01.03.2013 Views

C - Newtrade

C - Newtrade

C - Newtrade

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A revista de negócios dos atacadistas distribuidores<br />

distribuicao<br />

Edição 213 | outubro 2010 | ano 18 | www.revistadistribuicao.com.br<br />

c ash<br />

carry<br />

& Bola da vez do mercado de consumo, formato ganha<br />

espaço na preferência de consumidores finais e<br />

obriga atacadistas regionais e grandes players<br />

varejistas a apostarem alto nessas lojas a fim de<br />

aumentarem a rentabilidade dos seus negócios<br />

seções<br />

. inDústria<br />

. lançamentos<br />

. painel<br />

. livros<br />

. legislação<br />

. on-line<br />

entrevistA<br />

suzan rivetti, da<br />

Johnson & Johnson,<br />

e a busca pelas<br />

classes C e d<br />

oPortunidAdes<br />

os produtos que<br />

vão movimentar<br />

as vendas no<br />

fim do ano<br />

food serviCe<br />

especialização,<br />

foco e eficiência<br />

na entrega são as<br />

chaves para crescerr<br />

estrAtégiA<br />

empresas do setor<br />

diversificam operação<br />

para se manterem<br />

atuantes<br />

trAnsPorte<br />

Caminhões médios<br />

e leves aquecem<br />

o mercado


6<br />

momento carlos eduardo severini<br />

“iniciativas de<br />

cunho social<br />

ou ambiental<br />

refletem<br />

o grau de<br />

amadurecimento<br />

das companhias<br />

Presidente da ABAD<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

Criar, somar<br />

e compartilhar<br />

Empresas devem se voltar<br />

para ações de responsabilidade<br />

corporativa<br />

o<br />

otimismo com que o setor espera por<br />

bons resultados nas vendas para o Natal<br />

e o Ano Novo é crescente. Estudos<br />

projetam que este será o melhor fim de ano da<br />

década. A maior parte das expectativas indica<br />

que, nos primeiros dias de 2011, os atacadistas<br />

distribuidores contabilizarão um ótimo retorno<br />

para suas empresas, e o lucro de seus negócios<br />

poderá ser revertido na implementação das melhorias<br />

necessárias ao crescimento. Em outras<br />

palavras, geraremos riqueza e prosperidade.<br />

Porém, gostaria de aproveitar a proximidade<br />

do Natal e a fraternidade que ele inspira para<br />

lembrar que, ao lado do quinhão que se deve<br />

destinar ao investimento no próprio negócio, há<br />

uma iniciativa igualmente importante, inadiável<br />

e fundamental para garantir uma distribuição<br />

mais justa dos recursos gerados pelos segmentos<br />

economicamente produtivos: o investimento<br />

em ações de responsabilidade corporativa.<br />

Essas ações, de cunho social ou ambiental,<br />

refletem o grau de amadurecimento das empresas<br />

de um dos principais segmentos econômicos,<br />

e são importantes para que se atinja a sustentabilidade<br />

que tantas organizações perseguem.<br />

No aspecto ambiental, essas ações refletem o<br />

compromisso das empresas com a preservação<br />

dos recursos naturais e com a qualidade de vida,<br />

enquanto no aspecto social significam resgatar<br />

a dignidade e a capacidade produtiva de comunidades<br />

que, de outra maneira, permaneceriam<br />

à margem da prosperidade econômica do País.<br />

O Instituto ABAD foi criado para canalizar os<br />

esforços que o setor dedica à realização de ações<br />

socioambientalmente responsáveis. Por meio dos<br />

projetos dele, nossas empresas podem fazer sua<br />

parte na proteção do meio ambiente, potenciali-<br />

zar o desenvolvimento de um grande número de<br />

localidades e ajudar a promover uma distribuição<br />

mais justa e igualitária das oportunidades.<br />

Recomendo que as empresas do segmento<br />

procurem conhecer melhor as ações do Instituto<br />

ABAD e os resultados que ele está obtendo<br />

por meio das suas Representantes Estaduais.<br />

Que invistam em ações de responsabilidade<br />

socioambiental, sendo parceiras dos projetos do<br />

Instituto ou simplesmente colaborando com as<br />

campanhas que ele promove. Qualquer que seja<br />

a forma de atuação escolhida, certamente será<br />

um investimento de imenso retorno!<br />

A diretoria da ABAD foi reeleita em 20 de<br />

setembro. Nessa nova gestão de dois anos, que<br />

começará em 2011, várias iniciativas serão aprofundadas<br />

e melhoradas. Além dos projetos do<br />

Instituto, continuaremos a dar total apoio às atividades<br />

dos comitês Varejo Competitivo, Profissionais<br />

de Vendas e Agenda Política para que eles<br />

sejam cada vez mais atuantes e continuem a oferecer<br />

propostas e ideias capazes de ajudar o atacado<br />

distribuidor a evoluir e crescer. O mesmo se<br />

aplica ao grupo ABAD Jovem, que renovou sua<br />

diretoria e continua a contar com nosso amplo<br />

suporte para desenvolver seu programa.<br />

Nosso foco de trabalho continua a ser a<br />

união de nossos empresários em torno de objetivos<br />

comuns, o incentivo ao espírito associativista<br />

e a geração de informações estratégicas,<br />

em particular, por meio do tradicional Ranking<br />

ABAD/Nielsen anual e das pesquisas Marcas<br />

em Destaque e Fornecedor Nota 10, que passaremos<br />

a divulgar a partir dos próximos dois<br />

meses. Todas essas iniciativas têm o objetivo<br />

fundamental de impulsionar o crescimento do<br />

atacado distribuidor. Afinal, compartilhar experiências<br />

e conhecimentos também é uma maneira<br />

de somar, gerando mais prosperidade.<br />

Agradeço a Deus por nos dar luz e força para<br />

conduzir nosso trabalho.n<br />

Paulo Paulo PePe<br />

editora Brasileira do comércio<br />

Rua Apeninos, 1.126 | 04104-021 | São Paulo - SP<br />

Fone: (11) 5572-1221 | Fax: (11) 5572-5335<br />

ebc@ebceditora.com.br | www.ebceditora.com.br<br />

Diretor-executivo<br />

Rogério Oliva: oliva@ebceditora.com.br<br />

Diretora-editorial<br />

Claudia Rivoiro: claudiarivoiro@ebceditora.com.br<br />

A revista de negócios dos atacadistas distribuidores<br />

www.revistadistribuicao.com.br<br />

editor<br />

Cristiano Eloi: cristiano@ebceditora.com.br<br />

redação<br />

redacao.db@ebceditora.com.br<br />

repórteres<br />

Daniela Guiraldelli: daniela@ebceditora.com.br<br />

Jamille Menezes: jamille@ebceditora.com.br<br />

Renata Santiago: renata@ebceditora.com.br<br />

revisão<br />

Newton Roberval Eichemberg<br />

criação e ProDução<br />

Diretora de arte<br />

Maria José Ferreira: mariajose@ebceditora.com.br<br />

criação<br />

Fábio Geríbola<br />

Produção Gráfica<br />

Ronaldo Secundo<br />

Portal newtraDe<br />

coordenação<br />

Paula Pereira: paula@ebceditora.com.br<br />

webdesign<br />

Anderson Gabriel: anderson@ebceditora.com.br<br />

PuBlitraDe<br />

Vendas<br />

comercial.db@ebceditora.com.br<br />

Marketing<br />

Alexandre Cerqueira: alexandre@ebceditora.com.br<br />

Direção comercial<br />

Rogério Oliva: oliva@ebceditora.com.br<br />

Gerente regional de Vendas<br />

Tunico Dias: tunicodias@ebceditora.com.br<br />

representantes<br />

São Paulo: Carlos Avila: carlosavila@ebceditora.com.br; José Paulo Basílio:<br />

jose.paulo@ebceditora.com.br; Luiz Nery: nery@ebceditora.com.br;<br />

Marcos Monaco: monaco@ebceditora.com.br;<br />

Int. SP: Gerson Moura: gersonmoura@ebceditora.com.br;<br />

Paraná/Santa Catarina: Jorge Rodrigues: jorge@ebceditora.com.br;<br />

Rio Grande do Sul: Marinez Pretto: marinez@ebceditora.com.br;<br />

Norte e Nordeste: Priscila Marinho: priscila.marinho@ebceditora.com.br;<br />

MG/RJ/ES/Região CO: Alex Morais: alexmorais@ebceditora.com.br<br />

relacionaMento<br />

institucional<br />

Alceu de Genaro: genaro@ebceditora.com.br<br />

leitores/assinaturas/circulação<br />

Fernando Mendes: relacionamento@ebceditora.com.br<br />

Fale conosco: (11) 5572-1221<br />

redacao.db@ebceditora.com.br<br />

Jornalista Responsável<br />

Cristiano Eloi – MTb 38.052<br />

Periodicidade: mensal - Circulação: nacional<br />

Tiragem: 30.000 exemplares<br />

Distribuição dirigida e assinaturas - Impressão: Parma<br />

A revista é destinada a empresários, sócios, diretores, gestores,<br />

gerentes, compradores profissionais de vendas e marketing<br />

de empresas atacadistas distribuidoras, operadores logísticos e brokers<br />

Filiada ao<br />

Rápido crescimento<br />

carta ao leitor<br />

Desde 1972, o número de lojas atacadistas de autosserviço,<br />

ou cash & carry, só tem crescido no País. Segundo números<br />

obtidos no último Ranking ABAD 2010 (ano-base 2009), o<br />

modelo representou 23% das vendas do atacado distribuidor nesse<br />

período, durante o qual o setor cresceu 4,1% e faturou 131,8 bilhões<br />

de reais. O número de lojas existentes até 1999, que era de 72, passou<br />

para cerca de 291 unidades em 2009 – número que, sem dúvida,<br />

foi ultrapassado em 2010 –, suposição que se justifica diante do fato<br />

de ele ter apresentando crescimento de mais de 400% em dez anos,<br />

de acordo com a última pesquisa realizada pela Nielsen. A explicação<br />

é simples: atualmente, o consumidor busca economia e consegue<br />

isso no cash & carry, formato que está presente em todos os<br />

níveis socioeconômicos. É esse o tema que detalhamos na capa desta<br />

edição, matéria muito bem conduzida pela nossa dupla de repórteres<br />

Daniela Guiraldelli e Jamille Menezes. Mas não paramos por aí. Nosso<br />

editor, Cristiano Eloi, nos traz neste mês uma entrevista exclusiva com<br />

Suzan Rivetti, presidente da Johnson & Johnson Consumo Brasil,<br />

que afirmou a disposição e o empenho da empresa em aumentar sua<br />

participação nas classes C e D, investindo principalmente no desenvolvimento<br />

de produtos específicos para essas classes, os quais estarão<br />

presentes com força total já nos próximos meses nos canais atacadista<br />

e distribuidor. E já de olho no Natal e no Ano Novo, época em que<br />

o faturamento sempre aumenta, falamos sobre as expectativas das<br />

empresas e sobre quais são as apostas das indústrias que investem<br />

em lançamentos e em novas categorias. Confira, aproveite bem e boa<br />

sorte para todos nós.<br />

Claudia Rivoiro<br />

Diretora-editorial<br />

Consumidor busca economia e praticidade nas lojas atacadistas de autosserviço<br />

OuT 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

paulo pepe<br />

7


icardo bakker<br />

8<br />

sumário edição 213<br />

10<br />

12<br />

14<br />

16<br />

18<br />

96<br />

97<br />

106<br />

94<br />

seções<br />

sua opinião<br />

Espaço para o leitor<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

Distribuição 213<br />

CAPA: CAsh & CArry | entrevistA: suzAn rivetti | food serviCe | CAminhões outubro 2010<br />

A revista de negócios dos atacadistas distribuidores<br />

distribuicao<br />

c ash<br />

& carry<br />

Edição 213 | outubro 2010 | ano 18 | www.revistadistribuicao.com.br<br />

Bola da vez do mercado de consumo, formato ganha<br />

espaço na preferência de consumidores finais e<br />

obriga atacadistas regionais e grandes players<br />

varejistas a apostarem alto nessas lojas a fim de<br />

aumentarem a rentabilidade dos seus negócios<br />

seções<br />

. inDústria<br />

. lançamentos<br />

. painel<br />

. livros<br />

. legislação<br />

. on-line<br />

entrevistA<br />

suzan rivetti, da<br />

Johnson & Johnson,<br />

e a busca pelas<br />

classes C e d<br />

oPortunidAdes<br />

os produtos que<br />

vão movimentar<br />

as vendas no<br />

fim do ano<br />

food serviCe<br />

especialização,<br />

foco e eficiência<br />

na entrega são as<br />

chaves para crescerr<br />

estrAtégiA<br />

empresas do setor<br />

diversificam operação<br />

para se manterem<br />

atuantes<br />

trAnsPorte<br />

Caminhões médios<br />

e leves aquecem<br />

o mercado<br />

DB capa.indd 1 04.10.10 15:52:55<br />

indústria<br />

Informações estratégicas sobre os fornecedores<br />

lançamentos<br />

Novos produtos da indústria<br />

painel<br />

Notícias de macroeconomia do País e do mundo<br />

negócios<br />

Notícias econômicas do atacado distribuidor<br />

livros<br />

Teoria que ajuda a melhorar a prática<br />

abad news<br />

A rotina da associação traduzida em informação<br />

on-line<br />

Confira os destaques do portal <strong>Newtrade</strong><br />

coluna<br />

Legislação Alessandro dessimoni<br />

Lei 12.058 afeta negativamente quem revende<br />

carnes, aves e suínos na cadeia de abastecimento<br />

sxc<br />

foto paulo pepe<br />

nesta edição<br />

22 entrevistA<br />

Suzan Rivetti, da Johnson & Johnson, foca nas classes C e D<br />

28 vti<br />

Blog trará notícias diárias da VTI ABAD 2010 Itália<br />

29 PesquisA<br />

“Marcas em Destaque” apontará as mais vendidas no<br />

pequeno varejo independente<br />

32 eBA<br />

Os principais momentos do evento<br />

44 oPortunidAdes<br />

Os produtos que movimentarão o mercado no fim do ano<br />

52 CAPA<br />

O cenário do atacado de autosserviço, bem como as<br />

tendências e as oportunidades<br />

64 estrAtégiA<br />

Atacadistas distribuidores diversificam operação para<br />

manter a rentabilidade do negócio<br />

68 teCnoLogiA<br />

Tendências da automação da força de vendas<br />

72 trAnsPorte<br />

Setor investe na compra de caminhões leves e médios<br />

78 suCos<br />

Aumenta a procura de produtos prontos ou em pó<br />

82 PAPeLAriA<br />

Licenciados continuam na frente para o Volta às Aulas<br />

86 Food serviCe<br />

Dicas para os atacadistas distribuidores que pretendem<br />

atuar ou ampliar a gama de serviços nesse mercado<br />

22 78 86<br />

dreamstime


10<br />

distribuição 212<br />

CAPA: ABAD 2010 CuritiBA | EntrEvistA: MAílson DA nóBrEgA | BAlAs E ChoColAtEs | vonPAr AliMEntos setembro 2010<br />

sua opinião | Edição 212<br />

A revista de negócios dos atacadistas distribuidores<br />

distribuicao<br />

Edição 212 | setembro 2010 | ano 18 | www.revistadistribuicao.com.br<br />

EntrEvistA<br />

Maílson da nóbrega,<br />

ex-ministro da Fazenda:<br />

"Brasil vencerá os<br />

desafios econômicos"<br />

Fale com a gente<br />

EstrAtégiA<br />

vonpar Alimentos<br />

planeja salto em<br />

atuação e receita<br />

nos próximos anos<br />

swEEt BrAzil<br />

indústrias de balas e<br />

chocolates investem<br />

para aproveitar o<br />

mercado aquecido<br />

inDústriA<br />

Danone planeja<br />

duplicar faturamento<br />

até 2012 com a ajuda<br />

dos distribuidores<br />

seções<br />

. indústria<br />

. lançamentos<br />

. painel<br />

. livros<br />

. legislação<br />

. on-line<br />

30<br />

convenções anuais do<br />

atacadista distribuidor<br />

abad 2010 Curitiba celebra edições anteriores, recebe 33 mil visitações<br />

e reafirma a força do setor dentro da cadeia de abastecimento<br />

Capa 212 Vale.indd 1 10.09.10 17:39:13<br />

Quero dar parabéns a toda a<br />

equipe da revista DISTRIBUI-<br />

ÇÃO pelo excelente trabalho<br />

de cobertura da 30 a Convenção<br />

Anual da ABAD. A riqueza das<br />

informações trouxe com detalhes<br />

os melhores momentos da Convenção<br />

sem deixar de lado nenhum<br />

fato importante, como os<br />

assuntos tratados nas palestras e<br />

as atividades do Instituto ABAD<br />

e do grupo ABAD Jovem, além<br />

da premiação dos melhores do<br />

evento e dos melhores atacadistas<br />

do País. Parabéns!<br />

suellen Darroz – são paulo/sp<br />

para assinaturas<br />

individuais<br />

e corporativas<br />

Use a revista DistribUição para<br />

apoiar o trabalho de capacitação de<br />

sua equipe de profissionais, fazendo<br />

assinaturas individuais ou para<br />

grupos, com condições especiais<br />

de preço. Consulte a nossa área<br />

de relacionamento para conhecer<br />

a tabela de preços da EbC. Faça<br />

a sua assinatura agora mesmo e<br />

receba a Db já no próximo mês.<br />

Discuta as reportagens publicadas<br />

com a sua equipe e envie os<br />

comentários para a nossa redação.<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

Gostei muito da reportagem da seção Estratégia<br />

“Avanço Sustentável”, que traz o case da<br />

Vonpar Alimentos. Além disso, a matéria mostra<br />

a importância das parcerias, que a empresa<br />

pretende estabelecer para crescer em participação<br />

no mercado de consumo.<br />

cassiano carvalho – tatuí/sp<br />

Além de boas perspectivas em relação ao futuro<br />

econômico do País, a entrevista com o exministro<br />

da Fazenda, Maílson da Nóbrega, publicada<br />

na última edição da revista nos oferece o<br />

esclarecimento de que o Brasil está no caminho<br />

certo ao solucionar alguns problemas estruturais<br />

em seu rumo ao desenvolvimento.<br />

regina oliveira – Jandaia do sul/pr<br />

Erramos:<br />

Na seção lançamentos, na página 20,<br />

a aspa referente ao biscoito da Dunga<br />

Alimentos foi publicada de maneira errônea.<br />

segue a correta<br />

Praticidade<br />

A nova linha saborosos salgados conta<br />

com os sabores tradicional, Peito de Peru,<br />

Pimenta Mexicana, Churrasco, Parmesão e<br />

tomate seco com Manjericão, disponíveis<br />

em embalagens de 100 g. “Nossa<br />

expectativa de crescimento gira em torno<br />

de 12% a 14% este ano. Esperamos com<br />

para mandar<br />

cartas e sugestões<br />

A revista DistribUição quer<br />

conhecer a sua opinião. Escreva<br />

dizendo quais temas chamaram mais<br />

a sua atenção, o que achou das<br />

reportagens que leu e, principalmente,<br />

se elas foram úteis para o seu trabalho.<br />

Envie suas críticas e sugestões para a<br />

revista DistribUição, rua Apeninos,<br />

1.126, 9 o e 10 o andares, CEP 04104-<br />

021, são Paulo, sP, ou para o e-mail<br />

ebc@ebceditora.com.br. Com a sua<br />

participação, faremos da Db uma<br />

revista cada vez mais útil para os<br />

atacadistas distribuidores.<br />

estratégia<br />

avanço<br />

sustentável<br />

98 www.revistadistribuicao.com.br<br />

30 www.revistadistribuicao.com.br<br />

e<br />

Vonpar Alimentos, de Ricardo Vontobel,<br />

planeja sair de 300 milhões de reais<br />

para alcançar uma receita de 800<br />

milhões de reais nos próximos cinco<br />

anos e consolidar sua presença no<br />

mercado de balas e chocolates com as<br />

empresas Neugebauer e Wallerius<br />

nquanto seus amigos jogavam perspectiva de dar continuidade aos<br />

bola e brincavam nas ruas, o negócios da Vonpar Bebidas, fundada<br />

gremista Ricardo Vontobel, pelo seu pai João Vontobel em 1948.<br />

filho mais velho de três irmãos, e que "Ele foi inteligente, pois sabia que eu<br />

na época tinha 12 anos, precisava es- iria trocar a raiva de me privar, por quatudar<br />

e depois trabalhar na empresa tro ou cinco anos da minha vida, dos jo-<br />

da família, a Vonpar Bebidas. Os dias gos de futebol com meus amigos, pelo<br />

se passavam, e o garoto, que queria agradecimento que eu iria sentir por ele<br />

jogar futebol com os amigos, mas não durante o resto da vida”, diz Ricardo<br />

dispunha de tempo para isso, fazia de Vontobel, presidente do Conselho Ad-<br />

tudo na franqueada da Coca-Cola: ministrativo da holding Vonpar.<br />

carregava caixas até o caminhão, lava- Aos 20 anos, ele já era indepenva<br />

as garrafas e as rotulava. O tempo dente, pois então já não dependia<br />

passou e o adolescente foi crescendo mais financeiramente do pai. Mesmo<br />

e, mesmo contrariado, não apenas não assim, o administrador de empresas<br />

parava de trabalhar como também não decidiu continuar o seu trabalho na<br />

parava de mudar de área. Passava da empresa familiar porque queria dar<br />

oficina mecânica para a contabilidade, continuidade aos negócios. Além dis-<br />

e daí para a estatística, a supervisão de so, gostava do que fazia. "A maior<br />

vendas, a venda da pré-venda, e assim independência que um homem pode<br />

por diante. Enfim, foi fazendo de tudo. ter é com relação a valores, princípios,<br />

A experiência serviu para Ricardo conhecimento. É também a indepen-<br />

conhecer o processo de funcionamendência que resulta de se ter seguranto<br />

da empresa, que prosperava e cresça naquilo que se faz. E essa indecia<br />

no sul do Brasil, e para inseri-lo na pendência eu consegui obter porque<br />

entrevista/Maílson da nóbrega, econoMista<br />

QUEM é<br />

4 Sócio da Tendências Consultoria e<br />

membro do Conselho de Administração<br />

de Empresas no Brasil e no exterior<br />

4 Tem 68 anos, é economista<br />

e autor de três livros<br />

4 Entre 1985 e 1987, exerceu em<br />

Londres o cargo de diretor-executivo<br />

do Eurobraz – European Brazilian Bank,<br />

representando o Banco do Brasil<br />

4 Foi ministro da Fazenda em 1988<br />

e 1989, no governo do presidente<br />

José Sarney<br />

ex-ministro da Fazenda,<br />

Maílson da nóbrega<br />

acredita que os problemas<br />

são muitos, mas o brasil<br />

vencerá os desafios<br />

razões para<br />

OtimismO<br />

comecei a trabalhar cedo e vivi todas<br />

essas experiências. Nesse sentido, eu<br />

só sinto gratidão pelo meu pai.”<br />

Agora, com 50 anos de idade, Vontobel<br />

se prepara para mais um salto da<br />

empresa, que ampliou a área de atividades<br />

para a alimentação, onde passou a<br />

atuar com mais força no início de 2010.<br />

Nos próximos cinco anos, a Vonpar<br />

Alimentos, que detém as empresas<br />

Neugebauer, Mu-Mu e Wallerius, deverá<br />

atingir um faturamento de 800 milhões<br />

de reais, mais do que duplicando a<br />

receita atual, de 300 milhões de reais.<br />

A operação é independente da o nosso<br />

Vonpar Bebidas, franqueada da Cocaprocesso<br />

é<br />

Cola e distribuidora da Heineken no<br />

Rio Grande do Sul e em Santa Catari“<br />

evolutivo,<br />

na, que atende 60 mil clientes, abaste-<br />

vamos crescer<br />

cendo-os duas ou três por semana. Em<br />

2009, a empresa de bebidas teve uma de maneira<br />

receita de 1,6 bilhão de reais. No Rio<br />

ordenada<br />

Grande do Sul e em Santa Catarina,<br />

a companhia detém 60% do mercado RicaRdo Vontobel<br />

de refrigerantes, com uma produção presidente<br />

www.revistadistribuicao.com.br 99<br />

www.revistadistribuicao.com.br 31<br />

para anunciar<br />

na revista e no site<br />

Mostre a sua empresa e o seu<br />

mix de produtos aos atacadistas<br />

distribuidores de todo o<br />

Brasil anunciando na revista<br />

disTRiBuição e no site www.<br />

revistadistribuicao.com.br. Ganhe<br />

visibilidade para os cerca de 120<br />

mil leitores que atuam na cadeia<br />

de abastecimento por meio do<br />

setor atacadista distribuidor. Entre<br />

em contato com o departamento<br />

Comercial da EBC por carta, pelo fax<br />

(11) 5572-5335, % (11) 5572-1221 ou<br />

e-mail comercial@ebcweb.com.br.<br />

U<br />

ma democracia consolidada, um judiciário independente, uma imprensa livre forte, instituições econômicas<br />

vigorosas e uma sociedade intolerante à inflação. São essas as opiniões que Maílson da Nóbrega,<br />

ex-ministro da Fazenda no governo de José Sarney, tem sobre o Brasil. Para o economista, a partir das<br />

transformações ocorridas nos últimos vinte e cinco anos, o País se distanciou do populismo da América Latina e<br />

iniciou uma transição para o desenvolvimento. Porém, para aproveitar as oportunidades dessa transição, é preciso<br />

dotar o País de um sistema tributário justo e melhorar a competitividade das empresas. Reforma previdenciária,<br />

investimento em infraestrutura, educação e segurança, e aumento da participação da iniciativa privada nas empresas<br />

públicas completam a agenda para o desenvolvimento, segundo Nóbrega.“O Brasil vai vencer os desafios.<br />

Ainda há muitos problemas para ele resolver, mas há razões para ser otimista.”<br />

De que maneira o senhor analisa o atual<br />

momento do País?<br />

Nos últimos 25 anos, o Brasil construiu um conjunto<br />

de condições que lhe permitem cruzar uma linha<br />

a partir da qual não se tem retorno. A democracia<br />

se consolidou, o judiciário é independente. O Brasil<br />

tem instituições econômicas fortes, uma lei de responsabilidade<br />

fiscal e a autonomia operacional do<br />

Banco Central. A imprensa é livre, independente,<br />

competitiva, eficiente, agressiva, e com uma capacidade<br />

muito maior do que em qualquer outra<br />

época para acompanhar, fiscalizar o governo.<br />

a mudança nas maneiras como a sociedade<br />

pensa contribuiu para isso?<br />

Sim. A sociedade é intolerante à inflação. No pas-<br />

sado, achávamos que a inflação tinha um papel no<br />

desenvolvimento. Foi um equívoco terrível pelo qual<br />

pagamos um preço elevado. Pobres detestam inflação<br />

e agora os pobres votam. Eles não votavam.<br />

isso é uma situação nova?<br />

Inteiramente. Com isso, foram criados incentivos<br />

para a gestão macroeconômica responsável, no sentido<br />

de que medidas equivocadas de política econômica<br />

que produzem a volta da inflação geram perda<br />

de popularidade, perda da capacidade política dos<br />

governos, saída da cena política, e incapacidade de<br />

reeleger o sucessor. Isso é uma nova realidade.<br />

Quais são os desafios que o Brasil precisa<br />

enfrentar e vencer?<br />

Além de consolidar, cada vez mais, esse quadro<br />

favorável, o desafio é o de criar as condições para<br />

o crescimento. Infelizmente, o Brasil cresce pouco<br />

diante do seu potencial. E esse baixo crescimento,<br />

embora maior do que no período hiperinflacionário,<br />

é limitado por um conjunto de condições que precisam<br />

ser atacadas. Isso é um diagnóstico mais ou<br />

menos consensual, pois todo mundo sabe disso.<br />

Quais são os principais entre<br />

esses desafios?<br />

Precisamos fazer uma reforma tributária para eliminar<br />

o caos, a verdadeira bagunça que caracteriza<br />

o sistema, particularmente no ICMS. Como<br />

atrair investimentos para a infraestrutura a fim<br />

de dotar o Brasil de estradas de melhor qualidade,<br />

que reduzam o custo da logística; como evitar<br />

que os aeroportos entrem em colapso; como<br />

fazer com que os portos funcionem, e consigam<br />

evitar congestionamentos como os que ocorrem,<br />

por exemplo, no Porto de Santos, no qual, em<br />

certas ocasiões, há de 120 a 150 navios esperando<br />

para atracar.<br />

tudo isso é custo para as empresas?<br />

Sim, e mais, reduz a competitividade dessas empresas.<br />

E há também os desafios de se saber o<br />

que fazer para melhorar a qualidade da educação<br />

no País, para melhorar o acesso dos segmentos<br />

menos favorecidos a uma educação de qualidade,<br />

e de como viabilizar a previdência social no<br />

longo prazo, enfrentando a coalizão dos aposentados,<br />

que é muito poderosa. Eles querem, cada<br />

vez mais, aposentadorias generosas – se nós estivéssemos<br />

no lugar deles teríamos feito a mesma<br />

coisa –, mas é preciso ter capacidade para reagir<br />

a essas pressões, e, enfim, é preciso reduzir a violência<br />

nas cidades.<br />

O senhor não acha que é uma<br />

agenda gigantesca?<br />

Se olharmos para o Brasil apenas com base na complexidade<br />

da agenda, associada à falta de liderança<br />

para mobilizar o País, a falta de iniciativa da classe<br />

política para fazer as reformas, então há motivos<br />

para ser pessimista. Mas se nós olharmos o País pelo<br />

que realizamos, se compararmos o Brasil de hoje<br />

com o que era nos anos 50, 60, 70 e 80, veremos<br />

que os avanços obtidos são consideráveis.<br />

estes novos itens ampliar o mix presente<br />

no varejo e fazer com que o consumidor<br />

reconheça a nossa marca como uma marca<br />

moderna e jovem, que mantém a qualidade<br />

dos itens que ele conhece e consome”,<br />

diz renata Florenzano, gerente<br />

de Marketing da empresa.


