasil.<br />
De acordo com Amorim, durante<br />
80 anos, o Brasil sustentou uma<br />
média de crescimento de 7% ao ano.<br />
Com esse ritmo de crescimento, logo<br />
o País estaria entre as grandes potências<br />
mundiais, concretizando, então,<br />
a história de que somos o País do<br />
futuro. “Se o Brasil tivesse mantido<br />
essa média de crescimento, hoje a<br />
renda per capita brasileira seria mais<br />
alta que a da Alemanha, a da Inglaterra<br />
ou a da Itália. Ou seja, o Brasil<br />
seria um país desenvolvido”, explicou.<br />
No entanto, entre 1980 e 2003,<br />
a média de crescimento do Brasil caiu<br />
para 2,4%, o que significa um terço<br />
do que vinha crescendo. Por causa<br />
disso, o futuro que esperávamos não<br />
chegou quando foi anunciado.<br />
Com as mudanças na economia<br />
mundial, os eixos se inverteram, o<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
que impulsionou o crescimento do<br />
Brasil. “Desde 2004, a média desse<br />
crescimento duplicou, chegando a<br />
4,7%, e as tendências indicam que<br />
esse crescimento continuará, simplesmente<br />
porque o mundo mudou a<br />
nosso favor”, afirmou.<br />
Como exemplo dessa mudança,<br />
Amorim citou a queda de alguns mitos<br />
com os quais já estávamos acostumados,<br />
e que deixaram de ser verdade.<br />
Entre eles, a ideia de que países<br />
como os EUA, o Japão e os grandes<br />
países da Europa seriam eternamente<br />
dominantes. “Atualmente, esses<br />
países não se constituem mais em<br />
uma fonte de solidez na economia<br />
mundial, mas sim, são sinônimos de<br />
fragilidade e crises.”<br />
Segundo Amorim, o consumo também<br />
está mudando. Uma vez que,<br />
atualmente, cada vez mais, os produtos<br />
são fabricados na China, onde<br />
a mão de obra é mais barata, isso faz<br />
anúncio_disqueti_distribuição.pdf 1 28/09/2010 15:22:43<br />
com que os países transfiram suas fábricas<br />
para lá. “Quando o que é feito<br />
no mundo começa a ser, em uma medida<br />
cada vez maior, transferido para<br />
lugares que têm grande oferta de mão<br />
de obra, isso significa que o custo de<br />
produção cai e o preço dos produtos<br />
também. E a inflação começa a cair<br />
no mundo”, explicou.<br />
Com a abertura de novas fábricas<br />
e a geração de empregos na China, o<br />
consumo aumenta e isso beneficia o<br />
Brasil, que é um dos principais produtores<br />
de commodities. Enquanto os<br />
consumidores norte-americanos estão<br />
endividados e gastando menos, os chineses<br />
e indianos estão ganhando mais e,<br />
consequentemente, consumindo mais.<br />
“Quando eles passam a ganhar mais<br />
e a consumir mais, isso faz com que<br />
mude o eixo de consumo no mundo. O<br />
fato é que essa mudança já começou, e<br />
joga a nosso favor”, afirmou.<br />
Amorim acredita que essa é ape-<br />
nas a ponta do iceberg. Pois, assim<br />
como, atualmente, metade dos chineses<br />
e 60% dos indianos moram em<br />
zonas rurais, ainda teremos algumas<br />
centenas de milhares de pessoas saindo<br />
do campo e indo para as cidades.<br />
Isso significa que estarão plantando<br />
menos e construindo centros urbanos.<br />
Segundo Amorim, o Brasil é<br />
beneficiado porque é um dos países<br />
com mais área agricultável no mundo,<br />
além de ser o maior exportador<br />
mundial de aço, ferro e cimento.<br />
Com isso, toda a cadeia de agronegócios,<br />
serviços e distribuição sai<br />
ganhando. Isso porque, quando exportamos,<br />
entra mais dólares no País,<br />
fazendo com que a taxa de câmbio<br />
caia e os produtos fiquem mais baratos.<br />
“Com produtos mais baratos,<br />
caem também a inflação e a taxa<br />
de juros, e o crédito aparece. Desse<br />
modo, mais gente pode consumir e o<br />
varejo vende mais.”n<br />
36 www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
37
38<br />
eba social<br />
No palco do Teatro Raul Cortez,<br />
a emoção dos jovens Meire e Janderson<br />
Dupla de jovens da<br />
Companhia de Dança<br />
das Casas André Luiz<br />
emociona empresários com<br />
apresentação diferenciada<br />
Por claudia rivoiro<br />
No palco do Teatro Raul Cortez,<br />
durante o quarto Encontro<br />
Bimestral ABAD do ano,<br />
realizado em São Paulo, em 20 de<br />
setembro, um casal de jovens, Meire<br />
e Janderson, sob a orientação da<br />
professora Daniele Pimentel, dançou<br />
de uma maneira muito particular ao<br />
som do tema musical do espetáculo<br />
A Bela e a Fera. Na plateia, pessoas<br />
emocionadas acompanharam atentamente<br />
a apresentação dos dois, que<br />
são deficientes mentais e integrantes<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
Alegria<br />
e<br />
superAção<br />
da Companhia de Dança das Casas<br />
André Luiz. No final da apresentação,<br />
aplaudidos de pé, os dançarinos<br />
sorriram, certos de que o recado estava<br />
dado: é possível, sim, graças à<br />
magia do estímulo sonoro, dançar ou<br />
simplesmente se movimentar e, sem<br />
mais recursos, expressar muitos sentimentos<br />
e muita emoção.<br />
A Companhia de Dança das Casas<br />
André Luiz, que faz parte das<br />
atividades oferecidas pela entidade<br />
Casas André Luiz, surgiu em 1992<br />
com o objetivo de mostrar quanta<br />
eficiência se pode tirar da deficiência.<br />
O programa, além da óbvia finalidade<br />
terapêutica, também enfatiza caminhos<br />
para uma reabilitação animada<br />
por um propósito estimulante e por<br />
uma vida cotidiana digna.<br />
Clélia Moreira Pires Borin, conselheira<br />
da entidade, dedicou mais<br />
de 60 anos da sua vida a atividades<br />
ininterruptas atuando exclusivamente<br />
com portadores de deficiência<br />
mental leve, moderada, grave e profunda,<br />
com ou sem deficiência física.<br />
“Todos os pacientes internados exigem<br />
cuidados contínuos, por toda a<br />
vida. Esta apresentação nos mostra a<br />
força de superação dos nossos atendidos.<br />
Eles nos ensinam a vontade de<br />
superar sempre”, ressaltou.<br />
As Casas André Luiz, que atendem<br />
1.400 pacientes, iniciaram suas<br />
atividades com a meta de assistir com<br />
carinho e cuidado crianças deficientes<br />
mentais carentes. Em 1958, elas inauguraram,<br />
em Guarulhos, uma casa<br />
que abrigou, já no primeiro instante,<br />
15 crianças. Em 1962, outra casa foi<br />
posta em funcionamento, no bairro<br />
de Picanço, também em Guarulhos.<br />
Nela foram construídas quatro unidades,<br />
entre as quais a de Longa Permanência,<br />
que tem capacidade para<br />
atender 600 pacientes. Destes, 80%<br />
são casos graves, e mais de 50% estão<br />
acamados e/ou são cadeirantes.<br />
A próxima meta das Casas André<br />
Luiz é divulgar uma campanha para<br />
atendimento ambulatorial. “Temos a<br />
certeza de que iremos ampliar o nosso<br />
atendimento para além do Estado<br />
de São Paulo e do interior paulista.<br />
Atualmente, a demanda é grande e<br />
a nossa capacidade está aquém”, observou<br />
Clélia.n<br />
ricardo bakker<br />
Conquiste 48 milhões<br />
de pets com as marcas<br />
da Nestlé PURINA<br />
O mercado de pet food está em ascensão no país.<br />
Hoje, os donos dos 48 milhões de cães e gatos movimentam<br />
quase R$ 6 bilhões por ano somente em alimentos<br />
industrializados para animais. Conquiste esse<br />
consumidor com a qualidade PURINA. Líder mundial<br />
e expert no segmento, a NESTLÉ PURINA é sua aliada<br />
na expansão desse setor que não para de crescer.<br />
Por que a NESTLÉ PURINA<br />
é expert na categoria?<br />
É líder mundial em alimento<br />
industrializado para cão e gato.<br />
Está presente em 75 países.<br />
É pioneira na invenção<br />
de alimento industrializado.<br />
Possui 6 centros de pesquisa no<br />
mundo para desenvolver produtos.<br />
Tem profundo conhecimento do<br />
consumidor (hábitos dos pets<br />
e donos dos pets - cães e gatos).<br />
infotradeoutubro 2010<br />
Os números<br />
59% dos lares do país<br />
possuem algum pet.<br />
São 32 milhões de cães<br />
e 16 milhões de gatos.<br />
É um mercado que movimenta<br />
1,8 milhões em toneladas<br />
e R$ 5,8 bilhões em valor.<br />
Em 5 anos, o mercado brasileiro<br />
de alimento industrializado cresceu<br />
42% em volume e 74% em valor.<br />
tradec.com.br<br />
Fonte: Anfal 2008 / Estimativa NPPC
40<br />
fórum AbAd<br />
Foco<br />
na execução<br />
Comitês do Fórum<br />
Permanente delineiam ações<br />
práticas para melhorar a<br />
eficiência no desenvolvimento<br />
dos assuntos abordados<br />
Por CristiAno Eloi<br />
Aos poucos, os três comitês instalados<br />
no Fórum Estratégico<br />
ABAD Cadeia de Abastecimento<br />
- Cenário 2015 desenham as<br />
suas ações e partem para a execução<br />
prática dos assuntos pertinentes a um<br />
melhor desenvolvimento da cadeia de<br />
abastecimento. A terceira reunião do<br />
ano dos comitês Profissional de Vendas,<br />
Varejo Competitivo e Agenda Política<br />
aconteceu no fim de setembro, na<br />
sede da ABAD, em São Paulo.<br />
Com a participação de várias lideranças<br />
do setor atacadista distribuidor,<br />
o comitê Profissional de Vendas dividiu<br />
o debate em duas frentes. A primeira,<br />
empenhada em realizar uma pesquisa<br />
para diagnosticar quem é o profissional<br />
de vendas do setor e identificar suas<br />
principais necessidades de capacitação<br />
e de desenvolvimento a partir do<br />
TreinABAD, programa de capacitação<br />
on-line iniciado em julho e que conta<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
A próxima reunião<br />
dos comitês já tem<br />
data marcada para<br />
22 de novembro<br />
com a participação de 3.600 profissionais.<br />
A outra frente se dedicou a expandir<br />
os casos de sucesso do TreinABAD<br />
como uma forma de mostrar o diferencial<br />
que o programa oferece dentro<br />
da empresa do atacadista distribuidor.<br />
Nesse contexto, a ideia é premiar e<br />
reconhecer o mérito dos alunos e dos<br />
profissionais que têm desempenhado<br />
um papel de destaque dentro do curso.<br />
“A partir desse diagnóstico que traçamos,<br />
o objetivo é implementar uma<br />
segunda onda de capacitação e lançar<br />
uma segunda turma do curso, de acordo<br />
com as necessidades desse profissional<br />
de vendas, e também para responder<br />
às demandas do mercado e dos<br />
associados, de acordo com as necessidades<br />
de treinamento e as soluções que<br />
são necessárias dentro da empresa”,<br />
diz Daniel Pascalicchio, coordenador<br />
do comitê.<br />
Por sua vez, o comitê de Varejo<br />
Competitivo discutiu a maneira de<br />
apresentar o conteúdo ao varejista via<br />
Portal do Conhecimento, que deverá<br />
estar no ar até o fim do ano e que trará<br />
três cursos: “Comportamento do Consumidor”,<br />
“Melhoria do Sortimento” e<br />
“Gestão de Estoques”.<br />
A preocupação em refinar e aprofundar<br />
o conteúdo está no fato de que<br />
não se pode oferecer informações em<br />
andres<br />
um nível muito rudimentar, que levem<br />
o varejista a pensar: “Ah, isso eu sei<br />
desde criança!”, nem muito complicado,<br />
que o levem a concluir: “Isso é<br />
para loja grande”. Com base essa abordagem,<br />
começam agora a ser programadas<br />
reuniões técnicas junto com os<br />
fornecedores (Nielsen, Colgate, Nestlé,<br />
Unilever, etc.) para o levantamento<br />
do conteúdo disponível.<br />
Enquanto isso, haverá a formatação<br />
dos cursos a fim de adaptá-los à plataforma<br />
de ensino a distância da TO-<br />
TVS, parceira da ABAD no projeto.<br />
Futuramente, o esforço se concentrará<br />
em fazer com que o varejista acesse a<br />
página, se cadastre e faça o curso, com<br />
monitoramento on-line para incentiválo<br />
a concluir todo o conteúdo. No ano<br />
que vem, a ABAD treinará um time de<br />
27 multiplicadores, um de cada filiada,<br />
que atuarão junto ao time de vendedores<br />
do atacado distribuidor para que<br />
esses estimulem o varejista a acessar o<br />
site e a fazer os cursos, com a proposta<br />
de compensá-lo com serviços.<br />
Quanto ao comitê de Agenda Política,<br />
ele debateu vários assuntos relacionados<br />
às principais legislações que<br />
influenciam o dia a dia da cadeia de<br />
abastecimento, como a majoração fiscal<br />
na comercialização de aves, carnes<br />
e suínos (leia artigo na página 94), a inclusão<br />
dos Representantes Comerciais<br />
Autônomos no Simples Nacional, a<br />
portaria 1510, que trata do ponto eletrônico<br />
em empresas com mais de dez<br />
funcionários, e a NR 20, que se refere<br />
ao transporte de produtos perigosos.<br />
“Precisamos formatar um banco<br />
de dados para que todos entendam o<br />
que são produtos perigosos e quais são<br />
as principais normas técnicas. As dúvidas<br />
começam na definição do que é<br />
produto perigoso ou não. Faltam informações<br />
sobre isso”, afirma Alessandro<br />
Dessimoni, coordenador do comitê.<br />
A próxima reunião dos três comitês<br />
no Fórum Permanente acontecerá em<br />
22 de novembro. Nela, serão apresentados<br />
os resultados de um ano de trabalho<br />
de cada um dos três comitês.n
42<br />
eba almoço<br />
Qualidade<br />
devida<br />
Johnson & Johnson aposta em<br />
produtos com benefícios para<br />
a saúde e o bem-estar<br />
Por Cristiano eloi<br />
levar aos consumidores produtos<br />
que ofereçam benefícios<br />
para a saúde é um dos propósitos<br />
da Johnson & Johnson Consumo<br />
Brasil para crescer e ampliar a<br />
sua participação no mercado nos próximos<br />
anos. Foi o que afirmou Suzan<br />
Rivetti, presidente da companhia, em<br />
um encontro com os líderes do setor<br />
atacadista distribuidor presentes na<br />
sede da ABAD no fim de setembro,<br />
em São Paulo. “O que desenvolvermos<br />
de produto, mesmo que seja um<br />
xampu, precisa igualmente oferecer<br />
algum benefício para a saúde. A beleza<br />
também ajuda a preservar a saúde.<br />
Isso é uma cadeia de bem-estar”, disse.<br />
“Temos produtos mais antigos, que<br />
talvez não ofereçam esse aspecto tão<br />
forte, mas daqui para frente estaremos<br />
empenhados em apresentar sempre<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
produtos com uma representação de<br />
salubridade dentro do nosso desenvolvimento<br />
futuro”, disse.<br />
A aspiração de criar uma marca<br />
respeitada, desejada, e que esteja de<br />
modo natural na casa das pessoas, nas<br />
rotinas de suas vidas, desde o nascimento<br />
até o fim da vida, é também um<br />
dos outros propósitos que norteiam as<br />
diretrizes da empresa. “Queremos que<br />
cada consumidor use pelo menos um<br />
produto da empresa uma vez ao dia.<br />
Se formos pensar, veremos que contamos<br />
com produtos para serem usados<br />
todos os dias pelo menos duas vezes<br />
ao dia”, afirmou Suzan. “Isso dirige a<br />
maneira como queremos desenvolver<br />
nossas competências e nos inspira a<br />
fazer o melhor.”<br />
Além disso, a empresa, fundada por<br />
dois irmãos em 1886, em Nova Jersey,<br />
nos EUA, presente em 175 países e<br />
com fábricas em 157 deles, planeja focar<br />
a força de suas ações no ponto de<br />
venda para garantir uma precificação<br />
correta de seus produtos ao consumidor<br />
e uma melhor execução de suas<br />
iniciativas. “Queremos ter um padrão<br />
de execução. Por isso, lançamos nossa<br />
José do Egito, Geraldo<br />
Eduardo da Silva Caixeta,<br />
Carlos Eduardo Severini,<br />
Suzan Rivetti, Carlos<br />
Siqueira e Paulo Pennacchi<br />
nova política comercial para eliminar a<br />
guerra de preços que matava a margem<br />
de todo mundo e da qual ninguém saía<br />
ganhando, nem o consumidor, nem os<br />
nossos distribuidores, nem nós”, disse<br />
Carlos Siqueira, diretor-comercial da<br />
Johnson & Johnson.<br />
Para isso, a aposta consiste em<br />
realizar uma boa distribuição numérica,<br />
com o mix certo e adequado para<br />
cada tipo de loja, e em executar uma<br />
ação de merchandising melhor que as<br />
dos concorrentes. Dessa maneira, a<br />
empresa planeja desenvolver materiais<br />
mais impactantes para atrair o consumidor<br />
e realizar o “básico” bem feito.<br />
Assim, a diretoria acredita que a empresa,<br />
que chegou ao Brasil em 1933<br />
(leia entrevista na página 22) crescerá<br />
acima do mercado e aumentará sua<br />
participação nas categorias em que<br />
atua. “Se fizermos isso bem, cresceremos.<br />
Só para citar um dado, a nossa<br />
taxa de crescimento nos distribuidores<br />
em que realizamos esse tipo de ação<br />
é de 30% a 35%. Uma prova de que<br />
estamos fazendo a coisa certa. É um<br />
processo, temos de melhorar e estamos<br />
evoluindo”, afirmou Siqueira.n<br />
ricardo bakker
44<br />
oportunidades<br />
Época<br />
de<br />
festas<br />
Com a chegada do fim<br />
do ano, as empresas<br />
investem nos produtos<br />
sazonais, cuja demanda<br />
se intensifica com as<br />
festividades natalinas<br />
e de Ano Novo<br />
C<br />
om o aumento do poder de compra dos consumidores<br />
e as facilidades de acesso ao crédito,<br />
o varejo e todo o mercado de consumo brasileiro<br />
têm a expectativa de que as vendas neste fim de<br />
ano estarão mais aquecidas do que no ano passado.<br />
Só para citar um exemplo, em setembro deste ano, a<br />
intenção de consumo das famílias brasileiras cresceu<br />
0,6%, e neste mês o resultado deverá evoluir ainda<br />
mais. Essa é a quinta alta mensal consecutiva neste<br />
ano, atingindo 135,2 pontos. Os dados foram obtidos<br />
pela Pesquisa Nacional de Intenção de Consumo das<br />
Famílias (ICF-Nacional), divulgada pela CNC – Confederação<br />
Nacional do Comércio.<br />
Com a estabilidade da economia brasileira, esse<br />
crescimento tende a se manter, e a chegada das festas<br />
de fim de ano aumentará ainda mais a demanda do<br />
varejo. Para aproveitar melhor esse período, o atacado<br />
distribuidor precisa se planejar com antecedência e<br />
procurar oferecer o melhor sortimento para o peque-<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
por Jamille menezes,<br />
daniela Guiraldelli, renata santiaGo<br />
e ana Beatriz ChaCur<br />
no e médio varejo, que assim fornecerá o que há de<br />
melhor para o seu cliente.<br />
É nesta época que as indústrias investem em lançamentos,<br />
em novas categorias, e na qual elas aumentam<br />
a fabricação de produtos sazonais, que serão<br />
comercializados no fim do ano. No mercado de<br />
alimentos, elas se preocupam em encontrar meios de<br />
suprir as novas necessidades de consumo, com produtos<br />
mais sofisticados ou mais práticos, os quais, até<br />
há pouco tempo, não cabiam no orçamento doméstico<br />
de muitas pessoas. Essa é a conclusão de um estudo<br />
sobre os fatores que impulsionaram o consumo no<br />
País em 2009, elaborado pela Nielsen.<br />
No ano passado, o setor atacadista distribuidor faturou<br />
131,8 bilhões de reais e neste ano espera-se que<br />
haja uma alta de 6% na receita do setor, ocasionada<br />
pelo aumento do poder de compra da população.<br />
Muito investimento em marketing, muita inovação no<br />
mercado e muito investimento na força de vendas são<br />
fatores que deverão fazer com que o setor cresça até<br />
o índice almejado.<br />
PreParados Para o verão<br />
Em especial, as empresas acreditam que haverá um aumento<br />
do consumo de sucos, sejam eles em pó ou prontos<br />
para beber (leia matéria na página 78). Alimentos<br />
light, de preferência os que são à base de soja, também<br />
estão (e estarão) em alta.<br />
Outra empresa que aposta vigorosamente no crescimento<br />
é a Kraft Foods, a qual, depois de adquirir a<br />
Cadbury no começo do ano, planeja alavancar o seu<br />
desenvolvimento com ganhos de distribuição em todos<br />
os canais de venda. Segundo o diretor-comercial da<br />
empresa, Oswaldo Nardinelli, no ano passado, as duas<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
45
46<br />
oportunidades<br />
companhias combinadas faturaram 5 bilhões de dólares.<br />
“Neste ano, estamos crescendo entre 16% e 17%.” Mas<br />
a Kraft Foods também está investindo mais, neste ano,<br />
em marketing, em lançamentos de produtos, em novas<br />
embalagens e no relançamento da linha de Tang, agora<br />
aproximando muito mais o suco em pó do suco natural.<br />
A Maguary e a DaFruta também se uniram e, como<br />
resultado, surgiu a empresa EBBA (Empresa Brasileira<br />
de Bebidas e Alimentos). O fato de as duas marcas<br />
agora estarem juntas significa que haverá muito mais<br />
investimentos no mercado e no desenvolvimento de novos<br />
produtos. A Ultrapan também está investindo nesse<br />
mercado, sendo que hoje 50% das suas vendas são realizadas<br />
por meio do atacado distribuidor.<br />
Entre as bebidas não alcoólicas, os energéticos são<br />
a aposta da Del Rey, categoria que acrescenta 98,4%<br />
às suas vendas nas últimas quatro semanas do ano. O<br />
consumo dos energéticos também se intensifica por<br />
causa do verão. A empresa trará lançamentos e variações<br />
de embalagens, como energéticos em 250 ml,<br />
2 litros (Pets) e 600 ml. “A nossa intenção é promover<br />
o consumo diurno da bebida, assim como já se faz à<br />
noite”, afirma Isaías Andrade, diretor de Comunicação<br />
e Marketing da empresa.<br />
Entre os refrigerantes, a Del Rey trará para o mercado<br />
embalagens maiores, pois o seu objetivo é oferecer mais<br />
produtos para famílias numerosas. Em relação aos sucos<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
