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revista AbAstecimento - newtrade

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A REVISTA DO VAREJO DE VIZINHANÇA<br />

Edição 29 | set/out 2011 | ano 4 | R$ 13,90 | www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br<br />

saZOnaL<br />

Prepare-se para<br />

vender mais no Natal<br />

e no Ano Novo<br />

Escolhidos pelo<br />

ent<strong>revista</strong><br />

José Fontelles, executivo<br />

da Cereser, e o mercado<br />

de bebidas alcoólicas<br />

os 23 melhores<br />

atacadistas<br />

distribuidores<br />

do brasil, eleitos<br />

pelos pequenos e<br />

médios varejistas,<br />

em levantamento<br />

realizado pela<br />

abaD/nielsen,<br />

revelam suas ações<br />

para as lojas<br />

de vizinhança<br />

Varejorelacionamento<br />

Foco<br />

Mercantil Nova Era<br />

Codical<br />

Goiás Atacado<br />

Fasouto<br />

Makro<br />

V. Sperotto<br />

Asa Branca<br />

Paraty<br />

especialização<br />

J. Sleiman<br />

JC Distribuição<br />

Marques e Melo<br />

Zamboni<br />

RioGrandense<br />

serviços<br />

Martins<br />

Megafort<br />

Atacado Bate Forte<br />

Unidasul<br />

Coimbra<br />

Mercantil Nova Era<br />

Codical<br />

Goiás Atacado<br />

Fasouto<br />

Makro<br />

mercadO<br />

Os produtos que as<br />

classes D e E compram<br />

nos pontos de venda


carta ao leitor<br />

Os melhores do Brasil<br />

Ser o melhor em qualquer setor não é uma fácil tarefa, mas quando<br />

se é premiado por seus clientes, é muito bom. Nesta edição, apresentamos<br />

os melhores atacadistas distribuidores do Brasil, um levantamento<br />

realizado pela ABAD – Associação Brasileira dos Atacadistas<br />

e Distribuidores juntamente com a Nielsen. A pesquisa, que abrangeu<br />

pequenos e médios varejistas, apontou a melhor empresa em cada um<br />

dos 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal. O resultado poderá<br />

ser conhecido em dez das páginas a seguir. Outra matéria que deverá<br />

despertar grande interesse é o raio X do varejo, que procurou saber,<br />

por exemplo, o que os consumidores buscam no ponto de venda, que<br />

tipos de serviços são oferecidos e o que acontece na hora da compra.<br />

Esse estudo foi desenvolvido pela GFK e está muito bem fundamentado<br />

com informações indispensáveis para quem pretenda alavancar as<br />

vendas. Para a seção Na Prática deste mês, a repórter Daniela Guiraldelli<br />

foi ao Supermercado Mais Q Bom, no bairro de Cajueiro Seco,<br />

em Jaboatão dos Guararapes/PE. David Morais, o jovem proprietário,<br />

contou como conseguiu fazer do seu negócio um sucesso exemplar.<br />

Também nesta edição, uma matéria sobre os 80 anos do Sincovaga-SP<br />

– Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado<br />

de São Paulo, que comemorou essas décadas de trabalho em um<br />

jantar no salão da Fecomercio-SP. A repórter Jamille Menezes esteve lá<br />

e nos adianta os planos que a entidade tem para o futuro. E não paramos<br />

por aí: na ent<strong>revista</strong> especial, José Fontelles, executivo da Cereser,<br />

aborda a atuação da empresa, que comemora 85 anos em 2011. Também<br />

explicamos como funciona o Portal do Conhecimento, iniciativa<br />

da ABAD que tem a missão de ajudar os varejistas em seu dia a dia.<br />

Confira as reportagens e boa leitura!<br />

4 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

CLAUDIA RIVOIRO<br />

DIRetORA-eDItORIAL<br />

Jamille Menezes, repórter da eBC editora, ent<strong>revista</strong> Álvaro Furtado, presidente<br />

do Sincovaga-SP, na festa de 80 anos da entidade<br />

wladimir de souza<br />

Editora Brasileira do Comércio<br />

Rua Apeninos, 1.126 - CEP 04104-021 - São Paulo, SP<br />

Tel.: (11) 5572-1221 - Fax: (11) 5572-5335<br />

ebc@ebceditora.com.br<br />

Diretor-Executivo<br />

Rogério Oliva: oliva@ebceditora.com.br<br />

Diretora-Editorial<br />

Claudia Rivoiro: claudiarivoiro@ebceditora.com.br<br />

Editor<br />

Cristiano Eloi: cristiano@ebceditora.com.br<br />

Redação<br />

redacao.db@ebceditora.com.br<br />

Repórteres<br />

Daniela Guiraldelli: daniela@ebceditora.com.br<br />

Giane Laurentino: giane@ebceditora.com.br<br />

Jamille Menezes: jamille@ebceditora.com.br<br />

Revisão<br />

Newton Roberval Eichemberg<br />

CRiação E PRoDução<br />

Diretora de arte<br />

Maria José Ferreira: mariajose@ebceditora.com.br<br />

Criação<br />

Fábio Geríbola: fabio@ebceditora.com.br<br />

Produção Gráfica<br />

Ronaldo Secundo: ronaldo@ebceditora.com.br<br />

PoRtal nEwtRaDE<br />

webdesign<br />

Anderson Gabriel: anderson@ebceditora.com.br<br />

Anderson Souza: souza@ebceditora.com.br<br />

PuBlitRaDE<br />

Marketing / Vendas<br />

www.publitrade.com.br<br />

Direção Comercial<br />

Rogério Oliva: oliva@ebceditora.com.br<br />

Gerência de Clientes Especiais<br />

José Paulo Basílio: jose.paulo@ebceditora.com.br<br />

Marcos Monaco: monaco@ebceditora.com.br<br />

Gerência Comercial<br />

Jorge Rodrigues: jorge@ebceditora.com.br<br />

Representantes<br />

São Paulo: Fátima Festini Reis: fatima@ebceditora.com.br:<br />

MG e Centro Oeste: Marcos Mizael de Santana: marcos@ebceditora.com.br;<br />

RJ/ES, Norte e Nordeste: Priscila Marinho: priscila.marinho@ebceditora.com.br;<br />

RElaCionaMEnto<br />

institucional<br />

Alceu de Genaro: genaro@ebceditora.com.br<br />

leitores/assinaturas/circulação<br />

Fernando Mendes: relacionamento@ebceditora.com.br<br />

Fale conosco: (11) 5572-1221<br />

redacao.db@ebceditora.com.br<br />

Jornalista Responsável<br />

Cristiano Eloi – MTb 38.052<br />

Periodicidade: bimestral - Circulação: nacional<br />

Tiragem: 60.000 exemplares<br />

Distribuição dirigida - Impressão: Gráfica Parma<br />

Esta <strong>revista</strong> é destinada a proprietários, sócios e gerentes de pequenas<br />

e médias lojas do varejo independente, mercados com até dez checkouts.<br />

Apoio Filiada ao:


6<br />

8<br />

52<br />

62<br />

66<br />

10<br />

12<br />

24<br />

32<br />

36<br />

38<br />

42<br />

46<br />

54<br />

58<br />

64<br />

SeçõeS<br />

Sua opinião<br />

O espaço do leitor<br />

negócioS<br />

Notícias sobre economia e a cadeia de abastecimento<br />

fique por dentro<br />

Oportunidades na venda por impulso<br />

produtoS<br />

As novidades nas gôndolas do varejo<br />

portal<br />

O que encontrar na versão eletrônica da <strong>revista</strong> na internet<br />

CapaCitação<br />

Portal do Conhecimento auxilia na gestão do negócio<br />

Capa<br />

Os melhores atacadistas distribuidores em cada Estado,<br />

eleitos pelos varejistas, destacam suas ações para o<br />

pequeno e médio varejo em levantamento exclusivo<br />

realizado pela ABAD/Nielsen<br />

peSquiSa<br />

O comportamento do consumidor nas lojas<br />

de vizinhança em estudo da GFK Brasil<br />

Comemoração<br />

Os 80 anos do Sincovaga-SP<br />

Sazonal<br />

Preparação para as boas vendas do Natal e do Ano Novo<br />

gerenCiamento de Categoria<br />

Como trabalhar com produtos destinados aos bebês<br />

entreviSta<br />

José Fontelles, diretor-comercial da Cereser,<br />

fala sobre os planos da companhia de bebidas<br />

na prátiCa<br />

Mais Q Bom, com três lojas em Pernambuco,<br />

aposta na qualidade do atendimento para crescer<br />

merCado<br />

Classes D e E fazem marcas regionais crescerem<br />

oportunidadeS<br />

Venda mais snacks e biscoitos<br />

ponto final<br />

Os planos da Dori Alimentos<br />

wladimir de souza<br />

paulo pepe<br />

42<br />

46<br />

abastecimento 29<br />

CAPA: Melhores AtACAdistAs | entrevistA: josé Fontelles, dA Cereser | nAtAl e Ano novo | ClAsses d e e set/out 2011<br />

A REVISTA DO VAREJO DE VIZINHANÇA<br />

Edição 29 | set/out 2011 | ano 4 | R$ 13,90 | www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br<br />

saZOnaL<br />

Prepare-se para<br />

vender mais no Natal<br />

e no Ano Novo<br />

os 23 melhores<br />

atacadistas<br />

distribuidores<br />

do brasil, eleitos<br />

pelos pequenos e<br />

médios varejistas,<br />

em levantamento<br />

realizado pela<br />

abaD/nielsen,<br />

revelam suas ações<br />

para as lojas<br />

de vizinhança<br />

Escolhidos pelo<br />

Varejo<br />

Foco<br />

Mercantil Nova Era<br />

Codical<br />

Goiás Atacado<br />

Fasouto<br />

Makro<br />

V. Sperotto<br />

Asa Branca<br />

Paraty<br />

especialização<br />

J. Sleiman<br />

JC Distribuição<br />

Marques e Melo<br />

Zamboni<br />

RioGrandense<br />

serviços<br />

ent<strong>revista</strong><br />

José Fontelles, executivo<br />

da Cereser, e o mercado<br />

de bebidas alcoólicas<br />

<strong>AbAstecimento</strong> 29<br />

sumário<br />

Martins<br />

Megafort<br />

Atacado Bate Forte<br />

Unidasul<br />

Coimbra<br />

relacionamento<br />

Mercantil Nova Era<br />

Codical<br />

Goiás Atacado<br />

Fasouto<br />

Makro<br />

mercadO<br />

Os produtos que as<br />

classes D e E compram<br />

nos pontos de venda<br />

CAPA 29.indd 1 12.09.11 21:34:18<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 5<br />

xxxxxxx


sua opinião<br />

A REVISTA DO VAREJO DE VIZINHANÇA<br />

Edição 28 | jul/ago 2011 | ano 4 | R$ 13,90 | www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br<br />

estar atento aos<br />

hábitos de consumo<br />

do seu cliente<br />

faz com que os<br />

produtos girem<br />

mais rapidamente<br />

nas gôndolas,<br />

trazendo melhor<br />

rentabilidade<br />

ao negócio<br />

Sem<br />

parar<br />

ent<strong>revista</strong><br />

Manuel Pereira da Silva,<br />

do DEC, e os cosméticos<br />

no varejo independente<br />

OpOrtunidade<br />

Padaria é a chance<br />

de ampliar o mix de<br />

serviços oferecidos<br />

recursOs humanOs<br />

Dicas para contratar,<br />

treinar e reter os<br />

funcionários talentosos<br />

<strong>AbAstecimento</strong> 28<br />

jul./ago. de 2011<br />

CAPA 28.indd 1 27.07.11 10:23:58<br />

As reportagens “Retrato do<br />

Consumo” e “Posição Estratégica”<br />

estão de parabéns.<br />

Gostei muito do conteúdo,<br />

tanto que o irei utilizar<br />

como referência para<br />

futuros treinamentos aos<br />

nossos colaboradores.<br />

Parabéns à equipe.<br />

Valdemir Ramos – coordenador de<br />

Recursos Humanos do<br />

Ricoy Supermercados<br />

para anunciar<br />

na <strong>revista</strong><br />

e no site<br />

mostre a sua empresa e o seu<br />

mix de produtos aos varejistas<br />

do setor mercearil de todo o<br />

brasil anunciando na <strong>revista</strong><br />

<strong>AbAstecimento</strong> e no site<br />

www.<strong>revista</strong>abastecimento.<br />

com.br. Dessa maneira, sua<br />

marca ganhará visibilidade,<br />

com cerca de 120 mil leitores<br />

que atuam na cadeia de<br />

abastecimento por meio<br />

do varejo de vizinhança<br />

mercearil. entre em contato<br />

com o Departamento<br />

comercial da ebc por carta,<br />

pelo fax (11) 5572-5335, pelo<br />

telefone (11) 5572-1221 ou<br />

pelo e-mail comercial.ab@<br />

ebceditora.com.br.<br />

6 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

dreamstime<br />

A <strong>revista</strong> ABASTECIMENTO continua a indagar seus leitores a respeito de questões<br />

do seu interesse. Desta vez, perguntamos quais os temas que eles gostariam que<br />

desenvolvêssemos nestas páginas. Aqui estão algumas das respostas recebidas.<br />

Desde já, prometemos incluir esses temas em nossas pautas futuras.<br />

[ gestão ]<br />

Posição<br />

Estratégica<br />

O dono do negócio precisa reservar<br />

tempo e energia para focar no<br />

desenvolvimento e crescimento da<br />

empresa. Tarefas operacionais, do<br />

dia a dia, precisam ser delegadas<br />

Por AdriAnA Bruno<br />

Publicar endereços de novos fornecedores<br />

nas edições.<br />

Ana Maria Soraes - Epitaciolândia/AC<br />

Incluir matérias que abordem custos<br />

de mercadorias e expliquem fórmulas<br />

para vendas.<br />

Luciano Embiruçu Souza - Nazaré/BA<br />

para<br />

assinaturas<br />

individuais e<br />

corporativas<br />

Amigo varejista. Use a<br />

<strong>revista</strong> <strong>AbAstecimento</strong><br />

para apoiar o trabalho de<br />

capacitação de sua equipe<br />

de profissionais, fazendo<br />

assinaturas individuais<br />

ou para grupos, com<br />

condições especiais de<br />

preço. consulte a nossa<br />

área de Relacionamento<br />

para conhecer a tabela da<br />

ebc. Faça a sua assinatura<br />

agora mesmo e receba a Ab<br />

já no próximo mês.<br />

Discuta as reportagens<br />

com sua equipe<br />

e envie comentários<br />

para a nossa redação.<br />

S<br />

er dono de um pequeno ou médio supermercado<br />

não é tarefa para qualquer um.<br />

São tantas as obrigações que o dia parece<br />

ser curto para dar conta de tudo. O problema é<br />

que o excesso de tarefas faz com que o dono não<br />

tenha tempo para se dedicar a funções que cabem<br />

só a ele, como pensar no planejamento estratégico<br />

da empresa, seja a curto, médio ou longo prazo,<br />

informar-se sobre as mudanças ou novidades<br />

do mercado em que atua, repensar seu negócio,<br />

ou ainda, visitar a concorrência para saber como<br />

o “seu vizinho” está trabalhando.<br />

Para Cristiane Osso, sócia diretora da GS&MD<br />

– Gouvêa de Souza, a tarefa do dono de uma forma<br />

geral deveria ser a tarefa de um “dirigente”, que<br />

implica em pensar e repensar o negócio de forma<br />

a se antecipar às tendências, trazer novidades, melhorias,<br />

observar demandas e viabilizar sua imple-<br />

mentação e estar atento a oportunidades de novos<br />

negócios, expansão, novos produtos etc. “O que<br />

acaba acontecendo nas empresas pequenas é que<br />

o dono e seus familiares ocupam as atividades do<br />

dia a dia e nem sempre têm a autonomia, a disponibilidade<br />

de recursos ou até mesmo todas as<br />

habilidades e competências necessárias para avaliar<br />

e reavaliar o negócio pela visão do “dirigente”.<br />

Desta forma, a visão de gestão do dia a dia é privilegiada<br />

e a direção pode ficar prejudicada se não<br />

se encontrar dentre estes membros do pequeno<br />

negócio um profissional capaz de equilibrar este<br />

papel estratégico enquanto a empresa se preocupa<br />

em gerir o dia a dia conforme a demanda que o<br />

negócio imprime”, avalia.<br />

Vale lembrar que em tempos onde o consumidor<br />

está cada vez mais multicanal e a concorrência<br />

acirrada, um negócio não sobrevive sem uma<br />

36 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br mai/jun 2011<br />

mai/jun 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 37<br />

A publicação mantém o seu objetivo de auxiliar o varejista<br />

dreamsTime<br />

para mandar<br />

cartas<br />

e sugestões<br />

A <strong>revista</strong> <strong>AbAstecimento</strong><br />

quer conhecer a sua<br />

opinião. escreva dizendo<br />

que temas mais chamaram<br />

a sua atenção, o que<br />

achou das reportagens<br />

que leu e, principalmente,<br />

se elas foram úteis para o<br />

seu trabalho. envie suas<br />

críticas e sugestões para a<br />

<strong>revista</strong> <strong>AbAstecimento</strong>,<br />

Rua Apeninos, 1.126, ceP<br />

04104-021, são Paulo,<br />

sP, ou pelo e-mail ebc@<br />

ebceditora.com.br. com a<br />

sua participação, faremos<br />

da Ab uma <strong>revista</strong> cada<br />

vez mais útil para o<br />

mercado varejista.<br />

Acrescentar situações que abordem<br />

mais dinamismo e técnica.<br />

Igor Guimarães Santos - Jequié/BA<br />

Abordar como investir mais em supermercados,<br />

se possível em todas as<br />

edições.<br />

Gilton Oliveira - Arapiraca/AL<br />

Ampliar informações para esclarecer<br />

melhor o ato de consumo no pequeno<br />

varejo.<br />

Ivan Carlos - São Paulo/SP<br />

Gostaria de ler matérias que abordassem<br />

parâmetros relacionados com o<br />

custo dos negócios e com a média de<br />

lucro, além de um estudo que fornecesse<br />

números médios toleráveis de<br />

distribuidoras e referências sobre outras<br />

empresas.<br />

Francisco Rogério Gonçalves - Eunápoles/BA<br />

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Para receber o boletim Portal<br />

<strong>AbAstecimento</strong>, envie<br />

carta ou e-mail com o texto<br />

"Quero receber a newsletter<br />

<strong>AbAstecimento</strong>", que<br />

o avisará sobre novos<br />

conteúdos do site www.<br />

<strong>revista</strong>abastecimento.com.br.<br />

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<strong>revista</strong>abastecimento.com.br<br />

e fique visível para<br />

as empresas.<br />

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negócios<br />

Notícias econômicas da cadeia de abastecimento<br />

Consumo deverá<br />

aumentar 30%<br />

até 2020<br />

MAis leite<br />

O consumo de leite e de seus derivados<br />

líquidos deverá crescer 30% em todo o<br />

mundo até 2020. A informação provém da<br />

quarta edição do estudo global "Tetra Pak<br />

Dairy Index", que mostra as tendências do<br />

mercado de laticínios. Segundo a pesquisa,<br />

a demanda por esses produtos deverá<br />

crescer para cerca de 350 bilhões de litros<br />

nos próximos nove anos. Outra mudança<br />

que ocorrerá no mercado se refere à<br />

comercialização dos laticínios líquidos.<br />

Em 2010, 51% do leite consumido por<br />

países em desenvolvimento foi comprado<br />

a granel e o estudo indica uma queda<br />

nessa forma de venda. Prevê-se que, até<br />

2014, 55% do leite será comercializado e<br />

embalado e, até 2020, 70%.<br />

PiOr serviçO<br />

Apesar da alta carga tributária no País, que incide sobre rendimento,<br />

consumo e patrimônio do contribuinte, o brasileiro é o<br />

cidadão que tem os piores serviços públicos em proporção aos<br />

impostos que paga. É o que conclui o “Estudo sobre Carga Tributária/PIB<br />

X IDH”, realizado pelo IBPT – Instituto Brasileiro de<br />

Planejamento Tributário, que relaciona informações de 30 países<br />

com maior arrecadação tributária do mundo em relação ao retorno<br />

de benefícios à população. Os Estados Unidos, o Japão e a<br />

Irlanda estão no topo do ranking dos países que aplicam melhor<br />

os tributos em qualidade de vida para os cidadãos. O Brasil ocupa<br />

a última posição, 30 o lugar, indicando que países como o Uruguai<br />

e a Argentina, que estão na 13 a e na 16 a posições, respectivamente,<br />

fazem melhor uso dos impostos arrecadados dos contribuintes.<br />

8 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

fotos dreamstime<br />

CArtões<br />

Segundo levantamento realizado pela Abecs<br />

– Associação Brasileira das Empresas de<br />

Cartões de Crédito e Serviços, o faturamento<br />

dos cartões de crédito, de débito e de rede/<br />

loja no Brasil registrou alta de 26% no<br />

segundo trimestre de 2011 em comparação<br />

com o mesmo período do ano passado. O<br />

incentivo à maior competitividade e a entrada<br />

de novos players no mercado, provocados<br />

pela quebra de exclusividade entre bandeiras<br />

e credenciadoras, ajudaram a impulsionar o<br />

crescimento. O bom momento da economia<br />

nacional, com a baixa taxa de desemprego<br />

e o aumento da oferta de crédito, também<br />

estimulou o resultado acima da média, que<br />

totalizou 158,9 bilhões de reais. Para Cláudio<br />

Yamaguti, presidente da Abecs, os números<br />

superam as expectativas do mercado,<br />

mas estão de acordo com o atual<br />

momento da indústria.<br />

158,9<br />

bilhões<br />

de reais em crédito é resultado<br />

do bom momento da economia<br />

nacional, com a baixa taxa de<br />

desemprego e o aumento da<br />

oferta de crédito<br />

O Brasil ocupa a última<br />

posição no ranking, 30 o lugar,<br />

indicando que países como o<br />

Uruguai e a Argentina,<br />

que estão na 13 a e na 16 a<br />

posições, respectivamente,<br />

fazem melhor uso dos<br />

impostos arrecadados<br />

dos contribuintes


Exportações brasileiras dos produtos cresceram 14,2%<br />

POntO eletrôniCO<br />

A implantação do novo registro eletrônico<br />

de ponto foi adiada pelo MTE – Ministério<br />

do Trabalho e Emprego para o dia 3<br />

de outubro. Segundo comunicado do<br />

MTE, o adiamento foi feito para atender<br />

às reivindicações das confederações<br />

patronais do País. O comunicado diz que<br />

a extensão do prazo considera "o firme<br />

compromisso" do governo federal em<br />

concluir as conversas com os empresários<br />

sobre o novo ponto. Para o advogado Alan<br />

Balaban, do escritório Braga e Balaban<br />

Advogados, o adiamento não resolve os<br />

problemas criados pela nova regra. "O que<br />

resolve é o fato de a portaria ter regras<br />

claras. O Ministério deveria fiscalizar<br />

e educar a relação entre empregado e<br />

empregador", disse o especialista.<br />

A implantação do novo registro<br />

eletrônico de ponto foi adiada<br />

pelo Mte para o dia 3 de<br />

outubro. segundo comunicado,<br />

o adiamento foi feito para<br />

atender às reivindicações das<br />

confederações patronais do País<br />

BAlAs e ChOCOlAtes<br />

A Abicab – Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau,<br />

Amendoim, Balas e Derivados confirmou a presença de 15<br />

empresas a ela associadas na Feira Anuga, que acontecerá entre<br />

os dias 8 e 12 de outubro em Colônia, na Alemanha. “Na última<br />

edição, em 2009, tivemos a participação de 12 empresas do setor<br />

de balas e chocolates, e foram gerados 12 milhões de dólares em<br />

negócios, com mais de 145 contatos realizados”, destaca Solange<br />

Isidoro, vice-presidente de exportação da Abicab. Terceiro maior<br />

produtor de chocolates, balas e confeitos do mundo, com exportação<br />

para 146 países nos cinco continentes, o Brasil vem conquistando<br />

mais espaço para seus produtos no exterior. Segundo<br />

balanço divulgado pela Abicab, de janeiro a junho deste ano, as<br />

exportações brasileiras de chocolates, balas e amendoim cresceram<br />

14,2% em relação ao mesmo período no ano passado. As<br />

vendas no primeiro semestre de 2011 somaram 164,6 milhões de<br />

dólares; em 2010, elas haviam sido de 144,1 milhões de dólares.<br />

PesqUisA<br />

A Accenture divulgou a quinta edição da sua pesquisa sobre<br />

a satisfação dos consumidores com os prestadores de serviços<br />

em diversas áreas. O estudo mostrou que o consumidor<br />

brasileiro é exigente: 50% dos ent<strong>revista</strong>dos esperam dos<br />

seus fornecedores mais do que esperavam há um ano. O levantamento<br />

indica que 83% deles gostariam, principalmente,<br />

de um atendimento mais rápido. Como um aviso para as<br />

empresas, o que mais frustra os consumidores brasileiros é o<br />

fato de eles terem de lidar com funcionários que não entendem<br />

do assunto ou não conseguem atender às suas necessidades<br />

específicas (86% e 83%). Um fator que desestimula a<br />

compra pelo consumidor é sua frustração por não conseguir<br />

acesso às informações que deseja ou não conseguir comprar<br />

efetivamente o produto por qualquer um dos múltiplos canais<br />

escolhidos por ele (82%).<br />

83%<br />

dos ent<strong>revista</strong>dos gostariam de um<br />

atendimento mais rápido. O que mais<br />

frustra os consumidores brasileiros<br />

é o fato de eles terem de lidar com<br />

funcionários que não entendem do<br />

assunto ou não conseguem atender<br />

às suas necessidades específicas<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 9


