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revista AbAstecimento - newtrade

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fotos Paulo PePe<br />

Se, por um lado, David Fonseca, de 29 anos,<br />

tem pouca idade, por outro apresenta perfil<br />

empreendedor e muita maturidade como<br />

empresário. Completou apenas o primeiro semestre<br />

do curso de Direito, mas optou por ganhar a<br />

vida no comércio. Hoje, é proprietário de três supermercados<br />

Mais Q Bom, na cidade de Jaboatão<br />

dos Guararapes, na região metropolitana do Recife,<br />

segundo município mais populoso do Estado e<br />

de comércio movimentado.<br />

No local, impressiona o número de lojas “coladas<br />

umas às outras”, e o número de pessoas que<br />

transitam pelas ruas. A região é uma das que mais<br />

se desenvolvem, crescimento esse impulsionado<br />

pelo Porto de Suape, assim como por todo o Estado<br />

pernambucano, que no ano passado teve um<br />

crescimento de 15,7% e neste ano deverá apresentar<br />

um Produto Interno Bruto de 7,5%.<br />

A primeira loja do Mais Q Bom foi aberta em<br />

2002 e a terceira há seis meses. O objetivo do comerciante<br />

é inaugurar mais supermercados de vizinhança<br />

nos próximos anos e assim promover o<br />

crescimento do seu negócio. “A meta é contarmos<br />

com dez lojas antes de dez anos. Quando comecei<br />

a buscar capacitação e informações sobre o mercado,<br />

percebi que precisava melhorar rapidamente o<br />

ambiente da loja e o atendimento, caso contrário a<br />

concorrência poderia nos engolir”, afirma.<br />

A primeira loja da rede regional, onde fica o escritório<br />

do empresário varejista, apresenta, além de<br />

áreas como Recursos Humanos e Departamento<br />

Financeiro, uma área total de 400 m 2 , cinco checkouts<br />

e 39 funcionários, sendo 120 o número de<br />

colaboradores nas três lojas. Em 2009, Fonseca<br />

percebeu a necessidade de realizar mudanças no<br />

seu negócio, uma vez que os clientes estavam cada<br />

vez mais exigentes, principalmente em relação ao<br />

atendimento. “Comecei a participar de feiras do<br />

setor, como a Super Mix, de cursos do Sebrae –<br />

Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e<br />

também de iniciativas como o Varejo em Ação, da<br />

Aspa – Associação Pernambucana de Atacadistas e<br />

Distribuidores. A partir daí, montei a área de Recursos<br />

Humanos para melhorar o nível das contratações.<br />

Também investi em um consultor para rever<br />

o layout da loja. Foi montado um novo organograma<br />

para a área de vendas. Foram seis meses de<br />

reforma com a loja funcionando, mas o resultado<br />

ficou muito bom. Hoje, além dos clientes do bairro,<br />

pessoas vêm de outros locais da cidade, como<br />

de Boa Viagem, para comprar conosco”, disse.<br />

Entre as seções, as mais rentáveis das lojas são o<br />

açougue, o setor de frios e a perfumaria, enquanto a<br />

menos rentável é a padaria. O número de produtos<br />

disponibilizados no mix impressiona. São dez mil<br />

itens, que mesclam marcas nacionais e regionais,<br />

e que, segundo o comerciante, são equivalentes<br />

na preferência dos consumidores. Entre as marcas<br />

regionais, destacam-se nomes como Vitarella (biscoito),<br />

Vitamassa, Pilar (biscoito) e os cafés Santa<br />

Clara e Pretinho.<br />

produtos regionais<br />

Quando se trata da rentabilidade das seções e de<br />

sua representatividade no faturamento, a perfumaria<br />

é responsável por 12%, enquanto o açougue<br />

representa 15% e a padaria 5%, seguidos pelas demais<br />

áreas, cujos percentuais o proprietário prefere<br />

não revelar. A linha seca ou os produtos da cesta<br />

básica também apresentam muita representatividade<br />

nos resultados da loja.<br />

Outro destaque é o setor que abriga produtos<br />

regionais, espaço onde o cliente encontra charque,<br />

presunto, queijo, linguiça mista e mortadela,<br />

entre outros itens da culinária local ou produtos<br />

típicos nordestinos. No mix, o Mais Q Bom costuma<br />

apostar em lançamentos, principalmente naqueles<br />

solicitados pelo cliente. O prazo para que<br />

o produto gire na gôndola é de 60 dias. Se depois<br />

desse período o produto não tiver boa aceitação,<br />

ele é retirado do PDV.<br />

Quando se trata das compras de abastecimento,<br />

10% delas, segundo Fonseca, são realizadas<br />

em atacadistas e distribuidores locais e 90% junto<br />

à indústria. “Compro a maior parte dos produtos<br />

na indústria, pois ela oferece mais vantagens<br />

ao pequeno. Um problema que sempre enfrentamos<br />

com o atacado distribuidor se refere à entre-<br />

proprietário promove diversas<br />

ações para atrair a clientela<br />

set/out 2011 www.<strong>revista</strong>abastecimento.com.br<br />

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