revista AbAstecimento - newtrade
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A REVISTA DO VAREJO DE VIZINHANÇA<br />
Edição 29 | set/out 2011 | ano 4 | R$ 13,90 | www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br<br />
saZOnaL<br />
Prepare-se para<br />
vender mais no Natal<br />
e no Ano Novo<br />
Escolhidos pelo<br />
ent<strong>revista</strong><br />
José Fontelles, executivo<br />
da Cereser, e o mercado<br />
de bebidas alcoólicas<br />
os 23 melhores<br />
atacadistas<br />
distribuidores<br />
do brasil, eleitos<br />
pelos pequenos e<br />
médios varejistas,<br />
em levantamento<br />
realizado pela<br />
abaD/nielsen,<br />
revelam suas ações<br />
para as lojas<br />
de vizinhança<br />
Varejorelacionamento<br />
Foco<br />
Mercantil Nova Era<br />
Codical<br />
Goiás Atacado<br />
Fasouto<br />
Makro<br />
V. Sperotto<br />
Asa Branca<br />
Paraty<br />
especialização<br />
J. Sleiman<br />
JC Distribuição<br />
Marques e Melo<br />
Zamboni<br />
RioGrandense<br />
serviços<br />
Martins<br />
Megafort<br />
Atacado Bate Forte<br />
Unidasul<br />
Coimbra<br />
Mercantil Nova Era<br />
Codical<br />
Goiás Atacado<br />
Fasouto<br />
Makro<br />
mercadO<br />
Os produtos que as<br />
classes D e E compram<br />
nos pontos de venda
carta ao leitor<br />
Os melhores do Brasil<br />
Ser o melhor em qualquer setor não é uma fácil tarefa, mas quando<br />
se é premiado por seus clientes, é muito bom. Nesta edição, apresentamos<br />
os melhores atacadistas distribuidores do Brasil, um levantamento<br />
realizado pela ABAD – Associação Brasileira dos Atacadistas<br />
e Distribuidores juntamente com a Nielsen. A pesquisa, que abrangeu<br />
pequenos e médios varejistas, apontou a melhor empresa em cada um<br />
dos 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal. O resultado poderá<br />
ser conhecido em dez das páginas a seguir. Outra matéria que deverá<br />
despertar grande interesse é o raio X do varejo, que procurou saber,<br />
por exemplo, o que os consumidores buscam no ponto de venda, que<br />
tipos de serviços são oferecidos e o que acontece na hora da compra.<br />
Esse estudo foi desenvolvido pela GFK e está muito bem fundamentado<br />
com informações indispensáveis para quem pretenda alavancar as<br />
vendas. Para a seção Na Prática deste mês, a repórter Daniela Guiraldelli<br />
foi ao Supermercado Mais Q Bom, no bairro de Cajueiro Seco,<br />
em Jaboatão dos Guararapes/PE. David Morais, o jovem proprietário,<br />
contou como conseguiu fazer do seu negócio um sucesso exemplar.<br />
Também nesta edição, uma matéria sobre os 80 anos do Sincovaga-SP<br />
– Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado<br />
de São Paulo, que comemorou essas décadas de trabalho em um<br />
jantar no salão da Fecomercio-SP. A repórter Jamille Menezes esteve lá<br />
e nos adianta os planos que a entidade tem para o futuro. E não paramos<br />
por aí: na ent<strong>revista</strong> especial, José Fontelles, executivo da Cereser,<br />
aborda a atuação da empresa, que comemora 85 anos em 2011. Também<br />
explicamos como funciona o Portal do Conhecimento, iniciativa<br />
da ABAD que tem a missão de ajudar os varejistas em seu dia a dia.<br />
Confira as reportagens e boa leitura!<br />
4 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
CLAUDIA RIVOIRO<br />
DIRetORA-eDItORIAL<br />
Jamille Menezes, repórter da eBC editora, ent<strong>revista</strong> Álvaro Furtado, presidente<br />
do Sincovaga-SP, na festa de 80 anos da entidade<br />
wladimir de souza<br />
Editora Brasileira do Comércio<br />
Rua Apeninos, 1.126 - CEP 04104-021 - São Paulo, SP<br />
Tel.: (11) 5572-1221 - Fax: (11) 5572-5335<br />
ebc@ebceditora.com.br<br />
Diretor-Executivo<br />
Rogério Oliva: oliva@ebceditora.com.br<br />
Diretora-Editorial<br />
Claudia Rivoiro: claudiarivoiro@ebceditora.com.br<br />
Editor<br />
Cristiano Eloi: cristiano@ebceditora.com.br<br />
Redação<br />
redacao.db@ebceditora.com.br<br />
Repórteres<br />
Daniela Guiraldelli: daniela@ebceditora.com.br<br />
Giane Laurentino: giane@ebceditora.com.br<br />
Jamille Menezes: jamille@ebceditora.com.br<br />
Revisão<br />
Newton Roberval Eichemberg<br />
CRiação E PRoDução<br />
Diretora de arte<br />
Maria José Ferreira: mariajose@ebceditora.com.br<br />
Criação<br />
Fábio Geríbola: fabio@ebceditora.com.br<br />
Produção Gráfica<br />
Ronaldo Secundo: ronaldo@ebceditora.com.br<br />
PoRtal nEwtRaDE<br />
webdesign<br />
Anderson Gabriel: anderson@ebceditora.com.br<br />
Anderson Souza: souza@ebceditora.com.br<br />
PuBlitRaDE<br />
Marketing / Vendas<br />
www.publitrade.com.br<br />
Direção Comercial<br />
Rogério Oliva: oliva@ebceditora.com.br<br />
Gerência de Clientes Especiais<br />
José Paulo Basílio: jose.paulo@ebceditora.com.br<br />
Marcos Monaco: monaco@ebceditora.com.br<br />
Gerência Comercial<br />
Jorge Rodrigues: jorge@ebceditora.com.br<br />
Representantes<br />
São Paulo: Fátima Festini Reis: fatima@ebceditora.com.br:<br />
MG e Centro Oeste: Marcos Mizael de Santana: marcos@ebceditora.com.br;<br />
RJ/ES, Norte e Nordeste: Priscila Marinho: priscila.marinho@ebceditora.com.br;<br />
RElaCionaMEnto<br />
institucional<br />
Alceu de Genaro: genaro@ebceditora.com.br<br />
leitores/assinaturas/circulação<br />
Fernando Mendes: relacionamento@ebceditora.com.br<br />
Fale conosco: (11) 5572-1221<br />
redacao.db@ebceditora.com.br<br />
Jornalista Responsável<br />
Cristiano Eloi – MTb 38.052<br />
Periodicidade: bimestral - Circulação: nacional<br />
Tiragem: 60.000 exemplares<br />
Distribuição dirigida - Impressão: Gráfica Parma<br />
Esta <strong>revista</strong> é destinada a proprietários, sócios e gerentes de pequenas<br />
e médias lojas do varejo independente, mercados com até dez checkouts.<br />
Apoio Filiada ao:
6<br />
8<br />
52<br />
62<br />
66<br />
10<br />
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46<br />
54<br />
58<br />
64<br />
SeçõeS<br />
Sua opinião<br />
O espaço do leitor<br />
negócioS<br />
Notícias sobre economia e a cadeia de abastecimento<br />
fique por dentro<br />
Oportunidades na venda por impulso<br />
produtoS<br />
As novidades nas gôndolas do varejo<br />
portal<br />
O que encontrar na versão eletrônica da <strong>revista</strong> na internet<br />
CapaCitação<br />
Portal do Conhecimento auxilia na gestão do negócio<br />
Capa<br />
Os melhores atacadistas distribuidores em cada Estado,<br />
eleitos pelos varejistas, destacam suas ações para o<br />
pequeno e médio varejo em levantamento exclusivo<br />
realizado pela ABAD/Nielsen<br />
peSquiSa<br />
O comportamento do consumidor nas lojas<br />
de vizinhança em estudo da GFK Brasil<br />
Comemoração<br />
Os 80 anos do Sincovaga-SP<br />
Sazonal<br />
Preparação para as boas vendas do Natal e do Ano Novo<br />
gerenCiamento de Categoria<br />
Como trabalhar com produtos destinados aos bebês<br />
entreviSta<br />
José Fontelles, diretor-comercial da Cereser,<br />
fala sobre os planos da companhia de bebidas<br />
na prátiCa<br />
Mais Q Bom, com três lojas em Pernambuco,<br />
aposta na qualidade do atendimento para crescer<br />
merCado<br />
Classes D e E fazem marcas regionais crescerem<br />
oportunidadeS<br />
Venda mais snacks e biscoitos<br />
ponto final<br />
Os planos da Dori Alimentos<br />
wladimir de souza<br />
paulo pepe<br />
42<br />
46<br />
abastecimento 29<br />
CAPA: Melhores AtACAdistAs | entrevistA: josé Fontelles, dA Cereser | nAtAl e Ano novo | ClAsses d e e set/out 2011<br />
A REVISTA DO VAREJO DE VIZINHANÇA<br />
Edição 29 | set/out 2011 | ano 4 | R$ 13,90 | www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br<br />
saZOnaL<br />
Prepare-se para<br />
vender mais no Natal<br />
e no Ano Novo<br />
os 23 melhores<br />
atacadistas<br />
distribuidores<br />
do brasil, eleitos<br />
pelos pequenos e<br />
médios varejistas,<br />
em levantamento<br />
realizado pela<br />
abaD/nielsen,<br />
revelam suas ações<br />
para as lojas<br />
de vizinhança<br />
Escolhidos pelo<br />
Varejo<br />
Foco<br />
Mercantil Nova Era<br />
Codical<br />
Goiás Atacado<br />
Fasouto<br />
Makro<br />
V. Sperotto<br />
Asa Branca<br />
Paraty<br />
especialização<br />
J. Sleiman<br />
JC Distribuição<br />
Marques e Melo<br />
Zamboni<br />
RioGrandense<br />
serviços<br />
ent<strong>revista</strong><br />
José Fontelles, executivo<br />
da Cereser, e o mercado<br />
de bebidas alcoólicas<br />
<strong>AbAstecimento</strong> 29<br />
sumário<br />
Martins<br />
Megafort<br />
Atacado Bate Forte<br />
Unidasul<br />
Coimbra<br />
relacionamento<br />
Mercantil Nova Era<br />
Codical<br />
Goiás Atacado<br />
Fasouto<br />
Makro<br />
mercadO<br />
Os produtos que as<br />
classes D e E compram<br />
nos pontos de venda<br />
CAPA 29.indd 1 12.09.11 21:34:18<br />
set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 5<br />
xxxxxxx
sua opinião<br />
A REVISTA DO VAREJO DE VIZINHANÇA<br />
Edição 28 | jul/ago 2011 | ano 4 | R$ 13,90 | www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br<br />
estar atento aos<br />
hábitos de consumo<br />
do seu cliente<br />
faz com que os<br />
produtos girem<br />
mais rapidamente<br />
nas gôndolas,<br />
trazendo melhor<br />
rentabilidade<br />
ao negócio<br />
Sem<br />
parar<br />
ent<strong>revista</strong><br />
Manuel Pereira da Silva,<br />
do DEC, e os cosméticos<br />
no varejo independente<br />
OpOrtunidade<br />
Padaria é a chance<br />
de ampliar o mix de<br />
serviços oferecidos<br />
recursOs humanOs<br />
Dicas para contratar,<br />
treinar e reter os<br />
funcionários talentosos<br />
<strong>AbAstecimento</strong> 28<br />
jul./ago. de 2011<br />
CAPA 28.indd 1 27.07.11 10:23:58<br />
As reportagens “Retrato do<br />
Consumo” e “Posição Estratégica”<br />
estão de parabéns.<br />
Gostei muito do conteúdo,<br />
tanto que o irei utilizar<br />
como referência para<br />
futuros treinamentos aos<br />
nossos colaboradores.<br />
Parabéns à equipe.<br />
Valdemir Ramos – coordenador de<br />
Recursos Humanos do<br />
Ricoy Supermercados<br />
para anunciar<br />
na <strong>revista</strong><br />
e no site<br />
mostre a sua empresa e o seu<br />
mix de produtos aos varejistas<br />
do setor mercearil de todo o<br />
brasil anunciando na <strong>revista</strong><br />
<strong>AbAstecimento</strong> e no site<br />
www.<strong>revista</strong>abastecimento.<br />
com.br. Dessa maneira, sua<br />
marca ganhará visibilidade,<br />
com cerca de 120 mil leitores<br />
que atuam na cadeia de<br />
abastecimento por meio<br />
do varejo de vizinhança<br />
mercearil. entre em contato<br />
com o Departamento<br />
comercial da ebc por carta,<br />
pelo fax (11) 5572-5335, pelo<br />
telefone (11) 5572-1221 ou<br />
pelo e-mail comercial.ab@<br />
ebceditora.com.br.<br />
6 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
dreamstime<br />
A <strong>revista</strong> ABASTECIMENTO continua a indagar seus leitores a respeito de questões<br />
do seu interesse. Desta vez, perguntamos quais os temas que eles gostariam que<br />
desenvolvêssemos nestas páginas. Aqui estão algumas das respostas recebidas.<br />
Desde já, prometemos incluir esses temas em nossas pautas futuras.<br />
[ gestão ]<br />
Posição<br />
Estratégica<br />
O dono do negócio precisa reservar<br />
tempo e energia para focar no<br />
desenvolvimento e crescimento da<br />
empresa. Tarefas operacionais, do<br />
dia a dia, precisam ser delegadas<br />
Por AdriAnA Bruno<br />
Publicar endereços de novos fornecedores<br />
nas edições.<br />
Ana Maria Soraes - Epitaciolândia/AC<br />
Incluir matérias que abordem custos<br />
de mercadorias e expliquem fórmulas<br />
para vendas.<br />
Luciano Embiruçu Souza - Nazaré/BA<br />
para<br />
assinaturas<br />
individuais e<br />
corporativas<br />
Amigo varejista. Use a<br />
<strong>revista</strong> <strong>AbAstecimento</strong><br />
para apoiar o trabalho de<br />
capacitação de sua equipe<br />
de profissionais, fazendo<br />
assinaturas individuais<br />
ou para grupos, com<br />
condições especiais de<br />
preço. consulte a nossa<br />
área de Relacionamento<br />
para conhecer a tabela da<br />
ebc. Faça a sua assinatura<br />
agora mesmo e receba a Ab<br />
já no próximo mês.<br />
Discuta as reportagens<br />
com sua equipe<br />
e envie comentários<br />
para a nossa redação.<br />
S<br />
er dono de um pequeno ou médio supermercado<br />
não é tarefa para qualquer um.<br />
São tantas as obrigações que o dia parece<br />
ser curto para dar conta de tudo. O problema é<br />
que o excesso de tarefas faz com que o dono não<br />
tenha tempo para se dedicar a funções que cabem<br />
só a ele, como pensar no planejamento estratégico<br />
da empresa, seja a curto, médio ou longo prazo,<br />
informar-se sobre as mudanças ou novidades<br />
do mercado em que atua, repensar seu negócio,<br />
ou ainda, visitar a concorrência para saber como<br />
o “seu vizinho” está trabalhando.<br />
Para Cristiane Osso, sócia diretora da GS&MD<br />
– Gouvêa de Souza, a tarefa do dono de uma forma<br />
geral deveria ser a tarefa de um “dirigente”, que<br />
implica em pensar e repensar o negócio de forma<br />
a se antecipar às tendências, trazer novidades, melhorias,<br />
observar demandas e viabilizar sua imple-<br />
mentação e estar atento a oportunidades de novos<br />
negócios, expansão, novos produtos etc. “O que<br />
acaba acontecendo nas empresas pequenas é que<br />
o dono e seus familiares ocupam as atividades do<br />
dia a dia e nem sempre têm a autonomia, a disponibilidade<br />
de recursos ou até mesmo todas as<br />
habilidades e competências necessárias para avaliar<br />
e reavaliar o negócio pela visão do “dirigente”.<br />
Desta forma, a visão de gestão do dia a dia é privilegiada<br />
e a direção pode ficar prejudicada se não<br />
se encontrar dentre estes membros do pequeno<br />
negócio um profissional capaz de equilibrar este<br />
papel estratégico enquanto a empresa se preocupa<br />
em gerir o dia a dia conforme a demanda que o<br />
negócio imprime”, avalia.<br />
Vale lembrar que em tempos onde o consumidor<br />
está cada vez mais multicanal e a concorrência<br />
acirrada, um negócio não sobrevive sem uma<br />
36 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br mai/jun 2011<br />
mai/jun 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 37<br />
A publicação mantém o seu objetivo de auxiliar o varejista<br />
dreamsTime<br />
para mandar<br />
cartas<br />
e sugestões<br />
A <strong>revista</strong> <strong>AbAstecimento</strong><br />
quer conhecer a sua<br />
opinião. escreva dizendo<br />
que temas mais chamaram<br />
a sua atenção, o que<br />
achou das reportagens<br />
que leu e, principalmente,<br />
se elas foram úteis para o<br />
seu trabalho. envie suas<br />
críticas e sugestões para a<br />
<strong>revista</strong> <strong>AbAstecimento</strong>,<br />
Rua Apeninos, 1.126, ceP<br />
04104-021, são Paulo,<br />
sP, ou pelo e-mail ebc@<br />
ebceditora.com.br. com a<br />
sua participação, faremos<br />
da Ab uma <strong>revista</strong> cada<br />
vez mais útil para o<br />
mercado varejista.<br />
Acrescentar situações que abordem<br />
mais dinamismo e técnica.<br />
Igor Guimarães Santos - Jequié/BA<br />
Abordar como investir mais em supermercados,<br />
se possível em todas as<br />
edições.<br />
Gilton Oliveira - Arapiraca/AL<br />
Ampliar informações para esclarecer<br />
melhor o ato de consumo no pequeno<br />
varejo.<br />
Ivan Carlos - São Paulo/SP<br />
Gostaria de ler matérias que abordassem<br />
parâmetros relacionados com o<br />
custo dos negócios e com a média de<br />
lucro, além de um estudo que fornecesse<br />
números médios toleráveis de<br />
distribuidoras e referências sobre outras<br />
empresas.<br />
Francisco Rogério Gonçalves - Eunápoles/BA<br />
assine a nossa<br />
newsletter<br />
Para receber o boletim Portal<br />
<strong>AbAstecimento</strong>, envie<br />
carta ou e-mail com o texto<br />
"Quero receber a newsletter<br />
<strong>AbAstecimento</strong>", que<br />
o avisará sobre novos<br />
conteúdos do site www.<br />
<strong>revista</strong>abastecimento.com.br.<br />
para<br />
cadastrar<br />
seu currículo<br />
Você busca uma<br />
oportunidade para atuar<br />
no setor varejista?<br />
cadastre o seu<br />
currículo no site www.<br />
<strong>revista</strong>abastecimento.com.br<br />
e fique visível para<br />
as empresas.<br />
Fale com a gente
negócios<br />
Notícias econômicas da cadeia de abastecimento<br />
Consumo deverá<br />
aumentar 30%<br />
até 2020<br />
MAis leite<br />
O consumo de leite e de seus derivados<br />
líquidos deverá crescer 30% em todo o<br />
mundo até 2020. A informação provém da<br />
quarta edição do estudo global "Tetra Pak<br />
Dairy Index", que mostra as tendências do<br />
mercado de laticínios. Segundo a pesquisa,<br />
a demanda por esses produtos deverá<br />
crescer para cerca de 350 bilhões de litros<br />
nos próximos nove anos. Outra mudança<br />
que ocorrerá no mercado se refere à<br />
comercialização dos laticínios líquidos.<br />
Em 2010, 51% do leite consumido por<br />
países em desenvolvimento foi comprado<br />
a granel e o estudo indica uma queda<br />
nessa forma de venda. Prevê-se que, até<br />
2014, 55% do leite será comercializado e<br />
embalado e, até 2020, 70%.<br />
PiOr serviçO<br />
Apesar da alta carga tributária no País, que incide sobre rendimento,<br />
consumo e patrimônio do contribuinte, o brasileiro é o<br />
cidadão que tem os piores serviços públicos em proporção aos<br />
impostos que paga. É o que conclui o “Estudo sobre Carga Tributária/PIB<br />
X IDH”, realizado pelo IBPT – Instituto Brasileiro de<br />
Planejamento Tributário, que relaciona informações de 30 países<br />
com maior arrecadação tributária do mundo em relação ao retorno<br />
de benefícios à população. Os Estados Unidos, o Japão e a<br />
Irlanda estão no topo do ranking dos países que aplicam melhor<br />
os tributos em qualidade de vida para os cidadãos. O Brasil ocupa<br />
a última posição, 30 o lugar, indicando que países como o Uruguai<br />
e a Argentina, que estão na 13 a e na 16 a posições, respectivamente,<br />
fazem melhor uso dos impostos arrecadados dos contribuintes.<br />
8 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
fotos dreamstime<br />
CArtões<br />
Segundo levantamento realizado pela Abecs<br />
– Associação Brasileira das Empresas de<br />
Cartões de Crédito e Serviços, o faturamento<br />
dos cartões de crédito, de débito e de rede/<br />
loja no Brasil registrou alta de 26% no<br />
segundo trimestre de 2011 em comparação<br />
com o mesmo período do ano passado. O<br />
incentivo à maior competitividade e a entrada<br />
de novos players no mercado, provocados<br />
pela quebra de exclusividade entre bandeiras<br />
e credenciadoras, ajudaram a impulsionar o<br />
crescimento. O bom momento da economia<br />
nacional, com a baixa taxa de desemprego<br />
e o aumento da oferta de crédito, também<br />
estimulou o resultado acima da média, que<br />
totalizou 158,9 bilhões de reais. Para Cláudio<br />
Yamaguti, presidente da Abecs, os números<br />
superam as expectativas do mercado,<br />
mas estão de acordo com o atual<br />
momento da indústria.<br />
158,9<br />
bilhões<br />
de reais em crédito é resultado<br />
do bom momento da economia<br />
nacional, com a baixa taxa de<br />
desemprego e o aumento da<br />
oferta de crédito<br />
O Brasil ocupa a última<br />
posição no ranking, 30 o lugar,<br />
indicando que países como o<br />
Uruguai e a Argentina,<br />
que estão na 13 a e na 16 a<br />
posições, respectivamente,<br />
fazem melhor uso dos<br />
impostos arrecadados<br />
dos contribuintes
Exportações brasileiras dos produtos cresceram 14,2%<br />
POntO eletrôniCO<br />
A implantação do novo registro eletrônico<br />
de ponto foi adiada pelo MTE – Ministério<br />
do Trabalho e Emprego para o dia 3<br />
de outubro. Segundo comunicado do<br />
MTE, o adiamento foi feito para atender<br />
às reivindicações das confederações<br />
patronais do País. O comunicado diz que<br />
a extensão do prazo considera "o firme<br />
compromisso" do governo federal em<br />
concluir as conversas com os empresários<br />
sobre o novo ponto. Para o advogado Alan<br />
Balaban, do escritório Braga e Balaban<br />
Advogados, o adiamento não resolve os<br />
problemas criados pela nova regra. "O que<br />
resolve é o fato de a portaria ter regras<br />
claras. O Ministério deveria fiscalizar<br />
e educar a relação entre empregado e<br />
empregador", disse o especialista.<br />