[ capacitação ]<br />

Parceiro virtual<br />

e eficiente<br />

Portal do Conhecimento visa auxiliar os pequenos e<br />

os médios varejistas na busca pela capacitação e no<br />

desenvolvimento de uma melhor gestão para o negócio<br />

Por Claudia rivoiro<br />

10<br />

www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

Iniciativa importante da ABAD – Associação Brasileira<br />

dos Atacadistas e Distribuidores, o Portal<br />

do Conhecimento, lançado durante a realização<br />

da ABAD 2011 Recife, realizada em agosto, faz<br />

parte do programa Varejo Competitivo, e já é considerada<br />

uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento<br />

do varejo de vizinhança. Segundo Carlos<br />

Eduardo Severini, o Portal se propõe a impulsionar<br />

a capacitação do pequeno varejista e ser um<br />

novo canal de interação entre o varejo, a indústria<br />

e os agentes de distribuição associados da ABAD.<br />

“Acreditamos que, à medida que o pequeno e o<br />

médio varejista se capacitarem e desenvolverem<br />

vantagens competitivas, toda a cadeia de abastecimento<br />

se tornará mais eficiente, beneficiando<br />

todos os envolvidos”, observou.<br />

Portal oferece cursos virtuais em<br />

parceria com o Sebrae, além de<br />

pesquisas, notícias e vídeos<br />

Além de palestras, pesquisas desenvolvidas especialmente<br />

por grandes empresas globais, como<br />

a Nielsen e a Kantar Worldpanel, notícias, vídeos<br />

e cursos virtuais em parceria com o Sebrae, por<br />

exemplo, "Comportamento do Consumidor",<br />

"Melhoria do Sortimento" e "Gestão de Estoque –<br />

Como Evitar Rupturas", temas especialmente desenvolvidos<br />

para a gestão do negócio, no final do<br />

curso quem participar receberá certificado. Está a<br />

cargo do Comitê Varejo Competitivo da entidade<br />

formar multiplicadores que irão capacitar os profissionais<br />

de vendas de cada filiada estadual, participantes<br />

do TreinABAD, para darem suporte ao<br />

varejista sobre o conteúdo desses cursos. A fim de<br />

participar dos cursos, é necessário preencher um<br />

cadastro rápido para acessar a área restrita disponível<br />

no site da ABAD www.abad.com.br.<br />

Desenvolvida pela PC Sistemas, a ferramenta<br />

é fácil de ser utilizada e, como esclarece Wagner<br />

Patrus, presidente do Grupo PC Sistemas, o retorno<br />

será imediato, pois a cada treinamento o<br />

varejista poderá tirar conhecimentos aplicáveis<br />

ao seu negócio. “Ao ter acesso ao ensino a distância,<br />

ele fará a capacitação de acordo com a sua<br />

disponibilidade e, o que é ainda melhor, com<br />

custo baixo”, enfatizou Patrus.<br />

As lojas de pequeno formato são clientes dos<br />

atacadistas distribuidores, daí a necessidade de capacitar<br />

esse pessoal que precisa sobreviver diante<br />

da concorrência. “O Portal do Conhecimento foi<br />

criado para auxiliar os varejistas que buscam capacitação<br />

para desenvolver uma gestão vitoriosa. Para<br />

tanto, estamos atentos a esse movimento e percebemos<br />

a necessidade primordial dessa ferramenta<br />

que irá possibilitar que os negócios desses varejistas<br />

se tornem lucrativos e eficientes”, observa Oscar<br />

Attisano, superintendente executivo da ABAD.l


[ Capa ]<br />

A escolha<br />

do atacadista<br />

12 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

Varejistas de todo o País<br />

elegem as melhores<br />

empresas de cada estado<br />

Por Daniela GuiralDelli,<br />

Giane laurentino e Jamille menezes<br />

Pela primeira vez, a <strong>revista</strong> ABASTECIMENTO<br />

publica uma pesquisa realizada pela ABAD<br />

– Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores,<br />

em parceria com a Nielsen, apresentando<br />

os melhores atacadistas distribuidores em<br />

cada um dos 26 Estados e no Distrito Federal. A<br />

premiação é fruto de um levantamento realizado<br />

junto aos comerciantes, que escolheram as melhores<br />

empresas que os abasteceram no último ano,<br />

pois, quando se trata das lojas de vizinhança, em<br />

grande parte as compras de reposição são feitas<br />

junto ao atacado distribuidor. Essa realidade foi<br />

apontada no Ranking ABAD/Nielsen 2011, o qual<br />

Foco<br />

Mercantil Nova Era<br />

Codical<br />

Goiás Atacado Distribuidor<br />

Fasouto<br />

Makro<br />

V. Sperotto<br />

Asa Branca<br />

Paraty<br />

revelou que o setor atacadista distribuidor abastece<br />

40% dos supermercados médios, 95% dos<br />

supermercados pequenos (1 a 4 checkouts), 85%<br />

dos bares, 67% das farmácias e 95% dos estabelecimentos<br />

tradicionais (mercearias e padarias, entre<br />

outros pontos de venda) do País. “A pesquisa é<br />

feita junto aos pequenos e médios varejistas, que<br />

indicam os melhores fornecedores que os atendem<br />

e reflete um reconhecimento do trabalho do atacado<br />

distribuidor junto à sua clientela”, afirma Oscar<br />

Attisano, superintendente-executivo.<br />

No total, foram 23 as empresas premiadas, algumas<br />

ganhadoras em mais de um Estado, sendo<br />

que o objetivo da publicação é servir como um<br />

instrumento de parâmetro para que os pequenos<br />

e médios varejistas possam avaliar as empresas que<br />

os atendem. Dessa maneira, os varejistas podem<br />

comparar as práticas das empresas vencedoras com<br />

as das empresas que os atendem e saber de que maneira<br />

o atacado distribuidor analisa a importância<br />

do pequeno e do médio varejo.<br />

Especialização<br />

É a busca constante de: É a forma de atuar de:<br />

J. Sleiman<br />

JC Distribuição<br />

Marques e Melo<br />

Zamboni<br />

RioGrandense


Atacadista Nacional<br />

MArtiNs<br />

Pioneiro no mercado atacadista distribuidor,<br />

o Grupo Martins foi o vencedor de<br />

Melhor Fornecedor Nacional na opinião do<br />

pequeno e médio varejo. De acordo com Walter<br />

Faria, diretor-geral do Sistema Integrado<br />

Martins, apoiar o desenvolvimento do pequeno<br />

e médio varejo para que ele se mantenha<br />

atuante sempre foi uma vocação da companhia.<br />

“O trabalho que estamos fazendo nesses<br />

57 anos de existência ajuda a fortalecer os negócios<br />

dos nossos clientes, sempre buscando<br />

apoiá-los na evolução de suas empresas. Oferecemos<br />

a esses pequenos e médios varejistas<br />

uma verdadeira indústria de serviços e soluções<br />

destinada a desenvolver seus negócios e<br />

lhes dar capacidade para competir nesse mercado<br />

que se especializa cada vez mais.”<br />

O Grupo Martins foi um dos pioneiros,<br />

não só na distribuição, mas também na oferta<br />

de serviços aos clientes do pequeno e médio<br />

varejo. “Oferecemos a esses clientes soluções<br />

em distribuição e gestão de varejo, mix completo,<br />

com portfólio completo nas principais<br />

categorias, soluções educacionais por meio da<br />

Universidade Martins do Varejo, soluções em<br />

comércio eletrônico, soluções financeiras e de<br />

proteção para o varejista e o consumidor por<br />

meio do Tribanco, e soluções em educação social<br />

e sustentabilidade, oferecidas pelo Instituto<br />

Alair Martins”, conta Faria. l<br />

Serviços<br />

são oferecidos por:<br />

Martins<br />

Megafort<br />

Atacado Bate Forte<br />

Unidasul<br />

Coimbra<br />

Acre<br />

V.sperotto<br />

empresa, que ganhou o prêmio de Melhor<br />

A Atacado Distribuidor do Acre, investe cada<br />

vez mais em tecnologia para automatizar suas<br />

operações, tornando mais eficiente e ágil a entrega<br />

no Estado. “Uma das principais missões do<br />

atacado distribuidor é levar produtos aos mais<br />

distantes municípios, missão que se torna particularmente<br />

importante no Acre, que apresenta<br />

uma logística atípica com relação ao restante do<br />

Brasil. Buscamos otimizar essa etapa do negócio<br />

para atender com eficiência na região”, afirma<br />

Valdir Sperotto, presidente.<br />

Caminhão, barco e avião. É com essa combinação<br />

que a empresa atende todos os pontos de<br />

venda do Acre, além de Estados como Rondônia<br />

e o sul do Amazonas. Por exemplo, para percorrer<br />

uma distância de cerca de 500 km entre a<br />

capital e a segunda maior cidade do Acre – localizada<br />

no outro extremo do Estado –, a empresa<br />

precisa ultrapassar os afluentes do Amazonas.<br />

Para tornar essa matemática viável, a distribuidora<br />

firmou parceria com uma empresa de tecnologia,<br />

quando então começou a modernizar<br />

a operação adotando softwares para a gestão da<br />

empresa e a automação da força de vendas. Desde<br />

o início do projeto, o atacado distribuidor alcançou<br />

um crescimento acumulado de 263,08%<br />

em 2010. No ano passado, a V.Sperotto cresceu<br />

9,7%, passando a ocupar o primeiro lugar entre<br />

as empresas do Estado. l<br />

Relacionamento<br />

os É a praticantes proposta de:<br />

Mercantil Nova Era<br />

Codical<br />

Goiás Atacado Distribuidor<br />

Fasouto<br />

Makro<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 13


[ Capa ]<br />

Alagoas<br />

14 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

A conquista é<br />

atribuída a um<br />

trabalho constante<br />

para que as<br />

mercadorias sejam<br />

entregues em<br />

até 24 horas<br />

AsA BrANcA<br />

Atender todos os 102 municípios do Estado<br />

de Alagoas é meta cumprida para a Asa<br />

Branca, localizada na cidade de Arapiraca. “Estamos<br />

entregando pedidos em até 24 horas”,<br />

afirma José Hipólito, diretor da Asa Branca<br />

Distribuidora. A premiação dos melhores atacadistas<br />

concedida pela ABAD – Associação<br />

Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores ao<br />

Estado de Alagoas é uma conquista atribuída a<br />

um trabalho constante realizado junto às equipes<br />

para que as mercadorias sejam entregues<br />

no prazo estipulado, criando um elo de confiança<br />

entre o distribuidor e seus clientes.<br />

Com uma frota de 40 caminhões próprios,<br />

a empresa tem capacidade de armazenamento<br />

de 1.500 toneladas de congelados, 400 toneladas<br />

de resfriados e cerca de 3.000 toneladas de<br />

secos, com uma movimentação de média de<br />

estoque de 15 dias. A área ocupada pela empresa<br />

é de aproximadamente 18.460 m², com<br />

uma área construída de 7.405 m². Além disso, a<br />

empresa dispõe de gerador próprio, além de 12<br />

docas para cargas e descargas. Localizada estrategicamente<br />

no centro de Alagoas, foi fundada<br />

em 1996, acompanhando de perto as tendências<br />

do mercado e se mantendo atualizada com<br />

as principais categorias de produtos. l<br />

Amapá<br />

rAchel loiolA & ciA.<br />

Com quase 20 anos de atuação no Amapá, a<br />

Rachel Loiola & Cia. ganhou o prêmio de<br />

Melhor Distribuidor do Estado do Amapá. “Temos<br />

um mix muito numeroso de produtos, e por<br />

isso a fidelização que os clientes nos dedicam é<br />

muito grande. Por outro lado, estabelecemos algumas<br />

parcerias muito coesas com o pequeno e<br />

o médio varejo”, diz José Sarmento Costa, presidente<br />

da empresa Itamar.<br />

Segundo ele, a empresa trabalha sempre em<br />

parceria com a indústria e oferece informações,<br />

treinamentos e pesquisas, juntamente com a<br />

Adaap – Associação dos Distribuidores e Atacadistas<br />

do Estado do Amapá, buscando fortalecer<br />

o pequeno e o médio varejo. A indústria<br />

também contribui para essa capacitação. “Temos<br />

grandes indústrias que são nossas parceiras<br />

e isso nos fortalece muito”, afirma.<br />

Localizada no extremo norte do Brasil, a região<br />

do Amapá sofre com problemas de logística,<br />

não só pelo aspecto da distância, mas também<br />

por causa da infraestrutura de transportes.<br />

“A logística é complicada, principalmente no<br />

inverno, pois a maior parte das estradas não<br />

é pavimentada”, revela Costa. Segundo ele, o<br />

pedido feito à indústria demora de 15 a 20 dias<br />

para chegar e, por isso, a empresa precisa manter<br />

o estoque atualizado. “A entrega é feita ao<br />

cliente em 24 horas. É um compromisso que<br />

nos esmeramos por cumprir”, diz. l<br />

com um mix<br />

numeroso de produtos,<br />

conseguimos fidelizar<br />

clientes e estabelecer<br />

parcerias com<br />

o pequeno<br />

e médio varejo


Amazonas<br />

MercANtil NoVA erA<br />

Mercantil Nova Era iniciou suas atividades<br />

A no Amazonas em 1981, mas também atende<br />

os Estados de Rondônia, Roraima e Acre por<br />

meio de centros de distribuição instalados em<br />

Manaus/AM, Porto Velho/RO e Guajará-Mirim/<br />

RO. A empresa se propõe a inovar e a implantar<br />

processos que promovam eficiência ainda maior<br />

na etapa da entrega. Com esse objetivo, a empresa<br />

criou a Nova Era Logística, braço de distribuição<br />

que trabalha com o objetivo de levar, com<br />

eficiência, produtos aos pontos de venda de toda<br />

a Região Norte, principalmente no Estado do<br />

Amazonas, onde a logística é um dos principais<br />

complicadores na operação das empresas atacadistas<br />

e distribuidoras que atuam na região.<br />

Segundo Luiz Gastaldi Júnior, diretor da empresa,<br />

um dos desafios que o grupo pretende<br />

vencer é o de conhecer os negócios do cliente a<br />

ponto de se tornar possível alertá-los e capacitálos<br />

a respeito das mudanças do setor, ajudando<br />

esses pontos de venda a ganharem com a opera-<br />

Bahia<br />

codicAl<br />

Localizada em Santo Antônio de Jesus/BA, a<br />

Codical atribui sua vitória ao seu trabalho<br />

constante realizado junto a grandes marcas,<br />

como Unilever, J.Macêdo, Reckitt Benckiser, Alpargatas,<br />

Microlite e Diageo, o que lhe proporciona<br />

credibilidade junto ao varejo local.<br />

“Com isso, fazemos esse grande trabalho na<br />

Bahia e temos o reconhecimento do pequeno<br />

varejo”, afirma José Nilson Borges, sócio-diretor<br />

da empresa. Além disso, a Codical acredita que<br />

sua equipe, com cerca de 800 funcionários, faz a<br />

diferença com relação aos demais atacadistas do<br />

Estado. E, por isso, a empresa investe constantemente<br />

em sua equipe de vendas.<br />

A empresa tem seu foco em produtos alimentícios,<br />

de perfumaria e de limpeza. Com dois<br />

Centros de Distribuição capazes de atender todas<br />

as cidades da Bahia, a empresa conta com cerca<br />

de 5 mil itens em seu portfólio, os quais estão<br />

disponíveis aos seus mais de 6.000 clientes. l<br />

ceará<br />

Um dos desafios é o<br />

de conhecer os<br />

negócios do cliente<br />

a ponto de se tornar<br />

possível alertá-los e<br />

capacitá-los a respeito<br />

das mudanças<br />

ção e, dessa maneira, a se manterem competitivos.<br />

Nesse sentido, a Nova Era realiza eventos direcionados<br />

ao pequeno e médio varejo, que visam<br />

discutir temas pertinentes ao dia a dia. “A nossa<br />

preocupação é a de atender melhor e fazer com que<br />

o cliente possa se capacitar para conseguir enfrentar<br />

a concorrência, que está aumentado”, afirma. l<br />

J. sleiMAN<br />

Completando 50 anos em 2011, a cearense<br />

J. Sleiman atua no mercado atacadista distribuidor<br />

de cosméticos e perfumaria. Em 1990,<br />

com o crescimento do mercado interno, a empresa<br />

passou a atuar como DEC (Distribuidor Especializado<br />

em Cosméticos).<br />

A empresa passou a adotar o padrão dos que<br />

fazem essa distribuição especializada, visando<br />

com isso desenvolver e fortalecer os canais de<br />

distribuição nessa área. “Levamos, dentro da categoria<br />

que a gente atende, que é higiene e beleza,<br />

soluções para o pequeno varejo”, diz Alexandre<br />

Sleiman, presidente.<br />

Hoje, a empresa está situada em uma área de<br />

22.000 m² e conta com uma frota capaz de atender<br />

os 184 municípios do Estado. Os resultados<br />

obtidos são cada vez mais expressivos, o que, segundo<br />

Sleiman, demonstra o sucesso de um trabalho<br />

focado na busca de soluções rápidas e de<br />

excelência na prestação de serviços. l<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 15


