manual - Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém
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<strong>manual</strong><br />
DE CASOS PORTUGUESES<br />
CASO smart forfour<br />
Caso<br />
Elaborado<br />
por:<br />
e<br />
revisto<br />
por:<br />
CONCEIÇÃO SANTOS, Professora <strong>de</strong> Marketing na <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> do ISCTE<br />
MAFALDA ROSÁRIO, Docente <strong>de</strong> Marketing na <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> do ISCTE<br />
VICENTE RODRIGUES, Co-autor do Mercator XXI e Professor <strong>de</strong> Marketing da<br />
<strong>Escola</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> do ISCTE<br />
Agra<strong>de</strong>cemos à Smart Portugal, em particular Pedro Névoa, Director <strong>de</strong> Marketing e Joana Gramaxo,<br />
técnica <strong>de</strong> Marketing e à DataE / Marktest<br />
Este caso foi elaborado para fins pedagógicos e alguns dados po<strong>de</strong>m não correspon<strong>de</strong>r exactamente à<br />
realida<strong>de</strong>.
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour 2<br />
CASO smart forfour, O LANÇAMENTO DE UM NOVO<br />
MODELO DE AUTOMÓVEL<br />
Pedro Névoa, Director <strong>de</strong> Marketing da Merce<strong>de</strong>s-Benz Automóveis e da Smart Portugal revê<br />
mais uma vez as peças publicitárias do smart forfour. Amanhã, 19 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2004,<br />
<strong>de</strong>verá apresentar o plano <strong>de</strong> Comunicação e a campanha <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> à Administração da<br />
Merce<strong>de</strong>s-Benz Portugal para o lançamento do forfour em Portugal no próximo mês <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong><br />
2004.<br />
Na reunião internacional das várias direcções da smart GMBH <strong>de</strong>cidiu-se pela opção <strong>de</strong> uma<br />
campanha global <strong>de</strong> diferentes peças publicitárias para imprensa, outdoor e TV. Ou seja, a<br />
mensagem <strong>de</strong> comunicação e os anúncios são comuns nos diferentes países. Mas, cada<br />
direcção <strong>de</strong> marketing po<strong>de</strong>ria seleccionar as peças que mais se adaptavam ao perfil dos<br />
consumidores do respectivo país.<br />
Houve a preocupação em esten<strong>de</strong>r ao forfour algumas particularida<strong>de</strong>s dos mo<strong>de</strong>los anteriores<br />
que i<strong>de</strong>ntificam o carácter <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>, a entrega imediata no ponto <strong>de</strong> venda, serviço <strong>de</strong><br />
reparação em 2 horas, a cooperação com agências <strong>de</strong> aluguer automóvel, uma “mobibox” em<br />
cada veículo, que fornece acesso a serviços <strong>de</strong> comunicação e a mobilida<strong>de</strong> (por ex: sistemas<br />
<strong>de</strong> navegação).<br />
I<strong>de</strong>ntificam-se como principais concorrentes do futuro forfour: Peugeot 206, Nissan Micra (a<br />
nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign), Fiat Punto, Citroen C3, também todos eles incluídos, tal como o smart forfour,<br />
no segmento B do mercado.<br />
Este lançamento não po<strong>de</strong>rá pôr em risco o conceito <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> citadina do smart, mas<br />
antes permitir a sua evolução arrojada para o segmento automóvel B, on<strong>de</strong> se incluem os<br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> 4 lugares a preços acessíveis. Também não<br />
po<strong>de</strong> pôr em risco o sucesso <strong>de</strong> vendas alcançado pelo actual smart fortwo em Portugal, nem<br />
canibalizá-lo. Será que com esta evolução não se arriscará a actual i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> da marca<br />
smart? Será credível a passagem do conceito <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> a um mo<strong>de</strong>lo forfour (<strong>de</strong> quatro<br />
lugares)?<br />
Será que com a mudança para o fortwo e agora o lançamento do forfour se conseguiu dissociar<br />
o conceito <strong>de</strong> produto do da marca? O que significava antes e o que passará agora a significar<br />
a marca smart?
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour 3<br />
Pedro Névoa relembra a história da marca e a sua inserção no mercado português, on<strong>de</strong> o<br />
tradicionalismo ainda impera…<br />
Nascimento <strong>de</strong> um Conceito <strong>de</strong> Produto<br />
Em 1993 o fabricante suíço <strong>de</strong> relógios Swatch <strong>de</strong>u a conhecer, aos media, as primeiras fotos<br />
do já muito falado projecto <strong>de</strong> um pequeno mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> automóvel <strong>de</strong> características<br />
eminentemente urbanas e que seria produzido em colaboração com um fabricante <strong>de</strong><br />
automóveis.<br />
As negociações falhadas com os grupos Opel e Volkswagen, levaram a Swatch a encontrar na<br />
Merce<strong>de</strong>s-Benz o parceiro <strong>de</strong>sejado. Em 1994, Nicolas Hayek, patrão do grupo Swatch e<br />
Helmut Werner, Presi<strong>de</strong>nte da Merce<strong>de</strong>s-Benz, fundaram uma nova socieda<strong>de</strong> – Micro<br />
Compact Car AG, em Biel na Suiça (a MCC). Esta empresa é responsável pelo <strong>de</strong>sign e fabrico<br />
do então <strong>de</strong>signado Swatchmobile. Apesar <strong>de</strong> uma partilha <strong>de</strong> capital <strong>de</strong> 51% para o grupo<br />
Merce<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> 49% para a Swatch, o risco do novo veículo seria repartido pelos dois grupos,<br />
segundo a opinião <strong>de</strong> Helmut Werner, numa entrevista à revista Turbo em Julho <strong>de</strong> 1994.<br />
Em 1995, são apresentados os primeiros protótipos do baptizado “smart-swatch car”<br />
(“smart-Swatch concepted by Merce<strong>de</strong>s-Benz”). O nome smart surgiu da conjugação da<br />
primeira letra do nome das duas entida<strong>de</strong>s: S <strong>de</strong> Swatch, M <strong>de</strong> Merce<strong>de</strong>s com a palavra<br />
inglesa “art” associando a valores como a arte, <strong>de</strong>sign e a estética.<br />
Os protótipos são produzidos numa fábrica criada, pela MCC, para esta nova marca, em<br />
Hambach em França. Estes são propostos com quatro variantes: a gasolina (Eco Turbo), a<br />
diesel (Eco Turbo Diesel), eléctrico (4-wheel electric drive) e híbrido (com propulsão eléctrica<br />
aliada ao motor diesel). Estimando uma produção <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 200 mil unida<strong>de</strong>s anuais, os<br />
responsáveis propõem o lançamento no mercado, em 1998, <strong>de</strong> um novo e arrojado microcarro,<br />
com um peso entre 600 e 900 quilos, uma velocida<strong>de</strong> máxima na or<strong>de</strong>m dos 120-<br />
130Km/h, uma aceleração 0-100 Km/h em 20 segundos e um consumo extremamente<br />
reduzido (4 litros para o motor a gasolina e 1litro para o diesel).<br />
“Quisémos fazer mais do que <strong>de</strong>senvolver apenas mais um automóvel. Com o smart<br />
procurámos viabilizar o conceito <strong>de</strong> um veículo que se encontrasse em perfeita sintonia com a<br />
necessária funcionalida<strong>de</strong> urbana, dotado <strong>de</strong> padrões <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> segurança capazes<br />
<strong>de</strong> fazerem a diferença nesta inovadora categoria <strong>de</strong> mercado”, refere Johann Tomfor<strong>de</strong>,<br />
responsável pelo <strong>de</strong>sign e <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico do smart (revista Turbo, Julho 1995).