A implantação do novo registro<br />
eletrônico de ponto foi adiada<br />
pelo Mte para o dia 3 de<br />
outubro. segundo comunicado,<br />
o adiamento foi feito para<br />
atender às reivindicações das<br />
confederações patronais do País<br />
BAlAs e ChOCOlAtes<br />
A Abicab – Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau,<br />
Amendoim, Balas e Derivados confirmou a presença de 15<br />
empresas a ela associadas na Feira Anuga, que acontecerá entre<br />
os dias 8 e 12 de outubro em Colônia, na Alemanha. “Na última<br />
edição, em 2009, tivemos a participação de 12 empresas do setor<br />
de balas e chocolates, e foram gerados 12 milhões de dólares em<br />
negócios, com mais de 145 contatos realizados”, destaca Solange<br />
Isidoro, vice-presidente de exportação da Abicab. Terceiro maior<br />
produtor de chocolates, balas e confeitos do mundo, com exportação<br />
para 146 países nos cinco continentes, o Brasil vem conquistando<br />
mais espaço para seus produtos no exterior. Segundo<br />
balanço divulgado pela Abicab, de janeiro a junho deste ano, as<br />
exportações brasileiras de chocolates, balas e amendoim cresceram<br />
14,2% em relação ao mesmo período no ano passado. As<br />
vendas no primeiro semestre de 2011 somaram 164,6 milhões de<br />
dólares; em 2010, elas haviam sido de 144,1 milhões de dólares.<br />
PesqUisA<br />
A Accenture divulgou a quinta edição da sua pesquisa sobre<br />
a satisfação dos consumidores com os prestadores de serviços<br />
em diversas áreas. O estudo mostrou que o consumidor<br />
brasileiro é exigente: 50% dos ent<strong>revista</strong>dos esperam dos<br />
seus fornecedores mais do que esperavam há um ano. O levantamento<br />
indica que 83% deles gostariam, principalmente,<br />
de um atendimento mais rápido. Como um aviso para as<br />
empresas, o que mais frustra os consumidores brasileiros é o<br />
fato de eles terem de lidar com funcionários que não entendem<br />
do assunto ou não conseguem atender às suas necessidades<br />
específicas (86% e 83%). Um fator que desestimula a<br />
compra pelo consumidor é sua frustração por não conseguir<br />
acesso às informações que deseja ou não conseguir comprar<br />
efetivamente o produto por qualquer um dos múltiplos canais<br />
escolhidos por ele (82%).<br />
83%<br />
dos ent<strong>revista</strong>dos gostariam de um<br />
atendimento mais rápido. O que mais<br />
frustra os consumidores brasileiros<br />
é o fato de eles terem de lidar com<br />
funcionários que não entendem do<br />
assunto ou não conseguem atender<br />
às suas necessidades específicas<br />
set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 9
[ capacitação ]<br />
Parceiro virtual<br />
e eficiente<br />
Portal do Conhecimento visa auxiliar os pequenos e<br />
os médios varejistas na busca pela capacitação e no<br />
desenvolvimento de uma melhor gestão para o negócio<br />
Por Claudia rivoiro<br />
10<br />
www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
Iniciativa importante da ABAD – Associação Brasileira<br />
dos Atacadistas e Distribuidores, o Portal<br />
do Conhecimento, lançado durante a realização<br />
da ABAD 2011 Recife, realizada em agosto, faz<br />
parte do programa Varejo Competitivo, e já é considerada<br />
uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento<br />
do varejo de vizinhança. Segundo Carlos<br />
Eduardo Severini, o Portal se propõe a impulsionar<br />
a capacitação do pequeno varejista e ser um<br />
novo canal de interação entre o varejo, a indústria<br />
e os agentes de distribuição associados da ABAD.<br />
“Acreditamos que, à medida que o pequeno e o<br />
médio varejista se capacitarem e desenvolverem<br />
vantagens competitivas, toda a cadeia de abastecimento<br />
se tornará mais eficiente, beneficiando<br />
todos os envolvidos”, observou.<br />
Portal oferece cursos virtuais em<br />
parceria com o Sebrae, além de<br />
pesquisas, notícias e vídeos<br />
Além de palestras, pesquisas desenvolvidas especialmente<br />
por grandes empresas globais, como<br />
a Nielsen e a Kantar Worldpanel, notícias, vídeos<br />
e cursos virtuais em parceria com o Sebrae, por<br />
exemplo, "Comportamento do Consumidor",<br />
"Melhoria do Sortimento" e "Gestão de Estoque –<br />
Como Evitar Rupturas", temas especialmente desenvolvidos<br />
para a gestão do negócio, no final do<br />
curso quem participar receberá certificado. Está a<br />
cargo do Comitê Varejo Competitivo da entidade<br />
formar multiplicadores que irão capacitar os profissionais<br />
de vendas de cada filiada estadual, participantes<br />
do TreinABAD, para darem suporte ao<br />
varejista sobre o conteúdo desses cursos. A fim de<br />
participar dos cursos, é necessário preencher um<br />
cadastro rápido para acessar a área restrita disponível<br />
no site da ABAD www.abad.com.br.<br />
Desenvolvida pela PC Sistemas, a ferramenta<br />
é fácil de ser utilizada e, como esclarece Wagner<br />
Patrus, presidente do Grupo PC Sistemas, o retorno<br />
será imediato, pois a cada treinamento o<br />
varejista poderá tirar conhecimentos aplicáveis<br />
ao seu negócio. “Ao ter acesso ao ensino a distância,<br />
ele fará a capacitação de acordo com a sua<br />
disponibilidade e, o que é ainda melhor, com<br />
custo baixo”, enfatizou Patrus.<br />
As lojas de pequeno formato são clientes dos<br />
atacadistas distribuidores, daí a necessidade de capacitar<br />
esse pessoal que precisa sobreviver diante<br />
da concorrência. “O Portal do Conhecimento foi<br />
criado para auxiliar os varejistas que buscam capacitação<br />
para desenvolver uma gestão vitoriosa. Para<br />
tanto, estamos atentos a esse movimento e percebemos<br />
a necessidade primordial dessa ferramenta<br />
que irá possibilitar que os negócios desses varejistas<br />
se tornem lucrativos e eficientes”, observa Oscar<br />
Attisano, superintendente executivo da ABAD.l
[ Capa ]<br />
A escolha<br />
do atacadista<br />
12 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
Varejistas de todo o País<br />
elegem as melhores<br />
empresas de cada estado<br />
Por Daniela GuiralDelli,<br />
Giane laurentino e Jamille menezes<br />
Pela primeira vez, a <strong>revista</strong> ABASTECIMENTO<br />
publica uma pesquisa realizada pela ABAD<br />
– Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores,<br />
em parceria com a Nielsen, apresentando<br />
os melhores atacadistas distribuidores em<br />
cada um dos 26 Estados e no Distrito Federal. A<br />
premiação é fruto de um levantamento realizado<br />
junto aos comerciantes, que escolheram as melhores<br />
empresas que os abasteceram no último ano,<br />
pois, quando se trata das lojas de vizinhança, em<br />
grande parte as compras de reposição são feitas<br />
junto ao atacado distribuidor. Essa realidade foi<br />
apontada no Ranking ABAD/Nielsen 2011, o qual<br />
Foco<br />
Mercantil Nova Era<br />
Codical<br />
Goiás Atacado Distribuidor<br />
Fasouto<br />
Makro<br />
V. Sperotto<br />
Asa Branca<br />
Paraty<br />
revelou que o setor atacadista distribuidor abastece<br />
40% dos supermercados médios, 95% dos<br />
supermercados pequenos (1 a 4 checkouts), 85%<br />
dos bares, 67% das farmácias e 95% dos estabelecimentos<br />
tradicionais (mercearias e padarias, entre<br />
outros pontos de venda) do País. “A pesquisa é<br />
feita junto aos pequenos e médios varejistas, que<br />
indicam os melhores fornecedores que os atendem<br />
e reflete um reconhecimento do trabalho do atacado<br />
distribuidor junto à sua clientela”, afirma Oscar<br />
Attisano, superintendente-executivo.<br />
No total, foram 23 as empresas premiadas, algumas<br />
ganhadoras em mais de um Estado, sendo<br />
que o objetivo da publicação é servir como um<br />
instrumento de parâmetro para que os pequenos<br />
e médios varejistas possam avaliar as empresas que<br />
os atendem. Dessa maneira, os varejistas podem<br />
comparar as práticas das empresas vencedoras com<br />
as das empresas que os atendem e saber de que maneira<br />
o atacado distribuidor analisa a importância<br />
do pequeno e do médio varejo.<br />
Especialização<br />
É a busca constante de: É a forma de atuar de:<br />
J. Sleiman<br />
JC Distribuição<br />
Marques e Melo<br />
Zamboni<br />
RioGrandense
Atacadista Nacional<br />
MArtiNs<br />
Pioneiro no mercado atacadista distribuidor,<br />
o Grupo Martins foi o vencedor de<br />
Melhor Fornecedor Nacional na opinião do<br />
pequeno e médio varejo. De acordo com Walter<br />
Faria, diretor-geral do Sistema Integrado<br />
Martins, apoiar o desenvolvimento do pequeno<br />
e médio varejo para que ele se mantenha<br />
atuante sempre foi uma vocação da companhia.<br />
“O trabalho que estamos fazendo nesses<br />
57 anos de existência ajuda a fortalecer os negócios<br />
dos nossos clientes, sempre buscando<br />
apoiá-los na evolução de suas empresas. Oferecemos<br />
a esses pequenos e médios varejistas<br />
uma verdadeira indústria de serviços e soluções<br />
destinada a desenvolver seus negócios e<br />
lhes dar capacidade para competir nesse mercado<br />
que se especializa cada vez mais.”<br />
O Grupo Martins foi um dos pioneiros,<br />
não só na distribuição, mas também na oferta<br />
de serviços aos clientes do pequeno e médio<br />
varejo. “Oferecemos a esses clientes soluções<br />
em distribuição e gestão de varejo, mix completo,<br />
com portfólio completo nas principais<br />
categorias, soluções educacionais por meio da<br />
Universidade Martins do Varejo, soluções em<br />
comércio eletrônico, soluções financeiras e de<br />
proteção para o varejista e o consumidor por<br />
meio do Tribanco, e soluções em educação social<br />
e sustentabilidade, oferecidas pelo Instituto<br />
Alair Martins”, conta Faria. l<br />
Serviços<br />
são oferecidos por:<br />
Martins<br />
Megafort<br />
Atacado Bate Forte<br />
Unidasul<br />
Coimbra<br />
Acre<br />
V.sperotto<br />
empresa, que ganhou o prêmio de Melhor<br />
A Atacado Distribuidor do Acre, investe cada<br />
vez mais em tecnologia para automatizar suas<br />
operações, tornando mais eficiente e ágil a entrega<br />
no Estado. “Uma das principais missões do<br />
atacado distribuidor é levar produtos aos mais<br />
distantes municípios, missão que se torna particularmente<br />
importante no Acre, que apresenta<br />
uma logística atípica com relação ao restante do<br />
Brasil. Buscamos otimizar essa etapa do negócio<br />
para atender com eficiência na região”, afirma<br />
Valdir Sperotto, presidente.<br />
Caminhão, barco e avião. É com essa combinação<br />
que a empresa atende todos os pontos de<br />
venda do Acre, além de Estados como Rondônia<br />
e o sul do Amazonas. Por exemplo, para percorrer<br />
uma distância de cerca de 500 km entre a<br />
capital e a segunda maior cidade do Acre – localizada<br />
no outro extremo do Estado –, a empresa<br />
precisa ultrapassar os afluentes do Amazonas.<br />
Para tornar essa matemática viável, a distribuidora<br />
firmou parceria com uma empresa de tecnologia,<br />
quando então começou a modernizar<br />
a operação adotando softwares para a gestão da<br />
empresa e a automação da força de vendas. Desde<br />
o início do projeto, o atacado distribuidor alcançou<br />
um crescimento acumulado de 263,08%<br />
em 2010. No ano passado, a V.Sperotto cresceu<br />
9,7%, passando a ocupar o primeiro lugar entre<br />
as empresas do Estado. l<br />
Relacionamento<br />
os É a praticantes proposta de:<br />
Mercantil Nova Era<br />
Codical<br />
Goiás Atacado Distribuidor<br />
Fasouto<br />
Makro<br />
set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 13
[ Capa ]<br />
Alagoas<br />
14 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
A conquista é<br />
atribuída a um<br />
trabalho constante<br />
para que as<br />
mercadorias sejam<br />
entregues em<br />
até 24 horas<br />
AsA BrANcA<br />
Atender todos os 102 municípios do Estado<br />
de Alagoas é meta cumprida para a Asa<br />
Branca, localizada na cidade de Arapiraca. “Estamos<br />
entregando pedidos em até 24 horas”,<br />
afirma José Hipólito, diretor da Asa Branca<br />
Distribuidora. A premiação dos melhores atacadistas<br />
concedida pela ABAD – Associação<br />
Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores ao<br />
Estado de Alagoas é uma conquista atribuída a<br />
um trabalho constante realizado junto às equipes<br />
para que as mercadorias sejam entregues<br />
no prazo estipulado, criando um elo de confiança<br />
entre o distribuidor e seus clientes.<br />
Com uma frota de 40 caminhões próprios,<br />
a empresa tem capacidade de armazenamento<br />
de 1.500 toneladas de congelados, 400 toneladas<br />
de resfriados e cerca de 3.000 toneladas de<br />
secos, com uma movimentação de média de<br />
estoque de 15 dias. A área ocupada pela empresa<br />
é de aproximadamente 18.460 m², com<br />
uma área construída de 7.405 m². Além disso, a<br />
empresa dispõe de gerador próprio, além de 12<br />
docas para cargas e descargas. Localizada estrategicamente<br />
no centro de Alagoas, foi fundada<br />
em 1996, acompanhando de perto as tendências<br />
do mercado e se mantendo atualizada com<br />
as principais categorias de produtos. l<br />
Amapá<br />
rAchel loiolA & ciA.<br />
Com quase 20 anos de atuação no Amapá, a<br />
Rachel Loiola & Cia. ganhou o prêmio de<br />
Melhor Distribuidor do Estado do Amapá. “Temos<br />
um mix muito numeroso de produtos, e por<br />
isso a fidelização que os clientes nos dedicam é<br />
muito grande. Por outro lado, estabelecemos algumas<br />
parcerias muito coesas com o pequeno e<br />
o médio varejo”, diz José Sarmento Costa, presidente<br />
da empresa Itamar.<br />
Segundo ele, a empresa trabalha sempre em<br />
parceria com a indústria e oferece informações,<br />
treinamentos e pesquisas, juntamente com a<br />
Adaap – Associação dos Distribuidores e Atacadistas<br />
do Estado do Amapá, buscando fortalecer<br />
o pequeno e o médio varejo. A indústria<br />
também contribui para essa capacitação. “Temos<br />
grandes indústrias que são nossas parceiras<br />
e isso nos fortalece muito”, afirma.<br />
Localizada no extremo norte do Brasil, a região<br />
do Amapá sofre com problemas de logística,<br />
não só pelo aspecto da distância, mas também<br />
por causa da infraestrutura de transportes.<br />
“A logística é complicada, principalmente no<br />
inverno, pois a maior parte das estradas não<br />
é pavimentada”, revela Costa. Segundo ele, o<br />
pedido feito à indústria demora de 15 a 20 dias<br />
para chegar e, por isso, a empresa precisa manter<br />
o estoque atualizado. “A entrega é feita ao<br />
cliente em 24 horas. É um compromisso que<br />
nos esmeramos por cumprir”, diz. l<br />
com um mix<br />
numeroso de produtos,<br />
conseguimos fidelizar<br />
clientes e estabelecer<br />
parcerias com<br />
o pequeno<br />
e médio varejo
Amazonas<br />
MercANtil NoVA erA<br />
Mercantil Nova Era iniciou suas atividades<br />
A no Amazonas em 1981, mas também atende<br />
os Estados de Rondônia, Roraima e Acre por<br />
meio de centros de distribuição instalados em<br />
Manaus/AM, Porto Velho/RO e Guajará-Mirim/<br />
RO. A empresa se propõe a inovar e a implantar<br />
processos que promovam eficiência ainda maior<br />
na etapa da entrega. Com esse objetivo, a empresa<br />
criou a Nova Era Logística, braço de distribuição<br />
que trabalha com o objetivo de levar, com<br />
eficiência, produtos aos pontos de venda de toda<br />
a Região Norte, principalmente no Estado do<br />
Amazonas, onde a logística é um dos principais<br />
complicadores na operação das empresas atacadistas<br />
e distribuidoras que atuam na região.<br />
Segundo Luiz Gastaldi Júnior, diretor da empresa,<br />
um dos desafios que o grupo pretende<br />
vencer é o de conhecer os negócios do cliente a<br />
ponto de se tornar possível alertá-los e capacitálos<br />
a respeito das mudanças do setor, ajudando<br />
esses pontos de venda a ganharem com a opera-<br />
Bahia<br />
codicAl<br />
Localizada em Santo Antônio de Jesus/BA, a<br />
Codical atribui sua vitória ao seu trabalho<br />
constante realizado junto a grandes marcas,<br />
como Unilever, J.Macêdo, Reckitt Benckiser, Alpargatas,<br />
Microlite e Diageo, o que lhe proporciona<br />
credibilidade junto ao varejo local.<br />
“Com isso, fazemos esse grande trabalho na<br />
Bahia e temos o reconhecimento do pequeno<br />
varejo”, afirma José Nilson Borges, sócio-diretor<br />
da empresa. Além disso, a Codical acredita que<br />
sua equipe, com cerca de 800 funcionários, faz a<br />
diferença com relação aos demais atacadistas do<br />
Estado. E, por isso, a empresa investe constantemente<br />
em sua equipe de vendas.<br />
A empresa tem seu foco em produtos alimentícios,<br />
de perfumaria e de limpeza. Com dois<br />
Centros de Distribuição capazes de atender todas<br />
as cidades da Bahia, a empresa conta com cerca<br />
de 5 mil itens em seu portfólio, os quais estão<br />
disponíveis aos seus mais de 6.000 clientes. l<br />
ceará<br />
Um dos desafios é o<br />
de conhecer os<br />
negócios do cliente<br />
a ponto de se tornar<br />
possível alertá-los e<br />
capacitá-los a respeito<br />
das mudanças<br />
ção e, dessa maneira, a se manterem competitivos.<br />
Nesse sentido, a Nova Era realiza eventos direcionados<br />
ao pequeno e médio varejo, que visam<br />
discutir temas pertinentes ao dia a dia. “A nossa<br />
preocupação é a de atender melhor e fazer com que<br />
o cliente possa se capacitar para conseguir enfrentar<br />
a concorrência, que está aumentado”, afirma. l<br />
J. sleiMAN<br />
Completando 50 anos em 2011, a cearense<br />
J. Sleiman atua no mercado atacadista distribuidor<br />
de cosméticos e perfumaria. Em 1990,<br />
com o crescimento do mercado interno, a empresa<br />
passou a atuar como DEC (Distribuidor Especializado<br />
em Cosméticos).<br />
A empresa passou a adotar o padrão dos que<br />
fazem essa distribuição especializada, visando<br />
com isso desenvolver e fortalecer os canais de<br />
distribuição nessa área. “Levamos, dentro da categoria<br />
que a gente atende, que é higiene e beleza,<br />
soluções para o pequeno varejo”, diz Alexandre<br />
Sleiman, presidente.<br />
Hoje, a empresa está situada em uma área de<br />
22.000 m² e conta com uma frota capaz de atender<br />
os 184 municípios do Estado. Os resultados<br />
obtidos são cada vez mais expressivos, o que, segundo<br />
Sleiman, demonstra o sucesso de um trabalho<br />
focado na busca de soluções rápidas e de<br />
excelência na prestação de serviços. l<br />
set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 15
[ Capa ]<br />
distrito federal<br />
16 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
Goiás AtAcAdo<br />
Eleita o melhor atacado distribuidor do Distrito<br />
Federal, a Rede Brasil/Goiás Atacado<br />
também atende Estados como Goiás, Tocantins,<br />
sul do Pará e Bahia, interior de São Paulo e Triângulo<br />
Mineiro. O foco no pequeno e no médio<br />
varejo, e também na capacitação da equipe<br />
de venda é uma das estratégias da empresa para<br />
crescer no mercado em todas as regiões. “De<br />
modo geral, temos trabalhado vigorosamente<br />
na gestão e na capacitação da equipe de vendas,<br />
procurando oferecer um melhor atendimento ao<br />
cliente profissional. Em 2009, começamos a preparar<br />
a empresa para outro momento. Acredito<br />
que permanecerá no mercado aquele que prestar<br />
o melhor serviço”, afirma Ézio Antônio de Faria,<br />
diretor de Compras.<br />
Com foco em sua operação no Distrito Federal,<br />
a Goiás Atacado pretende ampliar o número<br />
de representantes comerciais de 453 para 500<br />
profissionais até o fim do ano a fim de poder<br />
atender os 21 mil pontos de venda cadastrados<br />
na lista de clientes. “Queremos aumentar o número<br />
de profissionais de vendas dentro da mesma<br />
área de atuação. A maior dificuldade que temos<br />
encontrado é a falta de mão de obra. A nossa<br />
equipe de vendas faz um trabalho de positivação<br />
e de mix a fim de avaliar e fazer uma leitura de<br />
gôndola. O objetivo não consiste somente na<br />
venda aleatória. Com essa estratégia, desde 2009<br />
aumentamos em 27% a base de clientes atendidos<br />
até hoje”, disse. l<br />
Queremos<br />
capacitar cada<br />
vez mais a equipe<br />
de vendas para<br />
oferecer um melhor<br />
atendimento ao<br />
cliente profissional<br />
A intenção é<br />
orientar a respeito<br />
de assuntos<br />
relacionados à loja,<br />
como mix de produtos,<br />