[ Capa ]<br />

distrito federal<br />

16 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

Goiás AtAcAdo<br />

Eleita o melhor atacado distribuidor do Distrito<br />

Federal, a Rede Brasil/Goiás Atacado<br />

também atende Estados como Goiás, Tocantins,<br />

sul do Pará e Bahia, interior de São Paulo e Triângulo<br />

Mineiro. O foco no pequeno e no médio<br />

varejo, e também na capacitação da equipe<br />

de venda é uma das estratégias da empresa para<br />

crescer no mercado em todas as regiões. “De<br />

modo geral, temos trabalhado vigorosamente<br />

na gestão e na capacitação da equipe de vendas,<br />

procurando oferecer um melhor atendimento ao<br />

cliente profissional. Em 2009, começamos a preparar<br />

a empresa para outro momento. Acredito<br />

que permanecerá no mercado aquele que prestar<br />

o melhor serviço”, afirma Ézio Antônio de Faria,<br />

diretor de Compras.<br />

Com foco em sua operação no Distrito Federal,<br />

a Goiás Atacado pretende ampliar o número<br />

de representantes comerciais de 453 para 500<br />

profissionais até o fim do ano a fim de poder<br />

atender os 21 mil pontos de venda cadastrados<br />

na lista de clientes. “Queremos aumentar o número<br />

de profissionais de vendas dentro da mesma<br />

área de atuação. A maior dificuldade que temos<br />

encontrado é a falta de mão de obra. A nossa<br />

equipe de vendas faz um trabalho de positivação<br />

e de mix a fim de avaliar e fazer uma leitura de<br />

gôndola. O objetivo não consiste somente na<br />

venda aleatória. Com essa estratégia, desde 2009<br />

aumentamos em 27% a base de clientes atendidos<br />

até hoje”, disse. l<br />

Queremos<br />

capacitar cada<br />

vez mais a equipe<br />

de vendas para<br />

oferecer um melhor<br />

atendimento ao<br />

cliente profissional<br />

A intenção é<br />

orientar a respeito<br />

de assuntos<br />

relacionados à loja,<br />

como mix de produtos,<br />

layout e assessoria<br />

jurídica e contábil<br />

espírito santo<br />

e Minas Gerais<br />

MeGAfort<br />

Megafort, que trabalha no atacado gene-<br />

A ralista, atua nos Estados de Minas Gerais,<br />

Espírito Santo e Goiás. Nos últimos cinco<br />

anos, a empresa investiu principalmente em<br />

estrutura física e capacitação de pessoas. Com<br />

cerca de mil representantes nos três Estados, a<br />

empresa considera a prestação de serviço com<br />

excelência um dos principais fatores de sua vitória.<br />

“Muito se fala em preço, mas se esquece<br />

o serviço”, afirma Anivaldo Venâncio Barbosa,<br />

diretor-presidente da Megafort.<br />

Com o propósito de se aproximar dos clientes,<br />

a Megafort criou o SIV (Serviço Integrado<br />

de Varejo), uma consultoria empenhada na<br />

capacitação do pequeno e do médio varejo. A<br />

intenção é orientar o varejista a respeito de assuntos<br />

relacionados à loja, como mix de produtos,<br />

layout e assessoria jurídica e contábil.<br />

Hoje, o SIV atua em 40 lojas e planeja atender<br />

300 até 2013. Em 2010, a Megafort criou a Megalog,<br />

empresa de logística que presta serviços<br />

ao próprio atacado e para terceiros.<br />

Com um faturamento superior a 980 milhões<br />

de reais em 2010, a empresa pretende se<br />

expandir. Ela já iniciou algumas ações dentro<br />

do Estado de São Paulo, mas a sua meta principal<br />

é a de atender exaustivamente as áreas<br />

nas quais já atua. Sua expectativa de crescimento<br />

é de 11,5% em 2011. l


Goiás e tocantins<br />

Jc distriBUição<br />

Responsável pela distribuição de 4.500 produtos,<br />

a JC Distribuição tem na sua carteira<br />

de clientes mais de 17.000 estabelecimentos comerciais<br />

nos Estados de Goiás, Tocantins, sul do<br />

Pará, divisa do Mato Grosso e Distrito Federal. O<br />

trabalho desenvolvido pela empresa tem sido reconhecido<br />

graças a vários prêmios que a empresa<br />

conquistou, entre eles o de melhor atacadista<br />

de Goiás e Tocantins.<br />

Entendendo que o distribuidor é o elo que<br />

une a indústria e o varejo, cada vez mais a empresa<br />

se empenha em especializar seus trabalhos,<br />

o que é um dos fatores que a levaram a<br />

conquistar tantos clientes e a contar com o reconhecimento<br />

que eles lhe dedicam. “Cada vez<br />

mais, as indústrias têm dificuldade logística para<br />

operar em regiões de difícil acesso, como aquela<br />

em que a gente atua, atendendo o cliente da<br />

maneira mais adequada dentro daquilo que ele<br />

mais busca, que é ter o produto na hora certa e<br />

dentro da loja”, diz Ednardo Magalhães, diretor<br />

de Compras da empresa.<br />

A localização da empresa também é de importância-chave<br />

para a realização do trabalho de distribuição<br />

no Centro-Oeste. Situada em um ponto<br />

estratégico, o Anel Viário, de onde se tem acesso<br />

direto a toda a malha rodoviária do Estado e do<br />

País, a empresa ocupa uma área de 21.500 m².<br />

“Pela malha de distribuição que nós temos e pela<br />

força de distribuição, isso nos levou a esse reconhecimento<br />

mais uma vez”, diz Magalhães. l<br />

Atender o cliente<br />

de maneira mais<br />

adequada dentro<br />

daquilo que ele<br />

mais busca, mesmo<br />

em regiões de<br />

difícil acesso<br />

empresa continua<br />

os praticantes<br />

atuando no atacado<br />

tradicional, mas os<br />

clientes podem se<br />

utilizar do sistema<br />

de televendas para<br />

cotações e compras<br />

Maranhão,<br />

paraná e são paulo<br />

MAkro<br />

Com um total de 76 lojas em todo o Brasil,<br />

o Makro Atacadista é conhecido por<br />

operar com um sistema de estabelecimentos<br />

atacadistas de autosserviço onde os clientes<br />

profissionais podem escolher os produtos que<br />

atendem às suas necessidades. “A empresa vem<br />

se mantendo como um atacado tradicional,<br />

não migrando para o atacarejo, como fazem<br />

muitos dos seus concorrentes”, diz Vanderlei<br />

Moretti, gerente-geral da companhia no Brasil.<br />

Ele acredita que a atuação da empresa como<br />

atacado tradicional a favoreceu, pois, até mesmo<br />

com a popularização do formato atacarejo,<br />

ela se manteve firme em seu posicionamento<br />

de privilegiar o atendimento aos clientes profissionais<br />

do setor varejista e do mercado de<br />

bares, restaurantes e hotéis.<br />

O Makro Atacadista é parte do Grupo Holandês<br />

SHV, fundado em 1968 na Holanda. As<br />

atividades do Grupo no Brasil começaram em<br />

1972, quando inaugurou a primeira loja em<br />

São Paulo. Hoje, a empresa conta com mais<br />

de 12 mil itens em seu portfólio. Além disso,<br />

o Makro tem uma rede de parceiros constituída<br />

por cerca de 2.000 fornecedores. Por outro<br />

lado, as lojas contam com um sistema de<br />

televendas, onde os clientes podem cotar os<br />

produtos e finalizar a compra, que lhes será<br />

entregue diretamente no varejo. l<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 17


[ Capa ]<br />

18 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

Mato Grosso e Mato<br />

Grosso do sul<br />

AtAcAdo BAte forte<br />

Há vinte e seis anos operando no Mato Grosso<br />

do Sul e há doze anos no Mato Grosso,<br />

o Atacado Bate Forte aposta em vários formatos<br />

de operação para atender o pequeno e o<br />

médio varejo local nos dois Estados. “O ponto<br />

de venda de um a quatro checkouts é o nosso<br />

foco, estratégia que nos fortaleceu e proporcionou<br />

que aparecêssemos no mercado”, afirma<br />

Ricardo Branco, gerente-geral de Vendas do<br />

Atacado Bate Forte.<br />

Segundo Branco, no Mato Grosso do Sul<br />

o Bate Forte opera com a modalidade balcão,<br />

além de atuar como DAN (Distribuidor Autorizado<br />

Nestlé) e como atacado generalista, e<br />

de ter uma divisão de higiene e beleza, a BF<br />

Cosméticos, que atende o canal alimentar,<br />

farmácias, drogarias e outros pontos de venda<br />

especializados. No total, são 2.500 clientes<br />

positivados e 3.200 na carteira. “Todos os segmentos<br />

têm uma rentabilidade equivalente ao<br />

pará<br />

MArQUes e Melo<br />

Fundada há 24 anos, a Marques e Melo ampliou<br />

o seu leque de produtos e partiu para<br />

a especialização em produtos de higiene pessoal<br />

e beleza, como DEC (Distribuidor Especializado<br />

em Cosméticos) em 1999. “Iniciamos com o<br />

DEC há 12 anos e crescemos muito em virtude<br />

disso. Neste ano, o nosso crescimento estimado<br />

é de 10%”, revela José Wanderley Marques Melo,<br />

diretor-presidente da Marques e Melo.<br />

A empresa investe em tecnologia, em infraestrutura<br />

e na capacitação e qualificação da equipe.<br />

“Orientamos o cliente de varejo com informações<br />

de mercado, lançamentos e inovações”, diz<br />

Melo. Além disso, como DEC, a empresa oferece<br />

serviços, como venda fracionada, equipe especializada,<br />

sistemática de visitas, entrega rápida,<br />

layoutização, gerenciamento por categoria e treinamento.<br />

A empresa estendeu o conceito de especialização<br />

para outros segmentos, como o DEA<br />

(Distribuidor Especializado de Alimentos) e o<br />

DEL (Distribuidor Especializado de Limpeza). l<br />

porte. Temos quatro braços no Mato Grosso do<br />

Sul e procuramos realizar a cobertura de clientes<br />

por meio do atendimento de áreas menores,<br />

para poder trabalhar melhor essas lojas. Temos<br />

frota própria e entregamos em 48 horas até uma<br />

distância de 500 quilômetros”, explica.<br />

No Mato Grosso, o Bate Forte oferece em seu<br />

mix produtos de higiene e beleza. l<br />

paraíba<br />

Nordil<br />

Nosso foco é o<br />

ponto de venda<br />

de até quatro<br />

checkouts, frota<br />

própria e rápidez na<br />

entrega, mesmo em<br />

áreas menores<br />

Com uma estratégia voltada para merchandising,<br />

layoutização das lojas e entrega, realizada<br />

em 24 horas, em pontos de venda localizados<br />

em um raio de 100 km, e de 48 horas<br />

em PDVs localizados a distâncias acima de 100<br />

km, além da segmentação de canais de vendas,<br />

a Nordil atende o pequeno e médio varejo na<br />

Paraíba. “Dividimos os vendedores, adequamos<br />

a logística e em 2009 implantamos uma equipe<br />

especial para os canais farma e food service”, afirma<br />

Zezé Veríssimo, diretor-comercial.<br />

O objetivo da empresa ao segmentar a equipe<br />

foi personalizar o atendimento. “Trabalhamos<br />

em conjunto com fornecedores porque só dessa<br />

maneira poderemos atender às necessidades<br />

específicas de cada varejista. Nossa expectativa<br />

é a de segmentar cada vez mais a operação no<br />

futuro. Também estamos montando um projeto<br />

para capacitar o varejo, e neste ano entraremos<br />

na categoria de bebidas alcoólicas para tornar o<br />

mix ainda mais completo”, ressalta. l


R$<br />

12, 49**


[ Capa ]<br />

pernambuco<br />

pArAty<br />

20 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

Rapidez nas entregas e trabalho intenso da<br />

equipe de vendas junto ao varejo são os motivos<br />

que levaram o Paraty Atacado e Distribuidor<br />

a ser eleito o melhor do Estado de Pernambuco.<br />

“É o nosso trabalho da empresa e a rapidez nas<br />

entregas”, afirma Heraldo Menezes, diretor-presidente<br />

da empresa. Seu foco é a distribuição de<br />

produtos alimentícios e de higienização em todo<br />

o Estado de Pernambuco. Além disso, também<br />

atua na Bahia e em Alagoas.<br />

O atacado faz parte do Grupo Compare, que<br />

tem sede em Floresta/PE e atua nas áreas de atacado,<br />

distribuição, indústria de alimentos, venda<br />

de combustível e farmácia. O Paraty busca manter<br />

suas unidades de distribuição bem localizadas<br />

para que as entregas sejam feitas nos prazos<br />

estipulados. A empresa propõe aos seus clientes<br />

assistência para promoção de vendas de produtos<br />

e oferece, sem custos, profissionais preparados<br />

para organizar gôndolas e otimizar as vendas<br />

e o acesso às mercadorias. l<br />

rio de Janeiro<br />

ZAMBoNi<br />

Zamboni oferece oito mil produtos no<br />

A mix, o que inclui categorias de higiene<br />

pessoal, alimentos, limpeza e food service. A<br />

empresa também apoia o desenvolvimento<br />

do cliente varejista para além do mix e apoia<br />

o pequeno varejo em ações de trade marketing<br />

e de layoutização. Tudo isto visa estudar<br />

e entender o desempenho das categorias de<br />

produtos no mercado, dados que subsidiam<br />

a criação de ações que aumentam a demanda<br />

dos consumidores no ponto de venda e alavancam<br />

o crescimento das lojas de vizinhança.<br />

Com esse objetivo, a empresa realiza eventos<br />

exclusivos em parceria com indústrias, encartes<br />

promocionais para os canais farma e alimentar<br />

e packs com ofertas exclusivas. Além<br />

disso, disponibiliza material de merchandising<br />

e treinamento para clientes.<br />

A Zamboni também conta com uma equi-<br />

piauí<br />

cArVAlho<br />

Especializado na venda e distribuição de<br />

produtos alimentícios, o Carvalho procura<br />

sempre diversificar seu mix de produtos,<br />

ampliando e dando mais opções para seus<br />

clientes. O bom atendimento prestado a seus<br />

clientes também é uma prática constante na<br />

empresa.“Tentamos constituir a melhor parceria<br />

possível com o nosso cliente, principalmente<br />

pelo fato de também sermos supermercadistas.<br />

Temos uma responsabilidade muito<br />

grande, de agradar e incentivar nossos colegas<br />

supermercadistas a comprarem de um atacado<br />

que também é supermercadista”, diz Reginaldo<br />

Carvalho, presidente da empresa.<br />

Além disso, o Grupo desenvolve uma série<br />

de ações que reforçam sua credibilidade diante<br />

do mercado em que atua. Entre elas, destacase<br />

o investimento em ações de integração, em<br />

treinamentos e no desenvolvimento dos colaboradores<br />

que trabalham diretamente com<br />

atendimento aos clientes. l<br />

promotores auxiliam<br />

o varejista no melhor<br />

layout para loja,<br />

organizando-a<br />

e criando ambientes<br />

de compras<br />

atraentes<br />

pe de promotores que vão aos estabelecimentos<br />

comerciais indicados pelos representantes de vendas,<br />

e definem o melhor layout para a loja, organizando-a<br />

e criando ambientes de compras para<br />

que o consumidor se sinta atraído para ele. l


A empresa acredita<br />

em qualificação de<br />

trabalho, equipe<br />

comprometida<br />

e distribuições<br />

exclusivas de<br />

grandes indústrias<br />

rio Grande do Norte<br />

rioGrANdeNse<br />

RioGrandense Distribuidora acredita que<br />

A a qualificação e o trabalho de sua equipe<br />

são seus principais diferenciais e atribui a<br />

ambos o seu sucesso junto aos varejistas do<br />

Estado do Rio Grande do Norte. “Acreditamos<br />

na qualificação do nosso trabalho e na equipe<br />

comprometida”, afirma Dorian Bezerra de<br />

Morais, diretor-presidente da Riograndense.<br />

Hoje, a RioGrandense atua em todos os municípios<br />

dos Estados do Rio Grande do Norte<br />

e da Paraíba, com Centros de Distribuição nas<br />

cidades de Natal/RN e João Pessoa/PB.<br />

A empresa tem foco em distribuições exclusivas<br />

de indústrias, como Unilever, Reckitt<br />

Benckiser, Masterfoods, Johnson & Johnson,<br />

Dupé, Rayovac, Bettanin, Panasonic, M. Dias<br />

Branco e Bombril. Conta com uma unidade de<br />

negócios de DEC (Distribuidor Especializado<br />

em Cosméticos) no Rio Grande do Norte, e<br />

trabalha com produtos de perfumaria, higiene<br />

pessoal e beleza, como L’Oréal, Niely, Unilever,<br />

Sapeka, Nivea, Colgate, Procter & Gamble,<br />

Embelleze, Nazca e Hypermarcas.<br />

A distribuidora faz parte do Grupo RioGrandense,<br />

que surgiu na década de 1970, quando<br />

Morais montou uma barraca de feira para vender<br />

cereais e sandálias de borracha. O comércio<br />

originou um pequeno varejo, e alguns anos depois,<br />

em 1985, surgiu o primeiro atacado. l<br />

rio Grande do sul<br />

UNidAsUl<br />

Criada em 2006 em Esteio/RS, a Unidasul<br />

atua como atacadista distribuidor e como<br />

rede de supermercados. Graças ao fato de conhecer<br />

os dois lados da cadeia, o atendimento que<br />

presta ao seu cliente varejista é cada vez melhor.<br />

De acordo com Édson de Cesaro, superintendente<br />

de Vendas, a empresa zela pela qualidade do<br />

serviço prestado para ganhar a confiança desse<br />

cliente. “O principal requisito é a credibilidade,<br />

conquistada com a pontualidade da visita e a<br />

assertividade do produto, a qualidade, o preço e<br />

a sequência do trabalho. Isso gera credibilidade<br />

para a empresa, o que por sua vez nos proporciona<br />

esse reconhecimento”, avalia Cesaro.<br />

Com mais de 40 anos de atuação na região<br />

metropolitana de Porto Alegre, no Vale dos Sinos,<br />

no Vale do Paranhana, em Serra e no Litoral,<br />

a empresa também atua como DEC (Distribuidor<br />

Especializado em Cosméticos) desde 2002.<br />

Além disso, ela vende e distribui para o pequeno<br />

e o médio varejo as marcas próprias CBS e Valore,<br />

Compre Bem e DecSul. l<br />

rondônia<br />

coiMBrA<br />

Distribuidora Coimbra apresenta no seu<br />

A portfólio 240 fornecedores com os quais<br />

oferece um mix de produtos completo aos seus<br />

25 mil clientes ativos na sua carteira na Região<br />

Norte. Além de trabalhar com produtos, a empresa<br />

aposta na prestação de serviço. A fim de<br />

dar apoio total ao negócio do varejista, oferece<br />

ao comerciante a oportunidade de alcançar a<br />

rentabilidade necessária com sua loja e trabalhar<br />

de maneira adequada o ponto de venda.<br />

“Temos feito um trabalho completo no varejo.<br />

O comerciante nos entrega somente as paredes<br />

e aí montamos a loja inteira, desde o layout, a<br />

pintura, o mix e as ações em PDV. Desenvolvemos<br />

uma afinidade maior com o comerciante”,<br />

afirma Márcio Aurélio Gonçalves Ferreira,<br />

diretor-comercial. A empresa financia equipamentos<br />

e trabalha com pagamento a prazo na<br />

aquisição de mercadorias. l<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 21


[ Capa ]<br />

roraima<br />

Assis e BorGes<br />

22 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

empresa investe constantemente em trei-<br />

A namento de pessoal, principalmente na<br />

área comercial. Com atendimento em todos<br />

os 15 municípios do Estado, a Assis e Borges<br />

formou uma parceria com a ABAD para desenvolver<br />

o programa Varejo Competitivo na<br />

região, ajudando assim o varejo de vizinhança<br />

a atingir seu pleno desenvolvimento.<br />

Além do programa Varejo Competitivo, a<br />

empresa investiu em um vigoroso trabalho<br />

de campo que envolveu todos os funcionários<br />

da área de vendas e o proprietário da<br />

empresa, Antônio Parima Vieira. “Queríamos<br />

conhecer melhor os clientes para atender melhor<br />

às suas necessidades”, afirma. Por isso,<br />

todos foram a campo com o propósito de<br />

atender às necessidades específicas de cada<br />

varejista.<br />

A empresa passou a operar em 1997, depois<br />

que dois irmãos paraibanos foram para<br />

Roraima trabalhar no garimpo. Primeiro, fizeram<br />

algumas economias, e em seguida decidiram<br />

iniciar um negócio com o qual a empresa<br />

espera obter um crescimento de 10% em<br />

2011. Em 2009, a sede da empresa passou por<br />

uma grande reforma, que lhe rendeu 4.300<br />

m² de área construída, ampliando assim seu<br />

espaço de armazenamento e construindo no<br />

terreno instalações mais modernas. l<br />

investimentos<br />

constante na<br />

área comercial<br />

possiblitou<br />

conhecer melhor<br />

os clientes e às<br />

suas necessidades<br />

santa catarina<br />

Müller<br />

Fundada em setembro de 1967, a Distribuidora<br />

Müller começou como um pequeno atacado<br />

de doces, que atendia somente Itajaí e proximidades.<br />

Hoje, 44 anos depois, a empresa atua na<br />

distribuição de gêneros alimentícios, atendendo<br />

todo o Estado de Santa Catarina e também o Paraná<br />

e o sudeste do Pará. De acordo com Odemar<br />

Müller, diretor-fundador da empresa, o trabalho<br />

focado na distribuição, envolve uma boa entrega<br />

e um bom relacionamento com os clientes.<br />

“É todo um conjunto de fatores, como um bom<br />

atendimento dado pelo vendedor e a entrega no<br />

prazo, que fazem com que a gente consiga satisfazer<br />

o cliente. Lutamos muito para atingir o<br />

nível de atendimento ao cliente que ele merece,<br />

pois a fidelidade que ele nos dedica é muito importante<br />

para a nossa empresa”, diz Müller.<br />

A empresa construiu um novo centro de distribuição<br />

em Itajaí, com 11.000 m², que ajudará a<br />

reforçar a distribuição. “Nosso anseio é fazer com<br />

que o cliente fique cada vez mais contente com<br />

nossa entrega”, finaliza. l<br />

sergipe<br />

fAsoUto<br />

Fasouto atua como atacado distribuidor no<br />

A Estado de Sergipe, além de oferecer aos varejistas<br />

e transformadores locais a opção do Lojão<br />

Fasouto, atacado de autosserviço ou cash & carry<br />

localizado em Aracaju. A empresa procura ampliar<br />

a parceria com fornecedores, por meio de<br />

ações de trade marketing, que levam maior capacitação<br />

ao pequeno e médio varejo. “Mas, além<br />

de capacitar, é importante levar condições ao canal,<br />

o que inclui apoios como encartes, pontos<br />

extras e promotores na loja, isto é, oferecemos<br />

um conjunto de ações com foco no negócio do<br />

cliente. Além disso, cuidamos do visual da loja e<br />

das marcas distribuídas para que todos vendam<br />

mais. Atender melhor o cliente é o que fazemos<br />

por meio de duas operações. Pois o nosso objetivo<br />

é manter o foco no pequeno varejo e no<br />

transformador”, afirma Juliano César Faria Souto,<br />

diretor-presidente da companhia. l


Fonte: Pesquisa Nielsen Brasil – ABAD<br />

FRALDA DESCARTÁVEL<br />

SAS: 0800 7017907<br />

Fitas elásticas que se<br />

adaptam ao corpo<br />

do bebê deixando-o<br />

livre para se<br />

movimentar!<br />

Fechamento “TIC<br />

TAC” que pode ser<br />

ajustado quantas<br />

vezes forem<br />

necessárias.<br />

Toque ultrasuave<br />

e desenhos dos<br />

personagens<br />

Sapeka.<br />

Pioneira no<br />

Indicador de Troca<br />

que fica azul quando<br />

a fralda precisa ser<br />

trocada.<br />

Regiões 1º 2º 3º 4º 5º %Top 5<br />

Total Brasil Sapeka Turma da Mônica Pampers Mili Johnson's baby 51,8<br />

Qualidade e inovação<br />

garantem bons resultados.<br />

Sapeka,<br />

líder nacional de vendas<br />

nos varejos de 1 a 4<br />

checkouts!