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour 4<br />
O smart foi o primeiro carro com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alteração <strong>de</strong> painéis exteriores conjugando<br />
diferentes cores, à semelhança dos relógios Swatch na versatilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolha dos seus<br />
componentes.<br />
À semelhança do conceito percepcionado do relógio Swatch – irreverente, prático, lúdico,<br />
inovador, <strong>de</strong> preço acessível para a versatilida<strong>de</strong>, sendo possível <strong>de</strong> variar <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> acordo<br />
com a ocasião, assim se <strong>de</strong>senha um novo tipo <strong>de</strong> automóvel citadino para preencher um<br />
segmento latente: o do consumidor que “gosta <strong>de</strong> viver a cida<strong>de</strong>”, inovador, prático mas<br />
hedonista. Para este perfil <strong>de</strong> consumidor urge <strong>de</strong>senvolver conceitos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign e <strong>de</strong><br />
distribuição arrojados e inventivos. E, para esse fim, a criativida<strong>de</strong> da Swatch aliada à inovação<br />
e qualida<strong>de</strong> tecnológicas do grupo Merce<strong>de</strong>s-Benz parecem ser o perfeito casamento.<br />
Todavia, ainda antes do lançamento do primeiro veículo (1997) dá-se o divórcio. A Merce<strong>de</strong>s-<br />
Benz compra a parte <strong>de</strong> capital social da Swatch e fica <strong>de</strong>tentora da nova empresa smart,<br />
GMBH. Em Junho <strong>de</strong> 1997 é inaugurada a fábrica <strong>de</strong> motores smart na então Daimler-Benz AG<br />
em Berlim.<br />
Estratégia do grupo Merce<strong>de</strong>s-Benz<br />
A i<strong>de</strong>ia criativa dos responsáveis da Swatch vem na altura i<strong>de</strong>al do planeamento estratégico do<br />
grupo Merce<strong>de</strong>s-Benz.<br />
O grupo preten<strong>de</strong> concentrar-se no negócio automóvel e a expandir-se agressivamente. Por<br />
isso, é importante abrir novos horizontes e cobrir novos segmentos <strong>de</strong> mercado, mas, com o<br />
cuidado inerente à protecção da sua imagem <strong>de</strong> premium brand.<br />
Em paralelo, a marca Merce<strong>de</strong>s <strong>de</strong>tinha uma imagem <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> inovação, sustentada<br />
por uma agressiva ofensiva <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos. Por um lado, <strong>de</strong>senvolvia técnicas<br />
inovadoras na engenharia e <strong>de</strong>sign dos seus veículos, nomeadamente com a construção <strong>de</strong> um<br />
sistema em que o motor é <strong>de</strong>sviado para baixo da plataforma do habitáculo em caso <strong>de</strong> colisão<br />
– o chamado “conceito sanduíche”. Enquanto renovava os seus mo<strong>de</strong>los da Classe C, também<br />
lançava novos mo<strong>de</strong>los na Classe A, mas sempre com um posicionamento <strong>de</strong> premium brand.
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour 5<br />
Assim, o novo conceito <strong>de</strong> veículo po<strong>de</strong> ser uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abrir um novo segmento<br />
<strong>de</strong> mercado, dirigido ao cidadão das gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s, sem ida<strong>de</strong> esteriotipada, mas com um<br />
forte <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> “pagável”- o primeiro carro, para qualquer ida<strong>de</strong> e<br />
classe económica, ou o segundo carro, para uma ida<strong>de</strong> mais avançada, que servisse as<br />
pequenas <strong>de</strong>slocações na cida<strong>de</strong>. Seria uma forma <strong>de</strong> lançar um mo<strong>de</strong>lo no segmento <strong>de</strong><br />
mercado <strong>de</strong> perfil económico low budget sem pôr em risco a sua imagem e consolidando a<br />
imagem <strong>de</strong> inovação.<br />
A MCC smart é, em Dezembro <strong>de</strong> 1999, o primeiro fabricante <strong>de</strong> automóveis a ven<strong>de</strong>r carros<br />
pela Internet, e, em Setembro <strong>de</strong> 2000, o primeiro fabricante <strong>de</strong> automóveis a instalar acesso à<br />
Internet nos seus carros (Início <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> internet em wap.smart.com).<br />
Lançamento do novo produto/marca e perfil do consumidor<br />
O primeiro smart, já fabricado, total e exclusivamente, pelo grupo Merce<strong>de</strong>s-Benz, é proposto<br />
nos finais <strong>de</strong> 1997 na versão city coupé, com motores a gasolina, e a diesel a partir <strong>de</strong> 1999.<br />
O lançamento é <strong>de</strong>liberadamente progressivo, quer no âmbito da penetração geográfica<br />
quer do <strong>de</strong>senvolvimento da gama. Em Setembro <strong>de</strong> 1997, o smart city-coupé é apresentado<br />
na IAA <strong>de</strong> Frankfurt (Alemanha). Em Outubro do mesmo ano é inaugurada a smartVille. O início<br />
da produção e respectiva pré-comercialização do smart City-coupé nos smart Centers dá-se em<br />
Julho e Outubro <strong>de</strong> 1998. A partir <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1998, é lançado primeiro na Alemanha,<br />
entrando selectivamente em mais oito países da Europa: França, Itália, Espanha, Suíça,<br />
Luxemburgo, Holanda, Áustria e Bélgica. Deu-se priorida<strong>de</strong> às áreas urbanas mais<br />
congestionadas, espalhadas por esses países europeus.<br />
À medida em que se entra em novos países, a empresa amplia a linha com um novo mo<strong>de</strong>lo: o<br />
cabrio. Em Novembro <strong>de</strong> 2001 é lançado no Japão o smart city-coupé, o smart cabrio e o<br />
smart K <strong>de</strong> volante à direita. ("K", do japonês "leve" - carro leve). Só em 2003 é lançada a<br />
marca smart no mercado norte-americano.