layout e assessoria<br />
jurídica e contábil<br />
espírito santo<br />
e Minas Gerais<br />
MeGAfort<br />
Megafort, que trabalha no atacado gene-<br />
A ralista, atua nos Estados de Minas Gerais,<br />
Espírito Santo e Goiás. Nos últimos cinco<br />
anos, a empresa investiu principalmente em<br />
estrutura física e capacitação de pessoas. Com<br />
cerca de mil representantes nos três Estados, a<br />
empresa considera a prestação de serviço com<br />
excelência um dos principais fatores de sua vitória.<br />
“Muito se fala em preço, mas se esquece<br />
o serviço”, afirma Anivaldo Venâncio Barbosa,<br />
diretor-presidente da Megafort.<br />
Com o propósito de se aproximar dos clientes,<br />
a Megafort criou o SIV (Serviço Integrado<br />
de Varejo), uma consultoria empenhada na<br />
capacitação do pequeno e do médio varejo. A<br />
intenção é orientar o varejista a respeito de assuntos<br />
relacionados à loja, como mix de produtos,<br />
layout e assessoria jurídica e contábil.<br />
Hoje, o SIV atua em 40 lojas e planeja atender<br />
300 até 2013. Em 2010, a Megafort criou a Megalog,<br />
empresa de logística que presta serviços<br />
ao próprio atacado e para terceiros.<br />
Com um faturamento superior a 980 milhões<br />
de reais em 2010, a empresa pretende se<br />
expandir. Ela já iniciou algumas ações dentro<br />
do Estado de São Paulo, mas a sua meta principal<br />
é a de atender exaustivamente as áreas<br />
nas quais já atua. Sua expectativa de crescimento<br />
é de 11,5% em 2011. l
Goiás e tocantins<br />
Jc distriBUição<br />
Responsável pela distribuição de 4.500 produtos,<br />
a JC Distribuição tem na sua carteira<br />
de clientes mais de 17.000 estabelecimentos comerciais<br />
nos Estados de Goiás, Tocantins, sul do<br />
Pará, divisa do Mato Grosso e Distrito Federal. O<br />
trabalho desenvolvido pela empresa tem sido reconhecido<br />
graças a vários prêmios que a empresa<br />
conquistou, entre eles o de melhor atacadista<br />
de Goiás e Tocantins.<br />
Entendendo que o distribuidor é o elo que<br />
une a indústria e o varejo, cada vez mais a empresa<br />
se empenha em especializar seus trabalhos,<br />
o que é um dos fatores que a levaram a<br />
conquistar tantos clientes e a contar com o reconhecimento<br />
que eles lhe dedicam. “Cada vez<br />
mais, as indústrias têm dificuldade logística para<br />
operar em regiões de difícil acesso, como aquela<br />
em que a gente atua, atendendo o cliente da<br />
maneira mais adequada dentro daquilo que ele<br />
mais busca, que é ter o produto na hora certa e<br />
dentro da loja”, diz Ednardo Magalhães, diretor<br />
de Compras da empresa.<br />
A localização da empresa também é de importância-chave<br />
para a realização do trabalho de distribuição<br />
no Centro-Oeste. Situada em um ponto<br />
estratégico, o Anel Viário, de onde se tem acesso<br />
direto a toda a malha rodoviária do Estado e do<br />
País, a empresa ocupa uma área de 21.500 m².<br />
“Pela malha de distribuição que nós temos e pela<br />
força de distribuição, isso nos levou a esse reconhecimento<br />
mais uma vez”, diz Magalhães. l<br />
Atender o cliente<br />
de maneira mais<br />
adequada dentro<br />
daquilo que ele<br />
mais busca, mesmo<br />
em regiões de<br />
difícil acesso<br />
empresa continua<br />
os praticantes<br />
atuando no atacado<br />
tradicional, mas os<br />
clientes podem se<br />
utilizar do sistema<br />
de televendas para<br />
cotações e compras<br />
Maranhão,<br />
paraná e são paulo<br />
MAkro<br />
Com um total de 76 lojas em todo o Brasil,<br />
o Makro Atacadista é conhecido por<br />
operar com um sistema de estabelecimentos<br />
atacadistas de autosserviço onde os clientes<br />
profissionais podem escolher os produtos que<br />
atendem às suas necessidades. “A empresa vem<br />
se mantendo como um atacado tradicional,<br />
não migrando para o atacarejo, como fazem<br />
muitos dos seus concorrentes”, diz Vanderlei<br />
Moretti, gerente-geral da companhia no Brasil.<br />
Ele acredita que a atuação da empresa como<br />
atacado tradicional a favoreceu, pois, até mesmo<br />
com a popularização do formato atacarejo,<br />
ela se manteve firme em seu posicionamento<br />
de privilegiar o atendimento aos clientes profissionais<br />
do setor varejista e do mercado de<br />
bares, restaurantes e hotéis.<br />
O Makro Atacadista é parte do Grupo Holandês<br />
SHV, fundado em 1968 na Holanda. As<br />
atividades do Grupo no Brasil começaram em<br />
1972, quando inaugurou a primeira loja em<br />
São Paulo. Hoje, a empresa conta com mais<br />
de 12 mil itens em seu portfólio. Além disso,<br />
o Makro tem uma rede de parceiros constituída<br />
por cerca de 2.000 fornecedores. Por outro<br />
lado, as lojas contam com um sistema de<br />
televendas, onde os clientes podem cotar os<br />
produtos e finalizar a compra, que lhes será<br />
entregue diretamente no varejo. l<br />
set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 17
[ Capa ]<br />
18 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
Mato Grosso e Mato<br />
Grosso do sul<br />
AtAcAdo BAte forte<br />
Há vinte e seis anos operando no Mato Grosso<br />
do Sul e há doze anos no Mato Grosso,<br />
o Atacado Bate Forte aposta em vários formatos<br />
de operação para atender o pequeno e o<br />
médio varejo local nos dois Estados. “O ponto<br />
de venda de um a quatro checkouts é o nosso<br />
foco, estratégia que nos fortaleceu e proporcionou<br />
que aparecêssemos no mercado”, afirma<br />
Ricardo Branco, gerente-geral de Vendas do<br />
Atacado Bate Forte.<br />
Segundo Branco, no Mato Grosso do Sul<br />
o Bate Forte opera com a modalidade balcão,<br />
além de atuar como DAN (Distribuidor Autorizado<br />
Nestlé) e como atacado generalista, e<br />
de ter uma divisão de higiene e beleza, a BF<br />
Cosméticos, que atende o canal alimentar,<br />
farmácias, drogarias e outros pontos de venda<br />
especializados. No total, são 2.500 clientes<br />
positivados e 3.200 na carteira. “Todos os segmentos<br />
têm uma rentabilidade equivalente ao<br />
pará<br />
MArQUes e Melo<br />
Fundada há 24 anos, a Marques e Melo ampliou<br />
o seu leque de produtos e partiu para<br />
a especialização em produtos de higiene pessoal<br />
e beleza, como DEC (Distribuidor Especializado<br />
em Cosméticos) em 1999. “Iniciamos com o<br />
DEC há 12 anos e crescemos muito em virtude<br />
disso. Neste ano, o nosso crescimento estimado<br />
é de 10%”, revela José Wanderley Marques Melo,<br />
diretor-presidente da Marques e Melo.<br />
A empresa investe em tecnologia, em infraestrutura<br />
e na capacitação e qualificação da equipe.<br />
“Orientamos o cliente de varejo com informações<br />
de mercado, lançamentos e inovações”, diz<br />
Melo. Além disso, como DEC, a empresa oferece<br />
serviços, como venda fracionada, equipe especializada,<br />
sistemática de visitas, entrega rápida,<br />
layoutização, gerenciamento por categoria e treinamento.<br />
A empresa estendeu o conceito de especialização<br />
para outros segmentos, como o DEA<br />
(Distribuidor Especializado de Alimentos) e o<br />
DEL (Distribuidor Especializado de Limpeza). l<br />
porte. Temos quatro braços no Mato Grosso do<br />
Sul e procuramos realizar a cobertura de clientes<br />
por meio do atendimento de áreas menores,<br />
para poder trabalhar melhor essas lojas. Temos<br />
frota própria e entregamos em 48 horas até uma<br />
distância de 500 quilômetros”, explica.<br />
No Mato Grosso, o Bate Forte oferece em seu<br />
mix produtos de higiene e beleza. l<br />
paraíba<br />
Nordil<br />
Nosso foco é o<br />
ponto de venda<br />
de até quatro<br />
checkouts, frota<br />
própria e rápidez na<br />
entrega, mesmo em<br />
áreas menores<br />
Com uma estratégia voltada para merchandising,<br />
layoutização das lojas e entrega, realizada<br />
em 24 horas, em pontos de venda localizados<br />
em um raio de 100 km, e de 48 horas<br />
em PDVs localizados a distâncias acima de 100<br />
km, além da segmentação de canais de vendas,<br />
a Nordil atende o pequeno e médio varejo na<br />
Paraíba. “Dividimos os vendedores, adequamos<br />
a logística e em 2009 implantamos uma equipe<br />
especial para os canais farma e food service”, afirma<br />
Zezé Veríssimo, diretor-comercial.<br />
O objetivo da empresa ao segmentar a equipe<br />
foi personalizar o atendimento. “Trabalhamos<br />
em conjunto com fornecedores porque só dessa<br />
maneira poderemos atender às necessidades<br />
específicas de cada varejista. Nossa expectativa<br />
é a de segmentar cada vez mais a operação no<br />
futuro. Também estamos montando um projeto<br />
para capacitar o varejo, e neste ano entraremos<br />
na categoria de bebidas alcoólicas para tornar o<br />
mix ainda mais completo”, ressalta. l
R$<br />
12, 49**
[ Capa ]<br />
pernambuco<br />
pArAty<br />
20 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
Rapidez nas entregas e trabalho intenso da<br />
equipe de vendas junto ao varejo são os motivos<br />
que levaram o Paraty Atacado e Distribuidor<br />
a ser eleito o melhor do Estado de Pernambuco.<br />
“É o nosso trabalho da empresa e a rapidez nas<br />
entregas”, afirma Heraldo Menezes, diretor-presidente<br />
da empresa. Seu foco é a distribuição de<br />
produtos alimentícios e de higienização em todo<br />
o Estado de Pernambuco. Além disso, também<br />
atua na Bahia e em Alagoas.<br />
O atacado faz parte do Grupo Compare, que<br />
tem sede em Floresta/PE e atua nas áreas de atacado,<br />
distribuição, indústria de alimentos, venda<br />
de combustível e farmácia. O Paraty busca manter<br />
suas unidades de distribuição bem localizadas<br />
para que as entregas sejam feitas nos prazos<br />
estipulados. A empresa propõe aos seus clientes<br />
assistência para promoção de vendas de produtos<br />
e oferece, sem custos, profissionais preparados<br />
para organizar gôndolas e otimizar as vendas<br />
e o acesso às mercadorias. l<br />
rio de Janeiro<br />
ZAMBoNi<br />
Zamboni oferece oito mil produtos no<br />
A mix, o que inclui categorias de higiene<br />
pessoal, alimentos, limpeza e food service. A<br />
empresa também apoia o desenvolvimento<br />
do cliente varejista para além do mix e apoia<br />
o pequeno varejo em ações de trade marketing<br />
e de layoutização. Tudo isto visa estudar<br />
e entender o desempenho das categorias de<br />
produtos no mercado, dados que subsidiam<br />
a criação de ações que aumentam a demanda<br />
dos consumidores no ponto de venda e alavancam<br />
o crescimento das lojas de vizinhança.<br />
Com esse objetivo, a empresa realiza eventos<br />
exclusivos em parceria com indústrias, encartes<br />
promocionais para os canais farma e alimentar<br />
e packs com ofertas exclusivas. Além<br />
disso, disponibiliza material de merchandising<br />
e treinamento para clientes.<br />
A Zamboni também conta com uma equi-<br />
piauí<br />
cArVAlho<br />
Especializado na venda e distribuição de<br />
produtos alimentícios, o Carvalho procura<br />
sempre diversificar seu mix de produtos,<br />
ampliando e dando mais opções para seus<br />
clientes. O bom atendimento prestado a seus<br />
clientes também é uma prática constante na<br />
empresa.“Tentamos constituir a melhor parceria<br />
possível com o nosso cliente, principalmente<br />
pelo fato de também sermos supermercadistas.<br />
Temos uma responsabilidade muito<br />
grande, de agradar e incentivar nossos colegas<br />
supermercadistas a comprarem de um atacado<br />
que também é supermercadista”, diz Reginaldo<br />
Carvalho, presidente da empresa.<br />
Além disso, o Grupo desenvolve uma série<br />
de ações que reforçam sua credibilidade diante<br />
do mercado em que atua. Entre elas, destacase<br />
o investimento em ações de integração, em<br />
treinamentos e no desenvolvimento dos colaboradores<br />
que trabalham diretamente com<br />
atendimento aos clientes. l<br />
promotores auxiliam<br />
o varejista no melhor<br />
layout para loja,<br />
organizando-a<br />
e criando ambientes<br />
de compras<br />
atraentes<br />
pe de promotores que vão aos estabelecimentos<br />
comerciais indicados pelos representantes de vendas,<br />
e definem o melhor layout para a loja, organizando-a<br />
e criando ambientes de compras para<br />
que o consumidor se sinta atraído para ele. l
A empresa acredita<br />
em qualificação de<br />
trabalho, equipe<br />
comprometida<br />
e distribuições<br />
exclusivas de<br />
grandes indústrias<br />
rio Grande do Norte<br />
rioGrANdeNse<br />
RioGrandense Distribuidora acredita que<br />
A a qualificação e o trabalho de sua equipe<br />
são seus principais diferenciais e atribui a<br />
ambos o seu sucesso junto aos varejistas do<br />
Estado do Rio Grande do Norte. “Acreditamos<br />
na qualificação do nosso trabalho e na equipe<br />
comprometida”, afirma Dorian Bezerra de<br />
Morais, diretor-presidente da Riograndense.<br />
Hoje, a RioGrandense atua em todos os municípios<br />
dos Estados do Rio Grande do Norte<br />
e da Paraíba, com Centros de Distribuição nas<br />
cidades de Natal/RN e João Pessoa/PB.<br />
A empresa tem foco em distribuições exclusivas<br />
de indústrias, como Unilever, Reckitt<br />
Benckiser, Masterfoods, Johnson & Johnson,<br />
Dupé, Rayovac, Bettanin, Panasonic, M. Dias<br />
Branco e Bombril. Conta com uma unidade de<br />
negócios de DEC (Distribuidor Especializado<br />
em Cosméticos) no Rio Grande do Norte, e<br />
trabalha com produtos de perfumaria, higiene<br />
pessoal e beleza, como L’Oréal, Niely, Unilever,<br />
Sapeka, Nivea, Colgate, Procter & Gamble,<br />
Embelleze, Nazca e Hypermarcas.<br />
A distribuidora faz parte do Grupo RioGrandense,<br />
que surgiu na década de 1970, quando<br />
Morais montou uma barraca de feira para vender<br />
cereais e sandálias de borracha. O comércio<br />
originou um pequeno varejo, e alguns anos depois,<br />
em 1985, surgiu o primeiro atacado. l<br />
rio Grande do sul<br />
UNidAsUl<br />
Criada em 2006 em Esteio/RS, a Unidasul<br />
atua como atacadista distribuidor e como<br />
rede de supermercados. Graças ao fato de conhecer<br />
os dois lados da cadeia, o atendimento que<br />
presta ao seu cliente varejista é cada vez melhor.<br />
De acordo com Édson de Cesaro, superintendente<br />
de Vendas, a empresa zela pela qualidade do<br />
serviço prestado para ganhar a confiança desse<br />
cliente. “O principal requisito é a credibilidade,<br />
conquistada com a pontualidade da visita e a<br />
assertividade do produto, a qualidade, o preço e<br />
a sequência do trabalho. Isso gera credibilidade<br />
para a empresa, o que por sua vez nos proporciona<br />
esse reconhecimento”, avalia Cesaro.<br />
Com mais de 40 anos de atuação na região<br />
metropolitana de Porto Alegre, no Vale dos Sinos,<br />
no Vale do Paranhana, em Serra e no Litoral,<br />
a empresa também atua como DEC (Distribuidor<br />
Especializado em Cosméticos) desde 2002.<br />
Além disso, ela vende e distribui para o pequeno<br />
e o médio varejo as marcas próprias CBS e Valore,<br />
Compre Bem e DecSul. l<br />
rondônia<br />
coiMBrA<br />
Distribuidora Coimbra apresenta no seu<br />
A portfólio 240 fornecedores com os quais<br />
oferece um mix de produtos completo aos seus<br />
25 mil clientes ativos na sua carteira na Região<br />
Norte. Além de trabalhar com produtos, a empresa<br />
aposta na prestação de serviço. A fim de<br />
dar apoio total ao negócio do varejista, oferece<br />
ao comerciante a oportunidade de alcançar a<br />
rentabilidade necessária com sua loja e trabalhar<br />
de maneira adequada o ponto de venda.<br />
“Temos feito um trabalho completo no varejo.<br />
O comerciante nos entrega somente as paredes<br />
e aí montamos a loja inteira, desde o layout, a<br />
pintura, o mix e as ações em PDV. Desenvolvemos<br />
uma afinidade maior com o comerciante”,<br />
afirma Márcio Aurélio Gonçalves Ferreira,<br />
diretor-comercial. A empresa financia equipamentos<br />
e trabalha com pagamento a prazo na<br />
aquisição de mercadorias. l<br />
set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 21
[ Capa ]<br />
roraima<br />
Assis e BorGes<br />
22 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
empresa investe constantemente em trei-<br />
A namento de pessoal, principalmente na<br />
área comercial. Com atendimento em todos<br />
os 15 municípios do Estado, a Assis e Borges<br />
formou uma parceria com a ABAD para desenvolver<br />
o programa Varejo Competitivo na<br />
região, ajudando assim o varejo de vizinhança<br />
a atingir seu pleno desenvolvimento.<br />
Além do programa Varejo Competitivo, a<br />
empresa investiu em um vigoroso trabalho<br />
de campo que envolveu todos os funcionários<br />
da área de vendas e o proprietário da<br />
empresa, Antônio Parima Vieira. “Queríamos<br />
conhecer melhor os clientes para atender melhor<br />
às suas necessidades”, afirma. Por isso,<br />
todos foram a campo com o propósito de<br />
atender às necessidades específicas de cada<br />
varejista.<br />
A empresa passou a operar em 1997, depois<br />
que dois irmãos paraibanos foram para<br />
Roraima trabalhar no garimpo. Primeiro, fizeram<br />
algumas economias, e em seguida decidiram<br />
iniciar um negócio com o qual a empresa<br />
espera obter um crescimento de 10% em<br />
2011. Em 2009, a sede da empresa passou por<br />
uma grande reforma, que lhe rendeu 4.300<br />
m² de área construída, ampliando assim seu<br />
espaço de armazenamento e construindo no<br />
terreno instalações mais modernas. l<br />
investimentos<br />
constante na<br />
área comercial<br />
possiblitou<br />
conhecer melhor<br />
os clientes e às<br />
suas necessidades<br />
santa catarina<br />
Müller<br />
Fundada em setembro de 1967, a Distribuidora<br />
Müller começou como um pequeno atacado<br />
de doces, que atendia somente Itajaí e proximidades.<br />
Hoje, 44 anos depois, a empresa atua na<br />
distribuição de gêneros alimentícios, atendendo<br />
todo o Estado de Santa Catarina e também o Paraná<br />
e o sudeste do Pará. De acordo com Odemar<br />
Müller, diretor-fundador da empresa, o trabalho<br />
focado na distribuição, envolve uma boa entrega<br />
e um bom relacionamento com os clientes.<br />
“É todo um conjunto de fatores, como um bom<br />
atendimento dado pelo vendedor e a entrega no<br />
prazo, que fazem com que a gente consiga satisfazer<br />
o cliente. Lutamos muito para atingir o<br />
nível de atendimento ao cliente que ele merece,<br />
pois a fidelidade que ele nos dedica é muito importante<br />
para a nossa empresa”, diz Müller.<br />
A empresa construiu um novo centro de distribuição<br />
em Itajaí, com 11.000 m², que ajudará a<br />
reforçar a distribuição. “Nosso anseio é fazer com<br />
que o cliente fique cada vez mais contente com<br />
nossa entrega”, finaliza. l<br />
sergipe<br />
fAsoUto<br />
Fasouto atua como atacado distribuidor no<br />
A Estado de Sergipe, além de oferecer aos varejistas<br />
e transformadores locais a opção do Lojão<br />
Fasouto, atacado de autosserviço ou cash & carry<br />
localizado em Aracaju. A empresa procura ampliar<br />
a parceria com fornecedores, por meio de<br />
ações de trade marketing, que levam maior capacitação<br />
ao pequeno e médio varejo. “Mas, além<br />
de capacitar, é importante levar condições ao canal,<br />
o que inclui apoios como encartes, pontos<br />
extras e promotores na loja, isto é, oferecemos<br />
um conjunto de ações com foco no negócio do<br />
cliente. Além disso, cuidamos do visual da loja e<br />
das marcas distribuídas para que todos vendam<br />
mais. Atender melhor o cliente é o que fazemos<br />
por meio de duas operações. Pois o nosso objetivo<br />
é manter o foco no pequeno varejo e no<br />
transformador”, afirma Juliano César Faria Souto,<br />
diretor-presidente da companhia. l
Fonte: Pesquisa Nielsen Brasil – ABAD<br />
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TAC” que pode ser<br />
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vezes forem<br />
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e desenhos dos<br />
personagens<br />
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que fica azul quando<br />
a fralda precisa ser<br />
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Regiões 1º 2º 3º 4º 5º %Top 5<br />
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Qualidade e inovação<br />
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Sapeka,<br />
líder nacional de vendas<br />
nos varejos de 1 a 4<br />
checkouts!