[ pesquisa ]<br />

raio<br />

xwww.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 24<br />

www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

estudo realizado pela GFK<br />

Brasil revela o comportamento<br />

do consumidor com relação<br />

ao canal e ao perfil das<br />

lojas de vizinhança<br />

Por Daniela GuiralDelli<br />

do varejo


Oque o consumidor procura ao realizar suas<br />

compras no pequeno varejo? E o que essas<br />

lojas oferecem com relação ao mix de<br />

produtos, ao atendimento e ao nível de serviços<br />

para esses clientes? Para responder a essas duas<br />

perguntas, a GFK Brasil realizou a pesquisa “Uma<br />

Visão 360° do Pequeno Supermercado”, que apresenta<br />

um abrangente painel do canal de vendas.<br />

O estudo traçou o perfil das lojas de um a quatro<br />

checkouts (caixas) e indicou que o mercado de<br />

vizinhança está em crescimento e continuará a se<br />

desenvolver em um ritmo vigoroso nos próximos<br />

anos. De acordo com o estudo, atualmente compõem<br />

o canal cerca de 50 mil estabelecimentos,<br />

que respondem por mais de 40% do volume de<br />

vendas dos setores de alimentos, higiene e limpeza<br />

e perfumaria, sendo que, para algumas indústrias,<br />

ele é o principal canal de vendas.<br />

Desafio a ser enfrentaDo<br />

Quanto ao perfil dos empresários que atuam à<br />

frente das lojas, a pesquisa revelou que esses estabelecimentos<br />

são administrados por comerciantes<br />

experientes, sendo a necessidade de profissionalização<br />

o grande desafio enfrentado por esses empreendedores.<br />

Outras duas constatações revelaram<br />

que o pequeno varejo oferece preços mais baratos<br />

quando se trata de algumas categorias, e que, diferentemente<br />

dos estabelecimentos dos grandes varejos,<br />

a loja de vizinhança é fortemente influenciada<br />

pelo consumidor quando se trata da composição<br />

do mix. “São lojas pequenas e muito próximas,<br />

que entendem e ouvem o consumidor. Quando<br />

o comerciante vai abastecer a loja, ele procura trazer<br />

a opinião do cliente para o mix. Antes de agregar<br />

uma marca, é muito importante ouvir o que<br />

o consumidor pensa. Uma das conclusões disso<br />

tudo é que ele acaba sendo refém de marcas líderes.<br />

Quando precisa adquirir uma segunda marca,<br />

busca por preço. A voz do consumidor está em sua<br />

cabeça todos os dias”, afirma Marco Aurélio Lima,<br />

diretor da GFK Brasil.<br />

Com relação ao comportamento de quem<br />

compra nas lojas de bairro, a pesquisa revelou um<br />

consumidor que frequenta mais de um canal de<br />

abastecimento, influenciado por grande número<br />

de informações, muitas delas obtidas pela internet,<br />

e outras por meio da tecnologia móvel (celulares)<br />

e dos veículos convencionais de imprensa. Em relação<br />

às marcas, 81% das decisões dos consumidores<br />

ocorrem no PDV. “A decisão no PDV para o consumidor<br />

ocorre com relação à marca, à quantidade<br />

ou aos produtos complementares. Para o varejista,<br />

o interessante é aumentar o valor da compra ou<br />

direcionar o shopper para comprar produtos com<br />

maior margem. A fim de conseguir esse objetivo,<br />

ele precisa trabalhar a visibilidade de algumas categorias”,<br />

afirma Rafael D’Andrea, sócio da Tool-<br />

BoxTM e professor do Insper – Instituto de Ensino<br />

e Pesquisa.<br />

Para o pequeno varejo que quer influenciar o<br />

cliente no PDV e incrementar o faturamento, uma<br />

dica consiste em criar soluções de ambientação por<br />

meio da exposição de produtos em parceria com<br />

outros profissionais ou juntando categorias relacionadas.<br />

Também é importante trabalhar o lado<br />

sensorial de quem compra, principalmente em<br />

seções onde a decisão pela escolha do produto é<br />

mais demorada. É o caso das áreas de cosméticos e<br />

de bebidas alcoólicas. “Degustação é uma maneira<br />

de estimular o cliente nesse sentido. Ações desse<br />

tipo podem ajudar na compra de certos produtos”,<br />

declara D’Andrea.<br />

Outro fato revelado pela pesquisa se refere aos<br />

canais de abastecimento frequentados pelo consumidor.<br />

O brasileiro recorre, em média, a oito tipos<br />

de pontos de venda, incluindo o pequeno varejo<br />

supermercadista. Das pessoas ouvidas pela GFK,<br />

cerca de 50% se abasteceram em lojas do pequeno<br />

varejo nos últimos seis meses, além de outros formatos,<br />

como padarias, lojas de conveniência, feiras<br />

livres e farmácias – veja a Tabela 1.<br />

Porém, o que leva o consumidor a realizar compras<br />

no pequeno varejo, e com que frequência?<br />

Cerca de 63% das pessoas ent<strong>revista</strong>das vão ao<br />

ponto de venda pelo menos uma vez por semana<br />

e 59% fazem compras sozinhas. Os principais<br />

motivos que as levam a se abastecer nas lojas de<br />

vizinhança são a proximidade (92%), o horário de<br />

funcionamento (25%), os preços baixos (24%) e<br />

os produtos oferecidos (16%). Entre as categorias<br />

mais compradas nos mercadinhos, o destaque está<br />

nos alimentos, seguidos pelos produtos de padarias,<br />

FLV (frutas, legumes, verduras), bebidas não<br />

alcoólicas, artigos de limpeza doméstica, higiene<br />

pessoal e perfumaria, perecíveis (refrigerados e<br />

congelados), açougue e bebidas alcoólicas – veja a<br />

Tabela 2.<br />

Mas qual é o perfil de quem comanda o pequeno<br />

varejo no País? Segundo o estudo da GFK,<br />

o setor é comandado por homens (71%) que, em<br />

média, têm 38 anos, sendo que a grande maioria<br />

não concluiu a 8 a série ou o 9 o ano (56%) do ensino<br />

fundamental. Esses comerciantes, em média,<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 25


[ pesquisa ]<br />

Para saber mais do seu<br />

cliente e do seu negócio<br />

Canais de compras usados pelos<br />

consumidores<br />

Canal Percentual<br />

Híper/supermercado<br />

Padaria<br />

Farmácia/perfumaria<br />

Mercado (de 5 a 9 caixas)<br />

Bar/lanchonete<br />

Loja de conveniência<br />

Feira livre<br />

Açougue<br />

Atacado de autosserviço (cash & carry)<br />

Mercado tradicional<br />

Produtos ou categorias mais<br />

comprados pelos consumidores<br />

no pequeno varejo<br />

Categorias<br />

Alimentos<br />

Produtos de padaria<br />

Frutas/verduras/legumes<br />

Bebidas não alcoólicas<br />

Limpeza doméstica<br />

Higiene pessoal/perfumaria<br />

Perecíveis (refrigerados/congelados)<br />

Açougue<br />

Bebidas alcoólicas<br />

Sobre o pequeno varejo<br />

Média de clientes atendidos/dia<br />

26 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

100<br />

95<br />

94<br />

83<br />

79<br />

62<br />

60<br />

56<br />

43<br />

33<br />

Total (pessoas)<br />

79<br />

69<br />

66<br />

65<br />

55<br />

55<br />

55<br />

49<br />

36<br />

Caixas Número de clientes/dia<br />

Um<br />

Dois<br />

Três<br />

Quatro<br />

130<br />

270<br />

490<br />

580<br />

95% dos consumidores<br />

utilizam as padarias como<br />

canal de compras<br />

têm 15 anos de experiência no ramo, e comandam<br />

lojas com 16 anos de existência. Quanto à gestão<br />

do negócio, essas lojas, em sua maior parte, são<br />

empresas familiares (85%), a maioria das quais é<br />

constituída apenas de uma loja (80%). Segundo<br />

Adão de Souza, consultor de varejo, essa realidade<br />

acontece porque a abertura de uma atividade comercial<br />

não exige escolaridade específica, nem grau<br />

de conhecimento anterior. “Na prática é assim: no<br />

primeiro passo, recebo um dinheiro, e no segundo<br />

abro um negócio. É assim que esses comerciantes<br />

começam”, explica.<br />

Porém, com a dinâmica do mercado de consumo,<br />

esses empresários reconhecem a necessidade<br />

de se atualizarem. A justificativa para que não renovem<br />

o conhecimento é a falta de tempo. “Os varejistas<br />

sabem que precisam dessas informações. Mas<br />

a justificativa mais frequente que eles apresentam é<br />

a de que têm pouca disponibilidade para estudar.<br />

Embora não disponham de tempo, eles sabem que<br />

não conseguirão crescer se não tiverem adquirido<br />

conhecimentos específicos. Tenho a impressão de<br />

que a maior parte dos programas criados para capacitar<br />

esses comerciantes ignora o fator tempo. Não<br />

ricardo BaKKer


[ pesquisa ]<br />

Mercado de vizinhança versus híper/super<br />

28 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

2,15<br />

2,38<br />

2,06<br />

2,53<br />

+ 10,5%<br />

2,64<br />

- 9,5%<br />

+ 13,2%<br />

+ 4,5%<br />

0,3%<br />

+ 7,6%<br />

6,56<br />

7,49<br />

Primeiro trimestre de 2011<br />

Limpeza Híper<br />

Mercado de vizinhança<br />

Higiene e<br />

beleza<br />

FLV<br />

Perecíveis<br />

Açougue<br />

Alimentos<br />

Bebidas<br />

não<br />

alcoólicas<br />

Bebidas<br />

alcoólicas<br />

adianta desenvolver uma apostila extensa ou exigir<br />

respostas muito longas pela internet”, diz Souza.<br />

Desenvolver programas com uma metodologia<br />

pontual e objetiva, que traga informações sobre o<br />

básico do negócio, é o melhor caminho para capacitar<br />

esse empreendedor, afirma o consultor de<br />

varejo. Mesmo a internet deve ser usada de maneira<br />

simplificada, capaz de se adequar à realidade<br />

desses varejistas. “Se a leitura exigir mais de uma<br />

hora, dificilmente o comerciante se interessará em<br />

continuar. Muitos sabem o básico de internet. Por<br />

isso, criar portais ou apostilas cheias de detalhes<br />

não deverá ter sucesso na capacitação desse empresário.<br />

Também se deve pensar em maneiras de<br />

capacitar esse varejista que tem mais dificuldade<br />

Comparativo de preços<br />

1,34<br />

2,28<br />

1,52<br />

2,29<br />

3,05<br />

3,06<br />

2,46<br />

para acessar o computador, para que ele não fique<br />

excluído”, ressalta Souza.<br />

Assim como também ocorre em outros setores,<br />

o gestor do pequeno varejo deverá passar por mudanças,<br />

uma vez que a concorrência faz com que<br />

aqueles que desejam investir estejam mais bem<br />

preparados e informados sobre o mercado. “Em alguns<br />

setores, já ocorreram mudanças no perfil dos<br />

gestores. Os restaurantes têm passado por transformações.<br />

Empresários sem experiência vêm dando<br />

lugar àqueles que têm formação acadêmica. No setor<br />

de franquias, já atuam pessoas com esse perfil.<br />

Mesmo no pequeno varejo, os novos empresários<br />

chegam mais bem preparados. Hoje, para abrir<br />

um empreendimento comercial, é necessário um<br />

+ 14,2%<br />

11,72<br />

11,49<br />

- 2,0%<br />

As variações de preços<br />

ocorrem em diferentes regiões<br />

do País e não são uniformes<br />

para cada categoria


icardo BaKKer<br />

investimento maior, e esse empresário precisa de<br />

alguma instrução”, avalia Souza.<br />

Porém, como trabalham e o que oferecem aos<br />

seus clientes as lojas de vizinhança? De acordo com<br />

o estudo da GFK, 57% desses estabelecimentos têm<br />

empacotadores, 41% têm estacionamento próprio,<br />

38% vendem fiado/caderneta, 33% trabalham<br />

com tabloides e 21% oferecem produtos orgânicos<br />

no mix. Com relação ao número de funcionários,<br />

os homens representam 58% e as mulheres 42%.<br />

Cerca de 8% do faturamento é gasto com contratações.<br />

Quanto ao número de funcionários por loja,<br />

ele pode variar de três a 21 pessoas.<br />

No que se refere ao faturamento, as lojas de um<br />

checkout têm um rendimento de cerca de 330 mil<br />

reais/ano, enquanto nas lojas de dois checkouts<br />

esse número fica em torno de 1.430 milhões de<br />

reais por ano, as de três caixas em 2.400 milhões<br />

de reais por ano e as de quatro caixas em 3.800<br />

milhões de reais por ano. Em relação à metragem,<br />

27% consideram pequeno o tamanho do estoque,<br />

restrição que faz com que 4% sofram com perdas e<br />

quebras de produtos. Quanto ao número de clien-<br />

tes atendidos por dia, a média varia de 130 a 580<br />

pessoas – veja a Tabela 3.<br />

Com relação às opções de pagamento oferecidas<br />

aos consumidores, 43% trabalham com dinheiro,<br />

34% aceitam cartão de débito, 18% cartão de crédito<br />

e 5% vale-alimentação. Outro aspecto importante<br />

revelado pela pesquisa refere-se às categorias<br />

consumidas nas lojas. Enquanto o preço médio da<br />

cesta de produtos no primeiro trimestre do ano, em<br />

relação ao ano anterior, chega a 152,75 reais nos<br />

formatos super/híper, no mercado de vizinhança<br />

ele totaliza 154,67 reais – variação de +1,7%. Em<br />

algumas categorias, como bebidas alcoólicas e perecíveis,<br />

o consumidor encontra uma variação de<br />

quase 15% – veja a Tabela 4.<br />

Também se indagou dos varejistas o que mais<br />

os influencia no momento de eles montarem<br />

seu mix. Em terceiro lugar ficou a possibilidade<br />

de eles copiarem os concorrentes ou de pedirem<br />

sugestões aos fornecedores, seguida, na segunda<br />

colocação, pelas opções: busca por produtos<br />

inovadores, experiência própria e produtos que<br />

dão melhor margem. Em primeiro lugar, ficou<br />

a proximidade é o<br />

principal motivo que<br />

leva o consumidor ao<br />

ponto de venda<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 29


[ pesquisa ]<br />

Refrigerados<br />

Bebidas<br />

Hortifrútis<br />

Higiene e Beleza<br />

Bazar<br />

Limpeza<br />

Alimentos<br />

30 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

Canal de compra por categoria<br />

Categoria Direto do<br />

Fabricante<br />

Serviços oferecidos<br />

48<br />

45<br />

35<br />

12<br />

12<br />

18<br />

22<br />

nas áreas de hortifrútis<br />

e de FlV (frutas,<br />

legumes e verduras), o<br />

abastecimento é diário<br />

Cestinha de compras<br />

Carrinho de compras<br />

Balcão refrigerado<br />

Sacolas de plástico<br />

Entrega em domicílio<br />

Cartões de débito/crédito<br />

Geladeiras próprias<br />

Geladeiras dos fornecedores<br />

Produtos diet/light<br />

Hortifrútis<br />

Distribuidor<br />

Exclusivo<br />

26<br />

32<br />

12<br />

25<br />

18<br />

23<br />

19<br />

Total (%)<br />

92<br />

91<br />

90<br />

88<br />

84<br />

83<br />

83<br />

78<br />

78<br />

78<br />

ricardo BaKKer<br />

Distribuidor<br />

Multifabricante<br />

12<br />

9<br />

13<br />

29<br />

28<br />

26<br />

23<br />

Atacado<br />

8<br />

8<br />

7<br />

25<br />

24<br />

23<br />

25<br />

Híper/<br />

super<br />

1<br />

2<br />

2<br />

2<br />

2<br />

1<br />

1<br />

Central<br />

de<br />

compras<br />

3<br />

3<br />

16<br />

3<br />

4<br />

3<br />

7<br />

a opção comprar os produtos que o cliente<br />

pede. Em relação à escolha das marcas, na terceira<br />

colocação ficaram as opções procura por<br />

novidades e manutenção das mesmas marcas,<br />

e no segundo lugar quesitos como preço baixo<br />

e produto em promoção, seguidos pelas marcas<br />

líderes em primeiro lugar.<br />

Quando questionados sobre os canais de<br />

compras utilizados para o abastecimento da<br />

loja, a resposta variou de acordo com a categoria.<br />

Enquanto produtos refrigerados e bebidas<br />

são adquiridos em grande parte dos fabricantes<br />

– com 48% e 45%, respectivamente –, produtos<br />

de higiene e beleza e bazar são comprados preferencialmente<br />

em atacados – com 25% e 24%,<br />

respectivamente –, enquanto para produtos de<br />

limpeza a preferência dos comerciantes é a aquisição<br />

junto aos distribuidores, com 26%. Em<br />

resumo, o estudo mostrou que o atacado é um<br />

grande fornecedor do canal, que recorre a uma<br />

multiplicidade de fornecedores, com os comerciantes<br />

apresentando diferentes frequências de<br />

compra, o que gera uma significativa complexidade<br />

na gestão – veja a Tabela 5.<br />

Quanto à frequência de compra junto aos<br />

fornecedores, em alguns casos ela é diária, e em<br />

outros é semanal ou mensal. Nas áreas de hortifrútis<br />

e de FLV (frutas, legumes e verduras), o<br />

abastecimento é diário. Nas categorias de bebidas,<br />

higiene e beleza, limpeza, alimentos e refrigerados,<br />

bem como na área de bazar, as compras<br />

são mensais. O prazo de pagamento mais usado<br />

é entre 20 e 30 dias. Segundo a pesquisa, entre os<br />

serviços oferecidos pelos comerciantes que participaram<br />

do estudo estão cestas e carrinhos para<br />

compras, sacolas plásticas, entrega em domicílio<br />

e geladeiras próprias – veja a Tabela 6. l


24 ABR 01 2011 MAI<br />

NIVEA INVISIBLE<br />

BLACK & WHITE<br />

O 1º ANTITRANSPIRANTE<br />

QUE EVITA MANCHAS AMARELAS<br />

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do lançamento junto<br />

aos itens de maior giro<br />

da marca.<br />

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OS 3 PRINCIPAIS ITENS DA NIVEA NO SEGMENTO FEMININO E MASCULINO,<br />

SEM CANIBALIZAR O RESTANTE DA LINHA!<br />

08 15 22 29 05 12 19 26 03<br />

MAI<br />

MAI<br />

MAI<br />

MAI<br />

JUN<br />

JUN<br />

JUN<br />

Fonte: Nielsen Scantrack – Participação em Valor – T. Brasil<br />

FEMININO MASCULINO<br />

JUN<br />

JUL<br />

10<br />

JUL<br />

17<br />

JUL<br />

BLACK<br />

&WHITE<br />

DRY<br />

PEARL<br />

& BEAUTY<br />

24 ABR 01 2011 MAI<br />

08 15 22 29 05 12 19 26 03<br />

E VOCÊ? JÁ TEM NA SUA LOJA?<br />

ABASTEÇA SUAS GÔNDOLAS PORQUE A MÍDIA CONTINUA COM TUDO!<br />

MAI<br />

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JUL<br />

BLACK<br />

&WHITE<br />

DRY<br />

COOL<br />

KICK


[ comemoração ]<br />

80 anos<br />

de história<br />

32 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

Um dos mais<br />

antigos sindicatos<br />

patronais do Brasil,<br />

o Sincovaga-SP<br />

completa 80 anos<br />

e relembra sua<br />

trajetória<br />

por Jamille menezes


fotos wladimir de souza<br />

Década de 1930. São Paulo era uma cidade<br />

marcada pela urbanização e pela industrialização.<br />

Com cerca de um milhão de<br />

habitantes, as compras de gêneros alimentícios<br />

eram feitas em feiras livres, em pequenos empórios<br />

e nos antigos armazéns de secos e molhados.<br />

Foi nesse período que surgiu o Sincovaga-SP, um<br />

dos primeiros sindicatos brasileiros na área de<br />

comércio, completando 80 anos em 2011.<br />

Sob o nome de Sindicato dos Comerciantes<br />

em Líquidos e Comestíveis de São Paulo, o Sincovaga-SP<br />

era uma associação comercial que congregava<br />

bares, restaurantes e um grupo de donos<br />

de empórios e armazéns de secos e molhados. Em<br />

1936, ele se adequou ao modelo de sindicato que<br />

a lei trouxe e, em 1940, virou Sindicato do Comércio<br />

Varejista de Gêneros Alimentícios de São<br />

Paulo, representando a categoria do varejo de alimentos,<br />

mas apenas no município de São Paulo.<br />

Nessa época, os pequenos mercados dominavam<br />

o varejo, mantendo a fidelidade de seus clientes<br />

graças às vendas a prazo por meio das cadernetas.<br />

Segundo Álvaro Furtado, atual presidente do<br />

Sincovaga, já se falava então em compras em conjunto<br />

para alcançar uma margem de lucro maior,<br />

mas só em 1968 houve uma tentativa de fundação<br />

de cooperativa de compras para empresas. “Na<br />

época, o ministro da Fazenda era o Delfim Neto e<br />

esse foi o primeiro estudo feito com a participação<br />

do governo. Depois fundamos o grupo de compra<br />

em conjunto com ajuda do Sebrae”, revela.<br />

central de compras<br />

Álvaro diz que o sindicato estimula esse tipo de<br />

iniciativa, mas sabe que, por si só, a alternativa<br />

não resolve tudo. “Não basta comprar em conjunto.<br />

Também é preciso contar com instalações,<br />

e isso está acontecendo hoje nas chamadas centrais<br />

de compra. Estamos treinando o pessoal,<br />

mas o foco ainda é este: comprar bem e repassar<br />

para os filiados em boas condições. Ou seja, trabalhar<br />

com promoções, com produtos promocionais”,<br />

diz.<br />

A partir de meados da década de 1970, o supermercado<br />

passou a ser o instrumento dominante<br />

na área do abastecimento, embora convivesse<br />

com milhares de pequenos pontos de varejo. Na<br />

década de 1980, os supermercados cresceram ainda<br />

mais. “Foi um período em que a inflação era<br />

muito alta e o poder de compra tinha um papel<br />

decisivo para a sobrevivência de uma empresa.<br />

Com isso, eles ganharam ainda mais espaço e a<br />

indústria passou a contar com o supermercado<br />

como um importante parceiro. Quando ocorria<br />

a abertura de um supermercado, a indústria fornecia<br />

o seguinte enxoval: todos os fornecedores<br />

abasteciam as prateleiras de graça”, afirma.<br />

Foi também na década de 1980 que o Ministério<br />

do Trabalho concedeu ao Sincovaga a extensão<br />

da sua base territorial para todo o Estado de<br />

São Paulo. “Primeiro, ele passou a ser intermunicipal,<br />

até que, em 1986, virou sindicato de base<br />

estadual, com exclusão dos municípios onde já<br />

havia algum sindicato local representando a categoria<br />

de gêneros alimentícios”, diz Furtado.<br />

Nessa época, o presidente do sindicato era Wilson<br />

Tanaka. Ele conta que a economia brasileira<br />

estava então passando por um período muito difícil.<br />

“Os supermercados e o comércio em geral<br />

sofreram muito com os planos Cruzado e Verão<br />

e, evidentemente, isso repercutiu muito na entidade”,<br />

diz. Ele também revela que nesse período<br />

a entidade cresceu muito. “Fizemos um trabalho<br />

fantástico para que o varejista pudesse ultrapassar<br />

aquela fase difícil”, afirma Tanaka.<br />

Na década de 1990, com o surgimento do<br />

Código de Defesa do Consumidor, mais uma vez<br />

o papel do Sincovaga-SP foi fundamental. “Com<br />

o advento do Código, os supermercados foram<br />

novamente o alvo. Tivemos de defender muitos<br />

varejistas e chegamos até a montar plantão dentro<br />

de uma delegacia de polícia para atendê-los.<br />

Foram trabalhos que valeram a pena, pois também<br />

marcaram muito a entidade, e ela cresceu<br />

Wilson Hiroshi Tanaka,<br />

ex-presidente do<br />

sincovaga, com o atual<br />

presidente, Álvaro Furtado<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br<br />