12<br />

indústria Informações estratégicas sobre as empresas produtoras<br />

Valdemir Zago: 13% a mais<br />

de vendas no Natal<br />

novos meRcados<br />

A Bombril registrou um crescimento<br />

de 20% no volume exportado de<br />

seus principais produtos no primeiro<br />

semestre de 2010. A empresa exporta<br />

para 20 países da América Latina,<br />

América Central, África e Japão por<br />

meio de distribuidores locais, sendo<br />

líder de vendas em Angola, Bolívia e<br />

Paraguai. A meta para 2011 é ampliar<br />

a participação em novos mercados,<br />

por exemplo, no Oriente Médio e em<br />

países africanos, fechando o ano com<br />

um crescimento de 20% no volume<br />

exportado. “Estamos muito otimistas<br />

com os resultados. Nos países onde<br />

atuamos, a marca já é referência<br />

brasileira em lã de aço”, diz Regina<br />

Cohen, gerente de Exportação. “Os<br />

compradores internacionais veem na<br />

empresa uma companhia tradicional e<br />

comprometida com a alta qualidade e<br />

com a expansão internacional de seus<br />

produtos”, complementa.<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

TReinamenTo<br />

De olho nas festividades de fim<br />

de ano, a Zaeli Alimentos reúne<br />

seus 400 representantes de<br />

vendas para a apresentação<br />

dos produtos. Além disso,<br />

a empresa investe no<br />

treinamento de sua equipe.<br />

Para o Natal, a Zaeli Alimentos<br />

espera obter um aumento de<br />

13% nas vendas em relação<br />

ao ano passado. Nessa época,<br />

os produtos mais vendidos<br />

são a farofa tropical, as<br />

azeitonas, as cerejas e<br />

ameixas, as misturas para<br />

bolo e o panetone, que é<br />

fabricado apenas no segundo<br />

semestre. "Faremos uma<br />

palestra motivacional para<br />

a equipe da frente de vendas,<br />

que faz toda a diferença<br />

na hora de apresentar nossos<br />

produtos aos clientes",<br />

diz Valdemir Zago,<br />

presidente da empresa.<br />

Regina Cohen:<br />

ampliação da exportação<br />

fotos divulgação<br />

expansão<br />

Há 20 anos no ramo de alimentação saudável, a<br />

Substância acaba de construir um centro de distribuição<br />

em Barueri/SP, para atender as classes A e B. A chegada<br />

a São Paulo faz parte do plano de expansão da indústria<br />

gaúcha, que visa obter um crescimento de 28% na<br />

operação depois de implementar o CD, que contará com<br />

um escritório comercial. “Investimos cerca de 500 mil<br />

reais com o propósito de abrir novos mercados e<br />

conquistar novos<br />

clientes, e também de<br />

fortalecer a marca em<br />

âmbito nacional. Além<br />

do CD, a empresa<br />

estará ingressando<br />

em outras regiões<br />

do Brasil, no Norte,<br />

Nordeste e Centro-<br />

Oeste, com um custo<br />

de logística mais<br />

competitivo”, afirma<br />

Helena Tonetto,<br />

diretora da marca.<br />

Helena Tonetto:<br />

fortalecimento da marca<br />

Renovação<br />

Com 35 anos de história e tradição, a marca Doce<br />

Menor, que inclui em seu portfólio adoçantes líquidos e<br />

em pó, e cinco sabores de gelatinas e pudins, decidiu<br />

renovar suas embalagens e sua logomarca. Para isso, a<br />

Doce Menor estará nas prateleiras com um novo design<br />

na logomarca e, em alguns casos, com nova formulação.<br />

“O objetivo da mudança<br />

é valorizar a essência e a<br />

tradição da marca, trazendo<br />

uma apresentação mais<br />

moderna. Acreditamos<br />

que, depois de 35 anos<br />

no mercado, merecíamos<br />

passar por essa evolução.<br />

Afinal, este é um dos pilares<br />

da empresa: estar sempre<br />

investindo em inovação<br />

e em modernização dos<br />

produtos para surpreender<br />

os consumidores”,<br />

diz Lígia Hernândez,<br />

gerente de Marketing da<br />

WOW!Nutrition.<br />

Lígia Hernândez:<br />

apresentação moderna<br />

Moacir Sanini:<br />

modificações nos players<br />

Em franca<br />

Evolução<br />

Detentora das marcas Neutrox, Francis, Hydratta, Ox, Kolene,<br />

Karina, Phytoderm e Bourbon, entre outras, a Bertin Higiene e<br />

Beleza alcançou uma receita de 500 milhões de reais no ano passado,<br />

e neste ano deverá atingir um crescimento de até 25%. Os<br />

números positivos e as boas perspectivas de crescimento fazem<br />

com que a empresa seja vista com bons olhos, e também que<br />

seja cobiçada por grandes companhias que atuam no mercado<br />

de cuidados pessoais. Ainda assim, em entrevista, Moacir Sanini,<br />

diretor-presidente da Bertin Higiene e Beleza, diz que a empresa<br />

“não será vendida e está pronta para crescer”.<br />

poR danIela guIRaldellI<br />

Rumores dão conta de que a empresa<br />

está à venda. Isso é verdade?<br />

Começou um movimento no mercado dizendo que estávamos<br />

à venda. O que afirmo é que não estamos comprando,<br />

a não ser que apareça alguém que deseja ser comprado. Não<br />

estamos à venda, a não ser que venha alguém e ofereça três<br />

ou quatro vezes o que a empresa vale. É como um carro.<br />

Você tem um automóvel de 50 mil reais e alguém pergunta<br />

se quer vendê-lo. Depois de você dizer que não, o interessado<br />

faz uma proposta de 100 mil reais, oferecendo o dobro<br />

do que o veículo vale. Nesse cenário, você venderá. Isso é<br />

negócio. Queremos crescer no mercado! Se crescer significa<br />

passar por etapas de compra e venda, nós faremos.<br />

Quais são os desafios no mercado<br />

de higiene e beleza?<br />

Temos de competir com marcas muito grandes mundialmente,<br />

que conseguem algumas sinergias maiores do que as nossas.<br />

Para encontrarmos espaço, teremos de ser muito mais<br />

wladimir de souza<br />

competentes se quisermos sobreviver e crescer nesse mercado.<br />

O principal caminho para uma empresa se diferenciar<br />

nesse cenário é entender bem o que o consumidor quer. E isso<br />

depois de ela colocar o produto ao alcance desse consumidor.<br />

Eu diria que, nos próximos cinco anos, teremos grandes modificações<br />

no mercado, e só permanecerão os competentes.<br />

Como você analisa o mercado<br />

de higiene e beleza no Brasil?<br />

Ele tem crescido nos últimos anos entre 12% e 13% ao ano.<br />

Em 2010, estamos consolidando todas as compras que fizemos<br />

desde 2004 em uma empresa só. Nos últimos três anos,<br />

crescemos 50% a mais do que cresce o mercado, e estamos<br />

num momento de adequação nesse mercado. O mercado<br />

brasileiro de cosméticos está em franca evolução. E ainda<br />

está por vir uma leva imensa de consumidores nos próximos<br />

anos. Estima-se que 35 milhões de pessoas deverão<br />

ingressar na classe C, e essas pessoas certamente passarão<br />

a consumir esse tipo de produto. O Brasil está em uma fase<br />

espetacular de crescimento, e as estruturas das indústrias<br />

brasileiras estão melhores do que jamais estiveram.<br />

Qual é a importância do atacado<br />

distribuidor na operação da empresa?<br />

Há um profissionalismo muito grande do atacado distribuidor,<br />

de seus canais, que estão cada vez mais bem aparelhados para<br />

a prestação de serviço, a fim de poderem fornecer para a indústria<br />

a informação sobre onde o produto dela vem sendo<br />

colocado. Estamos saindo da discussão de preço para uma<br />

efetiva prestação de serviço, o que certamente irá gerar mais<br />

resultados, e margens mais amplas para ambas as empresas.<br />

Quais os aspectos disso?<br />

O atacado vem se constituindo realmente na eficiência logística<br />

da indústria para colocar o produto mais rapidamente<br />

e com menor custo no varejo e ao alcance do consumidor.<br />

Para eleger parceiros no campo da distribuição, não utilizamos<br />

o critério de exclusividade, mas sim o da competência.<br />

Para a Bertin, a exclusividade obscurece a qualidade. Os<br />

nossos distribuidores devem estar de acordo com o alinhamento<br />

e o planejamento estratégico de nossas marcas.<br />

Como a empresa dimensiona<br />

o alcance das marcas?<br />

Procuramos visualizar quais marcas são fortes em determinadas<br />

regiões, uma vez que compramos muitas empresas<br />

cujos planejamentos e estruturas eram fortes nos locais em<br />

que atuavam. Temos marcas que vendem melhor no Nordeste,<br />

e outras que apresentam desempenho melhor em São<br />

Paulo ou no Sul, e também marcas que vendem bem no<br />

Brasil inteiro. Nosso trabalho e nosso planejamento têm sido<br />

no sentido de harmonizar essa distribuição em todo o País.<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

13


14<br />

lançamentos Novos produtos da indústria<br />

Porção individual<br />

O Grupo Selmi amplia portfólio do Renata Descolados<br />

com versões individuais e traz dois novos produtos:<br />

o Renata Descolados Lanchinho e o Renata Wafer<br />

Lanchinho. As novidades contam com os sabores<br />

Chocolate e Morango, agora em pacotes individuais de<br />

60 g e 27 g. O lançamento conta com os personagens<br />

Ben 10, para os biscoitos de chocolate, e Meninas Super-<br />

Poderosas, na versão Morango-se. “Os produtos foram<br />

desenvolvidos pensando-se na praticidade para a hora do<br />

lanche das crianças, sem deixar de lado a necessidade<br />

de um alimento atraente e nutritivo”, afirma Ricardo Selmi,<br />

presidente da empresa.<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

Praticidade<br />

e nutrição<br />

Baixo custo<br />

com qualidade<br />

Fixação de<br />

marca<br />

A Veridica IT traz ao<br />

mercado um novo<br />

demaquilante. A empresa<br />

espera levar até o<br />

consumidor final um<br />

produto de qualidade<br />

e que, além de atender<br />

às necessidades do<br />

consumidor, tenha baixo<br />

custo. “Investimos sempre<br />

o necessário para atender<br />

o público que utiliza uma<br />

boa maquiagem, com<br />

alta fixação, pois um bom<br />

produto não é sinônimo<br />

de preço alto. Para 2010,<br />

nosso objetivo é fixar<br />

nossa marca e alavancar<br />

as vendas”, diz Camila<br />

Menaldo, gerente de<br />

Marketing da Veridica IT.<br />

fotos divulgação<br />

charme e<br />

soFisticação<br />

A Comexim Bebidas apresenta ao<br />

mercado a Acquíssima, água mineral<br />

em embalagem Pet Premium. Colorida<br />

e com um design diferenciado, a<br />

embalagem é inspirada nas renomadas<br />

águas do mercado europeu. A linha<br />

pode ser encontrada em duas<br />

versões: Passion, água mineral<br />

gaseificada e com embalagem corde-rosa,<br />

e Personalité, água mineral<br />

natural e com embalagem azul nas<br />

versões 310 ml, 510 ml e 1,5 litro. “O<br />

mercado tem carência de produtos<br />

diferenciados, que ajudem a compor<br />

uma mesa com charme e sofisticação”,<br />

afirma Rosana Hazan, diretora de<br />

Marketing.<br />

Inspiração<br />

europeia<br />

novo design<br />

A Santher traz ao mercado o Snob Design. O novo<br />

produto é mais absorvente, resistente e bonito, além de<br />

apresentar decoração exclusiva. Para Carlos Zuccolo,<br />

diretor de Marketing, a toalha veio para facilitar ainda mais<br />

a vida do consumidor. “O lançamento tem o objetivo de<br />

expandir o uso da categoria do papel toalha no Brasil<br />

ao introduzir um produto em que os atributos básicos<br />

do papel toalha, a resistência e a absorção, têm um<br />

desempenho superior. Até o fim do ano, as vendas desse<br />

produto deverão representar de 5% a 10% das vendas<br />

totais de toalhas Snob”, explica.<br />

Expansão<br />

da categoria<br />

Mais saudável<br />

A Yoki apresenta a linha Mais Vita em<br />

versão 200 ml. As novas embalagens,<br />

que trazem figurinhas colecionáveis,<br />

prometem conquistar o público infantil.<br />

São 20 modelos com frases bemhumoradas<br />

do Shrek, Fiona, Gato de<br />

Botas, Burro e Homem-Biscoito, entre<br />

outros personagens do filme Shrek<br />

para Sempre, que acompanham os<br />

produtos disponíveis nos sabores<br />

Laranja, Maçã, Uva, Morango e<br />

Original, de baunilha com cálcio.<br />

“Com a parceria com a Dreamworks,<br />

queremos ampliar nosso público-alvo<br />

e conquistar os consumidores mirins,<br />

pois eles também são muito exigentes<br />

e, além de procurarem alimentos<br />

saborosos, buscam sempre uma<br />

brincadeira para animar as refeições”,<br />

afirma Gabriel Cherubini, vicepresidente<br />

da Yoki Alimentos.<br />

Ampliação do<br />

público-alvo<br />

cresciMento<br />

constante<br />

A Refrigerantes Convenção acaba de<br />

lançar o MSX-Energético Radical².<br />

O novo produto está disponível nas<br />

versões 350 ml e 2 litros. Com o<br />

lançamento, a empresa quer ingressar<br />

no mercado de energéticos, que<br />

cresceu 49% em 2009, segundo<br />

dados obtidos pela Nielsen, e atingir<br />

principalmente as classes C e D.<br />

Paulo Ferrari, diretor-comercial da<br />

empresa, explica que esse mercado<br />

está em constante crescimento.<br />

“Vamos oferecer aos consumidores<br />

uma bebida de qualidade e a um valor<br />

acessível. Nos Estados Unidos e na<br />

Europa, a média de consumo anual por<br />

pessoa é de 16 latas, bem inferior à<br />

dos brasileiros, que só consomem uma<br />

lata”, comenta.<br />

Mercado<br />

potencial<br />

linha coMpleta<br />

A Topz Cosméticos apresenta a linha de<br />

desodorantes e hidratantes corporais da marca<br />

AquaVera. Essa linha exclusiva inclui desodorantes<br />

corporais (que contam com fragrâncias clássicas da<br />

perfumaria brasileira) e hidratantes corporais, os quais<br />

são loções que foram elaboradas com combinações<br />

aromáticas originais. “A novidade<br />

chega para complementar<br />

o portfólio da empresa, que<br />

apresenta produtos de qualidade<br />

e que agradam aos<br />

consumidores. A<br />

linha foi concebida<br />

pensando-se<br />

exclusivamente nas<br />

características e nos<br />

gostos das mulheres<br />

brasileiras”, afirma<br />

Vânia Bitencour,<br />

gerente de Marketing<br />

da Topz Cosméticos.<br />

Aromas<br />

originais<br />

Busca de espaço<br />

A destilaria mineira Tabúa, localizada<br />

em Salinas, apresenta a Cachaça<br />

Salideira, que tem como diferencial<br />

o tempo de armazenamento.<br />

Com isso, o produto, em quatro<br />

anos, passa por vários tonéis até<br />

o envase. A nova cachaça tem<br />

graduação alcoólica de 42 GL e<br />

é vendida em garrafas de 600 ml.<br />

“Temos a expectativa de introduzi-la<br />

no maior número possível de pontos<br />

de venda por meio de parcerias<br />

com distribuidores de bebidas.<br />

Nosso objetivo é levar ao publico<br />

da cachaça artesanal um produto<br />

especial, com custo diferenciado<br />

para alcançar seu espaço no<br />

mercado da cachaça”, diz Lucas<br />

Mendes, diretor-presidente<br />

da empresa.<br />

Parceria com<br />

distribuidores<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

15


16<br />

painel Notícias de macroeconomia do Brasil e do Mundo<br />

Feijão<br />

o preço do feijão poderá triplicar nos<br />

próximos meses, de acordo com dados<br />

obtidos pelo Ibrafe – Instituto Brasileiro<br />

do Feijão. Em setembro, a saca do<br />

feijão aumentou 73,91%, e entre os<br />

dias 13 e 15, a alta foi de mais de<br />

51%. Em São Paulo, por exemplo,<br />

onde o valor médio do quilo do feijão<br />

atingiu 3,74 reais em agosto (segundo<br />

o Dieese), esse valor poderá chegar a<br />

11,22 reais.<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

2,37%<br />

foi o quanto se<br />

pagou a menos nos<br />

juros de veículos<br />

menos juros<br />

O brasileiro pagou menos juros na aquisição de veículos (2,37%) e<br />

mais em artigos de ginástica (8,37%), de acordo com um levantamento<br />

divulgado pela Anefac – Associação Nacional dos Executivos de<br />

Finanças, Administração e Contabilidade no mês passado. A pesquisa<br />

indica que os juros no crediário variaram de 2,37% a 8,37% no mês de<br />

agosto, dependendo do setor. A principal explicação para essa variação<br />

é a própria competição que ocorre em cada segmento. As instituições<br />

financeiras determinam os juros baseando-se em cinco fatores:<br />

custo de captação, depósitos compulsórios, despesas administrativas,<br />

margem líquida do banco (lucro) e risco (inadimplência), que é o único<br />

item que pode apresentar alguma variação por setor.<br />

Pontualidade<br />

As pequenas e médias empresas brasileiras atingiram o patamar de<br />

95,3% no que se refere à pontualidade de seus pagamentos em julho,<br />

segundo dados divulgados pela Serasa Experian. A cada mil pagamentos,<br />

953 foram quitados à vista ou com apenas<br />

sete dias de atraso. A margem se mostrou estável<br />

na maioria dos setores em comparação com o<br />

mês anterior. Apenas a indústria apresentou<br />

recuo na pontualidade de seus pagamentos,<br />

de 95,3% em junho para 94,8% em julho.<br />

Os níveis de pontualidade dos pagamentos<br />

durante o segundo semestre deverão ser superiores<br />

aos dos seis primeiros meses do ano.<br />

Isso porque o dinamismo econômico é maior<br />

na segunda metade do ano em razão das festas<br />

de fim de ano e do pagamento da segunda parcela<br />

do 13 o salário.<br />

aumento nas vendas<br />

As vendas realizadas pelas empresas de<br />

alimentação brasileiras aumentaram 5,3% no<br />

primeiro semestre em relação ao mesmo período<br />

do ano passado, segundo dados obtidos pela<br />

Pesquisa Conjuntural da ABIA – Associação<br />

Brasileira das Indústrias da Alimentação,<br />

divulgados no final de setembro. A produção<br />

física acompanhou o crescimento das vendas<br />

com desempenho exatamente paralelo, também<br />

de 5,3%, enquanto as indústrias operaram com<br />

capacidade instalada média de 68,8% no período.<br />

No levantamento, foram ouvidas 200 companhias<br />

de alimentos e bebidas. A associação também<br />

informou que houve um crescimento do número<br />

de empregos e um aumento de salários no setor<br />

de alimentação e bebidas entre janeiro e junho. No<br />

caso da abertura do número de vagas de trabalho,<br />

o aumento foi de 3,9% e, no caso do salário médio<br />

real (descontando-se a inflação), a alta foi de 1,2%.<br />

CresCimento<br />

As vendas no varejo brasileiro cresceram pelo<br />

terceiro mês consecutivo, e em julho sobre junho o<br />

aumento foi de 0,4%. Na comparação com julho do<br />

ano passado, constata-se que houve uma alta de<br />

10,9%, de acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro<br />

de Geografia e Estatística. Em relação a junho, seis<br />

dos dez setores pesquisados tiveram aumento de<br />

vendas, destacando-se os setores de livros, jornais,<br />

revistas e papelaria (3,4%); veículos e motos, partes<br />

e peças (2,9%); artigos farmacêuticos, médicos,<br />

ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,9%);<br />

e material de construção (1,1%).<br />

3,4%<br />

a mais nas vendas de<br />

livros, jornais, revistas e<br />

artigos de papelaria foi o<br />

que o iBGe detectou<br />

em julho deste ano<br />

fotos sxc


18<br />

Negócios Notícias econômicas do Atacado Distribuidor/por Distribuidor Daniela Guiraldelli<br />

AtAcAdo VirtuAl<br />

Com três anos de mercado, a PortCasa,<br />

especializada na venda de produtos de<br />

cama, mesa e banho e de utilidades<br />

domésticas, acaba de ingressar no setor<br />

atacadista com uma loja virtual. Com mais<br />

de 150 fornecedores, a nova ferramenta<br />

se destina a atender empresas que não<br />

atingem o tíquete mínimo para realizar<br />

compras diretas nas indústrias, ou que têm<br />

problemas com a distância que as separa<br />

dos grandes centros.<br />

Segundo Rony Sztamfater, diretor da<br />

empresa, a PortCasa tem a expectativa<br />

de que, em um ano, a loja representará<br />

15% do faturamento total da empresa.<br />

“Além de oferecermos um desconto de até<br />

50%, temos a vantagem de reunir, em uma<br />

mesma compra, produtos de diferentes<br />

fornecedores. Nossa entrega também é<br />

mais rápida do que a da indústria, pois é<br />

realizada em três dias”, comenta.<br />

PortCasa entra<br />

no mercado<br />

atacadista,<br />

informa o diretor<br />

Rony Sztamfater<br />

luto<br />

O empresário Paulo Panarello Neto,<br />

fundador e presidente da distribuidora<br />

de medicamentos Panarello, uma das<br />

maiores do País, com faturamento anual<br />

em cerca de três bilhões de reais, morreu<br />

em 16 de setembro em Goiânia/GO.<br />

Fundada em 1976, a Panarello é a líder<br />

do setor e detém 15% de participação<br />

no mercado de distribuição de<br />

medicamentos no Brasil, representando<br />

mais de 200 indústrias farmacêuticas no<br />

setor. O empresário de 60 anos também<br />

exercia o cargo de vice-presidente da<br />

Adag – Associação dos Distribuidores e<br />

Atacadistas de Goiás, filiada da ABAD.<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

Oniz passa a distribuir<br />

produtos Red Bull, avisa<br />

Élcio Júnior Dallasta<br />

NoVA pArceriA<br />

A unidade da Oniz Distribuidora, do Rio<br />

Grande do Sul, localizada em Marília/<br />

SP, passou a distribuir no mês passado,<br />

com exclusividade para a região,<br />

produtos da marca Red Bull, referência<br />

na categoria de energéticos. Com a<br />

nova aquisição,<br />

a área de cobertura da empresa<br />

agregará 31 novos municípios –<br />

totalizando 182 cidades e mais de três<br />

milhões de consumidores atendidos.<br />

Na visão de Élcio Júnior Dallasta,<br />

gerente da unidade, a parceria<br />

resulta em um impulso a mais de<br />

responsabilidade e confiança, e<br />

fortalece a atuação da empresa em São<br />

Paulo. “Um novo fornecedor representa<br />

credibilidade, desenvolvimento,<br />

abrangência de área, mais vendedores<br />

e motivação para a equipe”, ressalta.<br />

NoVAs regiões<br />

O Atacado União, do Espírito Santo, que atua no setor automotivo, pretende<br />

crescer 25% em 2010 em relação aos 19,5% obtidos em 2009. Para alcançar<br />

esse objetivo, a empresa vem investindo na contratação de profissionais na<br />

área comercial, com o objetivo de incrementar as vendas nos Estados de Minas<br />

Gerais e Rio de Janeiro, e triplicar os negócios na Região Sudeste. “O Rio é um<br />

mercado que tende a crescer em razão das Olimpíadas. Estamos no caminho<br />

certo. Fechamos o primeiro trimestre com um aumento de 6% em relação ao<br />

mesmo trimestre de 2009”, afirma João Checon, diretor da empresa.<br />

cd em mANAus<br />

A Penske Logistics – empresa com<br />

operações na América do Norte, América<br />

do Sul, Europa e Ásia –, que fornece<br />

serviços de logística e gerenciamento da<br />

cadeia de suprimentos para indústrias em<br />

todo o mundo, abriu um novo centro de<br />

distribuição de 11 mil metros quadrados<br />

em Manaus/AM. O CD irá armazenar e<br />

distribuir produtos da marca Whirlpool,<br />

incluindo aparelhos de ar-condicionado<br />

e fornos de micro-ondas das marcas<br />

Consul e Brastemp, para varejistas em<br />

todo o Brasil. “Com operação próxima a<br />

uma importante zona de livre comércio<br />

industrial, a Penske será capaz de fornecer<br />

para os fabricantes na região os serviços<br />

de armazenagem de que necessitam”,<br />

afirmou Bill Scroggie, diretor-gerente na<br />

América do Sul.<br />

Bill Scroggie anuncia<br />

abertura de novo CD<br />

da Penske Logistics<br />

fotos divulgação


www.correios.com.br<br />

CORREIOS LOG. AS SOLUçõES LOGÍSTICAS DOS CORREIOS fEITAS SOb MEDIDA pARA O SEU NEGóCIO.<br />

Único presente em 100% dos municípios brasileiros, o CORREIOS LOG faz muito mais do que entrega: faz<br />

questão de ser parte do seu negócio e oferecer soluções logísticas feitas sob medida. Como, por exemplo,<br />

armazenagem, expedição, transporte, distribuição e até logística reversa. Reduza seus custos operacionais e<br />

tenha a marca e a confiança dos Correios ao seu lado. Para mais informações acesse www.correioslog.com.br.<br />

QUER UMA LOGÍSTICA<br />

QUE DIMINUA OS SEUS CUSTOS TOTAIS?<br />

USE CORREIOS LOG.


22<br />

entrevista/Suzan Rivetti, pReSidente da JohnSon & JohnSon ConSumo BRaSil<br />

Valor<br />

com preço<br />

justo<br />

Suzan Rivetti, presidente<br />

da Johnson & Johnson<br />

Consumo Brasil, afirma<br />

que o brasileiro é muito<br />

preocupado com a beleza<br />

e o bem-estar<br />

Por Cristiano eloi<br />

Fotos riCardo bakker<br />

QUEM é<br />

4 É formada em Administração<br />

de Empresas pela Fundação<br />

Getulio Vargas<br />

4 Está na Johnson & Johnson<br />

há 25 anos<br />

4 Iniciou suas atividades como<br />

analista financeira e passou<br />

pela área de Marketing<br />

4 Foi presidente da operação<br />

na Argentina durante<br />

quatro anos<br />

4 Há dois anos e meio<br />

é presidente da<br />

operação brasileira<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

Aumentar sua participação nas vendas para as classes C e D sem perder a qualidade em produtos de valor<br />

agregado com um preço justo é um dos objetivos da Johnson & Johnson no Brasil para os próximos anos.<br />

Os outros objetivos são: contar com uma distribuição geográfica mais ampla e continuar a desenvolver<br />

as pessoas que trabalham na empresa, que chegou ao País em 1933 e inaugurou o seu parque fabril em São José<br />

dos Campos/SP. Atualmente, a Johnson & Johnson tem 4.800 funcionários, que se dividem em três empresas<br />

com atuação no mercado de consumo e nos setores médico e farmacêutico. Dos 2,05 milhões de dólares que<br />

a empresa obteve de receita em 2009, a divisão de consumo teve um faturamento de 1,4 bilhão de dólares em<br />

2009, de acordo com dados extraídos da edição “Melhores e Maiores” da revista Exame. Neste ano, a divisão<br />

deverá crescer acima de 10% ao aumentar sua participação nas quase 50 categorias em que atua, nas quais é líder<br />

em mais de 15 e detém marcas como Tylenol, Band-aid, Listerine e Carefree.<br />

Quais são as perspectivas<br />

para a companhia?<br />

Os próximos anos serão muito bons para nós. Nos<br />

últimos dois anos, fizemos algumas mudanças importantes<br />

na organização, não somente na área de<br />

vendas, mas também na de finanças. Neste ano,<br />

trabalhamos em melhorias de processos na área de<br />

marketing. A cada dia buscamos trazer produtos<br />

bons ou excelentes, e investir neles, mas que não sejam<br />

produtos exclusivos para as classes A e B.<br />

De que maneira?<br />

Temos lançamentos importantes e diferenciados,<br />

como a escova EcoReach, Listerine essencial e sabonete<br />

Johnson’s, que são produtos com preços de<br />

valor agregado, e outros produtos, que oferecem um<br />

preço muito positivo para o consumidor das classes<br />

C e D. Dentro desse enfoque de aumentar as nossas<br />

vendas e a nossa participação na base da pirâmide, o<br />

canal atacadista distribuidor é muito importante. Somos<br />

uma empresa que tem uma grande rede de distribuidores<br />

e que, ao longo de 50 anos, tem investido<br />

muito nessa rede.<br />

Quantos são os distribuidores?<br />

Aproximadamente 40, espalhados do Norte ao Sul<br />

do Brasil, todos eles distribuidores exclusivos que trabalham<br />

com a nossa linha. Nós os consideramos uma<br />

extensão da nossa organização. Damos treinamento<br />

para a equipe e dividimos com esses distribuidores as<br />

excelências dos nossos processos. Trabalhamos com<br />

muito empenho para trazê-los bem perto dos objetivos<br />

da empresa.<br />

Como fica o atacado<br />

distribuidor nesse contexto?<br />

Ele também desempenha um papel muito importante<br />

para nós. De uma forma diferente de como atuamos<br />

com os distribuidores, também promovemos reuniões<br />

para o desenvolvimento da equipe, e trazemos mui-<br />

tas campanhas promocionais diferenciadas para o<br />

canal atacado. Acreditamos que esses dois – tanto<br />

os distribuidores como os atacados regionais e nacionais<br />

– são peças fundamentais para nossa estratégia<br />

de crescimento futuro. Não tenho a menor dúvida de<br />

que vamos investir, sim, nesse canal. Temos investido<br />

e vamos continuar investindo.<br />

Como será feito?<br />

Levando conhecimento para ele, tanto a respeito do<br />

consumidor como das marcas e do mercado. Em primeiro<br />

lugar, é preciso determinar de que maneira eu<br />

posso dividir e proporcionar ao canal mais conhecimento<br />

sobre como ele pode atender melhor o consumidor,<br />

como pode melhorar o ponto de venda do seu<br />

cliente, que tipo de experiência, capaz de lhe trazer<br />

um giro maior, ele pode realizar na loja, como ele pode<br />

se assegurar de que o preço que ele pratica é o preço<br />

que tem um valor justo para o consumidor. Isso porque<br />

o preço para o consumidor é o que ele espera de<br />

retorno pelo que ele paga. E é por isso que a primeira<br />

coisa que devemos definir com os nossos parceiros é<br />

entrar em acordo sobre o que eles devem fazer para<br />

poderem atuar com excelência.<br />

E o segundo fator?<br />

É o investimento realizado nas marcas. Temos aumentado<br />

significativamente os investimentos de mídia<br />

nas marcas foco da Johnson & Johnson. Neste<br />

ano, aumentamos em 50% o nosso investimento em<br />

mídia. Vamos continuar investindo no ponto de venda,<br />

sempre com o objetivo de trazer valor agregado<br />

para o consumidor. Depois de entrarmos em acordo<br />

a respeito da margem com que vamos trabalhar, dali<br />

para frente vamos querer que os nossos incentivos<br />

estejam sempre direcionados no sentido de fazer o<br />

produto girar mais depressa no estoque e na gôndola,<br />

pois o que o nosso cliente quer é giro com margem<br />

boa. E nós iremos investir no giro depois de concordarmos<br />

com a margem.<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

23


24<br />

entrevista/Suzan Rivetti, pReSidente da JohnSon & JohnSon ConSumo BRaSil<br />

“neste ano, vamos<br />

crescer mais do<br />

que 10%, o que,<br />

com certeza, é um<br />

resultado positivo<br />

e qual o último fator?<br />

Em terceiro lugar, vem o investimento em inovação.<br />

Como temos por foco aumentar nossa participação<br />

nas classes C e D, estamos investindo no desenvolvimento<br />

de produtos específicos para essa classe, e que<br />

são os produtos que estaremos colocando com mais<br />

força no canal do atacado, e também no distribuidor.<br />

É um investimento com valor agregado?<br />

Sim, com valor agregado e com preço justo. Quero<br />

oferecer valor agregado a um preço que a classe C<br />

considere um preço justo para aquele produto, independentemente<br />

de quanto custa o da concorrência<br />

ou o que oferece mais benefícios e mais valor agregado.<br />

O consumidor brasileiro merece marcas de valor<br />

e de qualidade.<br />

Como farão isso?<br />

Por exemplo, vamos imaginar um produto de pele com<br />

uma embalagem que tenha um spray de aplicação.<br />

Normalmente, o spray de aplicação é caro. Eu coloco<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