[ pesquisa ]<br />
raio<br />
xwww.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 24<br />
www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
estudo realizado pela GFK<br />
Brasil revela o comportamento<br />
do consumidor com relação<br />
ao canal e ao perfil das<br />
lojas de vizinhança<br />
Por Daniela GuiralDelli<br />
do varejo
Oque o consumidor procura ao realizar suas<br />
compras no pequeno varejo? E o que essas<br />
lojas oferecem com relação ao mix de<br />
produtos, ao atendimento e ao nível de serviços<br />
para esses clientes? Para responder a essas duas<br />
perguntas, a GFK Brasil realizou a pesquisa “Uma<br />
Visão 360° do Pequeno Supermercado”, que apresenta<br />
um abrangente painel do canal de vendas.<br />
O estudo traçou o perfil das lojas de um a quatro<br />
checkouts (caixas) e indicou que o mercado de<br />
vizinhança está em crescimento e continuará a se<br />
desenvolver em um ritmo vigoroso nos próximos<br />
anos. De acordo com o estudo, atualmente compõem<br />
o canal cerca de 50 mil estabelecimentos,<br />
que respondem por mais de 40% do volume de<br />
vendas dos setores de alimentos, higiene e limpeza<br />
e perfumaria, sendo que, para algumas indústrias,<br />
ele é o principal canal de vendas.<br />
Desafio a ser enfrentaDo<br />
Quanto ao perfil dos empresários que atuam à<br />
frente das lojas, a pesquisa revelou que esses estabelecimentos<br />
são administrados por comerciantes<br />
experientes, sendo a necessidade de profissionalização<br />
o grande desafio enfrentado por esses empreendedores.<br />
Outras duas constatações revelaram<br />
que o pequeno varejo oferece preços mais baratos<br />
quando se trata de algumas categorias, e que, diferentemente<br />
dos estabelecimentos dos grandes varejos,<br />
a loja de vizinhança é fortemente influenciada<br />
pelo consumidor quando se trata da composição<br />
do mix. “São lojas pequenas e muito próximas,<br />
que entendem e ouvem o consumidor. Quando<br />
o comerciante vai abastecer a loja, ele procura trazer<br />
a opinião do cliente para o mix. Antes de agregar<br />
uma marca, é muito importante ouvir o que<br />
o consumidor pensa. Uma das conclusões disso<br />
tudo é que ele acaba sendo refém de marcas líderes.<br />
Quando precisa adquirir uma segunda marca,<br />
busca por preço. A voz do consumidor está em sua<br />
cabeça todos os dias”, afirma Marco Aurélio Lima,<br />
diretor da GFK Brasil.<br />
Com relação ao comportamento de quem<br />
compra nas lojas de bairro, a pesquisa revelou um<br />
consumidor que frequenta mais de um canal de<br />
abastecimento, influenciado por grande número<br />
de informações, muitas delas obtidas pela internet,<br />
e outras por meio da tecnologia móvel (celulares)<br />
e dos veículos convencionais de imprensa. Em relação<br />
às marcas, 81% das decisões dos consumidores<br />
ocorrem no PDV. “A decisão no PDV para o consumidor<br />
ocorre com relação à marca, à quantidade<br />
ou aos produtos complementares. Para o varejista,<br />
o interessante é aumentar o valor da compra ou<br />
direcionar o shopper para comprar produtos com<br />
maior margem. A fim de conseguir esse objetivo,<br />
ele precisa trabalhar a visibilidade de algumas categorias”,<br />
afirma Rafael D’Andrea, sócio da Tool-<br />
BoxTM e professor do Insper – Instituto de Ensino<br />
e Pesquisa.<br />
Para o pequeno varejo que quer influenciar o<br />
cliente no PDV e incrementar o faturamento, uma<br />
dica consiste em criar soluções de ambientação por<br />
meio da exposição de produtos em parceria com<br />
outros profissionais ou juntando categorias relacionadas.<br />
Também é importante trabalhar o lado<br />
sensorial de quem compra, principalmente em<br />
seções onde a decisão pela escolha do produto é<br />
mais demorada. É o caso das áreas de cosméticos e<br />
de bebidas alcoólicas. “Degustação é uma maneira<br />
de estimular o cliente nesse sentido. Ações desse<br />
tipo podem ajudar na compra de certos produtos”,<br />
declara D’Andrea.<br />
Outro fato revelado pela pesquisa se refere aos<br />
canais de abastecimento frequentados pelo consumidor.<br />
O brasileiro recorre, em média, a oito tipos<br />
de pontos de venda, incluindo o pequeno varejo<br />
supermercadista. Das pessoas ouvidas pela GFK,<br />
cerca de 50% se abasteceram em lojas do pequeno<br />
varejo nos últimos seis meses, além de outros formatos,<br />
como padarias, lojas de conveniência, feiras<br />
livres e farmácias – veja a Tabela 1.<br />
Porém, o que leva o consumidor a realizar compras<br />
no pequeno varejo, e com que frequência?<br />
Cerca de 63% das pessoas ent<strong>revista</strong>das vão ao<br />
ponto de venda pelo menos uma vez por semana<br />
e 59% fazem compras sozinhas. Os principais<br />
motivos que as levam a se abastecer nas lojas de<br />
vizinhança são a proximidade (92%), o horário de<br />
funcionamento (25%), os preços baixos (24%) e<br />
os produtos oferecidos (16%). Entre as categorias<br />
mais compradas nos mercadinhos, o destaque está<br />
nos alimentos, seguidos pelos produtos de padarias,<br />
FLV (frutas, legumes, verduras), bebidas não<br />
alcoólicas, artigos de limpeza doméstica, higiene<br />
pessoal e perfumaria, perecíveis (refrigerados e<br />
congelados), açougue e bebidas alcoólicas – veja a<br />
Tabela 2.<br />
Mas qual é o perfil de quem comanda o pequeno<br />
varejo no País? Segundo o estudo da GFK,<br />
o setor é comandado por homens (71%) que, em<br />
média, têm 38 anos, sendo que a grande maioria<br />
não concluiu a 8 a série ou o 9 o ano (56%) do ensino<br />
fundamental. Esses comerciantes, em média,<br />
set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 25
[ pesquisa ]<br />
Para saber mais do seu<br />
cliente e do seu negócio<br />
Canais de compras usados pelos<br />
consumidores<br />
Canal Percentual<br />
Híper/supermercado<br />
Padaria<br />
Farmácia/perfumaria<br />
Mercado (de 5 a 9 caixas)<br />
Bar/lanchonete<br />
Loja de conveniência<br />
Feira livre<br />
Açougue<br />
Atacado de autosserviço (cash & carry)<br />
Mercado tradicional<br />
Produtos ou categorias mais<br />
comprados pelos consumidores<br />
no pequeno varejo<br />
Categorias<br />
Alimentos<br />
Produtos de padaria<br />
Frutas/verduras/legumes<br />
Bebidas não alcoólicas<br />
Limpeza doméstica<br />
Higiene pessoal/perfumaria<br />
Perecíveis (refrigerados/congelados)<br />
Açougue<br />
Bebidas alcoólicas<br />
Sobre o pequeno varejo<br />
Média de clientes atendidos/dia<br />
26 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
100<br />
95<br />
94<br />
83<br />
79<br />
62<br />
60<br />
56<br />
43<br />
33<br />
Total (pessoas)<br />
79<br />
69<br />
66<br />
65<br />
55<br />
55<br />
55<br />
49<br />
36<br />
Caixas Número de clientes/dia<br />
Um<br />
Dois<br />
Três<br />
Quatro<br />
130<br />
270<br />
490<br />
580<br />
95% dos consumidores<br />
utilizam as padarias como<br />
canal de compras<br />
têm 15 anos de experiência no ramo, e comandam<br />
lojas com 16 anos de existência. Quanto à gestão<br />
do negócio, essas lojas, em sua maior parte, são<br />
empresas familiares (85%), a maioria das quais é<br />
constituída apenas de uma loja (80%). Segundo<br />
Adão de Souza, consultor de varejo, essa realidade<br />
acontece porque a abertura de uma atividade comercial<br />
não exige escolaridade específica, nem grau<br />
de conhecimento anterior. “Na prática é assim: no<br />
primeiro passo, recebo um dinheiro, e no segundo<br />
abro um negócio. É assim que esses comerciantes<br />
começam”, explica.<br />
Porém, com a dinâmica do mercado de consumo,<br />
esses empresários reconhecem a necessidade<br />
de se atualizarem. A justificativa para que não renovem<br />
o conhecimento é a falta de tempo. “Os varejistas<br />
sabem que precisam dessas informações. Mas<br />
a justificativa mais frequente que eles apresentam é<br />
a de que têm pouca disponibilidade para estudar.<br />
Embora não disponham de tempo, eles sabem que<br />
não conseguirão crescer se não tiverem adquirido<br />
conhecimentos específicos. Tenho a impressão de<br />
que a maior parte dos programas criados para capacitar<br />
esses comerciantes ignora o fator tempo. Não<br />
ricardo BaKKer
[ pesquisa ]<br />
Mercado de vizinhança versus híper/super<br />
28 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
2,15<br />
2,38<br />
2,06<br />
2,53<br />
+ 10,5%<br />
2,64<br />
- 9,5%<br />
+ 13,2%<br />
+ 4,5%<br />
0,3%<br />
+ 7,6%<br />
6,56<br />
7,49<br />
Primeiro trimestre de 2011<br />
Limpeza Híper<br />
Mercado de vizinhança<br />
Higiene e<br />
beleza<br />
FLV<br />
Perecíveis<br />
Açougue<br />
Alimentos<br />
Bebidas<br />
não<br />
alcoólicas<br />
Bebidas<br />
alcoólicas<br />
adianta desenvolver uma apostila extensa ou exigir<br />
respostas muito longas pela internet”, diz Souza.<br />
Desenvolver programas com uma metodologia<br />
pontual e objetiva, que traga informações sobre o<br />
básico do negócio, é o melhor caminho para capacitar<br />
esse empreendedor, afirma o consultor de<br />
varejo. Mesmo a internet deve ser usada de maneira<br />
simplificada, capaz de se adequar à realidade<br />
desses varejistas. “Se a leitura exigir mais de uma<br />
hora, dificilmente o comerciante se interessará em<br />
continuar. Muitos sabem o básico de internet. Por<br />
isso, criar portais ou apostilas cheias de detalhes<br />
não deverá ter sucesso na capacitação desse empresário.<br />
Também se deve pensar em maneiras de<br />
capacitar esse varejista que tem mais dificuldade<br />
Comparativo de preços<br />
1,34<br />
2,28<br />
1,52<br />
2,29<br />
3,05<br />
3,06<br />
2,46<br />
para acessar o computador, para que ele não fique<br />
excluído”, ressalta Souza.<br />
Assim como também ocorre em outros setores,<br />
o gestor do pequeno varejo deverá passar por mudanças,<br />
uma vez que a concorrência faz com que<br />
aqueles que desejam investir estejam mais bem<br />
preparados e informados sobre o mercado. “Em alguns<br />
setores, já ocorreram mudanças no perfil dos<br />
gestores. Os restaurantes têm passado por transformações.<br />
Empresários sem experiência vêm dando<br />
lugar àqueles que têm formação acadêmica. No setor<br />
de franquias, já atuam pessoas com esse perfil.<br />
Mesmo no pequeno varejo, os novos empresários<br />
chegam mais bem preparados. Hoje, para abrir<br />
um empreendimento comercial, é necessário um<br />
+ 14,2%<br />
11,72<br />
11,49<br />
- 2,0%<br />
As variações de preços<br />
ocorrem em diferentes regiões<br />
do País e não são uniformes<br />
para cada categoria
icardo BaKKer<br />
investimento maior, e esse empresário precisa de<br />
alguma instrução”, avalia Souza.<br />
Porém, como trabalham e o que oferecem aos<br />
seus clientes as lojas de vizinhança? De acordo com<br />
o estudo da GFK, 57% desses estabelecimentos têm<br />
empacotadores, 41% têm estacionamento próprio,<br />
38% vendem fiado/caderneta, 33% trabalham<br />
com tabloides e 21% oferecem produtos orgânicos<br />
no mix. Com relação ao número de funcionários,<br />
os homens representam 58% e as mulheres 42%.<br />
Cerca de 8% do faturamento é gasto com contratações.<br />
Quanto ao número de funcionários por loja,<br />
ele pode variar de três a 21 pessoas.<br />
No que se refere ao faturamento, as lojas de um<br />
checkout têm um rendimento de cerca de 330 mil<br />
reais/ano, enquanto nas lojas de dois checkouts<br />
esse número fica em torno de 1.430 milhões de<br />
reais por ano, as de três caixas em 2.400 milhões<br />
de reais por ano e as de quatro caixas em 3.800<br />
milhões de reais por ano. Em relação à metragem,<br />
27% consideram pequeno o tamanho do estoque,<br />
restrição que faz com que 4% sofram com perdas e<br />
quebras de produtos. Quanto ao número de clien-<br />
tes atendidos por dia, a média varia de 130 a 580<br />
pessoas – veja a Tabela 3.<br />
Com relação às opções de pagamento oferecidas<br />
aos consumidores, 43% trabalham com dinheiro,<br />
34% aceitam cartão de débito, 18% cartão de crédito<br />
e 5% vale-alimentação. Outro aspecto importante<br />
revelado pela pesquisa refere-se às categorias<br />
consumidas nas lojas. Enquanto o preço médio da<br />
cesta de produtos no primeiro trimestre do ano, em<br />
relação ao ano anterior, chega a 152,75 reais nos<br />
formatos super/híper, no mercado de vizinhança<br />
ele totaliza 154,67 reais – variação de +1,7%. Em<br />
algumas categorias, como bebidas alcoólicas e perecíveis,<br />
o consumidor encontra uma variação de<br />
quase 15% – veja a Tabela 4.<br />
Também se indagou dos varejistas o que mais<br />
os influencia no momento de eles montarem<br />
seu mix. Em terceiro lugar ficou a possibilidade<br />
de eles copiarem os concorrentes ou de pedirem<br />
sugestões aos fornecedores, seguida, na segunda<br />
colocação, pelas opções: busca por produtos<br />
inovadores, experiência própria e produtos que<br />
dão melhor margem. Em primeiro lugar, ficou<br />
a proximidade é o<br />
principal motivo que<br />
leva o consumidor ao<br />
ponto de venda<br />
set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 29
[ pesquisa ]<br />
Refrigerados<br />
Bebidas<br />
Hortifrútis<br />
Higiene e Beleza<br />
Bazar<br />
Limpeza<br />
Alimentos<br />
30 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
Canal de compra por categoria<br />
Categoria Direto do<br />
Fabricante<br />
Serviços oferecidos<br />
48<br />
45<br />
35<br />
12<br />
12<br />
18<br />
22<br />
nas áreas de hortifrútis<br />
e de FlV (frutas,<br />
legumes e verduras), o<br />
abastecimento é diário<br />
Cestinha de compras<br />
Carrinho de compras<br />
Balcão refrigerado<br />
Sacolas de plástico<br />
Entrega em domicílio<br />
Cartões de débito/crédito<br />
Geladeiras próprias<br />
Geladeiras dos fornecedores<br />
Produtos diet/light<br />
Hortifrútis<br />
Distribuidor<br />
Exclusivo<br />
26<br />
32<br />
12<br />
25<br />
18<br />
23<br />
19<br />
Total (%)<br />
92<br />
91<br />
90<br />
88<br />
84<br />
83<br />
83<br />
78<br />
78<br />
78<br />
ricardo BaKKer<br />
Distribuidor<br />
Multifabricante<br />
12<br />
9<br />
13<br />
29<br />
28<br />
26<br />
23<br />
Atacado<br />
8<br />
8<br />
7<br />
25<br />
24<br />
23<br />
25<br />
Híper/<br />
super<br />
1<br />
2<br />
2<br />
2<br />
2<br />
1<br />
1<br />
Central<br />
de<br />
compras<br />
3<br />
3<br />
16<br />
3<br />
4<br />
3<br />
7<br />
a opção comprar os produtos que o cliente<br />
pede. Em relação à escolha das marcas, na terceira<br />
colocação ficaram as opções procura por<br />
novidades e manutenção das mesmas marcas,<br />
e no segundo lugar quesitos como preço baixo<br />
e produto em promoção, seguidos pelas marcas<br />
líderes em primeiro lugar.<br />
Quando questionados sobre os canais de<br />
compras utilizados para o abastecimento da<br />
loja, a resposta variou de acordo com a categoria.<br />
Enquanto produtos refrigerados e bebidas<br />
são adquiridos em grande parte dos fabricantes<br />
– com 48% e 45%, respectivamente –, produtos<br />
de higiene e beleza e bazar são comprados preferencialmente<br />
em atacados – com 25% e 24%,<br />
respectivamente –, enquanto para produtos de<br />
limpeza a preferência dos comerciantes é a aquisição<br />
junto aos distribuidores, com 26%. Em<br />
resumo, o estudo mostrou que o atacado é um<br />
grande fornecedor do canal, que recorre a uma<br />
multiplicidade de fornecedores, com os comerciantes<br />
apresentando diferentes frequências de<br />
compra, o que gera uma significativa complexidade<br />
na gestão – veja a Tabela 5.<br />
Quanto à frequência de compra junto aos<br />
fornecedores, em alguns casos ela é diária, e em<br />
outros é semanal ou mensal. Nas áreas de hortifrútis<br />
e de FLV (frutas, legumes e verduras), o<br />
abastecimento é diário. Nas categorias de bebidas,<br />
higiene e beleza, limpeza, alimentos e refrigerados,<br />
bem como na área de bazar, as compras<br />
são mensais. O prazo de pagamento mais usado<br />
é entre 20 e 30 dias. Segundo a pesquisa, entre os<br />
serviços oferecidos pelos comerciantes que participaram<br />
do estudo estão cestas e carrinhos para<br />
compras, sacolas plásticas, entrega em domicílio<br />
e geladeiras próprias – veja a Tabela 6. l
24 ABR 01 2011 MAI<br />
NIVEA INVISIBLE<br />
BLACK & WHITE<br />
O 1º ANTITRANSPIRANTE<br />
QUE EVITA MANCHAS AMARELAS<br />
E BRANCAS NAS ROUPAS<br />
E JÁ É SUCESSO<br />
TOTAL NO MERCADO!<br />
DICAS DE<br />
EXPOSIÇÃO<br />
• Garanta a exposição<br />
do lançamento junto<br />
aos itens de maior giro<br />
da marca.<br />
• Divida a gôndola por<br />
aplicador destacando<br />
os de maior valor:<br />
aerossol e roll-on.<br />
Desodorantes NIVEA. Proteção e eficácia.<br />
Versão<br />
feminina<br />
CLEAR<br />
substitui a linha<br />
PURE INVISIBLE<br />
PARA<br />
MULHERES<br />
Femininos Masculinos<br />
PARA<br />
HOMENS<br />
EM APENAS 13 SEMANAS DE VENDAS, JÁ ESTÁ ENTRE<br />
OS 3 PRINCIPAIS ITENS DA NIVEA NO SEGMENTO FEMININO E MASCULINO,<br />
SEM CANIBALIZAR O RESTANTE DA LINHA!<br />
08 15 22 29 05 12 19 26 03<br />
MAI<br />
MAI<br />
MAI<br />
MAI<br />
JUN<br />
JUN<br />
JUN<br />
Fonte: Nielsen Scantrack – Participação em Valor – T. Brasil<br />
FEMININO MASCULINO<br />
JUN<br />
JUL<br />
10<br />
JUL<br />
17<br />
JUL<br />
BLACK<br />
&WHITE<br />
DRY<br />
PEARL<br />
& BEAUTY<br />
24 ABR 01 2011 MAI<br />
08 15 22 29 05 12 19 26 03<br />
E VOCÊ? JÁ TEM NA SUA LOJA?<br />
ABASTEÇA SUAS GÔNDOLAS PORQUE A MÍDIA CONTINUA COM TUDO!<br />
MAI<br />
MAI<br />
MAI<br />
MAI<br />
JUN<br />
JUN<br />
JUN<br />
JUN<br />
JUL<br />
10<br />
JUL<br />
www.NIVEA.com.br SAC 0800 77 6432<br />
17<br />
JUL<br />
BLACK<br />
&WHITE<br />
DRY<br />
COOL<br />
KICK
[ comemoração ]<br />
80 anos<br />
de história<br />
32 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
Um dos mais<br />
antigos sindicatos<br />
patronais do Brasil,<br />
o Sincovaga-SP<br />
completa 80 anos<br />
e relembra sua<br />
trajetória<br />
por Jamille menezes
fotos wladimir de souza<br />
Década de 1930. São Paulo era uma cidade<br />
marcada pela urbanização e pela industrialização.<br />
Com cerca de um milhão de<br />
habitantes, as compras de gêneros alimentícios<br />
eram feitas em feiras livres, em pequenos empórios<br />
e nos antigos armazéns de secos e molhados.<br />
Foi nesse período que surgiu o Sincovaga-SP, um<br />
dos primeiros sindicatos brasileiros na área de<br />
comércio, completando 80 anos em 2011.<br />
Sob o nome de Sindicato dos Comerciantes<br />
em Líquidos e Comestíveis de São Paulo, o Sincovaga-SP<br />
era uma associação comercial que congregava<br />
bares, restaurantes e um grupo de donos<br />
de empórios e armazéns de secos e molhados. Em<br />
1936, ele se adequou ao modelo de sindicato que<br />
a lei trouxe e, em 1940, virou Sindicato do Comércio<br />
Varejista de Gêneros Alimentícios de São<br />
Paulo, representando a categoria do varejo de alimentos,<br />
mas apenas no município de São Paulo.<br />
Nessa época, os pequenos mercados dominavam<br />
o varejo, mantendo a fidelidade de seus clientes<br />
graças às vendas a prazo por meio das cadernetas.<br />
Segundo Álvaro Furtado, atual presidente do<br />
Sincovaga, já se falava então em compras em conjunto<br />
para alcançar uma margem de lucro maior,<br />
mas só em 1968 houve uma tentativa de fundação<br />
de cooperativa de compras para empresas. “Na<br />
época, o ministro da Fazenda era o Delfim Neto e<br />
esse foi o primeiro estudo feito com a participação<br />
do governo. Depois fundamos o grupo de compra<br />
em conjunto com ajuda do Sebrae”, revela.<br />
central de compras<br />
Álvaro diz que o sindicato estimula esse tipo de<br />
iniciativa, mas sabe que, por si só, a alternativa<br />
não resolve tudo. “Não basta comprar em conjunto.<br />
Também é preciso contar com instalações,<br />
e isso está acontecendo hoje nas chamadas centrais<br />
de compra. Estamos treinando o pessoal,<br />
mas o foco ainda é este: comprar bem e repassar<br />
para os filiados em boas condições. Ou seja, trabalhar<br />
com promoções, com produtos promocionais”,<br />
diz.<br />
A partir de meados da década de 1970, o supermercado<br />
passou a ser o instrumento dominante<br />
na área do abastecimento, embora convivesse<br />
com milhares de pequenos pontos de varejo. Na<br />
década de 1980, os supermercados cresceram ainda<br />
mais. “Foi um período em que a inflação era<br />
muito alta e o poder de compra tinha um papel<br />
decisivo para a sobrevivência de uma empresa.<br />
Com isso, eles ganharam ainda mais espaço e a<br />
indústria passou a contar com o supermercado<br />
como um importante parceiro. Quando ocorria<br />
a abertura de um supermercado, a indústria fornecia<br />
o seguinte enxoval: todos os fornecedores<br />