33


[ comemoração ]<br />

Jantar<br />

comemorativo<br />

ofereceu show<br />

musical aos<br />

convidados<br />

34<br />

www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out jul/ago 2011<br />

em função desse tipo de trabalho”, diz Tanaka.<br />

Com o passar dos anos e o crescimento do varejo,<br />

houve uma relativa concentração das grandes<br />

redes, que passaram por fusões e aquisições. Mas<br />

até as grandes lojas se submeteram a mudanças.<br />

Com a estabilidade econômica, os preços também<br />

ficaram mais ou menos estabilizados. Por<br />

isso, ir a uma dessas grandes estruturas para fazer<br />

compras deixou de ser tão interessante quanto<br />

era antes. Foi quando houve o florescimento dos<br />

supermercados de bairro. Por sua vez, as grandes<br />

organizações também perceberam que os mercados<br />

de bairro constituíam uma boa opção e deram<br />

início às compras de redes menores.<br />

Com cerca de 40 mil empresas associadas,<br />

distribuídas por 350 municípios do Estado, hoje<br />

o Sincovaga-SP oferece consultoria e orientação e<br />

indica profissionais para informatizarem a loja, verificarem<br />

o maquinário e fazerem diagnósticos. “O<br />

sindicato tem de trabalhar muito mais como orientador.<br />

Também desempenhamos um papel importante<br />

junto a empresas menos estruturadas, que é<br />

o de lhes dar cobertura jurídica na área trabalhista;<br />

além disso, para as empresas associadas, oferecemos<br />

assistência trabalhista gratuita”, diz Furtado.<br />

Segundo ele, o Sincovaga também é o único<br />

órgão autorizado a fazer negociações coletivas<br />

com os empregados da categoria dos trabalhadores<br />

que prestam serviço nessas empresas. “Somos<br />

nós, por força de lei, que negociamos com os comerciários.<br />

Essa é a grande missão do sindicato”,<br />

afirma. Desse modo, o foco da atuação consiste<br />

em procurar negociar e acompanhar todas as<br />

questões que envolvem o direito do trabalho, as<br />

relações da empresa com a legislação trabalhista<br />

e a segurança do trabalho.<br />

assistência<br />

A entidade também conta com um grupo especializado<br />

em relações trabalhistas, que se reúne<br />

de março a dezembro para discutir negociação<br />

salarial, ponto eletrônico, acidentes de trabalho<br />

e todos os temas importantes que dizem respeito<br />

à realidade desse tipo de empresa, e que impactam<br />

diretamente a vida dessas empresas.<br />

“Damos assistência jurídica na área trabalhista,<br />

e assistência consultiva jurídica em todos os<br />

campos, além de um atendimento previdenciário<br />

para as empresas no processo de aposentadoria<br />

de seus titulares.” Além disso, o sindicato<br />

oferece atendimento na área odontológica e tem<br />

convênios com empresas parceiras nas áreas de<br />

educação, medicina e lazer, com colônias de férias<br />

e clubes de campo.<br />

Há 45 anos acompanhando a evolução do Sincovaga-SP,<br />

Furtado diz ter participado de muitas<br />

histórias. “Comecei aqui em 1966, quando ainda<br />

era estudante de direito, e trabalhei como funcio-


nário da entidade. Formei-me e passei para o departamento<br />

jurídico. No início da década de 1980,<br />

passei a ser o executivo principal. Depois comprei<br />

um supermercado e fiquei com ele durante alguns<br />

anos. Aposentei-me enquanto funcionário e virei<br />

diretor. Permaneci como diretor durante algum<br />

tempo, e depois de diretor, virei presidente. Não<br />

era esse o meu projeto, mas acabou acontecendo<br />

por uma série de circunstâncias”, conta.<br />

Mesmo estando dentro do sindicato por tantos<br />

anos, ele diz que quando passou para a presidência<br />

sua visão mudou. “Eu participei da gestão<br />

anterior e por mais paradoxal que possa parecer,<br />

senti muita dificuldade quando passei a presidente,<br />

pois é complicado ser o vértice da pirâmide.<br />

Não existe estância recursal. Se você errou, está<br />

errado. Além disso, por estar aqui há muito tempo,<br />

eu exigi muito de mim mesmo em relação<br />

aos resultados. Consegui algumas coisas, mas em<br />

outras me frustrei. Porém, não estou infeliz com<br />

isso. Este ano foi um ano de aprendizado. Estamos<br />

evoluindo para melhorar”, diz Furtado.<br />

certificado digital<br />

Também neste ano o Sincovaga-SP firmou uma<br />

parceria com a Autofax, empresa especializada<br />

em soluções que envolvem certificação digital de<br />

dados e documentos, para dar início a um serviço<br />

de emissão e validação de certificados digitais<br />

para associados, que terão um desconto especial,<br />

e para os representados do Sincovaga-SP em<br />

todo o Estado. “O certificado digital é hoje um<br />

instrumento essencial para o varejista que quer<br />

usufruir com segurança as funcionalidades e<br />

aplicações da internet. A ferramenta ajuda a proteger<br />

informações e reduzir fraudes digitais, além<br />

de ter validade jurídica”, afirma Furtado.<br />

Hoje, o sindicato também trabalha para ser<br />

uma fonte de informação para os varejistas. “Nosso<br />

site atinge 700 visitas por dia e mais de 20 mil<br />

por mês. Nele divulgamos os principais assuntos<br />

que dizem respeito à realidade do comércio, em todos<br />

os aspectos, os operacionais e os legais”, conta.<br />

Além de tratar de assuntos econômicos, o site traz<br />

pesquisas sobre a satisfação do consumidor e índices<br />

de venda do comércio, que são instrumentos de<br />

gestão importantes para as empresas. O Sincovaga<br />

trabalha vigorosamente no processo de melhoria<br />

da relação de trabalho, com as negociações coletivas<br />

entre as empresas e os trabalhadores. “Procuramos,<br />

todos os anos, fazer uma negociação que<br />

contemple o máximo que os empregados querem<br />

Cristiano eloi, editor da aBasTeCimenTo, Claudia rivoiro<br />

e Vicente puerta, da eBC editora, e Álvaro Furtado<br />

Presidentes<br />

1936 – Francisco Pereira Mendes<br />

1937 – 1941 – Ângelo Benelli<br />

1942 – Alexandre Duarte<br />

1943 – 1944 – Leonelo Dante<br />

1945 – 1954 – Alexandre Duarte<br />

1954 – Leonelo Dante<br />

1955 – 1960 – Alexandre Duarte<br />

1960 – 1962 – Nívio Teixeira de Carvalho<br />

1962 – 1964 – Manoel G. Montana Filho<br />

1964 – 1973 – Wanderlei Bocchi<br />

1974 – 1979 – Nívio Teixeira de Carvalho<br />

1980 (janeiro a julho) – Wilson Hiroshi Tanaka<br />

1980 – 1985 – Jemini Rolim<br />

1986 – 2009 – Wilson Hiroshi Tanaka<br />

2010 – atual presidente Álvaro Furtado<br />

e o máximo que as empresas podem pagar”, diz.<br />

Nos 80 anos do Sindicato, ele relembra a trajetória<br />

da entidade. “Atravessamos 80 anos, evoluindo<br />

junto com o crescimento da cidade e do<br />

Estado, e com a evolução do comércio varejista,<br />

desde o armazém de secos e molhados até os<br />

autosserviços mais modernos, as lojas de conveniência,<br />

os pontos de venda em geral. Acompanhamos<br />

e vivemos tudo isso. Vivemos a guerra,<br />

o racionamento da guerra, depois a inflação, o<br />

regime militar, os planos econômicos e os fiscais<br />

do Sarney. Tudo isso são pedaços da história do<br />

Sincovaga-SP. Hoje, estamos comemorando 80<br />

anos e é uma data importante, emblemática. Estamos<br />

fortes e dispostos a continuar trabalhando<br />

pela categoria”, finaliza.l<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 35


[ natal sazonal ] ]<br />

festas<br />

de história<br />

tores de giro do produto, as previsões da economia<br />

36 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

Com a chegada do fim do ano e das ceias de<br />

Natal e de Ano Novo, o varejo precisa se preparar<br />

para prestar um bom atendimento aos clientes<br />

Por Jamille menezes<br />

As festas de fim de ano sempre se revelam<br />

como uma boa oportunidade para o varejo<br />

aumentar as vendas, não só com a troca<br />

de presentes, mas também com os tradicionais<br />

jantares e almoços de família, que reúnem todos<br />

em volta da mesa. E para se abastecer nessa ocasião,<br />

muitos consumidores recorrem ao varejo<br />

de vizinhança, que deve estar preparado para<br />

atender a essa demanda.<br />

Na avaliação da CNDL – Confederação Nacional<br />

de Dirigentes Lojistas, o Natal deste ano será<br />

pelo menos 5% melhor que o de 2010, que já<br />

foi considerado o melhor dos últimos dez anos.<br />

Obviamente, isso significa que os consumidores<br />

ainda estão dispostos a gastar e que o varejo precisa<br />

se planejar. Por outro lado, para Álvaro Furtado,<br />

presidente do Sincovaga-SP – Sindicato do<br />

Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do<br />

Estado de São Paulo, o Natal deste ano será bom,<br />

mas haverá uma pequena desaceleração com relação<br />

ao ano passado, quando os consumidores<br />

estavam mais confiantes.<br />

Seja ele bom ou ótimo, o fato é que nesse período<br />

o planejamento de marketing e operações no<br />

pequeno varejo é fundamental para se evitar rupturas<br />

e compras de última hora a fim de garantir<br />

o abastecimento das lojas. “As pequenas lojas não<br />

têm o hábito de manter ou utilizar ferramentas de<br />

sistemas de informação para analisar o histórico de<br />

vendas dos produtos sazonais ou de época. Com<br />

isso, as compras muitas vezes obedecem ao critério<br />

do ‘achismo’, não levando em consideração os fa-<br />

Pronto para as<br />

e o próprio aumento das vendas da loja”, explica<br />

Francisco da Silva Souza, consultor de varejo.<br />

Por isso, a exposição de produtos, o estoque e<br />

as compras devem ser planejados antecipadamente,<br />

assim como a decoração do ambiente, o que<br />

garantirá um clima natalino na loja, envolvendo<br />

clientes e colaboradores no timing do período.<br />

verificar estoque<br />

Esse planejamento é importante para que o varejista<br />

possa ter uma boa percepção da maneira como<br />

deve preparar sua loja para as vendas de fim de ano.<br />

“Primeiro, ele precisa recorrer a dados históricos<br />

sobre a evolução das vendas durante, pelo menos,<br />

os três últimos Natais. Depois, ele deverá examinar<br />

o mercado e verificar se está havendo alguma retração.<br />

Em seguida, deverá verificar o estoque, o que<br />

já comprou e o que falta comprar, o que ainda vai<br />

receber e qual o comportamento do fluxo de caixa.<br />

Desse modo, será possível planejar as vendas com<br />

artigos mais específicos e característicos da época”,<br />

ensina Sérgio Diniz, consultor do Sebrae – Serviço<br />

de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.<br />

Uma vez feito esse planejamento, é hora de garantir<br />

o mix de produtos. Entre os itens mais procurados<br />

nessa época estão panetone, chester, carne<br />

moída em pacote, farofa pronta, frutas secas, peito<br />

de frango, batata palha, milho verde, atomatados,<br />

ervilhas, refrigerantes pet, cerveja em lata, bebidas,<br />

queijos, presuntos, bisteca suína, pernil suíno,<br />

bisteca bovina, e peru. “É preciso mesclar um mix


com itens de valor agregado e itens básicos para<br />

melhorar o tíquete médio e não deixar o cliente<br />

sem opções, pois ele valoriza cada centavo das suas<br />

compras e adora promoções”, diz Souza.<br />

As indústrias também já se preparam para esse<br />

período com lançamentos e novidades. De acordo<br />

com Gláucia Gouveia, gerente de Comemorativos<br />

e In Natura da Sadia/Perdigão, neste ano a Sadia<br />

trará o peru manteiga e ervas, lançado no ano passado,<br />

e o peru desossado recheado com farofa, que<br />

terá lançamento nacional neste ano, além da sua<br />

linha de suínos assados. Por sua vez, a Perdigão tem<br />

o chester Assa Fácil e o desossado e recheado com<br />

farofa, além da sobrepaleta recheada com linguiça e<br />

o pernil temperado com vinho espumante e ervas.<br />

definir estratégia<br />

De acordo com Rodrigo Mainieri, gerente de<br />

Marketing de Produtos Sazonais da Pandurata, os<br />

tradicionais panetones com frutas e os chocotones<br />

com gotas de chocolate Bauducco têm presença<br />

garantida nas gôndolas a partir de outubro.<br />

Além dos panetones, a empresa também oferece<br />

ao consumidor uma linha de biscoitos especiais<br />

para o Natal, que vão desde novidades na linha<br />

dos tradicionais wafers até latas de Cookies com<br />

formatos exclusivos e temas natalinos. Segundo<br />

Mainieri, o panetone com frutas é a versão mais<br />

consumida. Ela representa atualmente 59% da categoria.<br />

No entanto, o consumo das versões com<br />

gotas de chocolate vêm aumentando ano a ano.<br />

Mas não basta ter estoque na loja. Também<br />

é preciso saber conciliar tudo isso explorando a<br />

sinergia de produtos que combinam uns com os<br />

outros, além de definir a estratégia de comercialização.<br />

“O varejista precisa verificar como está o<br />

caixa, como os produtos serão oferecidos, como<br />

deverá planejar de acordo com o que o público<br />

compra, e como irá fazer a venda, se no cartão ou<br />

no cheque pré-datado”, aconselha Diniz.<br />

O próximo passo consiste em pensar na exposição<br />

desses produtos. “O planejamento também<br />

envolve a maneira adequada de montar vitrines e<br />

gôndolas para se criar os impulsos do consumo,<br />

que, nesse período, acontecem com muita intensidade,<br />

e o varejista deverá abusar de tudo isso”,<br />

diz Diniz.<br />

Além disso, também se deve usar pontos extras.<br />

Os panetones, por exemplo, não são itens regulares<br />

do varejo. Portanto, não devem estar localizados<br />

apenas em gôndolas, mas também em pontos<br />

extras, ilhas e pontas de gôndola. “Para conseguir<br />

divulgAção<br />

uma melhor visibilidade, eles devem estar posicionados<br />

nas áreas ‘quentes’ do supermercado,<br />

nos corredores de entrada, nas regiões centrais e<br />

nas proximidades das áreas de grande circulação<br />

(padaria, refrigerados e hortifrútis). Com essa exposição<br />

e com preços visíveis, estarão atraentes<br />

para o consumidor”, ensina Mainieri.<br />

A exposição deve obedecer ao critério de valorização<br />

do produto e da atração que ele exerce<br />

sobre o shopper. “A exposição pode ser simples,<br />

mas deve dizer ao cliente que a loja está preparada<br />

para aquele período”, diz. Segundo ele, o<br />

cliente do pequeno varejo valoriza o aconchego,<br />

pois, diferentemente das grandes lojas, ele sabe<br />

os nomes do colaborador, do gerente e dos balconistas.<br />

Dessa maneira, o treinamento dos funcionários<br />

para que prestem esse bom atendimento é<br />

essencial. “Se for bem atendido em seus desejos,<br />

dificilmente o consumidor trocará de loja. Uma<br />

pequena loja bem trabalhada é quase imbatível<br />

na retenção de clientes”, ensina Souza.<br />

No fim do período natalino, é preciso verificar<br />

se o que foi planejado foi bem executado, a fim<br />

de saber o que deu certo e o que precisa ser mudado.<br />

São esses os dados que ajudarão a planejar o<br />

ano seguinte. “Nessa fase, faz-se uma análise crítica<br />

para identificar os erros e acertos. Para isso, o cliente<br />

precisa ser consultado, da mesma maneira que o<br />

grupo de funcionários, pois é essa equipe que vai<br />

trabalhar para trazer os resultados”, alerta Diniz.l<br />

sérgio Diniz,<br />

consultor do<br />

sebrae, diz que é<br />

preciso planejar<br />

para garantir<br />

vendas<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 37


[ gerenciamento de categorias ]<br />

O centrO das<br />

38<br />

www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

atenções<br />

O varejista precisa<br />

estar atento às<br />

oportunidades, pois<br />

fraldas, chupetas<br />

mamadeiras e<br />

papinhas ocupam<br />

espaço cada vez<br />

maior nas gôndolas<br />

Por Giane Laurentino<br />

Quando um bebê chega, ele se torna o<br />

centro das atenções da casa. Quando o<br />

assunto é varejo, não poderia ser diferente.<br />

Toda uma gama de produtos destinados<br />

às crianças circula pelo mercado. Fraldas, papinhas,<br />

chupetas, mamadeiras, itens de higiene e<br />

beleza compõem um universo único, que pode<br />

ser aproveitado pelo varejo de maneira mais<br />

ampla e efetiva, trazendo assim mais valor agregado<br />

ao ponto de venda (PDV).<br />

Quaisquer produtos direcionados ao público<br />

infantil têm a atenção garantida dos pais, mas


como é possível ganhar mais com produtos infantis?<br />

Segundo Antônio Carlos Ferreira, consultor<br />

de varejo, há uma boa oportunidade de<br />

venda quando se cria um espaço dirigido para<br />

esse público. “Todos os produtos que o bebê<br />

utiliza podem estar em uma única gôndola”,<br />

afirma. Essa apresentação pode facilitar a visualização<br />

dos produtos para o consumidor, que<br />

no momento da compra pode se interessar por<br />

outros itens que são usados no seu dia a dia.<br />

“A pessoa vai buscar leite, mas se houver outros<br />

produtos com maior valor agregado, é possível<br />

incentivar a venda casada”, comenta Ferreira.<br />

produtos básicos<br />

Outra sugestão que o consultor considera interessante<br />

para o varejo consiste em mesclar<br />

categorias essenciais (leite, papinhas e fraldas)<br />

com produtos que podem agregar mais valor à<br />

compra, por exemplo, pequenos brinquedos e<br />

acessórios. Essa prática pode ser incorporada<br />

ao varejo, mas é necessário levar em consideração<br />

produtos básicos que não podem faltar no<br />

PDV, como fraldas, leite e alimentos especiais<br />

para crianças.<br />

Para as lojas onde o espaço não é a principal<br />

expor os produtos por tipo e<br />

preocupação, o consultor recomenda uma boa<br />

por marca ajuda o cliente a<br />

escolha de sortimento, que inclua principalmen-<br />

encontrar o que procura<br />

te produtos essenciais de alimentação e higiene<br />

do bebê. “Quando um varejista tem uma loja<br />

menor, ele pode montar uma frente com cada<br />

❜<br />

O varejo precisa olhar com<br />

mais atenção para o produto,<br />

pois ele tem alta rotatividade e<br />

boa margem de lucro. O varejo<br />

alimentar acabou perdendo um<br />

pouco desse mercado para as<br />

lojas especializadas<br />

Dirceu Forti FiLho<br />

diretor-comercial da Fraldas capricho<br />

produto que julgar adequado”, recomenda.<br />

Os principais alvos de divulgação dos produtos<br />

para bebês são os pais. Essa é a iniciativa<br />

correta, pois o poder de decisão do que será usado<br />

ainda cabe aos responsáveis pela criança. No<br />

entanto, o varejista deve tomar alguns cuidados<br />

quando o assunto é divulgar ou até mesmo fazer<br />

ofertas com produtos destinados aos bebês.<br />

É preciso que o varejista esteja ciente do impacto<br />

que as ações de marketing dentro do seu estabelecimento<br />

podem causar nas crianças.<br />

Há uma lei que regulamenta a venda de produtos<br />

usados por bebês. É a lei 11.265, de 2006,<br />

que regula a comercialização dos seguintes<br />

itens: fórmulas dirigidas aos lactentes (até seis<br />

meses), fórmulas infantis de segmento (de seis<br />

meses a um ano), alimentos de transição (primeira<br />

infância), fórmulas nutrientes destinadas<br />

a recém-nascidos de alto risco, leite líquido, em<br />

pó, modificado, sem lactose ou de soja, além de<br />

mamadeiras, bicos e protetores.<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 39