Vinhos importados dividem<br />
a preferência dos consumidores<br />
brasileiros nas festividades<br />
de fim de ano<br />
sxc<br />
prontos, a empresa aposta em novos sabores e no suco<br />
de uva, categoria na qual a Peterlongo já vem investindo<br />
durante o ano todo, uma vez que acredita no desenvolvimento<br />
do mercado no País, e o produto, afinal, oferece<br />
saúde ao consumidor. Para incrementar suas vendas, a<br />
empresa realiza ações de marketing com foco no consumidor<br />
final. “Crescemos 15% em 2009. Para 2010,<br />
queremos atingir 20%, e investir na categoria é uma das<br />
nossas estratégias para crescer”, afirma Franco.<br />
Frutos do mar<br />
O setor de pescados e mariscos também promete um<br />
vigoroso crescimento nos próximos meses, ainda mais<br />
com a entrada de novas empresas no mercado, como<br />
a Robinson Crusoe, que está chegando ao Brasil e já<br />
pretende alcançar em dois anos 5% do mercado, que<br />
hoje representa aproximadamente 70 mil toneladas de<br />
sardinha e 16 mil toneladas de atum. “Nossos principais<br />
concorrentes são a Gomes da Costa, a Coqueiro e a<br />
Femepe, que são os três maiores. A Gomes da Costa<br />
e a Coqueiro detêm, juntas, mais ou menos 65% desse<br />
mercado, enquanto a Femepe tem de 8% a 10%”, explica<br />
Sidnei Rosa, gerente-geral da empresa.<br />
A Gomes da Costa também ampliou ofertas de pro-<br />
dutos para os públicos C e D, buscando, assim, liderança<br />
nesse segmento graças à oferta de novos produtos com<br />
foco na marca 88. “A linha 88 traz aos atacadistas, distribuidores<br />
e varejistas um produto com a qualidade Gomes<br />
da Costa a um preço mais acessível, atendendo um<br />
mercado em franco crescimento. Vamos nos concentrar<br />
na ampliação da distribuição da linha para atender todo<br />
o Brasil”, afirma Luís Manglano, gerente de Marketing<br />
da Gomes da Costa.<br />
60%<br />
de participação no volume<br />
de vendas de panetones é<br />
o que a pandurata detém.<br />
a empresa é dona das<br />
marcas Bauducco, Visconti<br />
e tommy, com 40%, 8%<br />
e 12% de participação das<br />
marcas, respectivamente<br />
Rodrigo Mainieri, da Pandurata: expectativa de crescer 15%<br />
Doce Dezembro<br />
Com a proximidade das festividades natalinas, a comercialização<br />
e o consumo de produtos típicos do Natal se<br />
intensificam. O panetone é, sem dúvida, um dos seus<br />
ícones, e a busca por esse produto começa bem antes<br />
das festividades. Pelo menos no que depender dos fabricantes,<br />
o Natal de 2010 será muito aquecido.<br />
A Pandurata Alimentos, que detém as marcas Bauducco,<br />
Visconti e Tommy, é líder no mercado, com 60%<br />
de participação em volume de vendas. Desse total, 40%<br />
corresponde à Bauducco, 8% à Visconti e 12% à Tommy,<br />
segundo dados obtidos pela Nielsen no segmento de panetone<br />
industrializado.<br />
A expectativa da empresa para este ano é obter um<br />
aumento de 15% nas vendas em relação ao mesmo<br />
período de 2009. “A categoria de panetones cresceu<br />
muito nos últimos anos. Em 2009, por exemplo, houve<br />
um aumento de 23% em volume. Sem dúvida, isso<br />
se deve – embora ainda não se tenha avaliado em que<br />
medida – ao aumento do poder de compra, que está<br />
garantindo o consumo intensificado de categorias de<br />
maior valor agregado, como panetones. A penetração<br />
dessa categoria também aumentou, e, pela primeira vez,<br />
ultrapassou 50%, chegando a 51,7%, o que significa o<br />
aumento da base de lares consumidores da categoria, e,<br />
principalmente, das nossas três marcas, que também aumentaram<br />
suas respectivas penetrações no último ano”,<br />
divulgação<br />
diz Rodrigo Mainieri, gerente da Pandurata.<br />
Especializada na fabricação de panetones, a Siena<br />
Alimentos, presente há 31 anos no mercado, há cinco<br />
anos lançou o Panettone Festtone de frutas e gotas<br />
de chocolate. De acordo com Giuliano Michelangeli,<br />
diretor-comercial da empresa, a expectativa da Siena é<br />
aumentar em 40% suas vendas neste ano.<br />
Como os panetones são produtos sazonais, sua fabricação<br />
começa entre agosto e setembro, que ainda não<br />
são meses de pleno consumo, aumentando paulatinamente<br />
até dezembro. Segundo Michelangeli, a estimativa<br />
da Siena é chegar a dezembro com uma produção de<br />
80 mil panetones por dia. “No ano passado, tivemos um<br />
aumento de 40% nas vendas, e em 2008 o crescimento<br />
foi de 90% com a inauguração da nova fábrica, em São<br />
José dos Pinhais/PR”, revela. Além de vender para todo<br />
o Brasil, atualmente a empresa também exporta para os<br />
EUA, a Venezuela e o Paraguai.<br />
A Arcor do Brasil manteve a base de produtos de<br />
2009 para todas as marcas de panetones – Arcor, Triunfo,<br />
Aymoré e Noel – e a novidade está nas latas decoradas<br />
com personagens da Disney, que neste ano estarão<br />
presentes no ponto de venda. “Temos a expectativa de<br />
crescer em linha com o mercado, e de executar uma<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
47
48<br />
oportunidades<br />
63,5%<br />
é o quanto a comercialização de<br />
vinho nacional deverá crescer<br />
neste ano, de acordo com<br />
estimativas feitas pelo ibravin –<br />
instituto Brasileiro do Vinho<br />
campanha que oferecerá grande nível de satisfação para<br />
nossos clientes e consumidores. Além disso, o mercado<br />
está mais competitivo com a entrada de novas marcas,<br />
que deverão absorver parte do crescimento de mercado”,<br />
diz Rodrigo Peçanha, diretor de Marketing de biscoitos<br />
e panificados da Arcor.<br />
O diretor destaca a importância do trabalho nos pontos<br />
de venda para ajudar o varejista a melhorar o giro.<br />
“Desenvolvemos vários materiais de PDV para todas as<br />
marcas, como dispenser, precificador, papel forração, totem<br />
e também ações de degustação nos PDVs”, diz.<br />
Com um investimento em torno de 100 mil reais<br />
em maquinário e logística, a Dunga Alimentos aposta<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
divulgação<br />
Rodrigo Peçanha, da<br />
Arcor: foco no PDV<br />
para crescer em linha<br />
com o mercado<br />
no aumento das vendas no segmento alimentar nesse<br />
final de ano e conta com produtos como Dungto’s,<br />
Saborosos Salgados, biscoitos tipo aperitivo que giram<br />
muito em função de cestas de natal e outros produtos<br />
no varejo em geral. Entre diversos alimentos<br />
tradicionais, a empresa destaca o Panetone, criado<br />
exclusivamente para o Natal com sabores de frutas e<br />
chocolate. Neste ano, a empresa tem por foco trabalhar<br />
melhor os pontos de venda, o que se intensificará<br />
nestes últimos meses do ano. “A ordem é garantir a<br />
visibilidade dos produtos e oferecer degustações nos<br />
pontos de venda. No ano passado, atingimos nossos<br />
objetivos, sendo que neste ano vamos crescer no período<br />
do Natal perto de 13%”, afirma Renata Florenzano,<br />
gerente de Marketing da marca.<br />
tim-tim e saúde!<br />
Nenhuma categoria remete mais às comemorações de<br />
fim de ano que a de bebidas, produtos que não podem<br />
faltar no mix do atacado distribuidor e nas gôndolas do<br />
varejo independente, uma vez que completam a mesa e<br />
a ceia dos brasileiros. Quando se trata de bebidas tipicamente<br />
consumidas nas festas de Natal e de Ano Novo,<br />
como é o caso da sidra, as vendas aumentam em 659%<br />
nas últimas semanas do ano. O mesmo acontece com o<br />
champanhe, cujo consumo cresce em 370%, de acordo<br />
com dados fornecidos pela Nielsen. Para atender às necessidades<br />
de consumidores em várias classes sociais, as<br />
indústrias vêm diversificando seus mix, e apresentando<br />
lançamentos para todos os bolsos. “As vendas de bebidas<br />
nos últimos meses do ano crescem em razão da<br />
sazonalidade, aliada à combinação da melhoria de renda<br />
do brasileiro com a variedade de marcas, sabores e novas<br />
embalagens”, analisa Olegário Araújo, gerente de Atendimento<br />
ao Varejo da Nielsen.<br />
Na categoria de vinhos, as fabricantes apostam<br />
no bom desempenho das vendas do produto nacional,<br />
uma vez que, conforme se espera, o consumo da<br />
bebida aumentará em 63,5%. Essa é a expectativa<br />
do Ibravin – Instituto Brasileiro do Vinho, que, desde<br />
2009, realiza um trabalho junto ao atacado distribuidor<br />
e ao varejo para promover uma valorização maior<br />
e um melhor reposicionamento do vinho nacional<br />
frente ao produto importado.<br />
Para fazer com que a bebida faça parte da vida cotidiana<br />
do brasileiro, principalmente entre as classes C<br />
e D, os produtores nacionais têm investido em novas<br />
embalagens e em variedades que estejam em conformidade<br />
com o clima e com o paladar dos brasileiros. “Começamos<br />
um trabalho para reposicionar as marcas, uma<br />
vez que a curva da comercialização do produto nacional<br />
vinha caindo. Já houve um aumento de 14% nas vendas<br />
de vinhos nacionais desde que iniciamos<br />
o trabalho, sendo que 18% desse<br />
aumento ocorreu em espumantes<br />
e 40% em sucos de uva”, analisa Diego<br />
Bertolini, gerente de Marketing.<br />
A Aurora é uma das empresas que vêm<br />
promovendo mudanças em algumas marcas para atingir<br />
novos consumidores. A empresa destacará para o<br />
fim do ano embalagens de presentes que trarão os últimos<br />
lançamentos, como a edição do Aurora Varietal<br />
Riesling Itálico, bebida que também será trabalhada<br />
pela empresa no verão, uma vez que apresenta uma<br />
composição suave, capaz de se harmonizar com o clima<br />
tropical e quente do verão brasileiro.<br />
Com os objetivos de desmistificar o preconceito<br />
segundo o qual o vinho é uma bebida “elitista”, e de<br />
facilitar o seu consumo, a Aurora lançou a nova embalagem<br />
do Marcus James Frisante (versões Branco<br />
e Rosé), a qual, em vez de rolha, traz uma tampa com<br />
rosca, facilitando a abertura do vinho. “É uma embalagem<br />
que não precisa de abridor. O brasileiro busca<br />
um produto que satisfaça a sua necessidade de tomar<br />
divulgação<br />
vinho, e queremos simplificar o consumo da bebida”,<br />
afirma Lourdes Conci, gerente de Marketing. Linha de produção de panetones a todo o vapor para atender à forte demanda do fim do ano<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
49
50<br />
oportunidades<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
José Fontenelles, da<br />
Cereser: 2 milhões de<br />
caixas da bebida nos três<br />
últimos meses do ano<br />
Nicho em asceNsão<br />
O mercado de food service absorve 25%<br />
da produção da indústria de alimentos e<br />
bebidas. Em 2005, os operadores de food<br />
service compraram 38,1 bilhões de reais, um<br />
faturamento 11,9% superior ao do ano anterior.<br />
A Codap, empresa italiana que chegou ao<br />
Brasil em 2002, oferece um grande mix de<br />
produtos em seu portfólio. “Em 2008-2009,<br />
o crescimento da empresa foi de 37%, e<br />
em 2009-2010 esperamos fechar com um<br />
crescimento de 32% com relação ao ano<br />
anterior. O setor de food service da Codap<br />
representa hoje 90%. Esse mercado é o que<br />
mais cresce no Brasil graças à renda per<br />
capita da população, que aumenta a cada ano”,<br />
acredita Milton Gagliardi, diretor da empresa.<br />
Como o mercado está com essa grande<br />
demanda de alimentos em food service, a<br />
Inaceres, que hoje é responsável por uma<br />
extensa linha de produtos em conserva,<br />
também aposta alto. Segundo Ricardo Araújo<br />
Ribeiral, diretor-superintendente da empresa,<br />
“pretendemos bater a meta do ano passado.<br />
Estamos com a expectativa de que as vendas<br />
ultrapassarão 25 milhões de reais”.<br />
Wladimir de souza<br />
50%<br />
é o quanto os meses<br />
de setembro, outubro e<br />
novembro representam<br />
no faturamento da<br />
Vinícola salton. a<br />
empresa detém 40% de<br />
participação no mercado<br />
de espumantes<br />
Também com foco nas classes C e D, a Peterlongo<br />
investirá na marca Espuma de Prata, que, nos três<br />
últimos meses do ano, representa 50% das vendas<br />
efetuadas no ano inteiro pela empresa. “No período<br />
que antecede as comemorações, promovemos ações<br />
como degustação no ponto de venda, para dar ainda<br />
mais visibilidade ao produto”, ressalta Francisco<br />
Franco, gerente nacional de Vendas da empresa.<br />
A Cereser, fabricante da Chuva de Prata e da Sidra<br />
Cereser, pretende vender 2 milhões de caixas nos 90<br />
dias que antecedem as festas. Para alcançar esse objetivo,<br />
a empresa investirá em ações diversificadas, tanto no<br />
ponto de venda – por meio de equipes de promotores e<br />
repositores – como em incentivos para o atacado distribuidor,<br />
buscando, com isso, estimular a atuação do canal.<br />
“Vendemos produtos para celebração e temos 75%<br />
do mercado de Sidra, que está em forte crescimento”,<br />
afirma José Fontenelles, diretor-comercial da Cereser.<br />
A Vinícola Salton apostará nos espumantes, uma<br />
vez que os meses de setembro, outubro e novembro<br />
respondem por 50% do faturamento da empresa.<br />
Quanto às ações, elas estarão voltadas para todas<br />
as categorias que apresentam aumento de vendas na<br />
época. Com foco no consumidor final, a empresa promoverá<br />
degustações no ponto de venda, estimulará<br />
pontos extras e intensificará sua presença nos tabloides<br />
do varejo. “Somos a maior vinícola brasileira na<br />
produção e comercialização de espumantes nacionais,<br />
detendo 40% do mercado. Também teremos embalagens<br />
diferenciadas, como kits e baldes com taças”, diz<br />
Luciana Salton, gerente de Marketing da empresa.<br />
Indo ao contrário das demais fabricantes de bebidas,<br />
que apostarão suas fichas para lucrar no período com<br />
produtos direcionados para atender as classes C e D,<br />
tendo como aliado o verão – uma vez que a estação começa<br />
no Brasil no final de dezembro – a IPB – Indústria<br />
Paris de Bebidas apostará na categoria de cervejas, com<br />
um lançamento voltado para o consumidor das classes<br />
mais abastadas e conhecedor da bebida.<br />
A venda de cervejas aumenta 51,6% nas últimas semanas<br />
do ano, segundo dados fornecidos pela Nielsen.<br />
De olho na oportunidade que se abre, a IPB trará para<br />
o mercado um produto do tipo Premium – cerveja puro<br />
malte, sem adição de cereais – direcionado para consumidores<br />
das classes A e B. “Trata-se de uma bebida mais<br />
encorpada, fabricada para os apreciadores e conhecedores<br />
da categoria”, afirma Rodrigo Munhoz, gerente de<br />
Marketing da empresa.<br />
Entre as fabricantes de cachaça, a Ypióca firmará<br />
parceria com empresas que montam cestas de Natal,<br />
enquanto no varejo desenvolverá kits para chamar a<br />
atenção do consumidor, além de packs com produtos<br />
da marca, que serão expostos com<br />
brindes para se destacar no ponto de<br />
venda. “Estamos fazendo esforços<br />
com as redes. Queremos incrementar<br />
as cestas de Natal com<br />
os produtos Ypióca. A intenção é<br />
sugerir que os packs sejam comprados<br />
para ser oferecidos como<br />
presentes”, diz Francisco Jereissati,<br />
diretor-comercial da empresa.<br />
Wladimir de souza<br />
Lourdes Conci, da Aurora:<br />
novas embalagens para<br />
facilitar o consumo de vinhos<br />
A Companhia Müller, fabricante da Cachaça 51,<br />
apostará na categoria Ice para atingir o público jovem<br />
e as mulheres por meio de bebidas refrescantes, que<br />
apresentam teor alcoólico menor em relação ao encontrado<br />
nas modalidades mais conhecidas de cachaça. “A<br />
categoria Ice é composta por produtos refrescantes,<br />
com 5,5% de teor alcoólico, ao contrário dos 39% encontrados<br />
nas cachaças tradicionais. A nossa estratégia<br />
consiste em oferecer soluções adequadas para todos<br />
os perfis de públicos”, afirma Paula Videira, gerente de<br />
Marketing da Müller. n<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
51
52<br />
capa<br />
A BolA<br />
da vez<br />
Apesar das discussões a respeito da<br />
sobrevivência do modelo no mercado,<br />
atacadistas regionais e grandes players<br />
varejistas apostam alto nas lojas de atacado<br />
de autosserviço, ou cash & carry, a fim de<br />
aumentarem a rentabilidade dos seus negócios<br />
por Daniela GuiralDelli e Jamille menezes<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
Fotos Paulo PePe<br />
O<br />
Atacadista Roldão, de São<br />
Paulo, que obteve um faturamento<br />
de 806 milhões de<br />
reais em 2009, 26% a mais do que o<br />
valor alcançado em 2008 – período<br />
no qual a empresa atingiu 640 milhões<br />
de reais –, tem 12 lojas na Grande São<br />
Paulo, na Baixada Santista e em Jundiaí.<br />
No planejamento da rede, consta<br />
a abertura de mais uma unidade no<br />
Guarujá, litoral de São Paulo, ainda<br />
neste ano. Para 2011, a empresa planeja<br />
abrir sete novas lojas, encerrando<br />
o ano com 20 lojas. “Pode acontecer<br />
de abrirmos operações em outros Estados<br />
por meio de aquisições a partir<br />
de 2012”, afirma Jefferson Fernandes,<br />
gerente de Marketing da empresa,<br />
que é umas das que seguem apostando<br />
alto na modalidade de atacado de<br />
autosserviço, ou cash & carry.<br />
Os baixos custos da operação – uma<br />
vez que as lojas apresentam layout simples,<br />
não oferecem serviços como os<br />
encontrados no varejo, mas oferecem<br />
preços diferenciados para unidades e<br />
packs, e têm mix reduzido em relação<br />
aos dos hipermercados (com cerca de<br />
9 mil itens, bem menos que os 50 mil<br />
trabalhados pelo varejo) –, aliados ao<br />
crescimento do poder aquisitivo pelas<br />
classes C e D, têm sido os principais<br />
impulsionadores do formato no País.<br />
Em um primeiro momento, esses<br />
fatores vêm permitindo às bandeiras,<br />
sejam elas de atacadistas de capital nacional,<br />
como Spani (Grupo Zaragoza),<br />
Lojão Fasouto (Fasouto), MartMinas, e<br />
Tonin SuperAtacado, ou de atacadistas<br />
de capital estrangeiro, como o Makro –<br />
que trouxe o formato para o Brasil em<br />
1972 – ou os grandes players varejistas,<br />
como Maxxi Atacado (Walmart),<br />
Assaí (Pão de Açúcar) e Atacadão<br />
(Carrefour), se rentabilizarem melhor<br />
com a operação. “O consumidor busca<br />
economia e consegue isso no cash<br />
& carry, formato que está presente em<br />
todos os níveis socioeconômicos. Ainda<br />
teremos muitos inaugurando lojas<br />
no País. Para aqueles que pensam em<br />
investir, é importante perceber que esse<br />
tipo de loja atende três tipos de clientes:<br />
o varejista, o transformador e o consumidor<br />
final. É uma loja multicliente”,<br />
afirma Guilherme Simon, executivo de<br />
Atendimento da Nielsen.<br />
Desde 1972, o número dessas lojas<br />
só tem crescido no País. Segundo dados<br />
extraídos do último Ranking ABAD<br />
2010 (ano-base 2009), o modelo representou,<br />
no período, 23% das vendas do<br />
atacado distribuidor – setor que cresceu<br />
4,1% e faturou 131 bilhões de reais<br />
no ano. O número de lojas existentes<br />
até 1999, que era de 72, passou para<br />
cerca de 291 unidades em 2009. A esta<br />
altura do presente ano, esse número já<br />
deve ter sido ultrapassado. Ao todo,<br />
o modelo apresentou crescimento de<br />
404% em dez anos, de acordo com a<br />
última pesquisa realizada pela Nielsen.<br />
Mais cOnsuMidOres<br />
O consumidor final que se abastece<br />
nesse tipo de loja realiza nele atualmente<br />
13% de seus gastos. No Brasil,<br />
a região que tem recebido o maior<br />
número de lojas é o Nordeste. “O<br />
modelo vem crescendo mais de 110%<br />
de um ano para o seguinte no Nordeste,<br />
o dobro do seu crescimento<br />
no Sudeste, região em que o formato<br />
cresceu 50%”, afirma Simon.<br />
De olho nas oportunidades que<br />
permeiam o mercado de consumo<br />
nordestino, o Grupo Pão de Açúcar<br />
anunciou, no começo do ano, investimentos<br />
de 5 bilhões de reais até 2012.<br />
Boa parte deles serão para investimentos<br />
na Região Nordeste e nas bandeiras<br />
Assaí e Extra. Tudo, para duplicar<br />
a participação da bandeira Assaí no<br />
local. Como parte desse investimento,<br />
ela inaugurou em junho a quarta<br />
loja da rede no Ceará, em Caruaru. A<br />
perspectiva da empresa é abrir mais 12<br />
lojas até o final do ano. Hoje, o Assaí<br />
conta com 48 unidades no País.<br />
Neste ano, o Maxxi Atacado (Walmart)<br />
abriu operações em Alagoas, na<br />
cidade de Arapiraca. Hoje, a bandeira<br />
tem 48 lojas e pretende fechar 2010<br />
com 54 estabelecimentos, enquanto<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
53
54<br />
capa<br />
“<br />
a maioria das lojas vai<br />
se dirigir ao objetivo<br />
para o qual nasceu,<br />
que é o de atender<br />
pequenos varejistas e<br />
transformadores<br />
nelson Barrizzelli<br />
professor da Fea-UsP<br />
o lojão Fasouto, em aracaju/se:<br />
segmentação para atender melhor os<br />
clientes profissionais<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
o Atacadão (Carrefour), fechou 2009<br />
com 59 lojas no País. Este ano, inaugurou<br />
unidades em Fortaleza/CE,<br />
São Luís/MA e Ilhéus/BA. No ano<br />
passado, o Carrefour Brasil inaugurou<br />
11 unidades Atacadão e dois centros<br />
de distribuição para a rede de autosserviço<br />
no Recife/PE e em Ribeirão<br />