abasteciam as prateleiras de graça”, afirma.<br />
Foi também na década de 1980 que o Ministério<br />
do Trabalho concedeu ao Sincovaga a extensão<br />
da sua base territorial para todo o Estado de<br />
São Paulo. “Primeiro, ele passou a ser intermunicipal,<br />
até que, em 1986, virou sindicato de base<br />
estadual, com exclusão dos municípios onde já<br />
havia algum sindicato local representando a categoria<br />
de gêneros alimentícios”, diz Furtado.<br />
Nessa época, o presidente do sindicato era Wilson<br />
Tanaka. Ele conta que a economia brasileira<br />
estava então passando por um período muito difícil.<br />
“Os supermercados e o comércio em geral<br />
sofreram muito com os planos Cruzado e Verão<br />
e, evidentemente, isso repercutiu muito na entidade”,<br />
diz. Ele também revela que nesse período<br />
a entidade cresceu muito. “Fizemos um trabalho<br />
fantástico para que o varejista pudesse ultrapassar<br />
aquela fase difícil”, afirma Tanaka.<br />
Na década de 1990, com o surgimento do<br />
Código de Defesa do Consumidor, mais uma vez<br />
o papel do Sincovaga-SP foi fundamental. “Com<br />
o advento do Código, os supermercados foram<br />
novamente o alvo. Tivemos de defender muitos<br />
varejistas e chegamos até a montar plantão dentro<br />
de uma delegacia de polícia para atendê-los.<br />
Foram trabalhos que valeram a pena, pois também<br />
marcaram muito a entidade, e ela cresceu<br />
Wilson Hiroshi Tanaka,<br />
ex-presidente do<br />
sincovaga, com o atual<br />
presidente, Álvaro Furtado<br />
set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br<br />
33
[ comemoração ]<br />
Jantar<br />
comemorativo<br />
ofereceu show<br />
musical aos<br />
convidados<br />
34<br />
www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out jul/ago 2011<br />
em função desse tipo de trabalho”, diz Tanaka.<br />
Com o passar dos anos e o crescimento do varejo,<br />
houve uma relativa concentração das grandes<br />
redes, que passaram por fusões e aquisições. Mas<br />
até as grandes lojas se submeteram a mudanças.<br />
Com a estabilidade econômica, os preços também<br />
ficaram mais ou menos estabilizados. Por<br />
isso, ir a uma dessas grandes estruturas para fazer<br />
compras deixou de ser tão interessante quanto<br />
era antes. Foi quando houve o florescimento dos<br />
supermercados de bairro. Por sua vez, as grandes<br />
organizações também perceberam que os mercados<br />
de bairro constituíam uma boa opção e deram<br />
início às compras de redes menores.<br />
Com cerca de 40 mil empresas associadas,<br />
distribuídas por 350 municípios do Estado, hoje<br />
o Sincovaga-SP oferece consultoria e orientação e<br />
indica profissionais para informatizarem a loja, verificarem<br />
o maquinário e fazerem diagnósticos. “O<br />
sindicato tem de trabalhar muito mais como orientador.<br />
Também desempenhamos um papel importante<br />
junto a empresas menos estruturadas, que é<br />
o de lhes dar cobertura jurídica na área trabalhista;<br />
além disso, para as empresas associadas, oferecemos<br />
assistência trabalhista gratuita”, diz Furtado.<br />
Segundo ele, o Sincovaga também é o único<br />
órgão autorizado a fazer negociações coletivas<br />
com os empregados da categoria dos trabalhadores<br />
que prestam serviço nessas empresas. “Somos<br />
nós, por força de lei, que negociamos com os comerciários.<br />
Essa é a grande missão do sindicato”,<br />
afirma. Desse modo, o foco da atuação consiste<br />
em procurar negociar e acompanhar todas as<br />
questões que envolvem o direito do trabalho, as<br />
relações da empresa com a legislação trabalhista<br />
e a segurança do trabalho.<br />
assistência<br />
A entidade também conta com um grupo especializado<br />
em relações trabalhistas, que se reúne<br />
de março a dezembro para discutir negociação<br />
salarial, ponto eletrônico, acidentes de trabalho<br />
e todos os temas importantes que dizem respeito<br />
à realidade desse tipo de empresa, e que impactam<br />
diretamente a vida dessas empresas.<br />
“Damos assistência jurídica na área trabalhista,<br />
e assistência consultiva jurídica em todos os<br />
campos, além de um atendimento previdenciário<br />
para as empresas no processo de aposentadoria<br />
de seus titulares.” Além disso, o sindicato<br />
oferece atendimento na área odontológica e tem<br />
convênios com empresas parceiras nas áreas de<br />
educação, medicina e lazer, com colônias de férias<br />
e clubes de campo.<br />
Há 45 anos acompanhando a evolução do Sincovaga-SP,<br />
Furtado diz ter participado de muitas<br />
histórias. “Comecei aqui em 1966, quando ainda<br />
era estudante de direito, e trabalhei como funcio-
nário da entidade. Formei-me e passei para o departamento<br />
jurídico. No início da década de 1980,<br />
passei a ser o executivo principal. Depois comprei<br />
um supermercado e fiquei com ele durante alguns<br />
anos. Aposentei-me enquanto funcionário e virei<br />
diretor. Permaneci como diretor durante algum<br />
tempo, e depois de diretor, virei presidente. Não<br />
era esse o meu projeto, mas acabou acontecendo<br />
por uma série de circunstâncias”, conta.<br />
Mesmo estando dentro do sindicato por tantos<br />
anos, ele diz que quando passou para a presidência<br />
sua visão mudou. “Eu participei da gestão<br />
anterior e por mais paradoxal que possa parecer,<br />
senti muita dificuldade quando passei a presidente,<br />
pois é complicado ser o vértice da pirâmide.<br />
Não existe estância recursal. Se você errou, está<br />
errado. Além disso, por estar aqui há muito tempo,<br />
eu exigi muito de mim mesmo em relação<br />
aos resultados. Consegui algumas coisas, mas em<br />
outras me frustrei. Porém, não estou infeliz com<br />
isso. Este ano foi um ano de aprendizado. Estamos<br />
evoluindo para melhorar”, diz Furtado.<br />
certificado digital<br />
Também neste ano o Sincovaga-SP firmou uma<br />
parceria com a Autofax, empresa especializada<br />
em soluções que envolvem certificação digital de<br />
dados e documentos, para dar início a um serviço<br />
de emissão e validação de certificados digitais<br />
para associados, que terão um desconto especial,<br />
e para os representados do Sincovaga-SP em<br />
todo o Estado. “O certificado digital é hoje um<br />
instrumento essencial para o varejista que quer<br />
usufruir com segurança as funcionalidades e<br />
aplicações da internet. A ferramenta ajuda a proteger<br />
informações e reduzir fraudes digitais, além<br />
de ter validade jurídica”, afirma Furtado.<br />
Hoje, o sindicato também trabalha para ser<br />
uma fonte de informação para os varejistas. “Nosso<br />
site atinge 700 visitas por dia e mais de 20 mil<br />
por mês. Nele divulgamos os principais assuntos<br />
que dizem respeito à realidade do comércio, em todos<br />
os aspectos, os operacionais e os legais”, conta.<br />
Além de tratar de assuntos econômicos, o site traz<br />
pesquisas sobre a satisfação do consumidor e índices<br />
de venda do comércio, que são instrumentos de<br />
gestão importantes para as empresas. O Sincovaga<br />
trabalha vigorosamente no processo de melhoria<br />
da relação de trabalho, com as negociações coletivas<br />
entre as empresas e os trabalhadores. “Procuramos,<br />
todos os anos, fazer uma negociação que<br />
contemple o máximo que os empregados querem<br />
Cristiano eloi, editor da aBasTeCimenTo, Claudia rivoiro<br />
e Vicente puerta, da eBC editora, e Álvaro Furtado<br />
Presidentes<br />
1936 – Francisco Pereira Mendes<br />
1937 – 1941 – Ângelo Benelli<br />
1942 – Alexandre Duarte<br />
1943 – 1944 – Leonelo Dante<br />
1945 – 1954 – Alexandre Duarte<br />
1954 – Leonelo Dante<br />
1955 – 1960 – Alexandre Duarte<br />
1960 – 1962 – Nívio Teixeira de Carvalho<br />
1962 – 1964 – Manoel G. Montana Filho<br />
1964 – 1973 – Wanderlei Bocchi<br />
1974 – 1979 – Nívio Teixeira de Carvalho<br />
1980 (janeiro a julho) – Wilson Hiroshi Tanaka<br />
1980 – 1985 – Jemini Rolim<br />
1986 – 2009 – Wilson Hiroshi Tanaka<br />
2010 – atual presidente Álvaro Furtado<br />
e o máximo que as empresas podem pagar”, diz.<br />
Nos 80 anos do Sindicato, ele relembra a trajetória<br />
da entidade. “Atravessamos 80 anos, evoluindo<br />
junto com o crescimento da cidade e do<br />
Estado, e com a evolução do comércio varejista,<br />
desde o armazém de secos e molhados até os<br />
autosserviços mais modernos, as lojas de conveniência,<br />
os pontos de venda em geral. Acompanhamos<br />
e vivemos tudo isso. Vivemos a guerra,<br />
o racionamento da guerra, depois a inflação, o<br />
regime militar, os planos econômicos e os fiscais<br />
do Sarney. Tudo isso são pedaços da história do<br />
Sincovaga-SP. Hoje, estamos comemorando 80<br />
anos e é uma data importante, emblemática. Estamos<br />
fortes e dispostos a continuar trabalhando<br />
pela categoria”, finaliza.l<br />
set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 35
[ natal sazonal ] ]<br />
festas<br />
de história<br />
tores de giro do produto, as previsões da economia<br />
36 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
Com a chegada do fim do ano e das ceias de<br />
Natal e de Ano Novo, o varejo precisa se preparar<br />
para prestar um bom atendimento aos clientes<br />
Por Jamille menezes<br />
As festas de fim de ano sempre se revelam<br />
como uma boa oportunidade para o varejo<br />
aumentar as vendas, não só com a troca<br />
de presentes, mas também com os tradicionais<br />
jantares e almoços de família, que reúnem todos<br />
em volta da mesa. E para se abastecer nessa ocasião,<br />
muitos consumidores recorrem ao varejo<br />
de vizinhança, que deve estar preparado para<br />
atender a essa demanda.<br />
Na avaliação da CNDL – Confederação Nacional<br />
de Dirigentes Lojistas, o Natal deste ano será<br />
pelo menos 5% melhor que o de 2010, que já<br />
foi considerado o melhor dos últimos dez anos.<br />
Obviamente, isso significa que os consumidores<br />
ainda estão dispostos a gastar e que o varejo precisa<br />
se planejar. Por outro lado, para Álvaro Furtado,<br />
presidente do Sincovaga-SP – Sindicato do<br />
Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do<br />
Estado de São Paulo, o Natal deste ano será bom,<br />
mas haverá uma pequena desaceleração com relação<br />
ao ano passado, quando os consumidores<br />
estavam mais confiantes.<br />
Seja ele bom ou ótimo, o fato é que nesse período<br />
o planejamento de marketing e operações no<br />
pequeno varejo é fundamental para se evitar rupturas<br />
e compras de última hora a fim de garantir<br />
o abastecimento das lojas. “As pequenas lojas não<br />
têm o hábito de manter ou utilizar ferramentas de<br />
sistemas de informação para analisar o histórico de<br />
vendas dos produtos sazonais ou de época. Com<br />
isso, as compras muitas vezes obedecem ao critério<br />
do ‘achismo’, não levando em consideração os fa-<br />
Pronto para as<br />
e o próprio aumento das vendas da loja”, explica<br />
Francisco da Silva Souza, consultor de varejo.<br />
Por isso, a exposição de produtos, o estoque e<br />
as compras devem ser planejados antecipadamente,<br />
assim como a decoração do ambiente, o que<br />
garantirá um clima natalino na loja, envolvendo<br />
clientes e colaboradores no timing do período.<br />
verificar estoque<br />
Esse planejamento é importante para que o varejista<br />
possa ter uma boa percepção da maneira como<br />
deve preparar sua loja para as vendas de fim de ano.<br />
“Primeiro, ele precisa recorrer a dados históricos<br />
sobre a evolução das vendas durante, pelo menos,<br />
os três últimos Natais. Depois, ele deverá examinar<br />
o mercado e verificar se está havendo alguma retração.<br />
Em seguida, deverá verificar o estoque, o que<br />
já comprou e o que falta comprar, o que ainda vai<br />
receber e qual o comportamento do fluxo de caixa.<br />
Desse modo, será possível planejar as vendas com<br />
artigos mais específicos e característicos da época”,<br />
ensina Sérgio Diniz, consultor do Sebrae – Serviço<br />
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.<br />
Uma vez feito esse planejamento, é hora de garantir<br />
o mix de produtos. Entre os itens mais procurados<br />
nessa época estão panetone, chester, carne<br />
moída em pacote, farofa pronta, frutas secas, peito<br />
de frango, batata palha, milho verde, atomatados,<br />
ervilhas, refrigerantes pet, cerveja em lata, bebidas,<br />
queijos, presuntos, bisteca suína, pernil suíno,<br />
bisteca bovina, e peru. “É preciso mesclar um mix
com itens de valor agregado e itens básicos para<br />
melhorar o tíquete médio e não deixar o cliente<br />
sem opções, pois ele valoriza cada centavo das suas<br />
compras e adora promoções”, diz Souza.<br />
As indústrias também já se preparam para esse<br />
período com lançamentos e novidades. De acordo<br />
com Gláucia Gouveia, gerente de Comemorativos<br />
e In Natura da Sadia/Perdigão, neste ano a Sadia<br />
trará o peru manteiga e ervas, lançado no ano passado,<br />
e o peru desossado recheado com farofa, que<br />
terá lançamento nacional neste ano, além da sua<br />
linha de suínos assados. Por sua vez, a Perdigão tem<br />
o chester Assa Fácil e o desossado e recheado com<br />
farofa, além da sobrepaleta recheada com linguiça e<br />
o pernil temperado com vinho espumante e ervas.<br />
definir estratégia<br />
De acordo com Rodrigo Mainieri, gerente de<br />
Marketing de Produtos Sazonais da Pandurata, os<br />
tradicionais panetones com frutas e os chocotones<br />
com gotas de chocolate Bauducco têm presença<br />
garantida nas gôndolas a partir de outubro.<br />
Além dos panetones, a empresa também oferece<br />
ao consumidor uma linha de biscoitos especiais<br />
para o Natal, que vão desde novidades na linha<br />
dos tradicionais wafers até latas de Cookies com<br />
formatos exclusivos e temas natalinos. Segundo<br />
Mainieri, o panetone com frutas é a versão mais<br />
consumida. Ela representa atualmente 59% da categoria.<br />
No entanto, o consumo das versões com<br />
gotas de chocolate vêm aumentando ano a ano.<br />
Mas não basta ter estoque na loja. Também<br />
é preciso saber conciliar tudo isso explorando a<br />
sinergia de produtos que combinam uns com os<br />
outros, além de definir a estratégia de comercialização.<br />
“O varejista precisa verificar como está o<br />
caixa, como os produtos serão oferecidos, como<br />
deverá planejar de acordo com o que o público<br />
compra, e como irá fazer a venda, se no cartão ou<br />
no cheque pré-datado”, aconselha Diniz.<br />
O próximo passo consiste em pensar na exposição<br />
desses produtos. “O planejamento também<br />
envolve a maneira adequada de montar vitrines e<br />
gôndolas para se criar os impulsos do consumo,<br />
que, nesse período, acontecem com muita intensidade,<br />
e o varejista deverá abusar de tudo isso”,<br />
diz Diniz.<br />
Além disso, também se deve usar pontos extras.<br />
Os panetones, por exemplo, não são itens regulares<br />
do varejo. Portanto, não devem estar localizados<br />
apenas em gôndolas, mas também em pontos<br />
extras, ilhas e pontas de gôndola. “Para conseguir<br />
divulgAção<br />
uma melhor visibilidade, eles devem estar posicionados<br />
nas áreas ‘quentes’ do supermercado,<br />
nos corredores de entrada, nas regiões centrais e<br />
nas proximidades das áreas de grande circulação<br />
(padaria, refrigerados e hortifrútis). Com essa exposição<br />
e com preços visíveis, estarão atraentes<br />
para o consumidor”, ensina Mainieri.<br />
A exposição deve obedecer ao critério de valorização<br />
do produto e da atração que ele exerce<br />
sobre o shopper. “A exposição pode ser simples,<br />
mas deve dizer ao cliente que a loja está preparada<br />
para aquele período”, diz. Segundo ele, o<br />
cliente do pequeno varejo valoriza o aconchego,<br />
pois, diferentemente das grandes lojas, ele sabe<br />
os nomes do colaborador, do gerente e dos balconistas.<br />
Dessa maneira, o treinamento dos funcionários<br />
para que prestem esse bom atendimento é<br />
essencial. “Se for bem atendido em seus desejos,<br />
dificilmente o consumidor trocará de loja. Uma<br />
pequena loja bem trabalhada é quase imbatível<br />
na retenção de clientes”, ensina Souza.<br />
No fim do período natalino, é preciso verificar<br />
se o que foi planejado foi bem executado, a fim<br />
de saber o que deu certo e o que precisa ser mudado.<br />
São esses os dados que ajudarão a planejar o<br />
ano seguinte. “Nessa fase, faz-se uma análise crítica<br />
para identificar os erros e acertos. Para isso, o cliente<br />
precisa ser consultado, da mesma maneira que o<br />
grupo de funcionários, pois é essa equipe que vai<br />
trabalhar para trazer os resultados”, alerta Diniz.l<br />
sérgio Diniz,<br />
consultor do<br />
sebrae, diz que é<br />
preciso planejar<br />
para garantir<br />
vendas<br />
set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 37
[ gerenciamento de categorias ]<br />
O centrO das<br />
38<br />
www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
atenções<br />
O varejista precisa<br />
estar atento às<br />
oportunidades, pois<br />
fraldas, chupetas<br />
mamadeiras e<br />
papinhas ocupam<br />
espaço cada vez<br />
maior nas gôndolas<br />
Por Giane Laurentino<br />
Quando um bebê chega, ele se torna o<br />
centro das atenções da casa. Quando o<br />
assunto é varejo, não poderia ser diferente.<br />
Toda uma gama de produtos destinados<br />
às crianças circula pelo mercado. Fraldas, papinhas,<br />
chupetas, mamadeiras, itens de higiene e<br />
beleza compõem um universo único, que pode<br />
ser aproveitado pelo varejo de maneira mais<br />
ampla e efetiva, trazendo assim mais valor agregado<br />
ao ponto de venda (PDV).<br />
Quaisquer produtos direcionados ao público<br />
infantil têm a atenção garantida dos pais, mas
como é possível ganhar mais com produtos infantis?<br />
Segundo Antônio Carlos Ferreira, consultor<br />
de varejo, há uma boa oportunidade de<br />
venda quando se cria um espaço dirigido para<br />
esse público. “Todos os produtos que o bebê<br />
utiliza podem estar em uma única gôndola”,<br />
afirma. Essa apresentação pode facilitar a visualização<br />
dos produtos para o consumidor, que<br />
no momento da compra pode se interessar por<br />
outros itens que são usados no seu dia a dia.<br />
“A pessoa vai buscar leite, mas se houver outros<br />
produtos com maior valor agregado, é possível<br />
incentivar a venda casada”, comenta Ferreira.<br />
produtos básicos<br />
Outra sugestão que o consultor considera interessante<br />
para o varejo consiste em mesclar<br />
categorias essenciais (leite, papinhas e fraldas)<br />
com produtos que podem agregar mais valor à<br />
compra, por exemplo, pequenos brinquedos e<br />
acessórios. Essa prática pode ser incorporada<br />
ao varejo, mas é necessário levar em consideração<br />
produtos básicos que não podem faltar no<br />
PDV, como fraldas, leite e alimentos especiais<br />
para crianças.<br />
Para as lojas onde o espaço não é a principal<br />
expor os produtos por tipo e<br />
preocupação, o consultor recomenda uma boa<br />
por marca ajuda o cliente a<br />
escolha de sortimento, que inclua principalmen-<br />
encontrar o que procura<br />
te produtos essenciais de alimentação e higiene<br />
do bebê. “Quando um varejista tem uma loja<br />
menor, ele pode montar uma frente com cada<br />
❜<br />
O varejo precisa olhar com<br />
mais atenção para o produto,<br />
pois ele tem alta rotatividade e<br />
boa margem de lucro. O varejo<br />
alimentar acabou perdendo um<br />
pouco desse mercado para as<br />
lojas especializadas<br />
Dirceu Forti FiLho<br />
diretor-comercial da Fraldas capricho<br />
produto que julgar adequado”, recomenda.<br />
Os principais alvos de divulgação dos produtos<br />
para bebês são os pais. Essa é a iniciativa<br />
correta, pois o poder de decisão do que será usado<br />
ainda cabe aos responsáveis pela criança. No<br />
entanto, o varejista deve tomar alguns cuidados<br />
quando o assunto é divulgar ou até mesmo fazer<br />
ofertas com produtos destinados aos bebês.<br />
É preciso que o varejista esteja ciente do impacto<br />
que as ações de marketing dentro do seu estabelecimento<br />
podem causar nas crianças.<br />
Há uma lei que regulamenta a venda de produtos<br />
usados por bebês. É a lei 11.265, de 2006,<br />
que regula a comercialização dos seguintes<br />
itens: fórmulas dirigidas aos lactentes (até seis<br />
meses), fórmulas infantis de segmento (de seis<br />
meses a um ano), alimentos de transição (primeira<br />
infância), fórmulas nutrientes destinadas<br />
a recém-nascidos de alto risco, leite líquido, em<br />
pó, modificado, sem lactose ou de soja, além de<br />
mamadeiras, bicos e protetores.<br />
set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 39
[ gerenciamento de categorias ]<br />