[ gerenciamento de categorias ]<br />

40 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

Nesse caso, os produtos não podem conter<br />

quaisquer imagens que os liguem a infância,<br />

nem mesmo frases que deem a entender que o<br />

produto contém mais – ou os mesmos – benefícios<br />

que o leite materno. Esses itens não participam<br />

de promoções nem de distribuição de<br />

amostras, e não podem ter localização privilegiada<br />

dentro da loja. É preciso ter um cuidado<br />

especial com a divulgação de leites em panfletos<br />

de oferta: quando houver uma inscrição obrigatória<br />

no rótulo, também será preciso reproduzila<br />

no material de divulgação do varejo.<br />

atenção à exposição<br />

Além das restrições específicas para a venda de<br />

produtos direcionados aos pequenos, é preciso<br />

atenção à exposição e à publicidade no ponto<br />

de venda. Segundo o Código de Defesa do Consumidor<br />

(CDC) são proibidos dois tipos de publicidade:<br />

a enganosa e a abusiva. A propaganda<br />

enganosa ocorre quando as informações divulgadas<br />

não condizem com o produto vendido.<br />

❜<br />

Oferecemos<br />

vários produtos<br />

relacionados à<br />

puericultura. O<br />

pequeno varejista<br />

pode fazer<br />

propaganda dos<br />

acessórios e os<br />

outros materiais são<br />

um complemento<br />

roDriGo Lemes<br />

gerente de Venda da neopan<br />

Quanto à abusiva, é aquela que se aproveita do<br />

déficit de conhecimento ou da vulnerabilidade<br />

do interlocutor. Essas duas práticas são consideradas<br />

uma infração quando relacionadas a<br />

qualquer produto, em particular àqueles direcionados<br />

às crianças.<br />

Com 55 anos no mercado, a Neopan oferece<br />

vários produtos relacionados à puericultura. Os<br />

O varejo pode mesclar<br />

categorias essenciais,<br />

como leite, papinhas e<br />

fraldas, com produtos<br />

que podem agregar mais<br />

valor à compra, por<br />

exemplo, pequenos<br />

brinquedos e acessórios<br />

wladimir de souza


carros-chefes da empresa são as mamadeiras e<br />

chupetas comercializadas em todo o País em lojas<br />

especializadas e nos pequenos varejos. Como<br />

os principais itens da Neopan se enquadram na<br />

lei 11.265, que proíbe a divulgação de produtos<br />

ligados à amamentação infantil, a empresa procura<br />

divulgar acessórios como babador, redutor de<br />

assento, chocalho, massageador de gengiva, etc.<br />

“O pequeno varejista pode fazer propaganda dos<br />

acessórios e os outros materiais são um complemento”,<br />

afirma Rodrigo Lemes, gerente de Venda.<br />

limitações<br />

Também atuando no segmento de puericultura,<br />

a Kuka está há 30 anos no mercado, mantendose<br />

junto do varejista para atrair mais consumidores.<br />

Com as limitações que a lei 11.265 impõe<br />

à propaganda, a empresa aposta na indicação<br />

da marca pelas mães. “Há muita propaganda<br />

boca a boca do nosso produto”, afirma Rose<br />

Morilla, gerente de Marketing da Kuka. A geren-<br />

Dicas para<br />

trabalhar no PDV<br />

4 Criar um “cantinho<br />

do bebê” com todos<br />

os produtos a ele<br />

relacionados<br />

4 Manter pelo menos uma<br />

frente com os produtos<br />

básicos<br />

4 Trabalhar com<br />

promoções de produtos<br />

e com acessórios que<br />

não se enquadram na lei<br />

4 Balancear produtos<br />

básicos com produtos<br />

de maior valor agregado<br />

te acredita que apostar em produtos do dia a dia<br />

do bebê pode ajudar o varejista. “Hoje, muitas<br />

lojas estão tentando montar um cantinho do<br />

bebê”, comenta.<br />

Na lista dos produtos que não podem faltar<br />

nas gôndolas a fralda se destaca. Produzindo<br />

fraldas desde 2000, a Fraldas Capricho cresceu<br />

57% no ano passado e já superou sua expectativa<br />

de crescimento para 2011, que era de 40%.<br />

Segundo Dirceu Forti Filho, diretor-comercial<br />

da empresa, o mercado manterá o crescimento<br />

nos próximos dois anos. “Depois desse período,<br />

ocorrerá uma tendência de queda no número<br />

de empresas que produzem fraldas no País”, comenta.<br />

O diretor também ressalta que o varejo<br />

precisa olhar com mais atenção para o produto,<br />

pois ele tem alta rotatividade e boa margem<br />

de lucro. “O varejo alimentar acabou perdendo<br />

um pouco desse mercado para as lojas especializadas”,<br />

afirma. Ele recomenda trabalhar com<br />

promoções da categoria no ponto de venda.l<br />

Produtos que não<br />

podem ser divulgados<br />

4 Fórmulas direcionadas aos<br />

lactentes (até seis meses)<br />

4 Fórmulas infantis de segmento (de<br />

seis meses a um ano)<br />

4 Alimentos de transição (primeira<br />

infância)<br />

4 Leite líquido, em pó, modificado,<br />

sem lactose ou de soja<br />

4 Mamadeiras<br />

4 Chupetas e bicos de mamadeira<br />

4 Protetores<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 41


[ ent<strong>revista</strong>/José Fontelles,executivo ]<br />

Executivo da<br />

Cereser fala<br />

sobre a atuação<br />

da empresa, que<br />

comemora 85 anos<br />

em 2011, e destaca<br />

a importância do<br />

pequeno varejo e<br />

das estratégias a<br />

que recorre para<br />

continuar a crescer<br />

em um cenário<br />

cada vez mais<br />

competitivo<br />

Por Daniela GuiralDelli<br />

um brinde ao<br />

sucesso<br />

42 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

fotos wladimir de souza


As festas de fim de ano se aproximam e, com<br />

elas, a oportunidade de incrementar o faturamento<br />

e de atingir as metas de crescimento<br />

estabelecidas no planejamento das companhias<br />

que trabalham com bebidas. Na Cereser,<br />

essa expectativa não é diferente. Nesta ent<strong>revista</strong>,<br />

José Fontelles, diretor-comercial, fala sobre o<br />

mercado e as oportunidades que permeiam a categoria,<br />

além da importância do pequeno varejo<br />

nesses 85 anos de atuação da empresa no País.<br />

Para celebrar a data, a fabricante lançou uma edição<br />

especial da Sidra Cereser, versão comemorativa<br />

que será produzida em uma série limitada,<br />

com cerca de 20 mil unidades. “Integramos a<br />

inovação em nosso DNA, condição fundamental<br />

para que possamos superar o desafio de estarmos<br />

presentes em todas as categorias de bebidas<br />

alcoólicas no Brasil”, ressalta. Fundada em 1926,<br />

a Cereser traz em seu portfólio vinhos, sidras,<br />

vermutes, vodcas, aguardentes, conhaques e outros<br />

destilados. Tem capacidade de produção de<br />

65 mil litros/hora e de armazenagem de até 20<br />

milhões de litros em suas fábricas em Jundiaí/SP<br />

e no Complexo Industrial de Suape/PE.<br />

Qual a importância do pequeno varejo<br />

na operação da Cereser?<br />

Atualmente, o atacado distribuidor, que abastece<br />

os pequenos pontos de venda, representa<br />

35% do nosso negócio. Estamos ampliando<br />

a nossa rede de distribuidores para que possamos<br />

aumentar nossa participação no pequeno<br />

varejo. Em função disso, pretendemos<br />

duplicar o número de parceiros, o que nos<br />

permitirá levar o nosso produto às pequenas<br />

lojas, entre outros pontos de dose onde temos<br />

dificuldade para chegar.<br />

Como o pequeno varejista pode<br />

trabalhar o mix de bebidas?<br />

O desafio que se impõe ao canal é o de expor<br />

os produtos com eficiência em um espaço muito<br />

limitado. Por isso, é preciso desenvolver um<br />

trabalho focado e dinâmico com um mix de<br />

bebidas próprio para cada estação ou ocasião.<br />

Temos observado uma atenção maior para produtos<br />

de baixo preço, mas não podemos nos<br />

esquecer da importância da marca para a loja e<br />

o consumidor. A marca líder precisa fazer parte<br />

do mix. Com relação à exposição, trabalhar<br />

com antecedência é o primeiro passo, além do<br />

gerenciamento adequado do preço na gôndo-<br />

la, fatores que influenciam as vendas. Escolher<br />

mais um ponto da loja para expor os produtos,<br />

principalmente os sazonais, além da exposição<br />

casada de produtos de época ajudam a alavancar<br />

as vendas. Kits com produtos complementares<br />

a preços atraentes trazem vantagens para os<br />

consumidores.<br />

Em quanto ele poderá rentabilizar caso<br />

trabalhe corretamente o PDV?<br />

O preço é um aspecto muito importante para<br />

o varejo, e em épocas como a do fim de ano é<br />

preciso antecipar as vendas, para que não ocorra<br />

a necessidade de reduções drásticas de preço,<br />

com a liquidação de estoques às vésperas do<br />

Natal. Além disto, escolher um mix que permita<br />

praticar um valor superior é uma excelente<br />

estratégia. Sempre recomendamos que o varejo<br />

trabalhe com a linha de sabores isentos de álcool,<br />

pois esses produtos não apresentam tantas<br />

diferenças entre uma loja e outra. Ao incluir<br />

esses produtos no mix, os lojistas não precisam<br />

reduzir tanto a sua margem de receita, permitindo<br />

melhor retorno. Esse conjunto de ações<br />

pode gerar retornos adicionais de até 15%.<br />

Qual é a expectativa da empresa em<br />

relação à operação no pequeno varejo?<br />

A importância do pequeno varejo no contexto<br />

atual de distribuição no Brasil é indiscutível.<br />

Nos últimos anos, temos desenvolvido ações<br />

junto aos nossos principais clientes, visando<br />

❜<br />

Atualmente,<br />

o atacado<br />

distribuidor,<br />

que abastece<br />

os pequenos<br />

pontos de venda,<br />

representa 35%<br />

do nosso negócio<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br<br />

43


[ ent<strong>revista</strong>/José Fontelles,executivo ]<br />

❜<br />

44 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

❜<br />

O mercado<br />

Na adiam eu faciliquat ver ad<br />

de frisantes<br />

molorper sustrud er sit aut wisl ero<br />

representa<br />

od<br />

5%<br />

del iuscipit loreet vulputat. Rat<br />

do segmento<br />

laor irilla aciliquat prat erilis nibh ea<br />

de vinhos<br />

feumsandiam<br />

e<br />

inim duis am, vendre<br />

cresce 10% ao<br />

ano. Esperamos<br />

vender cem mil<br />

caixas em<br />

dois anos<br />

melhorias no atendimento. Isso tem sido feito<br />

por meio de um suporte maior aos atacados<br />

e também com a construção de uma rede<br />

de distribuidores.<br />

Quais são as apostas da empresa<br />

para este ano?<br />

Na categoria de Sidras, com e sem álcool, temos<br />

apostado em novos sabores. Lançamos o<br />

de Frutas Vermelhas, depois de trazer para o<br />

mercado, em 2010, as versões Guaraná e Maracujá.<br />

A empresa também está investindo em<br />

produtos licenciados graças a parcerias com<br />

times de futebol. Já fechamos com o Palmeiras,<br />

o Atlético Mineiro e o Cruzeiro. Os times<br />

também já demonstram interesse em uma<br />

parceria na categoria de vinhos. Outra aposta<br />

para este ano será o mercado de frisantes.<br />

Qual é a expectativa da operação<br />

com frisantes?<br />

O consumo de frisantes tem crescido muito no<br />

Brasil, uma vez que o brasileiro aprendeu a consumir<br />

o produto com os importados. A bebida é<br />

um vinho refrescante, que tem tudo a ver com o<br />

nosso clima. Teremos os do tipo Branco e Rosé,<br />

que estarão no mercado a partir de setembro. O<br />

mercado de frisantes representa 5% do segmento<br />

de vinhos e cresce 10% ao ano. Esperamos<br />

vender cem mil caixas em dois anos. O frisante<br />

é um vinho gaseificado, e a Cereser tem know<br />

how para produzir esse tipo de produto. A bebida<br />

fará parte da marca Dom Bosco.<br />

Quais são as expectativas de crescimento<br />

para este ano?<br />

Em 2010, crescemos cerca de 8%, e em 2011<br />

os fatores internos são favoráveis para voltarmos<br />

a atingir esse percentual. Estamos entrando<br />

em novas categorias, além de contarmos<br />

com um forte planejamento estratégico e nos<br />

apoiarmos em pilares nos quais acreditamos.<br />

Buscamos desempenhar um papel expressivo<br />

nas categorias em que estamos presentes.<br />

Qual foi o maior desafio que a empresa<br />

enfrentou nesses 85 anos?<br />

Estar presente nas principais categorias de bebidas<br />

alcoólicas no Brasil. Para alcançar esse<br />

objetivo, realizaremos investimentos cada vez<br />

maiores em marketing, tanto no desenvolvimento<br />

de marcas e produtos como em trade<br />

marketing. Somos reconhecidos no mercado<br />

e pelo consumidor final no quesito inovação.<br />

Como inovar de fato nesse mercado?<br />

Criar novas categorias é um caminho. Prova disso<br />

é que, em suco infantil, lançamos o Spunch,<br />

bebida gaseificada com suco de fruta, em parceria<br />

com a Disney. Fazemos pesquisas com fornecedores<br />

e, em um desses estudos, as mamães<br />

nos disseram que as crianças queriam brindar<br />

com os adultos. Por isso, desenvolvemos a bebida<br />

no ano passado. Estamos trabalhando o produto<br />

no canal distribuidor para atingir o pequeno<br />

varejo tradicional, além de pontos de venda<br />

como casas de festas, bufês e casas de doces. É<br />

uma bebida mais cara que a Sidra tradicional e<br />

está voltada para a celebração.<br />

Quem é o consumidor das<br />

marcas Cereser?<br />

Quando se trata da Sidra Cereser, ela predomina<br />

na classe C, enquanto a Chuva de Prata tem<br />

maior entrada na classe B. Entre as regiões, no<br />

Norte e no Nordeste, a Sidra e o vinho Dom<br />

Bosco se destacam diante dos consumidores.<br />

Essas regiões são seguidas pelo Sudeste.l


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Local


[ na prática ]<br />

Mais Q BoM - loja 1<br />

LocaLização: Jaboatão dos<br />

Guararapes/PE<br />

checkouts: Cinco<br />

Área de vendas: 385 m 2<br />

FuncionÁrios: 39<br />

PerFiL dos cLientes:<br />

Classes B e C<br />

sortimento: 10 mil itens<br />

estacionamento: Não tem<br />

Postura<br />

Com três lojas em<br />

de grande<br />

Jaboatão dos Guararapes,<br />

o supermercado Mais Q<br />

Bom aposta no mix e na<br />

qualidade do atendimento<br />

para crescer em<br />

Pernambuco<br />

por daniela guiraldelli<br />

46 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011


fotos Paulo PePe<br />

Se, por um lado, David Fonseca, de 29 anos,<br />

tem pouca idade, por outro apresenta perfil<br />

empreendedor e muita maturidade como<br />

empresário. Completou apenas o primeiro semestre<br />

do curso de Direito, mas optou por ganhar a<br />

vida no comércio. Hoje, é proprietário de três supermercados<br />

Mais Q Bom, na cidade de Jaboatão<br />

dos Guararapes, na região metropolitana do Recife,<br />

segundo município mais populoso do Estado e<br />

de comércio movimentado.<br />

No local, impressiona o número de lojas “coladas<br />

umas às outras”, e o número de pessoas que<br />

transitam pelas ruas. A região é uma das que mais<br />

se desenvolvem, crescimento esse impulsionado<br />

pelo Porto de Suape, assim como por todo o Estado<br />

pernambucano, que no ano passado teve um<br />

crescimento de 15,7% e neste ano deverá apresentar<br />

um Produto Interno Bruto de 7,5%.<br />

A primeira loja do Mais Q Bom foi aberta em<br />

2002 e a terceira há seis meses. O objetivo do comerciante<br />

é inaugurar mais supermercados de vizinhança<br />

nos próximos anos e assim promover o<br />

crescimento do seu negócio. “A meta é contarmos<br />

com dez lojas antes de dez anos. Quando comecei<br />

a buscar capacitação e informações sobre o mercado,<br />

percebi que precisava melhorar rapidamente o<br />

ambiente da loja e o atendimento, caso contrário a<br />

concorrência poderia nos engolir”, afirma.<br />

A primeira loja da rede regional, onde fica o escritório<br />

do empresário varejista, apresenta, além de<br />

áreas como Recursos Humanos e Departamento<br />

Financeiro, uma área total de 400 m 2 , cinco checkouts<br />

e 39 funcionários, sendo 120 o número de<br />

colaboradores nas três lojas. Em 2009, Fonseca<br />

percebeu a necessidade de realizar mudanças no<br />

seu negócio, uma vez que os clientes estavam cada<br />

vez mais exigentes, principalmente em relação ao<br />

atendimento. “Comecei a participar de feiras do<br />

setor, como a Super Mix, de cursos do Sebrae –<br />

Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e<br />

também de iniciativas como o Varejo em Ação, da<br />

Aspa – Associação Pernambucana de Atacadistas e<br />

Distribuidores. A partir daí, montei a área de Recursos<br />

Humanos para melhorar o nível das contratações.<br />

Também investi em um consultor para rever<br />

o layout da loja. Foi montado um novo organograma<br />

para a área de vendas. Foram seis meses de<br />

reforma com a loja funcionando, mas o resultado<br />

ficou muito bom. Hoje, além dos clientes do bairro,<br />

pessoas vêm de outros locais da cidade, como<br />

de Boa Viagem, para comprar conosco”, disse.<br />

Entre as seções, as mais rentáveis das lojas são o<br />

açougue, o setor de frios e a perfumaria, enquanto a<br />

menos rentável é a padaria. O número de produtos<br />

disponibilizados no mix impressiona. São dez mil<br />

itens, que mesclam marcas nacionais e regionais,<br />

e que, segundo o comerciante, são equivalentes<br />

na preferência dos consumidores. Entre as marcas<br />

regionais, destacam-se nomes como Vitarella (biscoito),<br />

Vitamassa, Pilar (biscoito) e os cafés Santa<br />

Clara e Pretinho.<br />

produtos regionais<br />

Quando se trata da rentabilidade das seções e de<br />

sua representatividade no faturamento, a perfumaria<br />

é responsável por 12%, enquanto o açougue<br />

representa 15% e a padaria 5%, seguidos pelas demais<br />

áreas, cujos percentuais o proprietário prefere<br />

não revelar. A linha seca ou os produtos da cesta<br />

básica também apresentam muita representatividade<br />

nos resultados da loja.<br />

Outro destaque é o setor que abriga produtos<br />

regionais, espaço onde o cliente encontra charque,<br />

presunto, queijo, linguiça mista e mortadela,<br />

entre outros itens da culinária local ou produtos<br />

típicos nordestinos. No mix, o Mais Q Bom costuma<br />

apostar em lançamentos, principalmente naqueles<br />

solicitados pelo cliente. O prazo para que<br />

o produto gire na gôndola é de 60 dias. Se depois<br />

desse período o produto não tiver boa aceitação,<br />

ele é retirado do PDV.<br />

Quando se trata das compras de abastecimento,<br />

10% delas, segundo Fonseca, são realizadas<br />

em atacadistas e distribuidores locais e 90% junto<br />

à indústria. “Compro a maior parte dos produtos<br />

na indústria, pois ela oferece mais vantagens<br />

ao pequeno. Um problema que sempre enfrentamos<br />

com o atacado distribuidor se refere à entre-<br />

proprietário promove diversas<br />

ações para atrair a clientela<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br<br />