esse produto dentro de uma bombinha e, assim, consigo<br />

trazer os mesmos benefícios, e também consigo<br />

reduzir o valor que se consegue pagar por isso. Então,<br />

esse é o nosso objetivo. Ter benefícios iguais aos dos<br />

produtos premium, mas com embalagens talvez mais<br />

simplificadas, e em tamanhos menores, e que possam<br />

ser mais acessíveis ao consumidor das classes C e D.<br />

Com quantas categorias<br />

de produtos vocês atuam?<br />

Por volta de 50. Estamos presentes em muitas categorias<br />

e vamos continuar nelas. Não acredito que a<br />

gente vá aumentar o número de categorias, mas sim,<br />

que vamos continuar a trazer novos produtos naquelas<br />

em que estamos. Serão entre 30 ou mais produtos<br />

por ano entregues ao mercado para dinamizar a categoria<br />

e a escolha pelo consumidor.<br />

Como manter a liderança nas categorias?<br />

Somos líderes em 15 categorias e vamos continuar<br />

sendo líderes se assegurarmos que essas marcas terão<br />

inovações, que estarão no preço correto, que terão<br />

uma boa comunicação e, ao mesmo tempo, que<br />

ajudaremos os nossos parceiros comerciais a sempre<br />

exporem esses produtos da melhor forma possível e<br />

de maneira que fique fácil para o consumidor encontrá-los.<br />

E, finalmente, que a experiência de compra<br />

seja gostosa e que o consumidor queira voltar à loja<br />

para comprar aquele produto de novo.<br />

Como está a operação<br />

brasileira no contexto global?<br />

A Johnson Consumidor é a segunda maior operação<br />

no mundo em 175 países em que atuamos, logo depois<br />

dos Estados Unidos, cuja operação se soma à do<br />

Canadá. Somos a empresa que está crescendo mais.<br />

Estamos crescendo 9,5% neste ano. Mesmo com a<br />

venda da Jontex, estamos crescendo. É um resultado<br />

muito positivo. Neste ano, vamos crescer acima de<br />

um dígito, mais do que 10%, com certeza.<br />

Com que tipo de ação?<br />

As mudanças que fizemos na estrutura comercial<br />

vão nos trazer mais vantagens competitivas. Vamos<br />

ter um foco geográfico muito grande, e cada uma das<br />

nossas regionais de vendas terá objetivos específicos,<br />

estratégicos, e investimentos específicos. Vamos investir<br />

em todas as áreas do Brasil. Vamos continuar<br />

a inovar. Temos muitos lançamentos de produtos em<br />

vista. Muitas novidades em oral care, em produtos<br />

para bebês, novidades na área de beleza. Enfim, muita<br />

coisa nova para entrar no mercado em 2011.<br />

O Brasil representa quanto<br />

dentro do faturamento mundial?<br />

Não posso te falar, mas o setor de consumo representa<br />

23% dos 62 bilhões de dólares que a empresa<br />

fatura no mundo inteiro. A divisão de consumo representa<br />

50% da receita no Brasil. Nos próximos anos,<br />

a gente vai continuar com 50%, e eventualmente a<br />

Medical, que é uma empresa que tem recebido muito<br />

investimento de aquisições, até mesmo porque o<br />

portfólio dela está se formando, passará a aumentar<br />

sua participação no bolo total.<br />

Como você analisa o mercado<br />

de consumo e de beleza?<br />

O mercado brasileiro é um sonho de mercado. É o<br />

segundo maior mercado de beleza do mundo. O consumidor<br />

brasileiro se preocupa muito com a beleza<br />

e com o bem-estar. As nossas categorias continuam<br />

crescendo em uma velocidade muito acima da média<br />

dos mercados em que se acham envolvidas. Beleza,<br />

dependendo da categoria, cresce de 22% a 25%. O<br />

mercado de higiene, por outro lado, não tem um crescimento<br />

tão acentuado quanto o de beleza, mas a<br />

participação de muitas categorias é muito baixa.<br />

Então, a chance de crescimento é grande?<br />

Sim. Por exemplo, em enxaguantes bucais, a penetração<br />

no Brasil é de 22%, enquanto em creme dental<br />

é de 99%. Imagine a oportunidade que existe de se<br />

aumentar a penetração de enxaguatórios no mercado<br />

brasileiro. Quanto a absorventes internos como<br />

o OB, a penetração no Brasil é 3,5%. Carefree,<br />

protetor intimo, tem penetração de 13% nos lares.<br />

O mercado de higiene, apesar de não crescer com<br />

a mesma velocidade com que cresce o mercado de<br />

beleza – que cresce muito depressa –, tem muito potencial<br />

para isso. São categorias que lá fora têm uma<br />

penetração quase próxima de 60% a 70%.<br />

O que isso significa para vocês?<br />

Esses números, para uma multinacional como a nossa,<br />

fazem com que o interesse no País seja óbvio. À<br />

medida que formos encontrando as receitas para desenvolver<br />

essas categorias, as oportunidades de negócios<br />

serão cada vez maiores. Tanto com produtos<br />

de higiene como de beleza e de OTC.<br />

A empresa pretende aumentar<br />

a malha de distribuidores?<br />

Estamos com os distribuidores certos e os parceiros<br />

ideais para o nosso negócio. No momento, não vamos<br />

aumentar a malha de distribuidores.<br />

“O mercado de<br />

higiene tem muito<br />

potencial de<br />

crescimento<br />

Quais são as metas da empresa<br />

para os próximos cinco anos?<br />

São três coisas: aumentar a participação dentro da<br />

classe C, sem dúvida, e aumentar a penetração nos<br />

lares de categorias em que atuamos, como protetor<br />

solar, protetor íntimo, absorvente interno e enxaguatório<br />

bucal. Essas são quatro categorias cuja<br />

penetração é muito baixa no Brasil. Uma maior penetração<br />

de categorias é uma oportunidade gigante,<br />

mas, logicamente, essas oportunidades estão mais<br />

concentradas na classe C, embora na classe B ela<br />

também exista, e é ampla porque nessa classe já<br />

existe o hábito de uso de produto.<br />

Quais são as outras duas oportunidades?<br />

A segunda oportunidade é a de termos uma distribuição<br />

geográfica mais ampla. Vamos investir em distribuição<br />

geográfica, e por isso nos reorganizamos por<br />

área geográfica. Isso vai nos ajudar a estarmos mais<br />

perto de cada um dos nossos distribuidores e dos<br />

nossos clientes nas diferentes áreas do Brasil. Essa é<br />

a segunda prioridade, que vai alavancar o crescimento<br />

e o relacionamento com os nossos clientes. A terceira<br />

oportunidade é a de continuar a desenvolver pessoas<br />

e de lhes dar oportunidades para que façam o melhor<br />

delas. Acho que a empresa nunca teve um time<br />

tão bom, e isso é uma gigantesca oportunidade de<br />

crescimento.n<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

25


vti abaD 2010<br />

Linha<br />

direta Praça<br />

Blog da DIStRIBuIÇÃo e<br />

outros veículos da Editora<br />

Brasileira do Comércio trarão<br />

notícias sobre a VtI ABAD<br />

2010 Itália diariamente<br />

Por Cristiano Eloi<br />

De 22 de outubro a 31 de outubro, os<br />

leitores da revista DISTRIBUIÇÃO<br />

poderão acompanhar as notícias sobre<br />

as operações das empresas da indústria, do<br />

atacado distribuidor e do varejo nas cidades de<br />

Milão, Turim e Bolonha no blog da DISTRI-<br />

BUIÇÃO: www.vtiabad2010.blogspot.com,<br />

no Portal <strong>Newtrade</strong>: www.newtrade.com.br,<br />

ou no site da ABAD: www.abad.com.br. O<br />

boletim eletrônico ABAD News também trará<br />

informações sobre a viagem. “A ideia é fornecer,<br />

para aqueles que não participaram diretamente<br />

da VTI ABAD 2010 Itália, um retrato sobre<br />

o mercado de consumo e sobre a organização<br />

da cadeia de abastecimento na Itália, realçando<br />

os principais aspectos, as diferenças e os pontos<br />

em comum com a cadeia de abastecimento<br />

brasileira”, diz Claudia Rivoiro, diretora-editorial<br />

da Editora Brasileira do Comércio, que edita a<br />

revista DISTRIBUIÇÃO.<br />

Esta é a terceira vez que o blog da DIS-<br />

TRIBUIÇÃO acompanhará o grupo de 41<br />

empresários da cadeia de abastecimento em<br />

uma viagem técnica pelo continente europeu.<br />

Em 2009 e 2008, os leitores puderam acompanhar<br />

as principais informações coletadas nas<br />

visitas técnicas a importantes empresas europeias<br />

da Rússia, Polônia, Inglaterra, Holanda e<br />

Alemanha nos sites www.vtiabad2009.blogspot.com<br />

e www.vtiabad2008.blogspot.<br />

com. Neste ano, o blog e os outros veículos da<br />

Editora Brasileira do Comércio, diariamente,<br />

trarão notícias, opiniões e comentários sobre a<br />

viagem e a cadeia de abastecimento das cidades<br />

visitadas. “Aqueles que acessarem o blog<br />

ficarão surpresos com a enorme quantidade de<br />

informações, fotos, vídeos e curiosidades sobre<br />

as empresas e sobre o país visitado. Também é<br />

importante que os leitores enviem perguntas,<br />

comentários e sugestões”, afirma Claudia.<br />

Realizada há mais de vinte anos, a Viagem<br />

Técnica Internacional é uma importante atividade<br />

da ABAD, que sempre proporciona um<br />

proveitoso intercâmbio cultural e empresarial<br />

com a cadeia de abastecimento de outros países.<br />

“Toda a viagem é um grande aprendizado,<br />

que os participantes da VTI obtêm por meio<br />

de visitas balizadas pelos guias destacados pelas<br />

empresas, pelo acompanhamento e constantes<br />

esclarecimentos oferecidos full time<br />

pelo consultor Nelson Barrizzelli, e também<br />

pelo agradável convívio entre os empresários<br />

participantes”, diz Oscar Attisano, superintendente-executivo<br />

da ABAD.<br />

Concentrada em um único país, a VTI<br />

ABAD 2010 Itália dará a todos os participantes<br />

a oportunidade de conhecer as principais<br />

mudanças e de acompanhar de perto o desenvolvimento<br />

do pequeno e médio varejo independente<br />

em um país que tem fortes laços<br />

com o Brasil. “Essa é a oportunidade que os<br />

empresários terão para conhecer de perto todos<br />

os detalhes de uma operação integrada entre<br />

os atacadistas e o pequeno e médio varejo<br />

independente. Com certeza, a viagem será um<br />

sucesso e trará bons resultados para os empresários”,<br />

afirma Attisano.n.<br />

de São<br />

Marcos, em<br />

Veneza<br />

Mais<br />

vendidas<br />

A pesquisa “Marcas em Destaque”,<br />

realizada junto ao varejo independente,<br />

será publicada pela primeira vez na<br />

edição de novembro da DIStRIBuIÇÃo<br />

Por Cristiano Eloi<br />

no mês que vem, a DISTRI-<br />

BUIÇÃO apresentará uma<br />

pesquisa exclusiva, realizada<br />

pela primeira vez junto ao pequeno<br />

varejo independente brasileiro pela<br />

ABAD/Nielsen, chamada “Marcas<br />

em Destaque”. Desenvolvido com 96<br />

categorias de produtos no varejo de<br />

autosserviço alimentar de um a quatro<br />

checkouts e em lojas tradicionais do<br />

varejo alimentar brasileiro, como padarias,<br />

armazéns, mercearias, empórios e<br />

todos os demais PDVs que contam<br />

com atendimento por um vendedor<br />

ou balconista, o levantamento revela<br />

as marcas mais vendidas a partir de<br />

faturamentos colhidos nas sete áreas<br />

Nielsen espalhadas pelo Brasil, e também<br />

no total nacional. Em cada uma<br />

das categorias, serão contempladas<br />

cinco marcas para cada uma das áreas<br />

Nielsen e para o total no Brasil. O universo<br />

pesquisado representa 387.448<br />

pontos de venda do varejo independente<br />

espalhados pelo País.<br />

Os cinco principais fornecedores<br />

são obtidos por meio da classificação<br />

das vendas em faturamento de todos<br />

aqueles pertencentes a uma categoria<br />

ou segmento. Não entram no ranking<br />

fabricantes que detêm menos de 1%<br />

PEsquisa<br />

de participação no mercado, pois estes<br />

não têm relevância para o mesmo comparado<br />

a outros fabricantes do ranking.<br />

Para elaborar este ranking, foram consideradas<br />

as vendas de um ano móvel<br />

terminado em junho de 2010 (de julho<br />

de 2009 até junho de 2010).<br />

O propósito fundamental desse levantamento<br />

é o de ajudar o atacado<br />

distribuidor e os varejistas a direcionarem<br />

suas ações no sentido de poderem<br />

obter uma melhor eficiência no mix de<br />

produtos e nas marcas trabalhadas.<br />

Esse é um canal que apresenta um<br />

crescimento contínuo associado à mudança<br />

de hábito dos consumidores que<br />

preferem a comodidade, a praticidade<br />

e a conveniência de comprar em lojas<br />

menores e próximas de suas residências<br />

ou locais de trabalho.<br />

Outros fatores que contribuem para<br />

o crescimento dessas lojas são a estabilidade<br />

econômica do País, a ampliação<br />

da política de distribuição de renda e a<br />

melhora na qualidade de vida da população<br />

em geral. Esses fatores, por sua<br />

vez, também contribuem para o fortalecimento<br />

do mercado consumidor<br />

interno. Foram eles que fizeram com<br />

que o Brasil se tornasse o país das boas<br />

oportunidades.n<br />

28 www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

29


30<br />

sucessão<br />

dasdas Novo<br />

mandato<br />

Carlos Eduardo Severini é reeleito para<br />

mais dois anos na presidência da ABAD<br />

Por cristiAno eloi e renAtA sAntiAgo<br />

A<br />

palavra continuidade deu o<br />

tom na Assembleia Geral Extraordinária<br />

realizada no dia<br />

20 de setembro, na sede da ABAD,<br />

em São Paulo, para a composição da<br />

diretoria e dos três conselhos para o<br />

biênio 2011-2012. Carlos Eduardo<br />

Severini foi reeleito, assim como toda<br />

a sua diretoria, por aclamação, e será<br />

reempossado em 23 de novembro.<br />

No mesmo dia, tomarão posse para<br />

um novo mandato os membros dos<br />

conselhos deliberativo, fiscal e consultivo.<br />

“É uma honra e um renovado<br />

desafio permanecer frente à entidade<br />

até 2012. Agradeço a confiança em<br />

nós depositada”, diz Severini.<br />

Nos últimos dois anos, Carlos<br />

Eduardo Severini focou seu mandato<br />

no fortalecimento de ações de capacitação<br />

destinadas a melhorar a eficiência<br />

e a promover o desenvolvimento<br />

do setor atacadista distribuidor e<br />

do pequeno e médio varejo independente<br />

em meio a um mercado de consumo<br />

cheio de boas oportunidades e<br />

sujeito a uma concorrência acirrada.<br />

O presidente também trabalhou para<br />

o fortalecimento da integração entre<br />

os elos da cadeia de abastecimento,<br />

empenhando-se para que o atacado<br />

distribuidor consolide e aprimore o<br />

papel de destaque que já vem desempenhando<br />

dentro do cenário econômico,<br />

político, legislativo, executivo e<br />

judiciário brasileiro.<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

Para o próximo mandato, o presidente<br />

planeja continuar participando<br />

ativamente de assuntos e questões<br />

que interferem diretamente no desenvolvimento<br />

do setor, seja liderando<br />

a luta contra as obstruções que<br />

Severini promete contribuir ainda mais para o setor<br />

Diretoria para o biênio 2011-2012<br />

Presidente - Carlos Eduardo Severini - Tenda Atacado (SP)<br />

1 0 Vice-Presidente - José do Egito Frota Lopes Filho - Jotujé Distribuidora (CE)<br />

2 0 Vice-Presidente - Odemar Müller - Distribuidora Müller (SC)<br />

Vice Presidente - José Rodrigues Costa Neto - JC Distribuição (GO)<br />

Vice Presidente - Hélio Costa Maciel - Cosme & Damião Comércio e Distribuição<br />

Vice Presidente - Émerson Destro - Comercial Destro (PR)<br />

Vice Presidente - Jorge Raimundo Lins Neto - Distribuidora Alimentos Mirasol (BA)<br />

Vice Presidente - Diógenes de Andrade Filho - DA & A Distribuidora (PE)<br />

Vice Presidente - Paula Andrea Aued - Disploki Distribuidora (SP)<br />

Vice Presidente - Alair Martins Júnior - Martins Distribuição (MG)<br />

Conselho Deliberativo<br />

Presidente - Geraldo Eduardo da Silva Caixeta - União (MG)<br />

1 o Vice-Presidente - Nilton Peixoto de Souza - Peixoto (MG)<br />

2 o Vice-Presidente - Alencar César Martins Zamboni - Zamboni Comercial (RJ)<br />

Conselho FisCal<br />

Presidente - Paulo Hermínio Pennacchi - Pennacchi & Cia. (PR)<br />

Vice-Presidente - Dorian Bezerra de Souza Morais - Riograndense Distribuidora (RN)<br />

Conselheiro - José Gonzaga Sobrinho - Atacadão Rio do Peixe (PB)<br />

Conselheiro - João Orivaldo de Oliveira - Nova Amazonas (DF)<br />

Conselheiro - Raimundo Rebouças Marques - Expansão (PI)<br />

Conselho Consultivo<br />

Presidente - Luiz Antonio Tonin - Luiz Tonin & Cia. (MG)<br />

Vice-Presidente - Enock Luniere Alves - Codil Distribuidora (AM)<br />

Vice-Presidente - Juliano César Faria Souto - Fasouto (SE)<br />

rodrigo peterson<br />

Diretoria abaD Jovem – biênio 2011/2012<br />

Presidenta - Maryanne Pacheco Barcelar - Distribuidora Cristal (PI)<br />

Vice-Presidente - Thiago Caixeta - União (Mg)<br />

Conselheiro - Vandré Pennacchi - Pennacchi & Cia. (Pr)<br />

Conselheiro - Joice Sabatke - Catarinense Distribuidora (SC)<br />

Conselheiro - Bernardo da Silveira Pretto - Mesasul Com. e Ind. de Alim. (rS)<br />

“<br />

o objetivo da ABAD<br />

Jovem é abrir a<br />

mente dos jovens<br />

empreendedores,<br />

oferecendo<br />

conhecimento<br />

Maryanne Pacheco Barcelar<br />

Distribuidora cristal<br />

prejudicam o bom andamento dos<br />

processos comerciais, como a que se<br />

manifesta na questão tributária, seja<br />

estimulando efetivamente o crescimento<br />

orgânico da cadeia de abastecimento<br />

nacional. “Espero contribuir<br />

muito para o setor, destacando,<br />

debatendo e procurando encontrar<br />

soluções para os pontos de maior<br />

importância, como estamos fazendo<br />

agora com os comitês político, de<br />

varejo competitivo e de vendedor/<br />

RCA”, afirma.<br />

ABAD Jovem<br />

Com o objetivo de integrar e capacitar<br />

os jovens empreendedores e sucessores<br />

da presidência ou da diretoria<br />

das empresas do setor atacadista<br />

distribuidor, o Grupo ABAD Jovem<br />

se reuniu, nos dias 20 e 21 de setembro,<br />

para um dos seus encontros<br />

bimestrais. Na ocasião, o grupo nomeou<br />

a nova diretoria para o próximo<br />

biênio 2011-2012 e elegeu como presidente<br />

Maryanne Pacheco Barcelar,<br />

representante da Distribuidora Cristal,<br />

que sucederá Vandré Pennacchi,<br />

da Pennacchi & Cia. “Para esse novo<br />

biênio, o objetivo da ABAD Jovem<br />

é trazer mais participantes e abrir a<br />

mente dos jovens empreendedores,<br />

oferecendo conhecimento e ações<br />

de relacionamento para que o grupo<br />

continue a colher bons resultados”,<br />

diz Maryanne.<br />

Pennacchi acredita que, nos próximos<br />

dois anos, os encontros contarão<br />

com mais pessoas que terão a<br />

oportunidade de participar e crescer<br />

no setor.<br />

O próximo encontro está marcado<br />

para 22 e 23 de novembro, quando<br />

ocorrerá a posse oficial da nova<br />

diretoria e a realização do curso de<br />

imersão “Manejamento Comportamental”.<br />

“Daqui a cinco anos, os participantes<br />

do ABAD Jovem serão os<br />

novos presidentes das empresas e os<br />

representantes da diretoria da entidade”,<br />

afirma Andrea Dessimoni, coordenadora<br />

do grupo.n<br />

wladimir de souza<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

31


32<br />

eba estandes<br />

Mais de 500 pessoas<br />

ligadas à cadeia<br />

de abastecimento<br />

estiveram no evento<br />

Encontro de<br />

boas novas<br />

Novidades em<br />

processos, produtos<br />

e serviços marcaram<br />

a edição de<br />

setembro do EBA<br />

Por renata santiago<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

em consequência do sucesso da<br />

30 a edição da Convenção Anual<br />

do Atacadista Distribuidor e<br />

Sweet Brazil International, realizada<br />

em Curitiba, a edição de setembro do<br />

Encontro Bimestral ABAD (EBA),<br />

que aconteceu nas instalações da Fecomercio-SP,<br />

foi marcada pelo clima de<br />

comemoração pelos bons resultados<br />

alcançados e pelo otimismo do setor<br />

diante dos desafios futuros.<br />

Executivos da cadeia de abastecimento<br />

estiveram presentes para conhecer<br />

novidades em produtos, processos<br />

e serviços para o setor, e para fortalecer<br />

ainda mais os elos entre o atacado distribuidor,<br />

a indústria e os fornecedores<br />

de serviços.<br />

Em seu discurso, Carlos Eduardo<br />

Severini, presidente da ABAD, destacou<br />

os bons negócios que movimentaram<br />

o setor durante a ABAD 2010<br />

Curitiba, realizada em agosto e que<br />

contou com mais de 33 mil visitações<br />

– recorde do evento. Logo depois, foi<br />

apresentado um vídeo institucional<br />

apresentando os melhores momentos<br />

da Convenção Anual.<br />

Antes disso, Severini dividiu com<br />

os presentes a informação de que<br />

fotos ricardo bakker<br />

naquela manhã, na sede da entidade,<br />

em São Paulo, a Assembleia Geral<br />

Ordinária da ABAD decidira pela sua<br />

reeleição, assim como pela da atual<br />

diretoria, para o biênio 2011-2012.<br />

“É uma honra e um renovado desafio<br />

permanecer frente à entidade até<br />

2012. Agradeço a confiança em nós<br />

depositada”, disse.<br />

Os visitantes puderam acompa-<br />

cielo<br />

Por meio de uma parceria com<br />

a Visa, a Cielo apresentou o<br />

Portal Clube de Negócios Visa<br />

Empresarial, um novo aliado dos<br />

empresários do setor atacadista<br />

distribuidor, que se propõe a<br />

ajudá-los a administrar melhor os<br />

negócios por meio de cursos on-line,<br />

troca de experiências com outros<br />

empresários e acesso a promoções<br />

exclusivas. “Com a presente ação,<br />

reforçamos o comprometimento<br />

com o setor ao oferecer mais<br />

uma ferramenta para ajudá-los<br />

a desenvolver o seu negócio”,<br />

diz Maria Luiza Peyrelongue,<br />

responsável pela divisão<br />

de Soluções Comerciais<br />

da empresa.<br />

t<br />

Mais de 170 milhões<br />

de pares por ano<br />

t<br />

nhar uma emocionante apresentação<br />

da Companhia de Dança Casas<br />

André Luiz, promovida pelo Instituto<br />

ABAD, além da palestra com o economista<br />

Ricardo Amorim, que discorreu<br />

sobre o tema “Brasil: A Hora<br />

e a Vez do Consumo”. Confira a<br />

cobertura dos estandes presentes ao<br />

encontro e mais informações sobre o<br />

evento nas próximas páginas.<br />

Ferramentas<br />

de desenvolvimento<br />

andres<br />

havaianas<br />

A tradicional marca de sandálias da<br />

Alpargatas esteve presente promovendo<br />

uma melhor ação de relacionamento<br />

com o canal atacadista<br />

distribuidor. Ricardo Vianna, diretorcomercial<br />

da empresa, aproveitou a<br />

oportunidade para destacar o crescimento<br />

da Alpargatas, que está trabalhando<br />

com sua capacidade fabril em<br />

uma produção anual de 170 milhões<br />

de pares. “Procuramos estar o mais<br />

perto possível do setor, pois consideramos<br />

importante participar efetivamente<br />

de eventos, encontros e<br />

convenções, e de todas as outras iniciativas,<br />

a fim de alinhavar ainda mais<br />

o nosso relacionamento”, diz.<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

33


34<br />

eba estandes<br />

Leonardo Barros e Ademar Alves: novas empresas<br />

t<br />

pc sistemas<br />

Com um faturamento anual de 35 milhões de reais, a PC Sistemas,<br />

empresa que há 24 anos atua no campo da tecnologia<br />

voltada para o setor atacadista distribuidor e para o mercado de<br />

consumo, apresenta novidades em ferramentas de mobilidade<br />

para esse setor. Com a aquisição de duas novas empresas, a<br />

companhia passou a investir em telesserviços e em gestão de<br />

frota. “Neste ano, vamos investir em duas outras empresas<br />

focadas nos serviços de gestão de pessoas e em inteligência<br />

do negócio, e esperamos obter um crescimento entre 35% e<br />

40%”, afirma Ademar Alves, diretor-comercial nacional.<br />

nielsen t<br />

Soluções que permitam encontrar uma linguagem comum,<br />

de fácil compreensão pelo shopper, entre os elos que<br />

compõem a cadeia de abastecimento (indústria–atacado<br />

distribuidor–varejo), e que envolvam entendimento do sortimento<br />

e do controle de gestão de estoque e ruptura, foram<br />

apresentadas pelo instituto. “Temos avançado no setor<br />

e as parcerias vêm aumentando. As empresas da cadeia de<br />

abastecimento precisam adequar o mix para atender o consumidor<br />

final”, ressalta Olegário Araújo, gerente de Atendimento<br />

ao Varejo da empresa.<br />

Olegário Araújo: mix ajustado<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

Nilson Gomes: solução exclusiva para o setor<br />

t<br />

serasa experian<br />

Com o objetivo de dar continuidade à divulgação<br />

do Score Atacadista, a Serasa Experian<br />

apresentou ao setor uma solução exclusiva para<br />

o segmento atacadista distribuidor, formatada<br />

de modo a reduzir riscos com a inadimplência<br />

e a ampliar a rentabilidade dos negócios. “Cerca<br />

de 85% a 95% das empresas do segmento já<br />

utilizam o Score Mercado. Com o Score Atacadista,<br />

esperamos obter um incremento de 20%<br />

na receita das empresas usuárias, além de uma<br />

representação ainda melhor, pois o produto foi<br />

ajustado para o compartilhamento de dados do<br />

setor”, diz Nilson Gomes, diretor de Vendas.<br />

Renato Vargas: novo creme dental<br />

t<br />

colgate<br />

A Colgate-Palmolive apresentou novidades em<br />

sua linha Cremes Dentais Sorriso, especialmente<br />

sua nova variante, o Sorriso Fresh Night. O<br />

novo produto é voltado para os consumidores<br />

do segmento gel, que representa 13% da categoria<br />

em valor, segundo a Nielsen. "Os encontros<br />

representam uma excelente oportunidade<br />

para compartilharmos as novidades com o setor.<br />

Nesse sentido, focamos nossa participação nesta<br />

edição apresentando um produto que acaba<br />

de chegar ao mercado", diz Renato Vargas,<br />

gerente de Relações com o Cliente e Eventos<br />

Corporativos.n


eba palestra<br />

A vez do<br />

O economista Ricardo Amorim:<br />

"O mundo mudou a nosso favor"<br />

Brasil<br />

ricardo bakker<br />

Com as mudanças na<br />

ordem econômica<br />

mundial, o País tornou-se<br />

um dos principais<br />

beneficiados pelo<br />

consumo<br />

por Jamille menezes<br />

Durante muitos anos, ouvimos<br />

dizer que o Brasil era o país<br />

do futuro, e que ele estaria<br />

entre as grandes potências do mundo.<br />

Os anos se passaram, e esse futuro<br />

não havia chegado. Até agora. De<br />

acordo com o economista Ricardo<br />

Amorim, presidente da Ricam Consultoria<br />

e um dos comentaristas do<br />

programa Manhattan Connection, no<br />

GNT, esta é a hora e a vez do Brasil.<br />

O economista, que foi o palestrante<br />

convidado do EBA (Encontro Bimestral<br />

ABAD), falou sobre as mudanças<br />

na economia mundial e como isso beneficiou<br />

o Brasil.<br />

De acordo com Amorim, durante<br />

80 anos, o Brasil sustentou uma<br />

média de crescimento de 7% ao ano.<br />

Com esse ritmo de crescimento, logo<br />

o País estaria entre as grandes potências<br />

mundiais, concretizando, então,<br />

a história de que somos o País do<br />

futuro. “Se o Brasil tivesse mantido<br />

essa média de crescimento, hoje a<br />

renda per capita brasileira seria mais<br />

alta que a da Alemanha, a da Inglaterra<br />

ou a da Itália. Ou seja, o Brasil<br />

seria um país desenvolvido”, explicou.<br />

No entanto, entre 1980 e 2003,<br />

a média de crescimento do Brasil caiu<br />

para 2,4%, o que significa um terço<br />

do que vinha crescendo. Por causa<br />

disso, o futuro que esperávamos não<br />

chegou quando foi anunciado.<br />

Com as mudanças na economia<br />

mundial, os eixos se inverteram, o<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

que impulsionou o crescimento do<br />

Brasil. “Desde 2004, a média desse<br />

crescimento duplicou, chegando a<br />

4,7%, e as tendências indicam que<br />

esse crescimento continuará, simplesmente<br />

porque o mundo mudou a<br />

nosso favor”, afirmou.<br />

Como exemplo dessa mudança,<br />

Amorim citou a queda de alguns mitos<br />

com os quais já estávamos acostumados,<br />

e que deixaram de ser verdade.<br />

Entre eles, a ideia de que países<br />

como os EUA, o Japão e os grandes<br />

países da Europa seriam eternamente<br />

dominantes. “Atualmente, esses<br />

países não se constituem mais em<br />

uma fonte de solidez na economia<br />

mundial, mas sim, são sinônimos de<br />

fragilidade e crises.”<br />

Segundo Amorim, o consumo também<br />

está mudando. Uma vez que,<br />

atualmente, cada vez mais, os produtos<br />

são fabricados na China, onde<br />

a mão de obra é mais barata, isso faz<br />

anúncio_disqueti_distribuição.pdf 1 28/09/2010 15:22:43<br />

com que os países transfiram suas fábricas<br />

para lá. “Quando o que é feito<br />

no mundo começa a ser, em uma medida<br />

cada vez maior, transferido para<br />

lugares que têm grande oferta de mão<br />

de obra, isso significa que o custo de<br />

produção cai e o preço dos produtos<br />

também. E a inflação começa a cair<br />

no mundo”, explicou.<br />

Com a abertura de novas fábricas<br />

e a geração de empregos na China, o<br />

consumo aumenta e isso beneficia o<br />

Brasil, que é um dos principais produtores<br />

de commodities. Enquanto os<br />

consumidores norte-americanos estão<br />

endividados e gastando menos, os chineses<br />

e indianos estão ganhando mais e,<br />

consequentemente, consumindo mais.<br />

“Quando eles passam a ganhar mais<br />

e a consumir mais, isso faz com que<br />

mude o eixo de consumo no mundo. O<br />

fato é que essa mudança já começou, e<br />

joga a nosso favor”, afirmou.<br />

Amorim acredita que essa é ape-<br />

nas a ponta do iceberg. Pois, assim<br />

como, atualmente, metade dos chineses<br />

e 60% dos indianos moram em<br />

zonas rurais, ainda teremos algumas<br />

centenas de milhares de pessoas saindo<br />

do campo e indo para as cidades.<br />

Isso significa que estarão plantando<br />

menos e construindo centros urbanos.<br />

Segundo Amorim, o Brasil é<br />

beneficiado porque é um dos países<br />

com mais área agricultável no mundo,<br />

além de ser o maior exportador<br />

mundial de aço, ferro e cimento.<br />

Com isso, toda a cadeia de agronegócios,<br />

serviços e distribuição sai<br />

ganhando. Isso porque, quando exportamos,<br />

entra mais dólares no País,<br />

fazendo com que a taxa de câmbio<br />

caia e os produtos fiquem mais baratos.<br />

“Com produtos mais baratos,<br />

caem também a inflação e a taxa<br />

de juros, e o crédito aparece. Desse<br />

modo, mais gente pode consumir e o<br />

varejo vende mais.”n<br />

36 www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

37


38<br />

eba social<br />

No palco do Teatro Raul Cortez,<br />

a emoção dos jovens Meire e Janderson<br />

Dupla de jovens da<br />

Companhia de Dança<br />

das Casas André Luiz<br />

emociona empresários com<br />

apresentação diferenciada<br />

Por claudia rivoiro<br />

No palco do Teatro Raul Cortez,<br />

durante o quarto Encontro<br />

Bimestral ABAD do ano,<br />

realizado em São Paulo, em 20 de<br />

setembro, um casal de jovens, Meire<br />

e Janderson, sob a orientação da<br />

professora Daniele Pimentel, dançou<br />

de uma maneira muito particular ao<br />

som do tema musical do espetáculo<br />

A Bela e a Fera. Na plateia, pessoas<br />

emocionadas acompanharam atentamente<br />

a apresentação dos dois, que<br />

são deficientes mentais e integrantes<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

Alegria<br />

e<br />

superAção<br />

da Companhia de Dança das Casas<br />

André Luiz. No final da apresentação,<br />

aplaudidos de pé, os dançarinos<br />

sorriram, certos de que o recado estava<br />

dado: é possível, sim, graças à<br />

magia do estímulo sonoro, dançar ou<br />

simplesmente se movimentar e, sem<br />

mais recursos, expressar muitos sentimentos<br />

e muita emoção.<br />

A Companhia de Dança das Casas<br />

André Luiz, que faz parte das<br />

atividades oferecidas pela entidade<br />

Casas André Luiz, surgiu em 1992<br />

com o objetivo de mostrar quanta<br />

eficiência se pode tirar da deficiência.<br />

O programa, além da óbvia finalidade<br />

terapêutica, também enfatiza caminhos<br />

para uma reabilitação animada<br />

por um propósito estimulante e por<br />

uma vida cotidiana digna.<br />

Clélia Moreira Pires Borin, conselheira<br />

da entidade, dedicou mais<br />

de 60 anos da sua vida a atividades<br />

ininterruptas atuando exclusivamente<br />

com portadores de deficiência<br />

mental leve, moderada, grave e profunda,<br />

com ou sem deficiência física.<br />

“Todos os pacientes internados exigem<br />

cuidados contínuos, por toda a<br />

vida. Esta apresentação nos mostra a<br />

força de superação dos nossos atendidos.<br />

Eles nos ensinam a vontade de<br />

superar sempre”, ressaltou.<br />

As Casas André Luiz, que atendem<br />

1.400 pacientes, iniciaram suas<br />

atividades com a meta de assistir com<br />

carinho e cuidado crianças deficientes<br />

mentais carentes. Em 1958, elas inauguraram,<br />

em Guarulhos, uma casa<br />

que abrigou, já no primeiro instante,<br />

15 crianças. Em 1962, outra casa foi<br />

posta em funcionamento, no bairro<br />

de Picanço, também em Guarulhos.<br />

Nela foram construídas quatro unidades,<br />

entre as quais a de Longa Permanência,<br />

que tem capacidade para<br />

atender 600 pacientes. Destes, 80%<br />

são casos graves, e mais de 50% estão<br />

acamados e/ou são cadeirantes.<br />

A próxima meta das Casas André<br />

Luiz é divulgar uma campanha para<br />

atendimento ambulatorial. “Temos a<br />

certeza de que iremos ampliar o nosso<br />

atendimento para além do Estado<br />

de São Paulo e do interior paulista.<br />

Atualmente, a demanda é grande e<br />

a nossa capacidade está aquém”, observou<br />

Clélia.n<br />

ricardo bakker<br />

Conquiste 48 milhões<br />

de pets com as marcas<br />

da Nestlé PURINA<br />

O mercado de pet food está em ascensão no país.<br />

Hoje, os donos dos 48 milhões de cães e gatos movimentam<br />

quase R$ 6 bilhões por ano somente em alimentos<br />

industrializados para animais. Conquiste esse<br />

consumidor com a qualidade PURINA. Líder mundial<br />

e expert no segmento, a NESTLÉ PURINA é sua aliada<br />

na expansão desse setor que não para de crescer.<br />

Por que a NESTLÉ PURINA<br />

é expert na categoria?<br />

É líder mundial em alimento<br />

industrializado para cão e gato.<br />

Está presente em 75 países.<br />

É pioneira na invenção<br />

de alimento industrializado.<br />

Possui 6 centros de pesquisa no<br />

mundo para desenvolver produtos.<br />

Tem profundo conhecimento do<br />

consumidor (hábitos dos pets<br />

e donos dos pets - cães e gatos).<br />

infotradeoutubro 2010<br />

Os números<br />

59% dos lares do país<br />

possuem algum pet.<br />

São 32 milhões de cães<br />

e 16 milhões de gatos.<br />

É um mercado que movimenta<br />

1,8 milhões em toneladas<br />

e R$ 5,8 bilhões em valor.<br />

Em 5 anos, o mercado brasileiro<br />

de alimento industrializado cresceu<br />

42% em volume e 74% em valor.<br />

tradec.com.br<br />

Fonte: Anfal 2008 / Estimativa NPPC


40<br />

fórum AbAd<br />

Foco<br />

na execução<br />

Comitês do Fórum<br />

Permanente delineiam ações<br />

práticas para melhorar a<br />

eficiência no desenvolvimento<br />

dos assuntos abordados<br />

Por CristiAno Eloi<br />

Aos poucos, os três comitês instalados<br />

no Fórum Estratégico<br />

ABAD Cadeia de Abastecimento<br />

- Cenário 2015 desenham as<br />

suas ações e partem para a execução<br />

prática dos assuntos pertinentes a um<br />

melhor desenvolvimento da cadeia de<br />

abastecimento. A terceira reunião do<br />

ano dos comitês Profissional de Vendas,<br />

Varejo Competitivo e Agenda Política<br />

aconteceu no fim de setembro, na<br />

sede da ABAD, em São Paulo.<br />

Com a participação de várias lideranças<br />

do setor atacadista distribuidor,<br />

o comitê Profissional de Vendas dividiu<br />

o debate em duas frentes. A primeira,<br />

empenhada em realizar uma pesquisa<br />

para diagnosticar quem é o profissional<br />

de vendas do setor e identificar suas<br />

principais necessidades de capacitação<br />

e de desenvolvimento a partir do<br />

TreinABAD, programa de capacitação<br />

on-line iniciado em julho e que conta<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