Preto/SP. O objetivo da empresa é fechar<br />
2010 com a abertura de 12 a 15<br />
novas lojas pelo País.<br />
Para fazer frente ao crescimento<br />
coeso e consistente dos players varejistas<br />
na região, o Makro abriu uma<br />
operação no final de setembro em Itabuna/BA.<br />
Nela, a empresa investiu 28<br />
milhões de reais na loja, a terceira unidade<br />
da rede no Estado – e a 76 a no<br />
País – e a última inauguração prevista<br />
para este ano. Para 2011, o Makro pretende<br />
abrir cinco lojas. A fim de alcançar<br />
o crescimento obtido em 2010, e<br />
o previsto para 2011, a bandeira pretende<br />
investir 200 milhões de reais na<br />
abertura dessas lojas.<br />
Para manter a rentabilidade e os<br />
clientes, atacadistas regionais também<br />
estão ampliando sua atuação no Nordeste.<br />
O Grupo KarneKeijo, de Pernambuco,<br />
que atua com distribuição,<br />
abriu a segunda unidade do Deskontão<br />
divulgação<br />
na zona norte do Recife, loja na qual<br />
foram investidos 6,5 milhões de reais.<br />
A empresa tem a expectativa de fechar<br />
2010 com três lojas da bandeira.<br />
“O Deskontão completa a operação do<br />
KarneKeijo no mercado”, ressalta Inácio<br />
Miranda, diretor-superintendente.<br />
O Carvalho Atacado, do Piauí, que<br />
tem na operação atacado de balcão a<br />
sua principal modalidade – a mais tradicional<br />
e antiga praticada no atacado<br />
–, também resolveu investir no formato<br />
e inaugurou a primeira loja de cash<br />
& carry do Grupo. O Carvalho Mercadão<br />
abriu suas portas em julho, em<br />
Teresina, loja na qual foram investidos 6<br />
milhões de reais. Está nos seus planos a<br />
abertura de mais uma loja do Mercadão<br />
ainda neste ano, e também na capital<br />
do Piauí. “As duas lojas de autosserviço<br />
serão testes. Caso sejam bem-sucedidas,<br />
a tendência é transformarmos, no<br />
futuro, as principais lojas de atacado em<br />
cash & carry”, afirma Evangelita Fernandes,<br />
diretora-financeira.<br />
O Grupo MartMinas, de Minas<br />
Gerais, que hoje tem lojas distribuídas<br />
ao longo do Estado mineiro, também<br />
pretende abrir em breve operações<br />
no Nordeste. “Pretendemos ir para<br />
a Região Nordeste, pois entendemos<br />
que lá existe um mercado com muitas<br />
oportunidades, com muito para<br />
ser feito e muito espaço para explorarmos.<br />
Queremos, em um primeiro<br />
momento, aportar na Bahia”, afirma<br />
Murilo Martins, presidente.<br />
Mudança de hábito<br />
A baixa taxa de inflação mudou os hábitos<br />
de compra, e fez com que o abastecimento<br />
dos lares passasse a ser de<br />
reposição, realizada por meio de várias<br />
idas ao ponto de venda, e não mais de<br />
estocagem mensal de mercadorias, fazendo<br />
também com que os hipermercados,<br />
cada vez mais, perdessem clientes<br />
para as lojas de atacado de autosserviço,<br />
realidade econômica que também promoveu<br />
uma ascensão das lojas de bairro<br />
ou de conveniência. “Quem atende esse<br />
consumidor são os pequenos varejos. E<br />
esses pequenos negócios precisam se<br />
abastecer em algum lugar. É aí que as<br />
vendas no cash & carry têm aumentado.<br />
Esse modelo de loja ainda tem um<br />
consumidor que é mais orientado pelo<br />
preço, uma vez que os hipermercados<br />
não acompanharam o crescimento das<br />
classes C e D”, analisa Sílvio Laban, coordenador<br />
geral dos MBA e professor<br />
de Marketing do Insper – Instituto de<br />
Ensino e Pesquisa.<br />
Porém, contrariando o que se<br />
acredita ser o diferencial do formato,<br />
a busca pelo preço está com os dias<br />
contados, acreditam especialistas do<br />
setor. Assim como os hipermercados<br />
passaram por uma crise depois da queda<br />
da inflação, o formato passará por<br />
transformações, mudanças que farão<br />
uma verdadeira “seleção natural” no<br />
mercado. “Acredito que as cadeias de<br />
distribuição no Brasil se movem impulsionadas<br />
por modismos. Até 2000,<br />
o cash & carry manteve o foco dentro<br />
da sua vocação original, que era<br />
a de atender pequenos varejistas que<br />
compram diariamente produtos para<br />
revenda, ou então, a de vender ao<br />
mercado de food service, uma vez que<br />
os distribuidores no Brasil ainda estão<br />
se estruturando para atender o canal<br />
de alimentação fora do lar. Estamos<br />
chegando perto do pico da moda. Não<br />
acredito que as lojas vão desaparecer<br />
ou se transformar em híper. A maioria<br />
vai se dirigir ao objetivo para o qual<br />
nasceu, que é o de atender pequenos<br />
varejistas e transformadores”, analisa<br />
Nelson Barrizzelli, economista e professor<br />
da FEA – Faculdade de Economia<br />
e Administração da USP – Universidade<br />
de São Paulo.<br />
Mas há outra importante mudança<br />
que deverá ocorrer no campo da<br />
especialização e da segmentação do<br />
consumidor profissional, principalmente<br />
do transformador. “O mundo<br />
caminha para a especialização, e os<br />
formatos comerciais, ou de atacado,<br />
tenderão a fazer esse caminho.<br />
O modelo generalista vai sobreviver<br />
como complemento da especializa-<br />
divulgação<br />
ção. Os comerciantes que são alvo<br />
dessa segmentação se tornarão mais<br />
fiéis àqueles que melhor os atenderem”,<br />
ressalta Barrizzelli.<br />
Para Eugenio Foganholo, consultor<br />
da Mixxer, a busca pelo público-alvo<br />
por parte das redes já é uma realidade.<br />
A partir dessa estratégia, as bandeiras<br />
pensarão em todas as nuanças do<br />
negócio, do sortimento aos serviços<br />
oferecidos. “Já está havendo segmentação<br />
de consumidores, estratégia em<br />
que algumas bandeiras direcionam o<br />
foco para o consumidor final de renda<br />
mais elevada, como é o caso do Sam’s<br />
Club, ou para o transformador, como<br />
é o caso do Assaí”, analisa.<br />
equação balanceada<br />
A busca pela prestação de serviço é<br />
outro fator que deverá “apertar as margens”.<br />
Só terão sucesso nessa proposta<br />
empresas que conseguirem balancear a<br />
difícil equação de oferecer serviços sem<br />
aumentar o custo da operação. “Se o<br />
dono do restaurante quer comprar<br />
tudo na loja, eu preciso ter no mix aquilo<br />
de que ele necessita. Isso é manter o<br />
foco sem aumentar o custo operacional.<br />
Sobreviverão aqueles que tiverem<br />
um conhecimento adequado do cliente,<br />
que mantiverem uma constante atua-<br />
lização no mix e que melhorarem sua<br />
prestação de serviço tanto no âmbito<br />
de sua proximidade geográfica como<br />
no alcance do seu marketing”, analisa<br />
Luiz AntonioTonin, diretor do Tonin<br />
SuperAtacado.<br />
Outro fator que deverá afetar diretamente<br />
a operação do cash & carry<br />
diz respeito ao espaço limitado para o<br />
crescimento orgânico do modelo, que<br />
deverá atingir seu pico nos próximos<br />
dez anos, uma vez que a abertura de lojas<br />
vem reduzindo as zonas de atuação.<br />
Com tantas lojas sendo abertas, em algum<br />
momento o cash & carry poderá<br />
esbarrar com mais força no próprio atacado<br />
distribuidor e no varejo, acirrando<br />
a concorrência entre os formatos.<br />
“<br />
Sobreviverão<br />
aqueles que tiverem<br />
um conhecimento<br />
adequado do cliente<br />
luiz antonio tonin<br />
diretor do tonin Superatacado<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
55
56<br />
capa<br />
No entanto, Flávio Almeida, diretorcomercial<br />
do Spani Atacadista, de São<br />
Paulo, bandeira do Grupo Zaragoza,<br />
não acredita nisso. Para ele, o formato<br />
é uma evolução natural do atacado e<br />
não deverá minar a existência de outras<br />
modalidades praticadas no setor. “Acredito<br />
que o cash & carry é resultado das<br />
transformações naturais que o mercado<br />
sofre. Ele resulta das adaptações do<br />
setor a um consumidor em mudança.<br />
O varejo continuará a existir e os distribuidores<br />
também. Todos os formatos<br />
vão conviver”, analisa.<br />
Para Carlos Eduardo Severini, presidente<br />
da ABAD – Associação Brasileira<br />
de Atacadistas e Distribuidores, o<br />
formato não tomará o lugar de outras<br />
modalidades do atacado, uma vez que<br />
todas elas são distintas, e cada uma<br />
delas apresenta vantagens que lhe são<br />
específicas, cabendo ao varejista ou<br />
transformador a tarefa de decidir como<br />
mesclar suas compras, aproveitando<br />
o que há de melhor em cada formato.<br />
“O Brasil é muito grande, e a maioria<br />
dos seus quase 6 mil municípios fica<br />
distante dos grandes centros. Nesses<br />
locais, e até mesmo nos bairros das<br />
grandes cidades, sobreviverão as lojas<br />
de pequeno formato, que são abasteci-<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
das pelo atacadista distribuidor. Tanto o<br />
pequeno empresário, que não pode se<br />
ausentar com frequência para abastecer<br />
sua loja em um autosserviço, como<br />
a indústria, que precisa atingir consumidores<br />
de todos os estratos socioeconômicos,<br />
têm no atacado distribuidor um<br />
grande parceiro”, afirma.<br />
demanda crescente<br />
Também haverá uma demanda crescente<br />
por clientes em todos os pontos<br />
de venda, tanto nas lojas de atacado de<br />
autosserviço como no grande varejo,<br />
nas lojas de bairro ou no negócio do<br />
transformador. Para Leonardo Severini,<br />
diretor do Vila Nova, de Minas Gerais,<br />
todos continuarão a ter seu espaço e<br />
seus clientes para atender. “No atacado<br />
distribuidor, você acaba se destacando<br />
como fornecedor exclusivo de alguma<br />
marca. Para outros varejistas, você tem<br />
alguma prestação de serviço que eles<br />
esperam em detrimento do autosserviço.<br />
Sempre haverá uma distinção de<br />
canais”, analisa.<br />
Outra característica da operação<br />
está no fato de as lojas de cash<br />
& carry precisarem de um tempo de<br />
maturação maior que as de varejo.<br />
Mesmo que o modelo tenha crescido<br />
divulgação<br />
“pretendemos ir para<br />
o nordeste, pois<br />
lá existem muitas<br />
oportunidades e<br />
muito espaço para<br />
explorarmos<br />
murilo martins<br />
presidente do mart minas<br />
com taxas maiores que as do atacado<br />
de entrega tradicional, atualmente a<br />
capacidade de implantação das lojas<br />
só é possível em cidades de grande e<br />
médio porte. “Uma loja pequena deve<br />
vender, no mínimo, 6 milhões de reais<br />
por mês para ser rentável, um desafio<br />
para as redes”, afirma Fernandes.<br />
Outro aspecto que vem atraindo<br />
cada vez mais varejistas para o formato<br />
está no fato de que, mesmo precisando<br />
de um tempo maior para que a<br />
loja seja aceita pelo cliente, os custos<br />
operacionais tornam a modalidade<br />
atraente, uma vez que eles são mais<br />
baixos que os dos hipermercados. “O<br />
custo operacional de cada loja fica em<br />
torno de 8% a 9%. Os outros formatos<br />
não conseguem chegar a esse valor. O<br />
cash & carry torna possível faturar<br />
mais que o varejo por metro quadrado,<br />
por checkout e por funcionário”, analisa<br />
Murilo Martins.<br />
Fidelizar o cliente é um dos maiores<br />
desafios enfrentados pelo atacado de<br />
autosserviço. Não basta realizar promoções,<br />
nem mesmo promover grandes<br />
eventos na loja, para que o cliente<br />
retorne, como acontece nas lojas de<br />
varejo. “Quando você abre um supermercado<br />
e realiza um evento de inau-
58<br />
capa<br />
negócio atraente<br />
Com custo operacional baixo, formato atrai grandes redes e atacadistas regionais<br />
110%<br />
foi o crescimento<br />
do formato no<br />
Nordeste entre<br />
2008 e 2009<br />
404%<br />
foi o crescimento<br />
do número de lojas<br />
em dez anos<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
72<br />
lojas<br />
em 1999<br />
291<br />
lojas<br />
em 2009<br />
23%<br />
é o quanto o modelo<br />
representou no<br />
faturamento do<br />
setor atacadista<br />
distribuidor em 2009<br />
Jefferson Fernandes,<br />
gerente de Marketing<br />
do Roldão: operação em<br />
outros Estados<br />
divisão de público-alvo<br />
atacadista Roldão<br />
Tonin superatacado<br />
MartMinas<br />
spani atacadista<br />
vila Nova<br />
lojão Fasouto<br />
assaí<br />
Maxxi atacado<br />
atacadão<br />
Makro<br />
sam's club<br />
Tenda atacado<br />
divulgação<br />
varejista/<br />
Transformador<br />
70%<br />
40%<br />
60%<br />
70%<br />
70%<br />
80%<br />
30%<br />
30%<br />
20%<br />
80%<br />
80%<br />
50%<br />
consumidor<br />
final<br />
guração, em alguns dias o cliente já fica<br />
fiel à loja. No cash & carry, porém, o<br />
cliente pode ir uma vez, mas talvez não<br />
volte. O tempo de maturação é de cerca<br />
de um a dois anos, tempo necessário<br />
para que o consumidor final se adapte<br />
ao ambiente de compra”, analisa Tonin.<br />
No entanto, quaisquer que sejam as<br />
suposições, o fato é que, em um cenário<br />
tão competitivo, se destacarão as<br />
empresas que conseguirem inovar. Um<br />
exemplo disso foi a ação que a Eurocash,<br />
rede que tem 103 lojas de cash &<br />
carry na Polônia, realizou nesse país. O<br />
grupo criou um sistema para acompanhar<br />
os comerciantes que compravam<br />
em suas lojas. Depois de descobrir os<br />
mais fiéis, desenvolveu um sistema de<br />
franquias chamado ‘lojas ABC’, que<br />
passou a oferecer franquias a clientes<br />
em um raio de até 35 quilômetros de<br />
cada uma das suas lojas. “Os franqueados<br />
do Eurocash compram 50% a 60%<br />
do seu sortimento na rede, que passou<br />
30%<br />
60%<br />
40%<br />
30%<br />
30%<br />
20%<br />
70%<br />
70%<br />
80%<br />
20%<br />
20%<br />
50%<br />
custo operacional<br />
8% a 9% do faturamento<br />
20%<br />
é, em média, o<br />
quanto custa a<br />
menos o<br />
produto em<br />
relação<br />
ao varejo<br />
a oferecer treinamento, layout de loja e<br />
descontos especiais, entre outros tipos<br />
de apoio ao negócio. Há muitas oportunidades<br />
de inovar. Muitas empresas<br />
no Brasil trabalham com os olhos voltados<br />
para o concorrente e disputando<br />
o mesmo mercado. É importante<br />
encontrar novas oportunidades onde<br />
os concorrentes ainda não conseguem<br />
enxergar nada”, afirma Barrizzelli.<br />
Para se diferenciar no mercado, o<br />
Grupo Tenda Atacado, de São Paulo,<br />
inaugurou uma loja junto a um<br />
Shopping Center a fim de se posicionar<br />
perto desses centros de compras,<br />
aproveitando o fluxo de consumidores.<br />
A loja foi aberta no Buriti Shopping<br />
Bauru, no interior de São Paulo.<br />
O shopping ainda está em construção,<br />
e sua inauguração está prevista<br />
para 2012. Embora ele ainda tenha<br />
todo esse tempo para entrar em funcionamento,<br />
o Grupo, em agosto, já<br />
abriu as portas para os clientes.<br />
rentabilidade<br />
cada loja deve vender cerca<br />
de 5 a 6 milhões de reais/<br />
mês para ser rentável<br />
13% 9 mil itens é o<br />
do orçamento<br />
é o quanto o<br />
consumidor<br />
final que se<br />
abastece no<br />
formato gasta<br />
número médio do mix<br />
trabalhado no cash &<br />
carry, e 50 mil é o<br />
do hipermercado<br />
Grandes varejistas no modelo atacadista de autosserviço<br />
atacadão<br />
(carrefour)<br />
73<br />
lojas até o<br />
fim do ano<br />
Maxxi<br />
atacado<br />
(Walmart)<br />
54<br />
lojas até o<br />
fim do ano<br />
assaí<br />
(pão de açúcar)<br />
60<br />
lojas até o<br />
fim do ano<br />
Fonte: empresas e mercado<br />
Outras tendências para o formato<br />
no Brasil, segundo pesquisa realizada<br />
pela Nielsen, são a intensa expansão<br />
global e local; o aumento do<br />
número de lojas por efeito do crescimento<br />
orgânico do modelo e da entrada<br />
de novos players; mais atuação<br />
multiformato como adega, farmácia,<br />
posto de gasolina e lanchonete; a<br />
possibilidade de existência de mais<br />
de uma bandeira de cash & carry<br />
para o mesmo varejista; e a possível<br />
troca do hipermercado por esse outro<br />
tipo de canal. “Entendo que esse<br />
formato veio para ficar, pois atende<br />
com eficácia e é atraente para o seu<br />
publico-alvo. Há hoje algumas distorções<br />
quanto aos aspectos tributários<br />
que precisam ser corrigidas.<br />
Então, veremos com mais clareza e<br />
aceitaremos melhor a especialização<br />
nesse segmento”, acredita Juliano<br />
César Faria Souto, sócio-diretor do<br />
Lojão Fasouto, de Sergipe.n<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
59
60<br />
capa<br />
Em busca<br />
de espaço<br />
O<br />
cenário do atacado de autosserviço<br />
brasileiro mudou<br />
depois da entrada dos players<br />
varejistas no negócio. Bandeiras como o<br />
Assaí (Pão de Açúcar), o Maxxi Atacado<br />
(Walmart) e o Atacadão (Carrefour)<br />
ganharam mercado em consequência<br />
do rápido crescimento orgânico e do<br />
alto aporte financeiro desses grupos,<br />
os quais fizeram com que os atacados<br />
regionais “espremessem” as margens,<br />
e lançassem mão de estratégias e de<br />
muito planejamento para manterem a<br />
competitividade e encontrarem diferenciais<br />
que lhes permitissem encontrar seu<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
Atacados regionais buscam estratégias e<br />
diferenciais para manter a rentabilidade do<br />
negócio e fidelizar o cliente frente às bandeiras<br />
de cash & carry dos players varejistas<br />
pOr Daniela GuiralDelli e Jamille menezes<br />
espaço. “Uma excelente estratégia que<br />
pode ser empregada pelos regionais está<br />
na união de empresas para planejamento<br />
e desenvolvimento de uma bandeira<br />
única. É uma possibilidade desafiadora.<br />
Não é comum o compartilhamento de<br />
propriedades entre as empresas do setor,<br />
mas é uma estratégia de sobrevivência,<br />
e quando se trata de sobrevivência temos<br />
de abrir mão de alguns dogmas”,<br />
analisa Eugenio Foganholo, consultor<br />
da Mixxer.<br />
O aumento do número de novas<br />
bandeiras e lojas no formato vem reduzindo<br />
as margens. Definir o público-<br />
Grupo Pão de Açúcar<br />
investe na expansão da<br />
bandeira pelo Brasil<br />
alvo é um passo importante para que<br />
a operação continue rentável, uma vez<br />
que todo o restante – principalmente<br />
o mix – será definido a partir dessa<br />
estratégia. “Para minimizar os riscos,<br />
identificamos os nossos clientes, 60%<br />
dos quais são consumidores finais e<br />
40% transformadores e varejistas.<br />
Temos mantido clara a nossa relação<br />
com esses clientes, mostrando a eles o<br />
que efetivamente oferecemos”, analisa<br />
Luiz Antonio Tonin, diretor do Tonin<br />
SuperAtacado, de São Paulo.<br />
O foco no cliente também é a estratégia<br />
atual do Atacadista Roldão,<br />
de São Paulo, cujas lojas são frequentadas<br />
por 70% de transformadores e<br />
30% de consumidores finais. A empresa<br />
é uma das que mais crescem<br />
na modalidade. Outra estratégia empregada<br />
consiste em apostar no mix<br />
completo de perecíveis para fidelizar<br />
o cliente. “Não mudamos nossa linha,<br />
o que fez com que mantivéssemos a<br />
fidelidade do nosso cliente. Somos<br />
uma empresa de dez anos, uma empresa<br />
jovem. Por isso, estamos evoluindo<br />
com o mercado. As compras<br />
dos antigos concorrentes diretos<br />
pelas grandes companhias fizeram<br />
com que várias bandeiras tivessem<br />
crescimento rápido, mas só vejo essa<br />
divulgação
62<br />
capa<br />
“rodrigo peterson<br />
a entrada dos grandes<br />
players é uma situação<br />
para a qual temos de estar<br />
preparados (...) eu excluiria<br />
aqueles que tentam abrir um<br />
varejo com cara de atacado<br />
Flávio AlmeidA<br />
diretor-comercial do Spani Atacadista<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
evolução. Segmentar o cliente será<br />
uma tendência que se acentuará cada<br />
vez mais daqui para frente”, analisa<br />
Jefferson Fernandes, gerente de<br />
Marketing da empresa.<br />
O Lojão Fasouto, do Grupo Fasouto,<br />
de Sergipe, também investe na<br />
segmentação para crescer no Nordeste.<br />
Sua loja em Aracaju recebe 80% de<br />
varejistas e transformadores e 20% de<br />
consumidores finais. O objetivo da empresa<br />
é ter seis lojas nos próximos anos<br />
na região. “Iniciamos essa nova atividade<br />
em 2009. Temos o plano de manter<br />
nossas lojas focadas no atendimento<br />
dos pequenos e médios comerciantes<br />
e transformadores, e de oferecer um<br />
mix com as melhores oportunidades de<br />
negócios para esses clientes. A concorrência<br />
ampliou a visibilidade desse formato<br />
e nos força a melhorar a cada dia<br />
nossa operação”, analisa Juliano César<br />
Faria Souto, sócio-diretor da empresa.<br />
O Spani Atacadista, de São Paulo,<br />
bandeira do Grupo Zaragoza, tem um<br />
centro de distribuição em Taubaté/<br />
SP e abriu sua primeira loja de cash &<br />
carry em 2004. Hoje, a rede traz lojas<br />
localizadas nas cidades paulistas de<br />
Guaratinguetá, Mogi das Cruzes, São<br />
José dos Campos e Atibaia, que atendem<br />
70% de clientes transformadores<br />
e varejistas e 30% de consumidores finais.<br />
A empresa vem crescendo cerca<br />
de 25% ao ano, e em 2011 abrirá duas<br />
novas unidades, uma no vale do Paraíba<br />
e outra no interior de São Paulo, em<br />
locais ainda não definidos.<br />
Além do foco no cliente, a bandeira<br />
investe no mix, composto por 10 mil<br />