47


[ na prática ]<br />

implanta❜a<br />

ção durou<br />

seis meses, mas é um<br />

processo contínuo.<br />

o faturamento nas<br />

três lojas da rede<br />

aumentou em mais<br />

de 10% depois<br />

que instalamos a<br />

automação<br />

david Fonseca<br />

48<br />

www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

ga, serviço que já melhorou muito. Porém, acho<br />

que os distribuidores ainda precisam melhorar a<br />

ação no ponto de venda, pois eles têm verba das<br />

indústrias, a qual deve ser repassada ao pequeno<br />

varejo”, explica.<br />

Quanto ao horário de funcionamento, as lojas<br />

abrem de segunda a sábado, das 7h às 20h, e aos<br />

domingos, das 7h às 14h. A rede só fecha em feriados<br />

nacionais como o Natal e o Ano Novo. Em<br />

relação aos dias de maior movimento, sem fugir à<br />

regra do comércio de uma maneira geral, os fins de<br />

semana se destacam, enquanto terça-feira é o dia<br />

mais fraco. Para atrair o cliente nesse dia, o Mais Q<br />

Bom investe em várias ações de marketing no PDV<br />

e no bairro.<br />

Na segunda-feira, é realizada panfletagem de<br />

tabloides com promoções válidas para a terçafeira,<br />

em parceria com fornecedores. “Essa ação<br />

aumenta em 8% as vendas nesse dia, considerado<br />

como o mais fraco. Escolhe-se um produto por<br />

seção para ser colocado em promoção no jornal”,<br />

afirma. Além do tabloide, um carro de som circula<br />

diariamente pelo bairro, menos aos domingos,<br />

informando aos moradores sobre os produtos em<br />

promoção. Novamente em parceria com a indústria,<br />

o mercadinho também investe em ações no<br />

PDV. Degustações costumam ser realizadas nas três<br />

lojas da rede, além da execução de pontos extras e<br />

da exposição no checkout para estimular compras<br />

por impulso em algumas categorias.<br />

evitar rupturas<br />

Em 2009, teve início a automação das lojas, o que<br />

resolveu alguns problemas em relação à gestão do<br />

negócio, e aumentou o controle nas áreas financeira,<br />

fiscal e de estoque. Com isso, foram evitadas<br />

rupturas no ponto de venda. “Não tínhamos<br />

controle de nada e foi um processo de adaptação<br />

muito difícil. Ainda sofremos com o estoque, mas<br />

bem menos do que anteriormente. A implantação<br />

durou seis meses, mas é um processo contínuo. As<br />

três lojas da rede aumentaram o faturamento em<br />

mais de 10% depois que instalamos a automação.<br />

Para evitar a ruptura, temos um cronograma de<br />

fornecedores, e também de produtos que podem<br />

faltar no estoque. Então nos antecipamos”, disse.<br />

Para reduzir o número de quebras e rentabilizar<br />

ainda mais a seção de FLV (Frutas, Legumes<br />

e Verduras), uma das mais trabalhosas na opinião<br />

do empresário, outra decisão consistiu em<br />

terceirizar a operação da área no ano passado.<br />

A empresa contratada é responsável pela compra<br />

de produtos, e também pela troca de itens danificados.<br />

Cabe ao responsável do Mais Q Bom a


[ na prática ]<br />

loja 1 loja 2<br />

com três unidades, o Mais Q Bom tem planos ambiciosos para aumentar o número de lojas e enfrentar a concorrência de peso na cidade<br />

limpeza e a organização do espaço. “Tudo fica<br />

por conta da empresa contratada. Fiz essa opção,<br />

pois ir ao Ceasa fazer compras bem cedo e diariamente<br />

era muito complicado e muito perigoso<br />

em razão dos assaltos. A violência também nos<br />

fez optar por essa estratégia”, disse.<br />

Quanto à concorrência, o Mais Q Bom enfrenta<br />

nomes de peso na cidade, como as bandeiras<br />

Bom Preço, Todo Dia (Walmart), Arco Íris e os<br />

atacados de autosserviço Atacadão (Carrefour) e<br />

Assaí (Grupo Pão de Açúcar), além de mercadinhos<br />

semelhantes e de padarias. Porém, há poucos<br />

açougues ou perfumarias na região, e isso faz<br />

com que a loja aumente suas oportunidades de<br />

rentabilizar nesses setores. Além do extenso mix<br />

de produtos, a loja oferece serviços como pagamentos<br />

de contas e caixa eletrônico com Banco<br />

24 horas, além de SAC (Serviço de Atendimento<br />

ao Cliente). Quanto às formas de pagamento,<br />

aceita todos os cartões de crédito e débito, tíquetes<br />

e vale-alimentação.<br />

Entre as maiores dificuldades encontradas na<br />

operação do negócio, segundo o comerciante, a<br />

mão de obra é a maior delas, seguida pela alta carga<br />

tributária paga ao governo, assim como a falta<br />

de segurança pública. “Até empacotador é difícil de<br />

contratar, imagine buscar por mão de obra especializada.<br />

Temos de treinar muitas vezes ao contratar.<br />

A carga tributária consome muito do que poderíamos<br />

investir no negócio, além da segurança pública,<br />

que também é outro problema na região. Para<br />

evitar assaltos e furtos, adotamos câmeras, seguranças<br />

particulares e veículos de transporte de valores,<br />

que operam diariamente”, afirma.l<br />

50 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

loja 3<br />

além do extenso<br />

mix de produtos,<br />

a loja oferece<br />

serviços como<br />

pagamentos<br />

de contas e<br />

caixa eletrônico<br />

com Banco 24<br />

horas, além de<br />

saC (serviço de<br />

atendimento<br />

ao Cliente)


fique por dentro<br />

Por Flávio Costa, consultor empresarial<br />

Transformações<br />

benéficas<br />

Novos hábitos no mercado<br />

de consumo abrem<br />

oportunidades para a venda<br />

por impulso no médio varejo<br />

Desde o fim do processo inflacionário<br />

brasileiro, o modelo de<br />

consumo da população vem se<br />

transformando. O consumidor deixou<br />

de ir ao mercado apenas uma vez por<br />

mês para comprar toda a sua cesta mensal,<br />

aproveitando ao máximo o seu salário,<br />

antes que o mesmo fosse destruído<br />

pela desvalorização monetária, e passou<br />

a frequentar várias vezes os pontos de<br />

venda para efetuar suas compras.<br />

Essa mudança vem alterando muito<br />

o mercado de consumo, afetando vários<br />

de seus segmentos e o forçando a<br />

52<br />

www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out<br />

dedicar mais atenção às necessidades<br />

do consumidor. Sem o risco da perda<br />

de valor do salário, o consumidor agora<br />

pode diluir suas compras ao longo<br />

do mês. Com essa pequena mudança,<br />

as compras se tornam mais leves, pois<br />

são fracionadas e distribuídas por vários<br />

momentos. Isso facilita a locomoção do<br />

consumidor, pois agora ele pode carregar<br />

os produtos da loja até sua casa com<br />

um menor esforço. Por isso, percebemos<br />

uma grande vantagem na loja de menor<br />

porte e próxima da casa do cliente.<br />

O fator tempo também passou a ser<br />

mais valorizado. Muitas vezes, ir até<br />

um hipermercado é um transtorno,<br />

pois, além de o tempo que o cliente<br />

despende para se locomover até a loja<br />

ser geralmente grande, uma vez que as<br />

dimensões de um hipermercado não<br />

tornam sua localização facilmente<br />

acessível, é também grande o tempo<br />

gasto dentro desse ponto de venda,<br />

Displays devem<br />

apresentar sempre<br />

inovações que chamem<br />

a atenção do cliente<br />

dado o tamanho da loja.<br />

É claro que nos dias de hoje, em que<br />

o cliente tem acesso a várias formas de<br />

pesquisa, o fator preço é uma variável<br />

de importância básica na decisão de<br />

compra de produtos de primeira necessidade,<br />

pois, sem a inflação, a percepção<br />

do cliente tende a se intensificar e, com<br />

isso, ele procura e quer mais informações.<br />

Por isso, os produtos de primeira<br />

necessidade, se forem bem posicionados<br />

de acordo com o preço, serão ferramentas<br />

de atração de consumo, embora<br />

também gerem cada vez menos lucratividade<br />

para o supermercadista.<br />

Por isso, mesmo que disponha de<br />

menos espaço que um hipermercado,<br />

a loja de médio varejo pode contar<br />

com a diversificação de produtos, que,<br />

gerando compras por impulso nos<br />

clientes, torna-se um recurso cada vez<br />

mais importante para proporcionar<br />

lucratividade aos lojistas.<br />

Mas há outros recursos que o varejista<br />

também precisa levar em consideração<br />

para aumentar suas vendas e<br />

sua lucratividade.<br />

Por exemplo, o segmento de beleza<br />

cresce, há mais de 15 anos, acima de<br />

dois dígitos no mercado brasileiro. Essa<br />

é uma categoria para a qual o consumidor<br />

tem menos visibilidade de preço<br />

em comparação com as categorias de<br />

alimentação básica. Com marcas muito<br />

fortes, é um segmento muito rico<br />

em inovações, exibindo, a todo instante,<br />

novos produtos nas prateleiras.<br />

Esse fato torna o segmento de beleza<br />

um vigoroso gerador de compras por<br />

impulso. O consumo aumenta porque<br />

o setor tem a característica de sempre<br />

aNdersoN souza


contar com a apresentação de novas<br />

tecnologias e novas maneiras de tornar<br />

a brasileira mais bonita e saudável.<br />

Os supermercados que forçam a<br />

passagem do cliente por esse setor têm<br />

uma chance maior de ver suas vendas<br />

intensificadas nessa área e, com certeza,<br />

conseguem obter um tíquete médio<br />

muito maior.<br />

Outra oportunidade que deve ser<br />

levada em consideração pelo médio<br />

varejo é a venda cruzada. Normalmente,<br />

vemos alguns supermercados<br />

impedindo a colocação de fitas de clip<br />

strip em seus segmentos para, segundo<br />

acreditam, não gerar poluição visual<br />

para o cliente.<br />

É totalmente correto pensar no<br />

bem-estar dos nossos consumidores,<br />

mas é perfeitamente possível instalar<br />

esse tipo de equipamento sem que ele<br />

gere poluição visual.<br />

Devemos seguir algumas regras<br />

básicas de exposição:<br />

. Manter uma distância razoável<br />

entre um clip strip e outro no<br />

mesmo corredor de modo a produzir<br />

maior conforto visual.<br />

. Colocar produtos que<br />

complementem o uso do produto<br />

principal também contribui para<br />

diminuir o estresse do consumo,<br />

pois tudo o que obedece a uma<br />

lógica clara demora menos<br />

tempo para ser processado pelo<br />

cérebro do cliente.<br />

. Manter materiais de exposição<br />

de tamanhos equiparáveis,<br />

pois isso proporciona mais<br />

uniformidade na maneira de se<br />

expor os produtos.<br />

Desse modo, produtos que normalmente<br />

não são procurados terão<br />

maior probabilidade de entrar no carrinho<br />

de compras.<br />

Outro fator muito oportuno para<br />

o médio varejo é a colocação de dis-<br />

. Mande sua pergunta para o consultor pelo e-mail: redacao@ebceditora.com.br<br />

Varejista deve expor produtos de tamanhos equiparáveis, pois isso proporciona mais uniformidade<br />

plays de fornecedores nos corners dos<br />

corredores.<br />

Podemos verificar que muitos supermercadistas<br />

constataram que ocorre<br />

um aumento de estresse quando o<br />

equipamento prejudica a passagem.<br />

Mas, novamente, o uso desses equipamentos<br />

com moderação é a chave para<br />

se obter um aumento das vendas.<br />

Esses displays devem apresentar<br />

as seguintes características:<br />

. Mostrar inovações, pois a<br />

inovação sempre capta a<br />

atenção do cliente.<br />

. Exibir produtos de baixa<br />

penetração para gerar<br />

aumento de seu consumo.<br />

. Proporcionar alguma<br />

diferenciação de impacto<br />

para o cliente.<br />

. Distribuir os displays de maneira<br />

alternada nos corredores,<br />

considerando que eles devem<br />

apresentar sinergia com o<br />

corredor em questão.<br />

O consumidor precisa ser motivado<br />

a comprar, e nada é mais estimulante<br />

para uma consumidora do que ver no<br />

display a foto de uma supermodelo<br />

com aquele cabelo maravilhoso, mostrando<br />

um produto que poderá deixála<br />

tão bonita quanto ela.<br />

Por fim, o momento do caixa, que é<br />

onde tudo se concretiza e onde as últimas<br />

oportunidades de aumento da<br />

venda acontecem. Exatamente acima<br />

da esteira de compras.<br />

É lógico que as regras para não<br />

aumentar o tempo na fila e para não<br />

criar áreas de estresse visual para os<br />

consumidores devem ser levadas em<br />

consideração.<br />

Por isso, as regras de ouro<br />

para os checkouts pedem que<br />

se apresentem:<br />

. itens de grande penetração<br />

. itens de alto consumo por<br />

impulso<br />

. itens de alto valor agregado<br />

. itens de rápido tempo de<br />

escolha<br />

. itens de tamanho pequeno<br />

Com todas essas características,<br />

os segmentos de maior adaptação<br />

para esse local tão valorizado são: pilhas,<br />

aparelhos descartáveis, escovas<br />

de dente e balas.<br />

O médio varejo tem muitas oportunidades<br />

pela frente e seu crescimento<br />

pode ser ainda maior, contanto que<br />

o varejista aja com simplicidade e use<br />

ferramentas simples, pois seu poder de<br />

fogo ainda está longe de chegar a um<br />

esgotamento no mercado brasileiro.l<br />

set/out www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 53


[ mercado ]<br />

As classes D e E compram<br />

produtos mais baratos e fazem<br />

crescer as marcas regionais<br />

Por Jamille menezes<br />

Líderes da<br />

baixa renda<br />

paulo<br />

54<br />

www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

pepe


Depois que todas as atenções se voltaram<br />

para o crescimento da classe C, chegou a<br />

hora de as classes D e E mostrarem o seu valor.<br />

Elas, que durante muito tempo compuseram a<br />

grande massa da população brasileira – só perdendo<br />

o posto para a classe C –, representando 73,3<br />

milhões de pessoas, de acordo com dados fornecidos<br />

pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação<br />

Getulio Vargas FGV-RJ, foram as mais impactadas<br />

pelo aumento do salário mínimo e pelos programas<br />

governamentais de transferência de renda. Isso<br />

fez com que pessoas ávidas por consumo saíssem<br />

às compras para experimentar produtos que antes<br />

não faziam parte das suas cestas.<br />

Além dos itens da cesta básica, hambúrguer e<br />

salsicha também entram no carrinho da base da<br />

pirâmide das classes D e E, assim como guloseimas<br />

de preços acessíveis, como biscoitos, bolachas<br />

e refrigerantes, segundo dados obtidos pelo<br />

instituto de pesquisas Data Popular. Em artigos de<br />

beleza, hidratantes e esmaltes entram por causa<br />

da facilidade de compra. De acordo com Renato<br />

Meirelles, sócio-diretor do Data Popular, essa mudança<br />

de comportamento de consumo acontece<br />

basicamente por causa de um processo de aumento<br />

de tamanho da classe D, além do crescimento<br />

da renda entre as pessoas dessa classe social básica.<br />

“Os salários dos menos escolarizados aumentaram<br />

mais do que os outros, basicamente porque<br />

eles estão estudando mais e não estão mais disponíveis<br />

para os mesmos serviços que antes, como,<br />

por exemplo, os domésticos”, diz Renato.<br />

E não é só uma questão de experimentar as<br />

novidades, uma vez que produtos considerados<br />

supérfluos, que só eram consumidos esporadicamente,<br />

agora também fazem parte da cesta de<br />

compra desses brasileiros. Como as marcas líderes<br />

ainda têm um preço que pesa no seu bolso, cada<br />

vez mais os produtos regionais ganham espaço na<br />

cesta e na preferência do consumidor. São sucos,<br />

cereais matinais, macarrão instantâneo, catchup,<br />

bebidas alcoólicas e muitos outros produtos cujos<br />

fabricantes perceberam nesse mercado uma grande<br />

oportunidade para crescer e conquistar seu espaço.<br />

Para esses consumidores, preço é pré-requisito<br />

para que essas marcas se mantenham no jogo. No<br />

entanto, dentro do que eles podem pagar, o que<br />

eles querem desses produtos é mais qualidade. “O<br />

que esse consumidor observa é a relação custo/<br />

benefício, ou seja, o produto tem de ser acessível<br />

ao bolso, mas não pode deixar muito a desejar<br />

em relação às marcas líderes”, afirma Meirelles. O<br />

especialista comenta ainda que no passado muitas<br />

marcas regionais tinham baixa qualidade para<br />

acompanhar preços baixos. Com a melhora de<br />

renda dos consumidores, elas tiverem de se reinventar<br />

e oferecer uma qualidade melhor. “Agora<br />

essas marcas têm qualidade, além de preço competitivo<br />

e apelo regional, que as classes D e E valorizam.”<br />

Preço baixo<br />

Segundo uma pesquisa realizada pelo Data Popular,<br />

que analisou as categorias de consumo por<br />

classe social, nas classes A e B, a cada 100 reais<br />

gastos, 14,89 reais são investidos em alimentação<br />

e bebidas, enquanto, na classe C, 21,83 reais são<br />

gastos nessa categoria, e as classes D e E gastam<br />

nela 24,2 reais. Os gastos dentro do lar nas classes<br />

A e B somam 28,47 reais, na classe C, 33,30 reais,<br />

e nas classes D e E, 32,82 reais.<br />

“As classes A e B compram mais produtos low<br />

price (preço baixo) do que a D e a E, mas também<br />

compram mais marcas Premium. Quanto maior<br />

for a renda, maior será a participação dos produtos<br />

de preço médio. Quando se analisa a cesta de<br />

compras, percebe-se que o número é semelhante<br />

ao das classes A e B, mas as classes D e E escolhem<br />

produtos já conhecidos e com preço adequado, o<br />

que faz crescer a venda das marcas regionais”, diz<br />

Meirelles.<br />

Fonte: Centro de Políticas Sociais da FGV-RJ<br />

Classes a e B<br />

20 milhões de pessoas<br />

Classe C<br />

94,9 milhões de pessoas<br />

Classes D e e<br />

73, 3 milhões de pessoas<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 55


[ mercado ]<br />

56 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

Quando o governo reajusta somente o salário<br />

mínimo, como fez nos últimos dez anos, isso beneficia<br />

a classe D. “Eles tiveram um ganho de 68%<br />

nos últimos dez anos e esse pessoal está podendo<br />

experimentar coisas novas, enquanto as classes A<br />

e B estão mantendo os velhos hábitos”, afirma<br />

Marcelo Neri, economista e pesquisador da Fundação<br />

Getulio Vargas.<br />

novos hábitos<br />

Para o economista, eles escolhem por custo/benefício,<br />

olhando sempre para a qualidade. “Quem<br />

subiu de classe social não está comprometido com<br />

hábitos do passado. Esses consumidores estão adquirindo<br />

novos hábitos, e com mais dinheiro eles<br />

podem experimentar novos produtos. Eles também<br />

estão muito mais livres para fazer escolhas<br />

do que as classes A e B, que já se acostumaram às<br />

marcas líderes e têm mais dificuldade de mudar<br />

para uma marca mais barata”, diz Neri.<br />

Nesses produtos, o apelo visual também conta.<br />

Embalagens e nomes de produtos são inspirados<br />

nas marcas líderes, mas têm preços mais competitivos,<br />

que lhes fazem ganhar espaço nas prateleiras<br />

dos mercados da periferia das grandes cidades,<br />

e lhes servem como porta de entrada. Graças a<br />

esse fenômeno, fabricantes regionais de alimen-<br />

Consumidor conta agora<br />

com a possibilidade de<br />

poder comprar<br />

produtos mais caros<br />

paulo pepe<br />

tos e bebidas vêm ganhando amplitude nacional.<br />

Alguns exemplos dessas marcas que competem<br />

com as líderes no pequeno varejo independente<br />

são: lámen, do Moinho Arapongas, catchup Konsumo<br />

e gelatina Apti, da Apti Alimentos, suco<br />

Palmeiron, da Asa, e refresco Keko, da Armazém<br />

do Sabor. Em alguns casos, os nomes dos produtos<br />

são inspirados na líder da categoria. Vale tudo<br />

para conquistar esse consumidor.<br />

Fabricante de cereais matinais, a Alca Foods<br />

passou por uma reformulação de seus produtos<br />

em 2002 para que pudesse responder às exigências<br />

de seus consumidores. “A ideia era oferecer<br />

um produto que continuasse acessível e que tivesse<br />

uma qualidade muito próxima à dos líderes<br />

de mercado”, diz Roberval Dias Martins, diretorcomercial<br />

da empresa, que é a segunda maior do<br />

Brasil em vendas de cereais matinais.<br />

Para ele, o que consumidor de cereais procura<br />

é uma sensibilidade de preços e não necessariamente<br />

preços muito mais baixos. “Enquanto um<br />

pacote de 330 g do concorrente custa em torno de<br />

5,50 reais, o meu custa de 3,50 reais a quatro reais.<br />

Esse consumidor não está só procurando preços,<br />

mas também a possibilidade de comprar o produto,<br />

que pode ser mais caro. É mais ou menos<br />

o que também acontece com o iogurte”, diz Mar-<br />

O que o consumidor das<br />

classes D e E procura<br />

graças ao aumento da facilidade<br />

de compra e aos preços acessíveis<br />

Fonte: Data Popular<br />

itens Da<br />

Cesta BásiCa<br />

Hambúrgueres<br />

e salsichas<br />

Biscoitos, bolachas<br />

e refrigerantes<br />

Hidratantes<br />

e esmaltes


tins. Com relação às semelhanças das embalagens<br />

com as da marca líder, ele diz que as cores de cada<br />

sabor são quase como um padrão no mercado,<br />

assim como também o é adotar um mascote na<br />

caixa, o qual, no caso da Alca Foods, é um leão.<br />

A distribuição dos produtos é feita tanto nas<br />

grandes redes como nos pequenos varejos. Além<br />

da marca Chocoboll, a companhia também faz a<br />

marca própria do Walmart e do Carrefour, e cresce<br />

de 20% a 30% ao ano. “Sempre trazemos lançamentos<br />

para esse mercado. A marca líder sempre<br />

apresenta uma quantidade grande de açúcar. Lançamos<br />

outra com menos açúcar, e que atende melhor<br />

o público apreciador de cereal puro. Desenvolvemos<br />

e aperfeiçoamos, e isso foi bem aceito<br />

pelo público.”<br />

vendas casadas<br />

Outra estratégia adotada para alavancar a comercialização<br />

é a venda casada de produtos e o oferecimento<br />

de brindes que os acompanham. “Temos<br />

alguns kits com dois produtos e notamos que o<br />

nosso resultado de vendas aumentou. Oferecemos<br />

um cereal matinal com açúcar e outro com<br />

chocolate, acompanhados, por exemplo, por uma<br />

tigela, e o resultado disso foi um enorme aumento<br />

das vendas. São coisas que as classes D e E estão<br />

procurando. Elas veem o brinde como uma<br />

vantagem.”<br />

Por sua vez, a fabricante de sucos Armazém do<br />

Sabor começou no mercado em 2004, como fornecedora<br />

de suco em copo para companhias de<br />

aviação. Aos poucos, abriu-se outro leque para o<br />

fornecimento de sucos em merenda escolar. Até<br />

que, em 2008, a empresa resolveu lançar uma linha<br />

de suco pronto para beber em garrafa. Foi<br />

quando surgiu a marca Keko. Hoje, ela representa<br />

65% das vendas da empresa. “Nosso públicoalvo<br />

são as classes C e D. Elas começam a procurar<br />

mais qualidade, além de preço acessível, pois<br />

isso todo mundo consegue ter. O produto precisa<br />

oferecer qualidade e uma boa matéria-prima”,<br />

afirma Dalton Lara, diretor da empresa. Ele também<br />

diz que muitos fabricantes antigos não têm<br />

essa qualidade e estão perdendo uma grande fatia<br />

do mercado para essa empresa e também para<br />

outras que estão mais bem preparadas.<br />

A estratégia não consiste em querer se equiparar<br />

à marca líder, mas em ser uma segunda opção<br />

de compra. “Procuramos, por exemplo, não bater<br />

de frente com empresas multinacionais. Elas tentam<br />

vender de maneira mais pulverizada em todo<br />

patricia stavis<br />

meirelles, do Data Popular, enfatiza<br />

o gosto do consumidor por<br />

experimentar novos produtos<br />

o mercado nacional, e conseguem obter isso com<br />

muita rapidez. Não batemos de frente, mesmo<br />

porque o preço é diferente.”<br />

As vendas da empresa estão concentradas em<br />

um raio de até 600 km de distância da fábrica, que<br />

fica em São Paulo. “Atualmente, eu não consigo<br />

ser competitivo em outros Estados por causa do<br />

custo de trabalhar em grandes distâncias, pois a<br />

logística engole de 10% a 25% do faturamento.”<br />

A ideia é abrir engarrafadoras em outros Estados<br />

para atingir novos mercados. O Estado<br />

de Santa Catarina é o alvo para a marca atingir<br />

novos públicos. Ainda neste ano, a empresa<br />

também quer lançar a embalagem de um litro<br />

da bebida de coco com baixa caloria, que constitui<br />

hoje um dos maiores sucessos de vendas<br />

da marca.l<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 57


[ oportunidades ]<br />

58 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

Petisco<br />

lucrativo


Apostar na escolha<br />

de um bom mix de<br />

produtos e na sua<br />

exposição correta é a<br />

chave para o sucesso<br />

com a venda de<br />

snacks e biscoitos<br />

por Giane Laurentino<br />

Em 2010, o<br />

mercado de<br />

salgadinhos<br />

para aperitivos<br />

somou, segundo<br />

a Nielsen, mais<br />

de 3 milhões de<br />

reais em vendas.<br />

Em volume, foram<br />

vendidos mais<br />

de 145 mil quilos<br />

da categoria<br />

no ano passado<br />

dreamstime<br />

Eles são sempre motivo de boas sensações<br />

entre as crianças e de gostosas distrações<br />

para os momentos de festa. Além disso,<br />

podem ser levados na bolsa ou na lancheira para<br />

uma refeição rápida. Biscoitos e snacks, sejam<br />

eles salgadinhos ou aperitivos, são consumidos<br />

por pessoas de diferentes idades, diferentes níveis<br />

sociais e em diferentes momentos do dia.<br />

Geralmente consumidos por impulso, esses produtos<br />

podem incrementar as vendas do pequeno<br />

varejo e tornar a loja ainda mais atrativa para<br />

seus frequentadores.<br />

Por causa da maneira como são consumidas,<br />

as categorias de biscoitos e snacks podem não se<br />

mostrar atrativas em um primeiro momento. O<br />

consumo por impulso não representa lucro certo<br />

para os comerciantes. Porém, se forem analisados<br />

os números que esse mercado movimenta, o<br />

lojista perceberá que precisa dedicar um espaço<br />

especial a esses produtos em sua loja. Em 2010, o<br />

mercado de salgadinhos para aperitivos somou,<br />

segundo a Nielsen, mais de 3 milhões de reais<br />

em vendas. Em volume, foram vendidos mais de<br />

145 mil quilos da categoria no ano passado.<br />

maior giro<br />

Esses dados mostram que é preciso ficar cada<br />

vez mais atento às oportunidades que categorias<br />

como snacks e biscoitos oferecem. “Nesse caso,<br />

o varejista tem uma grande oportunidade a ser<br />

trabalhada em pontos extras”, afirma Guilherme<br />

de Almeida Prado, presidente da Ampro – Associação<br />

de Marketing Promocional. Ele esclarece<br />

que manter gôndolas próximas aos caixas, prática<br />

adotada por muitos supermercados, pode<br />

incentivar as compras por impulso.<br />

Trabalhar essas categorias dentro do pequeno<br />

varejo exige um pouco mais de estratégia, pois os<br />

espaços são limitados e existe a necessidade de se<br />

escolher bem o sortimento que estará presente<br />

na gôndola. “Quando o espaço é limitado, é melhor<br />

escolher produtos de maior giro”, aconselha<br />

Prado. Além de escolher produtos que tenham<br />

alta rotatividade, é preciso trabalhar com uma<br />

reposição constante desses produtos.<br />

O desafio de encontrar um mix capaz de suprir<br />

as necessidades da loja será superado graças<br />

a um estudo dos consumidores que circulam<br />

pelo estabelecimento. “Se for um varejo que<br />

trabalha mais com abastecimento, ele terá mais<br />

donas de casa como freguesas, e o salgadinho<br />

terá de atender um sortimento mais família”,<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 59