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour 6<br />
Estudos <strong>de</strong> aceitação e <strong>de</strong> perfil <strong>de</strong> consumidor realizados nos primeiros mercados <strong>de</strong><br />
lançamento, i<strong>de</strong>ntificaram um número significativo <strong>de</strong> pessoas urbanas e sensíveis a aspectos<br />
<strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> ecologia e <strong>de</strong> economia <strong>de</strong> consumo, <strong>de</strong>vida não a uma situação financeira<br />
pessoal, mas ao <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> redução da emissão <strong>de</strong> gases carbónicos para a atmosfera.<br />
Por outro lado, as estatísticas <strong>de</strong>monstravam que a taxa <strong>de</strong> crescimento do parque automóvel<br />
apresentava um crescimento exponencial, com a consequente redução da capacida<strong>de</strong> das<br />
cida<strong>de</strong>s albergarem mais automóveis. A década <strong>de</strong> 90 foi palco <strong>de</strong> medidas legislativas em<br />
vários países da Europa conducentes ao encerramento <strong>de</strong> zonas centrais das cida<strong>de</strong>s ao tráfego<br />
automóvel.<br />
Os primeiros consumidores smart apresentavam um perfil <strong>de</strong> pessoas muito urbanas e<br />
preocupadas com as questões ambientais, mas por outro lado <strong>de</strong> diferentes faixas etárias, sexo<br />
e classe sócio-económica. Em geral, os consumidores do smart apresentavam os seguintes<br />
traços <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>: divertidos, práticos, mo<strong>de</strong>rnos, arrojados, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,<br />
ambientalistas, <strong>de</strong>sportistas.<br />
O novo carro no mercado smart i<strong>de</strong>ntifica “O carro citadino do século XXI”, ou seja <strong>de</strong> elevada<br />
mobilida<strong>de</strong>, económico e pouco poluente. O seu posicionamento inicial baseia-se no conceito<br />
“Reduced to the max”, encontrando respostas a questões tais como: “Porque é que os<br />
automóveis têm <strong>de</strong> ser gran<strong>de</strong>s?” ou “Na verda<strong>de</strong>, o que significa mobilida<strong>de</strong>?”<br />
O conceito base foi, assim, <strong>de</strong>senvolvido em torno <strong>de</strong> 3 eixos:<br />
- Pequenas dimensões;<br />
- Economia (em termos <strong>de</strong> combustível e <strong>de</strong> PVP);<br />
- Amigo do ambiente (utiliza materiais que respeitam o meio ambiente).
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour 7<br />
Desenvolvimento do produto/marca smart<br />
A heterogeneida<strong>de</strong> do target do smart city-coupé, unido apenas pela sua ligação citadina e<br />
preocupação ambiental, permite visionar uma estratégia <strong>de</strong> extensão <strong>de</strong> gama e até, num<br />
futuro próximo, <strong>de</strong> evolução do próprio conceito inerente à marca smart.<br />
Numa primeira fase, abrem-se duas linhas <strong>de</strong> produto do smart city, essencialmente com base<br />
no critério sócio-económico e estilo <strong>de</strong> vida: a do Coupé e a do Cabrio. A i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><br />
clientes para a marca smart numa faixa socialmente mais elevada permite <strong>de</strong>senvolver e lançar<br />
o smart city-cabrio.<br />
Apesar <strong>de</strong> se terem <strong>de</strong>senvolvido duas linhas, estas partilham um benefício principal que se<br />
traduz numa das mensagens iniciais do smart: “Estacioná-lo dá tanto prazer como conduzi-lo”.<br />
Este benefício é suportado pelas suas dimensões ultra-compactas e pequenas (apenas 2,50 m<br />
<strong>de</strong> comprimento). Estudos comprovaram que os carros transportam em média 1,2 ocupantes<br />
nas <strong>de</strong>slocações casa-trabalho-casa, o que fundamenta a i<strong>de</strong>alização <strong>de</strong> um carro pequeno <strong>de</strong> 2<br />
lugares. Com este tamanho reduzido, dois smart city ocupam apenas um lugar <strong>de</strong><br />
estacionamento, aliviando o espaço <strong>de</strong> estacionamento intra-urbano.Além da mobilida<strong>de</strong> e<br />
praticida<strong>de</strong>, outros benefícios como a segurança (célula Tridion), a flexibilida<strong>de</strong>/personalização<br />
(substituição <strong>de</strong> painéis, por ex.), o conforto (“Quase não ocupa espaço, mas é muito<br />
espaçoso”) também são valorizados.<br />
O smart city apresenta-se então como o carro <strong>de</strong> cida<strong>de</strong> perfeito. A comprovar o seu carácter<br />
citadino, verifica-se que cerca <strong>de</strong> 15% dos clientes smart são organizacionais, utilizando o city<br />
como o mo<strong>de</strong>lo i<strong>de</strong>al para condução dos seus ven<strong>de</strong>dores na cida<strong>de</strong> ou mesmo como suportes<br />
móveis da imagem da própria empresa, <strong>de</strong>vido a características como a mobilida<strong>de</strong>, facilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> estacionar e <strong>de</strong>sign chamativo (figura 1).<br />
Figura 1 – smart city
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour 8<br />
Posteriormente, em 2002, após a consolidação do core market, os gestores da marca, testam o<br />
mercado com o lançamento <strong>de</strong> um smart <strong>de</strong> espírito “radical” e mais jovem. Após a<br />
apresentação do smart crossbla<strong>de</strong> como carro <strong>de</strong> produção, no Salão Internacional <strong>de</strong> Genève,<br />
inicia-se a sua comercialização (embora numa edição limitada) em Junho <strong>de</strong> 2002, em vários<br />
países: Bélgica, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Japão, Luxembrugo, Holanda, Áustria,<br />
Portugal, Suécia, Espanha, Taiwan, Hungria, República Checa e República Eslovaca. O mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>de</strong>sta nova linha i<strong>de</strong>ntifica-se com as pessoas urbanas e <strong>de</strong> preocupação ecológica, mas<br />
sobretudo <strong>de</strong> espírito jovem e <strong>de</strong> aventura, com gosto pelos <strong>de</strong>sportos radicais e pela natureza.<br />
O Crossbla<strong>de</strong> apresenta um <strong>de</strong>sign que “chama” o Verão, as férias e a aventura. Apresenta-se<br />