A próxima reunião<br />

dos comitês já tem<br />

data marcada para<br />

22 de novembro<br />

com a participação de 3.600 profissionais.<br />

A outra frente se dedicou a expandir<br />

os casos de sucesso do TreinABAD<br />

como uma forma de mostrar o diferencial<br />

que o programa oferece dentro<br />

da empresa do atacadista distribuidor.<br />

Nesse contexto, a ideia é premiar e<br />

reconhecer o mérito dos alunos e dos<br />

profissionais que têm desempenhado<br />

um papel de destaque dentro do curso.<br />

“A partir desse diagnóstico que traçamos,<br />

o objetivo é implementar uma<br />

segunda onda de capacitação e lançar<br />

uma segunda turma do curso, de acordo<br />

com as necessidades desse profissional<br />

de vendas, e também para responder<br />

às demandas do mercado e dos<br />

associados, de acordo com as necessidades<br />

de treinamento e as soluções que<br />

são necessárias dentro da empresa”,<br />

diz Daniel Pascalicchio, coordenador<br />

do comitê.<br />

Por sua vez, o comitê de Varejo<br />

Competitivo discutiu a maneira de<br />

apresentar o conteúdo ao varejista via<br />

Portal do Conhecimento, que deverá<br />

estar no ar até o fim do ano e que trará<br />

três cursos: “Comportamento do Consumidor”,<br />

“Melhoria do Sortimento” e<br />

“Gestão de Estoques”.<br />

A preocupação em refinar e aprofundar<br />

o conteúdo está no fato de que<br />

não se pode oferecer informações em<br />

andres<br />

um nível muito rudimentar, que levem<br />

o varejista a pensar: “Ah, isso eu sei<br />

desde criança!”, nem muito complicado,<br />

que o levem a concluir: “Isso é<br />

para loja grande”. Com base essa abordagem,<br />

começam agora a ser programadas<br />

reuniões técnicas junto com os<br />

fornecedores (Nielsen, Colgate, Nestlé,<br />

Unilever, etc.) para o levantamento<br />

do conteúdo disponível.<br />

Enquanto isso, haverá a formatação<br />

dos cursos a fim de adaptá-los à plataforma<br />

de ensino a distância da TO-<br />

TVS, parceira da ABAD no projeto.<br />

Futuramente, o esforço se concentrará<br />

em fazer com que o varejista acesse a<br />

página, se cadastre e faça o curso, com<br />

monitoramento on-line para incentiválo<br />

a concluir todo o conteúdo. No ano<br />

que vem, a ABAD treinará um time de<br />

27 multiplicadores, um de cada filiada,<br />

que atuarão junto ao time de vendedores<br />

do atacado distribuidor para que<br />

esses estimulem o varejista a acessar o<br />

site e a fazer os cursos, com a proposta<br />

de compensá-lo com serviços.<br />

Quanto ao comitê de Agenda Política,<br />

ele debateu vários assuntos relacionados<br />

às principais legislações que<br />

influenciam o dia a dia da cadeia de<br />

abastecimento, como a majoração fiscal<br />

na comercialização de aves, carnes<br />

e suínos (leia artigo na página 94), a inclusão<br />

dos Representantes Comerciais<br />

Autônomos no Simples Nacional, a<br />

portaria 1510, que trata do ponto eletrônico<br />

em empresas com mais de dez<br />

funcionários, e a NR 20, que se refere<br />

ao transporte de produtos perigosos.<br />

“Precisamos formatar um banco<br />

de dados para que todos entendam o<br />

que são produtos perigosos e quais são<br />

as principais normas técnicas. As dúvidas<br />

começam na definição do que é<br />

produto perigoso ou não. Faltam informações<br />

sobre isso”, afirma Alessandro<br />

Dessimoni, coordenador do comitê.<br />

A próxima reunião dos três comitês<br />

no Fórum Permanente acontecerá em<br />

22 de novembro. Nela, serão apresentados<br />

os resultados de um ano de trabalho<br />

de cada um dos três comitês.n


42<br />

eba almoço<br />

Qualidade<br />

devida<br />

Johnson & Johnson aposta em<br />

produtos com benefícios para<br />

a saúde e o bem-estar<br />

Por Cristiano eloi<br />

levar aos consumidores produtos<br />

que ofereçam benefícios<br />

para a saúde é um dos propósitos<br />

da Johnson & Johnson Consumo<br />

Brasil para crescer e ampliar a<br />

sua participação no mercado nos próximos<br />

anos. Foi o que afirmou Suzan<br />

Rivetti, presidente da companhia, em<br />

um encontro com os líderes do setor<br />

atacadista distribuidor presentes na<br />

sede da ABAD no fim de setembro,<br />

em São Paulo. “O que desenvolvermos<br />

de produto, mesmo que seja um<br />

xampu, precisa igualmente oferecer<br />

algum benefício para a saúde. A beleza<br />

também ajuda a preservar a saúde.<br />

Isso é uma cadeia de bem-estar”, disse.<br />

“Temos produtos mais antigos, que<br />

talvez não ofereçam esse aspecto tão<br />

forte, mas daqui para frente estaremos<br />

empenhados em apresentar sempre<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

produtos com uma representação de<br />

salubridade dentro do nosso desenvolvimento<br />

futuro”, disse.<br />

A aspiração de criar uma marca<br />

respeitada, desejada, e que esteja de<br />

modo natural na casa das pessoas, nas<br />

rotinas de suas vidas, desde o nascimento<br />

até o fim da vida, é também um<br />

dos outros propósitos que norteiam as<br />

diretrizes da empresa. “Queremos que<br />

cada consumidor use pelo menos um<br />

produto da empresa uma vez ao dia.<br />

Se formos pensar, veremos que contamos<br />

com produtos para serem usados<br />

todos os dias pelo menos duas vezes<br />

ao dia”, afirmou Suzan. “Isso dirige a<br />

maneira como queremos desenvolver<br />

nossas competências e nos inspira a<br />

fazer o melhor.”<br />

Além disso, a empresa, fundada por<br />

dois irmãos em 1886, em Nova Jersey,<br />

nos EUA, presente em 175 países e<br />

com fábricas em 157 deles, planeja focar<br />

a força de suas ações no ponto de<br />

venda para garantir uma precificação<br />

correta de seus produtos ao consumidor<br />

e uma melhor execução de suas<br />

iniciativas. “Queremos ter um padrão<br />

de execução. Por isso, lançamos nossa<br />

José do Egito, Geraldo<br />

Eduardo da Silva Caixeta,<br />

Carlos Eduardo Severini,<br />

Suzan Rivetti, Carlos<br />

Siqueira e Paulo Pennacchi<br />

nova política comercial para eliminar a<br />

guerra de preços que matava a margem<br />

de todo mundo e da qual ninguém saía<br />

ganhando, nem o consumidor, nem os<br />

nossos distribuidores, nem nós”, disse<br />

Carlos Siqueira, diretor-comercial da<br />

Johnson & Johnson.<br />

Para isso, a aposta consiste em<br />

realizar uma boa distribuição numérica,<br />

com o mix certo e adequado para<br />

cada tipo de loja, e em executar uma<br />

ação de merchandising melhor que as<br />

dos concorrentes. Dessa maneira, a<br />

empresa planeja desenvolver materiais<br />

mais impactantes para atrair o consumidor<br />

e realizar o “básico” bem feito.<br />

Assim, a diretoria acredita que a empresa,<br />

que chegou ao Brasil em 1933<br />

(leia entrevista na página 22) crescerá<br />

acima do mercado e aumentará sua<br />

participação nas categorias em que<br />

atua. “Se fizermos isso bem, cresceremos.<br />

Só para citar um dado, a nossa<br />

taxa de crescimento nos distribuidores<br />

em que realizamos esse tipo de ação<br />

é de 30% a 35%. Uma prova de que<br />

estamos fazendo a coisa certa. É um<br />

processo, temos de melhorar e estamos<br />

evoluindo”, afirmou Siqueira.n<br />

ricardo bakker


44<br />

oportunidades<br />

Época<br />

de<br />

festas<br />

Com a chegada do fim<br />

do ano, as empresas<br />

investem nos produtos<br />

sazonais, cuja demanda<br />

se intensifica com as<br />

festividades natalinas<br />

e de Ano Novo<br />

C<br />

om o aumento do poder de compra dos consumidores<br />

e as facilidades de acesso ao crédito,<br />

o varejo e todo o mercado de consumo brasileiro<br />

têm a expectativa de que as vendas neste fim de<br />

ano estarão mais aquecidas do que no ano passado.<br />

Só para citar um exemplo, em setembro deste ano, a<br />

intenção de consumo das famílias brasileiras cresceu<br />

0,6%, e neste mês o resultado deverá evoluir ainda<br />

mais. Essa é a quinta alta mensal consecutiva neste<br />

ano, atingindo 135,2 pontos. Os dados foram obtidos<br />

pela Pesquisa Nacional de Intenção de Consumo das<br />

Famílias (ICF-Nacional), divulgada pela CNC – Confederação<br />

Nacional do Comércio.<br />

Com a estabilidade da economia brasileira, esse<br />

crescimento tende a se manter, e a chegada das festas<br />

de fim de ano aumentará ainda mais a demanda do<br />

varejo. Para aproveitar melhor esse período, o atacado<br />

distribuidor precisa se planejar com antecedência e<br />

procurar oferecer o melhor sortimento para o peque-<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

por Jamille menezes,<br />

daniela Guiraldelli, renata santiaGo<br />

e ana Beatriz ChaCur<br />

no e médio varejo, que assim fornecerá o que há de<br />

melhor para o seu cliente.<br />

É nesta época que as indústrias investem em lançamentos,<br />

em novas categorias, e na qual elas aumentam<br />

a fabricação de produtos sazonais, que serão<br />

comercializados no fim do ano. No mercado de<br />

alimentos, elas se preocupam em encontrar meios de<br />

suprir as novas necessidades de consumo, com produtos<br />

mais sofisticados ou mais práticos, os quais, até<br />

há pouco tempo, não cabiam no orçamento doméstico<br />

de muitas pessoas. Essa é a conclusão de um estudo<br />

sobre os fatores que impulsionaram o consumo no<br />

País em 2009, elaborado pela Nielsen.<br />

No ano passado, o setor atacadista distribuidor faturou<br />

131,8 bilhões de reais e neste ano espera-se que<br />

haja uma alta de 6% na receita do setor, ocasionada<br />

pelo aumento do poder de compra da população.<br />

Muito investimento em marketing, muita inovação no<br />

mercado e muito investimento na força de vendas são<br />

fatores que deverão fazer com que o setor cresça até<br />

o índice almejado.<br />

PreParados Para o verão<br />

Em especial, as empresas acreditam que haverá um aumento<br />

do consumo de sucos, sejam eles em pó ou prontos<br />

para beber (leia matéria na página 78). Alimentos<br />

light, de preferência os que são à base de soja, também<br />

estão (e estarão) em alta.<br />

Outra empresa que aposta vigorosamente no crescimento<br />

é a Kraft Foods, a qual, depois de adquirir a<br />

Cadbury no começo do ano, planeja alavancar o seu<br />

desenvolvimento com ganhos de distribuição em todos<br />

os canais de venda. Segundo o diretor-comercial da<br />

empresa, Oswaldo Nardinelli, no ano passado, as duas<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

45


46<br />

oportunidades<br />

companhias combinadas faturaram 5 bilhões de dólares.<br />

“Neste ano, estamos crescendo entre 16% e 17%.” Mas<br />

a Kraft Foods também está investindo mais, neste ano,<br />

em marketing, em lançamentos de produtos, em novas<br />

embalagens e no relançamento da linha de Tang, agora<br />

aproximando muito mais o suco em pó do suco natural.<br />

A Maguary e a DaFruta também se uniram e, como<br />

resultado, surgiu a empresa EBBA (Empresa Brasileira<br />

de Bebidas e Alimentos). O fato de as duas marcas<br />

agora estarem juntas significa que haverá muito mais<br />

investimentos no mercado e no desenvolvimento de novos<br />

produtos. A Ultrapan também está investindo nesse<br />

mercado, sendo que hoje 50% das suas vendas são realizadas<br />

por meio do atacado distribuidor.<br />

Entre as bebidas não alcoólicas, os energéticos são<br />

a aposta da Del Rey, categoria que acrescenta 98,4%<br />

às suas vendas nas últimas quatro semanas do ano. O<br />

consumo dos energéticos também se intensifica por<br />

causa do verão. A empresa trará lançamentos e variações<br />

de embalagens, como energéticos em 250 ml,<br />

2 litros (Pets) e 600 ml. “A nossa intenção é promover<br />

o consumo diurno da bebida, assim como já se faz à<br />

noite”, afirma Isaías Andrade, diretor de Comunicação<br />

e Marketing da empresa.<br />

Entre os refrigerantes, a Del Rey trará para o mercado<br />

embalagens maiores, pois o seu objetivo é oferecer mais<br />

produtos para famílias numerosas. Em relação aos sucos<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

Vinhos importados dividem<br />

a preferência dos consumidores<br />

brasileiros nas festividades<br />

de fim de ano<br />

sxc<br />

prontos, a empresa aposta em novos sabores e no suco<br />

de uva, categoria na qual a Peterlongo já vem investindo<br />

durante o ano todo, uma vez que acredita no desenvolvimento<br />

do mercado no País, e o produto, afinal, oferece<br />

saúde ao consumidor. Para incrementar suas vendas, a<br />

empresa realiza ações de marketing com foco no consumidor<br />

final. “Crescemos 15% em 2009. Para 2010,<br />

queremos atingir 20%, e investir na categoria é uma das<br />

nossas estratégias para crescer”, afirma Franco.<br />

Frutos do mar<br />

O setor de pescados e mariscos também promete um<br />

vigoroso crescimento nos próximos meses, ainda mais<br />

com a entrada de novas empresas no mercado, como<br />

a Robinson Crusoe, que está chegando ao Brasil e já<br />

pretende alcançar em dois anos 5% do mercado, que<br />

hoje representa aproximadamente 70 mil toneladas de<br />

sardinha e 16 mil toneladas de atum. “Nossos principais<br />

concorrentes são a Gomes da Costa, a Coqueiro e a<br />

Femepe, que são os três maiores. A Gomes da Costa<br />

e a Coqueiro detêm, juntas, mais ou menos 65% desse<br />

mercado, enquanto a Femepe tem de 8% a 10%”, explica<br />

Sidnei Rosa, gerente-geral da empresa.<br />

A Gomes da Costa também ampliou ofertas de pro-<br />

dutos para os públicos C e D, buscando, assim, liderança<br />

nesse segmento graças à oferta de novos produtos com<br />

foco na marca 88. “A linha 88 traz aos atacadistas, distribuidores<br />

e varejistas um produto com a qualidade Gomes<br />

da Costa a um preço mais acessível, atendendo um<br />

mercado em franco crescimento. Vamos nos concentrar<br />

na ampliação da distribuição da linha para atender todo<br />

o Brasil”, afirma Luís Manglano, gerente de Marketing<br />

da Gomes da Costa.<br />

60%<br />

de participação no volume<br />

de vendas de panetones é<br />

o que a pandurata detém.<br />

a empresa é dona das<br />

marcas Bauducco, Visconti<br />

e tommy, com 40%, 8%<br />

e 12% de participação das<br />

marcas, respectivamente<br />

Rodrigo Mainieri, da Pandurata: expectativa de crescer 15%<br />

Doce Dezembro<br />

Com a proximidade das festividades natalinas, a comercialização<br />

e o consumo de produtos típicos do Natal se<br />

intensificam. O panetone é, sem dúvida, um dos seus<br />

ícones, e a busca por esse produto começa bem antes<br />

das festividades. Pelo menos no que depender dos fabricantes,<br />

o Natal de 2010 será muito aquecido.<br />

A Pandurata Alimentos, que detém as marcas Bauducco,<br />

Visconti e Tommy, é líder no mercado, com 60%<br />

de participação em volume de vendas. Desse total, 40%<br />

corresponde à Bauducco, 8% à Visconti e 12% à Tommy,<br />

segundo dados obtidos pela Nielsen no segmento de panetone<br />

industrializado.<br />

A expectativa da empresa para este ano é obter um<br />

aumento de 15% nas vendas em relação ao mesmo<br />

período de 2009. “A categoria de panetones cresceu<br />

muito nos últimos anos. Em 2009, por exemplo, houve<br />

um aumento de 23% em volume. Sem dúvida, isso<br />

se deve – embora ainda não se tenha avaliado em que<br />

medida – ao aumento do poder de compra, que está<br />

garantindo o consumo intensificado de categorias de<br />

maior valor agregado, como panetones. A penetração<br />

dessa categoria também aumentou, e, pela primeira vez,<br />

ultrapassou 50%, chegando a 51,7%, o que significa o<br />

aumento da base de lares consumidores da categoria, e,<br />

principalmente, das nossas três marcas, que também aumentaram<br />

suas respectivas penetrações no último ano”,<br />

divulgação<br />

diz Rodrigo Mainieri, gerente da Pandurata.<br />

Especializada na fabricação de panetones, a Siena<br />

Alimentos, presente há 31 anos no mercado, há cinco<br />

anos lançou o Panettone Festtone de frutas e gotas<br />

de chocolate. De acordo com Giuliano Michelangeli,<br />

diretor-comercial da empresa, a expectativa da Siena é<br />

aumentar em 40% suas vendas neste ano.<br />

Como os panetones são produtos sazonais, sua fabricação<br />

começa entre agosto e setembro, que ainda não<br />

são meses de pleno consumo, aumentando paulatinamente<br />

até dezembro. Segundo Michelangeli, a estimativa<br />

da Siena é chegar a dezembro com uma produção de<br />

80 mil panetones por dia. “No ano passado, tivemos um<br />

aumento de 40% nas vendas, e em 2008 o crescimento<br />

foi de 90% com a inauguração da nova fábrica, em São<br />

José dos Pinhais/PR”, revela. Além de vender para todo<br />

o Brasil, atualmente a empresa também exporta para os<br />

EUA, a Venezuela e o Paraguai.<br />

A Arcor do Brasil manteve a base de produtos de<br />

2009 para todas as marcas de panetones – Arcor, Triunfo,<br />

Aymoré e Noel – e a novidade está nas latas decoradas<br />

com personagens da Disney, que neste ano estarão<br />

presentes no ponto de venda. “Temos a expectativa de<br />

crescer em linha com o mercado, e de executar uma<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

47


48<br />

oportunidades<br />

63,5%<br />

é o quanto a comercialização de<br />

vinho nacional deverá crescer<br />

neste ano, de acordo com<br />

estimativas feitas pelo ibravin –<br />

instituto Brasileiro do Vinho<br />

campanha que oferecerá grande nível de satisfação para<br />

nossos clientes e consumidores. Além disso, o mercado<br />

está mais competitivo com a entrada de novas marcas,<br />

que deverão absorver parte do crescimento de mercado”,<br />

diz Rodrigo Peçanha, diretor de Marketing de biscoitos<br />

e panificados da Arcor.<br />

O diretor destaca a importância do trabalho nos pontos<br />

de venda para ajudar o varejista a melhorar o giro.<br />

“Desenvolvemos vários materiais de PDV para todas as<br />

marcas, como dispenser, precificador, papel forração, totem<br />

e também ações de degustação nos PDVs”, diz.<br />

Com um investimento em torno de 100 mil reais<br />

em maquinário e logística, a Dunga Alimentos aposta<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

divulgação<br />

Rodrigo Peçanha, da<br />

Arcor: foco no PDV<br />

para crescer em linha<br />

com o mercado<br />

no aumento das vendas no segmento alimentar nesse<br />

final de ano e conta com produtos como Dungto’s,<br />

Saborosos Salgados, biscoitos tipo aperitivo que giram<br />

muito em função de cestas de natal e outros produtos<br />

no varejo em geral. Entre diversos alimentos<br />

tradicionais, a empresa destaca o Panetone, criado<br />

exclusivamente para o Natal com sabores de frutas e<br />

chocolate. Neste ano, a empresa tem por foco trabalhar<br />

melhor os pontos de venda, o que se intensificará<br />

nestes últimos meses do ano. “A ordem é garantir a<br />

visibilidade dos produtos e oferecer degustações nos<br />

pontos de venda. No ano passado, atingimos nossos<br />

objetivos, sendo que neste ano vamos crescer no período<br />

do Natal perto de 13%”, afirma Renata Florenzano,<br />

gerente de Marketing da marca.<br />

tim-tim e saúde!<br />

Nenhuma categoria remete mais às comemorações de<br />

fim de ano que a de bebidas, produtos que não podem<br />

faltar no mix do atacado distribuidor e nas gôndolas do<br />

varejo independente, uma vez que completam a mesa e<br />

a ceia dos brasileiros. Quando se trata de bebidas tipicamente<br />

consumidas nas festas de Natal e de Ano Novo,<br />

como é o caso da sidra, as vendas aumentam em 659%<br />

nas últimas semanas do ano. O mesmo acontece com o<br />

champanhe, cujo consumo cresce em 370%, de acordo<br />

com dados fornecidos pela Nielsen. Para atender às necessidades<br />

de consumidores em várias classes sociais, as<br />

indústrias vêm diversificando seus mix, e apresentando<br />

lançamentos para todos os bolsos. “As vendas de bebidas<br />

nos últimos meses do ano crescem em razão da<br />

sazonalidade, aliada à combinação da melhoria de renda<br />

do brasileiro com a variedade de marcas, sabores e novas<br />

embalagens”, analisa Olegário Araújo, gerente de Atendimento<br />

ao Varejo da Nielsen.<br />

Na categoria de vinhos, as fabricantes apostam<br />

no bom desempenho das vendas do produto nacional,<br />

uma vez que, conforme se espera, o consumo da<br />

bebida aumentará em 63,5%. Essa é a expectativa<br />

do Ibravin – Instituto Brasileiro do Vinho, que, desde<br />

2009, realiza um trabalho junto ao atacado distribuidor<br />

e ao varejo para promover uma valorização maior<br />

e um melhor reposicionamento do vinho nacional<br />

frente ao produto importado.<br />

Para fazer com que a bebida faça parte da vida cotidiana<br />

do brasileiro, principalmente entre as classes C<br />

e D, os produtores nacionais têm investido em novas<br />

embalagens e em variedades que estejam em conformidade<br />

com o clima e com o paladar dos brasileiros. “Começamos<br />

um trabalho para reposicionar as marcas, uma<br />

vez que a curva da comercialização do produto nacional<br />

vinha caindo. Já houve um aumento de 14% nas vendas<br />

de vinhos nacionais desde que iniciamos<br />

o trabalho, sendo que 18% desse<br />

aumento ocorreu em espumantes<br />

e 40% em sucos de uva”, analisa Diego<br />

Bertolini, gerente de Marketing.<br />

A Aurora é uma das empresas que vêm<br />

promovendo mudanças em algumas marcas para atingir<br />

novos consumidores. A empresa destacará para o<br />

fim do ano embalagens de presentes que trarão os últimos<br />

lançamentos, como a edição do Aurora Varietal<br />

Riesling Itálico, bebida que também será trabalhada<br />

pela empresa no verão, uma vez que apresenta uma<br />

composição suave, capaz de se harmonizar com o clima<br />

tropical e quente do verão brasileiro.<br />

Com os objetivos de desmistificar o preconceito<br />

segundo o qual o vinho é uma bebida “elitista”, e de<br />

facilitar o seu consumo, a Aurora lançou a nova embalagem<br />

do Marcus James Frisante (versões Branco<br />

e Rosé), a qual, em vez de rolha, traz uma tampa com<br />

rosca, facilitando a abertura do vinho. “É uma embalagem<br />

que não precisa de abridor. O brasileiro busca<br />

um produto que satisfaça a sua necessidade de tomar<br />

divulgação<br />

vinho, e queremos simplificar o consumo da bebida”,<br />

afirma Lourdes Conci, gerente de Marketing. Linha de produção de panetones a todo o vapor para atender à forte demanda do fim do ano<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

49


50<br />

oportunidades<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

José Fontenelles, da<br />

Cereser: 2 milhões de<br />

caixas da bebida nos três<br />

últimos meses do ano<br />

Nicho em asceNsão<br />

O mercado de food service absorve 25%<br />

da produção da indústria de alimentos e<br />

bebidas. Em 2005, os operadores de food<br />

service compraram 38,1 bilhões de reais, um<br />

faturamento 11,9% superior ao do ano anterior.<br />

A Codap, empresa italiana que chegou ao<br />

Brasil em 2002, oferece um grande mix de<br />

produtos em seu portfólio. “Em 2008-2009,<br />

o crescimento da empresa foi de 37%, e<br />

em 2009-2010 esperamos fechar com um<br />

crescimento de 32% com relação ao ano<br />

anterior. O setor de food service da Codap<br />

representa hoje 90%. Esse mercado é o que<br />

mais cresce no Brasil graças à renda per<br />

capita da população, que aumenta a cada ano”,<br />

acredita Milton Gagliardi, diretor da empresa.<br />

Como o mercado está com essa grande<br />

demanda de alimentos em food service, a<br />

Inaceres, que hoje é responsável por uma<br />

extensa linha de produtos em conserva,<br />

também aposta alto. Segundo Ricardo Araújo<br />

Ribeiral, diretor-superintendente da empresa,<br />

“pretendemos bater a meta do ano passado.<br />

Estamos com a expectativa de que as vendas<br />

ultrapassarão 25 milhões de reais”.<br />

Wladimir de souza<br />

50%<br />

é o quanto os meses<br />

de setembro, outubro e<br />

novembro representam<br />

no faturamento da<br />

Vinícola salton. a<br />

empresa detém 40% de<br />

participação no mercado<br />

de espumantes<br />

Também com foco nas classes C e D, a Peterlongo<br />

investirá na marca Espuma de Prata, que, nos três<br />

últimos meses do ano, representa 50% das vendas<br />

efetuadas no ano inteiro pela empresa. “No período<br />

que antecede as comemorações, promovemos ações<br />

como degustação no ponto de venda, para dar ainda<br />

mais visibilidade ao produto”, ressalta Francisco<br />

Franco, gerente nacional de Vendas da empresa.<br />

A Cereser, fabricante da Chuva de Prata e da Sidra<br />

Cereser, pretende vender 2 milhões de caixas nos 90<br />

dias que antecedem as festas. Para alcançar esse objetivo,<br />

a empresa investirá em ações diversificadas, tanto no<br />

ponto de venda – por meio de equipes de promotores e<br />

repositores – como em incentivos para o atacado distribuidor,<br />

buscando, com isso, estimular a atuação do canal.<br />

“Vendemos produtos para celebração e temos 75%<br />

do mercado de Sidra, que está em forte crescimento”,<br />

afirma José Fontenelles, diretor-comercial da Cereser.<br />

A Vinícola Salton apostará nos espumantes, uma<br />

vez que os meses de setembro, outubro e novembro<br />

respondem por 50% do faturamento da empresa.<br />

Quanto às ações, elas estarão voltadas para todas<br />

as categorias que apresentam aumento de vendas na<br />

época. Com foco no consumidor final, a empresa promoverá<br />

degustações no ponto de venda, estimulará<br />

pontos extras e intensificará sua presença nos tabloides<br />

do varejo. “Somos a maior vinícola brasileira na<br />

produção e comercialização de espumantes nacionais,<br />

detendo 40% do mercado. Também teremos embalagens<br />

diferenciadas, como kits e baldes com taças”, diz<br />

Luciana Salton, gerente de Marketing da empresa.<br />

Indo ao contrário das demais fabricantes de bebidas,<br />

que apostarão suas fichas para lucrar no período com<br />

produtos direcionados para atender as classes C e D,<br />

tendo como aliado o verão – uma vez que a estação começa<br />

no Brasil no final de dezembro – a IPB – Indústria<br />

Paris de Bebidas apostará na categoria de cervejas, com<br />

um lançamento voltado para o consumidor das classes<br />

mais abastadas e conhecedor da bebida.<br />

A venda de cervejas aumenta 51,6% nas últimas semanas<br />

do ano, segundo dados fornecidos pela Nielsen.<br />

De olho na oportunidade que se abre, a IPB trará para<br />

o mercado um produto do tipo Premium – cerveja puro<br />

malte, sem adição de cereais – direcionado para consumidores<br />

das classes A e B. “Trata-se de uma bebida mais<br />

encorpada, fabricada para os apreciadores e conhecedores<br />

da categoria”, afirma Rodrigo Munhoz, gerente de<br />

Marketing da empresa.<br />

Entre as fabricantes de cachaça, a Ypióca firmará<br />

parceria com empresas que montam cestas de Natal,<br />

enquanto no varejo desenvolverá kits para chamar a<br />

atenção do consumidor, além de packs com produtos<br />

da marca, que serão expostos com<br />

brindes para se destacar no ponto de<br />

venda. “Estamos fazendo esforços<br />

com as redes. Queremos incrementar<br />

as cestas de Natal com<br />

os produtos Ypióca. A intenção é<br />

sugerir que os packs sejam comprados<br />

para ser oferecidos como<br />

presentes”, diz Francisco Jereissati,<br />

diretor-comercial da empresa.<br />

Wladimir de souza<br />

Lourdes Conci, da Aurora:<br />

novas embalagens para<br />

facilitar o consumo de vinhos<br />

A Companhia Müller, fabricante da Cachaça 51,<br />

apostará na categoria Ice para atingir o público jovem<br />

e as mulheres por meio de bebidas refrescantes, que<br />

apresentam teor alcoólico menor em relação ao encontrado<br />

nas modalidades mais conhecidas de cachaça. “A<br />

categoria Ice é composta por produtos refrescantes,<br />

com 5,5% de teor alcoólico, ao contrário dos 39% encontrados<br />

nas cachaças tradicionais. A nossa estratégia<br />

consiste em oferecer soluções adequadas para todos<br />

os perfis de públicos”, afirma Paula Videira, gerente de<br />

Marketing da Müller. n<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

51


52<br />

capa<br />

A BolA<br />

da vez<br />

Apesar das discussões a respeito da<br />

sobrevivência do modelo no mercado,<br />

atacadistas regionais e grandes players<br />

varejistas apostam alto nas lojas de atacado<br />

de autosserviço, ou cash & carry, a fim de<br />

aumentarem a rentabilidade dos seus negócios<br />

por Daniela GuiralDelli e Jamille menezes<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

Fotos Paulo PePe<br />

O<br />

Atacadista Roldão, de São<br />

Paulo, que obteve um faturamento<br />

de 806 milhões de<br />

reais em 2009, 26% a mais do que o<br />

valor alcançado em 2008 – período<br />

no qual a empresa atingiu 640 milhões<br />

de reais –, tem 12 lojas na Grande São<br />

Paulo, na Baixada Santista e em Jundiaí.<br />

No planejamento da rede, consta<br />

a abertura de mais uma unidade no<br />

Guarujá, litoral de São Paulo, ainda<br />

neste ano. Para 2011, a empresa planeja<br />

abrir sete novas lojas, encerrando<br />

o ano com 20 lojas. “Pode acontecer<br />

de abrirmos operações em outros Estados<br />

por meio de aquisições a partir<br />

de 2012”, afirma Jefferson Fernandes,<br />

gerente de Marketing da empresa,<br />

que é umas das que seguem apostando<br />

alto na modalidade de atacado de<br />

autosserviço, ou cash & carry.<br />

Os baixos custos da operação – uma<br />

vez que as lojas apresentam layout simples,<br />

não oferecem serviços como os<br />

encontrados no varejo, mas oferecem<br />

preços diferenciados para unidades e<br />

packs, e têm mix reduzido em relação<br />

aos dos hipermercados (com cerca de<br />

9 mil itens, bem menos que os 50 mil<br />

trabalhados pelo varejo) –, aliados ao<br />

crescimento do poder aquisitivo pelas<br />

classes C e D, têm sido os principais<br />

impulsionadores do formato no País.<br />

Em um primeiro momento, esses<br />

fatores vêm permitindo às bandeiras,<br />

sejam elas de atacadistas de capital nacional,<br />

como Spani (Grupo Zaragoza),<br />

Lojão Fasouto (Fasouto), MartMinas, e<br />

Tonin SuperAtacado, ou de atacadistas<br />

de capital estrangeiro, como o Makro –<br />

que trouxe o formato para o Brasil em<br />

1972 – ou os grandes players varejistas,<br />

como Maxxi Atacado (Walmart),<br />

Assaí (Pão de Açúcar) e Atacadão<br />

(Carrefour), se rentabilizarem melhor<br />

com a operação. “O consumidor busca<br />

economia e consegue isso no cash<br />

& carry, formato que está presente em<br />

todos os níveis socioeconômicos. Ainda<br />

teremos muitos inaugurando lojas<br />

no País. Para aqueles que pensam em<br />

investir, é importante perceber que esse<br />

tipo de loja atende três tipos de clientes:<br />

o varejista, o transformador e o consumidor<br />

final. É uma loja multicliente”,<br />

afirma Guilherme Simon, executivo de<br />

Atendimento da Nielsen.<br />

Desde 1972, o número dessas lojas<br />

só tem crescido no País. Segundo dados<br />

extraídos do último Ranking ABAD<br />

2010 (ano-base 2009), o modelo representou,<br />

no período, 23% das vendas do<br />

atacado distribuidor – setor que cresceu<br />

4,1% e faturou 131 bilhões de reais<br />

no ano. O número de lojas existentes<br />

até 1999, que era de 72, passou para<br />

cerca de 291 unidades em 2009. A esta<br />

altura do presente ano, esse número já<br />

deve ter sido ultrapassado. Ao todo,<br />

o modelo apresentou crescimento de<br />

404% em dez anos, de acordo com a<br />

última pesquisa realizada pela Nielsen.<br />

Mais cOnsuMidOres<br />

O consumidor final que se abastece<br />

nesse tipo de loja realiza nele atualmente<br />

13% de seus gastos. No Brasil,<br />

a região que tem recebido o maior<br />

número de lojas é o Nordeste. “O<br />

modelo vem crescendo mais de 110%<br />

de um ano para o seguinte no Nordeste,<br />

o dobro do seu crescimento<br />

no Sudeste, região em que o formato<br />

cresceu 50%”, afirma Simon.<br />

De olho nas oportunidades que<br />

permeiam o mercado de consumo<br />

nordestino, o Grupo Pão de Açúcar<br />

anunciou, no começo do ano, investimentos<br />

de 5 bilhões de reais até 2012.<br />

Boa parte deles serão para investimentos<br />

na Região Nordeste e nas bandeiras<br />

Assaí e Extra. Tudo, para duplicar<br />

a participação da bandeira Assaí no<br />

local. Como parte desse investimento,<br />

ela inaugurou em junho a quarta<br />

loja da rede no Ceará, em Caruaru. A<br />

perspectiva da empresa é abrir mais 12<br />

lojas até o final do ano. Hoje, o Assaí<br />

conta com 48 unidades no País.<br />

Neste ano, o Maxxi Atacado (Walmart)<br />

abriu operações em Alagoas, na<br />

cidade de Arapiraca. Hoje, a bandeira<br />

tem 48 lojas e pretende fechar 2010<br />

com 54 estabelecimentos, enquanto<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