40 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
Nesse caso, os produtos não podem conter<br />
quaisquer imagens que os liguem a infância,<br />
nem mesmo frases que deem a entender que o<br />
produto contém mais – ou os mesmos – benefícios<br />
que o leite materno. Esses itens não participam<br />
de promoções nem de distribuição de<br />
amostras, e não podem ter localização privilegiada<br />
dentro da loja. É preciso ter um cuidado<br />
especial com a divulgação de leites em panfletos<br />
de oferta: quando houver uma inscrição obrigatória<br />
no rótulo, também será preciso reproduzila<br />
no material de divulgação do varejo.<br />
atenção à exposição<br />
Além das restrições específicas para a venda de<br />
produtos direcionados aos pequenos, é preciso<br />
atenção à exposição e à publicidade no ponto<br />
de venda. Segundo o Código de Defesa do Consumidor<br />
(CDC) são proibidos dois tipos de publicidade:<br />
a enganosa e a abusiva. A propaganda<br />
enganosa ocorre quando as informações divulgadas<br />
não condizem com o produto vendido.<br />
❜<br />
Oferecemos<br />
vários produtos<br />
relacionados à<br />
puericultura. O<br />
pequeno varejista<br />
pode fazer<br />
propaganda dos<br />
acessórios e os<br />
outros materiais são<br />
um complemento<br />
roDriGo Lemes<br />
gerente de Venda da neopan<br />
Quanto à abusiva, é aquela que se aproveita do<br />
déficit de conhecimento ou da vulnerabilidade<br />
do interlocutor. Essas duas práticas são consideradas<br />
uma infração quando relacionadas a<br />
qualquer produto, em particular àqueles direcionados<br />
às crianças.<br />
Com 55 anos no mercado, a Neopan oferece<br />
vários produtos relacionados à puericultura. Os<br />
O varejo pode mesclar<br />
categorias essenciais,<br />
como leite, papinhas e<br />
fraldas, com produtos<br />
que podem agregar mais<br />
valor à compra, por<br />
exemplo, pequenos<br />
brinquedos e acessórios<br />
wladimir de souza
carros-chefes da empresa são as mamadeiras e<br />
chupetas comercializadas em todo o País em lojas<br />
especializadas e nos pequenos varejos. Como<br />
os principais itens da Neopan se enquadram na<br />
lei 11.265, que proíbe a divulgação de produtos<br />
ligados à amamentação infantil, a empresa procura<br />
divulgar acessórios como babador, redutor de<br />
assento, chocalho, massageador de gengiva, etc.<br />
“O pequeno varejista pode fazer propaganda dos<br />
acessórios e os outros materiais são um complemento”,<br />
afirma Rodrigo Lemes, gerente de Venda.<br />
limitações<br />
Também atuando no segmento de puericultura,<br />
a Kuka está há 30 anos no mercado, mantendose<br />
junto do varejista para atrair mais consumidores.<br />
Com as limitações que a lei 11.265 impõe<br />
à propaganda, a empresa aposta na indicação<br />
da marca pelas mães. “Há muita propaganda<br />
boca a boca do nosso produto”, afirma Rose<br />
Morilla, gerente de Marketing da Kuka. A geren-<br />
Dicas para<br />
trabalhar no PDV<br />
4 Criar um “cantinho<br />
do bebê” com todos<br />
os produtos a ele<br />
relacionados<br />
4 Manter pelo menos uma<br />
frente com os produtos<br />
básicos<br />
4 Trabalhar com<br />
promoções de produtos<br />
e com acessórios que<br />
não se enquadram na lei<br />
4 Balancear produtos<br />
básicos com produtos<br />
de maior valor agregado<br />
te acredita que apostar em produtos do dia a dia<br />
do bebê pode ajudar o varejista. “Hoje, muitas<br />
lojas estão tentando montar um cantinho do<br />
bebê”, comenta.<br />
Na lista dos produtos que não podem faltar<br />
nas gôndolas a fralda se destaca. Produzindo<br />
fraldas desde 2000, a Fraldas Capricho cresceu<br />
57% no ano passado e já superou sua expectativa<br />
de crescimento para 2011, que era de 40%.<br />
Segundo Dirceu Forti Filho, diretor-comercial<br />
da empresa, o mercado manterá o crescimento<br />
nos próximos dois anos. “Depois desse período,<br />
ocorrerá uma tendência de queda no número<br />
de empresas que produzem fraldas no País”, comenta.<br />
O diretor também ressalta que o varejo<br />
precisa olhar com mais atenção para o produto,<br />
pois ele tem alta rotatividade e boa margem<br />
de lucro. “O varejo alimentar acabou perdendo<br />
um pouco desse mercado para as lojas especializadas”,<br />
afirma. Ele recomenda trabalhar com<br />
promoções da categoria no ponto de venda.l<br />
Produtos que não<br />
podem ser divulgados<br />
4 Fórmulas direcionadas aos<br />
lactentes (até seis meses)<br />
4 Fórmulas infantis de segmento (de<br />
seis meses a um ano)<br />
4 Alimentos de transição (primeira<br />
infância)<br />
4 Leite líquido, em pó, modificado,<br />
sem lactose ou de soja<br />
4 Mamadeiras<br />
4 Chupetas e bicos de mamadeira<br />
4 Protetores<br />
set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 41
[ ent<strong>revista</strong>/José Fontelles,executivo ]<br />
Executivo da<br />
Cereser fala<br />
sobre a atuação<br />
da empresa, que<br />
comemora 85 anos<br />
em 2011, e destaca<br />
a importância do<br />
pequeno varejo e<br />
das estratégias a<br />
que recorre para<br />
continuar a crescer<br />
em um cenário<br />
cada vez mais<br />
competitivo<br />
Por Daniela GuiralDelli<br />
um brinde ao<br />
sucesso<br />
42 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
fotos wladimir de souza
As festas de fim de ano se aproximam e, com<br />
elas, a oportunidade de incrementar o faturamento<br />
e de atingir as metas de crescimento<br />
estabelecidas no planejamento das companhias<br />
que trabalham com bebidas. Na Cereser,<br />
essa expectativa não é diferente. Nesta ent<strong>revista</strong>,<br />
José Fontelles, diretor-comercial, fala sobre o<br />
mercado e as oportunidades que permeiam a categoria,<br />
além da importância do pequeno varejo<br />
nesses 85 anos de atuação da empresa no País.<br />
Para celebrar a data, a fabricante lançou uma edição<br />
especial da Sidra Cereser, versão comemorativa<br />
que será produzida em uma série limitada,<br />
com cerca de 20 mil unidades. “Integramos a<br />
inovação em nosso DNA, condição fundamental<br />
para que possamos superar o desafio de estarmos<br />
presentes em todas as categorias de bebidas<br />
alcoólicas no Brasil”, ressalta. Fundada em 1926,<br />
a Cereser traz em seu portfólio vinhos, sidras,<br />
vermutes, vodcas, aguardentes, conhaques e outros<br />
destilados. Tem capacidade de produção de<br />
65 mil litros/hora e de armazenagem de até 20<br />
milhões de litros em suas fábricas em Jundiaí/SP<br />
e no Complexo Industrial de Suape/PE.<br />
Qual a importância do pequeno varejo<br />
na operação da Cereser?<br />
Atualmente, o atacado distribuidor, que abastece<br />
os pequenos pontos de venda, representa<br />
35% do nosso negócio. Estamos ampliando<br />
a nossa rede de distribuidores para que possamos<br />
aumentar nossa participação no pequeno<br />
varejo. Em função disso, pretendemos<br />
duplicar o número de parceiros, o que nos<br />
permitirá levar o nosso produto às pequenas<br />
lojas, entre outros pontos de dose onde temos<br />
dificuldade para chegar.<br />
Como o pequeno varejista pode<br />
trabalhar o mix de bebidas?<br />
O desafio que se impõe ao canal é o de expor<br />
os produtos com eficiência em um espaço muito<br />
limitado. Por isso, é preciso desenvolver um<br />
trabalho focado e dinâmico com um mix de<br />
bebidas próprio para cada estação ou ocasião.<br />
Temos observado uma atenção maior para produtos<br />
de baixo preço, mas não podemos nos<br />
esquecer da importância da marca para a loja e<br />
o consumidor. A marca líder precisa fazer parte<br />
do mix. Com relação à exposição, trabalhar<br />
com antecedência é o primeiro passo, além do<br />
gerenciamento adequado do preço na gôndo-<br />
la, fatores que influenciam as vendas. Escolher<br />
mais um ponto da loja para expor os produtos,<br />
principalmente os sazonais, além da exposição<br />
casada de produtos de época ajudam a alavancar<br />
as vendas. Kits com produtos complementares<br />
a preços atraentes trazem vantagens para os<br />
consumidores.<br />
Em quanto ele poderá rentabilizar caso<br />
trabalhe corretamente o PDV?<br />
O preço é um aspecto muito importante para<br />
o varejo, e em épocas como a do fim de ano é<br />
preciso antecipar as vendas, para que não ocorra<br />
a necessidade de reduções drásticas de preço,<br />
com a liquidação de estoques às vésperas do<br />
Natal. Além disto, escolher um mix que permita<br />
praticar um valor superior é uma excelente<br />
estratégia. Sempre recomendamos que o varejo<br />
trabalhe com a linha de sabores isentos de álcool,<br />
pois esses produtos não apresentam tantas<br />
diferenças entre uma loja e outra. Ao incluir<br />
esses produtos no mix, os lojistas não precisam<br />
reduzir tanto a sua margem de receita, permitindo<br />
melhor retorno. Esse conjunto de ações<br />
pode gerar retornos adicionais de até 15%.<br />
Qual é a expectativa da empresa em<br />
relação à operação no pequeno varejo?<br />
A importância do pequeno varejo no contexto<br />
atual de distribuição no Brasil é indiscutível.<br />
Nos últimos anos, temos desenvolvido ações<br />
junto aos nossos principais clientes, visando<br />
❜<br />
Atualmente,<br />
o atacado<br />
distribuidor,<br />
que abastece<br />
os pequenos<br />
pontos de venda,<br />
representa 35%<br />
do nosso negócio<br />
set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br<br />
43
[ ent<strong>revista</strong>/José Fontelles,executivo ]<br />
❜<br />
44 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
❜<br />
O mercado<br />
Na adiam eu faciliquat ver ad<br />
de frisantes<br />
molorper sustrud er sit aut wisl ero<br />
representa<br />
od<br />
5%<br />
del iuscipit loreet vulputat. Rat<br />
do segmento<br />
laor irilla aciliquat prat erilis nibh ea<br />
de vinhos<br />
feumsandiam<br />
e<br />
inim duis am, vendre<br />
cresce 10% ao<br />
ano. Esperamos<br />
vender cem mil<br />
caixas em<br />
dois anos<br />
melhorias no atendimento. Isso tem sido feito<br />
por meio de um suporte maior aos atacados<br />
e também com a construção de uma rede<br />
de distribuidores.<br />
Quais são as apostas da empresa<br />
para este ano?<br />
Na categoria de Sidras, com e sem álcool, temos<br />
apostado em novos sabores. Lançamos o<br />
de Frutas Vermelhas, depois de trazer para o<br />
mercado, em 2010, as versões Guaraná e Maracujá.<br />
A empresa também está investindo em<br />
produtos licenciados graças a parcerias com<br />
times de futebol. Já fechamos com o Palmeiras,<br />
o Atlético Mineiro e o Cruzeiro. Os times<br />
também já demonstram interesse em uma<br />
parceria na categoria de vinhos. Outra aposta<br />
para este ano será o mercado de frisantes.<br />
Qual é a expectativa da operação<br />
com frisantes?<br />
O consumo de frisantes tem crescido muito no<br />
Brasil, uma vez que o brasileiro aprendeu a consumir<br />
o produto com os importados. A bebida é<br />
um vinho refrescante, que tem tudo a ver com o<br />
nosso clima. Teremos os do tipo Branco e Rosé,<br />
que estarão no mercado a partir de setembro. O<br />
mercado de frisantes representa 5% do segmento<br />
de vinhos e cresce 10% ao ano. Esperamos<br />
vender cem mil caixas em dois anos. O frisante<br />
é um vinho gaseificado, e a Cereser tem know<br />
how para produzir esse tipo de produto. A bebida<br />
fará parte da marca Dom Bosco.<br />
Quais são as expectativas de crescimento<br />
para este ano?<br />
Em 2010, crescemos cerca de 8%, e em 2011<br />
os fatores internos são favoráveis para voltarmos<br />
a atingir esse percentual. Estamos entrando<br />
em novas categorias, além de contarmos<br />
com um forte planejamento estratégico e nos<br />
apoiarmos em pilares nos quais acreditamos.<br />
Buscamos desempenhar um papel expressivo<br />
nas categorias em que estamos presentes.<br />
Qual foi o maior desafio que a empresa<br />
enfrentou nesses 85 anos?<br />
Estar presente nas principais categorias de bebidas<br />
alcoólicas no Brasil. Para alcançar esse<br />
objetivo, realizaremos investimentos cada vez<br />
maiores em marketing, tanto no desenvolvimento<br />
de marcas e produtos como em trade<br />
marketing. Somos reconhecidos no mercado<br />
e pelo consumidor final no quesito inovação.<br />
Como inovar de fato nesse mercado?<br />
Criar novas categorias é um caminho. Prova disso<br />
é que, em suco infantil, lançamos o Spunch,<br />
bebida gaseificada com suco de fruta, em parceria<br />
com a Disney. Fazemos pesquisas com fornecedores<br />
e, em um desses estudos, as mamães<br />
nos disseram que as crianças queriam brindar<br />
com os adultos. Por isso, desenvolvemos a bebida<br />
no ano passado. Estamos trabalhando o produto<br />
no canal distribuidor para atingir o pequeno<br />
varejo tradicional, além de pontos de venda<br />
como casas de festas, bufês e casas de doces. É<br />
uma bebida mais cara que a Sidra tradicional e<br />
está voltada para a celebração.<br />
Quem é o consumidor das<br />
marcas Cereser?<br />
Quando se trata da Sidra Cereser, ela predomina<br />
na classe C, enquanto a Chuva de Prata tem<br />
maior entrada na classe B. Entre as regiões, no<br />
Norte e no Nordeste, a Sidra e o vinho Dom<br />
Bosco se destacam diante dos consumidores.<br />
Essas regiões são seguidas pelo Sudeste.l
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Apoio<br />
Local
[ na prática ]<br />
Mais Q BoM - loja 1<br />
LocaLização: Jaboatão dos<br />
Guararapes/PE<br />
checkouts: Cinco<br />
Área de vendas: 385 m 2<br />
FuncionÁrios: 39<br />
PerFiL dos cLientes:<br />
Classes B e C<br />
sortimento: 10 mil itens<br />
estacionamento: Não tem<br />
Postura<br />
Com três lojas em<br />
de grande<br />
Jaboatão dos Guararapes,<br />
o supermercado Mais Q<br />
Bom aposta no mix e na<br />
qualidade do atendimento<br />
para crescer em<br />
Pernambuco<br />
por daniela guiraldelli<br />
46 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011
fotos Paulo PePe<br />
Se, por um lado, David Fonseca, de 29 anos,<br />
tem pouca idade, por outro apresenta perfil<br />
empreendedor e muita maturidade como<br />
empresário. Completou apenas o primeiro semestre<br />
do curso de Direito, mas optou por ganhar a<br />
vida no comércio. Hoje, é proprietário de três supermercados<br />
Mais Q Bom, na cidade de Jaboatão<br />
dos Guararapes, na região metropolitana do Recife,<br />
segundo município mais populoso do Estado e<br />
de comércio movimentado.<br />
No local, impressiona o número de lojas “coladas<br />
umas às outras”, e o número de pessoas que<br />
transitam pelas ruas. A região é uma das que mais<br />
se desenvolvem, crescimento esse impulsionado<br />
pelo Porto de Suape, assim como por todo o Estado<br />
pernambucano, que no ano passado teve um<br />
crescimento de 15,7% e neste ano deverá apresentar<br />
um Produto Interno Bruto de 7,5%.<br />
A primeira loja do Mais Q Bom foi aberta em<br />
2002 e a terceira há seis meses. O objetivo do comerciante<br />
é inaugurar mais supermercados de vizinhança<br />
nos próximos anos e assim promover o<br />
crescimento do seu negócio. “A meta é contarmos<br />
com dez lojas antes de dez anos. Quando comecei<br />
a buscar capacitação e informações sobre o mercado,<br />
percebi que precisava melhorar rapidamente o<br />
ambiente da loja e o atendimento, caso contrário a<br />
concorrência poderia nos engolir”, afirma.<br />
A primeira loja da rede regional, onde fica o escritório<br />
do empresário varejista, apresenta, além de<br />
áreas como Recursos Humanos e Departamento<br />
Financeiro, uma área total de 400 m 2 , cinco checkouts<br />
e 39 funcionários, sendo 120 o número de<br />
colaboradores nas três lojas. Em 2009, Fonseca<br />
percebeu a necessidade de realizar mudanças no<br />
seu negócio, uma vez que os clientes estavam cada<br />
vez mais exigentes, principalmente em relação ao<br />
atendimento. “Comecei a participar de feiras do<br />
setor, como a Super Mix, de cursos do Sebrae –<br />
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e<br />
também de iniciativas como o Varejo em Ação, da<br />
Aspa – Associação Pernambucana de Atacadistas e<br />
Distribuidores. A partir daí, montei a área de Recursos<br />
Humanos para melhorar o nível das contratações.<br />
Também investi em um consultor para rever<br />
o layout da loja. Foi montado um novo organograma<br />
para a área de vendas. Foram seis meses de<br />
reforma com a loja funcionando, mas o resultado<br />
ficou muito bom. Hoje, além dos clientes do bairro,<br />
pessoas vêm de outros locais da cidade, como<br />
de Boa Viagem, para comprar conosco”, disse.<br />
Entre as seções, as mais rentáveis das lojas são o<br />
açougue, o setor de frios e a perfumaria, enquanto a<br />
menos rentável é a padaria. O número de produtos<br />
disponibilizados no mix impressiona. São dez mil<br />
itens, que mesclam marcas nacionais e regionais,<br />
e que, segundo o comerciante, são equivalentes<br />
na preferência dos consumidores. Entre as marcas<br />
regionais, destacam-se nomes como Vitarella (biscoito),<br />
Vitamassa, Pilar (biscoito) e os cafés Santa<br />
Clara e Pretinho.<br />
produtos regionais<br />
Quando se trata da rentabilidade das seções e de<br />
sua representatividade no faturamento, a perfumaria<br />
é responsável por 12%, enquanto o açougue<br />
representa 15% e a padaria 5%, seguidos pelas demais<br />
áreas, cujos percentuais o proprietário prefere<br />
não revelar. A linha seca ou os produtos da cesta<br />
básica também apresentam muita representatividade<br />
nos resultados da loja.<br />
Outro destaque é o setor que abriga produtos<br />
regionais, espaço onde o cliente encontra charque,<br />
presunto, queijo, linguiça mista e mortadela,<br />
entre outros itens da culinária local ou produtos<br />
típicos nordestinos. No mix, o Mais Q Bom costuma<br />
apostar em lançamentos, principalmente naqueles<br />
solicitados pelo cliente. O prazo para que<br />
o produto gire na gôndola é de 60 dias. Se depois<br />
desse período o produto não tiver boa aceitação,<br />
ele é retirado do PDV.<br />
Quando se trata das compras de abastecimento,<br />
10% delas, segundo Fonseca, são realizadas<br />
em atacadistas e distribuidores locais e 90% junto<br />
à indústria. “Compro a maior parte dos produtos<br />
na indústria, pois ela oferece mais vantagens<br />
ao pequeno. Um problema que sempre enfrentamos<br />
com o atacado distribuidor se refere à entre-<br />
proprietário promove diversas<br />
ações para atrair a clientela<br />
set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br<br />
47
[ na prática ]<br />
implanta❜a<br />
ção durou<br />
seis meses, mas é um<br />
processo contínuo.<br />
o faturamento nas<br />
três lojas da rede<br />
aumentou em mais<br />
de 10% depois<br />
que instalamos a<br />
automação<br />
david Fonseca<br />
48<br />
www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
ga, serviço que já melhorou muito. Porém, acho<br />
que os distribuidores ainda precisam melhorar a<br />
ação no ponto de venda, pois eles têm verba das<br />
indústrias, a qual deve ser repassada ao pequeno<br />
varejo”, explica.<br />
Quanto ao horário de funcionamento, as lojas<br />
abrem de segunda a sábado, das 7h às 20h, e aos<br />
domingos, das 7h às 14h. A rede só fecha em feriados<br />
nacionais como o Natal e o Ano Novo. Em<br />
relação aos dias de maior movimento, sem fugir à<br />
regra do comércio de uma maneira geral, os fins de<br />
semana se destacam, enquanto terça-feira é o dia<br />
mais fraco. Para atrair o cliente nesse dia, o Mais Q<br />
Bom investe em várias ações de marketing no PDV<br />
e no bairro.<br />
Na segunda-feira, é realizada panfletagem de<br />
tabloides com promoções válidas para a terçafeira,<br />
em parceria com fornecedores. “Essa ação<br />
aumenta em 8% as vendas nesse dia, considerado<br />
como o mais fraco. Escolhe-se um produto por<br />
seção para ser colocado em promoção no jornal”,<br />
afirma. Além do tabloide, um carro de som circula<br />
diariamente pelo bairro, menos aos domingos,<br />
informando aos moradores sobre os produtos em<br />
promoção. Novamente em parceria com a indústria,<br />
o mercadinho também investe em ações no<br />
PDV. Degustações costumam ser realizadas nas três<br />
lojas da rede, além da execução de pontos extras e<br />
da exposição no checkout para estimular compras<br />
por impulso em algumas categorias.<br />
evitar rupturas<br />
Em 2009, teve início a automação das lojas, o que<br />
resolveu alguns problemas em relação à gestão do<br />
negócio, e aumentou o controle nas áreas financeira,<br />
fiscal e de estoque. Com isso, foram evitadas<br />
rupturas no ponto de venda. “Não tínhamos<br />
controle de nada e foi um processo de adaptação<br />
muito difícil. Ainda sofremos com o estoque, mas<br />