como um veículo anfíbio, sem portas, sem tejadilho e também para fora da cida<strong>de</strong>. Com este<br />
veículo vanguardista, a marca smart <strong>de</strong>u uma nova interpretação à sensação <strong>de</strong> conduzir que<br />
se sobrepõe à facilida<strong>de</strong> em estacionar.<br />
Esta nova linha do smart city é bem aceite pelo mercado e <strong>de</strong>monstra a pertinência <strong>de</strong>sse novo<br />
segmento <strong>de</strong> mercado. A estratégia <strong>de</strong> expansão da marca para a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<br />
apresenta-se sustentável. Os responsáveis da empresa preparam-na, sempre numa conjugação<br />
<strong>de</strong> estudos tradicionais <strong>de</strong> mercado, com testes experimentais junto do actual consumidor do<br />
smart e <strong>de</strong> pesquisa laboratorial no Departamento <strong>de</strong> I&D.<br />
Aliás, ainda em 2002, poucos meses antes do lançamento do novo mo<strong>de</strong>lo roadster, é mudado<br />
o logotipo e a assinatura passa a ser “Open Your Mind”, que aparecem num filme publicitário<br />
intitulado “Godzilla”, <strong>de</strong>stinado a promover a segurança nos mo<strong>de</strong>los city coupé e cabrio.<br />
Em Abril <strong>de</strong> 2003 é lançada uma nova gama – a roadster, rentabilizando o investimento na<br />
marca smart e preparando o terreno para aumentar a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los. A gama roadster<br />
é a confirmação do segmento <strong>de</strong> mercado aberto pelo anterior Crossbla<strong>de</strong>. Mas vai mais longe,<br />
pois é ainda mais arrojado e menos citadino. De <strong>de</strong>sign muito <strong>de</strong>sportivo i<strong>de</strong>ntifica-se com a<br />
irreverência e a aventura, mas para uma qualida<strong>de</strong> e inovação passíveis <strong>de</strong> serem pagas por<br />
uma maioria. A sua condução é semelhante à dos Karts, on<strong>de</strong> o motor se situa na parte <strong>de</strong> trás,<br />
com um centro <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> baixo e uma distância entre os eixos a<strong>de</strong>quada à colagem do<br />
chão. Estas características permitem o regresso à sensação <strong>de</strong> condução pura e o contacto<br />
directo do condutor com a estrada, provocando o chamado “formigueiro” no estômago e o<br />
acelerar da pulsação cardíaca.
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour 9<br />
Posteriormente, em 2002, após a consolidação do core market, os gestores da marca, testam o<br />
mercado com o lançamento <strong>de</strong> um smart <strong>de</strong> espírito “radical” e mais jovem. Após a<br />
apresentação do smart crossbla<strong>de</strong> como carro <strong>de</strong> produção, no Salão Internacional <strong>de</strong> Genève,<br />
inicia-se a sua comercialização (embora numa edição limitada) em Junho <strong>de</strong> 2002, em vários<br />
países: Bélgica, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Japão, Luxembrugo, Holanda, Áustria,<br />
Portugal, Suécia, Espanha, Taiwan, Hungria, República Checa e República Eslovaca. O mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>de</strong>sta nova linha i<strong>de</strong>ntifica-se com as pessoas urbanas e <strong>de</strong> preocupação ecológica, mas<br />
sobretudo <strong>de</strong> espírito jovem e <strong>de</strong> aventura, com gosto pelos <strong>de</strong>sportos radicais e pela natureza.<br />
O Crossbla<strong>de</strong> apresenta um <strong>de</strong>sign que “chama” o Verão, as férias e a aventura. Apresenta-se<br />
como um veículo anfíbio, sem portas, sem tejadilho e também para fora da cida<strong>de</strong>. Com este<br />
veículo vanguardista, a marca smart <strong>de</strong>u uma nova interpretação à sensação <strong>de</strong> conduzir que<br />
se sobrepõe à facilida<strong>de</strong> em estacionar.<br />
Esta nova linha do smart city é bem aceite pelo mercado e <strong>de</strong>monstra a pertinência <strong>de</strong>sse novo<br />
segmento <strong>de</strong> mercado. A estratégia <strong>de</strong> expansão da marca para a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<br />
apresenta-se sustentável. Os responsáveis da empresa preparam-na, sempre numa conjugação<br />
<strong>de</strong> estudos tradicionais <strong>de</strong> mercado, com testes experimentais junto do actual consumidor do<br />
smart e <strong>de</strong> pesquisa laboratorial no Departamento <strong>de</strong> I&D.<br />
Aliás, ainda em 2002, poucos meses antes do lançamento do novo mo<strong>de</strong>lo roadster, é mudado<br />
o logotipo e a assinatura passa a ser “Open Your Mind”, que aparecem num filme publicitário<br />
intitulado “Godzilla”, <strong>de</strong>stinado a promover a segurança nos mo<strong>de</strong>los city coupé e cabrio.<br />
Em Abril <strong>de</strong> 2003 é lançada uma nova gama – a roadster, rentabilizando o investimento na<br />
marca smart e preparando o terreno para aumentar a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los. A gama roadster<br />
é a confirmação do segmento <strong>de</strong> mercado aberto pelo anterior Crossbla<strong>de</strong>. Mas vai mais longe,<br />
pois é ainda mais arrojado e menos citadino. De <strong>de</strong>sign muito <strong>de</strong>sportivo i<strong>de</strong>ntifica-se com a<br />
irreverência e a aventura, mas para uma qualida<strong>de</strong> e inovação passíveis <strong>de</strong> serem pagas por<br />
uma maioria. A sua condução é semelhante à dos Karts, on<strong>de</strong> o motor se situa na parte <strong>de</strong> trás,<br />
com um centro <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> baixo e uma distância entre os eixos a<strong>de</strong>quada à colagem do<br />
chão. Estas características permitem o regresso à sensação <strong>de</strong> condução pura e o contacto<br />
directo do condutor com a estrada, provocando o chamado “formigueiro” no estômago e o<br />
acelerar da pulsação cardíaca.<br />
Alguns meses mais tar<strong>de</strong>, a gama smart city passa a ter uma nova <strong>de</strong>signação – o fortwo, que<br />
passa a ser seguida. A i<strong>de</strong>ntificação e comunicação do conceito fortwo vem alargar a percepção<br />
<strong>de</strong> smart como um veículo <strong>de</strong> espírito arrojado.