53


54<br />

capa<br />

“<br />

a maioria das lojas vai<br />

se dirigir ao objetivo<br />

para o qual nasceu,<br />

que é o de atender<br />

pequenos varejistas e<br />

transformadores<br />

nelson Barrizzelli<br />

professor da Fea-UsP<br />

o lojão Fasouto, em aracaju/se:<br />

segmentação para atender melhor os<br />

clientes profissionais<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

o Atacadão (Carrefour), fechou 2009<br />

com 59 lojas no País. Este ano, inaugurou<br />

unidades em Fortaleza/CE,<br />

São Luís/MA e Ilhéus/BA. No ano<br />

passado, o Carrefour Brasil inaugurou<br />

11 unidades Atacadão e dois centros<br />

de distribuição para a rede de autosserviço<br />

no Recife/PE e em Ribeirão<br />

Preto/SP. O objetivo da empresa é fechar<br />

2010 com a abertura de 12 a 15<br />

novas lojas pelo País.<br />

Para fazer frente ao crescimento<br />

coeso e consistente dos players varejistas<br />

na região, o Makro abriu uma<br />

operação no final de setembro em Itabuna/BA.<br />

Nela, a empresa investiu 28<br />

milhões de reais na loja, a terceira unidade<br />

da rede no Estado – e a 76 a no<br />

País – e a última inauguração prevista<br />

para este ano. Para 2011, o Makro pretende<br />

abrir cinco lojas. A fim de alcançar<br />

o crescimento obtido em 2010, e<br />

o previsto para 2011, a bandeira pretende<br />

investir 200 milhões de reais na<br />

abertura dessas lojas.<br />

Para manter a rentabilidade e os<br />

clientes, atacadistas regionais também<br />

estão ampliando sua atuação no Nordeste.<br />

O Grupo KarneKeijo, de Pernambuco,<br />

que atua com distribuição,<br />

abriu a segunda unidade do Deskontão<br />

divulgação<br />

na zona norte do Recife, loja na qual<br />

foram investidos 6,5 milhões de reais.<br />

A empresa tem a expectativa de fechar<br />

2010 com três lojas da bandeira.<br />

“O Deskontão completa a operação do<br />

KarneKeijo no mercado”, ressalta Inácio<br />

Miranda, diretor-superintendente.<br />

O Carvalho Atacado, do Piauí, que<br />

tem na operação atacado de balcão a<br />

sua principal modalidade – a mais tradicional<br />

e antiga praticada no atacado<br />

–, também resolveu investir no formato<br />

e inaugurou a primeira loja de cash<br />

& carry do Grupo. O Carvalho Mercadão<br />

abriu suas portas em julho, em<br />

Teresina, loja na qual foram investidos 6<br />

milhões de reais. Está nos seus planos a<br />

abertura de mais uma loja do Mercadão<br />

ainda neste ano, e também na capital<br />

do Piauí. “As duas lojas de autosserviço<br />

serão testes. Caso sejam bem-sucedidas,<br />

a tendência é transformarmos, no<br />

futuro, as principais lojas de atacado em<br />

cash & carry”, afirma Evangelita Fernandes,<br />

diretora-financeira.<br />

O Grupo MartMinas, de Minas<br />

Gerais, que hoje tem lojas distribuídas<br />

ao longo do Estado mineiro, também<br />

pretende abrir em breve operações<br />

no Nordeste. “Pretendemos ir para<br />

a Região Nordeste, pois entendemos<br />

que lá existe um mercado com muitas<br />

oportunidades, com muito para<br />

ser feito e muito espaço para explorarmos.<br />

Queremos, em um primeiro<br />

momento, aportar na Bahia”, afirma<br />

Murilo Martins, presidente.<br />

Mudança de hábito<br />

A baixa taxa de inflação mudou os hábitos<br />

de compra, e fez com que o abastecimento<br />

dos lares passasse a ser de<br />

reposição, realizada por meio de várias<br />

idas ao ponto de venda, e não mais de<br />

estocagem mensal de mercadorias, fazendo<br />

também com que os hipermercados,<br />

cada vez mais, perdessem clientes<br />

para as lojas de atacado de autosserviço,<br />

realidade econômica que também promoveu<br />

uma ascensão das lojas de bairro<br />

ou de conveniência. “Quem atende esse<br />

consumidor são os pequenos varejos. E<br />

esses pequenos negócios precisam se<br />

abastecer em algum lugar. É aí que as<br />

vendas no cash & carry têm aumentado.<br />

Esse modelo de loja ainda tem um<br />

consumidor que é mais orientado pelo<br />

preço, uma vez que os hipermercados<br />

não acompanharam o crescimento das<br />

classes C e D”, analisa Sílvio Laban, coordenador<br />

geral dos MBA e professor<br />

de Marketing do Insper – Instituto de<br />

Ensino e Pesquisa.<br />

Porém, contrariando o que se<br />

acredita ser o diferencial do formato,<br />

a busca pelo preço está com os dias<br />

contados, acreditam especialistas do<br />

setor. Assim como os hipermercados<br />

passaram por uma crise depois da queda<br />

da inflação, o formato passará por<br />

transformações, mudanças que farão<br />

uma verdadeira “seleção natural” no<br />

mercado. “Acredito que as cadeias de<br />

distribuição no Brasil se movem impulsionadas<br />

por modismos. Até 2000,<br />

o cash & carry manteve o foco dentro<br />

da sua vocação original, que era<br />

a de atender pequenos varejistas que<br />

compram diariamente produtos para<br />

revenda, ou então, a de vender ao<br />

mercado de food service, uma vez que<br />

os distribuidores no Brasil ainda estão<br />

se estruturando para atender o canal<br />

de alimentação fora do lar. Estamos<br />

chegando perto do pico da moda. Não<br />

acredito que as lojas vão desaparecer<br />

ou se transformar em híper. A maioria<br />

vai se dirigir ao objetivo para o qual<br />

nasceu, que é o de atender pequenos<br />

varejistas e transformadores”, analisa<br />

Nelson Barrizzelli, economista e professor<br />

da FEA – Faculdade de Economia<br />

e Administração da USP – Universidade<br />

de São Paulo.<br />

Mas há outra importante mudança<br />

que deverá ocorrer no campo da<br />

especialização e da segmentação do<br />

consumidor profissional, principalmente<br />

do transformador. “O mundo<br />

caminha para a especialização, e os<br />

formatos comerciais, ou de atacado,<br />

tenderão a fazer esse caminho.<br />

O modelo generalista vai sobreviver<br />

como complemento da especializa-<br />

divulgação<br />

ção. Os comerciantes que são alvo<br />

dessa segmentação se tornarão mais<br />

fiéis àqueles que melhor os atenderem”,<br />

ressalta Barrizzelli.<br />

Para Eugenio Foganholo, consultor<br />

da Mixxer, a busca pelo público-alvo<br />

por parte das redes já é uma realidade.<br />

A partir dessa estratégia, as bandeiras<br />

pensarão em todas as nuanças do<br />

negócio, do sortimento aos serviços<br />

oferecidos. “Já está havendo segmentação<br />

de consumidores, estratégia em<br />

que algumas bandeiras direcionam o<br />

foco para o consumidor final de renda<br />

mais elevada, como é o caso do Sam’s<br />

Club, ou para o transformador, como<br />

é o caso do Assaí”, analisa.<br />

equação balanceada<br />

A busca pela prestação de serviço é<br />

outro fator que deverá “apertar as margens”.<br />

Só terão sucesso nessa proposta<br />

empresas que conseguirem balancear a<br />

difícil equação de oferecer serviços sem<br />

aumentar o custo da operação. “Se o<br />

dono do restaurante quer comprar<br />

tudo na loja, eu preciso ter no mix aquilo<br />

de que ele necessita. Isso é manter o<br />

foco sem aumentar o custo operacional.<br />

Sobreviverão aqueles que tiverem<br />

um conhecimento adequado do cliente,<br />

que mantiverem uma constante atua-<br />

lização no mix e que melhorarem sua<br />

prestação de serviço tanto no âmbito<br />

de sua proximidade geográfica como<br />

no alcance do seu marketing”, analisa<br />

Luiz AntonioTonin, diretor do Tonin<br />

SuperAtacado.<br />

Outro fator que deverá afetar diretamente<br />

a operação do cash & carry<br />

diz respeito ao espaço limitado para o<br />

crescimento orgânico do modelo, que<br />

deverá atingir seu pico nos próximos<br />

dez anos, uma vez que a abertura de lojas<br />

vem reduzindo as zonas de atuação.<br />

Com tantas lojas sendo abertas, em algum<br />

momento o cash & carry poderá<br />

esbarrar com mais força no próprio atacado<br />

distribuidor e no varejo, acirrando<br />

a concorrência entre os formatos.<br />

“<br />

Sobreviverão<br />

aqueles que tiverem<br />

um conhecimento<br />

adequado do cliente<br />

luiz antonio tonin<br />

diretor do tonin Superatacado<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

55


56<br />

capa<br />

No entanto, Flávio Almeida, diretorcomercial<br />

do Spani Atacadista, de São<br />

Paulo, bandeira do Grupo Zaragoza,<br />

não acredita nisso. Para ele, o formato<br />

é uma evolução natural do atacado e<br />

não deverá minar a existência de outras<br />

modalidades praticadas no setor. “Acredito<br />

que o cash & carry é resultado das<br />

transformações naturais que o mercado<br />

sofre. Ele resulta das adaptações do<br />

setor a um consumidor em mudança.<br />

O varejo continuará a existir e os distribuidores<br />

também. Todos os formatos<br />

vão conviver”, analisa.<br />

Para Carlos Eduardo Severini, presidente<br />

da ABAD – Associação Brasileira<br />

de Atacadistas e Distribuidores, o<br />

formato não tomará o lugar de outras<br />

modalidades do atacado, uma vez que<br />

todas elas são distintas, e cada uma<br />

delas apresenta vantagens que lhe são<br />

específicas, cabendo ao varejista ou<br />

transformador a tarefa de decidir como<br />

mesclar suas compras, aproveitando<br />

o que há de melhor em cada formato.<br />

“O Brasil é muito grande, e a maioria<br />

dos seus quase 6 mil municípios fica<br />

distante dos grandes centros. Nesses<br />

locais, e até mesmo nos bairros das<br />

grandes cidades, sobreviverão as lojas<br />

de pequeno formato, que são abasteci-<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

das pelo atacadista distribuidor. Tanto o<br />

pequeno empresário, que não pode se<br />

ausentar com frequência para abastecer<br />

sua loja em um autosserviço, como<br />

a indústria, que precisa atingir consumidores<br />

de todos os estratos socioeconômicos,<br />

têm no atacado distribuidor um<br />

grande parceiro”, afirma.<br />

demanda crescente<br />

Também haverá uma demanda crescente<br />

por clientes em todos os pontos<br />

de venda, tanto nas lojas de atacado de<br />

autosserviço como no grande varejo,<br />

nas lojas de bairro ou no negócio do<br />

transformador. Para Leonardo Severini,<br />

diretor do Vila Nova, de Minas Gerais,<br />

todos continuarão a ter seu espaço e<br />

seus clientes para atender. “No atacado<br />

distribuidor, você acaba se destacando<br />

como fornecedor exclusivo de alguma<br />

marca. Para outros varejistas, você tem<br />

alguma prestação de serviço que eles<br />

esperam em detrimento do autosserviço.<br />

Sempre haverá uma distinção de<br />

canais”, analisa.<br />

Outra característica da operação<br />

está no fato de as lojas de cash<br />

& carry precisarem de um tempo de<br />

maturação maior que as de varejo.<br />

Mesmo que o modelo tenha crescido<br />

divulgação<br />

“pretendemos ir para<br />

o nordeste, pois<br />

lá existem muitas<br />

oportunidades e<br />

muito espaço para<br />

explorarmos<br />

murilo martins<br />

presidente do mart minas<br />

com taxas maiores que as do atacado<br />

de entrega tradicional, atualmente a<br />

capacidade de implantação das lojas<br />

só é possível em cidades de grande e<br />

médio porte. “Uma loja pequena deve<br />

vender, no mínimo, 6 milhões de reais<br />

por mês para ser rentável, um desafio<br />

para as redes”, afirma Fernandes.<br />

Outro aspecto que vem atraindo<br />

cada vez mais varejistas para o formato<br />

está no fato de que, mesmo precisando<br />

de um tempo maior para que a<br />

loja seja aceita pelo cliente, os custos<br />

operacionais tornam a modalidade<br />

atraente, uma vez que eles são mais<br />

baixos que os dos hipermercados. “O<br />

custo operacional de cada loja fica em<br />

torno de 8% a 9%. Os outros formatos<br />

não conseguem chegar a esse valor. O<br />

cash & carry torna possível faturar<br />

mais que o varejo por metro quadrado,<br />

por checkout e por funcionário”, analisa<br />

Murilo Martins.<br />

Fidelizar o cliente é um dos maiores<br />

desafios enfrentados pelo atacado de<br />

autosserviço. Não basta realizar promoções,<br />

nem mesmo promover grandes<br />

eventos na loja, para que o cliente<br />

retorne, como acontece nas lojas de<br />

varejo. “Quando você abre um supermercado<br />

e realiza um evento de inau-


58<br />

capa<br />

negócio atraente<br />

Com custo operacional baixo, formato atrai grandes redes e atacadistas regionais<br />

110%<br />

foi o crescimento<br />

do formato no<br />

Nordeste entre<br />

2008 e 2009<br />

404%<br />

foi o crescimento<br />

do número de lojas<br />

em dez anos<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

72<br />

lojas<br />

em 1999<br />

291<br />

lojas<br />

em 2009<br />

23%<br />

é o quanto o modelo<br />

representou no<br />

faturamento do<br />

setor atacadista<br />

distribuidor em 2009<br />

Jefferson Fernandes,<br />

gerente de Marketing<br />

do Roldão: operação em<br />

outros Estados<br />

divisão de público-alvo<br />

atacadista Roldão<br />

Tonin superatacado<br />

MartMinas<br />

spani atacadista<br />

vila Nova<br />

lojão Fasouto<br />

assaí<br />

Maxxi atacado<br />

atacadão<br />

Makro<br />

sam's club<br />

Tenda atacado<br />

divulgação<br />

varejista/<br />

Transformador<br />

70%<br />

40%<br />

60%<br />

70%<br />

70%<br />

80%<br />

30%<br />

30%<br />

20%<br />

80%<br />

80%<br />

50%<br />

consumidor<br />

final<br />

guração, em alguns dias o cliente já fica<br />

fiel à loja. No cash & carry, porém, o<br />

cliente pode ir uma vez, mas talvez não<br />

volte. O tempo de maturação é de cerca<br />

de um a dois anos, tempo necessário<br />

para que o consumidor final se adapte<br />

ao ambiente de compra”, analisa Tonin.<br />

No entanto, quaisquer que sejam as<br />

suposições, o fato é que, em um cenário<br />

tão competitivo, se destacarão as<br />

empresas que conseguirem inovar. Um<br />

exemplo disso foi a ação que a Eurocash,<br />

rede que tem 103 lojas de cash &<br />

carry na Polônia, realizou nesse país. O<br />

grupo criou um sistema para acompanhar<br />

os comerciantes que compravam<br />

em suas lojas. Depois de descobrir os<br />

mais fiéis, desenvolveu um sistema de<br />

franquias chamado ‘lojas ABC’, que<br />

passou a oferecer franquias a clientes<br />

em um raio de até 35 quilômetros de<br />

cada uma das suas lojas. “Os franqueados<br />

do Eurocash compram 50% a 60%<br />

do seu sortimento na rede, que passou<br />

30%<br />

60%<br />

40%<br />

30%<br />

30%<br />

20%<br />

70%<br />

70%<br />

80%<br />

20%<br />

20%<br />

50%<br />

custo operacional<br />

8% a 9% do faturamento<br />

20%<br />

é, em média, o<br />

quanto custa a<br />

menos o<br />

produto em<br />

relação<br />

ao varejo<br />

a oferecer treinamento, layout de loja e<br />

descontos especiais, entre outros tipos<br />

de apoio ao negócio. Há muitas oportunidades<br />

de inovar. Muitas empresas<br />

no Brasil trabalham com os olhos voltados<br />

para o concorrente e disputando<br />

o mesmo mercado. É importante<br />

encontrar novas oportunidades onde<br />

os concorrentes ainda não conseguem<br />

enxergar nada”, afirma Barrizzelli.<br />

Para se diferenciar no mercado, o<br />

Grupo Tenda Atacado, de São Paulo,<br />

inaugurou uma loja junto a um<br />

Shopping Center a fim de se posicionar<br />

perto desses centros de compras,<br />

aproveitando o fluxo de consumidores.<br />

A loja foi aberta no Buriti Shopping<br />

Bauru, no interior de São Paulo.<br />

O shopping ainda está em construção,<br />

e sua inauguração está prevista<br />

para 2012. Embora ele ainda tenha<br />

todo esse tempo para entrar em funcionamento,<br />

o Grupo, em agosto, já<br />

abriu as portas para os clientes.<br />

rentabilidade<br />

cada loja deve vender cerca<br />

de 5 a 6 milhões de reais/<br />

mês para ser rentável<br />

13% 9 mil itens é o<br />

do orçamento<br />

é o quanto o<br />

consumidor<br />

final que se<br />

abastece no<br />

formato gasta<br />

número médio do mix<br />

trabalhado no cash &<br />

carry, e 50 mil é o<br />

do hipermercado<br />

Grandes varejistas no modelo atacadista de autosserviço<br />

atacadão<br />

(carrefour)<br />

73<br />

lojas até o<br />

fim do ano<br />

Maxxi<br />

atacado<br />

(Walmart)<br />

54<br />

lojas até o<br />

fim do ano<br />

assaí<br />

(pão de açúcar)<br />

60<br />

lojas até o<br />

fim do ano<br />

Fonte: empresas e mercado<br />

Outras tendências para o formato<br />

no Brasil, segundo pesquisa realizada<br />

pela Nielsen, são a intensa expansão<br />

global e local; o aumento do<br />

número de lojas por efeito do crescimento<br />

orgânico do modelo e da entrada<br />

de novos players; mais atuação<br />

multiformato como adega, farmácia,<br />

posto de gasolina e lanchonete; a<br />

possibilidade de existência de mais<br />

de uma bandeira de cash & carry<br />

para o mesmo varejista; e a possível<br />

troca do hipermercado por esse outro<br />

tipo de canal. “Entendo que esse<br />

formato veio para ficar, pois atende<br />

com eficácia e é atraente para o seu<br />

publico-alvo. Há hoje algumas distorções<br />

quanto aos aspectos tributários<br />

que precisam ser corrigidas.<br />

Então, veremos com mais clareza e<br />

aceitaremos melhor a especialização<br />

nesse segmento”, acredita Juliano<br />

César Faria Souto, sócio-diretor do<br />

Lojão Fasouto, de Sergipe.n<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

59


60<br />

capa<br />

Em busca<br />

de espaço<br />

O<br />

cenário do atacado de autosserviço<br />

brasileiro mudou<br />

depois da entrada dos players<br />

varejistas no negócio. Bandeiras como o<br />

Assaí (Pão de Açúcar), o Maxxi Atacado<br />

(Walmart) e o Atacadão (Carrefour)<br />

ganharam mercado em consequência<br />

do rápido crescimento orgânico e do<br />

alto aporte financeiro desses grupos,<br />

os quais fizeram com que os atacados<br />

regionais “espremessem” as margens,<br />

e lançassem mão de estratégias e de<br />

muito planejamento para manterem a<br />

competitividade e encontrarem diferenciais<br />

que lhes permitissem encontrar seu<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

Atacados regionais buscam estratégias e<br />

diferenciais para manter a rentabilidade do<br />

negócio e fidelizar o cliente frente às bandeiras<br />

de cash & carry dos players varejistas<br />

pOr Daniela GuiralDelli e Jamille menezes<br />

espaço. “Uma excelente estratégia que<br />

pode ser empregada pelos regionais está<br />

na união de empresas para planejamento<br />

e desenvolvimento de uma bandeira<br />

única. É uma possibilidade desafiadora.<br />

Não é comum o compartilhamento de<br />

propriedades entre as empresas do setor,<br />

mas é uma estratégia de sobrevivência,<br />

e quando se trata de sobrevivência temos<br />

de abrir mão de alguns dogmas”,<br />

analisa Eugenio Foganholo, consultor<br />

da Mixxer.<br />

O aumento do número de novas<br />

bandeiras e lojas no formato vem reduzindo<br />

as margens. Definir o público-<br />

Grupo Pão de Açúcar<br />

investe na expansão da<br />

bandeira pelo Brasil<br />

alvo é um passo importante para que<br />

a operação continue rentável, uma vez<br />

que todo o restante – principalmente<br />

o mix – será definido a partir dessa<br />

estratégia. “Para minimizar os riscos,<br />

identificamos os nossos clientes, 60%<br />

dos quais são consumidores finais e<br />

40% transformadores e varejistas.<br />

Temos mantido clara a nossa relação<br />

com esses clientes, mostrando a eles o<br />

que efetivamente oferecemos”, analisa<br />

Luiz Antonio Tonin, diretor do Tonin<br />

SuperAtacado, de São Paulo.<br />

O foco no cliente também é a estratégia<br />

atual do Atacadista Roldão,<br />

de São Paulo, cujas lojas são frequentadas<br />

por 70% de transformadores e<br />

30% de consumidores finais. A empresa<br />

é uma das que mais crescem<br />

na modalidade. Outra estratégia empregada<br />

consiste em apostar no mix<br />

completo de perecíveis para fidelizar<br />

o cliente. “Não mudamos nossa linha,<br />

o que fez com que mantivéssemos a<br />

fidelidade do nosso cliente. Somos<br />

uma empresa de dez anos, uma empresa<br />

jovem. Por isso, estamos evoluindo<br />

com o mercado. As compras<br />

dos antigos concorrentes diretos<br />

pelas grandes companhias fizeram<br />

com que várias bandeiras tivessem<br />

crescimento rápido, mas só vejo essa<br />

divulgação


62<br />

capa<br />

“rodrigo peterson<br />

a entrada dos grandes<br />

players é uma situação<br />

para a qual temos de estar<br />

preparados (...) eu excluiria<br />

aqueles que tentam abrir um<br />

varejo com cara de atacado<br />

Flávio AlmeidA<br />

diretor-comercial do Spani Atacadista<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

evolução. Segmentar o cliente será<br />

uma tendência que se acentuará cada<br />

vez mais daqui para frente”, analisa<br />

Jefferson Fernandes, gerente de<br />

Marketing da empresa.<br />

O Lojão Fasouto, do Grupo Fasouto,<br />

de Sergipe, também investe na<br />

segmentação para crescer no Nordeste.<br />

Sua loja em Aracaju recebe 80% de<br />

varejistas e transformadores e 20% de<br />

consumidores finais. O objetivo da empresa<br />

é ter seis lojas nos próximos anos<br />

na região. “Iniciamos essa nova atividade<br />

em 2009. Temos o plano de manter<br />

nossas lojas focadas no atendimento<br />

dos pequenos e médios comerciantes<br />

e transformadores, e de oferecer um<br />

mix com as melhores oportunidades de<br />

negócios para esses clientes. A concorrência<br />

ampliou a visibilidade desse formato<br />

e nos força a melhorar a cada dia<br />

nossa operação”, analisa Juliano César<br />

Faria Souto, sócio-diretor da empresa.<br />

O Spani Atacadista, de São Paulo,<br />

bandeira do Grupo Zaragoza, tem um<br />

centro de distribuição em Taubaté/<br />

SP e abriu sua primeira loja de cash &<br />

carry em 2004. Hoje, a rede traz lojas<br />

localizadas nas cidades paulistas de<br />

Guaratinguetá, Mogi das Cruzes, São<br />

José dos Campos e Atibaia, que atendem<br />

70% de clientes transformadores<br />

e varejistas e 30% de consumidores finais.<br />

A empresa vem crescendo cerca<br />

de 25% ao ano, e em 2011 abrirá duas<br />

novas unidades, uma no vale do Paraíba<br />

e outra no interior de São Paulo, em<br />

locais ainda não definidos.<br />

Além do foco no cliente, a bandeira<br />

investe no mix, composto por 10 mil<br />

itens, reforçando categorias como produtos<br />

de padaria e de açougue e hortifrútis,<br />

além de praticar preços diferenciados<br />

no atacado e no varejo. “Temos<br />

ofertas exclusivas e trabalhamos com<br />

dois preços: um para o consumidor e<br />

outro para o atacado. É uma forma de<br />

valorizar o varejista. A entrada de grandes<br />

players no mercado é uma situação<br />

para a qual temos de estar preparados.<br />

No interior, sua atuação ainda é pequena.<br />

Em São José dos Campos, por<br />

exemplo, há seis lojas de cash & carry<br />

e, mesmo assim, o nosso resultado é<br />

bom. A realidade é que esse formato<br />

vai crescer, e eu excluiria aqueles que<br />

estão arriscando e tentando abrir um<br />

varejo com cara de atacado”, afirma<br />

Flávio Almeida, diretor-comercial da<br />

Spani Atacadista.<br />

Há três anos, o Vila Nova, de Minas<br />

Gerais, também investe no formato. A<br />

empresa adquiriu uma unidade em São<br />

José dos Campos/SP. Para se destacar,<br />

adota as estratégias de manter o baixo<br />

custo da operação e buscar diferenciais<br />

no mix. Uma das suas apostas é<br />

na categoria de bebidas. “Somos hoje<br />

reconhecidos por comercializar bebidas<br />

numa escala maior e mais completa.<br />

Também nos fortalecemos em alguns<br />

setores, como o bazar, além de apoiarmos<br />

o transformador. Pretendemos<br />

ter mais uma loja, e para isso estamos<br />

atentos a oportunidades e repensando<br />

estratégias”, afirma Leonardo Severini,<br />

diretor da empresa.<br />

mais serviços<br />

Investir na capacitação dos clientes<br />

transformadores é atualmente uma das<br />

principais estratégias do Makro, que ele<br />

põe em prática por meio de eventos<br />

como o “Makro Extravaganza”. Nele,<br />

a rede promove palestras e seminários<br />

focados em capacitação e gestão, procurando<br />

oferecer ferramentas para que<br />

os transformadores, principalmente donos<br />

de restaurantes, se desenvolvam.<br />

“Se eu quero ser o campeão de vendas<br />

junto a esse consumidor profissional,<br />

tenho de lhe dar mais do que o produto.<br />

Preciso lhe oferecer ferramentas<br />

para que ele se desenvolva e cresça”,<br />

afirma Gustavo Delamanha, diretor de<br />

Marketing do Makro.<br />

A fim de oferecer um mix mais<br />

completo na categoria de bebidas e<br />

importados, a bandeira trouxe para o<br />

País o modelo Speciale Adega & Emporium,<br />

que apresenta variedade em<br />

bebidas e acessórios. A adega traz na<br />

loja a presença de consultores especializados<br />

(sommeliers) para orientar os<br />

clientes e ajudá-los a fazer uma harmonização<br />

correta entre o cardápio e<br />

a carta de vinhos.<br />

Nesse cenário em que cada um<br />

busca um “lugar ao sol”, até mesmo os<br />

players tiveram de redefinir estratégias,<br />

uma vez que o crescimento orgânico<br />

do formato vem contribuindo para<br />

engordar o faturamento dos grandes<br />

grupos. Por exemplo, a participação do<br />

Assaí aumentou de 1,3% em 2007 para<br />

8,4% em 2009, nas vendas do Grupo<br />

Pão de Açúcar, quando faturou 2,2 bilhões<br />

de reais.<br />

Inicialmente, o Maxxi Atacado<br />

(Walmart) atuava nos Estados do sul.<br />

Hoje, a rede opera com 48 unidades<br />

em 12 Estados, sendo que a última loja<br />

foi inaugurada em Blumenau/SC em<br />

setembro. O objetivo da bandeira é<br />

crescer em conformidade com o desen-<br />

Marcelo Dalmáz, do Maxxi Atacado:<br />

conhecimento de mercados regionais<br />

divulgação<br />

volvimento do mercado brasileiro, privilegiando<br />

o custo baixo da operação.<br />

Para isso, aposta no sortimento adequado<br />

para cada região.<br />

Marcelo Dalmáz, diretor de Operações<br />

do Maxxi, afirma que a presença<br />

da empresa em diferentes Estados possibilita<br />

o conhecimento dos mercados<br />

regionais, uma vez que a rede lida com<br />

diferentes tipos de público. O executivo<br />

encara a concorrência como um benefício<br />

para o cliente, que tem muitas opções<br />

para realizar seu abastecimento.<br />

“Essas redes varejistas deram maior visibilidade<br />

para formatos que já existiam<br />

e fizeram com que se intensificasse a<br />

presença desses modelos. Isso é positivo<br />

e a concorrência beneficia pequenos<br />

e médios comerciantes, revendedores e<br />

transformadores, bem como a pessoa<br />

física. Todos ganham mais opções de<br />

compras. O mercado ficou mais amplo”,<br />

analisa.<br />

outros países<br />

A principal estratégia do Atacadão<br />

(Carrefour) em 2010 consistiu em ampliar<br />

o alcance da bandeira no Nordeste<br />

para aproveitar o desenvolvimento dessa<br />

região. A empresa anunciou, no começo<br />

do ano, investimentos de 2,5 bilhões<br />

de reais para o biênio 2010-2011,<br />

esquentando a briga por esses mercados,<br />

pois o Grupo Pão de Açúcar, detentor<br />

do Assaí, pretende investir boa<br />

parte dos 5 bilhões de reais (ver página<br />

53) até 2012 no Norte e no Nordeste.<br />

A empresa também levou o formato<br />

para outros países da América Latina.<br />

No primeiro semestre, abriu uma loja<br />

na Colômbia, o Atacadón, e ainda no<br />

segundo semestre deste ano, pretende<br />

abrir uma unidade na Argentina.<br />

De olho no mercado internacional,<br />

o Tenda Atacado, de São Paulo, rumou<br />

para a África e inaugurou uma<br />

loja em Angola, na capital Luanda,<br />

uma das expansões mais inusitadas do<br />

ano, levando o modelo de atacado de<br />

autosserviço para os consumidores de<br />

um país em construção. Chamada de<br />

“Alimenta Angola”, foram investidos<br />

10 milhões de dólares no projeto. A<br />

empresa tem a expectativa de inaugurar<br />

dez lojas nos próximos cinco anos.<br />

“Angola foi escolhida como o primeiro<br />

país para a internacionalização do Grupo<br />

Tenda Atacado, e isso por vários<br />

motivos. Os principais foram a língua<br />

portuguesa, que é comum à empresa e<br />

ao país, a estabilidade política, a grande<br />

reconstrução que está ocorrendo em<br />

Angola e, principalmente, a cultura do<br />

povo, que é muito receptiva”, afirma<br />

Carlos Eduardo Severini, diretor-geral<br />

da empresa.<br />

Também pertencendo ao Walmart,<br />

o Sam’s Club – modelo de clube de<br />

compra que tem operações em nove<br />

Estados mais o Distrito Federal, e que<br />

conta com 24 unidades – não comenta<br />

investimentos na bandeira. A empresa<br />

tem por perspectiva aumentar a participação<br />

das lojas, além de segmentar a<br />

operação por região e tipo específico de<br />

cliente. A bandeira prevê o crescimento<br />

do modelo a fim de atender às populações<br />

periféricas das grandes e médias<br />

cidades por meio de uma união entre<br />

mix diferenciado, atendimento ágil, localização<br />

de fácil acesso e sortimento<br />

adequado para cada região, além da<br />

oferta de um preço justo.<br />

A empresa não revela informações<br />

sobre as margens, mas contou à DIS-<br />

TRIBUIÇÃO que trabalha com muito<br />

empenho na produtividade e no<br />

controle das despesas (por exemplo,<br />

energia, água, horas extras, manutenção,<br />

impressão de documentos, e<br />

insumos), além de permanecer atenta<br />

às boas práticas, o que a está levando<br />

a obter reduções expressivas nesses<br />

aspectos. Segundo Luiz Antônio Zacharias,<br />

vice-presidente da bandeira,<br />

o clube tem voltado o seu foco para a<br />

redução de custos e para a oferta de<br />

um mix diferenciado para os sócios.<br />

"Os consumidores são os que mais<br />

se beneficiaram com a concorrência<br />

acirrada. Todas as redes vêm buscando<br />

atender às necessidades de toda a<br />

população dentro de suas propostas<br />

de valor", afirma. n<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

63


64<br />

estratéGia<br />

diversificação<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

A fim de se manterem atuantes<br />

em um cenário cada vez mais<br />

competitivo, empresas do atacado<br />

distribuidor abrem novas frentes<br />

de negócio para atenderem<br />

às necessidades de um novo<br />

perfil de consumidor<br />

Por Daniela GuiralDelli<br />

rentável<br />

dreamstime<br />

O<br />

atacado distribuidor, impulsionado<br />

pelas mudanças nos hábitos<br />

do consumidor, que está<br />

cada vez mais exigente e tem características<br />

multicanal e multiformato – isto<br />

é, realiza seu abastecimento em vários<br />

tipos de canais e formatos de lojas –, e<br />

pela necessidade de manter a rentabilidade<br />

do negócio e enfrentar a concorrência,<br />

vem diversificando a operação<br />

e investindo em outros modelos de<br />

negócio dentro da própria operação.<br />

“A evolução irá ocorrer conforme o entendimento<br />

do consumidor e com base<br />

em pesquisas a respeito dos hábitos de<br />

consumo das microrregiões. Saímos<br />

da geração preço versus preço e passamos<br />

para preço versus atendimento e<br />

diferenciação”, analisa Roberto de Oliveira,<br />

professor do Núcleo de Estudos<br />

do Varejo da ESPM – Escola Superior<br />

de Propaganda e Marketing e diretor<br />

da Consultoria Foco.<br />

No entanto, para entrar em novos<br />

mercados, é importante tomar alguns<br />

cuidados para que uma estratégia que<br />

objetiva o crescimento da empresa<br />

não tenha efeito contrário e acabe se<br />

revelando um “tiro no pé”, trazendo,<br />

em vez de resultados e números positivos<br />

no faturamento, dissabores e<br />

perda de competitividade. A mesma<br />

busca pela diversificação vivida hoje<br />

pelas empresas do atacado distribuidor<br />

mudou a atuação no varejo em<br />

momentos anteriores. Nas décadas de<br />

1970 e 1980, ocorreu uma febre em<br />

relação à abertura dos hipermercados,<br />

uma vez que se tentava colocar<br />

no mesmo ponto de venda produtos<br />

para atender às necessidades de consumo<br />

de todos os públicos. “Com o<br />

tempo, esse formato perdeu espaço<br />

para as lojas de eletroeletrônicos, fato<br />

que não deixou que o fluxo de vendas<br />

nos grandes hipermercados caísse. As<br />

diversificações que vêm acontecendo<br />

no atacado decorrem da mudança dos<br />

hábitos do consumidor”, analisa Reynaldo<br />

Saad, sócio-líder no Atendimento<br />

ao Setor Varejista da Deloitte.<br />

Porém, optando por diversificar a<br />

As diversificações<br />

que vêm<br />

acontecendo no<br />

atacado decorrem<br />

da mudança<br />

dos hábitos do<br />

consumidor<br />

operação e atuar em outras modalidades,<br />

seja dentro da operação atacadista<br />

ou fora dela, a empresa deve fazêlo<br />

embasada em planejamento, e não<br />

movida apenas pelo “efeito manada”,<br />

isto é, somente porque todos estão fazendo<br />

isso. Também é importante que<br />

se faça a seguinte pergunta: “Quero<br />

seguir ou ser seguido?” A partir da<br />

resposta, é fundamental traçar uma<br />

estratégia, em primeiro lugar, para se<br />

diferenciar, e em segundo, para imprimir<br />

uma identidade própria no novo<br />

modelo de negócio adotado.<br />

fOcO nO negóciO<br />

De fato, diversificar amplia a atuação<br />

no mercado, mas essa estratégia<br />

vem acompanhada por vantagens e<br />

desvantagens, prós e contras, ganhos<br />

e perdas, e leva a empresa a pisar em<br />

terreno perigoso. Para aqueles que<br />

decidem correr o risco, é importante<br />

manter o profissionalismo, mas sem<br />

perder o foco no negócio; investir em<br />

uma gestão independente e em resultados<br />

independentes, isto é, os resultados<br />

positivos de uma empresa não podem<br />

encobrir as deficiências de outra, e<br />

vice-versa; aproveitar as sinergias para<br />

a redução dos custos fixos; e, acima<br />

de tudo, manter a sustentabilidade da<br />

cadeia, ou seja, o atacadista deve evitar<br />

uma “competição predatória” com seus<br />

clientes varejistas. Por isso, é importante<br />

redobrar os cuidados ao investir em<br />

formatos que visem “tomar” clientes<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