itens, reforçando categorias como produtos<br />
de padaria e de açougue e hortifrútis,<br />
além de praticar preços diferenciados<br />
no atacado e no varejo. “Temos<br />
ofertas exclusivas e trabalhamos com<br />
dois preços: um para o consumidor e<br />
outro para o atacado. É uma forma de<br />
valorizar o varejista. A entrada de grandes<br />
players no mercado é uma situação<br />
para a qual temos de estar preparados.<br />
No interior, sua atuação ainda é pequena.<br />
Em São José dos Campos, por<br />
exemplo, há seis lojas de cash & carry<br />
e, mesmo assim, o nosso resultado é<br />
bom. A realidade é que esse formato<br />
vai crescer, e eu excluiria aqueles que<br />
estão arriscando e tentando abrir um<br />
varejo com cara de atacado”, afirma<br />
Flávio Almeida, diretor-comercial da<br />
Spani Atacadista.<br />
Há três anos, o Vila Nova, de Minas<br />
Gerais, também investe no formato. A<br />
empresa adquiriu uma unidade em São<br />
José dos Campos/SP. Para se destacar,<br />
adota as estratégias de manter o baixo<br />
custo da operação e buscar diferenciais<br />
no mix. Uma das suas apostas é<br />
na categoria de bebidas. “Somos hoje<br />
reconhecidos por comercializar bebidas<br />
numa escala maior e mais completa.<br />
Também nos fortalecemos em alguns<br />
setores, como o bazar, além de apoiarmos<br />
o transformador. Pretendemos<br />
ter mais uma loja, e para isso estamos<br />
atentos a oportunidades e repensando<br />
estratégias”, afirma Leonardo Severini,<br />
diretor da empresa.<br />
mais serviços<br />
Investir na capacitação dos clientes<br />
transformadores é atualmente uma das<br />
principais estratégias do Makro, que ele<br />
põe em prática por meio de eventos<br />
como o “Makro Extravaganza”. Nele,<br />
a rede promove palestras e seminários<br />
focados em capacitação e gestão, procurando<br />
oferecer ferramentas para que<br />
os transformadores, principalmente donos<br />
de restaurantes, se desenvolvam.<br />
“Se eu quero ser o campeão de vendas<br />
junto a esse consumidor profissional,<br />
tenho de lhe dar mais do que o produto.<br />
Preciso lhe oferecer ferramentas<br />
para que ele se desenvolva e cresça”,<br />
afirma Gustavo Delamanha, diretor de<br />
Marketing do Makro.<br />
A fim de oferecer um mix mais<br />
completo na categoria de bebidas e<br />
importados, a bandeira trouxe para o<br />
País o modelo Speciale Adega & Emporium,<br />
que apresenta variedade em<br />
bebidas e acessórios. A adega traz na<br />
loja a presença de consultores especializados<br />
(sommeliers) para orientar os<br />
clientes e ajudá-los a fazer uma harmonização<br />
correta entre o cardápio e<br />
a carta de vinhos.<br />
Nesse cenário em que cada um<br />
busca um “lugar ao sol”, até mesmo os<br />
players tiveram de redefinir estratégias,<br />
uma vez que o crescimento orgânico<br />
do formato vem contribuindo para<br />
engordar o faturamento dos grandes<br />
grupos. Por exemplo, a participação do<br />
Assaí aumentou de 1,3% em 2007 para<br />
8,4% em 2009, nas vendas do Grupo<br />
Pão de Açúcar, quando faturou 2,2 bilhões<br />
de reais.<br />
Inicialmente, o Maxxi Atacado<br />
(Walmart) atuava nos Estados do sul.<br />
Hoje, a rede opera com 48 unidades<br />
em 12 Estados, sendo que a última loja<br />
foi inaugurada em Blumenau/SC em<br />
setembro. O objetivo da bandeira é<br />
crescer em conformidade com o desen-<br />
Marcelo Dalmáz, do Maxxi Atacado:<br />
conhecimento de mercados regionais<br />
divulgação<br />
volvimento do mercado brasileiro, privilegiando<br />
o custo baixo da operação.<br />
Para isso, aposta no sortimento adequado<br />
para cada região.<br />
Marcelo Dalmáz, diretor de Operações<br />
do Maxxi, afirma que a presença<br />
da empresa em diferentes Estados possibilita<br />
o conhecimento dos mercados<br />
regionais, uma vez que a rede lida com<br />
diferentes tipos de público. O executivo<br />
encara a concorrência como um benefício<br />
para o cliente, que tem muitas opções<br />
para realizar seu abastecimento.<br />
“Essas redes varejistas deram maior visibilidade<br />
para formatos que já existiam<br />
e fizeram com que se intensificasse a<br />
presença desses modelos. Isso é positivo<br />
e a concorrência beneficia pequenos<br />
e médios comerciantes, revendedores e<br />
transformadores, bem como a pessoa<br />
física. Todos ganham mais opções de<br />
compras. O mercado ficou mais amplo”,<br />
analisa.<br />
outros países<br />
A principal estratégia do Atacadão<br />
(Carrefour) em 2010 consistiu em ampliar<br />
o alcance da bandeira no Nordeste<br />
para aproveitar o desenvolvimento dessa<br />
região. A empresa anunciou, no começo<br />
do ano, investimentos de 2,5 bilhões<br />
de reais para o biênio 2010-2011,<br />
esquentando a briga por esses mercados,<br />
pois o Grupo Pão de Açúcar, detentor<br />
do Assaí, pretende investir boa<br />
parte dos 5 bilhões de reais (ver página<br />
53) até 2012 no Norte e no Nordeste.<br />
A empresa também levou o formato<br />
para outros países da América Latina.<br />
No primeiro semestre, abriu uma loja<br />
na Colômbia, o Atacadón, e ainda no<br />
segundo semestre deste ano, pretende<br />
abrir uma unidade na Argentina.<br />
De olho no mercado internacional,<br />
o Tenda Atacado, de São Paulo, rumou<br />
para a África e inaugurou uma<br />
loja em Angola, na capital Luanda,<br />
uma das expansões mais inusitadas do<br />
ano, levando o modelo de atacado de<br />
autosserviço para os consumidores de<br />
um país em construção. Chamada de<br />
“Alimenta Angola”, foram investidos<br />
10 milhões de dólares no projeto. A<br />
empresa tem a expectativa de inaugurar<br />
dez lojas nos próximos cinco anos.<br />
“Angola foi escolhida como o primeiro<br />
país para a internacionalização do Grupo<br />
Tenda Atacado, e isso por vários<br />
motivos. Os principais foram a língua<br />
portuguesa, que é comum à empresa e<br />
ao país, a estabilidade política, a grande<br />
reconstrução que está ocorrendo em<br />
Angola e, principalmente, a cultura do<br />
povo, que é muito receptiva”, afirma<br />
Carlos Eduardo Severini, diretor-geral<br />
da empresa.<br />
Também pertencendo ao Walmart,<br />
o Sam’s Club – modelo de clube de<br />
compra que tem operações em nove<br />
Estados mais o Distrito Federal, e que<br />
conta com 24 unidades – não comenta<br />
investimentos na bandeira. A empresa<br />
tem por perspectiva aumentar a participação<br />
das lojas, além de segmentar a<br />
operação por região e tipo específico de<br />
cliente. A bandeira prevê o crescimento<br />
do modelo a fim de atender às populações<br />
periféricas das grandes e médias<br />
cidades por meio de uma união entre<br />
mix diferenciado, atendimento ágil, localização<br />
de fácil acesso e sortimento<br />
adequado para cada região, além da<br />
oferta de um preço justo.<br />
A empresa não revela informações<br />
sobre as margens, mas contou à DIS-<br />
TRIBUIÇÃO que trabalha com muito<br />
empenho na produtividade e no<br />
controle das despesas (por exemplo,<br />
energia, água, horas extras, manutenção,<br />
impressão de documentos, e<br />
insumos), além de permanecer atenta<br />
às boas práticas, o que a está levando<br />
a obter reduções expressivas nesses<br />
aspectos. Segundo Luiz Antônio Zacharias,<br />
vice-presidente da bandeira,<br />
o clube tem voltado o seu foco para a<br />
redução de custos e para a oferta de<br />
um mix diferenciado para os sócios.<br />
"Os consumidores são os que mais<br />
se beneficiaram com a concorrência<br />
acirrada. Todas as redes vêm buscando<br />
atender às necessidades de toda a<br />
população dentro de suas propostas<br />
de valor", afirma. n<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
63
64<br />
estratéGia<br />
diversificação<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
A fim de se manterem atuantes<br />
em um cenário cada vez mais<br />
competitivo, empresas do atacado<br />
distribuidor abrem novas frentes<br />
de negócio para atenderem<br />
às necessidades de um novo<br />
perfil de consumidor<br />
Por Daniela GuiralDelli<br />
rentável<br />
dreamstime<br />
O<br />
atacado distribuidor, impulsionado<br />
pelas mudanças nos hábitos<br />
do consumidor, que está<br />
cada vez mais exigente e tem características<br />
multicanal e multiformato – isto<br />
é, realiza seu abastecimento em vários<br />
tipos de canais e formatos de lojas –, e<br />
pela necessidade de manter a rentabilidade<br />
do negócio e enfrentar a concorrência,<br />
vem diversificando a operação<br />
e investindo em outros modelos de<br />
negócio dentro da própria operação.<br />
“A evolução irá ocorrer conforme o entendimento<br />
do consumidor e com base<br />
em pesquisas a respeito dos hábitos de<br />
consumo das microrregiões. Saímos<br />
da geração preço versus preço e passamos<br />
para preço versus atendimento e<br />
diferenciação”, analisa Roberto de Oliveira,<br />
professor do Núcleo de Estudos<br />
do Varejo da ESPM – Escola Superior<br />
de Propaganda e Marketing e diretor<br />
da Consultoria Foco.<br />
No entanto, para entrar em novos<br />
mercados, é importante tomar alguns<br />
cuidados para que uma estratégia que<br />
objetiva o crescimento da empresa<br />
não tenha efeito contrário e acabe se<br />
revelando um “tiro no pé”, trazendo,<br />
em vez de resultados e números positivos<br />
no faturamento, dissabores e<br />
perda de competitividade. A mesma<br />
busca pela diversificação vivida hoje<br />
pelas empresas do atacado distribuidor<br />
mudou a atuação no varejo em<br />
momentos anteriores. Nas décadas de<br />
1970 e 1980, ocorreu uma febre em<br />
relação à abertura dos hipermercados,<br />
uma vez que se tentava colocar<br />
no mesmo ponto de venda produtos<br />
para atender às necessidades de consumo<br />
de todos os públicos. “Com o<br />
tempo, esse formato perdeu espaço<br />
para as lojas de eletroeletrônicos, fato<br />
que não deixou que o fluxo de vendas<br />
nos grandes hipermercados caísse. As<br />
diversificações que vêm acontecendo<br />
no atacado decorrem da mudança dos<br />
hábitos do consumidor”, analisa Reynaldo<br />
Saad, sócio-líder no Atendimento<br />
ao Setor Varejista da Deloitte.<br />
Porém, optando por diversificar a<br />
As diversificações<br />
que vêm<br />
acontecendo no<br />
atacado decorrem<br />
da mudança<br />
dos hábitos do<br />
consumidor<br />
operação e atuar em outras modalidades,<br />
seja dentro da operação atacadista<br />
ou fora dela, a empresa deve fazêlo<br />
embasada em planejamento, e não<br />
movida apenas pelo “efeito manada”,<br />
isto é, somente porque todos estão fazendo<br />
isso. Também é importante que<br />
se faça a seguinte pergunta: “Quero<br />
seguir ou ser seguido?” A partir da<br />
resposta, é fundamental traçar uma<br />
estratégia, em primeiro lugar, para se<br />
diferenciar, e em segundo, para imprimir<br />
uma identidade própria no novo<br />
modelo de negócio adotado.<br />
fOcO nO negóciO<br />
De fato, diversificar amplia a atuação<br />
no mercado, mas essa estratégia<br />
vem acompanhada por vantagens e<br />
desvantagens, prós e contras, ganhos<br />
e perdas, e leva a empresa a pisar em<br />
terreno perigoso. Para aqueles que<br />
decidem correr o risco, é importante<br />
manter o profissionalismo, mas sem<br />
perder o foco no negócio; investir em<br />
uma gestão independente e em resultados<br />
independentes, isto é, os resultados<br />
positivos de uma empresa não podem<br />
encobrir as deficiências de outra, e<br />
vice-versa; aproveitar as sinergias para<br />
a redução dos custos fixos; e, acima<br />
de tudo, manter a sustentabilidade da<br />
cadeia, ou seja, o atacadista deve evitar<br />
uma “competição predatória” com seus<br />
clientes varejistas. Por isso, é importante<br />
redobrar os cuidados ao investir em<br />
formatos que visem “tomar” clientes<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
65
66<br />
estratégia<br />
Van Fernandes, do<br />
Carvalho: nova operação<br />
no cash & carry<br />
Dicas para<br />
Diversificar<br />
a operação<br />
4 Mantenha o<br />
profissionalismo sem<br />
perder o foco.<br />
4 Mantenha independentes<br />
a gestão e os resultados,<br />
pois eles não podem se<br />
coibir entre si.<br />
4 Aproveite sinergias para a<br />
redução dos custos fixos.<br />
4 Faça um planejamento<br />
estratégico para saber<br />
aonde quer ir e quando<br />
quer chegar.<br />
4 Imprima sua identidade no<br />
modelo adotado.<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
fotos Divulgação<br />
dos seus clientes. “Quando você atua<br />
em diversos modelos, deve ser competente<br />
em todos eles e buscar a eficiência,<br />
uma vez que cada operação tem<br />
as suas dificuldades”, afirma Thomaz<br />
Simões de Lima, diretor-geral da Maranhão<br />
Atacado.<br />
Diversificar a área da distribuição<br />
é, desde 1995, o objetivo do Grupo<br />
Maranhão, que sentiu a necessidade<br />
de atuar em outras frentes dentro da<br />
própria modalidade para atender melhor<br />
o cliente e prestar um serviço de<br />
qualidade para a indústria enquanto<br />
distribuidor, além de melhorar a rentabilidade<br />
dos seus negócios. A empresa<br />
atua no canal direto por intermédio de<br />
lojas de varejo, e no indireto com modelos<br />
de distribuição, nos quais tem<br />
equipes segmentadas por áreas, seja<br />
como atacado generalista ou distribuição<br />
especializada. A empresa tem<br />
igualmente uma equipe comercial focada<br />
no varejo tradicional, na área de<br />
perfumaria, que atende o canal supermercadista<br />
e lojas especializadas. O<br />
planejamento de crescimento da Maranhão<br />
também inclui a abertura de<br />
um cash & carry nos próximos cinco<br />
anos. “Temos três lojas de supermercado<br />
e nossos planos de expansão serão<br />
postos em prática a partir de 2011.<br />
Nosso planejamento também prevê a<br />
inauguração de uma loja de autosserviço<br />
até 2015”, afirma Lima.<br />
reestruturação<br />
Para segmentar sua atuação e agregar<br />
qualidade ao atendimento prestado pelos<br />
vendedores no ponto de venda, a<br />
empresa reestruturou o portfólio trabalhado<br />
pelos Representantes Comerciais<br />
Autonômos (RCAs), diminuindo o número<br />
de itens, estratégia que encontrou<br />
resistência por parte da equipe comercial.<br />
Mas essa resistência foi superada<br />
graças a investimentos na capacitação<br />
dos vendedores. “A grande dificuldade<br />
consistiu em garantir a sustentabilidade<br />
das equipes de vendas com portfólio<br />
menor. Quando enxugamos o mix, os<br />
profissionais encontraram dificuldades<br />
para manter o ganho. Mas ao reduzir<br />
o número de produtos, demos uma<br />
condição melhor para que o RCA trabalhasse<br />
o cliente. A empresa fez com<br />
que o profissional trocasse a quantidade<br />
pela qualidade”, diz Lima.<br />
Assim como aconteceu com o<br />
formato do hipermercado em épocas<br />
passadas, no atacado distribuidor<br />
a modalidade autosserviço vem se<br />
destacando ano após ano, e é considerada<br />
como a “bola da vez” para<br />
especialistas do setor e empresas que<br />
estão procurando diversificar os negócios.<br />
Por essa razão, a modalidade<br />
vem ganhando espaço na operação do<br />
canal. “O atacado de autosserviço, ou<br />
cash & carry, é uma tendência à qual<br />
um número ainda maior de empresas<br />
do segmento irá aderir nos próximos<br />
anos. O formato está muito mais<br />
consolidado do que alguns anos atrás,<br />
quando nomes como Sam’s e Makro<br />
dominavam. Trata-se de uma espécie<br />
de ponto de venda muito forte, com<br />
efeitos significativos”, analisa Saad.<br />
Fora do eixo Sul–Sudeste, até mesmo<br />
empresas atacadistas tradicionais<br />
como o Grupo Carvalho, do Piauí, região<br />
em que o atendimento do cliente<br />
profissional por meio do balcão tem a<br />
preferência, resolveram investir no atacado<br />
de autosserviço, uma vez que a<br />
empresa também já opera no varejo<br />
com a bandeira Hiper Carvalho.<br />
Sua primeira loja de cash & carry,<br />
o Carvalho Mercadão, abriu as portas<br />
em julho. Foi inaugurado em uma área<br />
onde funcionava um dos hipermercados<br />
do grupo. A loja passou por reforma<br />
e teve sua área ampliada de 5 mil<br />
metros quadrados para 9 mil metros<br />
quadrados, obra na qual foram investidos<br />
6 milhões de reais. Está nos seus<br />
planos a abertura de mais uma loja do<br />
Mercadão ainda neste ano, também na<br />
capital Teresina. “O atacado tradicional<br />
Roberto<br />
de Oliveira,<br />
da ESPM: hábitos<br />
de consumo ditam<br />
mudanças<br />
ainda tem a preferência do cliente profissional<br />
no Estado, mas antes mesmo<br />
de fazermos a virada da bandeira, as<br />
vendas na loja começaram a aumentar,<br />
pois juntamos e agregamos novos clientes<br />
profissionais, que ficaram satisfeitos<br />
por encontrarem mais variedade. As<br />
duas lojas de autosserviço serão testes,<br />
e caso sejam bem-sucedidas, temos a<br />
perspectiva de transformar as principais<br />
lojas de atacado em cash & carry no<br />
futuro”, afirma Evangelita Fernandes,<br />
diretora-financeira.<br />
necessidade de mercado<br />
A Distribuidora Fasouto, de Sergipe,<br />
com sede em Aracaju, também vem<br />
apostando no atacado de autosserviço<br />
para crescer e enfrentar a concorrência.<br />
A empresa, que já atua nas modalidades<br />
atacado distribuidor e distribuição<br />
especializada, pretende crescer<br />
50% em 2010 no formato cash & carry<br />
e cerca de 25% na área de distribuição.<br />
“A diversificação surgiu da necessidade<br />
de atender o mercado, pois só com o<br />
formato tradicional encontramos dificuldades,<br />
em razão do custo ou do mix<br />
mais atrativo. O autosserviço se transformou<br />
em um competidor e enxergamos<br />
na modalidade uma oportunidade<br />
para crescermos e nos defendermos da<br />
concorrência”, afirma Juliano César,<br />
sócio-diretor.<br />
A empresa também teve de superar<br />
desafios ao optar pela diversificação<br />
dos modelos, sendo o principal deles o<br />
de adaptar a operação ao novo formato.<br />
O grupo está estudando o mercado<br />
e consta no seu planejamento a inauguração<br />
de mais um lojão neste ano. “Ao<br />
decidirmos entrar na operação de cash<br />
& carry com o Lojão Fasouto, contratamos<br />
uma consultoria especializada.<br />
Depois, investimos em uma equipe<br />
totalmente focada no negócio. O formato<br />
nos obriga a investir em lojas para<br />
crescer, diferentemente do atacado distribuidor,<br />
que pode ampliar a operação<br />
de maneira interna. No momento, estamos<br />
em fase de análise, para ver onde<br />
vamos investir”, afirma César. n<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
67
68<br />
tecnologia<br />
Renovação<br />
constante<br />
Depois de consolidarem a automação da sua força de<br />
vendas no setor, empresas de tecnologia reinventam a<br />
oferta de suas ferramentas para continuarem crescendo<br />
no atacado distribuidor<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
Por Paula Pereira<br />
dreamstime<br />
Já se passaram cerca de 15 anos<br />
desde que o setor atacadista distribuidor<br />
descobriu o potencial das<br />
soluções de automação para impulsionar<br />
a força de vendas. Com a promessa<br />
de tirar do papel os pedidos dos representantes<br />
que visitam os clientes do varejo,<br />
constatou-se que essas soluções<br />
davam mais fôlego às vendas, evitavam<br />
erros e eliminavam o retrabalho de passar<br />
a limpo e registrar para a empresa<br />
todos os pedidos feitos durante o dia.<br />
A partir do mero registro nos então<br />
PDAs (Personal Digital Assistants), a<br />
ferramenta foi evoluindo no sentido de<br />
melhorar a comunicação. De repente,<br />
além de ajudar no registro digital, também<br />
passou a ser possível transmitir informações<br />
digitais por via remota para<br />
a companhia.<br />
“No passado, o atacado distribuidor<br />
trabalhava de maneira operacional<br />
(volume) e tentava ser eficiente.<br />
Hoje, ele trabalha com a visão de<br />
resultado (valores) a cada negociação<br />
feita”, diz Thiago Batista, gerente de<br />
Marketing da Acácia Consultoria.<br />
A adoção da ferramenta se consolidou.<br />
Atualmente, é muito difícil encontrar<br />
alguma empresa do setor que ainda<br />
não tenha recorrido a uma solução de<br />
automação da força de vendas.<br />
As empresas de tecnologia que se<br />
especializaram nesse segmento estão<br />
reinventando suas ofertas para se<br />
adequarem a esse novo momento da<br />
automação da força de vendas. As<br />
necessidades do setor mudaram. A<br />
digitalização dos pedidos já não basta,<br />
especialmente depois que ocorreu uma<br />
mudança ainda mais significativa, dessa<br />
vez no próprio papel do vendedor no<br />
PDV, que passou, cada vez mais, a desempenhar<br />
a função de um consultor,<br />
em vez de apenas tirar pedidos.<br />
redução de custos<br />
“Hoje, o grande diferencial e a principal<br />
vantagem da automação da força<br />
de vendas é servir de subsídio para o<br />
RCA em campo. É prover ferramentas<br />
para que a equipe de gestão e supervisão<br />
possa acompanhar o desempenho<br />
do representante no decorrer do dia”,<br />
afirma Sérgio Girão, diretor-presidente<br />
da Polibrásnet.<br />
Mais voltada para a oferta de<br />