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour 10<br />
Nos bastidores da empresa, o forfour já está a ser esboçado, ou seja um novo veículo <strong>de</strong><br />
dimensões espaçosas e para quatro ou cinco pessoas. Será que o carro citadino móvel e<br />
económico será posto em causa?<br />
Em Fevereiro <strong>de</strong> 2004, a marca smart tem disponível, em Portugal e no resto do mundo, duas<br />
gamas com os seguintes mo<strong>de</strong>los (Anexos 1 e 2):<br />
- smart fortwo, dirigido aos DINK: Double-Income noKids, jovens universitários,<br />
executivos cujas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> na cida<strong>de</strong> justifiquem trocar os seus<br />
gran<strong>de</strong>s carros <strong>de</strong> serviço por um outro sem per<strong>de</strong>rem a compostura, grupos etários<br />
mais “séniors” cuja facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> condução dos smarts é um apelativo e individuos em<br />
geral atraídos por uma onda <strong>de</strong> “fashion”, <strong>de</strong> querer estar “in”: Coupé e Cabrio;<br />
- smart roadster , dirigido a todos os que optam pelo prazer <strong>de</strong> condução <strong>de</strong> um<br />
<strong>de</strong>sportivo: roadster e roadster-coupé.<br />
Tendo em consi<strong>de</strong>ração as características físicas do automóvel smart e concordando-se com a<br />
proposição <strong>de</strong> que o smart city-coupé abriu uma nova categoria <strong>de</strong> mercado, é difícil i<strong>de</strong>ntificar<br />
concorrentes directos. Em Portugal, os gestores smart têm em particular atenção às políticas<br />
e acções <strong>de</strong> marketing dos seguintes mo<strong>de</strong>los/marcas (Anexos 3,4 e 5):<br />
- Na gama fortwo: Daewoo Matiz, Citroen C2, Fiat Cinquecento/ Seiscento, Fiat Panda.<br />
Concorrentes pelo tamanho e pelo preço e todos eles, tal como o smart, incluem-se<br />
no <strong>de</strong>signado segmento A <strong>de</strong> mercado.<br />
- Na gama roadster: os automóveis MX5 e MG no segmento dos <strong>de</strong>sportivos.
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour 11<br />
A parceria com a BRABUS:<br />
A smart fundou uma joit-venture com a empresa especialista em “tuning”, a BRABUS, um dos<br />
maiores e mais bem sucedidos transformadores <strong>de</strong> automóveis do mundo. Quando se trata <strong>de</strong><br />
prazer <strong>de</strong> condução o “tuning” BRABUS transforma os mo<strong>de</strong>los da smart em individualida<strong>de</strong>s<br />
extremamente atraentes e com espírito <strong>de</strong>sportivo, cujos acessórios conferem a um smart<br />
potência e carácter exclusivo.<br />
Com o “know-how“ adquirido ao longo <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 20 anos <strong>de</strong> experiência a conferir um toque<br />
<strong>de</strong> exclusivida<strong>de</strong> aos automóveis da marca Merce<strong>de</strong>s-Benz, os engenheiros e <strong>de</strong>signers da<br />
BRABUS <strong>de</strong>dicam-se também aos mo<strong>de</strong>los smart. Resultado: maior potência, equipamento<br />
ainda mais exclusivo e acessórios requintados.<br />
O smart forfour<br />
A lançar em 2004, este novo mo<strong>de</strong>lo apresenta-se como espaçoso e confortável para quatro ou<br />
mais passageiros. É um automóvel versátil, com características para viagens <strong>de</strong> longa duração e<br />
não apenas o pequeno percurso na cida<strong>de</strong>. Com ele, o grupo DaimlerChrysler procura entrar<br />
com à vonta<strong>de</strong> e sem risco no segmento das pessoas <strong>de</strong> classe económica mais baixa. Acreditase<br />
que o forte simbolismo psicológico dado à marca smart – o espírito aberto da smart -<br />
permite dar este passo <strong>de</strong> entrada em segmentos económicamente mais baixos. Neste<br />
contexto, a equipa da smart perspectiva o forfour como um mo<strong>de</strong>lo para as famílias <strong>de</strong> menor<br />
po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra, assim como para os jovens casais que iniciam a sua activida<strong>de</strong> económica e<br />
familiar.<br />
Em suma, tanto será um automóvel familiar, como o primeiro automóvel, para utilização urbana<br />
ou para viajar.<br />
No entanto, o facto <strong>de</strong> ser económico não impe<strong>de</strong> <strong>de</strong> o i<strong>de</strong>ntificar claramente com a qualida<strong>de</strong><br />
e prestígio da marca DaimlerChrysler (ou a mais antiga e <strong>de</strong> maior notorieda<strong>de</strong> marca<br />
Merce<strong>de</strong>s-Benz). Primeiro que o factor preço, o smart forfour é um carro passível <strong>de</strong> ser<br />
procurado por pessoas <strong>de</strong> perfil diferente – as pessoas que se querem sentir diferenciadas e<br />
por isso as pessoas que se i<strong>de</strong>ntificam com a marca smart (principalmente na vertente<br />
estética/<strong>de</strong>sign arrojado). Esse posicionamento reflete-se na comunicação da marca na<br />
mensagem: “Se a sua vida é diferente e excitante, porque não o seu carro?”