bem menos do que anteriormente. A implantação<br />
durou seis meses, mas é um processo contínuo. As<br />
três lojas da rede aumentaram o faturamento em<br />
mais de 10% depois que instalamos a automação.<br />
Para evitar a ruptura, temos um cronograma de<br />
fornecedores, e também de produtos que podem<br />
faltar no estoque. Então nos antecipamos”, disse.<br />
Para reduzir o número de quebras e rentabilizar<br />
ainda mais a seção de FLV (Frutas, Legumes<br />
e Verduras), uma das mais trabalhosas na opinião<br />
do empresário, outra decisão consistiu em<br />
terceirizar a operação da área no ano passado.<br />
A empresa contratada é responsável pela compra<br />
de produtos, e também pela troca de itens danificados.<br />
Cabe ao responsável do Mais Q Bom a
[ na prática ]<br />
loja 1 loja 2<br />
com três unidades, o Mais Q Bom tem planos ambiciosos para aumentar o número de lojas e enfrentar a concorrência de peso na cidade<br />
limpeza e a organização do espaço. “Tudo fica<br />
por conta da empresa contratada. Fiz essa opção,<br />
pois ir ao Ceasa fazer compras bem cedo e diariamente<br />
era muito complicado e muito perigoso<br />
em razão dos assaltos. A violência também nos<br />
fez optar por essa estratégia”, disse.<br />
Quanto à concorrência, o Mais Q Bom enfrenta<br />
nomes de peso na cidade, como as bandeiras<br />
Bom Preço, Todo Dia (Walmart), Arco Íris e os<br />
atacados de autosserviço Atacadão (Carrefour) e<br />
Assaí (Grupo Pão de Açúcar), além de mercadinhos<br />
semelhantes e de padarias. Porém, há poucos<br />
açougues ou perfumarias na região, e isso faz<br />
com que a loja aumente suas oportunidades de<br />
rentabilizar nesses setores. Além do extenso mix<br />
de produtos, a loja oferece serviços como pagamentos<br />
de contas e caixa eletrônico com Banco<br />
24 horas, além de SAC (Serviço de Atendimento<br />
ao Cliente). Quanto às formas de pagamento,<br />
aceita todos os cartões de crédito e débito, tíquetes<br />
e vale-alimentação.<br />
Entre as maiores dificuldades encontradas na<br />
operação do negócio, segundo o comerciante, a<br />
mão de obra é a maior delas, seguida pela alta carga<br />
tributária paga ao governo, assim como a falta<br />
de segurança pública. “Até empacotador é difícil de<br />
contratar, imagine buscar por mão de obra especializada.<br />
Temos de treinar muitas vezes ao contratar.<br />
A carga tributária consome muito do que poderíamos<br />
investir no negócio, além da segurança pública,<br />
que também é outro problema na região. Para<br />
evitar assaltos e furtos, adotamos câmeras, seguranças<br />
particulares e veículos de transporte de valores,<br />
que operam diariamente”, afirma.l<br />
50 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
loja 3<br />
além do extenso<br />
mix de produtos,<br />
a loja oferece<br />
serviços como<br />
pagamentos<br />
de contas e<br />
caixa eletrônico<br />
com Banco 24<br />
horas, além de<br />
saC (serviço de<br />
atendimento<br />
ao Cliente)
fique por dentro<br />
Por Flávio Costa, consultor empresarial<br />
Transformações<br />
benéficas<br />
Novos hábitos no mercado<br />
de consumo abrem<br />
oportunidades para a venda<br />
por impulso no médio varejo<br />
Desde o fim do processo inflacionário<br />
brasileiro, o modelo de<br />
consumo da população vem se<br />
transformando. O consumidor deixou<br />
de ir ao mercado apenas uma vez por<br />
mês para comprar toda a sua cesta mensal,<br />
aproveitando ao máximo o seu salário,<br />
antes que o mesmo fosse destruído<br />
pela desvalorização monetária, e passou<br />
a frequentar várias vezes os pontos de<br />
venda para efetuar suas compras.<br />
Essa mudança vem alterando muito<br />
o mercado de consumo, afetando vários<br />
de seus segmentos e o forçando a<br />
52<br />
www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out<br />
dedicar mais atenção às necessidades<br />
do consumidor. Sem o risco da perda<br />
de valor do salário, o consumidor agora<br />
pode diluir suas compras ao longo<br />
do mês. Com essa pequena mudança,<br />
as compras se tornam mais leves, pois<br />
são fracionadas e distribuídas por vários<br />
momentos. Isso facilita a locomoção do<br />
consumidor, pois agora ele pode carregar<br />
os produtos da loja até sua casa com<br />
um menor esforço. Por isso, percebemos<br />
uma grande vantagem na loja de menor<br />
porte e próxima da casa do cliente.<br />
O fator tempo também passou a ser<br />
mais valorizado. Muitas vezes, ir até<br />
um hipermercado é um transtorno,<br />
pois, além de o tempo que o cliente<br />
despende para se locomover até a loja<br />
ser geralmente grande, uma vez que as<br />
dimensões de um hipermercado não<br />
tornam sua localização facilmente<br />
acessível, é também grande o tempo<br />
gasto dentro desse ponto de venda,<br />
Displays devem<br />
apresentar sempre<br />
inovações que chamem<br />
a atenção do cliente<br />
dado o tamanho da loja.<br />
É claro que nos dias de hoje, em que<br />
o cliente tem acesso a várias formas de<br />
pesquisa, o fator preço é uma variável<br />
de importância básica na decisão de<br />
compra de produtos de primeira necessidade,<br />
pois, sem a inflação, a percepção<br />
do cliente tende a se intensificar e, com<br />
isso, ele procura e quer mais informações.<br />
Por isso, os produtos de primeira<br />
necessidade, se forem bem posicionados<br />
de acordo com o preço, serão ferramentas<br />
de atração de consumo, embora<br />
também gerem cada vez menos lucratividade<br />
para o supermercadista.<br />
Por isso, mesmo que disponha de<br />
menos espaço que um hipermercado,<br />
a loja de médio varejo pode contar<br />
com a diversificação de produtos, que,<br />
gerando compras por impulso nos<br />
clientes, torna-se um recurso cada vez<br />
mais importante para proporcionar<br />
lucratividade aos lojistas.<br />
Mas há outros recursos que o varejista<br />
também precisa levar em consideração<br />
para aumentar suas vendas e<br />
sua lucratividade.<br />
Por exemplo, o segmento de beleza<br />
cresce, há mais de 15 anos, acima de<br />
dois dígitos no mercado brasileiro. Essa<br />
é uma categoria para a qual o consumidor<br />
tem menos visibilidade de preço<br />
em comparação com as categorias de<br />
alimentação básica. Com marcas muito<br />
fortes, é um segmento muito rico<br />
em inovações, exibindo, a todo instante,<br />
novos produtos nas prateleiras.<br />
Esse fato torna o segmento de beleza<br />
um vigoroso gerador de compras por<br />
impulso. O consumo aumenta porque<br />
o setor tem a característica de sempre<br />
aNdersoN souza
contar com a apresentação de novas<br />
tecnologias e novas maneiras de tornar<br />
a brasileira mais bonita e saudável.<br />
Os supermercados que forçam a<br />
passagem do cliente por esse setor têm<br />
uma chance maior de ver suas vendas<br />
intensificadas nessa área e, com certeza,<br />
conseguem obter um tíquete médio<br />
muito maior.<br />
Outra oportunidade que deve ser<br />
levada em consideração pelo médio<br />
varejo é a venda cruzada. Normalmente,<br />
vemos alguns supermercados<br />
impedindo a colocação de fitas de clip<br />
strip em seus segmentos para, segundo<br />
acreditam, não gerar poluição visual<br />
para o cliente.<br />
É totalmente correto pensar no<br />
bem-estar dos nossos consumidores,<br />
mas é perfeitamente possível instalar<br />
esse tipo de equipamento sem que ele<br />
gere poluição visual.<br />
Devemos seguir algumas regras<br />
básicas de exposição:<br />
. Manter uma distância razoável<br />
entre um clip strip e outro no<br />
mesmo corredor de modo a produzir<br />
maior conforto visual.<br />
. Colocar produtos que<br />
complementem o uso do produto<br />
principal também contribui para<br />
diminuir o estresse do consumo,<br />
pois tudo o que obedece a uma<br />
lógica clara demora menos<br />
tempo para ser processado pelo<br />
cérebro do cliente.<br />
. Manter materiais de exposição<br />
de tamanhos equiparáveis,<br />
pois isso proporciona mais<br />
uniformidade na maneira de se<br />
expor os produtos.<br />
Desse modo, produtos que normalmente<br />
não são procurados terão<br />
maior probabilidade de entrar no carrinho<br />
de compras.<br />
Outro fator muito oportuno para<br />
o médio varejo é a colocação de dis-<br />
. Mande sua pergunta para o consultor pelo e-mail: redacao@ebceditora.com.br<br />
Varejista deve expor produtos de tamanhos equiparáveis, pois isso proporciona mais uniformidade<br />
plays de fornecedores nos corners dos<br />
corredores.<br />
Podemos verificar que muitos supermercadistas<br />
constataram que ocorre<br />
um aumento de estresse quando o<br />
equipamento prejudica a passagem.<br />
Mas, novamente, o uso desses equipamentos<br />
com moderação é a chave para<br />
se obter um aumento das vendas.<br />
Esses displays devem apresentar<br />
as seguintes características:<br />
. Mostrar inovações, pois a<br />
inovação sempre capta a<br />
atenção do cliente.<br />
. Exibir produtos de baixa<br />
penetração para gerar<br />
aumento de seu consumo.<br />
. Proporcionar alguma<br />
diferenciação de impacto<br />
para o cliente.<br />
. Distribuir os displays de maneira<br />
alternada nos corredores,<br />
considerando que eles devem<br />
apresentar sinergia com o<br />
corredor em questão.<br />
O consumidor precisa ser motivado<br />
a comprar, e nada é mais estimulante<br />
para uma consumidora do que ver no<br />
display a foto de uma supermodelo<br />
com aquele cabelo maravilhoso, mostrando<br />
um produto que poderá deixála<br />
tão bonita quanto ela.<br />
Por fim, o momento do caixa, que é<br />
onde tudo se concretiza e onde as últimas<br />
oportunidades de aumento da<br />
venda acontecem. Exatamente acima<br />
da esteira de compras.<br />
É lógico que as regras para não<br />
aumentar o tempo na fila e para não<br />
criar áreas de estresse visual para os<br />
consumidores devem ser levadas em<br />
consideração.<br />
Por isso, as regras de ouro<br />
para os checkouts pedem que<br />
se apresentem:<br />
. itens de grande penetração<br />
. itens de alto consumo por<br />
impulso<br />
. itens de alto valor agregado<br />
. itens de rápido tempo de<br />
escolha<br />
. itens de tamanho pequeno<br />
Com todas essas características,<br />
os segmentos de maior adaptação<br />
para esse local tão valorizado são: pilhas,<br />
aparelhos descartáveis, escovas<br />
de dente e balas.<br />
O médio varejo tem muitas oportunidades<br />
pela frente e seu crescimento<br />
pode ser ainda maior, contanto que<br />
o varejista aja com simplicidade e use<br />
ferramentas simples, pois seu poder de<br />
fogo ainda está longe de chegar a um<br />
esgotamento no mercado brasileiro.l<br />
set/out www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 53
[ mercado ]<br />
As classes D e E compram<br />
produtos mais baratos e fazem<br />
crescer as marcas regionais<br />
Por Jamille menezes<br />
Líderes da<br />
baixa renda<br />
paulo<br />
54<br />
www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
pepe
Depois que todas as atenções se voltaram<br />
para o crescimento da classe C, chegou a<br />
hora de as classes D e E mostrarem o seu valor.<br />
Elas, que durante muito tempo compuseram a<br />
grande massa da população brasileira – só perdendo<br />
o posto para a classe C –, representando 73,3<br />
milhões de pessoas, de acordo com dados fornecidos<br />
pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação<br />
Getulio Vargas FGV-RJ, foram as mais impactadas<br />
pelo aumento do salário mínimo e pelos programas<br />
governamentais de transferência de renda. Isso<br />
fez com que pessoas ávidas por consumo saíssem<br />
às compras para experimentar produtos que antes<br />
não faziam parte das suas cestas.<br />
Além dos itens da cesta básica, hambúrguer e<br />
salsicha também entram no carrinho da base da<br />
pirâmide das classes D e E, assim como guloseimas<br />
de preços acessíveis, como biscoitos, bolachas<br />
e refrigerantes, segundo dados obtidos pelo<br />
instituto de pesquisas Data Popular. Em artigos de<br />
beleza, hidratantes e esmaltes entram por causa<br />
da facilidade de compra. De acordo com Renato<br />
Meirelles, sócio-diretor do Data Popular, essa mudança<br />
de comportamento de consumo acontece<br />
basicamente por causa de um processo de aumento<br />
de tamanho da classe D, além do crescimento<br />
da renda entre as pessoas dessa classe social básica.<br />
“Os salários dos menos escolarizados aumentaram<br />
mais do que os outros, basicamente porque<br />
eles estão estudando mais e não estão mais disponíveis<br />
para os mesmos serviços que antes, como,<br />
por exemplo, os domésticos”, diz Renato.<br />
E não é só uma questão de experimentar as<br />
novidades, uma vez que produtos considerados<br />
supérfluos, que só eram consumidos esporadicamente,<br />
agora também fazem parte da cesta de<br />
compra desses brasileiros. Como as marcas líderes<br />
ainda têm um preço que pesa no seu bolso, cada<br />
vez mais os produtos regionais ganham espaço na<br />
cesta e na preferência do consumidor. São sucos,<br />
cereais matinais, macarrão instantâneo, catchup,<br />
bebidas alcoólicas e muitos outros produtos cujos<br />
fabricantes perceberam nesse mercado uma grande<br />
oportunidade para crescer e conquistar seu espaço.<br />
Para esses consumidores, preço é pré-requisito<br />
para que essas marcas se mantenham no jogo. No<br />
entanto, dentro do que eles podem pagar, o que<br />
eles querem desses produtos é mais qualidade. “O<br />
que esse consumidor observa é a relação custo/<br />
benefício, ou seja, o produto tem de ser acessível<br />
ao bolso, mas não pode deixar muito a desejar<br />
em relação às marcas líderes”, afirma Meirelles. O<br />
especialista comenta ainda que no passado muitas<br />
marcas regionais tinham baixa qualidade para<br />
acompanhar preços baixos. Com a melhora de<br />
renda dos consumidores, elas tiverem de se reinventar<br />
e oferecer uma qualidade melhor. “Agora<br />
essas marcas têm qualidade, além de preço competitivo<br />
e apelo regional, que as classes D e E valorizam.”<br />
Preço baixo<br />
Segundo uma pesquisa realizada pelo Data Popular,<br />
que analisou as categorias de consumo por<br />
classe social, nas classes A e B, a cada 100 reais<br />
gastos, 14,89 reais são investidos em alimentação<br />
e bebidas, enquanto, na classe C, 21,83 reais são<br />
gastos nessa categoria, e as classes D e E gastam<br />
nela 24,2 reais. Os gastos dentro do lar nas classes<br />
A e B somam 28,47 reais, na classe C, 33,30 reais,<br />
e nas classes D e E, 32,82 reais.<br />
“As classes A e B compram mais produtos low<br />
price (preço baixo) do que a D e a E, mas também<br />
compram mais marcas Premium. Quanto maior<br />
for a renda, maior será a participação dos produtos<br />
de preço médio. Quando se analisa a cesta de<br />
compras, percebe-se que o número é semelhante<br />
ao das classes A e B, mas as classes D e E escolhem<br />
produtos já conhecidos e com preço adequado, o<br />
que faz crescer a venda das marcas regionais”, diz<br />
Meirelles.<br />
Fonte: Centro de Políticas Sociais da FGV-RJ<br />
Classes a e B<br />
20 milhões de pessoas<br />
Classe C<br />
94,9 milhões de pessoas<br />
Classes D e e<br />
73, 3 milhões de pessoas<br />
set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 55
[ mercado ]<br />
56 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
Quando o governo reajusta somente o salário<br />
mínimo, como fez nos últimos dez anos, isso beneficia<br />
a classe D. “Eles tiveram um ganho de 68%<br />
nos últimos dez anos e esse pessoal está podendo<br />
experimentar coisas novas, enquanto as classes A<br />
e B estão mantendo os velhos hábitos”, afirma<br />
Marcelo Neri, economista e pesquisador da Fundação<br />
Getulio Vargas.<br />
novos hábitos<br />
Para o economista, eles escolhem por custo/benefício,<br />
olhando sempre para a qualidade. “Quem<br />
subiu de classe social não está comprometido com<br />
hábitos do passado. Esses consumidores estão adquirindo<br />
novos hábitos, e com mais dinheiro eles<br />
podem experimentar novos produtos. Eles também<br />
estão muito mais livres para fazer escolhas<br />
do que as classes A e B, que já se acostumaram às<br />
marcas líderes e têm mais dificuldade de mudar<br />
para uma marca mais barata”, diz Neri.<br />
Nesses produtos, o apelo visual também conta.<br />
Embalagens e nomes de produtos são inspirados<br />
nas marcas líderes, mas têm preços mais competitivos,<br />
que lhes fazem ganhar espaço nas prateleiras<br />
dos mercados da periferia das grandes cidades,<br />
e lhes servem como porta de entrada. Graças a<br />
esse fenômeno, fabricantes regionais de alimen-<br />
Consumidor conta agora<br />
com a possibilidade de<br />
poder comprar<br />
produtos mais caros<br />
paulo pepe<br />
tos e bebidas vêm ganhando amplitude nacional.<br />
Alguns exemplos dessas marcas que competem<br />
com as líderes no pequeno varejo independente<br />
são: lámen, do Moinho Arapongas, catchup Konsumo<br />
e gelatina Apti, da Apti Alimentos, suco<br />
Palmeiron, da Asa, e refresco Keko, da Armazém<br />
do Sabor. Em alguns casos, os nomes dos produtos<br />
são inspirados na líder da categoria. Vale tudo<br />
para conquistar esse consumidor.<br />
Fabricante de cereais matinais, a Alca Foods<br />
passou por uma reformulação de seus produtos<br />
em 2002 para que pudesse responder às exigências<br />
de seus consumidores. “A ideia era oferecer<br />
um produto que continuasse acessível e que tivesse<br />
uma qualidade muito próxima à dos líderes<br />
de mercado”, diz Roberval Dias Martins, diretorcomercial<br />
da empresa, que é a segunda maior do<br />
Brasil em vendas de cereais matinais.<br />
Para ele, o que consumidor de cereais procura<br />
é uma sensibilidade de preços e não necessariamente<br />
preços muito mais baixos. “Enquanto um<br />
pacote de 330 g do concorrente custa em torno de<br />
5,50 reais, o meu custa de 3,50 reais a quatro reais.<br />
Esse consumidor não está só procurando preços,<br />
mas também a possibilidade de comprar o produto,<br />
que pode ser mais caro. É mais ou menos<br />
o que também acontece com o iogurte”, diz Mar-<br />
O que o consumidor das<br />
classes D e E procura<br />
graças ao aumento da facilidade<br />
de compra e aos preços acessíveis<br />
Fonte: Data Popular<br />
itens Da<br />
Cesta BásiCa<br />
Hambúrgueres<br />
e salsichas<br />
Biscoitos, bolachas<br />
e refrigerantes<br />
Hidratantes<br />
e esmaltes
tins. Com relação às semelhanças das embalagens<br />
com as da marca líder, ele diz que as cores de cada<br />
sabor são quase como um padrão no mercado,<br />
assim como também o é adotar um mascote na<br />
caixa, o qual, no caso da Alca Foods, é um leão.<br />
A distribuição dos produtos é feita tanto nas<br />
grandes redes como nos pequenos varejos. Além<br />
da marca Chocoboll, a companhia também faz a<br />
marca própria do Walmart e do Carrefour, e cresce<br />
de 20% a 30% ao ano. “Sempre trazemos lançamentos<br />
para esse mercado. A marca líder sempre<br />
apresenta uma quantidade grande de açúcar. Lançamos<br />
outra com menos açúcar, e que atende melhor<br />
o público apreciador de cereal puro. Desenvolvemos<br />
e aperfeiçoamos, e isso foi bem aceito<br />
pelo público.”<br />
vendas casadas<br />
Outra estratégia adotada para alavancar a comercialização<br />
é a venda casada de produtos e o oferecimento<br />
de brindes que os acompanham. “Temos<br />
alguns kits com dois produtos e notamos que o<br />
nosso resultado de vendas aumentou. Oferecemos<br />
um cereal matinal com açúcar e outro com<br />
chocolate, acompanhados, por exemplo, por uma<br />
tigela, e o resultado disso foi um enorme aumento<br />
das vendas. São coisas que as classes D e E estão<br />
procurando. Elas veem o brinde como uma<br />
vantagem.”<br />
Por sua vez, a fabricante de sucos Armazém do<br />
Sabor começou no mercado em 2004, como fornecedora<br />
de suco em copo para companhias de<br />
aviação. Aos poucos, abriu-se outro leque para o<br />
fornecimento de sucos em merenda escolar. Até<br />
que, em 2008, a empresa resolveu lançar uma linha<br />
de suco pronto para beber em garrafa. Foi<br />
quando surgiu a marca Keko. Hoje, ela representa<br />
65% das vendas da empresa. “Nosso públicoalvo<br />
são as classes C e D. Elas começam a procurar<br />
mais qualidade, além de preço acessível, pois<br />
isso todo mundo consegue ter. O produto precisa<br />
oferecer qualidade e uma boa matéria-prima”,<br />
afirma Dalton Lara, diretor da empresa. Ele também<br />
diz que muitos fabricantes antigos não têm<br />
essa qualidade e estão perdendo uma grande fatia<br />
do mercado para essa empresa e também para<br />