software nesse segmento, a empresa,<br />
que tem como carro-chefe o sistema<br />
Fastseller, lançou neste ano o Comuniq,<br />
uma ferramenta integrada ao seu<br />
sistema e que transforma o PDA em<br />
telefone VoIP. Isto é, o computador<br />
de bolso que o representante carrega<br />
consigo pode fazer chamadas gratuitas<br />
para os demais representantes, sem<br />
custo de ligação, roaming ou DDD,<br />
pois funciona como se eles estivessem<br />
se comunicando pela internet.<br />
“Estamos tendo uma boa resposta<br />
ao oferecer uma redução de custos<br />
muito grande principalmente para<br />
empresas que atuam em regiões com<br />
vários DDDs. A economia é superior<br />
a 50% em custos de comunicação”,<br />
conta Girão.<br />
Segundo ele, além da função de voz,<br />
o Comuniq conta com uma pequena<br />
ferramenta de BI (Business Intelligence)<br />
que permite enviar alertas para o<br />
representante em campo, otimizando<br />
igualmente a estratégia de vendas.<br />
wladimir de souza<br />
“O próximo passo será a integração<br />
dessa ferramenta com o trabalho<br />
do supervisor graças ao lançamento<br />
do ‘supervisor virtual’ até o fim do<br />
ano. Com isso, será possível enviar<br />
um conjunto de alertas para os RCAs<br />
e para os supervisores.”<br />
Outra empresa que, durante quase<br />
15 anos, esteve muito focada na automação<br />
da força de vendas e vem reestruturando<br />
sua oferta para o atacado<br />
distribuidor é a MGI.<br />
Essa empresa, que atuou por<br />
vários anos com parceiros como<br />
HP e HTC fornecendo o aparelho<br />
(hardware) para o setor, reconheceu<br />
novas oportunidades de negócio e<br />
vem abrindo sua área de atuação.<br />
Há pouco mais de um ano, a mudança<br />
começou com uma parceria com<br />
a Intermec, fabricante de coletores que<br />
está de olho na adoção crescente desses<br />
equipamentos pelos Centros de<br />
Distribuição do atacado distribuidor.<br />
Hoje, a MGI também adotou o uso<br />
de coletores para os representantes do<br />
atacado no PDV. Sendo equipamentos<br />
mais robustos e com aplicações semelhantes<br />
às dos smartphones, os coletores<br />
possibilitam o registro dos pedidos<br />
e o acesso ao sistema de gestão,<br />
além de fazerem a leitura de código de<br />
barras. Por tudo isso, quando chega a<br />
hora de substituir os equipamentos, os<br />
coletores têm conquistado a preferência<br />
dos usuários.<br />
A razão é muito simples. O coletor<br />
pode trabalhar durante cerca<br />
de cinco anos sem precisar de manutenção<br />
ou de ser substituído. Os<br />
smartphones, no entanto, em cerca<br />
de dois anos têm de passar por esse<br />
processo. “Hoje, a Intermec já representa<br />
mais de 50% do faturamento<br />
da área de mobilidade da MGI, o que<br />
corresponde a cerca de 75% do nosso<br />
negócio”, aponta Roberto Lechuga,<br />
gerente de Marketing da MGI.<br />
Outra frente na qual a MGI vem<br />
apostando é o gerenciamento de parque<br />
de seus clientes, isto é, a empresa assume<br />
a gestão de todos os equipamentos,<br />
“<br />
No momento da<br />
substituição de<br />
equipamentos,<br />
os coletores<br />
estão ganhando<br />
a preferência<br />
RobeRto Lechuga<br />
gerente de marketing da MgI<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
69
70<br />
tecnologia<br />
monitorando seu estado de conservação,<br />
seu uso correto e sua necessidade<br />
de manutenção ou substituição.<br />
A oferta funciona como um contrato<br />
de prestação de serviço no qual o cliente<br />
opta pelo gerenciamento remoto do parque.<br />
Com isso, é possível obter informações<br />
sobre o desgaste dos equipamentos,<br />
o uso adequado ou não da memória,<br />
a verificação de ter ou não ocorrido<br />
download de aplicativos não autorizados<br />
pelo representante, o monitoramento<br />
do status da validade da bateria e do<br />
uso correto do aparelho, etc.<br />
Com o gerenciamento de parque, a<br />
MGI espera ampliar sua participação<br />
da área de serviços em seu faturamento<br />
dos atuais 20% para 35%.<br />
Um caminho para uma empresa aumentar<br />
a participação de mercado agregado<br />
à oferta de hardware é a parceria<br />
com as operadoras de telefonia móvel.<br />
Por exemplo, a Acácia Consultoria, em<br />
parceria com a TIM, desenvolveu uma<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
solução de mobilidade para a força de<br />
vendas da indústria alimentícia Marilan.<br />
Com smartphones HTC Touch,<br />
em comodato com a operadora,<br />
a Acácia entrou com a oferta do<br />
software de automação, permitindo que<br />
230 usuários, incluindo supervisores,<br />
vendedores e até diretores de vendas<br />
compartilhem informações por meio de<br />
um único aparelho. Antes disso, o mesmo<br />
fluxo precisava de, pelo menos, dois<br />
equipamentos para garantir que todos<br />
tivessem acesso on-line ao banco de<br />
dados, o que permitia planejar a produção<br />
e checar o estoque e o histórico dos<br />
clientes, entre outras funções.<br />
Para obter melhores resultados, é<br />
preciso haver troca de informações entre<br />
a equipe de venda em tempo real, informando,<br />
por exemplo, quais as metas<br />
e o que já foi realizado, lançamento de<br />
produtos, estoque crítico, pacote de promoções<br />
e rentabilidade de cada pedido”,<br />
diz o gerente de Marketing da Acácia.<br />
“<br />
a Motorola<br />
espera aumentar<br />
em 150% os<br />
negócios da<br />
divisão de<br />
Mobilidade<br />
VANDERlEI FERREIRA<br />
diretor de Desenvolvimento de<br />
Novos Negócios da<br />
Motorola Solutions<br />
divulgação<br />
Segundo ele, com a automação da<br />
força de vendas em tempo real, o atacado<br />
distribuidor e a indústria passaram a<br />
ter uma noção imediata de seu mercado<br />
e, consequentemente, a eliminar cortes<br />
de produtos, diminuindo a inadimplência<br />
e reduzindo o tempo de entrega, entre<br />
outras inúmeras oportunidades.<br />
aparelhos robustos<br />
Entre essas duas tendências, a Motorola,<br />
que em 2006 adquiriu a fabricante<br />
de coletores Symbol, ingressou com<br />
seus coletores aplicados à força de vendas<br />
no mercado corporativo, em parceria<br />
com as operadoras Vivo e Claro,<br />
desde maio deste ano.<br />
Com os equipamentos MC5574, o<br />
objetivo da Motorola foi oferecer aparelhos<br />
mais robustos para quem trabalha<br />
em campo, fazendo trafegarem<br />
informações como ordens de serviço e<br />
pedidos em tempo real, e também outros<br />
recursos, como leitora de código<br />
de barras, câmera e walkie-talkie. Com<br />
isso, a Motorola espera aumentar em<br />
150% os negócios da divisão de Mobilidade<br />
da empresa.<br />
“Ainda não é possível avaliar os<br />
resultados, pois estamos em fase de<br />
desenvolvimento de relacionamento<br />
e preparação de conteúdo para formação<br />
das equipes comerciais. Isso<br />
porque a estratégia exige uma nova<br />
abordagem e um novo posicionamento”,<br />
diz Vanderlei Ferreira, diretor de<br />
Desenvolvimento de Novos Negócios<br />
da Motorola Solutions.<br />
Fornecedora de hardware, a Motorola,<br />
paralelamente, aposta na parceria<br />
com empresas de software de<br />
automação. “A Motorola vem trabalhando<br />
para consolidar sua presença<br />
junto aos desenvolvedores de software<br />
desse segmento. Essa estratégia começou<br />
em 2005, e a Motorola pretende<br />
ampliar ainda mais o seu alcance.<br />
Além disso, a estratégia de venda<br />
realizada com as operadoras permitirá<br />
um crescimento maior”, aponta<br />
Nelson Mariano, diretor de Canais<br />
da Motorola Solutions.n<br />
mais 5 absorção * x
72<br />
transporte<br />
No caminho<br />
nem furgões, nem<br />
meio<br />
pesados. embora o<br />
mercado de caminhões<br />
esteja aquecido em<br />
todas as categorias,<br />
no atacado distribuidor<br />
meionem<br />
o que impera é a<br />
participação dos<br />
caminhões leves<br />
e médios<br />
do<br />
nos últimos anos, o aumento do<br />
cerco em relação às restrições<br />
de tráfego de veículos de carga<br />
em grandes centros urbanos como São<br />
Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte<br />
levou o setor a criar a expectativa de<br />
que a frota caminharia para os veículos<br />
menores. Foi o boom das vans e furgões,<br />
sucesso dos comerciais leves.<br />
Em 2010, a indústria de caminhões<br />
se reaquece de modo expressivo em<br />
todas as categorias, mas toma outro<br />
rumo. Os destaques das vendas neste<br />
ano, responsáveis por mais da metade<br />
dos 110.176 veículos comercializados<br />
até agosto, estão no outro extremo<br />
desse mercado: nos caminhões pesados<br />
e semipesados que, no período, já<br />
somam mais de 70 mil unidades.<br />
Demanda reprimida, economia favorável,<br />
incentivos fiscais, reconhecimento<br />
da necessidade de complementar a<br />
frota com veículos maiores aplicados<br />
ao trecho rodoviário. Foram diversas as<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
razões que puxaram esse crescimento.<br />
No recorte setorial, quando examinamos<br />
com uma lupa o setor atacadista<br />
distribuidor, constatamos que o cenário<br />
não parece tender nem para um lado<br />
nem para o outro. Embora ambas as<br />
categorias continuem crescendo dentro<br />
do segmento e sejam alvo da ambição<br />
das montadoras, que desejam, cada vez<br />
mais, conquistar esse nicho de mercado,<br />
as categorias que imperam, imunes<br />
às sazonalidades e às tendências, são as<br />
dos caminhões leves e médios, especialmente<br />
os modelos com peso bruto total<br />
(PBT) de oito ou nove toneladas.<br />
“O atacadista ainda prefere esse<br />
tipo de caminhão, mais versátil, para<br />
fazer coleta e entrega urbana. Os<br />
caminhões de 8 t e 9 t são os carroschefes<br />
nesse segmento, que eventualmente<br />
também fazem rotas de curtas<br />
distâncias”, conta Carlos Rocca<br />
de Almeida, supervisor de Operações<br />
Comerciais e Vendas Especiais Ca-<br />
por paula pereira<br />
minhões da MAN (VW Caminhões<br />
e Ônibus).<br />
É difícil obter, em números exatos, o<br />
tamanho e a composição da frota do setor<br />
atacadista distribuidor, mas estima-se<br />
que, em média, 80% dela seja constituída<br />
por veículos leves e médios.<br />
Para se ter uma ideia dessa dimensão,<br />
apenas o Arcom, atacadista<br />
distribuidor sediado em Uberlândia/<br />
MG, fechou no fim de 2009 uma das<br />
maiores compras de caminhões já realizadas<br />
por um único cliente em um<br />
único pedido para reforçar sua frota<br />
deste ano. Ao todo, 340 caminhões<br />
foram comprados da então Volkswagen<br />
Caminhões e Ônibus, sendo 300<br />
unidades do modelo 9150, um veículo<br />
leve, de 9 t de PBT.<br />
Antes do Arcom, o Sistema Integrado<br />
Martins já havia fechado uma compra<br />
de 725 caminhões da Iveco, sendo<br />
305 leves e semileves da linha Daily.<br />
Mais recentemente, uma nova compra<br />
de veículos da categoria estaria sendo<br />
fechada pelo atacadista distribuidor.<br />
“Estamos acompanhando a indústria<br />
de caminhões, e ela manifesta um<br />
crescimento muito intenso em todos os<br />
segmentos. O setor atacadista distribuidor<br />
é impulsionado pela distribuição<br />
urbana. Nesse sentido, os caminhões<br />
leves e médios se destacam para esse<br />
tipo de aplicação”, diz Marcel Bueno,<br />
responsável pelo Marketing de Produtos-Caminhões<br />
da Ford.<br />
A Ford Caminhões, que viu nas<br />
restrições de tráfego uma oportunidade<br />
para lançar no mercado brasileiro o<br />
seu modelo de comercial leve Transit,<br />
obteve um crescimento de 71% na categoria<br />
no ano passado, considerando<br />
a soma da venda total para todos os<br />
setores. Para o atacadista distribuidor,<br />
a principal aposta é nos modelos<br />
Cargo815E, caminhão leve de 8 t, e o<br />
Cargo1317E, médio de 13 t.<br />
Ambos os modelos vêm crescen-<br />
61%<br />
foi o quanto cresceram<br />
as vendas de caminhões<br />
no País, de janeiro a<br />
agosto de 2010, em<br />
comparação com igual<br />
período de 2009<br />
do no portfólio da Ford. Até agosto,<br />
o Cargo815E obteve um avanço de<br />
58% no volume de vendas, enquanto<br />
o Cargo1317E cresceu 35% no<br />
mesmo período.<br />
Com uma extensa gama de produtos<br />
em cada categoria, a Mercedes-<br />
Benz tem nos modelos 710 e Accelo<br />
915C (7 t e 9 t) os campeões de ven-<br />
das em leves para o segmento.<br />
“São dois produtos destinados a<br />
aplicações urbanas e que se encaixam<br />
no contexto de distribuição para o<br />
atacadista, inclusive dentro da especificação<br />
do VUC”, diz Eustáquio Sirolli,<br />
gerente de Produtos-Caminhões<br />
da Mercedes-Benz.<br />
Até agosto, o Accelo 915C, que<br />
hoje tem como principal referência sua<br />
aplicação nas entregas urbanas da rede<br />
varejista Casas Bahia, cresceu 77%,<br />
saltando de 1.186 unidades para 2.100.<br />
Com menor variação, mas volume expressivo,<br />
o 710 cresceu 27%, totalizando<br />
4.827 veículos vendidos até agosto<br />
de 2010. Em 2009, no mesmo período,<br />
o modelo vendeu 3.809 unidades.<br />
Por sua vez, nos médios, o L1318<br />
completa a lista dos principais produtos<br />
para o setor, que ainda conta com<br />
uma linha de médios Atego, o 1418 e<br />
1518, de 14 t e 15 t.<br />
Já consolidada com a linha Daily,<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
73
74<br />
transporte<br />
setor em alta<br />
O mercado de caminhões vive um momento<br />
de ascensão. Depois de sofrer com o<br />
adiamento dos investimentos em frota<br />
durante a crise econômica global, o setor<br />
finalmente experimenta sua retomada.<br />
Com a prorrogação da isenção do IPI até o<br />
final do ano e um crescimento acumulado<br />
de 61% de janeiro a agosto em relação<br />
ao mesmo período de 2009, segundo<br />
dados fornecidos pela Carta da Anfavea<br />
– Associação Nacional dos Fabricantes<br />
de Veículos Automotores, o setor espera<br />
comemorar em 2010 um novo recorde<br />
de vendas, atingindo 150 mil unidades<br />
comercializadas e batendo 2008, ano em<br />
que vendeu cerca de 120 mil veículos.<br />
Somente até agosto, o setor já havia<br />
vendido 110.176 caminhões, um aumento<br />
significativo em comparação com os<br />
68.415 comercializados em 2009. Todas<br />
as categorias apresentaram alta, mas as<br />
mais expressivas foram a de pesados e a<br />
de semipesados, que tiveram crescimento<br />
de 92,8% e 66,8%, respectivamente. Os<br />
caminhões médios seguiram logo atrás,<br />
com alta de 45%, enquanto os leves<br />
apresentaram um crescimento de 37% em<br />
relação ao mesmo período no ano passado.<br />
Juntos, leves e médios somam mais de 34<br />
mil unidades vendidas em 2010.<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
que vai desde comerciais leves até<br />
caminhões leves de até 7 t, como é<br />
o caso do Daily 70C16 Massimo, lançado<br />
em maio deste ano, que já soma<br />
a venda de 300 veículos e uma participação<br />
de 9% na categoria, a Iveco<br />
completa sua oferta com a entrada<br />
no segmento de médios.<br />
Com lançamento previsto para<br />
até o fim do ano, a Iveco ingressa<br />
na categoria com o Vertis, linha que<br />
incluirá caminhões de 9 t a 13 t, passando<br />
a oferecer veículos dentro do<br />
padrão mais procurado pelo setor<br />
atacadista distribuidor.<br />
“O 9 t é um veículo muito interessante<br />
e é intenso o seu uso pelo setor.<br />
Estamos extremamente confiantes em<br />
Modelo 8150, da MAN:<br />
junto com o de nove<br />
toneladas, são os<br />
preferidos do setor para<br />
rotas de curta distância<br />
XX%<br />
Frase menor,<br />
frase menor pode<br />
ser uma dica da<br />
jjjhjjhjhjjdasdasd<br />
Accelo 915C, campeão de vendas<br />
da Mercedes-Benz, com 77% de<br />
crescimento nas vendas neste ano:<br />
agilidade em entregas urbanas<br />
que a entrada do Vertis trará um volume<br />
muito expressivo para a Iveco”,<br />
afirma Marcelo Bouhid, gerente de<br />
Marketing da Iveco Latin America.<br />
Doze meses depois do lançamento,<br />
a empresa tem a expectativa de<br />
que o produto conquistará 10% de<br />
participação na categoria.<br />
Segundo o executivo, o Massimo,<br />
juntamente com o lançamento do<br />
primeiro caminhão da categoria médio<br />
da Iveco no Brasil, deverão ser<br />
os responsáveis pelo maior volume<br />
de vendas da empresa, especialmente<br />
para mercados como o atacado<br />
distribuidor, em que o peso e a capacidade<br />
de carga se adequam melhor<br />
às necessidades do setor, tanto nas<br />
rodovias como na distribuição dentro<br />
dos centros urbanos.<br />
Apesar de as restrições de tráfego<br />
de veículos de carga se espalharem<br />
Brasil afora, ocasionadas pela busca<br />
dos governos por desafogar o trânsito,<br />
as mudanças não chegaram a provocar<br />
grandes alterações na frota do<br />
atacadista distribuidor.<br />
Os comerciais leves se tornaram<br />
mais uma opção, uma alternativa a ser<br />
adotada quando não é possível fugir dos<br />
limites da restrição ou quando o veículo<br />
menor é mais conveniente ao frotista.<br />
“Há muitas entregas que é preciso<br />
fazer durante o dia, quando as lojas<br />
estão abertas. Os furgões atendem a<br />
essa demanda, e agora a liberação dos<br />
VUCs, por exemplo, em São Paulo,<br />
também facilita a diminuição do número<br />
de veículos em circulação”, observa<br />
Sirolli. “O atacadista distribuidor fará a<br />
análise por entrega, dependendo do volume<br />
que ele precisa entregar.”<br />
dribles nas restrições<br />
Desde agosto, a prefeitura de São<br />
Paulo, que também ameaçava excluir<br />
os Veículos Urbanos de Carga<br />
(VUCs), caminhões leves de até 6,3<br />
metros de comprimento, da Zona<br />
Máxima de Restrição à Circulação<br />
de Caminhões (ZMRC), não apenas<br />
não cumpriu a promessa como também<br />
liberou o tráfego dos veículos do<br />
rodízio de placas pares e ímpares. Os<br />
VUCs passaram a respeitar apenas o<br />
rodízio de placas convencional da cidade,<br />
em que a circulação é limitada<br />
aos horários de pico apenas uma vez<br />
por semana.<br />
Há outras capitais que seguem regras<br />
distintas das de São Paulo, mas<br />
que ainda assim, em geral, deixam brechas<br />
de horários alternativos para que<br />
as entregas possam ser feitas com caminhões<br />
maiores – geralmente quando<br />
os leves e médios entram em cena.<br />
“O mercado observou que não era<br />
preciso trocar a frota, e em muitas<br />
situações há mais vantagens em se<br />
manter os leves e médios. Espera-se<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
75
76<br />
transporte<br />
Vertis, da Iveco: linha incluirá caminhões de 9 t a 13 t, tamanhos dentro<br />
do padrão mais procurado pelo atacado distribuidor<br />
um mercado criativo, capaz de imaginar<br />
situações para driblar isso”, afirma<br />
Almeida, da MAN.<br />
Segundo ele, entre os prós e os<br />
contras que fazem a balança pesar<br />
mais para o lado dos leves e médios,<br />
a principal vantagem está nos custos<br />
que envolvem a operação.<br />
“Os veículos menores não desafogam<br />
o trânsito; pelo contrário, eles<br />
aumentam o número de carros em circulação.<br />
Com mais veículos nas ruas, a<br />
mão de obra aumenta. São mais motoristas,<br />
mais manutenção, mais IPVAs”,<br />
explica Almeida.<br />
O atacadista distribuidor conhece<br />
como ninguém a sua demanda. Independentemente<br />
da escolha do tipo de<br />
caminhão que é mais adequado para<br />
a composição da sua frota, o momento<br />
é um dos mais propícios para<br />
a compra de veículos.<br />
Em junho, o governo estendeu a<br />
isenção do IPI para caminhões, que<br />
acabaria em agosto, até o fim do ano.<br />
O benefício foi concedido, juntamente<br />
com o IPI zero para automóveis, em<br />
dezembro de 2008, a fim de estimular<br />
as vendas do setor e a manutenção dos<br />
empregos nas fábricas em meio à crise<br />
econômica mundial. Como o setor<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
demorou para se reaquecer, o incentivo<br />
foi mantido a fim de dar tempo para ele<br />
se recuperar da perda das vendas durante<br />
a crise.<br />
De acordo com um comunicado<br />
emitido pelo ministro da Fazenda, Guido<br />
Mantega, a medida faz com que o<br />
governo abra mão de 280 milhões de<br />
reais de arrecadação até o fim do ano.<br />
Além da isenção do IPI, que reduz o<br />
custo do bem em 5%, outro benefício<br />
que tem acelerado as vendas no setor<br />
é o Finame PSI (Programa de Sustentação<br />
do Investimento), do Bndes. O<br />
financiamento destinado à compra de<br />
ônibus e caminhões está oferecendo<br />
uma taxa fixa de 8% ao ano (ou 0,64%<br />
ao mês), quase metade do juro regular<br />
praticado, de 1,20% ao mês.<br />
Com prazo de até 96 meses para<br />
quitação, o Finame PSI permite financiar<br />
até, no máximo, 75% do valor do<br />
bem. “Há certamente um incentivo à<br />
renovação de frota, e ele tem realmente<br />
trazido clientes que talvez não programassem<br />
a troca de frota neste momento.<br />
As taxas estão muito atrativas<br />
para o mercado”, diz Bueno.<br />
Segundo Sirolli, as facilidades de<br />
crédito e os incentivos não impactaram<br />
apenas nas vendas da Mercedes, mas<br />
também em todo o setor. Para ele, o<br />
que acontece é favorável, mas é um<br />
reflexo de demanda, não há um movimento<br />