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour 12<br />
A smart preten<strong>de</strong>, assim, entrar no segmento B do mercado automóvel, o principal e mais<br />
concorrencial, diferenciando-se pelo <strong>de</strong>sign arrojado e flexível.<br />
smart em Portugal: Comunicação e Distribuição<br />
O lançamento dos vários mo<strong>de</strong>los da marca smart em Portugal acompanhou, em geral, o<br />
momento e o tipo <strong>de</strong> campanhas <strong>de</strong> comunicação e <strong>de</strong> distribuição dos restantes países da<br />
Europa. Apenas para o primeiro mo<strong>de</strong>lo – o smart city-coupé – se verificaram alguns meses <strong>de</strong><br />
atraso, tendo o seu lançamento em Portugal sido mais tardio. O primeiro mo<strong>de</strong>lo lançou-se no<br />
mercado português em 2002.<br />
Relativamente à comunicação a Smart Portugal tem utilizado meios como a Imprensa,<br />
Publicida<strong>de</strong> Exterior, Televisão e Relações Públicas, como se po<strong>de</strong> verificar no quadro I. Nos<br />
anexos 6 e 7, apresentam-se algumas peças <strong>de</strong> comunicação dos vários mo<strong>de</strong>los smart e <strong>de</strong><br />
alguns concorrentes.<br />
Os investimentos publicitários em 2003, segundo a Marktest (Anexo 4), ultrapassaram os<br />
2.000.000 € (preços <strong>de</strong> tabela), sendo a imprensa e a televisão os meios on<strong>de</strong> se investiram as<br />
maiores verbas.<br />
Quadro I - Investimentos Publicitários da smart<br />
Fonte: Merce<strong>de</strong>s-Benz Portugal
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour<br />
Em paralelo, a smart i<strong>de</strong>aliza novas formas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver o culto pelos seus automóveis,<br />
respon<strong>de</strong>ndo a pessoas exigentes para quem um carro não é só um meio <strong>de</strong> transporte.<br />
Assim, proporciona aos seus clientes a opção <strong>de</strong> adquirir acessórios da linha <strong>de</strong> produtos<br />
smartcare ou da smartware.<br />
A smartcare é a linha original <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> conservação e limpeza, exclusiva <strong>de</strong> todos os<br />
mo<strong>de</strong>los smart, quer para o interior, quer para o exterior. (Anexo 8)<br />
A smartware apresenta-se como uma coleção <strong>de</strong> artigos a adquirir num Concessionário<br />
smart como forma <strong>de</strong> reforçar a sua i<strong>de</strong>ntificação com o “Culto smart”. Entre outros,<br />
oferecem-se mochilas, peças <strong>de</strong> vestuário, chinelos, relógios, chapéus <strong>de</strong> chuva, óculos <strong>de</strong><br />
sol, canecas, smarts em miniatura ou tele-comandados, brinquedos, pins, porta-chaves e<br />
(quase) tudo o que se possa imaginar com um estilo e <strong>de</strong>sign muito próprios da marca smart<br />
(Anexo 9).<br />
Progressivamente atenuou-se o radicalismo inovador do perfil <strong>de</strong> distribuição da marca smart.<br />
A estética associada ao ponto <strong>de</strong> venda smart já não apresenta um carácter tão ostentatório,<br />
sendo abandonada a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> existirem as características “torres” nos stands <strong>de</strong> vendas, que<br />
foi algo <strong>de</strong> extrema inovação na distribuição da marca smart. (figura 2) Aliás, em Portugal<br />
esta inovação na distribuição, nomeadamente com as torres, nunca foi muito seguida.<br />
Figura 2- Torre Smart<br />
13
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour<br />
De facto, também na estratégia <strong>de</strong> distribuição esta marca foi extremamente original,<br />
nomeadamente na <strong>de</strong>coração dos pontos <strong>de</strong> venda.<br />
Inicialmente <strong>de</strong>signados por smart Centers, os concessionários smart <strong>de</strong>vem ter instalações<br />
específicas para a sua marca, mesmo que estejam integrados em concessões <strong>de</strong> outras<br />
marcas do grupo, nomeadamente Merce<strong>de</strong>s-Benz. As instalações po<strong>de</strong>m estar próximas ou<br />
até no mesmo local, mas são completamente individualizadas, quer em termos <strong>de</strong><br />
apresentação, quer ao nível da gestão. A filosofia smart está presente na <strong>de</strong>coração dos<br />
salões <strong>de</strong> exposição.<br />
De forma similar, <strong>de</strong>ntro da política <strong>de</strong> diferentes marcas do grupo DaimlerChrysler, a marca<br />
smart mantém toda uma estrutura organizacional e <strong>de</strong> distribuição autónoma, embora<br />
beneficie <strong>de</strong> sinergias ao nível <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> topo e <strong>de</strong> I&D.<br />
Actualmente em Portugal, a smart conta com 17 pontos <strong>de</strong> venda e 13 oficinas autorizadas,<br />
distribuídos pelos principais centros urbanos <strong>de</strong> Portugal Continental e Ilhas.<br />
Mercado Automóvel Global<br />
A indústria automóvel é cada vez mais global, com uma ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor complexa do ponto<br />
<strong>de</strong> vista organizacional e tecnológico, e que ten<strong>de</strong> a reagir a um período <strong>de</strong> abrandamento da<br />
procura através <strong>de</strong> um esforço <strong>de</strong> consolidação das marcas. É um sector industrial crucial nas<br />
economias, já que inclui um produto – o veículo – que faz parte integrante da socieda<strong>de</strong>, mas<br />
também linhas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> sofisticada inovação tecnológica e espalhadas por vários<br />
países, mesmo que pertencendo a um mesmo grupo empresarial.<br />
Se nos anos 60 certas marcas e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> automóveis ajudavam a caracterizar<br />
<strong>de</strong>terminadas socieda<strong>de</strong>s (por exemplo os veículos americanos <strong>de</strong> enormes dimensões),<br />
observa-se hoje uma oferta segmentada por tipo <strong>de</strong> uso, mas que correspon<strong>de</strong> a um gosto<br />
quase universal dos consumidores dos diferentes países: o automóvel citadino, o <strong>de</strong>sportivo,<br />
o familiar, etc.<br />
14
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour<br />
Hoje é frequente a existência <strong>de</strong> um automóvel por família, mesmo <strong>de</strong> médios rendimentos<br />
familiares. Os actuais padrões sociais <strong>de</strong> forte mobilida<strong>de</strong> e flexibilida<strong>de</strong>, levam a encarar o<br />
automóvel como um produto <strong>de</strong> “gran<strong>de</strong> consumo”, pese embora o seu preço elevado e a sua<br />