[ oportunidades ]<br />

❜<br />

Quando o espaço é<br />

limitado, é melhor<br />

escolher produtos<br />

de maior giro<br />

GuiLherme de aLmeida prado<br />

presidente da ampro<br />

60 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

divulgação<br />

diz Prado. Se o público que frequenta o local<br />

for mais jovem, será preciso focar mais em produtos<br />

para os adultos.<br />

A localização do varejo também pode influenciar<br />

a escolha do mix. Quando a loja atende mais<br />

consumidores das classes C, D e E, é preciso manter<br />

as marcas líderes de mercado, mas também<br />

trabalhar com itens que sejam mais acessíveis. Por<br />

sua vez, em locais onde o varejo atende um público<br />

com poder aquisitivo maior, a segunda opção<br />

não precisa necessariamente ter valor menor.<br />

exposição do produto<br />

“O posicionamento da gôndola ou do display<br />

nas proximidades da entrada da loja é um fator<br />

decisivo para um bom desempenho de vendas”,<br />

comenta Fernando Rosa, gerente de Trade<br />

Marketing da Pepsico. A empresa é responsável<br />

pelas marcas Elma Chips, Lucky, Quaker e Toddynho,<br />

mas, ao todo, comercializa 30 marcas em<br />

diferentes segmentos. Outro fator ressaltado por<br />

Rosa é a necessidade de comunicar as novidades<br />

dessa categoria, o que é tão importante quanto<br />

informar a respeito de promoções. “Pesquisa recente,<br />

realizada pela Sense Envirosell, mostrou<br />

que metade dos shoppers da categoria buscam<br />

novidades na hora da compra”, explica.<br />

A Pepsico orienta sua equipe de venda direta<br />

para expor as inovações separadamente e com<br />

destaque a fim de captar a atenção do comprador<br />

e gerar venda com os lançamentos. Como cerca<br />

de 60% das compras são feitas por impulso, o<br />

vendedor dispõe de um grande espaço para destacar<br />

novos produtos dentro dessa categoria.<br />

Geralmente consumidos<br />

por impulso, esses<br />

produtos podem<br />

incrementar as vendas<br />

do pequeno varejo<br />

e tornar a loja ainda<br />

mais atrativa para seus<br />

frequentadores.


Detentora das marcas Fortaleza, Richester, Isabela,<br />

Adria, Zabet, Vitarella e Pilar, a M. Dias Branco<br />

tem um portfólio de mais de 200 produtos e<br />

abrange 24,3% do volume de vendas do mercado<br />

brasileiro de biscoitos. Com um grande leque de<br />

marcas que transitam entre as diferentes características<br />

regionais, a empresa busca atender às demandas<br />

de cada um dos varejos espalhados pelo<br />

País. “A empresa adota a estratégia de comercializar<br />

marcas fortes em cada região do País”, afirma<br />

Álvaro de Paula, diretor de Investimentos e Relações<br />

com Investidores da M. Dias Branco.<br />

Além de respeitar as características regionais, a<br />

empresa aconselha a expor os itens de maior volume<br />

na gôndola e a apostar na exposição diferenciada<br />

para as novidades da categoria. A utilização<br />

de materiais de merchandising pode ajudar a promover<br />

o impacto visual da marca. A empresa ressalta<br />

a importância de trabalhar os pontos extras<br />

com displays e cross merchandising.<br />

Como ajudar nas vendas<br />

O mercado de biscoitos e snacks depende basicamente<br />

de compras por impulso, pois esses produtos<br />

não respondem às necessidades básicas do<br />

consumidor. Com essa visão em mente, o varejista<br />

deve apostar algumas táticas para comercializar<br />

melhor esses itens. A fim de ajudá-lo nessa<br />

tarefa, os fabricantes também se preocupam com<br />

a necessidade de ele promover uma melhor disposição<br />

dos produtos dentro do varejo.<br />

A Pepsico promove a capacitação de sua equipe<br />

de vendas. “Há três anos, a empresa investe em<br />

uma linha de displays para ser trabalhada adicionalmente<br />

no ponto de venda”, afirma Rosa. O<br />

gerente comenta que a Elma Chips tem focado<br />

os seus esforços em divulgar produtos direcionados<br />

ao consumidor jovem ou adulto, itens como<br />

Sensações, Doritos, Pingo e Stiksy. “Temos uma<br />

grande oportunidade para aumentar o consumo<br />

per capita adulto”, diz.<br />

Por sua vez, a M. Dias Branco procura ajudar o<br />

varejista a buscar o sortimento correto por meio<br />

de pesquisas de mercado e, principalmente, de<br />

uma análise de comportamento da loja. Segundo<br />

a empresa, se a marca tiver a exposição correta<br />

na gôndola aliada ao preço correto, as chances<br />

de compra são ainda maiores. “A empresa também<br />

trabalha os encartes, que são ferramentas<br />

que funcionam muito bem na veiculação e na<br />

promoção dessa categoria, e os materiais de merchandising”,<br />

afirma Álvaro de Paula.l<br />

Dicas para vender<br />

mais snacks<br />

e biscoitos<br />

4 Apostar em materiais<br />

de merchandising<br />

4 Trabalhar o mix fazendo<br />

composições com marcas<br />

líderes e outras menos<br />

conhecidas<br />

4 Escolher o sortimento<br />

a partir do público<br />

que vai ao local<br />

4 Dar destaque para as<br />

novidades da categoria<br />

4 Posicionar os produtos<br />

nas proximidades dos<br />

caixas ou na entrada<br />

na loja<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 61


produtos<br />

Estratégias de lançamentos da indústria<br />

RefResco em pó<br />

Inspirada em Os Smurfs – o Filme, a Nutrimental<br />

leva o refresco em pó Nutrinho às gôndolas de<br />

todo o País com uma nova embalagem com<br />

referências ao longa-metragem. Os sabores Uva,<br />

Laranja, Abacaxi, Maracujá e Morango trarão a<br />

novidade. Além disso, a empresa irá oferecer ao<br />

mercado o sabor Tutti-Frutti na cor azul por tempo<br />

limitado. O produto<br />

virá com figurinhas<br />

adesivas em 60<br />

modelos diferentes<br />

para colecionar.<br />

Para o varejo,<br />

a Nutrimental<br />

disponibilizará<br />

material para os<br />

pontos de venda e<br />

para degustação<br />

do novo sabor.<br />

62 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

antitRanspiRante<br />

A Dove agrega uma nova<br />

fragrância à linha Dove Men +<br />

Care, a Energy Dry. O aroma<br />

do novo antitranspirante é<br />

mais exótico que o restante da<br />

linha, misturando ingredientes<br />

como gengibre, pimenta verde<br />

da Índia, pimenta negra de<br />

Madagascar, flores, almíscar e<br />

âmbar. “O novo antitranspirante<br />

foi especialmente desenvolvido<br />

para homens reais, que buscam<br />

proteção ao longo do dia e<br />

cuidados com a pele, que é a<br />

principal proposta da marca<br />

Dove”, afirma Mirella Dias,<br />

gerente de Marketing da marca<br />

para a categoria Desodorantes.<br />

A intenção da Dove é preencher<br />

uma lacuna no mercado dos<br />

desodorantes no Brasil.<br />

Nova fragrância traz<br />

aroma mais exótico<br />

Produto trará figurinhas<br />

adesivas em 60 modelos<br />

Linha traz 90%<br />

menos lactose<br />

para quem sofre de<br />

intolerância<br />

nova opção<br />

A Parmalat apresenta uma nova opção para os<br />

consumidores que sofrem de algum nível de<br />

intolerância à lactose, mas apreciam a bebida<br />

láctea. A linha Zymil Sabores é a primeira do<br />

mercado com 90% menos lactose. O produto<br />

estará disponível nas gôndolas de todo o País<br />

nas versões Chocolate, Pêssego e Maçã.<br />

Lenço umedecido<br />

A fim de completar a linha Kleenex Proteção,<br />

a Kimberly-Clark lança o lenço umedecido<br />

antisséptico, que, juntamente com o lenço<br />

seco Kleenex Proteção e o Spray Antisséptico,<br />

formam uma barreira protetora que mata 99%<br />

dos germes e bactérias. “Como líderes da<br />

categoria, precisamos<br />

estar sempre um<br />

passo à frente,<br />

continuamente<br />

trazendo tecnologia<br />

e inovações em<br />

lenços de papel”,<br />

diz Priya Patel,<br />

diretora de Cuidados<br />

com a Família da<br />

Kimberly-Clark.<br />

O produto é<br />

comercializado em<br />

embalagem Flow<br />

Pack com dez lenços.<br />

Produto enfatiza proteção<br />

contra germes e bactérias<br />

fotos divulgação


aRRoz pReto<br />

O Arroz Preto Tio João é um lançamento da linha Variedades<br />

Mundiais da Josapar. O grão era conhecido como arroz proibido,<br />

pois os nobres eram os únicos que tinham acesso à iguaria. Uma<br />

pesquisa feita pelo Instituto de Agricultura de Campinas, vinculado<br />

à Secretaria Estadual de Agricultura, revelou que essa variedade<br />

contém 20% mais proteínas e 30% mais fibras do que a versão<br />

integral. O produto é disponibilizado em embalagens de 500 g<br />

e pode ser encontrado nas principais redes varejistas do País.<br />

RoLo compacto<br />

A Santher traz ao mercado a nova linha Snob Eco.<br />

Ela chega às gôndolas como um produto mais<br />

compacto, o que significa com mais folhas por<br />

rolo. “Em vez de a consumidora comprar duas<br />

embalagens do Snob tradicional, cada uma com<br />

dois rolos de 120 folhas, ela compra agora uma<br />

embalagem com três rolos de Snob Eco e evita o<br />

descarte de um tubete a mais, além da embalagem”,<br />

conta Isabella Brumatti Gomes, gerente de Produto.<br />

Além disso, é um produto rastreado de ponta a ponta<br />

com certificação FSC (Forest Stewardship Council).<br />

Nova linha traz mais folhas por rolo<br />

Variedade<br />

contém mais<br />

fibras e<br />

proteínas<br />

piRuLito<br />

Com a intenção de atingir o consumidor jovem e<br />

frequentador de festas, a Boavistense leva para o varejo<br />

o pirulito Tuntz. As embalagens, nas cores Pink, Roxo<br />

e Azul, dão ao produto um ar jovem e dinâmico. No<br />

sabor Cereja e no recheio de chiclete sabor Framboesa,<br />

o pirulito será comercializado em pacotes de 600 g<br />

contendo 50 unidades.<br />

Consumidor poderá comprar<br />

pacotes com 50 unidades<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 63


Ponto Final Carlos Barion<br />

Soluções<br />

inovadoras<br />

Presidente reafirma<br />

compromisso com<br />

questão ambiental e se<br />

prepara para inaugurar<br />

uma nova unidade de<br />

distribuição em Alagoas<br />

Por Giane Laurentino<br />

A<br />

Dori Alimentos tem 43 anos<br />

de história e uma produção de<br />

9 mil toneladas mensais de balas,<br />

pirulitos, snacks, chicletes, confeitos<br />

de goma e chocolate. Com um<br />

faturamento de 430 milhões de reais<br />

em 2010, a empresa espera crescer<br />

13,5% em 2011. Com seus produtos<br />

presentes em lojas de varejos espalhadas<br />

por todo o Brasil, a empresa conta<br />

com 80 distribuidores em todo o<br />

País. Em outubro, a empresa irá inagurar<br />

um centro de distribuição em<br />

Alagoas. À frente da Dori Alimentos<br />

desde janeiro, Carlos Barion fala um<br />

pouco sobre a filosofia da empresa e<br />

também sobre inovação e responsabilidade<br />

social.<br />

Qual é a posição da Dori<br />

no mercado de candies?<br />

Hoje o mercado é muito competitivo,<br />

mas a Dori tem uma posição<br />

um pouco diferente das empresas<br />

familiares de capital nacional por<br />

causa do seu portfólio. Temos um<br />

grande número de produtos que as<br />

empresas de capital nacional não<br />

têm. Temos uma história que ajuda<br />

a consolidar o nosso posicionamento<br />

junto ao varejo e, por isso, o mer-<br />

64 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

Carlos Barion, presidente da Dori alimentos, adianta os planos futuros da empresa<br />

cado reconhece que os produtos<br />

feitos pela Dori têm qualidade.<br />

Como as empresas do<br />

setor podem se diferenciar<br />

em um mercado onde o<br />

consumo se dá por impulso?<br />

As empresas poderiam buscar se<br />

diferenciar pela inovação. O Brasil<br />

tem um baixo registro de patentes<br />

e isso indica que as empresas procuram<br />

pouco a novidade. Enquanto<br />

as grandes – e eu incluo a Dori entre<br />

elas – estão sempre buscando soluções<br />

e inovações e isso faz com que<br />

tenhamos essa posição diferente<br />

com relação às demais.<br />

Como a Dori procura<br />

ser inovadora?<br />

Trabalhamos muito a formulação e<br />

o aspecto. Desenvolvemos trabalhos<br />

em parceria com universidades.<br />

Hoje, temos contrato com o Instituto<br />

Mauá de Tecnologia, que obtém para<br />

nós uma solução muito diferente e<br />

que pode trazer uma nova visão para<br />

o mercado de confeitos. Temos também<br />

uma associação com a Universidade<br />

Estadual de Londrina, a pedido<br />

do governo do Estado do Paraná.<br />

E quanto à responsabilidade<br />

social?<br />

Uma empresa responsável tem de<br />

pensar de maneira holística na sua<br />

cadeia como um todo. E a Dori tem<br />

essa preocupação. O terreno da fábrica<br />

em Rolândia, no Paraná, está<br />

incluído como área turística da cidade.<br />

Dentro do local, há uma plantação<br />

de eucaliptos que são irrigados<br />

com os efluentes da indústria e que<br />

depois são usados para gerar combustível<br />

para a fábrica. Nesse mesmo<br />

local, há um espaço com mata<br />

nativa e uma sala de aula no campo.<br />

A educação ambiental no município<br />

é feita na área da Dori.<br />

Por que a empresa decidiu<br />

construir um centro de<br />

distribuição em Alagoas?<br />

A Região Nordeste apresenta um<br />

expressivo crescimento. O estudo<br />

que contratamos para desenhar a<br />

nova malha logística da Dori nos indicou<br />

que a melhor opção para solucionar<br />

nosso gargalo logístico era<br />

instalar um centro de distribuição<br />

no Nordeste. E, dentre as opções<br />

que tivemos, escolhemos o Estado<br />

de Alagoas.l<br />

wlAdimir de souzA


portal<br />

sincOvaGa-sp<br />

firma parceria<br />

O Sincovaga-SP – Sindicato<br />

do Comércio Varejista<br />

de Gêneros Alimentícios<br />

do Estado de São Paulo,<br />

por meio de uma parceria<br />

recente firmada com a<br />

CEF – Caixa Econômica<br />

Federal está oferecendo<br />

para os seus mais de 40.000<br />

filiados no Estado de São<br />

Paulo linhas de crédito em<br />

condições exclusivas para o<br />

empresário do setor varejista<br />

de alimentos. Leia mais<br />

no canal Gestão no Portal<br />

Newtrade<br />

Walter faria,<br />

ceO do Grupo<br />

martins, fala<br />

sobre as<br />

ações que a<br />

companhia<br />

realiza para<br />

fortalecer o<br />

pequeno varejo<br />

66 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />

O cOnsumidOr e O<br />

cadastrO pOsitivO<br />

Pesquisa realizada pela Boa Vista<br />

Serviços, administradora do SCPC, mostra<br />

que 82% dos ent<strong>revista</strong>dos avaliam o<br />

Cadastro Positivo de maneira otimista.<br />

O levantamento nacional foi realizado<br />

em agosto de 2011, em parceria com<br />

a APPM (empresa especializada em<br />

pesquisa), com 1.300 pessoas de todas<br />

as classes sociais em 709 municípios.<br />

Esta é a primeira pesquisa com esse<br />

foco realizada em profundidade no Brasil.<br />

O levantamento mostrou que 88% dos<br />

pesquisados consideram que a novidade<br />

será importante para o reconhecimento<br />

dos bons pagadores, e 79% acreditam<br />

que, com ele, o acesso ao crédito será<br />

facilitado. Leia mais no canal Vendas no<br />

Portal Newtrade<br />

OrGanizaçãO<br />

de lOja<br />

Leandro Monma, especialista no<br />

Canal Pequeno Varejo da Procter<br />

& Gamble, maior companhia de<br />

bens de consumo do mundo,<br />

com atuação em 140 países, que<br />

comercializa 250 marcas e tem um<br />

faturamento anual de 82 bilhões de<br />

dólares, comenta sobre o trabalho<br />

da companhia no pequeno varejo.<br />

Além disso, o executivo dá dicas<br />

sobre como organizar seções<br />

fundamentais no estabelecimento<br />

para que o pequeno varejista<br />

possa obter bons resultados de<br />

venda. Acesse, assista e confira.<br />

(<strong>newtrade</strong>.com.br/TV)<br />

Leandro Monma, da P&G, dá dicas de exposição<br />

dreamstime<br />

O que<br />

vOcê<br />

quer ver<br />

nO site?<br />

?<br />

Queremos saber que tipo de<br />

conteúdo você deseja encontrar<br />

na web. Você pode participar da<br />

construção do portal enviando<br />

sugestões de ferramentas e de<br />

reportagens, vídeos, áudios,<br />

fotos, informações, etc. para o<br />

e-mail web@ebceditora.com.br<br />

ou abastecimento@ebceditora.<br />

com.br.<br />

cOnfira também<br />

nO pOrtal<br />

Gostou das matérias? Quer<br />

mandar para os amigos ou<br />

multiplicar para os colaboradores<br />

da sua empresa? Então acesse<br />

o portal da ABASTECIMENTO<br />

e leia os destaques desta<br />

edição na íntegra:<br />

4 Capa<br />

Varejistas de todo<br />

o Brasil elegem os<br />

melhores atacadistas<br />

em seus Estados<br />

4 Ent<strong>revista</strong><br />

José Fontelles, da<br />

Cereser, e o trabalho<br />

da companhia<br />

de bebidas no<br />

pequeno varejo<br />

4 Mercado<br />

Classes D e E<br />

compram produtos<br />

mais baratos e fazem<br />

crescer as marcas<br />

regionais


Nova Pampers Recém-Nascido.<br />

Mais conforto para o bebê que acabou de nascer e muito mais vendas para você.<br />

Suave como algodão, a nova Pampers Recém-Nascido já chegou trazendo<br />

benefícios de sobra para seus negócios.<br />

A fralda feita especialmente para recém-nascidos<br />

Produto superior com corte especial para o umbigo e loção hipoalergênica<br />

Porta de entrada para fidelizar seus clientes com outros produtos Pampers<br />

Pacotes maiores com ainda mais destaque em gôndola<br />

Pampers é líder de mercado.**<br />

Siga o exemplo de disposição abaixo e venda mais.<br />

Ultra-absorvente<br />

e suave como algodão.*<br />

Aproveite o material de apoio para vender nossas toalhinhas<br />

umedecidas junto com as fraldas Pampers.<br />

Assim, você tira o máximo proveito da marca líder de mercado**,<br />

agrega valor à categoria e gera mais negócios.<br />

**Líder do segmento em valor de vendas. Fonte: Nielsen RI - Ano fiscal móvel (MA'10 a MJ'11)<br />

* Não contém fibras de algodão<br />

P&G • agosto/11

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