de antecipação de compra motivado<br />
pelos benefícios.<br />
“Os incentivos foram facilitadores,<br />
mas não adianta facilitar se não houver<br />
o que transportar”, afirma o executivo.<br />
“Mais de 60% de tudo o que<br />
se vende no Brasil passa pelo transporte<br />
rodoviário. Ninguém compra<br />
caminhão para guardar, mas porque<br />
existe uma demanda. O Brasil vive<br />
sobre rodas”, aponta Sirolli.<br />
Almeida, da MAN, concorda com<br />
esse ponto de vista. “A hora é agora,<br />
mas se o IPI voltasse a ser 5%, as vendas<br />
não cairiam por conta disso.” n<br />
“Frase menor,<br />
frase menor pode<br />
ser uma dica da<br />
jjjhjjhjhjjdasdasd<br />
nome, quem é ulano de tal<br />
Até agosto deste ano,<br />
o Cargo815E, da Ford,<br />
obteve um avanço de<br />
58% no volume de<br />
vendas e cresceu no<br />
portfólio de produtos<br />
da montadora<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
Maguary e Dafruta agora com<br />
nova tampa.<br />
Abre mais fácil, vende mais fácil.<br />
A ebba procura sempre oferecer o que há de melhor para os<br />
seus consumidores. Por isso, a partir de agora, todas as embalagens<br />
de suco Pronto para Beber de 1 litro das marcas MAGUARY e DAFRUTA<br />
estão com uma nova tampa de rosca, muito mais prática.<br />
Experimente essa novidade e, principalmente, o gostinho de vender mais.<br />
www.ebba.com.br
78<br />
sucos<br />
Novos<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
hábitos<br />
Indústrias investem em sabores<br />
naturais da fruta em sucos em<br />
pó e prontos para beber a fim<br />
de conquistar consumidores em<br />
busca de melhor qualidade de vida<br />
e também de bem-estar<br />
Por AnA BeAtriz chAcur<br />
sxc<br />
Aos poucos, o brasileiro começa<br />
a trocar sua sede por refrigerantes<br />
pelo hábito mais saudável<br />
de beber sucos, passando a ser um<br />
consumidor do suco pronto, ou então<br />
do suco em pó, que precisa ser preparado.<br />
Esse aumento da procura tem levado<br />
as indústrias a apostarem em novos<br />
sabores, em gostos que se aproximam<br />
do sabor natural das frutas. Além disso,<br />
as inovações nas embalagens e a proximidade<br />
do verão levam as empresas a<br />
intensificar os lançamentos e a apostar<br />
na mudança de hábitos dos consumidores.<br />
No ano passado, as vendas de refresco<br />
em pó movimentaram 1,4 bilhão<br />
de reais, o equivalente a 3,29 bilhões<br />
de litros da bebida preparada, de acordo<br />
com dados fornecidos pela Nielsen.<br />
Esse volume, por enquanto, só fica<br />
abaixo do volume total de refrigerantes<br />
convencionais, que passa de 14 bilhões<br />
de litros, segundo a ABIR – Associação<br />
Brasileira das Indústrias de Refrigerantes<br />
e de Bebidas Não Alcoólicas. Mesmo<br />
assim, o futuro para o mercado de<br />
sucos é muito promissor. Estimativas<br />
obtidas pela fabricante de embalagens<br />
Tetra Pak indicam que o consumo de<br />
sucos prontos no Brasil será multiplicado<br />
em mais de cinco vezes nos próximos<br />
cinco a seis anos, e o de sucos<br />
em pó também deverá crescer muito.<br />
No ano passado, o consumo de sucos<br />
prontos no País foi de 470 milhões de<br />
litros, e o mercado tem a expectativa de<br />
que esse consumo atingirá 2,5 bilhões<br />
de litros em meados de 2015.<br />
novA versão<br />
Líder do mercado de refrescos em pó<br />
com as marcas Tang, Clight, Ki-Suco,<br />
Q-Refresco e Fresh, as quais, juntas,<br />
detêm 45% das vendas da categoria,<br />
de acordo com a Nielsen, a Kraft<br />
aposta na inovação para continuar<br />
a se manter como referência. Neste<br />
semestre, a empresa trouxe uma<br />
nova versão dos sucos Tang, a qual<br />
procura “aproximar ainda mais o suco<br />
em pó do sabor natural, o que também<br />
acontece com a coloração. Essa<br />
“<br />
Apostamos no visual<br />
com abuso de cores<br />
e de imagens, para<br />
passar a ideia de uma<br />
vida saudável<br />
Sérgio Machado<br />
gerente de Trade Marketing da aSa<br />
proximidade é muito importante para<br />
o nosso cliente”, explica Rafael Komoda,<br />
do Trade Marketing da Kraft.<br />
Carro-chefe dos sucos em pó da<br />
empresa, a marca Tang está no Brasil<br />
desde 1978, e nos últimos anos<br />
tem crescido acima de dois dígitos.<br />
Para atender à demanda crescente, a<br />
Kraft, em agosto deste ano, anunciou<br />
a inauguração de uma nova fábrica<br />
em Pernambuco, onde produzirá<br />
o suco em pó Tang e deverá atingir<br />
mais intensamente o mercado da Região<br />
Nordeste do Brasil.<br />
Para concorrer nesse mercado, a<br />
Nestlé também lançou recentemente<br />
uma linha de sucos em pó, produto<br />
com o qual nunca trabalhou no Brasil.<br />
O novo item leva o mesmo nome da linha<br />
de picolés de fruta da companhia, a<br />
marca La Frutta. Os sucos começaram<br />
a ser fabricados na unidade de Feira de<br />
Santana/BA e contam com uma intensa<br />
distribuição nos Estados de Pernambuco<br />
e Rio Grande do Sul. “A estreia<br />
nesse novo segmento reforça nosso<br />
compromisso de manter investimentos<br />
para continuar crescendo no Brasil, e<br />
oferecendo aos consumidores produtos<br />
de alta qualidade e com diferenciais<br />
nutricionais. O fato de instalarmos as<br />
linhas de produção em Feira de Santana<br />
também demonstra que nosso projeto<br />
de regionalização vem avançando<br />
wladimir de souza<br />
de maneira consistente”, afirmou Ivan<br />
Zurita, presidente da Nestlé Brasil, na<br />
época do lançamento.<br />
Adotando um conceito visual, que<br />
abusa das cores e das imagens, para<br />
passar a ideia de uma vida saudável,<br />
a ASA lançou o suco light pronto<br />
para beber Palmeiron, que chega ao<br />
consumidor em embalagens de 200<br />
ml e 1 litro. A empresa, que atua nas<br />
Regiões Nordeste, Norte, Sudeste<br />
e Centro-Oeste, tem uma perspectiva<br />
de crescimento de 25% na sua<br />
linha de produtos até o final do ano.<br />
O lançamento, apoiando-se no bemsucedido<br />
conceito de praticidade que<br />
caracteriza o segmento da linha de<br />
sucos de caixinha, pode ser encontrado<br />
nos sabores Uva, Pêssego, Goiaba<br />
e Laranja. “A linha já ganha mercado,<br />
oferecendo ao consumidor um produto<br />
saboroso, sem conservantes e, principalmente,<br />
com foco na salubridade”,<br />
comenta Sérgio Machado, gerente de<br />
Trade Marketing da ASA.<br />
produto sAudável<br />
A Hikari é outra empresa que ingressa<br />
no segmento de refrescos em pó e de<br />
sucos pronto, ambos à base de soja,<br />
com o lançamento da linha Frukari.<br />
Segundo Luiz Kurita, diretor-comercial,<br />
o refresco de soja surgiu em função<br />
da demanda não atendida de con-<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
79
80<br />
sucos<br />
Novo desafio<br />
Os sucos prontos da VivaFrut, da marca<br />
Viva Brasil, chegaram a 300 pontos de<br />
venda espalhados pelo País há cerca de<br />
dois meses. Apesar de esse número ser<br />
pouco representativo em um universo de<br />
um milhão de pontos de venda do País, o<br />
empresário Gabriel Salomão, responsável<br />
pela implantação da marca de sucos Del<br />
Valle no Brasil, está otimista. Ele resolveu<br />
entrar novamente nesse mercado, que<br />
está em vigorosa expansão, depois da<br />
venda da sua primeira marca para a<br />
Coca-Cola, usando brechas deixadas pela<br />
gigante norte-americana na distribuição.<br />
“Se os produtos não chegarem aos<br />
consumidores, todo o esforço de vendas<br />
estará perdido”, explica.<br />
A entrada de Salomão no mercado<br />
de sucos aconteceu em 1997, quando<br />
conheceu a marca mexicana e buscava<br />
produtos para distribuir por meio da sua<br />
empresa de vending machines.<br />
O sucesso foi tanto que, dois anos<br />
depois, ele inaugurou uma fábrica<br />
sumidores insistentes por um produto<br />
saudável e de melhor qualidade. “Esses<br />
consumidores também buscavam<br />
produtos que tivessem preço acessível,<br />
inferior aos dos sucos prontos à<br />
base de soja. Por sua vez, o refresco<br />
em pó surgiu para suprir a necessidade<br />
de fortalecer o mix de produtos Hikari<br />
com características que os tornam<br />
apropriados para o verão”, diz.<br />
Outra empresa que apostou no incremento<br />
de sua linha de sucos para<br />
este semestre foi a Gulozitos, que introduziu<br />
novos tamanhos para suas<br />
embalagens de sucos em pó Gula<br />
Fruts, de 350 g e 200 g. Por sua vez,<br />
a Mais Vita, da Yoki Alimentos, chegou<br />
às gôndolas na versão de 200 ml. Todos<br />
os sucos que ele oferece são à base<br />
de soja e nos sabores frutais: Laranja,<br />
Maçã, Uva e Morango, além da opção<br />
original de Baunilha com Cálcio.<br />
A chegada do verão faz o termômetro<br />
subir e, com isso, também impulsio-<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
da marca em Americana/SP.<br />
A unidade fabril permitiu adaptar os<br />
sabores mais ao gosto brasileiro e criar<br />
embalagens próprias para o mercado<br />
local. Com isso, entre 2001 e 2005, as<br />
vendas dos sucos prontos aumentaram<br />
207,43%, segundo dados fornecidos<br />
pela Nielsen. Por isso, anos depois, a<br />
Coca-Cola decidiu comprar a empresa<br />
e Salomão recebeu uma parte do<br />
dinheiro, uma vez que detinha uma<br />
participação na operação brasileira.<br />
Para levar os produtos da nova marca<br />
aos pequenos e médios varejistas<br />
dos principais Estados, o empresário<br />
adotou a mesma tática usada na época<br />
em que desenvolvia a Del Valle no País.<br />
As regiões estão sendo mapeadas em<br />
subdivisões para que representantes<br />
individuais vendam as bebidas<br />
diretamente aos estabelecimentos.<br />
O faturamento projetado com a venda<br />
dos produtos é de 35 milhões de reais<br />
em um ano em que a empresa passou<br />
55%<br />
é o crescimento do<br />
consumo das marcas<br />
de sucos Maguary e<br />
Dafruta no período<br />
de calor, que vai de<br />
outubro a fevereiro<br />
na para cima as vendas de bebidas não<br />
alcoólicas, entre elas os sucos de frutas.<br />
Para a EBBA (Empresa Brasileira de<br />
Bebidas e Alimentos), detentora das<br />
marcas de sucos Maguary e Dafruta,<br />
o consumo de seus produtos apresenta<br />
um crescimento de 55% em relação ao<br />
a oferecer sabores mais originais,<br />
com misturas de frutas tropicais, frutas<br />
do Nordeste e frutas da Amazônia.<br />
“A partir daí, a intenção é levar a<br />
empresa a duplicar seu tamanho de<br />
ano em ano, como fizemos com a<br />
Del Valle”, diz Salomão.<br />
divulgação<br />
volume anual no período de calor, que<br />
vai de outubro a fevereiro. Por isso, para<br />
o fim do ano, a empresa espera produzir<br />
34.200 mil litros de suco das suas marcas.<br />
“O mercado brasileiro consome,<br />
em média, um litro de suco a cada três<br />
meses. No verão, esse número cresce<br />
para quase dois litros. Por esse motivo,<br />
nos meses quentes, a EBBA intensifica<br />
em 70% sua capacidade de produção<br />
para atender o mercado nacional”, afirma<br />
Paulo Greco, gerente-geral de Marketing<br />
& Produtos.<br />
Recentemente, a empresa trouxe<br />
como novidade em sua linha a tampa<br />
de rosca para atender à demanda de<br />
seus consumidores, para os quais essa<br />
tampa melhora a funcionalidade do<br />
produto. “Ao trazer maior segurança<br />
e conveniência, o dispositivo evita o<br />
derramamento causado pelas pull-tab<br />
e permite o seu acondicionamento em<br />
qualquer posição nas geladeiras e armários<br />
das residências”, afirma Greco.n
82<br />
papelaria<br />
Volta às aulas<br />
pede licença<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
sxc<br />
Mercado de material escolar<br />
se mantém aquecido e espera<br />
obter um crescimento entre<br />
7% e 10% em 2011 com<br />
foco nos produtos licenciados<br />
por renata Santiago<br />
Com a proximidade do fim do ano, chega<br />
também a hora de pensar no início<br />
do próximo ano e com isso no período<br />
de Volta às Aulas, que intensificará – como<br />
sempre intensifica – a movimentação no varejo<br />
e nas papelarias a partir de janeiro. Antes<br />
disso, a demanda de pedidos já acontece nas<br />
indústrias, tendo seu pico nos dois últimos<br />
meses do ano, quando o movimento é ainda<br />
maior. E é nesse momento que as indústrias<br />
de material escolar apresentam as novidades<br />
e as tendências, e fazem as suas principais<br />
apostas para 2011.<br />
Tudo para aproveitar o período e movimentar<br />
o mercado de Produtos Escolares, que<br />
deverá crescer em até 10% no próximo ano,<br />
de acordo com estimativa prevista pela Brasil<br />
Escolar, associação de papelarias abrangendo<br />
mais de 200 indústrias que comercializam<br />
produtos voltados para fins escolares. Para<br />
isso, a rede realiza parcerias com alguns fabricantes<br />
em importantes segmentos, já preparando<br />
o setor para o próximo ano.<br />
“Esperamos obter um crescimento da ordem<br />
de 7% a 10%, com a comercialização de<br />
um maior volume de produtos, como caderno,<br />
lápis, caneta e borracha”, diz Antônio Sereno,<br />
presidente da associação.<br />
grande aposta<br />
Mas as expectativas favoráveis de aumento<br />
do volume das vendas dependem da região<br />
em que uma loja está instalada e do público<br />
que ela atende. Mas o fato é que, tratando-se<br />
do Volta às Aulas, os produtos que compõem<br />
a cesta de Material Escolar, como lápis preto,<br />
lápis de cor, borracha, cadernos, produtos<br />
para medição e fichários, são destaques e<br />
contribuem para aumentar o faturamento de<br />
qualquer loja.<br />
No entanto, em meio a esse crescimento das<br />
vendas, os produtos licenciados ainda continuam<br />
sendo a grande aposta nesse mercado, pois<br />
são, de fato, muito procurados no período.<br />
O Grupo Bignardi, detentor das marcas<br />
de cadernos, agendas e blocos Jandaia, bem<br />
como da Bignardi Papéis, encerrou 2009 com<br />
um faturamento de 380 milhões de reais, um<br />
valor 30% maior que em 2008. A empresa<br />
acredita que haverá um superaquecimento<br />
do mercado, e considera que esse será um<br />
dos seus melhores momentos. Ela aposta no<br />
divulgação<br />
lançamento da linha de mochilas aliada aos licenciamentos.<br />
O novo produto contará com<br />
a força das licenças e com a do fator atrativo<br />
estampado em mochilas, lancheiras, bolsas<br />
porta-cadernos e estojos. Seu objetivo é criar<br />
um pacote para atrair o consumidor por todos<br />
os lados. “Esperamos obter um crescimento<br />
entre 40% e 50% neste ano”, diz Rodrigo Rocha,<br />
coordenador de Produtos da empresa.<br />
Além disso, as ações de relacionamento<br />
com clientes e o plano de marketing programados<br />
pela empresa trazem como principal estratégia<br />
o uso de meios capazes de fazer com<br />
que o consumidor permaneça mais tempo<br />
com a marca, não somente para usá-la durante<br />
os estudos, mas também para lançar mão<br />
dela em momentos de descontração. Dessa<br />
maneira, reformulou sua linha de agendas<br />
e agregou ao produto alguns brindes, como<br />
chaveiros, espelhos e miniglos labial, além de<br />
dez novas marcas licenciadas pela empresa.<br />
Ela pretende atingir uma faixa de públicos que<br />
vai do pré-escolar ao jovem adulto.<br />
Por sua vez, a Foroni, empresa que, há 85<br />
anos, está no mercado fabricando cadernos<br />
e agendas, abastece mais de 12 mil pontos<br />
de venda no Brasil, nos Estados Unidos e na<br />
América Latina, aplica 60% do seu faturamen-<br />
“temos a<br />
expectativa<br />
de que nosso<br />
crescimento<br />
será de 27%<br />
relativamente ao<br />
ano anterior<br />
Marici Foroni<br />
diretora de Marketing da Foroni<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
83
84<br />
papelaria<br />
Sem licença<br />
A Maped, que trabalha com apontadores, borrachas, compassos,<br />
tesouras, réguas e outros produtos, apresenta dois lançamentos<br />
na linha de lápis preto, e o relançamento da linha de lápis de cor<br />
importados. Diferentemente das demais empresas, a Maped não<br />
faz uso de licenças para otimizar suas vendas. “Acreditamos na<br />
qualidade e no design diferenciado dos produtos, e eu não preciso<br />
de uma licença para agregar valor ao produto”, diz João Luiz de O.<br />
Souza, gerente-geral da marca.<br />
A empresa tem como estratégia o reposicionamento dos preços<br />
e uma vigorosa divulgação da marca para atingir seu crescimento<br />
previsto, de 60%. “Iniciamos os trabalhos com o pequeno e<br />
o médio varejo. Contamos com o apoio dos atacadistas para<br />
chegar até nosso cliente final. Temos muitos clientes a conquistar,<br />
lançamentos de duas novas linhas e reposicionamento de preço,<br />
que serão o nosso diferencial nessa Volta às Aulas”, afirma.<br />
Presente no Brasil desde 2002, a empresa busca obter um<br />
posicionamento mais expressivo no mercado. “Acredito que em<br />
cinco anos vamos nos tornar quatro vezes maiores do que somos<br />
hoje. Tudo isso graças ao projeto corporativo, o qual permite que<br />
mais pessoas conheçam nossos produtos”, diz.<br />
15%<br />
foi o crescimento<br />
das vendas<br />
em 2009 em<br />
comparação com<br />
2008 da unidade<br />
brasileira da BiC<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
to na comercialização de produtos licenciados.<br />
Atualmente, a marca conta com 39 licenças<br />
em seu mix de cerca de 440 produtos, todos<br />
eles voltados para um público que vai de 8<br />
anos até 15 anos. Para a empresa, os produtos<br />
licenciados constituem um diferencial, pois<br />
permitem que o produto tenha um valor que o<br />
consumidor percebe como “muito maior” que<br />
a versão convencional. "Investimos cerca de<br />
30 milhões de reais em equipamentos, infraestrutura<br />
e tecnologia, e também em um novo<br />
parque industrial, com uma área de 20 mil metros<br />
quadrados. Temos a expectativa de que<br />
nosso crescimento será de 27% relativamente<br />
ao ano anterior", diz Marici Foroni, diretora de<br />
Marketing da empresa.<br />
Acompanhando a tendência do mercado,<br />
a Xeryus, que trabalha com bolsas, mochilas<br />
e acessórios para a vida escolar, aposta em<br />
sxc<br />
personagens como Moranguinho e Batman,<br />
– carros-chefes da empresa –, que ganharão<br />
novas modelagens para o próximo ano.<br />
“Trabalhamos em toda a linha de produtos,<br />
priorizando o mercado em que esse consumo<br />
é maior, e os produtos com personagens geralmente<br />
desempenham esse papel”, diz Renato<br />
Ibanes, gerente-comercial.<br />
ações pontuais<br />
Atualmente, a linha escolar representa 35% do<br />
faturamento da empresa, que também atua no<br />
mercado de bolsas e malas de viagens. Em comparação<br />
com o mesmo período do ano passado,<br />
a empresa espera crescer 75% neste ano e, para<br />
isso, desenvolve um trabalho com a Disney e a<br />
Warner, sondando novos personagens. “Atingimos<br />
o maior número de Estados. Realizamos<br />
ações pontuais, onde reunimos nossos maiores<br />
parceiros de mercado e apresentamos show<br />
rooms e exposições dos nossos produtos para<br />
melhorar as vendas”, afirma Ibanes.<br />
A Sestini, que também trabalha com mochilas<br />
e acessórios, realizou um investimento<br />
de 6,5 milhões de reais em marketing e na área<br />
de engenharia de produtos para renovar as<br />
coleções. Com isso, e com aposta nas licenças<br />
clássicas e consagradas, a empresa espera<br />
crescer cerca de 50%. “Temos uma demanda<br />
escolar muito expressiva e também investimos<br />
em novas licenças. É importante destacar que<br />
o crescimento do portfólio, os investimentos<br />
em novos produtos e os esforços em marketing<br />
nos mantêm atuantes no mercado”, afirma<br />
Marcel F. Dias, gerente nacional de Vendas.<br />
A BIC teve um crescimento anual médio<br />
acima de dois dígitos nos últimos cinco anos,<br />
e o seu objetivo para 2011 é manter o mesmo<br />
nível de crescimento. A unidade brasileira registrou<br />
um crescimento de 15% em vendas em<br />
2009 em comparação com 2008. O faturamento<br />
líquido total da BIC foi de 470 milhões<br />
de reais, com crescimento de 9% na categoria<br />
de papelaria. “Investimos constantemente em<br />
novos produtos e em renovação de portfólio.<br />
Esses resultados são fruto de uma agressiva<br />
estratégia de vendas, investimentos em<br />
marketing e em manufatura e um novo portfólio<br />
de produtos em todas as categorias, bem como<br />
do fato de a empresa não ter sentido os reflexos<br />
da crise econômica mundial”, diz Leandro<br />
Menezes, gerente de Trade Marketing.n<br />
Viu como ficou fÁcil de achaR?<br />
as escovas estão de cara nova.<br />
Achar as escovas REACH® Johnson & Johnson® na sua loja vai ser tão fácil quanto encontrar este anúncio.<br />
Elas estão ganhando embalagens novas, mais atrativas e que vão simplificar a escolha do consumidor,<br />
aumentando assim suas vendas.<br />
A versão preta<br />
é percebida<br />
2 segundos<br />
mais rápido<br />
pelos usuários<br />
da marca...<br />
...E aumenta em<br />
10%<br />
a visibilidade do<br />
produto na<br />
prateleira.*<br />
mais chamativas na gôndola.<br />
mais simples nas informações.<br />
mais fácil para você expor e vender.<br />
mais fácil para o consumidor escolher.<br />
Os códigos das escovas não sofrerão alterações.<br />
*IPSOS 2008 / As embalagens estão sujeitas a pequenas alterações.