gran<strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> produtiva. É um produto <strong>de</strong> consumo indispensável e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
penetração no mercado. Tornou-se na principal base <strong>de</strong> expansão da mobilida<strong>de</strong> das pessoas e<br />
<strong>de</strong> aproximação entre as regiões, sectores <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>, organizações e indivíduos.<br />
O acelerado crescimento <strong>de</strong>ste mercado levou a uma aposta constante na mo<strong>de</strong>rnização, mas<br />
também a um actual período <strong>de</strong> saturação, sobretudo nas economias <strong>de</strong>senvolvidas,<br />
nomeadamente na “tría<strong>de</strong>” composta pelos EUA, Europa Oci<strong>de</strong>ntal e Japão.<br />
Quadro II - Vendas Totais <strong>de</strong> veículos em 2002<br />
Fonte: Automotive News (2003)<br />
Constata-se uma relação directa entre a vitalida<strong>de</strong> da indústria automóvel e a das economias. A<br />
evolução das economias tem resultados nas vendas e produção <strong>de</strong> veículos. Por sua vez, o<br />
comportamento da indústria automóvel tem um forte impacto na economia, por ser uma<br />
indústria com um peso significativo nos países <strong>de</strong>senvolvidos. De facto, na generalida<strong>de</strong> das<br />
economias <strong>de</strong>senvolvidas, a evolução das taxas do PIB (indicador do crescimento económico) e<br />
da produção <strong>de</strong> veículos mostram ter comportamentos muito próximos, confirmando a<br />
existência <strong>de</strong>sta inter<strong>de</strong>pendência entre a indústria automóvel e os ciclos económicos.<br />
15
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour<br />
No quadro seguinte, observa-se que o transporte <strong>de</strong> pessoas na UE recupera após um período<br />
<strong>de</strong> algum abrandamento económico durante a primeira meta<strong>de</strong> da década <strong>de</strong> noventa e que se<br />
verifica uma correlação entre a produção automóvel e os ciclos económicos.<br />
Quadro III - Evolução do Desenvolvimento Económico e dos Transportes na UE15<br />
Fonte: UE (2001)<br />
Na América do Norte e na Europa Oci<strong>de</strong>ntal a taxa <strong>de</strong> penetração <strong>de</strong> veículos é muito<br />
significativa, ten<strong>de</strong>ndo a sua produção e vendas a estabilizar nestes mercados e o potencial <strong>de</strong><br />
vendas internas a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r da evolução da população e do crescimento económico (po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />
compra da população). Todavia, o papel do automóvel no dia a dia do indivíduo e a<br />
necessida<strong>de</strong> da sua substituição regular, permite a existência <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> crescimento positivas,<br />
embora reduzidas nos países mais <strong>de</strong>senvolvidos.<br />
Neste contexto <strong>de</strong> crescente globalização e mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas e bens, o transporte ten<strong>de</strong><br />
naturalmente a aumentar, nele se <strong>de</strong>stacando o automóvel. A mobilida<strong>de</strong> das pessoas<br />
aumentou <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 17 Km per capita por dia, em 1970, para cerca <strong>de</strong> 38 Km em 1998. A UE<br />
prevê que sejam percorridos no seu seio cerca <strong>de</strong> seis biliões <strong>de</strong> Km por ano em 2010, dos<br />
quais cerca <strong>de</strong> 77% serão realizados <strong>de</strong> automóvel (figura 3). E <strong>de</strong>stes quilómetros, uma parte<br />
muito significativa realizada no tecido urbano, já que quatro quintos da população da União<br />
Europeia vive em áreas urbanas.<br />
Estima-se que actualmente um quinto dos quilómetros viajados na UE se refira a <strong>de</strong>slocações<br />
<strong>de</strong> menos <strong>de</strong> 15 Km. Entre 1995 e 2030 espera-se que o número <strong>de</strong> quilómetros viajados na UE<br />
em áreas urbanas cresça 40%, para os quais o automóvel contribuirá com cerca <strong>de</strong> 75%, a não<br />
ser que sejam tomadas medidas fortes e concertadas para a dinamização das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
transportes públicos.<br />
16
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour<br />
Figura 3-Evolução do transporte <strong>de</strong> passageiros e mercadorias na UE15<br />
(biliões <strong>de</strong> ton.Km)<br />
7000<br />
6000<br />
5000<br />
4000<br />
3000<br />
2000<br />
1000<br />
0<br />
217<br />
1588<br />
253<br />
2294<br />
274<br />
3231<br />
290<br />
3776<br />
400<br />
4569<br />
563<br />
319 405 444 465<br />
33 74 157 241 407<br />
1970 1980 1990 2000 2010<br />
Comboio<br />
Carro<br />
Transp. Público Terrestre<br />
(exc. Comboio)<br />
Ar<br />
Fonte: VDA (2001)<br />
Não obstante a emergência do conceito <strong>de</strong> trabalhar em casa com o teletrabalho e o ecommerce,<br />
a mobilida<strong>de</strong> continuará a ser um requisito crucial para a socieda<strong>de</strong>. Todavia, as<br />
crescentes consequências e preocupações ambientais, aliadas aos recursos energéticos<br />
tradicionais escassos, estão a alterar o padrão <strong>de</strong> uso do automóvel e o seu próprio conceito.<br />
Também se vislumbra, por parte das entida<strong>de</strong>s regulamentadoras e das várias indústrias do<br />
sector automóvel e <strong>de</strong> transporte, um esforço <strong>de</strong> integração <strong>de</strong> políticas ao nível da mobilida<strong>de</strong><br />
e dos transportes, do ambiente e da energia, da segurança e da inovação e <strong>de</strong>senvolvimento<br />
industrial, sustentando, assim, a mobilida<strong>de</strong> no futuro.<br />
A agressivida<strong>de</strong> entre fabricantes e a gran<strong>de</strong> diversificação da oferta levaram a uma evolução<br />
<strong>de</strong> um mercado do tipo “manufacturer push” para um do tipo “consumer pull”, on<strong>de</strong> o<br />
consumidor é mais exigente e consciente do seu papel como elemento fundamental do<br />
dinamismo do sector. É cada vez mais evi<strong>de</strong>nte a tendência para a segmentação do mercado<br />
com a emergência <strong>de</strong> nichos.<br />
17
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour<br />
Em 1999 os veículos <strong>de</strong> segmentos <strong>de</strong> nicho representavam no total 43% do mercado mundial<br />