65


66<br />

estratégia<br />

Van Fernandes, do<br />

Carvalho: nova operação<br />

no cash & carry<br />

Dicas para<br />

Diversificar<br />

a operação<br />

4 Mantenha o<br />

profissionalismo sem<br />

perder o foco.<br />

4 Mantenha independentes<br />

a gestão e os resultados,<br />

pois eles não podem se<br />

coibir entre si.<br />

4 Aproveite sinergias para a<br />

redução dos custos fixos.<br />

4 Faça um planejamento<br />

estratégico para saber<br />

aonde quer ir e quando<br />

quer chegar.<br />

4 Imprima sua identidade no<br />

modelo adotado.<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

fotos Divulgação<br />

dos seus clientes. “Quando você atua<br />

em diversos modelos, deve ser competente<br />

em todos eles e buscar a eficiência,<br />

uma vez que cada operação tem<br />

as suas dificuldades”, afirma Thomaz<br />

Simões de Lima, diretor-geral da Maranhão<br />

Atacado.<br />

Diversificar a área da distribuição<br />

é, desde 1995, o objetivo do Grupo<br />

Maranhão, que sentiu a necessidade<br />

de atuar em outras frentes dentro da<br />

própria modalidade para atender melhor<br />

o cliente e prestar um serviço de<br />

qualidade para a indústria enquanto<br />

distribuidor, além de melhorar a rentabilidade<br />

dos seus negócios. A empresa<br />

atua no canal direto por intermédio de<br />

lojas de varejo, e no indireto com modelos<br />

de distribuição, nos quais tem<br />

equipes segmentadas por áreas, seja<br />

como atacado generalista ou distribuição<br />

especializada. A empresa tem<br />

igualmente uma equipe comercial focada<br />

no varejo tradicional, na área de<br />

perfumaria, que atende o canal supermercadista<br />

e lojas especializadas. O<br />

planejamento de crescimento da Maranhão<br />

também inclui a abertura de<br />

um cash & carry nos próximos cinco<br />

anos. “Temos três lojas de supermercado<br />

e nossos planos de expansão serão<br />

postos em prática a partir de 2011.<br />

Nosso planejamento também prevê a<br />

inauguração de uma loja de autosserviço<br />

até 2015”, afirma Lima.<br />

reestruturação<br />

Para segmentar sua atuação e agregar<br />

qualidade ao atendimento prestado pelos<br />

vendedores no ponto de venda, a<br />

empresa reestruturou o portfólio trabalhado<br />

pelos Representantes Comerciais<br />

Autonômos (RCAs), diminuindo o número<br />

de itens, estratégia que encontrou<br />

resistência por parte da equipe comercial.<br />

Mas essa resistência foi superada<br />

graças a investimentos na capacitação<br />

dos vendedores. “A grande dificuldade<br />

consistiu em garantir a sustentabilidade<br />

das equipes de vendas com portfólio<br />

menor. Quando enxugamos o mix, os<br />

profissionais encontraram dificuldades<br />

para manter o ganho. Mas ao reduzir<br />

o número de produtos, demos uma<br />

condição melhor para que o RCA trabalhasse<br />

o cliente. A empresa fez com<br />

que o profissional trocasse a quantidade<br />

pela qualidade”, diz Lima.<br />

Assim como aconteceu com o<br />

formato do hipermercado em épocas<br />

passadas, no atacado distribuidor<br />

a modalidade autosserviço vem se<br />

destacando ano após ano, e é considerada<br />

como a “bola da vez” para<br />

especialistas do setor e empresas que<br />

estão procurando diversificar os negócios.<br />

Por essa razão, a modalidade<br />

vem ganhando espaço na operação do<br />

canal. “O atacado de autosserviço, ou<br />

cash & carry, é uma tendência à qual<br />

um número ainda maior de empresas<br />

do segmento irá aderir nos próximos<br />

anos. O formato está muito mais<br />

consolidado do que alguns anos atrás,<br />

quando nomes como Sam’s e Makro<br />

dominavam. Trata-se de uma espécie<br />

de ponto de venda muito forte, com<br />

efeitos significativos”, analisa Saad.<br />

Fora do eixo Sul–Sudeste, até mesmo<br />

empresas atacadistas tradicionais<br />

como o Grupo Carvalho, do Piauí, região<br />

em que o atendimento do cliente<br />

profissional por meio do balcão tem a<br />

preferência, resolveram investir no atacado<br />

de autosserviço, uma vez que a<br />

empresa também já opera no varejo<br />

com a bandeira Hiper Carvalho.<br />

Sua primeira loja de cash & carry,<br />

o Carvalho Mercadão, abriu as portas<br />

em julho. Foi inaugurado em uma área<br />

onde funcionava um dos hipermercados<br />

do grupo. A loja passou por reforma<br />

e teve sua área ampliada de 5 mil<br />

metros quadrados para 9 mil metros<br />

quadrados, obra na qual foram investidos<br />

6 milhões de reais. Está nos seus<br />

planos a abertura de mais uma loja do<br />

Mercadão ainda neste ano, também na<br />

capital Teresina. “O atacado tradicional<br />

Roberto<br />

de Oliveira,<br />

da ESPM: hábitos<br />

de consumo ditam<br />

mudanças<br />

ainda tem a preferência do cliente profissional<br />

no Estado, mas antes mesmo<br />

de fazermos a virada da bandeira, as<br />

vendas na loja começaram a aumentar,<br />

pois juntamos e agregamos novos clientes<br />

profissionais, que ficaram satisfeitos<br />

por encontrarem mais variedade. As<br />

duas lojas de autosserviço serão testes,<br />

e caso sejam bem-sucedidas, temos a<br />

perspectiva de transformar as principais<br />

lojas de atacado em cash & carry no<br />

futuro”, afirma Evangelita Fernandes,<br />

diretora-financeira.<br />

necessidade de mercado<br />

A Distribuidora Fasouto, de Sergipe,<br />

com sede em Aracaju, também vem<br />

apostando no atacado de autosserviço<br />

para crescer e enfrentar a concorrência.<br />

A empresa, que já atua nas modalidades<br />

atacado distribuidor e distribuição<br />

especializada, pretende crescer<br />

50% em 2010 no formato cash & carry<br />

e cerca de 25% na área de distribuição.<br />

“A diversificação surgiu da necessidade<br />

de atender o mercado, pois só com o<br />

formato tradicional encontramos dificuldades,<br />

em razão do custo ou do mix<br />

mais atrativo. O autosserviço se transformou<br />

em um competidor e enxergamos<br />

na modalidade uma oportunidade<br />

para crescermos e nos defendermos da<br />

concorrência”, afirma Juliano César,<br />

sócio-diretor.<br />

A empresa também teve de superar<br />

desafios ao optar pela diversificação<br />

dos modelos, sendo o principal deles o<br />

de adaptar a operação ao novo formato.<br />

O grupo está estudando o mercado<br />

e consta no seu planejamento a inauguração<br />

de mais um lojão neste ano. “Ao<br />

decidirmos entrar na operação de cash<br />

& carry com o Lojão Fasouto, contratamos<br />

uma consultoria especializada.<br />

Depois, investimos em uma equipe<br />

totalmente focada no negócio. O formato<br />

nos obriga a investir em lojas para<br />

crescer, diferentemente do atacado distribuidor,<br />

que pode ampliar a operação<br />

de maneira interna. No momento, estamos<br />

em fase de análise, para ver onde<br />

vamos investir”, afirma César. n<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

67


68<br />

tecnologia<br />

Renovação<br />

constante<br />

Depois de consolidarem a automação da sua força de<br />

vendas no setor, empresas de tecnologia reinventam a<br />

oferta de suas ferramentas para continuarem crescendo<br />

no atacado distribuidor<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

Por Paula Pereira<br />

dreamstime<br />

Já se passaram cerca de 15 anos<br />

desde que o setor atacadista distribuidor<br />

descobriu o potencial das<br />

soluções de automação para impulsionar<br />

a força de vendas. Com a promessa<br />

de tirar do papel os pedidos dos representantes<br />

que visitam os clientes do varejo,<br />

constatou-se que essas soluções<br />

davam mais fôlego às vendas, evitavam<br />

erros e eliminavam o retrabalho de passar<br />

a limpo e registrar para a empresa<br />

todos os pedidos feitos durante o dia.<br />

A partir do mero registro nos então<br />

PDAs (Personal Digital Assistants), a<br />

ferramenta foi evoluindo no sentido de<br />

melhorar a comunicação. De repente,<br />

além de ajudar no registro digital, também<br />

passou a ser possível transmitir informações<br />

digitais por via remota para<br />

a companhia.<br />

“No passado, o atacado distribuidor<br />

trabalhava de maneira operacional<br />

(volume) e tentava ser eficiente.<br />

Hoje, ele trabalha com a visão de<br />

resultado (valores) a cada negociação<br />

feita”, diz Thiago Batista, gerente de<br />

Marketing da Acácia Consultoria.<br />

A adoção da ferramenta se consolidou.<br />

Atualmente, é muito difícil encontrar<br />

alguma empresa do setor que ainda<br />

não tenha recorrido a uma solução de<br />

automação da força de vendas.<br />

As empresas de tecnologia que se<br />

especializaram nesse segmento estão<br />

reinventando suas ofertas para se<br />

adequarem a esse novo momento da<br />

automação da força de vendas. As<br />

necessidades do setor mudaram. A<br />

digitalização dos pedidos já não basta,<br />

especialmente depois que ocorreu uma<br />

mudança ainda mais significativa, dessa<br />

vez no próprio papel do vendedor no<br />

PDV, que passou, cada vez mais, a desempenhar<br />

a função de um consultor,<br />

em vez de apenas tirar pedidos.<br />

redução de custos<br />

“Hoje, o grande diferencial e a principal<br />

vantagem da automação da força<br />

de vendas é servir de subsídio para o<br />

RCA em campo. É prover ferramentas<br />

para que a equipe de gestão e supervisão<br />

possa acompanhar o desempenho<br />

do representante no decorrer do dia”,<br />

afirma Sérgio Girão, diretor-presidente<br />

da Polibrásnet.<br />

Mais voltada para a oferta de<br />

software nesse segmento, a empresa,<br />

que tem como carro-chefe o sistema<br />

Fastseller, lançou neste ano o Comuniq,<br />

uma ferramenta integrada ao seu<br />

sistema e que transforma o PDA em<br />

telefone VoIP. Isto é, o computador<br />

de bolso que o representante carrega<br />

consigo pode fazer chamadas gratuitas<br />

para os demais representantes, sem<br />

custo de ligação, roaming ou DDD,<br />

pois funciona como se eles estivessem<br />

se comunicando pela internet.<br />

“Estamos tendo uma boa resposta<br />

ao oferecer uma redução de custos<br />

muito grande principalmente para<br />

empresas que atuam em regiões com<br />

vários DDDs. A economia é superior<br />

a 50% em custos de comunicação”,<br />

conta Girão.<br />

Segundo ele, além da função de voz,<br />

o Comuniq conta com uma pequena<br />

ferramenta de BI (Business Intelligence)<br />

que permite enviar alertas para o<br />

representante em campo, otimizando<br />

igualmente a estratégia de vendas.<br />

wladimir de souza<br />

“O próximo passo será a integração<br />

dessa ferramenta com o trabalho<br />

do supervisor graças ao lançamento<br />

do ‘supervisor virtual’ até o fim do<br />

ano. Com isso, será possível enviar<br />

um conjunto de alertas para os RCAs<br />

e para os supervisores.”<br />

Outra empresa que, durante quase<br />

15 anos, esteve muito focada na automação<br />

da força de vendas e vem reestruturando<br />

sua oferta para o atacado<br />

distribuidor é a MGI.<br />

Essa empresa, que atuou por<br />

vários anos com parceiros como<br />

HP e HTC fornecendo o aparelho<br />

(hardware) para o setor, reconheceu<br />

novas oportunidades de negócio e<br />

vem abrindo sua área de atuação.<br />

Há pouco mais de um ano, a mudança<br />

começou com uma parceria com<br />

a Intermec, fabricante de coletores que<br />

está de olho na adoção crescente desses<br />

equipamentos pelos Centros de<br />

Distribuição do atacado distribuidor.<br />

Hoje, a MGI também adotou o uso<br />

de coletores para os representantes do<br />

atacado no PDV. Sendo equipamentos<br />

mais robustos e com aplicações semelhantes<br />

às dos smartphones, os coletores<br />

possibilitam o registro dos pedidos<br />

e o acesso ao sistema de gestão,<br />

além de fazerem a leitura de código de<br />

barras. Por tudo isso, quando chega a<br />

hora de substituir os equipamentos, os<br />

coletores têm conquistado a preferência<br />

dos usuários.<br />

A razão é muito simples. O coletor<br />

pode trabalhar durante cerca<br />

de cinco anos sem precisar de manutenção<br />

ou de ser substituído. Os<br />

smartphones, no entanto, em cerca<br />

de dois anos têm de passar por esse<br />

processo. “Hoje, a Intermec já representa<br />

mais de 50% do faturamento<br />

da área de mobilidade da MGI, o que<br />

corresponde a cerca de 75% do nosso<br />

negócio”, aponta Roberto Lechuga,<br />

gerente de Marketing da MGI.<br />

Outra frente na qual a MGI vem<br />

apostando é o gerenciamento de parque<br />

de seus clientes, isto é, a empresa assume<br />

a gestão de todos os equipamentos,<br />

“<br />

No momento da<br />

substituição de<br />

equipamentos,<br />

os coletores<br />

estão ganhando<br />

a preferência<br />

RobeRto Lechuga<br />

gerente de marketing da MgI<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

69


70<br />

tecnologia<br />

monitorando seu estado de conservação,<br />

seu uso correto e sua necessidade<br />

de manutenção ou substituição.<br />

A oferta funciona como um contrato<br />

de prestação de serviço no qual o cliente<br />

opta pelo gerenciamento remoto do parque.<br />

Com isso, é possível obter informações<br />

sobre o desgaste dos equipamentos,<br />

o uso adequado ou não da memória,<br />

a verificação de ter ou não ocorrido<br />

download de aplicativos não autorizados<br />

pelo representante, o monitoramento<br />

do status da validade da bateria e do<br />

uso correto do aparelho, etc.<br />

Com o gerenciamento de parque, a<br />

MGI espera ampliar sua participação<br />

da área de serviços em seu faturamento<br />

dos atuais 20% para 35%.<br />

Um caminho para uma empresa aumentar<br />

a participação de mercado agregado<br />

à oferta de hardware é a parceria<br />

com as operadoras de telefonia móvel.<br />

Por exemplo, a Acácia Consultoria, em<br />

parceria com a TIM, desenvolveu uma<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

solução de mobilidade para a força de<br />

vendas da indústria alimentícia Marilan.<br />

Com smartphones HTC Touch,<br />

em comodato com a operadora,<br />

a Acácia entrou com a oferta do<br />

software de automação, permitindo que<br />

230 usuários, incluindo supervisores,<br />

vendedores e até diretores de vendas<br />

compartilhem informações por meio de<br />

um único aparelho. Antes disso, o mesmo<br />

fluxo precisava de, pelo menos, dois<br />

equipamentos para garantir que todos<br />

tivessem acesso on-line ao banco de<br />

dados, o que permitia planejar a produção<br />

e checar o estoque e o histórico dos<br />

clientes, entre outras funções.<br />

Para obter melhores resultados, é<br />

preciso haver troca de informações entre<br />

a equipe de venda em tempo real, informando,<br />

por exemplo, quais as metas<br />

e o que já foi realizado, lançamento de<br />

produtos, estoque crítico, pacote de promoções<br />

e rentabilidade de cada pedido”,<br />

diz o gerente de Marketing da Acácia.<br />

“<br />

a Motorola<br />

espera aumentar<br />

em 150% os<br />

negócios da<br />

divisão de<br />

Mobilidade<br />

VANDERlEI FERREIRA<br />

diretor de Desenvolvimento de<br />

Novos Negócios da<br />

Motorola Solutions<br />

divulgação<br />

Segundo ele, com a automação da<br />

força de vendas em tempo real, o atacado<br />

distribuidor e a indústria passaram a<br />

ter uma noção imediata de seu mercado<br />

e, consequentemente, a eliminar cortes<br />

de produtos, diminuindo a inadimplência<br />

e reduzindo o tempo de entrega, entre<br />

outras inúmeras oportunidades.<br />

aparelhos robustos<br />

Entre essas duas tendências, a Motorola,<br />

que em 2006 adquiriu a fabricante<br />

de coletores Symbol, ingressou com<br />

seus coletores aplicados à força de vendas<br />

no mercado corporativo, em parceria<br />

com as operadoras Vivo e Claro,<br />

desde maio deste ano.<br />

Com os equipamentos MC5574, o<br />

objetivo da Motorola foi oferecer aparelhos<br />

mais robustos para quem trabalha<br />

em campo, fazendo trafegarem<br />

informações como ordens de serviço e<br />

pedidos em tempo real, e também outros<br />

recursos, como leitora de código<br />

de barras, câmera e walkie-talkie. Com<br />

isso, a Motorola espera aumentar em<br />

150% os negócios da divisão de Mobilidade<br />

da empresa.<br />

“Ainda não é possível avaliar os<br />

resultados, pois estamos em fase de<br />

desenvolvimento de relacionamento<br />

e preparação de conteúdo para formação<br />

das equipes comerciais. Isso<br />

porque a estratégia exige uma nova<br />

abordagem e um novo posicionamento”,<br />

diz Vanderlei Ferreira, diretor de<br />

Desenvolvimento de Novos Negócios<br />

da Motorola Solutions.<br />

Fornecedora de hardware, a Motorola,<br />

paralelamente, aposta na parceria<br />

com empresas de software de<br />

automação. “A Motorola vem trabalhando<br />

para consolidar sua presença<br />

junto aos desenvolvedores de software<br />

desse segmento. Essa estratégia começou<br />

em 2005, e a Motorola pretende<br />

ampliar ainda mais o seu alcance.<br />

Além disso, a estratégia de venda<br />

realizada com as operadoras permitirá<br />

um crescimento maior”, aponta<br />

Nelson Mariano, diretor de Canais<br />

da Motorola Solutions.n<br />

mais 5 absorção * x


72<br />

transporte<br />

No caminho<br />

nem furgões, nem<br />

meio<br />

pesados. embora o<br />

mercado de caminhões<br />

esteja aquecido em<br />

todas as categorias,<br />

no atacado distribuidor<br />

meionem<br />

o que impera é a<br />

participação dos<br />

caminhões leves<br />

e médios<br />

do<br />

nos últimos anos, o aumento do<br />

cerco em relação às restrições<br />

de tráfego de veículos de carga<br />

em grandes centros urbanos como São<br />

Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte<br />

levou o setor a criar a expectativa de<br />

que a frota caminharia para os veículos<br />

menores. Foi o boom das vans e furgões,<br />

sucesso dos comerciais leves.<br />

Em 2010, a indústria de caminhões<br />

se reaquece de modo expressivo em<br />

todas as categorias, mas toma outro<br />

rumo. Os destaques das vendas neste<br />

ano, responsáveis por mais da metade<br />

dos 110.176 veículos comercializados<br />

até agosto, estão no outro extremo<br />

desse mercado: nos caminhões pesados<br />

e semipesados que, no período, já<br />

somam mais de 70 mil unidades.<br />

Demanda reprimida, economia favorável,<br />

incentivos fiscais, reconhecimento<br />

da necessidade de complementar a<br />

frota com veículos maiores aplicados<br />

ao trecho rodoviário. Foram diversas as<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

razões que puxaram esse crescimento.<br />

No recorte setorial, quando examinamos<br />

com uma lupa o setor atacadista<br />

distribuidor, constatamos que o cenário<br />

não parece tender nem para um lado<br />

nem para o outro. Embora ambas as<br />

categorias continuem crescendo dentro<br />

do segmento e sejam alvo da ambição<br />

das montadoras, que desejam, cada vez<br />

mais, conquistar esse nicho de mercado,<br />

as categorias que imperam, imunes<br />

às sazonalidades e às tendências, são as<br />

dos caminhões leves e médios, especialmente<br />

os modelos com peso bruto total<br />

(PBT) de oito ou nove toneladas.<br />

“O atacadista ainda prefere esse<br />

tipo de caminhão, mais versátil, para<br />

fazer coleta e entrega urbana. Os<br />

caminhões de 8 t e 9 t são os carroschefes<br />

nesse segmento, que eventualmente<br />

também fazem rotas de curtas<br />

distâncias”, conta Carlos Rocca<br />

de Almeida, supervisor de Operações<br />

Comerciais e Vendas Especiais Ca-<br />

por paula pereira<br />

minhões da MAN (VW Caminhões<br />

e Ônibus).<br />

É difícil obter, em números exatos, o<br />

tamanho e a composição da frota do setor<br />

atacadista distribuidor, mas estima-se<br />

que, em média, 80% dela seja constituída<br />

por veículos leves e médios.<br />

Para se ter uma ideia dessa dimensão,<br />

apenas o Arcom, atacadista<br />

distribuidor sediado em Uberlândia/<br />

MG, fechou no fim de 2009 uma das<br />

maiores compras de caminhões já realizadas<br />

por um único cliente em um<br />

único pedido para reforçar sua frota<br />

deste ano. Ao todo, 340 caminhões<br />

foram comprados da então Volkswagen<br />

Caminhões e Ônibus, sendo 300<br />

unidades do modelo 9150, um veículo<br />

leve, de 9 t de PBT.<br />

Antes do Arcom, o Sistema Integrado<br />

Martins já havia fechado uma compra<br />

de 725 caminhões da Iveco, sendo<br />

305 leves e semileves da linha Daily.<br />

Mais recentemente, uma nova compra<br />

de veículos da categoria estaria sendo<br />

fechada pelo atacadista distribuidor.<br />

“Estamos acompanhando a indústria<br />

de caminhões, e ela manifesta um<br />

crescimento muito intenso em todos os<br />

segmentos. O setor atacadista distribuidor<br />

é impulsionado pela distribuição<br />

urbana. Nesse sentido, os caminhões<br />

leves e médios se destacam para esse<br />

tipo de aplicação”, diz Marcel Bueno,<br />

responsável pelo Marketing de Produtos-Caminhões<br />

da Ford.<br />

A Ford Caminhões, que viu nas<br />

restrições de tráfego uma oportunidade<br />

para lançar no mercado brasileiro o<br />

seu modelo de comercial leve Transit,<br />

obteve um crescimento de 71% na categoria<br />

no ano passado, considerando<br />

a soma da venda total para todos os<br />

setores. Para o atacadista distribuidor,<br />

a principal aposta é nos modelos<br />

Cargo815E, caminhão leve de 8 t, e o<br />

Cargo1317E, médio de 13 t.<br />

Ambos os modelos vêm crescen-<br />

61%<br />

foi o quanto cresceram<br />

as vendas de caminhões<br />

no País, de janeiro a<br />

agosto de 2010, em<br />

comparação com igual<br />

período de 2009<br />

do no portfólio da Ford. Até agosto,<br />

o Cargo815E obteve um avanço de<br />

58% no volume de vendas, enquanto<br />

o Cargo1317E cresceu 35% no<br />

mesmo período.<br />

Com uma extensa gama de produtos<br />

em cada categoria, a Mercedes-<br />

Benz tem nos modelos 710 e Accelo<br />

915C (7 t e 9 t) os campeões de ven-<br />

das em leves para o segmento.<br />

“São dois produtos destinados a<br />

aplicações urbanas e que se encaixam<br />

no contexto de distribuição para o<br />

atacadista, inclusive dentro da especificação<br />

do VUC”, diz Eustáquio Sirolli,<br />

gerente de Produtos-Caminhões<br />

da Mercedes-Benz.<br />

Até agosto, o Accelo 915C, que<br />

hoje tem como principal referência sua<br />

aplicação nas entregas urbanas da rede<br />

varejista Casas Bahia, cresceu 77%,<br />

saltando de 1.186 unidades para 2.100.<br />

Com menor variação, mas volume expressivo,<br />

o 710 cresceu 27%, totalizando<br />

4.827 veículos vendidos até agosto<br />

de 2010. Em 2009, no mesmo período,<br />

o modelo vendeu 3.809 unidades.<br />

Por sua vez, nos médios, o L1318<br />

completa a lista dos principais produtos<br />

para o setor, que ainda conta com<br />

uma linha de médios Atego, o 1418 e<br />

1518, de 14 t e 15 t.<br />

Já consolidada com a linha Daily,<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

73


74<br />

transporte<br />

setor em alta<br />

O mercado de caminhões vive um momento<br />

de ascensão. Depois de sofrer com o<br />

adiamento dos investimentos em frota<br />

durante a crise econômica global, o setor<br />

finalmente experimenta sua retomada.<br />

Com a prorrogação da isenção do IPI até o<br />

final do ano e um crescimento acumulado<br />

de 61% de janeiro a agosto em relação<br />

ao mesmo período de 2009, segundo<br />

dados fornecidos pela Carta da Anfavea<br />

– Associação Nacional dos Fabricantes<br />

de Veículos Automotores, o setor espera<br />

comemorar em 2010 um novo recorde<br />

de vendas, atingindo 150 mil unidades<br />

comercializadas e batendo 2008, ano em<br />

que vendeu cerca de 120 mil veículos.<br />

Somente até agosto, o setor já havia<br />

vendido 110.176 caminhões, um aumento<br />

significativo em comparação com os<br />

68.415 comercializados em 2009. Todas<br />

as categorias apresentaram alta, mas as<br />

mais expressivas foram a de pesados e a<br />

de semipesados, que tiveram crescimento<br />

de 92,8% e 66,8%, respectivamente. Os<br />

caminhões médios seguiram logo atrás,<br />

com alta de 45%, enquanto os leves<br />

apresentaram um crescimento de 37% em<br />

relação ao mesmo período no ano passado.<br />

Juntos, leves e médios somam mais de 34<br />

mil unidades vendidas em 2010.<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

que vai desde comerciais leves até<br />

caminhões leves de até 7 t, como é<br />

o caso do Daily 70C16 Massimo, lançado<br />

em maio deste ano, que já soma<br />

a venda de 300 veículos e uma participação<br />

de 9% na categoria, a Iveco<br />

completa sua oferta com a entrada<br />

no segmento de médios.<br />

Com lançamento previsto para<br />

até o fim do ano, a Iveco ingressa<br />

na categoria com o Vertis, linha que<br />

incluirá caminhões de 9 t a 13 t, passando<br />

a oferecer veículos dentro do<br />

padrão mais procurado pelo setor<br />

atacadista distribuidor.<br />

“O 9 t é um veículo muito interessante<br />

e é intenso o seu uso pelo setor.<br />

Estamos extremamente confiantes em<br />

Modelo 8150, da MAN:<br />

junto com o de nove<br />

toneladas, são os<br />

preferidos do setor para<br />

rotas de curta distância<br />

XX%<br />

Frase menor,<br />

frase menor pode<br />

ser uma dica da<br />

jjjhjjhjhjjdasdasd<br />

Accelo 915C, campeão de vendas<br />

da Mercedes-Benz, com 77% de<br />

crescimento nas vendas neste ano:<br />

agilidade em entregas urbanas<br />

que a entrada do Vertis trará um volume<br />

muito expressivo para a Iveco”,<br />

afirma Marcelo Bouhid, gerente de<br />

Marketing da Iveco Latin America.<br />

Doze meses depois do lançamento,<br />

a empresa tem a expectativa de<br />

que o produto conquistará 10% de<br />

participação na categoria.<br />

Segundo o executivo, o Massimo,<br />

juntamente com o lançamento do<br />

primeiro caminhão da categoria médio<br />

da Iveco no Brasil, deverão ser<br />

os responsáveis pelo maior volume<br />

de vendas da empresa, especialmente<br />

para mercados como o atacado<br />

distribuidor, em que o peso e a capacidade<br />

de carga se adequam melhor<br />

às necessidades do setor, tanto nas<br />

rodovias como na distribuição dentro<br />

dos centros urbanos.<br />

Apesar de as restrições de tráfego<br />

de veículos de carga se espalharem<br />

Brasil afora, ocasionadas pela busca<br />

dos governos por desafogar o trânsito,<br />

as mudanças não chegaram a provocar<br />

grandes alterações na frota do<br />

atacadista distribuidor.<br />

Os comerciais leves se tornaram<br />

mais uma opção, uma alternativa a ser<br />

adotada quando não é possível fugir dos<br />

limites da restrição ou quando o veículo<br />

menor é mais conveniente ao frotista.<br />

“Há muitas entregas que é preciso<br />

fazer durante o dia, quando as lojas<br />

estão abertas. Os furgões atendem a<br />

essa demanda, e agora a liberação dos<br />

VUCs, por exemplo, em São Paulo,<br />

também facilita a diminuição do número<br />

de veículos em circulação”, observa<br />

Sirolli. “O atacadista distribuidor fará a<br />

análise por entrega, dependendo do volume<br />

que ele precisa entregar.”<br />

dribles nas restrições<br />

Desde agosto, a prefeitura de São<br />

Paulo, que também ameaçava excluir<br />

os Veículos Urbanos de Carga<br />

(VUCs), caminhões leves de até 6,3<br />

metros de comprimento, da Zona<br />

Máxima de Restrição à Circulação<br />

de Caminhões (ZMRC), não apenas<br />

não cumpriu a promessa como também<br />

liberou o tráfego dos veículos do<br />

rodízio de placas pares e ímpares. Os<br />

VUCs passaram a respeitar apenas o<br />

rodízio de placas convencional da cidade,<br />

em que a circulação é limitada<br />

aos horários de pico apenas uma vez<br />

por semana.<br />

Há outras capitais que seguem regras<br />

distintas das de São Paulo, mas<br />

que ainda assim, em geral, deixam brechas<br />

de horários alternativos para que<br />

as entregas possam ser feitas com caminhões<br />

maiores – geralmente quando<br />

os leves e médios entram em cena.<br />

“O mercado observou que não era<br />

preciso trocar a frota, e em muitas<br />

situações há mais vantagens em se<br />

manter os leves e médios. Espera-se<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

75


76<br />

transporte<br />

Vertis, da Iveco: linha incluirá caminhões de 9 t a 13 t, tamanhos dentro<br />

do padrão mais procurado pelo atacado distribuidor<br />

um mercado criativo, capaz de imaginar<br />

situações para driblar isso”, afirma<br />

Almeida, da MAN.<br />

Segundo ele, entre os prós e os<br />

contras que fazem a balança pesar<br />

mais para o lado dos leves e médios,<br />

a principal vantagem está nos custos<br />

que envolvem a operação.<br />

“Os veículos menores não desafogam<br />

o trânsito; pelo contrário, eles<br />

aumentam o número de carros em circulação.<br />

Com mais veículos nas ruas, a<br />

mão de obra aumenta. São mais motoristas,<br />

mais manutenção, mais IPVAs”,<br />

explica Almeida.<br />

O atacadista distribuidor conhece<br />

como ninguém a sua demanda. Independentemente<br />

da escolha do tipo de<br />

caminhão que é mais adequado para<br />

a composição da sua frota, o momento<br />

é um dos mais propícios para<br />

a compra de veículos.<br />

Em junho, o governo estendeu a<br />

isenção do IPI para caminhões, que<br />

acabaria em agosto, até o fim do ano.<br />

O benefício foi concedido, juntamente<br />

com o IPI zero para automóveis, em<br />

dezembro de 2008, a fim de estimular<br />

as vendas do setor e a manutenção dos<br />

empregos nas fábricas em meio à crise<br />

econômica mundial. Como o setor<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

demorou para se reaquecer, o incentivo<br />

foi mantido a fim de dar tempo para ele<br />

se recuperar da perda das vendas durante<br />

a crise.<br />

De acordo com um comunicado<br />

emitido pelo ministro da Fazenda, Guido<br />

Mantega, a medida faz com que o<br />

governo abra mão de 280 milhões de<br />

reais de arrecadação até o fim do ano.<br />

Além da isenção do IPI, que reduz o<br />

custo do bem em 5%, outro benefício<br />

que tem acelerado as vendas no setor<br />

é o Finame PSI (Programa de Sustentação<br />

do Investimento), do Bndes. O<br />

financiamento destinado à compra de<br />

ônibus e caminhões está oferecendo<br />

uma taxa fixa de 8% ao ano (ou 0,64%<br />

ao mês), quase metade do juro regular<br />

praticado, de 1,20% ao mês.<br />

Com prazo de até 96 meses para<br />

quitação, o Finame PSI permite financiar<br />

até, no máximo, 75% do valor do<br />

bem. “Há certamente um incentivo à<br />

renovação de frota, e ele tem realmente<br />

trazido clientes que talvez não programassem<br />

a troca de frota neste momento.<br />

As taxas estão muito atrativas<br />

para o mercado”, diz Bueno.<br />

Segundo Sirolli, as facilidades de<br />

crédito e os incentivos não impactaram<br />

apenas nas vendas da Mercedes, mas<br />

também em todo o setor. Para ele, o<br />

que acontece é favorável, mas é um<br />

reflexo de demanda, não há um movimento<br />

de antecipação de compra motivado<br />

pelos benefícios.<br />

“Os incentivos foram facilitadores,<br />

mas não adianta facilitar se não houver<br />

o que transportar”, afirma o executivo.<br />

“Mais de 60% de tudo o que<br />

se vende no Brasil passa pelo transporte<br />

rodoviário. Ninguém compra<br />

caminhão para guardar, mas porque<br />

existe uma demanda. O Brasil vive<br />

sobre rodas”, aponta Sirolli.<br />

Almeida, da MAN, concorda com<br />

esse ponto de vista. “A hora é agora,<br />

mas se o IPI voltasse a ser 5%, as vendas<br />

não cairiam por conta disso.” n<br />

“Frase menor,<br />

frase menor pode<br />

ser uma dica da<br />

jjjhjjhjhjjdasdasd<br />

nome, quem é ulano de tal<br />

Até agosto deste ano,<br />

o Cargo815E, da Ford,<br />

obteve um avanço de<br />

58% no volume de<br />

vendas e cresceu no<br />

portfólio de produtos<br />

da montadora<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

Maguary e Dafruta agora com<br />

nova tampa.<br />

Abre mais fácil, vende mais fácil.<br />

A ebba procura sempre oferecer o que há de melhor para os<br />

seus consumidores. Por isso, a partir de agora, todas as embalagens<br />

de suco Pronto para Beber de 1 litro das marcas MAGUARY e DAFRUTA<br />

estão com uma nova tampa de rosca, muito mais prática.<br />

Experimente essa novidade e, principalmente, o gostinho de vender mais.<br />

www.ebba.com.br


78<br />

sucos<br />

Novos<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

hábitos<br />

Indústrias investem em sabores<br />

naturais da fruta em sucos em<br />

pó e prontos para beber a fim<br />

de conquistar consumidores em<br />

busca de melhor qualidade de vida<br />

e também de bem-estar<br />

Por AnA BeAtriz chAcur<br />

sxc<br />

Aos poucos, o brasileiro começa<br />

a trocar sua sede por refrigerantes<br />

pelo hábito mais saudável<br />

de beber sucos, passando a ser um<br />

consumidor do suco pronto, ou então<br />

do suco em pó, que precisa ser preparado.<br />

Esse aumento da procura tem levado<br />

as indústrias a apostarem em novos<br />

sabores, em gostos que se aproximam<br />

do sabor natural das frutas. Além disso,<br />

as inovações nas embalagens e a proximidade<br />

do verão levam as empresas a<br />

intensificar os lançamentos e a apostar<br />

na mudança de hábitos dos consumidores.<br />

No ano passado, as vendas de refresco<br />

em pó movimentaram 1,4 bilhão<br />

de reais, o equivalente a 3,29 bilhões<br />

de litros da bebida preparada, de acordo<br />

com dados fornecidos pela Nielsen.<br />

Esse volume, por enquanto, só fica<br />

abaixo do volume total de refrigerantes<br />

convencionais, que passa de 14 bilhões<br />

de litros, segundo a ABIR – Associação<br />

Brasileira das Indústrias de Refrigerantes<br />

e de Bebidas Não Alcoólicas. Mesmo<br />

assim, o futuro para o mercado de<br />

sucos é muito promissor. Estimativas<br />

obtidas pela fabricante de embalagens<br />

Tetra Pak indicam que o consumo de<br />

sucos prontos no Brasil será multiplicado<br />

em mais de cinco vezes nos próximos<br />

cinco a seis anos, e o de sucos<br />

em pó também deverá crescer muito.<br />

No ano passado, o consumo de sucos<br />

prontos no País foi de 470 milhões de<br />

litros, e o mercado tem a expectativa de<br />

que esse consumo atingirá 2,5 bilhões<br />

de litros em meados de 2015.<br />

novA versão<br />

Líder do mercado de refrescos em pó<br />

com as marcas Tang, Clight, Ki-Suco,<br />

Q-Refresco e Fresh, as quais, juntas,<br />

detêm 45% das vendas da categoria,<br />

de acordo com a Nielsen, a Kraft<br />

aposta na inovação para continuar<br />

a se manter como referência. Neste<br />

semestre, a empresa trouxe uma<br />

nova versão dos sucos Tang, a qual<br />

procura “aproximar ainda mais o suco<br />

em pó do sabor natural, o que também<br />

acontece com a coloração. Essa<br />

“<br />

Apostamos no visual<br />

com abuso de cores<br />

e de imagens, para<br />

passar a ideia de uma<br />

vida saudável<br />

Sérgio Machado<br />

gerente de Trade Marketing da aSa<br />

proximidade é muito importante para<br />

o nosso cliente”, explica Rafael Komoda,<br />

do Trade Marketing da Kraft.<br />

Carro-chefe dos sucos em pó da<br />

empresa, a marca Tang está no Brasil<br />

desde 1978, e nos últimos anos<br />

tem crescido acima de dois dígitos.<br />

Para atender à demanda crescente, a<br />

Kraft, em agosto deste ano, anunciou<br />

a inauguração de uma nova fábrica<br />

em Pernambuco, onde produzirá<br />

o suco em pó Tang e deverá atingir<br />

mais intensamente o mercado da Região<br />

Nordeste do Brasil.<br />

Para concorrer nesse mercado, a<br />

Nestlé também lançou recentemente<br />

uma linha de sucos em pó, produto<br />

com o qual nunca trabalhou no Brasil.<br />

O novo item leva o mesmo nome da linha<br />

de picolés de fruta da companhia, a<br />

marca La Frutta. Os sucos começaram<br />

a ser fabricados na unidade de Feira de<br />

Santana/BA e contam com uma intensa<br />

distribuição nos Estados de Pernambuco<br />

e Rio Grande do Sul. “A estreia<br />

nesse novo segmento reforça nosso<br />

compromisso de manter investimentos<br />

para continuar crescendo no Brasil, e<br />

oferecendo aos consumidores produtos<br />

de alta qualidade e com diferenciais<br />

nutricionais. O fato de instalarmos as<br />

linhas de produção em Feira de Santana<br />

também demonstra que nosso projeto<br />

de regionalização vem avançando<br />

wladimir de souza<br />

de maneira consistente”, afirmou Ivan<br />

Zurita, presidente da Nestlé Brasil, na<br />

época do lançamento.<br />

Adotando um conceito visual, que<br />

abusa das cores e das imagens, para<br />

passar a ideia de uma vida saudável,<br />

a ASA lançou o suco light pronto<br />

para beber Palmeiron, que chega ao<br />

consumidor em embalagens de 200<br />

ml e 1 litro. A empresa, que atua nas<br />

Regiões Nordeste, Norte, Sudeste<br />

e Centro-Oeste, tem uma perspectiva<br />

de crescimento de 25% na sua<br />

linha de produtos até o final do ano.<br />

O lançamento, apoiando-se no bemsucedido<br />

conceito de praticidade que<br />

caracteriza o segmento da linha de<br />

sucos de caixinha, pode ser encontrado<br />

nos sabores Uva, Pêssego, Goiaba<br />

e Laranja. “A linha já ganha mercado,<br />

oferecendo ao consumidor um produto<br />

saboroso, sem conservantes e, principalmente,<br />

com foco na salubridade”,<br />

comenta Sérgio Machado, gerente de<br />

Trade Marketing da ASA.<br />

produto sAudável<br />

A Hikari é outra empresa que ingressa<br />

no segmento de refrescos em pó e de<br />

sucos pronto, ambos à base de soja,<br />

com o lançamento da linha Frukari.<br />

Segundo Luiz Kurita, diretor-comercial,<br />

o refresco de soja surgiu em função<br />

da demanda não atendida de con-<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