86<br />
food service<br />
Prato<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
cheio<br />
Foco, eficiência na<br />
entrega e serviços<br />
especializados são<br />
requisitos básicos para o<br />
atacado distribuidor que<br />
deseja abocanhar uma<br />
fatia das oportunidades<br />
que permeiam a<br />
alimentação fora<br />
do lar<br />
Por daniela Guiraldelli<br />
dreamstime<br />
Mais de um milhão de estabelecimentos<br />
compõem o segmento de alimentação<br />
fora do lar no País. São bares,<br />
restaurantes, lanchonetes, padarias, hotéis e<br />
motéis, entre outros pontos de venda que necessitam<br />
de uma entrega rápida – geralmente<br />
em 24 horas, uma vez que não trabalham com<br />
estoque – e de muita informação para desenvolver<br />
o próprio negócio. Atender às necessidades<br />
dos operadores do canal é a missão do atacado<br />
distribuidor. Dessa maneira, e por se tratar de<br />
um mercado muito pulverizado, que além de<br />
produtos tem necessidade de uma gama específica<br />
de serviços, esse objetivo só será alcançado<br />
pelas empresas que estiverem preparadas, e que<br />
buscarem a especialização necessária para atuar<br />
em um nicho que traz consigo uma dinâmica<br />
e características próprias.<br />
“O mercado de alimentação fora do lar é<br />
pulverizado em milhares de pontos por todo o<br />
Brasil, os quais não têm volume de compra suficiente<br />
para se abastecer diretamente com a<br />
indústria. Em toda a cadeia de abastecimento,<br />
o atacado distribuidor é o meio mais especializado<br />
para abastecer o canal, e isso por uma<br />
série de motivos: sua perícia em fracionamento<br />
de cargas, realização de entregas difíceis, sortimento<br />
rico, velocidade na captação do pedido<br />
e rapidez de entrega”, analisa Jean Pontara,<br />
sócio-diretor da JPontara Gestão em Negócios,<br />
especializada em food service.<br />
Mas qual deve ser o caminho percorrido pelo<br />
distribuidor que busca se especializar no mercado<br />
de alimentação fora do lar? O primeiro passo<br />
é conhecer profundamente o “DNA” do canal,<br />
para saber como pensa ou compra um dono de<br />
padaria, restaurante ou lanchonete. Depois disso,<br />
é importante estruturar uma equipe de vendas<br />
treinada para atender de maneira especializada<br />
cada um dos operadores do canal, uma vez que<br />
é diferente vender para uma lanchonete, uma<br />
churrascaria ou um hotel. Essas diferenças devem<br />
ser conhecidas pelo profissional de vendas<br />
do atacado e pelo distribuidor. “A virada de chave<br />
da empresa para atender o food service leva por<br />
volta de um ano para uma implantação completa,<br />
e dois anos para alcançar a maturidade financeira,<br />
com custos que variam em função dos objetivos.<br />
Nossa experiência mostra que a rentabilidade<br />
das vendas para o mercado de alimentação fora<br />
do lar é, pelo menos, 10% superior às vendas para<br />
o autosserviço”, afirma Pontara.<br />
divulgação<br />
Outro ponto importante para o atacadista<br />
distribuidor consiste em identificar o mix<br />
ideal para atender o cliente profissional, por<br />
exemplo, conhecimento de marcas e tipos de<br />
embalagens adequadas e verificação da estrutura<br />
logística necessária, a fim de que ele possa<br />
definir a frequência de entrega e o custo<br />
tolerável para a operação logística. Também é<br />
importante estruturar uma área de serviço de<br />
apoio ao cliente para que seja possível realizar<br />
cursos e oferecer suporte técnico, entre outras<br />
informações necessárias ao consumidor<br />
profissional.<br />
erros e acertos<br />
Ao iniciar a operação, a empresa precisa estar<br />
atenta a erros e acertos para construir seu<br />
modelo de negócio. “O distribuidor deve procurar<br />
a especialização no canal conhecendo<br />
o cliente, a fim de entender suas necessidades.<br />
Esse é o verdadeiro patrimônio do distribuidor”,<br />
ressalta Enzo Donna, consultor da<br />
ECD Consultoria em Food Service e fundador<br />
do grupo de Distribuidores Especializados<br />
em Food Service (DIEFS).<br />
Para os distribuidores capacitados para<br />
atenderem o mercado de alimentação fora<br />
do lar, há oportunidades a perder de vista<br />
“<br />
em toda a cadeia<br />
de abastecimento,<br />
o atacado<br />
distribuidor é<br />
o meio mais<br />
especializado para<br />
abastecer o canal<br />
jean pontara<br />
sócio-diretor da jpontara<br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
87
88<br />
food service<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
em razão do potencial de desenvolvimento<br />
do segmento. Os brasileiros gastam 31,04%<br />
de sua despesa destinada à alimentação com<br />
as refeições fora de casa, segundo o último<br />
estudo a respeito realizado pelo IBGE – Instituto<br />
Brasileiro de Geografia e Estatística,<br />
publicado em junho. Há quatro anos, 55<br />
milhões de pessoas se alimentavam fora de<br />
casa; hoje, esse número passou para 60 milhões,<br />
razão pela qual o setor está arrecadan-<br />
150%<br />
é a meta de crescimento<br />
da pratus distribuidora, em<br />
2010. para tanto, já ampliou<br />
seu mix de produtos<br />
dreamstime<br />
do, por dia, 420 milhões de reais. “O IBGE<br />
publicou recentemente a POF 2008-2009,<br />
pesquisa de orçamento familiar que revelou<br />
um crescimento de 79% nos gastos das famílias<br />
com alimentação fora do lar em relação<br />
à POF 2002-2003, superando todas as<br />
previsões que foram feitas até hoje a respeito<br />
desse mercado. Em 2003, a POF apontou<br />
para um mercado de 24,04% nos gastos com<br />
alimentação fora do lar, e acreditávamos que<br />
essa modalidade de alimentação representava<br />
entre 26% e 28% do mercado. Mas, ao contrário<br />
do que pensávamos, o IBGE apontou<br />
31,04%, uma excelente notícia para todo o<br />
setor”, ressalta Pontara.<br />
O consultor da ECD é ainda mais otimista<br />
em relação ao desenvolvimento do mercado no<br />
País, ao mesmo tempo em que visualiza problemas<br />
futuros, que surgirão caso as empresas<br />
não acompanhem o crescimento do canal. Para<br />
Donna, daqui a dez anos, o brasileiro gastará<br />
50% das suas despesas com alimentação para<br />
fazer suas refeições fora de casa, e se não houver<br />
um preparo da cadeia de abastecimento para<br />
suprir o crescimento previsto, principalmente no<br />
campo de distribuidores especializados, poderá<br />
haver um “colapso” no mercado. “Até 2020 teremos<br />
80 milhões de refeições por dia sendo feitas<br />
fora de casa. Se o modelo atual não estiver<br />
preparado para essa nova situação, com certeza<br />
teremos um colapso gastronômico. Para evitar<br />
que isso aconteça, a indústria precisa treinar<br />
e apoiar o distribuidor a fim de que ele faça o<br />
seu trabalho de maneira eficiente, cabendo ao<br />
operador confiar na parceria para realizar o seu<br />
abastecimento, e concentrar as suas energias<br />
no que é fundamental para o seu negócio, que é<br />
encantar o seu cliente”, alerta.<br />
marcas próprias<br />
Outra importante oportunidade que ganha<br />
destaque com o desenvolvimento do setor,<br />
e que pode ser amplamente explorada pelo<br />
atacado distribuidor, está na área de marcas<br />
próprias, uma vez que ela cria a possibilidade<br />
de fidelização regional de marca. A fim de desenvolver<br />
uma linha de produtos nesse sentido,<br />
o distribuidor pode procurar indústrias<br />
que tenham o compromisso de atuar no food<br />
service, e que reconheçam a necessidade do<br />
trabalho profissional para atender às necessidades<br />
do cliente transformador. “Contar com
90<br />
food service<br />
Cardápio de soluções<br />
cinco dicas para o atacado distribuidor que deseja<br />
atuar no mercado food service<br />
4 Estude o mercado para identificar necessidades e oportunidades.<br />
4 Identifique o mix correto que atenderá o cliente profissional,<br />
por exemplo, marcas e tipos de embalagens mais adequadas.<br />
4 Invista na estrutura logística, isto é, identifique a frequência<br />
de entrega e o custo da operação.<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
“<br />
o distribuidor<br />
precisa se<br />
profissionalizar<br />
para sobreviver<br />
nesse mercado,<br />
pois não adianta<br />
querer atuar<br />
como se trabalha<br />
no varejo<br />
4 Estruture uma área de serviço de apoio ao cliente para que ele<br />
consiga promover cursos e suporte técnico, e ofereça a<br />
ele informações que o ajudem a desenvolver o seu negócio.<br />
fernando silvy<br />
diretor-geral da itacomp<br />
4 Depois de iniciar a operação no mercado food service, esteja atento<br />
para erros e acertos, ou seja, construa seu modelo de negócio.<br />
divulgação<br />
uma equipe técnica é uma obrigação, assim<br />
como criar uma boa comunicação entre os<br />
clientes, os vendedores, os atendentes e a<br />
área técnica é fundamental para a satisfação<br />
do cliente, assim como também o é a redução<br />
de gastos com tempo desperdiçado e atendimentos<br />
mal concluídos”, alerta Pontara.<br />
Entre os distribuidores que focam a operação<br />
no mercado de alimentação fora do lar está<br />
a Itacomp, empresa sediada em Santa Catarina,<br />
que na carteira conta com 2.500 clientes<br />
cadastrados e que pretende crescer 20% em<br />
2010. Para alcançar esse objetivo, a empresa<br />
investirá em estratégias para agregar valor ao<br />
negócio do cliente e à constante profissionalização<br />
da sua atuação no mercado. “Atuar com<br />
uma postura profissional tem uma importância<br />
decisiva em nosso crescimento, como também<br />
é decisivo investir no cliente transformador, que<br />
é carente de informação, e ao mesmo tempo<br />
dá muita importância ao preço. O distribuidor<br />
precisa se profissionalizar para sobreviver nesse<br />
mercado, pois não adianta querer atuar como se<br />
trabalha no varejo. O mercado de food service é<br />
altamente rentável, mas, para isso, o distribuidor<br />
deve oferecer soluções”, afirma Fernando Silvy,<br />
diretor-geral da empresa.<br />
bom momento<br />
Com foco no cliente profissional do Nordeste,<br />
a Fortali, do Ceará, tem no seu mix mais de<br />
mil produtos, entre alimentos, bebidas, produtos<br />
de higiene e limpeza e descartáveis, e<br />
aumentou em 50% o seu faturamento e o número<br />
de clientes atendidos de 2009 até o primeiro<br />
semestre de 2010. Entre os fatores que<br />
motivaram esse desenvolvimento está o bom<br />
momento vivido pelo consumidor nordestino,<br />
a prática de preços competitivos, uma política<br />
de eficiência na logística para entrega, a diversidade<br />
de mix e investimentos na capacitação<br />
da força de vendas. “A Região Nordeste vem<br />
se desenvolvendo com uma velocidade muito<br />
grande, e a profissionalização, assim como<br />
a qualidade do atendimento e dos produtos<br />
utilizados, vêm sendo aprimoradas. Nosso<br />
papel enquanto distribuidor é perceber essa<br />
evolução e atender os operadores do canal<br />
da maneira adequada, com variedade, preço<br />
e serviço. Esse mercado tem muitas particularidades<br />
e alta complexidade operacional, e a<br />
especialização é, sem dúvida nenhuma, fun-
92<br />
food service<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
damental para se desenvolver nessa área”,<br />
analisa Rodrigo Quevedo, sócio-proprietário.<br />
De olho no potencial do mercado de alimentação<br />
fora do lar, a Pratus Distribuidora<br />
começou a atuar no Estado do Rio Grande<br />
do Sul em 2008 e tem planos audaciosos para<br />
ampliar essa atuação. A empresa pretende<br />
crescer 150% em 2010 e, para isso, duplicou<br />
o número de vendedores em relação a 2009,<br />
os quais passaram de 18 para 44 profissionais,<br />
além de promover aumento do mix. “Entramos<br />
nesse segmento para suprir a necessidade<br />
do mercado no Estado por empresas que<br />
façam um trabalho de distribuição focado no<br />
setor, e também por se tratar de um mercado<br />
25%<br />
é quanto a Brassuco quer<br />
crescer neste ano, impulsionada<br />
pelo desenvolvimento do<br />
canal de refeições coletivas<br />
dreamstime<br />
que vem crescendo acima do varejo. A maior<br />
dificuldade foi a de aprender a trabalhar nesse<br />
mercado, no qual a logística é a alma do<br />
negócio. Também estamos treinando os vendedores<br />
para que possam levar informações<br />
mais completas aos clientes”, afirma Valentim<br />
José Cauza, gerente da empresa.<br />
ajuda valiosa<br />
Do lado da indústria, para as fabricantes que<br />
queiram atuar no canal food service, é importante<br />
pesquisar o mercado, criar ou adaptar<br />
produtos e escolher o melhor canal para a<br />
realização da venda, com a ajuda do distribuidor<br />
e do atacadista. Também é necessário<br />
criar identidade visual adequada, formar uma<br />
equipe especializada, realizar um lançamento<br />
que proporcione visibilidade à linha, segmentar<br />
a atuação dentro do mercado e desenvolver<br />
uma equipe técnica comercial. "A fim de implantar<br />
uma linha para a indústria, dividimos o<br />
setor em 12 a 15 subcanais, e tratamos cada<br />
um deles como um mercado diferente. Encontramos<br />
a partir daí um ponto em comum nos<br />
aspectos de produto, embalagem e gramatura.<br />
Os operadores de bares, restaurantes e pontos<br />
de venda aparentados clamam por bons produtos<br />
e bons serviços que reduzam as etapas<br />
das preparações na cozinha e mantenham o<br />
sabor do 'produto da casa'", afirma Pontara.<br />
Há 25 anos, a Brassuco é uma das indústrias<br />
brasileiras que apostam no mercado de<br />
alimentação fora do lar, e, por causa do bom<br />
momento vivido pelo segmento, está em<br />
busca de distribuidores nas Regiões Norte,<br />
Centro-Oeste e Nordeste a fim de aumentar<br />
a capilaridade de suas marcas junto ao cliente<br />
transformador nesses locais.<br />
A empresa vem obtendo um crescimento<br />
de 18% ao ano, e sua expectativa para 2010<br />
é chegar a um incremento de 25%, impulsionado<br />
pelo desenvolvimento do canal de<br />
refeições coletivas, pela parceria com distribuidores<br />
especializados fora do eixo Sul–<br />
Sudeste, e graças à sua entrada no canal<br />
fast food. “Temos atendimento direto nas<br />
Regiões Sul e Sudeste e estamos cadastrando<br />
distribuidores especializados fora dessas<br />
regiões. Buscamos parceiros que ofereçam<br />
uma logística adequada e que já estejam realizando<br />
essa operação”, afirma Pedro Precoma,<br />
gerente nacional de Vendas. n
94<br />
legislação alessandro dessimoni<br />
divulgação<br />
Sócio da Dessimoni & Blanco Advogados<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
Majoração<br />
fiscal<br />
Lei acarreta prejuízo para<br />
atacadistas e distribuidores e afeta<br />
negativamente quem revende<br />
carnes, aves e suínos na cadeia<br />
de abastecimento<br />
n<br />
o fim de 2009, entrou em vigor a<br />
Lei 12.058, regulamentada pela IN<br />
977 da Receita Federal, transferindo<br />
a responsabilidade de recolhimento do PIS<br />
e COFINS da indústria para os demais elos<br />
da cadeia: atacadistas, distribuidores (em que<br />
pese não terem sido citados explicitamente no<br />
texto da Lei) e varejistas incidentes sobre a comercialização<br />
de carnes em geral. E pior, quem<br />
adquire tais produtos só tem direito a 40% do<br />
crédito de PIS e COFINS quando da aquisição<br />
desses produtos.<br />
Dessa forma, na compra das referidas mercadorias<br />
pelo comerciante, quem usa a sistemática<br />
não cumulativa do PIS e COFINS –<br />
lucro real –, deveria ter direito a tomar 9,25%<br />
(7,6% de COFINS e 1,65% de PIS) de crédito.<br />
Entretanto, ele teve esse direito cerceado,<br />
já que a Lei 12.058/09 lhe permitiu tomar<br />
apenas 3,7% sobre as aquisições de carnes<br />
(40% sobre os 9,25%).<br />
Tal medida trouxe muito prejuízo à cadeia<br />
de abastecimento, pois aumentou o custo de<br />
bens considerados de primeira necessidade,<br />
uma vez que não houve só a transferência<br />
do recolhimento dos tributos para atacadistas,<br />
distribuidores e varejistas, mas sim, uma<br />
efetiva majoração de carga fiscal quando da<br />
limitação do crédito.<br />
A ABAD, por meio de seu comitê Agenda<br />
Política, imediatamente protocolou, perante<br />
a Receita Federal, consulta para determinar<br />
a efetiva abrangência dessa regulamentação,<br />
uma vez que atacadistas e distribuidores não<br />
foram expressamente destacados no corpo da<br />
Lei, além de preservar direitos dos seus associados,<br />
evitando-se assim autuações fiscais decorrentes<br />
dessa matéria.<br />
Também aproveitamos para sugerir alterações<br />
na Lei 12.058, com vistas a incluir atacadistas<br />
e distribuidores na suspensão de pagamento<br />
do PIS e COFINS sobre as carnes, além<br />
de nosso interesse em incluir todos os elos.<br />
Como se não bastasse uma tal situação,<br />
aproveitando-se da tramitação da MP 497<br />
perante o Congresso Nacional, foram realizadas<br />
algumas emendas à Lei 12.058, sendo que<br />
uma delas incluiu outros produtos, como aves<br />
e suínos, na mesma sistemática das carnes,<br />
também transferindo a responsabilidade para<br />
os setores atacadista e varejista e limitando o<br />
crédito das aquisições em 40%.<br />
A ABAD, diante da urgência dos temas em<br />
comento, tem mobilizado todos os entes da<br />
cadeia produtiva promovendo o debate acerca<br />
dessa situação, com vistas a isentar das referidas<br />
contribuições sociais PIS e COFINS a<br />
indústria, os atacadistas e distribuidores, e os<br />
varejistas, uma vez que se trata de produtos de<br />
primeira necessidade.<br />
Esse é um tema importante, e tem sido tratado<br />
como prioridade pela ABAD, que busca<br />
defender os interesses de seus associados, bem<br />
como os de toda a cadeia e também dos consumidores<br />
desses produtos, uma vez que esse<br />
aumento real da carga tributária de 5,55% poderá<br />
impactar na venda final. n
96<br />
livros<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
Conexões<br />
empreendedoras<br />
Autor: RenAto FonsecA de AndRAde<br />
editora: editoRA Gente<br />
A ideia central dessa obra é<br />
levar o leitor a vincular a atitude<br />
empreendedora, em especial a<br />
habilidade para realizar articulações em<br />
redes sociais, e a potencialidade que<br />
as mídias digitais proporcionam para<br />
a concretização dessa atitude. O livro<br />
também apresenta uma perspectiva<br />
diferenciada de possibilidades e discute<br />
caminhos que poderão ser trilhados<br />
pelo empreendedor.<br />
Crenças e diferenças<br />
Autor: cARlos eduARdo piRes e<br />
AlBuqueRque<br />
editora: soGRAFe<br />
Com mais de 25 anos dedicados a<br />
atividades empresariais que exigem<br />
grande atenção e capacidade de<br />
discernimento, o autor atuou como<br />
psicólogo clínico, instrutor e consultor<br />
de empresas. A obra comenta e analisa<br />
muitas dessas experiências que o<br />
autor teve com empresas e pessoas,<br />
e propõe uma reflexão sobre aspectos<br />
fundamentais do ser humano.<br />
seja ouvido! – Como<br />
fazer o públiCo<br />
Comprar suas ideias<br />
Autor: mARK mAGnAccA<br />
editora: editoRA Gente<br />
Tomando como base exemplos e<br />
exercícios testados com profissionais<br />
de venda, esse livro oferece ao leitor<br />
dez passos práticos que o ensinam<br />
a se comunicar de maneira eficaz e<br />
convincente, ressaltando a importância<br />
de escutar o consumidor. O livro<br />
também discute um novo conceito<br />
sobre os aspectos empresariais.<br />
a alma do líder:<br />
reflexões sobre a arte<br />
de influenCiar pessoas<br />
Autor: Ken BlAnchARd<br />
editora: GARimpo editoRiAl<br />
O autor propõe para o líder o exercício<br />
de um olhar que lhe permite examinar<br />
com extrema acuidade a questão de<br />
como influenciar pessoas, o que é de<br />
importância básica para qualquer líder<br />
empresarial. Se quiser ser um líder melhor,<br />
você deve usar a alma e o coração,<br />
e deve se espelhar em experiências<br />
passadas para fazer o melhor e se<br />
manter bem-sucedido no mercado.<br />
fonte de<br />
oportunidades<br />
Renato Fonseca de Andrade tem vivência no mundo<br />
do empreendedorismo desde 1994. É mestre e<br />
doutor pelo Departamento de Engenharia de Produção<br />
da UFSCar – Universidade Federal de São<br />
Carlos. Em Conexões Empreendedoras, ele fala sobre<br />
sua vivência teórica e prática, realçando aspectos<br />
que possam contribuir para o aperfeiçoamento<br />
da atitude empreendedora entre os executivos que<br />
pretendem implementar um projeto no Brasil do<br />
século XXI.<br />
Como obter lucros com<br />
as ferramentas das redes sociais?<br />
Muito embora esse campo seja novo, é possível<br />
elencar alguns aspectos para reflexão e ação<br />
imediata, por exemplo, as maneiras de se utilizar<br />
a web como fonte de oportunidades para remuneração,<br />
o desenvolvimento de colaboração e<br />
aprendizado em negócios, o aumento do prestígio<br />
e da credibilidade profissional, a fidelização<br />
de clientes e a realização de vendas. Esses aspectos<br />
são abordados ao longo do livro.<br />
Como se pode fortalecer<br />
o espírito do empreendedor?<br />
A chamada atitude empreendedora é resultado<br />
da expressão de várias características de comportamento<br />
que sempre podem ser aprimoradas.<br />
No livro são apresentadas essas características<br />
com o objetivo de fornecer ao leitor um referencial<br />
em relação a si próprio, possibilitando-lhe<br />
focalizar os aspectos que devem ser prioritariamente<br />
melhorados.<br />
Quais outras estratégias você<br />
considera primordiais para o sucesso?<br />
Toda conquista tem por trás uma visão empreendedora.<br />
As pessoas dedicam a vida a um<br />
projeto porque são intrinsecamente realizadoras<br />
e acreditam naquilo que estão fazendo. Desenvolver<br />