outras que estão mais bem preparadas.<br />
A estratégia não consiste em querer se equiparar<br />
à marca líder, mas em ser uma segunda opção<br />
de compra. “Procuramos, por exemplo, não bater<br />
de frente com empresas multinacionais. Elas tentam<br />
vender de maneira mais pulverizada em todo<br />
patricia stavis<br />
meirelles, do Data Popular, enfatiza<br />
o gosto do consumidor por<br />
experimentar novos produtos<br />
o mercado nacional, e conseguem obter isso com<br />
muita rapidez. Não batemos de frente, mesmo<br />
porque o preço é diferente.”<br />
As vendas da empresa estão concentradas em<br />
um raio de até 600 km de distância da fábrica, que<br />
fica em São Paulo. “Atualmente, eu não consigo<br />
ser competitivo em outros Estados por causa do<br />
custo de trabalhar em grandes distâncias, pois a<br />
logística engole de 10% a 25% do faturamento.”<br />
A ideia é abrir engarrafadoras em outros Estados<br />
para atingir novos mercados. O Estado<br />
de Santa Catarina é o alvo para a marca atingir<br />
novos públicos. Ainda neste ano, a empresa<br />
também quer lançar a embalagem de um litro<br />
da bebida de coco com baixa caloria, que constitui<br />
hoje um dos maiores sucessos de vendas<br />
da marca.l<br />
set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 57
[ oportunidades ]<br />
58 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
Petisco<br />
lucrativo
Apostar na escolha<br />
de um bom mix de<br />
produtos e na sua<br />
exposição correta é a<br />
chave para o sucesso<br />
com a venda de<br />
snacks e biscoitos<br />
por Giane Laurentino<br />
Em 2010, o<br />
mercado de<br />
salgadinhos<br />
para aperitivos<br />
somou, segundo<br />
a Nielsen, mais<br />
de 3 milhões de<br />
reais em vendas.<br />
Em volume, foram<br />
vendidos mais<br />
de 145 mil quilos<br />
da categoria<br />
no ano passado<br />
dreamstime<br />
Eles são sempre motivo de boas sensações<br />
entre as crianças e de gostosas distrações<br />
para os momentos de festa. Além disso,<br />
podem ser levados na bolsa ou na lancheira para<br />
uma refeição rápida. Biscoitos e snacks, sejam<br />
eles salgadinhos ou aperitivos, são consumidos<br />
por pessoas de diferentes idades, diferentes níveis<br />
sociais e em diferentes momentos do dia.<br />
Geralmente consumidos por impulso, esses produtos<br />
podem incrementar as vendas do pequeno<br />
varejo e tornar a loja ainda mais atrativa para<br />
seus frequentadores.<br />
Por causa da maneira como são consumidas,<br />
as categorias de biscoitos e snacks podem não se<br />
mostrar atrativas em um primeiro momento. O<br />
consumo por impulso não representa lucro certo<br />
para os comerciantes. Porém, se forem analisados<br />
os números que esse mercado movimenta, o<br />
lojista perceberá que precisa dedicar um espaço<br />
especial a esses produtos em sua loja. Em 2010, o<br />
mercado de salgadinhos para aperitivos somou,<br />
segundo a Nielsen, mais de 3 milhões de reais<br />
em vendas. Em volume, foram vendidos mais de<br />
145 mil quilos da categoria no ano passado.<br />
maior giro<br />
Esses dados mostram que é preciso ficar cada<br />
vez mais atento às oportunidades que categorias<br />
como snacks e biscoitos oferecem. “Nesse caso,<br />
o varejista tem uma grande oportunidade a ser<br />
trabalhada em pontos extras”, afirma Guilherme<br />
de Almeida Prado, presidente da Ampro – Associação<br />
de Marketing Promocional. Ele esclarece<br />
que manter gôndolas próximas aos caixas, prática<br />
adotada por muitos supermercados, pode<br />
incentivar as compras por impulso.<br />
Trabalhar essas categorias dentro do pequeno<br />
varejo exige um pouco mais de estratégia, pois os<br />
espaços são limitados e existe a necessidade de se<br />
escolher bem o sortimento que estará presente<br />
na gôndola. “Quando o espaço é limitado, é melhor<br />
escolher produtos de maior giro”, aconselha<br />
Prado. Além de escolher produtos que tenham<br />
alta rotatividade, é preciso trabalhar com uma<br />
reposição constante desses produtos.<br />
O desafio de encontrar um mix capaz de suprir<br />
as necessidades da loja será superado graças<br />
a um estudo dos consumidores que circulam<br />
pelo estabelecimento. “Se for um varejo que<br />
trabalha mais com abastecimento, ele terá mais<br />
donas de casa como freguesas, e o salgadinho<br />
terá de atender um sortimento mais família”,<br />
set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 59
[ oportunidades ]<br />
❜<br />
Quando o espaço é<br />
limitado, é melhor<br />
escolher produtos<br />
de maior giro<br />
GuiLherme de aLmeida prado<br />
presidente da ampro<br />
60 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
divulgação<br />
diz Prado. Se o público que frequenta o local<br />
for mais jovem, será preciso focar mais em produtos<br />
para os adultos.<br />
A localização do varejo também pode influenciar<br />
a escolha do mix. Quando a loja atende mais<br />
consumidores das classes C, D e E, é preciso manter<br />
as marcas líderes de mercado, mas também<br />
trabalhar com itens que sejam mais acessíveis. Por<br />
sua vez, em locais onde o varejo atende um público<br />
com poder aquisitivo maior, a segunda opção<br />
não precisa necessariamente ter valor menor.<br />
exposição do produto<br />
“O posicionamento da gôndola ou do display<br />
nas proximidades da entrada da loja é um fator<br />
decisivo para um bom desempenho de vendas”,<br />
comenta Fernando Rosa, gerente de Trade<br />
Marketing da Pepsico. A empresa é responsável<br />
pelas marcas Elma Chips, Lucky, Quaker e Toddynho,<br />
mas, ao todo, comercializa 30 marcas em<br />
diferentes segmentos. Outro fator ressaltado por<br />
Rosa é a necessidade de comunicar as novidades<br />
dessa categoria, o que é tão importante quanto<br />
informar a respeito de promoções. “Pesquisa recente,<br />
realizada pela Sense Envirosell, mostrou<br />
que metade dos shoppers da categoria buscam<br />
novidades na hora da compra”, explica.<br />
A Pepsico orienta sua equipe de venda direta<br />
para expor as inovações separadamente e com<br />
destaque a fim de captar a atenção do comprador<br />
e gerar venda com os lançamentos. Como cerca<br />
de 60% das compras são feitas por impulso, o<br />
vendedor dispõe de um grande espaço para destacar<br />
novos produtos dentro dessa categoria.<br />
Geralmente consumidos<br />
por impulso, esses<br />
produtos podem<br />
incrementar as vendas<br />
do pequeno varejo<br />
e tornar a loja ainda<br />
mais atrativa para seus<br />
frequentadores.
Detentora das marcas Fortaleza, Richester, Isabela,<br />
Adria, Zabet, Vitarella e Pilar, a M. Dias Branco<br />
tem um portfólio de mais de 200 produtos e<br />
abrange 24,3% do volume de vendas do mercado<br />
brasileiro de biscoitos. Com um grande leque de<br />
marcas que transitam entre as diferentes características<br />
regionais, a empresa busca atender às demandas<br />
de cada um dos varejos espalhados pelo<br />
País. “A empresa adota a estratégia de comercializar<br />
marcas fortes em cada região do País”, afirma<br />
Álvaro de Paula, diretor de Investimentos e Relações<br />
com Investidores da M. Dias Branco.<br />
Além de respeitar as características regionais, a<br />
empresa aconselha a expor os itens de maior volume<br />
na gôndola e a apostar na exposição diferenciada<br />
para as novidades da categoria. A utilização<br />
de materiais de merchandising pode ajudar a promover<br />
o impacto visual da marca. A empresa ressalta<br />
a importância de trabalhar os pontos extras<br />
com displays e cross merchandising.<br />
Como ajudar nas vendas<br />
O mercado de biscoitos e snacks depende basicamente<br />
de compras por impulso, pois esses produtos<br />
não respondem às necessidades básicas do<br />
consumidor. Com essa visão em mente, o varejista<br />
deve apostar algumas táticas para comercializar<br />
melhor esses itens. A fim de ajudá-lo nessa<br />
tarefa, os fabricantes também se preocupam com<br />
a necessidade de ele promover uma melhor disposição<br />
dos produtos dentro do varejo.<br />
A Pepsico promove a capacitação de sua equipe<br />
de vendas. “Há três anos, a empresa investe em<br />
uma linha de displays para ser trabalhada adicionalmente<br />
no ponto de venda”, afirma Rosa. O<br />
gerente comenta que a Elma Chips tem focado<br />
os seus esforços em divulgar produtos direcionados<br />
ao consumidor jovem ou adulto, itens como<br />
Sensações, Doritos, Pingo e Stiksy. “Temos uma<br />
grande oportunidade para aumentar o consumo<br />
per capita adulto”, diz.<br />
Por sua vez, a M. Dias Branco procura ajudar o<br />
varejista a buscar o sortimento correto por meio<br />
de pesquisas de mercado e, principalmente, de<br />
uma análise de comportamento da loja. Segundo<br />
a empresa, se a marca tiver a exposição correta<br />
na gôndola aliada ao preço correto, as chances<br />
de compra são ainda maiores. “A empresa também<br />
trabalha os encartes, que são ferramentas<br />
que funcionam muito bem na veiculação e na<br />
promoção dessa categoria, e os materiais de merchandising”,<br />
afirma Álvaro de Paula.l<br />
Dicas para vender<br />
mais snacks<br />
e biscoitos<br />
4 Apostar em materiais<br />
de merchandising<br />
4 Trabalhar o mix fazendo<br />
composições com marcas<br />
líderes e outras menos<br />
conhecidas<br />
4 Escolher o sortimento<br />
a partir do público<br />
que vai ao local<br />
4 Dar destaque para as<br />
novidades da categoria<br />
4 Posicionar os produtos<br />
nas proximidades dos<br />
caixas ou na entrada<br />
na loja<br />
set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 61
produtos<br />
Estratégias de lançamentos da indústria<br />
RefResco em pó<br />
Inspirada em Os Smurfs – o Filme, a Nutrimental<br />
leva o refresco em pó Nutrinho às gôndolas de<br />
todo o País com uma nova embalagem com<br />
referências ao longa-metragem. Os sabores Uva,<br />
Laranja, Abacaxi, Maracujá e Morango trarão a<br />
novidade. Além disso, a empresa irá oferecer ao<br />
mercado o sabor Tutti-Frutti na cor azul por tempo<br />
limitado. O produto<br />
virá com figurinhas<br />
adesivas em 60<br />
modelos diferentes<br />
para colecionar.<br />
Para o varejo,<br />
a Nutrimental<br />
disponibilizará<br />
material para os<br />
pontos de venda e<br />
para degustação<br />
do novo sabor.<br />
62 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
antitRanspiRante<br />
A Dove agrega uma nova<br />
fragrância à linha Dove Men +<br />
Care, a Energy Dry. O aroma<br />
do novo antitranspirante é<br />
mais exótico que o restante da<br />
linha, misturando ingredientes<br />
como gengibre, pimenta verde<br />
da Índia, pimenta negra de<br />
Madagascar, flores, almíscar e<br />
âmbar. “O novo antitranspirante<br />
foi especialmente desenvolvido<br />
para homens reais, que buscam<br />
proteção ao longo do dia e<br />
cuidados com a pele, que é a<br />
principal proposta da marca<br />
Dove”, afirma Mirella Dias,<br />
gerente de Marketing da marca<br />
para a categoria Desodorantes.<br />
A intenção da Dove é preencher<br />
uma lacuna no mercado dos<br />
desodorantes no Brasil.<br />
Nova fragrância traz<br />
aroma mais exótico<br />
Produto trará figurinhas<br />
adesivas em 60 modelos<br />
Linha traz 90%<br />
menos lactose<br />
para quem sofre de<br />
intolerância<br />
nova opção<br />
A Parmalat apresenta uma nova opção para os<br />
consumidores que sofrem de algum nível de<br />
intolerância à lactose, mas apreciam a bebida<br />
láctea. A linha Zymil Sabores é a primeira do<br />
mercado com 90% menos lactose. O produto<br />
estará disponível nas gôndolas de todo o País<br />
nas versões Chocolate, Pêssego e Maçã.<br />
Lenço umedecido<br />
A fim de completar a linha Kleenex Proteção,<br />
a Kimberly-Clark lança o lenço umedecido<br />
antisséptico, que, juntamente com o lenço<br />
seco Kleenex Proteção e o Spray Antisséptico,<br />
formam uma barreira protetora que mata 99%<br />
dos germes e bactérias. “Como líderes da<br />
categoria, precisamos<br />
estar sempre um<br />
passo à frente,<br />
continuamente<br />
trazendo tecnologia<br />
e inovações em<br />
lenços de papel”,<br />
diz Priya Patel,<br />
diretora de Cuidados<br />
com a Família da<br />
Kimberly-Clark.<br />
O produto é<br />
comercializado em<br />
embalagem Flow<br />
Pack com dez lenços.<br />
Produto enfatiza proteção<br />
contra germes e bactérias<br />
fotos divulgação
aRRoz pReto<br />
O Arroz Preto Tio João é um lançamento da linha Variedades<br />
Mundiais da Josapar. O grão era conhecido como arroz proibido,<br />
pois os nobres eram os únicos que tinham acesso à iguaria. Uma<br />
pesquisa feita pelo Instituto de Agricultura de Campinas, vinculado<br />
à Secretaria Estadual de Agricultura, revelou que essa variedade<br />
contém 20% mais proteínas e 30% mais fibras do que a versão<br />
integral. O produto é disponibilizado em embalagens de 500 g<br />
e pode ser encontrado nas principais redes varejistas do País.<br />
RoLo compacto<br />
A Santher traz ao mercado a nova linha Snob Eco.<br />
Ela chega às gôndolas como um produto mais<br />
compacto, o que significa com mais folhas por<br />
rolo. “Em vez de a consumidora comprar duas<br />
embalagens do Snob tradicional, cada uma com<br />
dois rolos de 120 folhas, ela compra agora uma<br />
embalagem com três rolos de Snob Eco e evita o<br />
descarte de um tubete a mais, além da embalagem”,<br />
conta Isabella Brumatti Gomes, gerente de Produto.<br />
Além disso, é um produto rastreado de ponta a ponta<br />
com certificação FSC (Forest Stewardship Council).<br />
Nova linha traz mais folhas por rolo<br />
Variedade<br />
contém mais<br />
fibras e<br />
proteínas<br />
piRuLito<br />
Com a intenção de atingir o consumidor jovem e<br />
frequentador de festas, a Boavistense leva para o varejo<br />
o pirulito Tuntz. As embalagens, nas cores Pink, Roxo<br />
e Azul, dão ao produto um ar jovem e dinâmico. No<br />
sabor Cereja e no recheio de chiclete sabor Framboesa,<br />
o pirulito será comercializado em pacotes de 600 g<br />
contendo 50 unidades.<br />
Consumidor poderá comprar<br />
pacotes com 50 unidades<br />
set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br 63
Ponto Final Carlos Barion<br />
Soluções<br />
inovadoras<br />
Presidente reafirma<br />
compromisso com<br />
questão ambiental e se<br />
prepara para inaugurar<br />
uma nova unidade de<br />
distribuição em Alagoas<br />
Por Giane Laurentino<br />
A<br />
Dori Alimentos tem 43 anos<br />
de história e uma produção de<br />
9 mil toneladas mensais de balas,<br />
pirulitos, snacks, chicletes, confeitos<br />
de goma e chocolate. Com um<br />
faturamento de 430 milhões de reais<br />
em 2010, a empresa espera crescer<br />
13,5% em 2011. Com seus produtos<br />
presentes em lojas de varejos espalhadas<br />
por todo o Brasil, a empresa conta<br />
com 80 distribuidores em todo o<br />
País. Em outubro, a empresa irá inagurar<br />
um centro de distribuição em<br />
Alagoas. À frente da Dori Alimentos<br />
desde janeiro, Carlos Barion fala um<br />
pouco sobre a filosofia da empresa e<br />
também sobre inovação e responsabilidade<br />
social.<br />
Qual é a posição da Dori<br />
no mercado de candies?<br />
Hoje o mercado é muito competitivo,<br />
mas a Dori tem uma posição<br />
um pouco diferente das empresas<br />
familiares de capital nacional por<br />
causa do seu portfólio. Temos um<br />
grande número de produtos que as<br />
empresas de capital nacional não<br />
têm. Temos uma história que ajuda<br />
a consolidar o nosso posicionamento<br />
junto ao varejo e, por isso, o mer-<br />
64 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
Carlos Barion, presidente da Dori alimentos, adianta os planos futuros da empresa<br />
cado reconhece que os produtos<br />
feitos pela Dori têm qualidade.<br />
Como as empresas do<br />
setor podem se diferenciar<br />
em um mercado onde o<br />
consumo se dá por impulso?<br />
As empresas poderiam buscar se<br />
diferenciar pela inovação. O Brasil<br />
tem um baixo registro de patentes<br />
e isso indica que as empresas procuram<br />
pouco a novidade. Enquanto<br />
as grandes – e eu incluo a Dori entre<br />
elas – estão sempre buscando soluções<br />
e inovações e isso faz com que<br />
tenhamos essa posição diferente<br />
com relação às demais.<br />
Como a Dori procura<br />
ser inovadora?<br />
Trabalhamos muito a formulação e<br />
o aspecto. Desenvolvemos trabalhos<br />
em parceria com universidades.<br />
Hoje, temos contrato com o Instituto<br />
Mauá de Tecnologia, que obtém para<br />
nós uma solução muito diferente e<br />
que pode trazer uma nova visão para<br />
o mercado de confeitos. Temos também<br />
uma associação com a Universidade<br />
Estadual de Londrina, a pedido<br />
do governo do Estado do Paraná.<br />
E quanto à responsabilidade<br />
social?<br />
Uma empresa responsável tem de<br />
pensar de maneira holística na sua<br />
cadeia como um todo. E a Dori tem<br />
essa preocupação. O terreno da fábrica<br />
em Rolândia, no Paraná, está<br />
incluído como área turística da cidade.<br />
Dentro do local, há uma plantação<br />
de eucaliptos que são irrigados<br />
com os efluentes da indústria e que<br />
depois são usados para gerar combustível<br />
para a fábrica. Nesse mesmo<br />
local, há um espaço com mata<br />
nativa e uma sala de aula no campo.<br />
A educação ambiental no município<br />
é feita na área da Dori.<br />
Por que a empresa decidiu<br />
construir um centro de<br />
distribuição em Alagoas?<br />
A Região Nordeste apresenta um<br />
expressivo crescimento. O estudo<br />
que contratamos para desenhar a<br />
nova malha logística da Dori nos indicou<br />
que a melhor opção para solucionar<br />
nosso gargalo logístico era<br />
instalar um centro de distribuição<br />
no Nordeste. E, dentre as opções<br />
que tivemos, escolhemos o Estado<br />
de Alagoas.l<br />
wlAdimir de souzA
portal<br />
sincOvaGa-sp<br />
firma parceria<br />
O Sincovaga-SP – Sindicato<br />
do Comércio Varejista<br />
de Gêneros Alimentícios<br />
do Estado de São Paulo,<br />
por meio de uma parceria<br />
recente firmada com a<br />
CEF – Caixa Econômica<br />
Federal está oferecendo<br />
para os seus mais de 40.000<br />
filiados no Estado de São<br />
Paulo linhas de crédito em<br />
condições exclusivas para o<br />
empresário do setor varejista<br />
de alimentos. Leia mais<br />
no canal Gestão no Portal<br />
Newtrade<br />
Walter faria,<br />
ceO do Grupo<br />
martins, fala<br />
sobre as<br />
ações que a<br />
companhia<br />
realiza para<br />
fortalecer o<br />
pequeno varejo<br />
66 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br set/out 2011<br />
O cOnsumidOr e O<br />
cadastrO pOsitivO<br />
Pesquisa realizada pela Boa Vista<br />
Serviços, administradora do SCPC, mostra<br />
que 82% dos ent<strong>revista</strong>dos avaliam o<br />
Cadastro Positivo de maneira otimista.<br />
O levantamento nacional foi realizado<br />
em agosto de 2011, em parceria com<br />
a APPM (empresa especializada em<br />
pesquisa), com 1.300 pessoas de todas<br />
as classes sociais em 709 municípios.<br />
Esta é a primeira pesquisa com esse<br />
foco realizada em profundidade no Brasil.<br />
O levantamento mostrou que 88% dos<br />
pesquisados consideram que a novidade<br />
será importante para o reconhecimento<br />
dos bons pagadores, e 79% acreditam<br />
que, com ele, o acesso ao crédito será<br />
facilitado. Leia mais no canal Vendas no<br />
Portal Newtrade<br />
OrGanizaçãO<br />
de lOja<br />
Leandro Monma, especialista no<br />
Canal Pequeno Varejo da Procter<br />
& Gamble, maior companhia de<br />
bens de consumo do mundo,<br />
com atuação em 140 países, que<br />
comercializa 250 marcas e tem um<br />
faturamento anual de 82 bilhões de<br />
dólares, comenta sobre o trabalho<br />
da companhia no pequeno varejo.<br />
Além disso, o executivo dá dicas<br />
sobre como organizar seções<br />
fundamentais no estabelecimento<br />
para que o pequeno varejista<br />
possa obter bons resultados de<br />
venda. Acesse, assista e confira.<br />
(<strong>newtrade</strong>.com.br/TV)<br />
Leandro Monma, da P&G, dá dicas de exposição<br />
dreamstime<br />
O que<br />
vOcê<br />
quer ver<br />
nO site?<br />
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Queremos saber que tipo de<br />
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o portal da ABASTECIMENTO<br />
e leia os destaques desta<br />
edição na íntegra:<br />
4 Capa<br />
Varejistas de todo<br />
o Brasil elegem os<br />
melhores atacadistas<br />
em seus Estados<br />
4 Ent<strong>revista</strong><br />
José Fontelles, da<br />
Cereser, e o trabalho<br />
da companhia<br />
de bebidas no<br />
pequeno varejo<br />
4 Mercado<br />
Classes D e E<br />
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P&G • agosto/11