79


80<br />

sucos<br />

Novo desafio<br />

Os sucos prontos da VivaFrut, da marca<br />

Viva Brasil, chegaram a 300 pontos de<br />

venda espalhados pelo País há cerca de<br />

dois meses. Apesar de esse número ser<br />

pouco representativo em um universo de<br />

um milhão de pontos de venda do País, o<br />

empresário Gabriel Salomão, responsável<br />

pela implantação da marca de sucos Del<br />

Valle no Brasil, está otimista. Ele resolveu<br />

entrar novamente nesse mercado, que<br />

está em vigorosa expansão, depois da<br />

venda da sua primeira marca para a<br />

Coca-Cola, usando brechas deixadas pela<br />

gigante norte-americana na distribuição.<br />

“Se os produtos não chegarem aos<br />

consumidores, todo o esforço de vendas<br />

estará perdido”, explica.<br />

A entrada de Salomão no mercado<br />

de sucos aconteceu em 1997, quando<br />

conheceu a marca mexicana e buscava<br />

produtos para distribuir por meio da sua<br />

empresa de vending machines.<br />

O sucesso foi tanto que, dois anos<br />

depois, ele inaugurou uma fábrica<br />

sumidores insistentes por um produto<br />

saudável e de melhor qualidade. “Esses<br />

consumidores também buscavam<br />

produtos que tivessem preço acessível,<br />

inferior aos dos sucos prontos à<br />

base de soja. Por sua vez, o refresco<br />

em pó surgiu para suprir a necessidade<br />

de fortalecer o mix de produtos Hikari<br />

com características que os tornam<br />

apropriados para o verão”, diz.<br />

Outra empresa que apostou no incremento<br />

de sua linha de sucos para<br />

este semestre foi a Gulozitos, que introduziu<br />

novos tamanhos para suas<br />

embalagens de sucos em pó Gula<br />

Fruts, de 350 g e 200 g. Por sua vez,<br />

a Mais Vita, da Yoki Alimentos, chegou<br />

às gôndolas na versão de 200 ml. Todos<br />

os sucos que ele oferece são à base<br />

de soja e nos sabores frutais: Laranja,<br />

Maçã, Uva e Morango, além da opção<br />

original de Baunilha com Cálcio.<br />

A chegada do verão faz o termômetro<br />

subir e, com isso, também impulsio-<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

da marca em Americana/SP.<br />

A unidade fabril permitiu adaptar os<br />

sabores mais ao gosto brasileiro e criar<br />

embalagens próprias para o mercado<br />

local. Com isso, entre 2001 e 2005, as<br />

vendas dos sucos prontos aumentaram<br />

207,43%, segundo dados fornecidos<br />

pela Nielsen. Por isso, anos depois, a<br />

Coca-Cola decidiu comprar a empresa<br />

e Salomão recebeu uma parte do<br />

dinheiro, uma vez que detinha uma<br />

participação na operação brasileira.<br />

Para levar os produtos da nova marca<br />

aos pequenos e médios varejistas<br />

dos principais Estados, o empresário<br />

adotou a mesma tática usada na época<br />

em que desenvolvia a Del Valle no País.<br />

As regiões estão sendo mapeadas em<br />

subdivisões para que representantes<br />

individuais vendam as bebidas<br />

diretamente aos estabelecimentos.<br />

O faturamento projetado com a venda<br />

dos produtos é de 35 milhões de reais<br />

em um ano em que a empresa passou<br />

55%<br />

é o crescimento do<br />

consumo das marcas<br />

de sucos Maguary e<br />

Dafruta no período<br />

de calor, que vai de<br />

outubro a fevereiro<br />

na para cima as vendas de bebidas não<br />

alcoólicas, entre elas os sucos de frutas.<br />

Para a EBBA (Empresa Brasileira de<br />

Bebidas e Alimentos), detentora das<br />

marcas de sucos Maguary e Dafruta,<br />

o consumo de seus produtos apresenta<br />

um crescimento de 55% em relação ao<br />

a oferecer sabores mais originais,<br />

com misturas de frutas tropicais, frutas<br />

do Nordeste e frutas da Amazônia.<br />

“A partir daí, a intenção é levar a<br />

empresa a duplicar seu tamanho de<br />

ano em ano, como fizemos com a<br />

Del Valle”, diz Salomão.<br />

divulgação<br />

volume anual no período de calor, que<br />

vai de outubro a fevereiro. Por isso, para<br />

o fim do ano, a empresa espera produzir<br />

34.200 mil litros de suco das suas marcas.<br />

“O mercado brasileiro consome,<br />

em média, um litro de suco a cada três<br />

meses. No verão, esse número cresce<br />

para quase dois litros. Por esse motivo,<br />

nos meses quentes, a EBBA intensifica<br />

em 70% sua capacidade de produção<br />

para atender o mercado nacional”, afirma<br />

Paulo Greco, gerente-geral de Marketing<br />

& Produtos.<br />

Recentemente, a empresa trouxe<br />

como novidade em sua linha a tampa<br />

de rosca para atender à demanda de<br />

seus consumidores, para os quais essa<br />

tampa melhora a funcionalidade do<br />

produto. “Ao trazer maior segurança<br />

e conveniência, o dispositivo evita o<br />

derramamento causado pelas pull-tab<br />

e permite o seu acondicionamento em<br />

qualquer posição nas geladeiras e armários<br />

das residências”, afirma Greco.n


82<br />

papelaria<br />

Volta às aulas<br />

pede licença<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

sxc<br />

Mercado de material escolar<br />

se mantém aquecido e espera<br />

obter um crescimento entre<br />

7% e 10% em 2011 com<br />

foco nos produtos licenciados<br />

por renata Santiago<br />

Com a proximidade do fim do ano, chega<br />

também a hora de pensar no início<br />

do próximo ano e com isso no período<br />

de Volta às Aulas, que intensificará – como<br />

sempre intensifica – a movimentação no varejo<br />

e nas papelarias a partir de janeiro. Antes<br />

disso, a demanda de pedidos já acontece nas<br />

indústrias, tendo seu pico nos dois últimos<br />

meses do ano, quando o movimento é ainda<br />

maior. E é nesse momento que as indústrias<br />

de material escolar apresentam as novidades<br />

e as tendências, e fazem as suas principais<br />

apostas para 2011.<br />

Tudo para aproveitar o período e movimentar<br />

o mercado de Produtos Escolares, que<br />

deverá crescer em até 10% no próximo ano,<br />

de acordo com estimativa prevista pela Brasil<br />

Escolar, associação de papelarias abrangendo<br />

mais de 200 indústrias que comercializam<br />

produtos voltados para fins escolares. Para<br />

isso, a rede realiza parcerias com alguns fabricantes<br />

em importantes segmentos, já preparando<br />

o setor para o próximo ano.<br />

“Esperamos obter um crescimento da ordem<br />

de 7% a 10%, com a comercialização de<br />

um maior volume de produtos, como caderno,<br />

lápis, caneta e borracha”, diz Antônio Sereno,<br />

presidente da associação.<br />

grande aposta<br />

Mas as expectativas favoráveis de aumento<br />

do volume das vendas dependem da região<br />

em que uma loja está instalada e do público<br />

que ela atende. Mas o fato é que, tratando-se<br />

do Volta às Aulas, os produtos que compõem<br />

a cesta de Material Escolar, como lápis preto,<br />

lápis de cor, borracha, cadernos, produtos<br />

para medição e fichários, são destaques e<br />

contribuem para aumentar o faturamento de<br />

qualquer loja.<br />

No entanto, em meio a esse crescimento das<br />

vendas, os produtos licenciados ainda continuam<br />

sendo a grande aposta nesse mercado, pois<br />

são, de fato, muito procurados no período.<br />

O Grupo Bignardi, detentor das marcas<br />

de cadernos, agendas e blocos Jandaia, bem<br />

como da Bignardi Papéis, encerrou 2009 com<br />

um faturamento de 380 milhões de reais, um<br />

valor 30% maior que em 2008. A empresa<br />

acredita que haverá um superaquecimento<br />

do mercado, e considera que esse será um<br />

dos seus melhores momentos. Ela aposta no<br />

divulgação<br />

lançamento da linha de mochilas aliada aos licenciamentos.<br />

O novo produto contará com<br />

a força das licenças e com a do fator atrativo<br />

estampado em mochilas, lancheiras, bolsas<br />

porta-cadernos e estojos. Seu objetivo é criar<br />

um pacote para atrair o consumidor por todos<br />

os lados. “Esperamos obter um crescimento<br />

entre 40% e 50% neste ano”, diz Rodrigo Rocha,<br />

coordenador de Produtos da empresa.<br />

Além disso, as ações de relacionamento<br />

com clientes e o plano de marketing programados<br />

pela empresa trazem como principal estratégia<br />

o uso de meios capazes de fazer com<br />

que o consumidor permaneça mais tempo<br />

com a marca, não somente para usá-la durante<br />

os estudos, mas também para lançar mão<br />

dela em momentos de descontração. Dessa<br />

maneira, reformulou sua linha de agendas<br />

e agregou ao produto alguns brindes, como<br />

chaveiros, espelhos e miniglos labial, além de<br />

dez novas marcas licenciadas pela empresa.<br />

Ela pretende atingir uma faixa de públicos que<br />

vai do pré-escolar ao jovem adulto.<br />

Por sua vez, a Foroni, empresa que, há 85<br />

anos, está no mercado fabricando cadernos<br />

e agendas, abastece mais de 12 mil pontos<br />

de venda no Brasil, nos Estados Unidos e na<br />

América Latina, aplica 60% do seu faturamen-<br />

“temos a<br />

expectativa<br />

de que nosso<br />

crescimento<br />

será de 27%<br />

relativamente ao<br />

ano anterior<br />

Marici Foroni<br />

diretora de Marketing da Foroni<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

83


84<br />

papelaria<br />

Sem licença<br />

A Maped, que trabalha com apontadores, borrachas, compassos,<br />

tesouras, réguas e outros produtos, apresenta dois lançamentos<br />

na linha de lápis preto, e o relançamento da linha de lápis de cor<br />

importados. Diferentemente das demais empresas, a Maped não<br />

faz uso de licenças para otimizar suas vendas. “Acreditamos na<br />

qualidade e no design diferenciado dos produtos, e eu não preciso<br />

de uma licença para agregar valor ao produto”, diz João Luiz de O.<br />

Souza, gerente-geral da marca.<br />

A empresa tem como estratégia o reposicionamento dos preços<br />

e uma vigorosa divulgação da marca para atingir seu crescimento<br />

previsto, de 60%. “Iniciamos os trabalhos com o pequeno e<br />

o médio varejo. Contamos com o apoio dos atacadistas para<br />

chegar até nosso cliente final. Temos muitos clientes a conquistar,<br />

lançamentos de duas novas linhas e reposicionamento de preço,<br />

que serão o nosso diferencial nessa Volta às Aulas”, afirma.<br />

Presente no Brasil desde 2002, a empresa busca obter um<br />

posicionamento mais expressivo no mercado. “Acredito que em<br />

cinco anos vamos nos tornar quatro vezes maiores do que somos<br />

hoje. Tudo isso graças ao projeto corporativo, o qual permite que<br />

mais pessoas conheçam nossos produtos”, diz.<br />

15%<br />

foi o crescimento<br />

das vendas<br />

em 2009 em<br />

comparação com<br />

2008 da unidade<br />

brasileira da BiC<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

to na comercialização de produtos licenciados.<br />

Atualmente, a marca conta com 39 licenças<br />

em seu mix de cerca de 440 produtos, todos<br />

eles voltados para um público que vai de 8<br />

anos até 15 anos. Para a empresa, os produtos<br />

licenciados constituem um diferencial, pois<br />

permitem que o produto tenha um valor que o<br />

consumidor percebe como “muito maior” que<br />

a versão convencional. "Investimos cerca de<br />

30 milhões de reais em equipamentos, infraestrutura<br />

e tecnologia, e também em um novo<br />

parque industrial, com uma área de 20 mil metros<br />

quadrados. Temos a expectativa de que<br />

nosso crescimento será de 27% relativamente<br />

ao ano anterior", diz Marici Foroni, diretora de<br />

Marketing da empresa.<br />

Acompanhando a tendência do mercado,<br />

a Xeryus, que trabalha com bolsas, mochilas<br />

e acessórios para a vida escolar, aposta em<br />

sxc<br />

personagens como Moranguinho e Batman,<br />

– carros-chefes da empresa –, que ganharão<br />

novas modelagens para o próximo ano.<br />

“Trabalhamos em toda a linha de produtos,<br />

priorizando o mercado em que esse consumo<br />

é maior, e os produtos com personagens geralmente<br />

desempenham esse papel”, diz Renato<br />

Ibanes, gerente-comercial.<br />

ações pontuais<br />

Atualmente, a linha escolar representa 35% do<br />

faturamento da empresa, que também atua no<br />

mercado de bolsas e malas de viagens. Em comparação<br />

com o mesmo período do ano passado,<br />

a empresa espera crescer 75% neste ano e, para<br />

isso, desenvolve um trabalho com a Disney e a<br />

Warner, sondando novos personagens. “Atingimos<br />

o maior número de Estados. Realizamos<br />

ações pontuais, onde reunimos nossos maiores<br />

parceiros de mercado e apresentamos show<br />

rooms e exposições dos nossos produtos para<br />

melhorar as vendas”, afirma Ibanes.<br />

A Sestini, que também trabalha com mochilas<br />

e acessórios, realizou um investimento<br />

de 6,5 milhões de reais em marketing e na área<br />

de engenharia de produtos para renovar as<br />

coleções. Com isso, e com aposta nas licenças<br />

clássicas e consagradas, a empresa espera<br />

crescer cerca de 50%. “Temos uma demanda<br />

escolar muito expressiva e também investimos<br />

em novas licenças. É importante destacar que<br />

o crescimento do portfólio, os investimentos<br />

em novos produtos e os esforços em marketing<br />

nos mantêm atuantes no mercado”, afirma<br />

Marcel F. Dias, gerente nacional de Vendas.<br />

A BIC teve um crescimento anual médio<br />

acima de dois dígitos nos últimos cinco anos,<br />

e o seu objetivo para 2011 é manter o mesmo<br />

nível de crescimento. A unidade brasileira registrou<br />

um crescimento de 15% em vendas em<br />

2009 em comparação com 2008. O faturamento<br />

líquido total da BIC foi de 470 milhões<br />

de reais, com crescimento de 9% na categoria<br />

de papelaria. “Investimos constantemente em<br />

novos produtos e em renovação de portfólio.<br />

Esses resultados são fruto de uma agressiva<br />

estratégia de vendas, investimentos em<br />

marketing e em manufatura e um novo portfólio<br />

de produtos em todas as categorias, bem como<br />

do fato de a empresa não ter sentido os reflexos<br />

da crise econômica mundial”, diz Leandro<br />

Menezes, gerente de Trade Marketing.n<br />

Viu como ficou fÁcil de achaR?<br />

as escovas estão de cara nova.<br />

Achar as escovas REACH® Johnson & Johnson® na sua loja vai ser tão fácil quanto encontrar este anúncio.<br />

Elas estão ganhando embalagens novas, mais atrativas e que vão simplificar a escolha do consumidor,<br />

aumentando assim suas vendas.<br />

A versão preta<br />

é percebida<br />

2 segundos<br />

mais rápido<br />

pelos usuários<br />

da marca...<br />

...E aumenta em<br />

10%<br />

a visibilidade do<br />

produto na<br />

prateleira.*<br />

mais chamativas na gôndola.<br />

mais simples nas informações.<br />

mais fácil para você expor e vender.<br />

mais fácil para o consumidor escolher.<br />

Os códigos das escovas não sofrerão alterações.<br />

*IPSOS 2008 / As embalagens estão sujeitas a pequenas alterações.


86<br />

food service<br />

Prato<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

cheio<br />

Foco, eficiência na<br />

entrega e serviços<br />

especializados são<br />

requisitos básicos para o<br />

atacado distribuidor que<br />

deseja abocanhar uma<br />

fatia das oportunidades<br />

que permeiam a<br />

alimentação fora<br />

do lar<br />

Por daniela Guiraldelli<br />

dreamstime<br />

Mais de um milhão de estabelecimentos<br />

compõem o segmento de alimentação<br />

fora do lar no País. São bares,<br />

restaurantes, lanchonetes, padarias, hotéis e<br />

motéis, entre outros pontos de venda que necessitam<br />

de uma entrega rápida – geralmente<br />

em 24 horas, uma vez que não trabalham com<br />

estoque – e de muita informação para desenvolver<br />

o próprio negócio. Atender às necessidades<br />

dos operadores do canal é a missão do atacado<br />

distribuidor. Dessa maneira, e por se tratar de<br />

um mercado muito pulverizado, que além de<br />

produtos tem necessidade de uma gama específica<br />

de serviços, esse objetivo só será alcançado<br />

pelas empresas que estiverem preparadas, e que<br />

buscarem a especialização necessária para atuar<br />

em um nicho que traz consigo uma dinâmica<br />

e características próprias.<br />

“O mercado de alimentação fora do lar é<br />

pulverizado em milhares de pontos por todo o<br />

Brasil, os quais não têm volume de compra suficiente<br />

para se abastecer diretamente com a<br />

indústria. Em toda a cadeia de abastecimento,<br />

o atacado distribuidor é o meio mais especializado<br />

para abastecer o canal, e isso por uma<br />

série de motivos: sua perícia em fracionamento<br />

de cargas, realização de entregas difíceis, sortimento<br />

rico, velocidade na captação do pedido<br />

e rapidez de entrega”, analisa Jean Pontara,<br />

sócio-diretor da JPontara Gestão em Negócios,<br />

especializada em food service.<br />

Mas qual deve ser o caminho percorrido pelo<br />

distribuidor que busca se especializar no mercado<br />

de alimentação fora do lar? O primeiro passo<br />

é conhecer profundamente o “DNA” do canal,<br />

para saber como pensa ou compra um dono de<br />

padaria, restaurante ou lanchonete. Depois disso,<br />

é importante estruturar uma equipe de vendas<br />

treinada para atender de maneira especializada<br />

cada um dos operadores do canal, uma vez que<br />

é diferente vender para uma lanchonete, uma<br />

churrascaria ou um hotel. Essas diferenças devem<br />

ser conhecidas pelo profissional de vendas<br />

do atacado e pelo distribuidor. “A virada de chave<br />

da empresa para atender o food service leva por<br />

volta de um ano para uma implantação completa,<br />

e dois anos para alcançar a maturidade financeira,<br />

com custos que variam em função dos objetivos.<br />

Nossa experiência mostra que a rentabilidade<br />

das vendas para o mercado de alimentação fora<br />

do lar é, pelo menos, 10% superior às vendas para<br />

o autosserviço”, afirma Pontara.<br />

divulgação<br />

Outro ponto importante para o atacadista<br />

distribuidor consiste em identificar o mix<br />

ideal para atender o cliente profissional, por<br />

exemplo, conhecimento de marcas e tipos de<br />

embalagens adequadas e verificação da estrutura<br />

logística necessária, a fim de que ele possa<br />

definir a frequência de entrega e o custo<br />

tolerável para a operação logística. Também é<br />

importante estruturar uma área de serviço de<br />

apoio ao cliente para que seja possível realizar<br />

cursos e oferecer suporte técnico, entre outras<br />

informações necessárias ao consumidor<br />

profissional.<br />

erros e acertos<br />

Ao iniciar a operação, a empresa precisa estar<br />

atenta a erros e acertos para construir seu<br />

modelo de negócio. “O distribuidor deve procurar<br />

a especialização no canal conhecendo<br />

o cliente, a fim de entender suas necessidades.<br />

Esse é o verdadeiro patrimônio do distribuidor”,<br />

ressalta Enzo Donna, consultor da<br />

ECD Consultoria em Food Service e fundador<br />

do grupo de Distribuidores Especializados<br />

em Food Service (DIEFS).<br />

Para os distribuidores capacitados para<br />

atenderem o mercado de alimentação fora<br />

do lar, há oportunidades a perder de vista<br />

“<br />

em toda a cadeia<br />

de abastecimento,<br />

o atacado<br />

distribuidor é<br />

o meio mais<br />

especializado para<br />

abastecer o canal<br />

jean pontara<br />

sócio-diretor da jpontara<br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

87


88<br />

food service<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

em razão do potencial de desenvolvimento<br />

do segmento. Os brasileiros gastam 31,04%<br />

de sua despesa destinada à alimentação com<br />

as refeições fora de casa, segundo o último<br />

estudo a respeito realizado pelo IBGE – Instituto<br />

Brasileiro de Geografia e Estatística,<br />

publicado em junho. Há quatro anos, 55<br />

milhões de pessoas se alimentavam fora de<br />

casa; hoje, esse número passou para 60 milhões,<br />

razão pela qual o setor está arrecadan-<br />

150%<br />

é a meta de crescimento<br />

da pratus distribuidora, em<br />

2010. para tanto, já ampliou<br />

seu mix de produtos<br />

dreamstime<br />

do, por dia, 420 milhões de reais. “O IBGE<br />

publicou recentemente a POF 2008-2009,<br />

pesquisa de orçamento familiar que revelou<br />

um crescimento de 79% nos gastos das famílias<br />

com alimentação fora do lar em relação<br />

à POF 2002-2003, superando todas as<br />

previsões que foram feitas até hoje a respeito<br />

desse mercado. Em 2003, a POF apontou<br />

para um mercado de 24,04% nos gastos com<br />

alimentação fora do lar, e acreditávamos que<br />

essa modalidade de alimentação representava<br />

entre 26% e 28% do mercado. Mas, ao contrário<br />

do que pensávamos, o IBGE apontou<br />

31,04%, uma excelente notícia para todo o<br />

setor”, ressalta Pontara.<br />

O consultor da ECD é ainda mais otimista<br />

em relação ao desenvolvimento do mercado no<br />

País, ao mesmo tempo em que visualiza problemas<br />

futuros, que surgirão caso as empresas<br />

não acompanhem o crescimento do canal. Para<br />

Donna, daqui a dez anos, o brasileiro gastará<br />

50% das suas despesas com alimentação para<br />

fazer suas refeições fora de casa, e se não houver<br />

um preparo da cadeia de abastecimento para<br />

suprir o crescimento previsto, principalmente no<br />

campo de distribuidores especializados, poderá<br />

haver um “colapso” no mercado. “Até 2020 teremos<br />

80 milhões de refeições por dia sendo feitas<br />

fora de casa. Se o modelo atual não estiver<br />

preparado para essa nova situação, com certeza<br />

teremos um colapso gastronômico. Para evitar<br />

que isso aconteça, a indústria precisa treinar<br />

e apoiar o distribuidor a fim de que ele faça o<br />

seu trabalho de maneira eficiente, cabendo ao<br />

operador confiar na parceria para realizar o seu<br />

abastecimento, e concentrar as suas energias<br />

no que é fundamental para o seu negócio, que é<br />

encantar o seu cliente”, alerta.<br />

marcas próprias<br />

Outra importante oportunidade que ganha<br />

destaque com o desenvolvimento do setor,<br />

e que pode ser amplamente explorada pelo<br />

atacado distribuidor, está na área de marcas<br />

próprias, uma vez que ela cria a possibilidade<br />

de fidelização regional de marca. A fim de desenvolver<br />

uma linha de produtos nesse sentido,<br />

o distribuidor pode procurar indústrias<br />

que tenham o compromisso de atuar no food<br />

service, e que reconheçam a necessidade do<br />

trabalho profissional para atender às necessidades<br />

do cliente transformador. “Contar com


90<br />

food service<br />

Cardápio de soluções<br />

cinco dicas para o atacado distribuidor que deseja<br />

atuar no mercado food service<br />

4 Estude o mercado para identificar necessidades e oportunidades.<br />

4 Identifique o mix correto que atenderá o cliente profissional,<br />

por exemplo, marcas e tipos de embalagens mais adequadas.<br />

4 Invista na estrutura logística, isto é, identifique a frequência<br />

de entrega e o custo da operação.<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

“<br />

o distribuidor<br />

precisa se<br />

profissionalizar<br />

para sobreviver<br />

nesse mercado,<br />

pois não adianta<br />

querer atuar<br />

como se trabalha<br />

no varejo<br />

4 Estruture uma área de serviço de apoio ao cliente para que ele<br />

consiga promover cursos e suporte técnico, e ofereça a<br />

ele informações que o ajudem a desenvolver o seu negócio.<br />

fernando silvy<br />

diretor-geral da itacomp<br />

4 Depois de iniciar a operação no mercado food service, esteja atento<br />

para erros e acertos, ou seja, construa seu modelo de negócio.<br />

divulgação<br />

uma equipe técnica é uma obrigação, assim<br />

como criar uma boa comunicação entre os<br />

clientes, os vendedores, os atendentes e a<br />

área técnica é fundamental para a satisfação<br />

do cliente, assim como também o é a redução<br />

de gastos com tempo desperdiçado e atendimentos<br />

mal concluídos”, alerta Pontara.<br />

Entre os distribuidores que focam a operação<br />

no mercado de alimentação fora do lar está<br />

a Itacomp, empresa sediada em Santa Catarina,<br />

que na carteira conta com 2.500 clientes<br />

cadastrados e que pretende crescer 20% em<br />

2010. Para alcançar esse objetivo, a empresa<br />

investirá em estratégias para agregar valor ao<br />

negócio do cliente e à constante profissionalização<br />

da sua atuação no mercado. “Atuar com<br />

uma postura profissional tem uma importância<br />

decisiva em nosso crescimento, como também<br />

é decisivo investir no cliente transformador, que<br />

é carente de informação, e ao mesmo tempo<br />

dá muita importância ao preço. O distribuidor<br />

precisa se profissionalizar para sobreviver nesse<br />

mercado, pois não adianta querer atuar como se<br />

trabalha no varejo. O mercado de food service é<br />

altamente rentável, mas, para isso, o distribuidor<br />

deve oferecer soluções”, afirma Fernando Silvy,<br />

diretor-geral da empresa.<br />

bom momento<br />

Com foco no cliente profissional do Nordeste,<br />

a Fortali, do Ceará, tem no seu mix mais de<br />

mil produtos, entre alimentos, bebidas, produtos<br />

de higiene e limpeza e descartáveis, e<br />

aumentou em 50% o seu faturamento e o número<br />

de clientes atendidos de 2009 até o primeiro<br />

semestre de 2010. Entre os fatores que<br />

motivaram esse desenvolvimento está o bom<br />

momento vivido pelo consumidor nordestino,<br />

a prática de preços competitivos, uma política<br />

de eficiência na logística para entrega, a diversidade<br />

de mix e investimentos na capacitação<br />

da força de vendas. “A Região Nordeste vem<br />

se desenvolvendo com uma velocidade muito<br />

grande, e a profissionalização, assim como<br />

a qualidade do atendimento e dos produtos<br />

utilizados, vêm sendo aprimoradas. Nosso<br />

papel enquanto distribuidor é perceber essa<br />

evolução e atender os operadores do canal<br />

da maneira adequada, com variedade, preço<br />

e serviço. Esse mercado tem muitas particularidades<br />

e alta complexidade operacional, e a<br />

especialização é, sem dúvida nenhuma, fun-


92<br />

food service<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

damental para se desenvolver nessa área”,<br />

analisa Rodrigo Quevedo, sócio-proprietário.<br />

De olho no potencial do mercado de alimentação<br />

fora do lar, a Pratus Distribuidora<br />

começou a atuar no Estado do Rio Grande<br />

do Sul em 2008 e tem planos audaciosos para<br />

ampliar essa atuação. A empresa pretende<br />

crescer 150% em 2010 e, para isso, duplicou<br />

o número de vendedores em relação a 2009,<br />

os quais passaram de 18 para 44 profissionais,<br />

além de promover aumento do mix. “Entramos<br />

nesse segmento para suprir a necessidade<br />

do mercado no Estado por empresas que<br />

façam um trabalho de distribuição focado no<br />

setor, e também por se tratar de um mercado<br />

25%<br />

é quanto a Brassuco quer<br />

crescer neste ano, impulsionada<br />

pelo desenvolvimento do<br />

canal de refeições coletivas<br />

dreamstime<br />

que vem crescendo acima do varejo. A maior<br />

dificuldade foi a de aprender a trabalhar nesse<br />

mercado, no qual a logística é a alma do<br />

negócio. Também estamos treinando os vendedores<br />

para que possam levar informações<br />

mais completas aos clientes”, afirma Valentim<br />

José Cauza, gerente da empresa.<br />

ajuda valiosa<br />

Do lado da indústria, para as fabricantes que<br />

queiram atuar no canal food service, é importante<br />

pesquisar o mercado, criar ou adaptar<br />

produtos e escolher o melhor canal para a<br />

realização da venda, com a ajuda do distribuidor<br />

e do atacadista. Também é necessário<br />

criar identidade visual adequada, formar uma<br />

equipe especializada, realizar um lançamento<br />

que proporcione visibilidade à linha, segmentar<br />

a atuação dentro do mercado e desenvolver<br />

uma equipe técnica comercial. "A fim de implantar<br />

uma linha para a indústria, dividimos o<br />

setor em 12 a 15 subcanais, e tratamos cada<br />

um deles como um mercado diferente. Encontramos<br />

a partir daí um ponto em comum nos<br />

aspectos de produto, embalagem e gramatura.<br />

Os operadores de bares, restaurantes e pontos<br />

de venda aparentados clamam por bons produtos<br />

e bons serviços que reduzam as etapas<br />

das preparações na cozinha e mantenham o<br />

sabor do 'produto da casa'", afirma Pontara.<br />

Há 25 anos, a Brassuco é uma das indústrias<br />

brasileiras que apostam no mercado de<br />

alimentação fora do lar, e, por causa do bom<br />

momento vivido pelo segmento, está em<br />

busca de distribuidores nas Regiões Norte,<br />

Centro-Oeste e Nordeste a fim de aumentar<br />

a capilaridade de suas marcas junto ao cliente<br />

transformador nesses locais.<br />

A empresa vem obtendo um crescimento<br />

de 18% ao ano, e sua expectativa para 2010<br />

é chegar a um incremento de 25%, impulsionado<br />

pelo desenvolvimento do canal de<br />

refeições coletivas, pela parceria com distribuidores<br />

especializados fora do eixo Sul–<br />

Sudeste, e graças à sua entrada no canal<br />

fast food. “Temos atendimento direto nas<br />

Regiões Sul e Sudeste e estamos cadastrando<br />

distribuidores especializados fora dessas<br />

regiões. Buscamos parceiros que ofereçam<br />

uma logística adequada e que já estejam realizando<br />

essa operação”, afirma Pedro Precoma,<br />

gerente nacional de Vendas. n


94<br />

legislação alessandro dessimoni<br />

divulgação<br />

Sócio da Dessimoni & Blanco Advogados<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