claramente essa “fotografia do futuro” é<br />
fundamental para a mobilização de energia do<br />
próprio empreendedor e, em decorrência, para o<br />
sucesso do projeto.<br />
fotos divulgação<br />
divulgação<br />
ABADnews<br />
AssociAção BrAsileirA de AtAcAdistAs e distriBuidores<br />
ânimo Encontro<br />
redobrado<br />
de vendedores<br />
do setor atacadista<br />
promovido pela Aspad<br />
reuniu 750 profissionais<br />
em João Pessoa/PB<br />
notícias ><br />
eventos ><br />
out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />
97
ABADnews<br />
98<br />
notícias ><br />
Reflexões soBRe venDAs<br />
Com o objetivo de promover a integração de profissionais de vendas,<br />
levando-os a compartilharem suas experiências, a Adarn – Associação<br />
dos Distribuidores e Atacadistas do Rio Grande do Norte promoveu,<br />
em julho, agosto e setembro, proveitosos momentos de reflexão sobre<br />
vendas para associados das empresas filiadas da entidade. Os encontros<br />
aconteceram em três dias no<br />
auditório da associação e reuniram<br />
cerca de 90 profissionais. De<br />
acordo com Herculano Antônio A.<br />
Azevedo, presidente da entidade,<br />
os encontros são necessariamente<br />
produtivos, pois um papel<br />
fundamental que a associação<br />
desempenha é o de colaborar para<br />
o aperfeiçoamento profissional das<br />
equipes de seus associados. Profissionais aderiram ao encontro em Natal<br />
Ação sociAl<br />
O Sindiatacadista-DF – Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito<br />
Federal promoveu, em 22 de setembro, uma ação de doação de doces<br />
para mais de 500 crianças carentes do Distrito Federal, em comemoração<br />
ao dia de São Cosme e Damião, em 27 de setembro. A ação contou com<br />
a colaboração das empresas<br />
atacadistas Multishop e Mana<br />
Leite e Mel beneficiando crianças<br />
da Sociedade de Amparo ao<br />
Menor-Casa do Caminho e o Lar<br />
da Criança Padre Cícero, em<br />
Taguatinga Norte, a Obra Social<br />
Nossa Senhora de Fátima, em<br />
Taguatinga Sul, e a Casa de<br />
Doação de doces fez a alegria das crianças Abigail, em Ceilândia.<br />
Encontro apostou na interatividade<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
TRADe em foco<br />
Com o objetivo de construir um<br />
conhecimento coletivo sobre o Trade<br />
Marketing, a Ademig – Associação dos<br />
Atacadistas Distribuidores do Estado<br />
de Minas Gerais realizou, em 24 de<br />
setembro, junto aos seus associados<br />
e empresas parceiras, o Trade in Foco<br />
2010. Apostando na interatividade, o<br />
encontro discutiu sobre as funções e<br />
especificações do trade em vista dos<br />
interesses da indústria, do atacado<br />
e do varejo. De acordo com Ronaldo<br />
Magalhães, presidente da Ademig, o<br />
setor precisa otimizar os seus recursos e<br />
processos em um mercado competitivo.<br />
ABAD<br />
Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores<br />
Av. 9 de Julho, 3.147 • 8 o e 9 o andares • CEP 01407-000<br />
São Paulo • SP • % / Fax: (11) 3056-7500<br />
e-mail: abad@abad.com.br • site: www.abad.com.br<br />
Presidente<br />
Carlos Eduardo Severini – Tenda Atacado<br />
1 o Vice-presidente<br />
Odemar Müller – Distribuidora Müller<br />
2 o Vice-presidente<br />
José do Egito Frota Lopes Filho – Jotujé Distribuidora<br />
Vice-presidente<br />
José Rodrigues Costa Neto - JC Distribuidora<br />
Hélio Castor Maciel – Cosme & Damião<br />
Comércio e Distribuição<br />
Emerson Destro – Comercial Destro<br />
Jorge Raimundo Lins Neto – Distribuidora Mirasol<br />
Diógenes Andrade Filho – DA & A Distribuidora<br />
Paula Andrea Aued – Disploki Distribuidora<br />
Alair Martins Júnior – Martins<br />
CONSELHO DELIBERATIVO<br />
Presidente<br />
Geraldo Eduardo da Silva Caixeta – União Atacado<br />
1 o Vice-presidente<br />
Nilton Peixoto de Souza – Peixoto<br />
2 o Vice-presidente<br />
Alencar Cesar Martins Zamboni – Zamboni<br />
CONSELHO FISCAL<br />
Presidente<br />
Paulo Herminio Pennacchi – Pennacchi & Cia.<br />
1 o Vice-presidente<br />
Dorian Bezerra de Souza Morais – Riograndense Distribuidora<br />
Conselheiro<br />
José Gonzaga Sobrinho – Atacadão de Estivas e Cereais Rio do Peixe<br />
João Orivaldo de Oliveira – Nova Amazonas<br />
Raimundo Rebouças Marques – Expansão Comércio e Representações<br />
CONSELHO CONSULTIVO<br />
Presidente<br />
Luiz Antonio Tonin – Luiz Tonin & Cia.<br />
Vice-presidente<br />
Enock Luniere Alves – Codil Distribuidora<br />
Juliano César Faria Souto – Fasouto<br />
ÁREA EXECUTIVA<br />
Superintendente-executivo<br />
Oscar Attisano - oscar@abad.com.br<br />
Diretor-comercial<br />
Daniel Pascalicchio - daniel@abad.com.br<br />
Gerente Adm. Financeira Jurídica<br />
Sandra Rocha Caldeira - sandra@abad.com.br<br />
Gerente de Eventos<br />
Leilah Maria Strufaldi - leilah@abad.com.br<br />
Gerente da Assessoria às Filiadas/Central de Negócios<br />
João Aparecido Pereira – e-mail: João@abad.com.br<br />
Assessoras Comerciais<br />
Beatriz Attisano Rosa - beatrizrosa@abad.com.br, Flávia Leão -<br />
flavia@abad.com.br e Renata Pintaudi - renata@abad.com.br<br />
Assessora Executiva<br />
Maria Angélica Bortotti de Almeida - angelica@abad.com.br<br />
Assessora de Marketing Leandra Marques - leandra@abad.com.br<br />
Assessoria de Comunicação – comunicacao@abad.com.br<br />
Assessoria Jurídica Dra. Andrea Rodrigues dos Santos<br />
assessoriajuridica@abad.com.br<br />
Assessoria Política Roberto Nogueira - carnltda@zaz.com.br<br />
Assessoria Banco de Dados Régis Tércio Ramos - regis@tercius.com.br<br />
Coordenador do Comitê Pequeno e Médio Varejo Walter de Sousa<br />
Instituto ABAD Edmilson Selarin Júnior - Gerente Executivo<br />
institutoabad@abad.com.br - juniorinstituto@abad.com.br
ABADnews<br />
100<br />
evento ><br />
Equipes de vendas aproveitaram<br />
para reciclar conhecimentos<br />
Força<br />
5<br />
totalo<br />
Aspad – Associação Paraibana<br />
A de Atacadistas e Distribuidores<br />
festejou antecipadamente o Dia<br />
do Vendedor, comemorado no dia 1o de outubro, e realizou, em 4 de setembro,<br />
o Encovendas-Encontro de<br />
Vendedores do Setor Atacadista e<br />
Distribuidor da Paraíba.<br />
Em sua quinta edição, o evento, que<br />
ocorreu no espaço Cultural José Lins<br />
do Rego, em João Pessoa/PB, reuniu<br />
750 profissionais com o objetivo de capacitar,<br />
desenvolver e motivar os vendedores<br />
do segmento atacadista distribuidor<br />
paraibano. Além disso, contou<br />
com uma programação repleta de atividades,<br />
como palestras motivacionais<br />
e técnicas, show de humor, sorteios de<br />
diversos brindes, e almoço.<br />
Zezé Veríssimo Diniz, presidente<br />
da entidade, destaca que, a cada<br />
ano, o evento cresce e conta com a<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
o encovendas - encontro de vendedores<br />
do setor atacadista distribuidor, da Aspad,<br />
reúne 750 profissionais na Paraíba<br />
participação de um número cada vez<br />
maior de profissionais do setor atacadista<br />
distribuidor e da cadeia de abastecimento.<br />
“Com o passar dos anos, o<br />
evento vem ganhando força, e hoje já<br />
faz parte do calendário de eventos da<br />
nossa entidade, e também vem sendo<br />
cada vez mais bem aceito não apenas<br />
pelos profissionais, mas também pelo<br />
empresariado local”, diz.<br />
Para o próximo evento, a associação<br />
pretende reunir mais de 800<br />
participantes, além de aumentar o<br />
número de representantes do empresariado<br />
local, que vem participando<br />
cada vez mais efetivamente do Enconvendas.<br />
“Consideramos essa uma<br />
excelente oportunidade para reunir<br />
os profissionais e empresários locais a<br />
fim de comemorarmos o Dia do Vendedor<br />
com palestras motivacionais e<br />
técnicas, e show de humor para levar<br />
informações e interação às equipes<br />
de vendas”, afirma<br />
Durante essa edição, os presentes<br />
participaram de um show com o<br />
humorista alagoano Marlon Rossi, e<br />
também de um sorteio de vários brindes<br />
e de duas motos, uma delas destinada<br />
exclusivamente a homenagear a<br />
força de venda das mulheres. “Isso é<br />
muito bom para dinamizar o evento,<br />
promover uma maior interação em<br />
meio ao setor e homenagear a força<br />
das mulheres, cuja participação no<br />
setor cresce cada vez mais”, diz Severino<br />
dos Ramos, diretor-executivo<br />
da Aspad.<br />
O encontro contou com o apoio<br />
da ABAD – Associação Brasileira<br />
de Atacadistas e Distribuidores e de<br />
empresas parceiras, como o Banco<br />
do Brasil, a Serasa Experian, o<br />
Sebrae-PB e a Coca Cola.n<br />
divulgação
ABADnews<br />
102<br />
notícias ><br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010
ABADnews<br />
104<br />
filiadas ><br />
Norte<br />
adaCre – AssociAção de distribuidores e<br />
AtAcAdistAs do Acre<br />
Presidente: roy robert escurra<br />
executivo: Luiz deliberato Filho<br />
Av. ceará, nº 2351 - ceP 69905-460 - centro - rio<br />
branco - Ac - % (68) 3224.6349 - Fax: (68) 3228-0499 -<br />
email: adacre@uol.com.br<br />
adaaP – AssociAção dos distribuidores e<br />
AtAcAdistA do estAdo do AmAPá<br />
Presidente: benedito Góes<br />
executivo: carla A. K. stauf Ferreira<br />
Av. Feliciano coelho nº 886 - trem - ceP 68900-260 -<br />
macapá AP - %/Fax: (96) 3222-6692/3222-6583<br />
e-mail: adaap.ap@hotmail.com<br />
adarr – AssociAção dos distribuidores<br />
AtAcAdistAs de rorAimA<br />
Presidente: Antônio selenieudo Vieira<br />
executivo: Gisana maia da silva<br />
r. dos bacabas, nº 111 - tricumã - ceP 69309-390 -<br />
boa Vista - rr - %/fax: (95) 3224-6354<br />
e-mail: adarr_bv@hotmail.com<br />
adaPa – AssociAção de distribuidores e<br />
AtAcAdistAs do estAdo do PArá -<br />
Presidente: Paulo Auro da rocha<br />
executivo: Gisela Lima de Queiroz<br />
Av. Gov. magalhães barata, nº 651/loja 08 - são braz -<br />
ceP 66063-240 - belém - PA- % (91) 3259-0597 - Fax:<br />
(91) 3259.0597, e-mail: adapa@veloxmail.com.br<br />
adat – AssociAção de distribuidores e<br />
AtAcAdistAs do estAdo de tocAntins<br />
Presidente: Gilberto deveza da silva<br />
executivo: shirley regina da costa silva<br />
Quadra 912 sul AL-05 APm - 3A setor eco-industrial -<br />
Palmas - to - ceP 77.023-462 -%/fax: (63) 3214-5398 -<br />
e-mail: adat.adat@brturbo.com.br - site: www.adat.com.br<br />
siNCadaM – sindicAto do com. AtAcAdistA<br />
e distribuidor do est. do AmAzonAs<br />
Presidente: enock Luniere Alves<br />
executivo: Hemrson da costa souza<br />
rua 24 de maio, nº 324 - centro - ceP 69010-080 -<br />
manaus - Am - % (92) 3622-6417 - %/Fax: (92)3234-<br />
2734 - e-mail: sincadam@sincadam.org.br - site: www.<br />
sincadam.org.br<br />
siNGaro – sind. do comércio AtAcAdistA<br />
de Gên. ALiment. do est. de rondôniA<br />
Presidente: élcio rigolon<br />
executivo: Antonio marcos de souza<br />
Av. Amazonas, nº 3916 - 2º andar - sala 07 - Agenor de<br />
carvalho - ceP 76.820-260 - Porto Velho - ro - %/fax:<br />
(69) 3225-0171 - e-mail: singaro@singaro.com.br<br />
site: www.singaro.com.br<br />
Nordeste<br />
aCad – Assoc. ceArense dos AtAcAdistAs<br />
e distr. de Produtos industriALizAdos<br />
Presidente: Adaílton Pinto melo<br />
executivo: Lanna oliveira - e-mail: executiva@acad.org.br<br />
rua ldelfonso Albano, nº 1.281 - Aldeota - ceP 60115-<br />
000 - Fortaleza - ce - % (85) 3452-5380 - Fax: (85)<br />
3452-5383, e-mail: acad@acad.org.br -<br />
site: www.acad.org.br<br />
aCadeal – AssociAção do comércio<br />
AtAcAdistA e distribuidor do est. de ALAGoAs<br />
Presidente: José de souza Vieira<br />
rua José bernardo de Lima, nº 160 - bairro Levada -<br />
ceP 57015-620 - maceió - AL - % (82) 3336 6042 -<br />
Fax: (82) 3336-6042 e-mail: acadeal@uol.com.br<br />
adarN – AssociAção dos distribuidores<br />
e AtAcAdistAs do rio GrAnde do norte<br />
Presidente: Herculano Antonio Adriana A. Azevedo Cury Severini: auxílio<br />
executivo: márcia ávila<br />
r. monte sinai, nº 1920 - sl 05 2º às andar crianças - ceP carentes 59078-<br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
360 - natal - rn - %/fax: (84) 3207-1801<br />
e-mail: adarn.natal@gmail.com<br />
adas – Assoc. dos distribuidores e<br />
AtAcAdistAs de Prods. inds. do est. de serGiPe<br />
Presidente: Juliano césar Faria souto<br />
executivo: rosemarcia o. costa<br />
rua Pacatuba, nº 254, ed. Paulo Figueiredo, sala 1107 -<br />
Aracaju - se - ceP 49010-150 - %/fax: (79) 3222-6093<br />
- email: adas@adasse.com.br - site: www.adasse.com.br<br />
aMda – AssociAção mArAnHense de<br />
distribuidores e AtAcAdistAs<br />
Presidente: rodrigo Furtado Vieira<br />
executivo: Antonia Araújo<br />
Av. são Luiz rei da França, nº 04 – Quadra 5 – sala 5 –<br />
ed. mix center - turu - ceP 65065-470 - são Luís - mA<br />
- %/fax: (98) 3248-4200 - e-mail: amda@amda-ma.com.<br />
br - site: www.amda-ma.com.br<br />
aPad – AssociAção PiAuiense de AtAcAdistAs e<br />
distribuidores<br />
Presidente: sebastião Paulino<br />
executivo: rômulo mourão cavalcante<br />
Av. João XXiii, nº 2937 - bairro são cristovão - ceP<br />
64049-010 - teresina - Pi - % (86) 3223-0932 Fax: (86)<br />
3221-0355 - e-mail: executivo@apadpi.com.br,<br />
site: www.apadpi.com.br<br />
asdaB – AssociAção dos distribuidores e<br />
AtAcAdistA dA bAHiA<br />
Presidente: israel Joaquim de Andrade Jr.<br />
executivo: maria cristina batista da silva<br />
e-mail: cristina@asdab.com.br -<br />
rua Frederico simões, nº 98 - salas 713/714 - caminho<br />
das árvores - ceP 41820-774 - salvador - bA - %/fax:<br />
(71) 3342-4977 - e-mail: asdab@asdab.com.br<br />
site: site: www.asdab.com.br<br />
asPa – AssociAção PernAmbucAnA de<br />
AtAcAdistAs e distribuidores<br />
Presidente: douglas maurício ramos cintra<br />
executivo: sueudes rodrigues<br />
Av. engenheiro domingos Ferreira, nº 801 - sala 401,<br />
boa Viagem - ceP 51011-050 - recife - Pe - % (81)<br />
3465-3400/3327-1902 - Fax: (81) 3465-2096<br />
e-mail: aspa@aspa.com.br - site: www.aspa.com.br<br />
asPad – AssociAção PArAibAnA de AtAcAdistAs e<br />
distribuidores<br />
Presidente: zezé Verissímo diniz<br />
executivo: severino dos ramos de carvalho<br />
Av. epitácio Pessoa, nº 1251 - sala 906 - bairro dos<br />
estados - ceP 58030-001- João Pessoa - Pb<br />
%/Fax: (83) 3244-9007 - e-mail: aspad@aspad.com.br<br />
site: www.aspad.com.br<br />
CeNtro-oeste<br />
adaG – AssociAção dos distribuidores e<br />
AtAcAdistAs do estAdo de Goiás<br />
Presidente: dalton de souza barros thomaz<br />
executivo: maria maurília monteiro rezende<br />
rua 26, nº 471 - Qd. J-13 Lt. 12 - setor marista -<br />
ceP 74150-080 - Goiânia - Go - % (62) 3251-5660 -<br />
Fax: (62) 3251-8890 - e-mail: vendas.adag@terra.com.<br />
br - www.adag.org.br<br />
aMad – AssociAção mAtoGrossense de<br />
AtAcAdistAs e distribuidores<br />
Presidente: sérgio José Gomes<br />
executivo: Jônatas Antônio m. nogueira<br />
Av. Hist. rubens de mendonça, nº 1856, sala 405 -<br />
bosque da saúde - ceP 78050-000 - cuiabá - mt -<br />
%/Fax: (65) 3642-7445 - e-mail: amad@amad.org.br<br />
site: www.amad.org.br<br />
asMad – AssociAção suL-mAto-Grossense<br />
de AtAcAdistAs e distribuidores<br />
Presidente: enio roberto bornholdt<br />
executivo: Valquíria marques<br />
rua del. José Alfredo Hardman, nº 308 - ceP 79037-<br />
106 - Pq. dos Poderes - campo Grande - ms - %/Fax (67)<br />
3382-4990 - e-mail: asmad.asmad@gmail.com -<br />
site: www.asmad.com.br<br />
siNdiataCadista-df – sindicAto do comércio<br />
AtAcAdistA do distrito FederAL<br />
Presidente: Fábio de carvalho<br />
executivo: Anderson Pereira nunes<br />
e-mail: anderson@sindiatacadista.com.br -<br />
c-1 Lt. 1/12 salas 314 à 317 - taguatinga trade<br />
center - centro - ceP 72010-010 - brasília - dF -<br />
% (61) 3561-6065/3561-6083 - Fax: (61) 3561-6064,<br />
e-mail: sindiatacadista@sindiatacadista.com.br -<br />
site: www.sindiatacadista.com.br<br />
sudeste<br />
adasP – Assoc. de distribuidores e AtAcAdistAs<br />
de Prods. industs. do est. de sP<br />
Presidente: sandoval de Araújo<br />
diretor executivo: João Fagundes Jr. e-mail: joao@adasp.<br />
com - Al. tocantins, nº 75 salas 705/706 - Alphaville -<br />
ceP 06455-020 - barueri - sP % (11) 4193-4800 - Fax:<br />
(11) 4689-0531 - e-mail: info@adasp.com.br -<br />
site: www.adasp.com<br />
adeMiG – AssociAção dos AtAcAdistAs e<br />
distribuidores do estAdo de minAs GerAis<br />
Presidente: ronaldo saraiva magalhães<br />
executivo: Juliana maranhão<br />
e-mail: juliana@ademig.com.br<br />
Av. barão Homem de melo, nº 4500 - conj.1403 -<br />
ceP 30450-250 - belo Horizonte - mG -<br />
% (31) 3247-6332 - Fax: (31) 3247-6333 - e-mail:<br />
ademig@ademig.com.br - site: www.ademig.com.br<br />
aderJ – AssociAção de AtAcAdistAs e<br />
distribuidores do est. do rio de JAneiro<br />
Presidente: José bastos couto<br />
executivo: Ana cristina cerqueira<br />
e-mail: cristina.diretoria@aderj.com.br<br />
rua do Arroz, nº 90 - salas 512 a 515 - ceP 21011-070<br />
- rio de Janeiro - rJ - % (21) 2584-2446 - Fax:(21) 2584-<br />
3590 - e-mail: aderj@aderj.com.br - site: www.aderj.com.br<br />
siNCades – sindicAto do com. AtAc. e distr.<br />
do estAdo do esPírito sAnto<br />
Presidente: idalberto Luiz moro<br />
executivo: cezar Wagner Pinto<br />
e-mail: cezar@sincades.com.br<br />
Av. nossa sra. dos navegantes, nº 675 - salas 1201<br />
a 1209 - enseada do suá - ceP 29050-912 - Vitória -<br />
es - % (27) 3325-3515 - Fax: (27) 3325.3515 - e-mail:<br />
sincades@sincades.com.br - site: www.sincades.com.br<br />
sul<br />
adaC – AssociAção de distribuidores<br />
e AtAcAdistAs cAtArinenses<br />
Presidente: Alceu Alcides Pereira<br />
executivo: Laércio Knihs<br />
rua brusque, nº 219 - sala 09 - ceP 88302-001 - itajaí<br />
- sc - %/fax: (47) 3348-5525 - e-mail: adac@adac.com.<br />
br - site: www.adac.com.br<br />
aGad – AssociAção GAúcHA de AtAcAdistAs<br />
e distribuidores<br />
Presidente: José Luiz boech<br />
executivo: Ana Paula Vargas -<br />
rua moura de Azevedo, nº 606 - conj. 501 - são<br />
Geraldo - ceP 90230-150 - Porto Alegre - rs - %/fax:<br />
(51) 3222-4338 - e-mail: agad@agad.com.br -<br />
site: www.agad.com.br<br />
siNCa-Pr – sind. do comércio AtAcAdistA<br />
de Gên. ALiment. do est. do PArAná<br />
Presidente: Paulo Hermínio Pennachi<br />
executivo: mauro césar carsten<br />
e-mail: mauro@sincapr.com.br<br />
Alameda Prudente de moraes, nº 291 - mercês -<br />
ceP 80430-220 - curitiba - Pr - % (41) 3225-2526 -<br />
Fax: (41) 3232-1348 - e-mail: sincapr@sincapr.com.br,<br />
site: wwww.sincapr.com.br
106<br />
on-line www.revistadistribuicao.com.br<br />
man cOmeça a<br />
Fabricar caminhões<br />
da marca nO brasil<br />
O primeiro caminhão com a marca<br />
MAN no País será um cavalo<br />
mecânico. A MAN Latin America<br />
(VW Caminhões e Ônibus)<br />
anunciou, no Salão Internacional<br />
do Transporte de Hannover,<br />
na Alemanha, que começará a<br />
produzir as primeiras unidades<br />
da linha TGX na fábrica de<br />
Resende/RJ a partir do primeiro<br />
semestre de 2011. O lançamento<br />
se juntará ao portfólio dos mais<br />
de 40 modelos de caminhões e<br />
ônibus que hoje levam a marca<br />
Volkswagen no País.<br />
Leia mais no canal Logística no<br />
Portal <strong>Newtrade</strong><br />
Farmácias liVres<br />
para Vender<br />
alimentOs e serViçOs<br />
Ao contrário do que pretendia a Anvisa<br />
– Agência Nacional de Vigilância<br />
Sanitária, o STJ – Supremo Tribunal de<br />
Justiça decidiu em favor das farmácias<br />
e drogarias, que agora estão liberadas<br />
para vender produtos de conveniência<br />
nas lojas. Com a decisão, as farmácias<br />
não precisam mais seguir a lista de<br />
produtos publicada pela Anvisa, que<br />
pretendia restringir as atividades dos<br />
estabelecimentos em todo o País,<br />
proibindo a venda de produtos como<br />
barra de cereais, refrigerantes e matinais,<br />
bem como a prestação de serviços de<br />
pagamento de contas ou de recarga de<br />
telefone celular.<br />
Leia mais no canal Legislação no Portal<br />
<strong>Newtrade</strong><br />
www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />
Garcia atacadista<br />
adOta erp da sankhya<br />
O Garcia Atacadista, terceiro maior do<br />
Estado do Rio de Janeiro segundo o<br />
Ranking ABAD/Nielsen 2010, faz o seu<br />
primeiro investimento em software e adota<br />
o sistema de gestão (ERP) da Sankhya.<br />
O processo de migração começará<br />
em 15 de outubro com os objetivos de<br />
melhorar os controles internos e de gerar<br />
informações mais precisas para a tomada<br />
de decisões.<br />
Com um faturamento de 290,5 milhões<br />
de reais em 2009, e um crescimento<br />
de 18,4% em relação ao ano anterior,<br />
a empresa atacadista quer com isso<br />
preparar as bases para crescer ainda mais<br />
nos próximos anos. Para 2010, a meta é<br />
fechar o ano com um crescimento de 10%.<br />
Leia mais no canal Tecnologia no Portal<br />
<strong>Newtrade</strong><br />
divulgação<br />
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VOcê<br />
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nO site<br />
Queremos saber que tipo<br />
de conteúdo você deseja<br />
encontrar na web.<br />
Você pode participar<br />
da construção do portal<br />
enviando para o e-mail<br />
web@ebceditora.com.br<br />
sugestões de<br />
ferramentas e de<br />
reportagens, vídeos,<br />
áudios, fotos,<br />
informações, etc.<br />
4 Capa<br />
Cash & carry ganha<br />
espaço na preferência<br />
de consumidores finais<br />
e força atacadistas<br />
regionais e grandes<br />
players varejistas a<br />
apostarem alto nessas<br />
lojas a fim<br />
de aumentarem<br />
a rentabilidade dos<br />
seus negócios<br />
Veja também O que<br />
4 entrevista<br />
Suzan Rivetti, da<br />
Johnson & Johnson,<br />
fala da busca pelos<br />
consumidores das<br />
classes C e D para<br />
crescer e ganhar<br />
espaço no mercado<br />
4 oportunidades<br />
Os produtos em que<br />
as indústrias apostam<br />
para atender à<br />
demanda de consumo<br />
no fim do ano