Majoração<br />

fiscal<br />

Lei acarreta prejuízo para<br />

atacadistas e distribuidores e afeta<br />

negativamente quem revende<br />

carnes, aves e suínos na cadeia<br />

de abastecimento<br />

n<br />

o fim de 2009, entrou em vigor a<br />

Lei 12.058, regulamentada pela IN<br />

977 da Receita Federal, transferindo<br />

a responsabilidade de recolhimento do PIS<br />

e COFINS da indústria para os demais elos<br />

da cadeia: atacadistas, distribuidores (em que<br />

pese não terem sido citados explicitamente no<br />

texto da Lei) e varejistas incidentes sobre a comercialização<br />

de carnes em geral. E pior, quem<br />

adquire tais produtos só tem direito a 40% do<br />

crédito de PIS e COFINS quando da aquisição<br />

desses produtos.<br />

Dessa forma, na compra das referidas mercadorias<br />

pelo comerciante, quem usa a sistemática<br />

não cumulativa do PIS e COFINS –<br />

lucro real –, deveria ter direito a tomar 9,25%<br />

(7,6% de COFINS e 1,65% de PIS) de crédito.<br />

Entretanto, ele teve esse direito cerceado,<br />

já que a Lei 12.058/09 lhe permitiu tomar<br />

apenas 3,7% sobre as aquisições de carnes<br />

(40% sobre os 9,25%).<br />

Tal medida trouxe muito prejuízo à cadeia<br />

de abastecimento, pois aumentou o custo de<br />

bens considerados de primeira necessidade,<br />

uma vez que não houve só a transferência<br />

do recolhimento dos tributos para atacadistas,<br />

distribuidores e varejistas, mas sim, uma<br />

efetiva majoração de carga fiscal quando da<br />

limitação do crédito.<br />

A ABAD, por meio de seu comitê Agenda<br />

Política, imediatamente protocolou, perante<br />

a Receita Federal, consulta para determinar<br />

a efetiva abrangência dessa regulamentação,<br />

uma vez que atacadistas e distribuidores não<br />

foram expressamente destacados no corpo da<br />

Lei, além de preservar direitos dos seus associados,<br />

evitando-se assim autuações fiscais decorrentes<br />

dessa matéria.<br />

Também aproveitamos para sugerir alterações<br />

na Lei 12.058, com vistas a incluir atacadistas<br />

e distribuidores na suspensão de pagamento<br />

do PIS e COFINS sobre as carnes, além<br />

de nosso interesse em incluir todos os elos.<br />

Como se não bastasse uma tal situação,<br />

aproveitando-se da tramitação da MP 497<br />

perante o Congresso Nacional, foram realizadas<br />

algumas emendas à Lei 12.058, sendo que<br />

uma delas incluiu outros produtos, como aves<br />

e suínos, na mesma sistemática das carnes,<br />

também transferindo a responsabilidade para<br />

os setores atacadista e varejista e limitando o<br />

crédito das aquisições em 40%.<br />

A ABAD, diante da urgência dos temas em<br />

comento, tem mobilizado todos os entes da<br />

cadeia produtiva promovendo o debate acerca<br />

dessa situação, com vistas a isentar das referidas<br />

contribuições sociais PIS e COFINS a<br />

indústria, os atacadistas e distribuidores, e os<br />

varejistas, uma vez que se trata de produtos de<br />

primeira necessidade.<br />

Esse é um tema importante, e tem sido tratado<br />

como prioridade pela ABAD, que busca<br />

defender os interesses de seus associados, bem<br />

como os de toda a cadeia e também dos consumidores<br />

desses produtos, uma vez que esse<br />

aumento real da carga tributária de 5,55% poderá<br />

impactar na venda final. n


96<br />

livros<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

Conexões<br />

empreendedoras<br />

Autor: RenAto FonsecA de AndRAde<br />

editora: editoRA Gente<br />

A ideia central dessa obra é<br />

levar o leitor a vincular a atitude<br />

empreendedora, em especial a<br />

habilidade para realizar articulações em<br />

redes sociais, e a potencialidade que<br />

as mídias digitais proporcionam para<br />

a concretização dessa atitude. O livro<br />

também apresenta uma perspectiva<br />

diferenciada de possibilidades e discute<br />

caminhos que poderão ser trilhados<br />

pelo empreendedor.<br />

Crenças e diferenças<br />

Autor: cARlos eduARdo piRes e<br />

AlBuqueRque<br />

editora: soGRAFe<br />

Com mais de 25 anos dedicados a<br />

atividades empresariais que exigem<br />

grande atenção e capacidade de<br />

discernimento, o autor atuou como<br />

psicólogo clínico, instrutor e consultor<br />

de empresas. A obra comenta e analisa<br />

muitas dessas experiências que o<br />

autor teve com empresas e pessoas,<br />

e propõe uma reflexão sobre aspectos<br />

fundamentais do ser humano.<br />

seja ouvido! – Como<br />

fazer o públiCo<br />

Comprar suas ideias<br />

Autor: mARK mAGnAccA<br />

editora: editoRA Gente<br />

Tomando como base exemplos e<br />

exercícios testados com profissionais<br />

de venda, esse livro oferece ao leitor<br />

dez passos práticos que o ensinam<br />

a se comunicar de maneira eficaz e<br />

convincente, ressaltando a importância<br />

de escutar o consumidor. O livro<br />

também discute um novo conceito<br />

sobre os aspectos empresariais.<br />

a alma do líder:<br />

reflexões sobre a arte<br />

de influenCiar pessoas<br />

Autor: Ken BlAnchARd<br />

editora: GARimpo editoRiAl<br />

O autor propõe para o líder o exercício<br />

de um olhar que lhe permite examinar<br />

com extrema acuidade a questão de<br />

como influenciar pessoas, o que é de<br />

importância básica para qualquer líder<br />

empresarial. Se quiser ser um líder melhor,<br />

você deve usar a alma e o coração,<br />

e deve se espelhar em experiências<br />

passadas para fazer o melhor e se<br />

manter bem-sucedido no mercado.<br />

fonte de<br />

oportunidades<br />

Renato Fonseca de Andrade tem vivência no mundo<br />

do empreendedorismo desde 1994. É mestre e<br />

doutor pelo Departamento de Engenharia de Produção<br />

da UFSCar – Universidade Federal de São<br />

Carlos. Em Conexões Empreendedoras, ele fala sobre<br />

sua vivência teórica e prática, realçando aspectos<br />

que possam contribuir para o aperfeiçoamento<br />

da atitude empreendedora entre os executivos que<br />

pretendem implementar um projeto no Brasil do<br />

século XXI.<br />

Como obter lucros com<br />

as ferramentas das redes sociais?<br />

Muito embora esse campo seja novo, é possível<br />

elencar alguns aspectos para reflexão e ação<br />

imediata, por exemplo, as maneiras de se utilizar<br />

a web como fonte de oportunidades para remuneração,<br />

o desenvolvimento de colaboração e<br />

aprendizado em negócios, o aumento do prestígio<br />

e da credibilidade profissional, a fidelização<br />

de clientes e a realização de vendas. Esses aspectos<br />

são abordados ao longo do livro.<br />

Como se pode fortalecer<br />

o espírito do empreendedor?<br />

A chamada atitude empreendedora é resultado<br />

da expressão de várias características de comportamento<br />

que sempre podem ser aprimoradas.<br />

No livro são apresentadas essas características<br />

com o objetivo de fornecer ao leitor um referencial<br />

em relação a si próprio, possibilitando-lhe<br />

focalizar os aspectos que devem ser prioritariamente<br />

melhorados.<br />

Quais outras estratégias você<br />

considera primordiais para o sucesso?<br />

Toda conquista tem por trás uma visão empreendedora.<br />

As pessoas dedicam a vida a um<br />

projeto porque são intrinsecamente realizadoras<br />

e acreditam naquilo que estão fazendo. Desenvolver<br />

claramente essa “fotografia do futuro” é<br />

fundamental para a mobilização de energia do<br />

próprio empreendedor e, em decorrência, para o<br />

sucesso do projeto.<br />

fotos divulgação<br />

divulgação<br />

ABADnews<br />

AssociAção BrAsileirA de AtAcAdistAs e distriBuidores<br />

ânimo Encontro<br />

redobrado<br />

de vendedores<br />

do setor atacadista<br />

promovido pela Aspad<br />

reuniu 750 profissionais<br />

em João Pessoa/PB<br />

notícias ><br />

eventos ><br />

out 2010 www.revistadistribuicao.com.br<br />

97


ABADnews<br />

98<br />

notícias ><br />

Reflexões soBRe venDAs<br />

Com o objetivo de promover a integração de profissionais de vendas,<br />

levando-os a compartilharem suas experiências, a Adarn – Associação<br />

dos Distribuidores e Atacadistas do Rio Grande do Norte promoveu,<br />

em julho, agosto e setembro, proveitosos momentos de reflexão sobre<br />

vendas para associados das empresas filiadas da entidade. Os encontros<br />

aconteceram em três dias no<br />

auditório da associação e reuniram<br />

cerca de 90 profissionais. De<br />

acordo com Herculano Antônio A.<br />

Azevedo, presidente da entidade,<br />

os encontros são necessariamente<br />

produtivos, pois um papel<br />

fundamental que a associação<br />

desempenha é o de colaborar para<br />

o aperfeiçoamento profissional das<br />

equipes de seus associados. Profissionais aderiram ao encontro em Natal<br />

Ação sociAl<br />

O Sindiatacadista-DF – Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito<br />

Federal promoveu, em 22 de setembro, uma ação de doação de doces<br />

para mais de 500 crianças carentes do Distrito Federal, em comemoração<br />

ao dia de São Cosme e Damião, em 27 de setembro. A ação contou com<br />

a colaboração das empresas<br />

atacadistas Multishop e Mana<br />

Leite e Mel beneficiando crianças<br />

da Sociedade de Amparo ao<br />

Menor-Casa do Caminho e o Lar<br />

da Criança Padre Cícero, em<br />

Taguatinga Norte, a Obra Social<br />

Nossa Senhora de Fátima, em<br />

Taguatinga Sul, e a Casa de<br />

Doação de doces fez a alegria das crianças Abigail, em Ceilândia.<br />

Encontro apostou na interatividade<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

TRADe em foco<br />

Com o objetivo de construir um<br />

conhecimento coletivo sobre o Trade<br />

Marketing, a Ademig – Associação dos<br />

Atacadistas Distribuidores do Estado<br />

de Minas Gerais realizou, em 24 de<br />

setembro, junto aos seus associados<br />

e empresas parceiras, o Trade in Foco<br />

2010. Apostando na interatividade, o<br />

encontro discutiu sobre as funções e<br />

especificações do trade em vista dos<br />

interesses da indústria, do atacado<br />

e do varejo. De acordo com Ronaldo<br />

Magalhães, presidente da Ademig, o<br />

setor precisa otimizar os seus recursos e<br />

processos em um mercado competitivo.<br />

ABAD<br />

Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores<br />

Av. 9 de Julho, 3.147 • 8 o e 9 o andares • CEP 01407-000<br />

São Paulo • SP • % / Fax: (11) 3056-7500<br />

e-mail: abad@abad.com.br • site: www.abad.com.br<br />

Presidente<br />

Carlos Eduardo Severini – Tenda Atacado<br />

1 o Vice-presidente<br />

Odemar Müller – Distribuidora Müller<br />

2 o Vice-presidente<br />

José do Egito Frota Lopes Filho – Jotujé Distribuidora<br />

Vice-presidente<br />

José Rodrigues Costa Neto - JC Distribuidora<br />

Hélio Castor Maciel – Cosme & Damião<br />

Comércio e Distribuição<br />

Emerson Destro – Comercial Destro<br />

Jorge Raimundo Lins Neto – Distribuidora Mirasol<br />

Diógenes Andrade Filho – DA & A Distribuidora<br />

Paula Andrea Aued – Disploki Distribuidora<br />

Alair Martins Júnior – Martins<br />

CONSELHO DELIBERATIVO<br />

Presidente<br />

Geraldo Eduardo da Silva Caixeta – União Atacado<br />

1 o Vice-presidente<br />

Nilton Peixoto de Souza – Peixoto<br />

2 o Vice-presidente<br />

Alencar Cesar Martins Zamboni – Zamboni<br />

CONSELHO FISCAL<br />

Presidente<br />

Paulo Herminio Pennacchi – Pennacchi & Cia.<br />

1 o Vice-presidente<br />

Dorian Bezerra de Souza Morais – Riograndense Distribuidora<br />

Conselheiro<br />

José Gonzaga Sobrinho – Atacadão de Estivas e Cereais Rio do Peixe<br />

João Orivaldo de Oliveira – Nova Amazonas<br />

Raimundo Rebouças Marques – Expansão Comércio e Representações<br />

CONSELHO CONSULTIVO<br />

Presidente<br />

Luiz Antonio Tonin – Luiz Tonin & Cia.<br />

Vice-presidente<br />

Enock Luniere Alves – Codil Distribuidora<br />

Juliano César Faria Souto – Fasouto<br />

ÁREA EXECUTIVA<br />

Superintendente-executivo<br />

Oscar Attisano - oscar@abad.com.br<br />

Diretor-comercial<br />

Daniel Pascalicchio - daniel@abad.com.br<br />

Gerente Adm. Financeira Jurídica<br />

Sandra Rocha Caldeira - sandra@abad.com.br<br />

Gerente de Eventos<br />

Leilah Maria Strufaldi - leilah@abad.com.br<br />

Gerente da Assessoria às Filiadas/Central de Negócios<br />

João Aparecido Pereira – e-mail: João@abad.com.br<br />

Assessoras Comerciais<br />

Beatriz Attisano Rosa - beatrizrosa@abad.com.br, Flávia Leão -<br />

flavia@abad.com.br e Renata Pintaudi - renata@abad.com.br<br />

Assessora Executiva<br />

Maria Angélica Bortotti de Almeida - angelica@abad.com.br<br />

Assessora de Marketing Leandra Marques - leandra@abad.com.br<br />

Assessoria de Comunicação – comunicacao@abad.com.br<br />

Assessoria Jurídica Dra. Andrea Rodrigues dos Santos<br />

assessoriajuridica@abad.com.br<br />

Assessoria Política Roberto Nogueira - carnltda@zaz.com.br<br />

Assessoria Banco de Dados Régis Tércio Ramos - regis@tercius.com.br<br />

Coordenador do Comitê Pequeno e Médio Varejo Walter de Sousa<br />

Instituto ABAD Edmilson Selarin Júnior - Gerente Executivo<br />

institutoabad@abad.com.br - juniorinstituto@abad.com.br


ABADnews<br />

100<br />

evento ><br />

Equipes de vendas aproveitaram<br />

para reciclar conhecimentos<br />

Força<br />

5<br />

totalo<br />

Aspad – Associação Paraibana<br />

A de Atacadistas e Distribuidores<br />

festejou antecipadamente o Dia<br />

do Vendedor, comemorado no dia 1o de outubro, e realizou, em 4 de setembro,<br />

o Encovendas-Encontro de<br />

Vendedores do Setor Atacadista e<br />

Distribuidor da Paraíba.<br />

Em sua quinta edição, o evento, que<br />

ocorreu no espaço Cultural José Lins<br />

do Rego, em João Pessoa/PB, reuniu<br />

750 profissionais com o objetivo de capacitar,<br />

desenvolver e motivar os vendedores<br />

do segmento atacadista distribuidor<br />

paraibano. Além disso, contou<br />

com uma programação repleta de atividades,<br />

como palestras motivacionais<br />

e técnicas, show de humor, sorteios de<br />

diversos brindes, e almoço.<br />

Zezé Veríssimo Diniz, presidente<br />

da entidade, destaca que, a cada<br />

ano, o evento cresce e conta com a<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

o encovendas - encontro de vendedores<br />

do setor atacadista distribuidor, da Aspad,<br />

reúne 750 profissionais na Paraíba<br />

participação de um número cada vez<br />

maior de profissionais do setor atacadista<br />

distribuidor e da cadeia de abastecimento.<br />

“Com o passar dos anos, o<br />

evento vem ganhando força, e hoje já<br />

faz parte do calendário de eventos da<br />

nossa entidade, e também vem sendo<br />

cada vez mais bem aceito não apenas<br />

pelos profissionais, mas também pelo<br />

empresariado local”, diz.<br />

Para o próximo evento, a associação<br />

pretende reunir mais de 800<br />

participantes, além de aumentar o<br />

número de representantes do empresariado<br />

local, que vem participando<br />

cada vez mais efetivamente do Enconvendas.<br />

“Consideramos essa uma<br />

excelente oportunidade para reunir<br />

os profissionais e empresários locais a<br />

fim de comemorarmos o Dia do Vendedor<br />

com palestras motivacionais e<br />

técnicas, e show de humor para levar<br />

informações e interação às equipes<br />

de vendas”, afirma<br />

Durante essa edição, os presentes<br />

participaram de um show com o<br />

humorista alagoano Marlon Rossi, e<br />

também de um sorteio de vários brindes<br />

e de duas motos, uma delas destinada<br />

exclusivamente a homenagear a<br />

força de venda das mulheres. “Isso é<br />

muito bom para dinamizar o evento,<br />

promover uma maior interação em<br />

meio ao setor e homenagear a força<br />

das mulheres, cuja participação no<br />

setor cresce cada vez mais”, diz Severino<br />

dos Ramos, diretor-executivo<br />

da Aspad.<br />

O encontro contou com o apoio<br />

da ABAD – Associação Brasileira<br />

de Atacadistas e Distribuidores e de<br />

empresas parceiras, como o Banco<br />

do Brasil, a Serasa Experian, o<br />

Sebrae-PB e a Coca Cola.n<br />

divulgação


ABADnews<br />

102<br />

notícias ><br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010


ABADnews<br />

104<br />

filiadas ><br />

Norte<br />

adaCre – AssociAção de distribuidores e<br />

AtAcAdistAs do Acre<br />

Presidente: roy robert escurra<br />

executivo: Luiz deliberato Filho<br />

Av. ceará, nº 2351 - ceP 69905-460 - centro - rio<br />

branco - Ac - % (68) 3224.6349 - Fax: (68) 3228-0499 -<br />

email: adacre@uol.com.br<br />

adaaP – AssociAção dos distribuidores e<br />

AtAcAdistA do estAdo do AmAPá<br />

Presidente: benedito Góes<br />

executivo: carla A. K. stauf Ferreira<br />

Av. Feliciano coelho nº 886 - trem - ceP 68900-260 -<br />

macapá AP - %/Fax: (96) 3222-6692/3222-6583<br />

e-mail: adaap.ap@hotmail.com<br />

adarr – AssociAção dos distribuidores<br />

AtAcAdistAs de rorAimA<br />

Presidente: Antônio selenieudo Vieira<br />

executivo: Gisana maia da silva<br />

r. dos bacabas, nº 111 - tricumã - ceP 69309-390 -<br />

boa Vista - rr - %/fax: (95) 3224-6354<br />

e-mail: adarr_bv@hotmail.com<br />

adaPa – AssociAção de distribuidores e<br />

AtAcAdistAs do estAdo do PArá -<br />

Presidente: Paulo Auro da rocha<br />

executivo: Gisela Lima de Queiroz<br />

Av. Gov. magalhães barata, nº 651/loja 08 - são braz -<br />

ceP 66063-240 - belém - PA- % (91) 3259-0597 - Fax:<br />

(91) 3259.0597, e-mail: adapa@veloxmail.com.br<br />

adat – AssociAção de distribuidores e<br />

AtAcAdistAs do estAdo de tocAntins<br />

Presidente: Gilberto deveza da silva<br />

executivo: shirley regina da costa silva<br />

Quadra 912 sul AL-05 APm - 3A setor eco-industrial -<br />

Palmas - to - ceP 77.023-462 -%/fax: (63) 3214-5398 -<br />

e-mail: adat.adat@brturbo.com.br - site: www.adat.com.br<br />

siNCadaM – sindicAto do com. AtAcAdistA<br />

e distribuidor do est. do AmAzonAs<br />

Presidente: enock Luniere Alves<br />

executivo: Hemrson da costa souza<br />

rua 24 de maio, nº 324 - centro - ceP 69010-080 -<br />

manaus - Am - % (92) 3622-6417 - %/Fax: (92)3234-<br />

2734 - e-mail: sincadam@sincadam.org.br - site: www.<br />

sincadam.org.br<br />

siNGaro – sind. do comércio AtAcAdistA<br />

de Gên. ALiment. do est. de rondôniA<br />

Presidente: élcio rigolon<br />

executivo: Antonio marcos de souza<br />

Av. Amazonas, nº 3916 - 2º andar - sala 07 - Agenor de<br />

carvalho - ceP 76.820-260 - Porto Velho - ro - %/fax:<br />

(69) 3225-0171 - e-mail: singaro@singaro.com.br<br />

site: www.singaro.com.br<br />

Nordeste<br />

aCad – Assoc. ceArense dos AtAcAdistAs<br />

e distr. de Produtos industriALizAdos<br />

Presidente: Adaílton Pinto melo<br />

executivo: Lanna oliveira - e-mail: executiva@acad.org.br<br />

rua ldelfonso Albano, nº 1.281 - Aldeota - ceP 60115-<br />

000 - Fortaleza - ce - % (85) 3452-5380 - Fax: (85)<br />

3452-5383, e-mail: acad@acad.org.br -<br />

site: www.acad.org.br<br />

aCadeal – AssociAção do comércio<br />

AtAcAdistA e distribuidor do est. de ALAGoAs<br />

Presidente: José de souza Vieira<br />

rua José bernardo de Lima, nº 160 - bairro Levada -<br />

ceP 57015-620 - maceió - AL - % (82) 3336 6042 -<br />

Fax: (82) 3336-6042 e-mail: acadeal@uol.com.br<br />

adarN – AssociAção dos distribuidores<br />

e AtAcAdistAs do rio GrAnde do norte<br />

Presidente: Herculano Antonio Adriana A. Azevedo Cury Severini: auxílio<br />

executivo: márcia ávila<br />

r. monte sinai, nº 1920 - sl 05 2º às andar crianças - ceP carentes 59078-<br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

360 - natal - rn - %/fax: (84) 3207-1801<br />

e-mail: adarn.natal@gmail.com<br />

adas – Assoc. dos distribuidores e<br />

AtAcAdistAs de Prods. inds. do est. de serGiPe<br />

Presidente: Juliano césar Faria souto<br />

executivo: rosemarcia o. costa<br />

rua Pacatuba, nº 254, ed. Paulo Figueiredo, sala 1107 -<br />

Aracaju - se - ceP 49010-150 - %/fax: (79) 3222-6093<br />

- email: adas@adasse.com.br - site: www.adasse.com.br<br />

aMda – AssociAção mArAnHense de<br />

distribuidores e AtAcAdistAs<br />

Presidente: rodrigo Furtado Vieira<br />

executivo: Antonia Araújo<br />

Av. são Luiz rei da França, nº 04 – Quadra 5 – sala 5 –<br />

ed. mix center - turu - ceP 65065-470 - são Luís - mA<br />

- %/fax: (98) 3248-4200 - e-mail: amda@amda-ma.com.<br />

br - site: www.amda-ma.com.br<br />

aPad – AssociAção PiAuiense de AtAcAdistAs e<br />

distribuidores<br />

Presidente: sebastião Paulino<br />

executivo: rômulo mourão cavalcante<br />

Av. João XXiii, nº 2937 - bairro são cristovão - ceP<br />

64049-010 - teresina - Pi - % (86) 3223-0932 Fax: (86)<br />

3221-0355 - e-mail: executivo@apadpi.com.br,<br />

site: www.apadpi.com.br<br />

asdaB – AssociAção dos distribuidores e<br />

AtAcAdistA dA bAHiA<br />

Presidente: israel Joaquim de Andrade Jr.<br />

executivo: maria cristina batista da silva<br />

e-mail: cristina@asdab.com.br -<br />

rua Frederico simões, nº 98 - salas 713/714 - caminho<br />

das árvores - ceP 41820-774 - salvador - bA - %/fax:<br />

(71) 3342-4977 - e-mail: asdab@asdab.com.br<br />

site: site: www.asdab.com.br<br />

asPa – AssociAção PernAmbucAnA de<br />

AtAcAdistAs e distribuidores<br />

Presidente: douglas maurício ramos cintra<br />

executivo: sueudes rodrigues<br />

Av. engenheiro domingos Ferreira, nº 801 - sala 401,<br />

boa Viagem - ceP 51011-050 - recife - Pe - % (81)<br />

3465-3400/3327-1902 - Fax: (81) 3465-2096<br />

e-mail: aspa@aspa.com.br - site: www.aspa.com.br<br />

asPad – AssociAção PArAibAnA de AtAcAdistAs e<br />

distribuidores<br />

Presidente: zezé Verissímo diniz<br />

executivo: severino dos ramos de carvalho<br />

Av. epitácio Pessoa, nº 1251 - sala 906 - bairro dos<br />

estados - ceP 58030-001- João Pessoa - Pb<br />

%/Fax: (83) 3244-9007 - e-mail: aspad@aspad.com.br<br />

site: www.aspad.com.br<br />

CeNtro-oeste<br />

adaG – AssociAção dos distribuidores e<br />

AtAcAdistAs do estAdo de Goiás<br />

Presidente: dalton de souza barros thomaz<br />

executivo: maria maurília monteiro rezende<br />

rua 26, nº 471 - Qd. J-13 Lt. 12 - setor marista -<br />

ceP 74150-080 - Goiânia - Go - % (62) 3251-5660 -<br />

Fax: (62) 3251-8890 - e-mail: vendas.adag@terra.com.<br />

br - www.adag.org.br<br />

aMad – AssociAção mAtoGrossense de<br />

AtAcAdistAs e distribuidores<br />

Presidente: sérgio José Gomes<br />

executivo: Jônatas Antônio m. nogueira<br />

Av. Hist. rubens de mendonça, nº 1856, sala 405 -<br />

bosque da saúde - ceP 78050-000 - cuiabá - mt -<br />

%/Fax: (65) 3642-7445 - e-mail: amad@amad.org.br<br />

site: www.amad.org.br<br />

asMad – AssociAção suL-mAto-Grossense<br />

de AtAcAdistAs e distribuidores<br />

Presidente: enio roberto bornholdt<br />

executivo: Valquíria marques<br />

rua del. José Alfredo Hardman, nº 308 - ceP 79037-<br />

106 - Pq. dos Poderes - campo Grande - ms - %/Fax (67)<br />

3382-4990 - e-mail: asmad.asmad@gmail.com -<br />

site: www.asmad.com.br<br />

siNdiataCadista-df – sindicAto do comércio<br />

AtAcAdistA do distrito FederAL<br />

Presidente: Fábio de carvalho<br />

executivo: Anderson Pereira nunes<br />

e-mail: anderson@sindiatacadista.com.br -<br />

c-1 Lt. 1/12 salas 314 à 317 - taguatinga trade<br />

center - centro - ceP 72010-010 - brasília - dF -<br />

% (61) 3561-6065/3561-6083 - Fax: (61) 3561-6064,<br />

e-mail: sindiatacadista@sindiatacadista.com.br -<br />

site: www.sindiatacadista.com.br<br />

sudeste<br />

adasP – Assoc. de distribuidores e AtAcAdistAs<br />

de Prods. industs. do est. de sP<br />

Presidente: sandoval de Araújo<br />

diretor executivo: João Fagundes Jr. e-mail: joao@adasp.<br />

com - Al. tocantins, nº 75 salas 705/706 - Alphaville -<br />

ceP 06455-020 - barueri - sP % (11) 4193-4800 - Fax:<br />

(11) 4689-0531 - e-mail: info@adasp.com.br -<br />

site: www.adasp.com<br />

adeMiG – AssociAção dos AtAcAdistAs e<br />

distribuidores do estAdo de minAs GerAis<br />

Presidente: ronaldo saraiva magalhães<br />

executivo: Juliana maranhão<br />

e-mail: juliana@ademig.com.br<br />

Av. barão Homem de melo, nº 4500 - conj.1403 -<br />

ceP 30450-250 - belo Horizonte - mG -<br />

% (31) 3247-6332 - Fax: (31) 3247-6333 - e-mail:<br />

ademig@ademig.com.br - site: www.ademig.com.br<br />

aderJ – AssociAção de AtAcAdistAs e<br />

distribuidores do est. do rio de JAneiro<br />

Presidente: José bastos couto<br />

executivo: Ana cristina cerqueira<br />

e-mail: cristina.diretoria@aderj.com.br<br />

rua do Arroz, nº 90 - salas 512 a 515 - ceP 21011-070<br />

- rio de Janeiro - rJ - % (21) 2584-2446 - Fax:(21) 2584-<br />

3590 - e-mail: aderj@aderj.com.br - site: www.aderj.com.br<br />

siNCades – sindicAto do com. AtAc. e distr.<br />

do estAdo do esPírito sAnto<br />

Presidente: idalberto Luiz moro<br />

executivo: cezar Wagner Pinto<br />

e-mail: cezar@sincades.com.br<br />

Av. nossa sra. dos navegantes, nº 675 - salas 1201<br />

a 1209 - enseada do suá - ceP 29050-912 - Vitória -<br />

es - % (27) 3325-3515 - Fax: (27) 3325.3515 - e-mail:<br />

sincades@sincades.com.br - site: www.sincades.com.br<br />

sul<br />

adaC – AssociAção de distribuidores<br />

e AtAcAdistAs cAtArinenses<br />

Presidente: Alceu Alcides Pereira<br />

executivo: Laércio Knihs<br />

rua brusque, nº 219 - sala 09 - ceP 88302-001 - itajaí<br />

- sc - %/fax: (47) 3348-5525 - e-mail: adac@adac.com.<br />

br - site: www.adac.com.br<br />

aGad – AssociAção GAúcHA de AtAcAdistAs<br />

e distribuidores<br />

Presidente: José Luiz boech<br />

executivo: Ana Paula Vargas -<br />

rua moura de Azevedo, nº 606 - conj. 501 - são<br />

Geraldo - ceP 90230-150 - Porto Alegre - rs - %/fax:<br />

(51) 3222-4338 - e-mail: agad@agad.com.br -<br />

site: www.agad.com.br<br />

siNCa-Pr – sind. do comércio AtAcAdistA<br />

de Gên. ALiment. do est. do PArAná<br />

Presidente: Paulo Hermínio Pennachi<br />

executivo: mauro césar carsten<br />

e-mail: mauro@sincapr.com.br<br />

Alameda Prudente de moraes, nº 291 - mercês -<br />

ceP 80430-220 - curitiba - Pr - % (41) 3225-2526 -<br />

Fax: (41) 3232-1348 - e-mail: sincapr@sincapr.com.br,<br />

site: wwww.sincapr.com.br


106<br />

on-line www.revistadistribuicao.com.br<br />

man cOmeça a<br />

Fabricar caminhões<br />

da marca nO brasil<br />

O primeiro caminhão com a marca<br />

MAN no País será um cavalo<br />

mecânico. A MAN Latin America<br />

(VW Caminhões e Ônibus)<br />

anunciou, no Salão Internacional<br />

do Transporte de Hannover,<br />

na Alemanha, que começará a<br />

produzir as primeiras unidades<br />

da linha TGX na fábrica de<br />

Resende/RJ a partir do primeiro<br />

semestre de 2011. O lançamento<br />

se juntará ao portfólio dos mais<br />

de 40 modelos de caminhões e<br />

ônibus que hoje levam a marca<br />

Volkswagen no País.<br />

Leia mais no canal Logística no<br />

Portal <strong>Newtrade</strong><br />

Farmácias liVres<br />

para Vender<br />

alimentOs e serViçOs<br />

Ao contrário do que pretendia a Anvisa<br />

– Agência Nacional de Vigilância<br />

Sanitária, o STJ – Supremo Tribunal de<br />

Justiça decidiu em favor das farmácias<br />

e drogarias, que agora estão liberadas<br />

para vender produtos de conveniência<br />

nas lojas. Com a decisão, as farmácias<br />

não precisam mais seguir a lista de<br />

produtos publicada pela Anvisa, que<br />

pretendia restringir as atividades dos<br />

estabelecimentos em todo o País,<br />

proibindo a venda de produtos como<br />

barra de cereais, refrigerantes e matinais,<br />

bem como a prestação de serviços de<br />

pagamento de contas ou de recarga de<br />

telefone celular.<br />

Leia mais no canal Legislação no Portal<br />

<strong>Newtrade</strong><br />

www.revistadistribuicao.com.br out 2010<br />

Garcia atacadista<br />

adOta erp da sankhya<br />

O Garcia Atacadista, terceiro maior do<br />

Estado do Rio de Janeiro segundo o<br />

Ranking ABAD/Nielsen 2010, faz o seu<br />

primeiro investimento em software e adota<br />

o sistema de gestão (ERP) da Sankhya.<br />

O processo de migração começará<br />

em 15 de outubro com os objetivos de<br />

melhorar os controles internos e de gerar<br />

informações mais precisas para a tomada<br />

de decisões.<br />

Com um faturamento de 290,5 milhões<br />

de reais em 2009, e um crescimento<br />

de 18,4% em relação ao ano anterior,<br />

a empresa atacadista quer com isso<br />

preparar as bases para crescer ainda mais<br />

nos próximos anos. Para 2010, a meta é<br />

fechar o ano com um crescimento de 10%.<br />

Leia mais no canal Tecnologia no Portal<br />

<strong>Newtrade</strong><br />

divulgação<br />

?<br />

VOcê<br />

quer Ver<br />

nO site<br />

Queremos saber que tipo<br />

de conteúdo você deseja<br />

encontrar na web.<br />

Você pode participar<br />

da construção do portal<br />

enviando para o e-mail<br />

web@ebceditora.com.br<br />

sugestões de<br />

ferramentas e de<br />

reportagens, vídeos,<br />

áudios, fotos,<br />

informações, etc.<br />

4 Capa<br />

Cash & carry ganha<br />

espaço na preferência<br />

de consumidores finais<br />

e força atacadistas<br />

regionais e grandes<br />

players varejistas a<br />

apostarem alto nessas<br />

lojas a fim<br />

de aumentarem<br />

a rentabilidade dos<br />

seus negócios<br />

Veja também O que<br />

4 entrevista<br />

Suzan Rivetti, da<br />

Johnson & Johnson,<br />

fala da busca pelos<br />

consumidores das<br />

classes C e D para<br />

crescer e ganhar<br />

espaço no mercado<br />

4 oportunidades<br />

Os produtos em que<br />

as indústrias apostam<br />

para atender à<br />

demanda de consumo<br />

no fim do ano

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!