<strong>de</strong> veículos <strong>de</strong> passageiros, <strong>de</strong>stacando-se os segmentos dos Sport Utility Vehicles (veículos <strong>de</strong><br />
tracção integral, <strong>de</strong> superior altura ao solo), os Multi Purpose Vehicles (os chamados minivans<br />
ou monovolumes), os <strong>de</strong>sportivos, os <strong>de</strong> luxo e os citycars (<strong>de</strong>dicados ao percurso em tráfego<br />
citadino em conjunto com menores custos <strong>de</strong> utilização). Emergem ainda os crossovers, ou seja<br />
veículos que conjugam características <strong>de</strong> dois ou mais segmentos, como é o caso do Merce<strong>de</strong>s<br />
GST que é um híbrido <strong>de</strong> MPV, station wagon e SUV.<br />
Á medida que a saturação do mercado nos países <strong>de</strong>senvolvidos se aproxima, a renovação do<br />
parque automóvel ten<strong>de</strong> a ser conduzida para a procura <strong>de</strong> novas soluções. Assim, a<br />
diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los tem vindo a aumentar, provocando uma diminuição das vendas por<br />
mo<strong>de</strong>lo. A procura <strong>de</strong> veículos mais funcionais <strong>de</strong>staca, sobretudo na Europa Oci<strong>de</strong>ntal, o<br />
crescimento dos pequenos citadinos (segmento A) e dos pequenos utilitários (segmento B),<br />
bem como os SUVs e os MPVs, que associam o uso diário, a flexibilida<strong>de</strong> e o lazer.<br />
Os verda<strong>de</strong>iros drivers do mercado são hoje a inovação e a tecnologia.<br />
A imagem <strong>de</strong> marca é um activo importante num mercado maduro e é cada vez mais associada<br />
à capacida<strong>de</strong> em usar a tecnologia e a inovação para <strong>de</strong>senvolver atributos do produto, como o<br />
conforto, o <strong>de</strong>sempenho dinâmico, a fiabilida<strong>de</strong>, a segurança, o respeito pelo meio ambiente e<br />
pela mobilida<strong>de</strong>. Este último factor tem provocado uma segmentação <strong>de</strong> mercado em veículos<br />
a<strong>de</strong>quados a diferentes perfis <strong>de</strong> utilização.<br />
As marcas constróem a sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> em torno <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados atributos diferenciáveis, em<br />
conjugação com factores subjectivos como o styling e a transmissão <strong>de</strong> sensações e <strong>de</strong> status:<br />
a Citroen pelo conforto, a Merce<strong>de</strong>s pela fiabilida<strong>de</strong>, a BMW pelo comportamento dinâmico.<br />
Mercado Automóvel em Portugal<br />
O parque automóvel português espelha da correlação entre a vitalida<strong>de</strong> económica e da riqueza<br />
do país (representada pelo PIB) e o nível <strong>de</strong> penetração e renovação dos veículos. Integrado na<br />
Europa Oci<strong>de</strong>ntal, Portugal apresenta um índice <strong>de</strong> penetração já elevado, mas com um parque<br />
automóvel envelhecido, como se po<strong>de</strong> observar pela análise dos seguintes quadros.<br />
18
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour<br />
Quadro IV - Índice <strong>de</strong> penetração <strong>de</strong> veículos em Portugal (2000) e nos restantes<br />
países (1999)<br />
País<br />
PIB per capita (mil<br />
População (milhões)<br />
€)<br />
EUA 29 900 273 760<br />
Alemanha 26 044 82 547<br />
França 24 464 59 536<br />
Brasil 4 578 165 114<br />
Índia 395 976 8<br />
China 730 1 254 11<br />
Portugal 12 280 10 464<br />
Veículos por<br />
mil habit<br />
Fontes: INE 2001 (Portugal) e UNECE e AW 2000 (restantes países)<br />
Segundo se observa nos valores do estudo Barómetro Auto da Data E (grupo Marktest)<br />
realizado em 2003, o parque automóvel português caracteriza-se por uma percentagem elevada<br />
<strong>de</strong> veículos <strong>de</strong> baixa e média cilindrada, dos segmentos inferior e médio inferior e relativamente<br />
envelhecidos.<br />
Anos<br />
Quadro V - Posse <strong>de</strong> veículos em Portugal por ano <strong>de</strong> registo<br />
Total<br />
veiculos<br />
Seg A seg B seg C Seg D SegE/F<br />
Até 98 2248 68 1094 723 318 44<br />
1999/01 1094 25 472 384 194 21<br />
2002/03 365 12 153 141 55 4<br />
Total (mil) 3707 105 1719 1248 566 69<br />
Nota: É a seguinte a <strong>de</strong>signação dos segmentos:<br />
Fonte: Data E, Barómetro Auto 2003<br />
A = Económico, com marcas como Fiat Seicento, Renault Twingo, Daewoo Matiz, VW Lupo, Ford KA<br />
B = Inferior, com marcas como: Fiat Punto, Renault Clio, Peugeot 206, Seat Ibiza, Ford Fiesta, VW Polo,<br />
Citroen C3<br />
C = Médio Inferior, com marcas como: Opel Astra, Ford Focus, VW Golf, Renault Megane<br />
D = Médio <strong>Superior</strong>, com marcas como: Opel Vectra, Fiat Marfa, Alfa Romeo 156, Volvo S-V40, Merce<strong>de</strong>s<br />
Classe C, Audi A4<br />
E/F – <strong>Superior</strong> e Luxo, com marcas como: Alfa Romeo 166, Merce<strong>de</strong>s das classes E e S, Jaguar, BMW<br />
séries 5 e 7<br />
19
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour<br />
Quadro VI - Posse <strong>de</strong> veículos por cilindrada do automóvel<br />
Cilindrada<br />
Total<br />
veiculos<br />
seg A seg B seg C seg D segE/F<br />
até 1220cc 1198 71 1034 78 15 1<br />
1201/1400 1276 28 480 705 62 1<br />
1401/1700 611 3 137 307 158 7<br />
mais 1700 622 4 67 158 332 60<br />
Total (mil) 3707 105 1719 1248 566 69<br />
Fonte: Data E, Barómetro Auto 2003<br />
Segundo este estudo da Data E, as marcas com mais penetração em Portugal, por or<strong>de</strong>m<br />
<strong>de</strong>crescente <strong>de</strong> número <strong>de</strong> veículos possuídos, são: Opel (507 mil), Renault, Fiat, VW, Ford,<br />
Peugeot, Citroen, Honda, Toyota, Seat, Rover, Nissan (Datsun), Merce<strong>de</strong>s (80 mil), BMW, Audi,<br />
Hyundai, Mitsubishi, Lancia, Skoda, Volvo, Mazda, Alfa Romeo, Suzuki, Saab, Porsche (2 mil).<br />
Dentro do segmento A – económico – a posição relativa, por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente <strong>de</strong> número <strong>de</strong><br />
veículos por marca é: Nissan (Datsun) (30 mil), Fiat (14 mil), Hyundai (13 mil), Ford (11 mil),<br />
Seat (8 mil), Citroen (6 mil).<br />
Dentro do segmento B – Inferior – as marcas com maior peso, por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente <strong>de</strong><br />
número <strong>de</strong> veículos possuídos, são: Renault (289 mil), Fiat (277 mil), Opel (256 mil), Peugeot<br />
(183 mil), Ford (159 mil), Citroen (158 mil).<br />
A Merce<strong>de</strong>s, segundo valores do mesmo estudo, tem expressão nos segmentos D e E/F,<br />
respectivamente com 61 mil e 11 mil veículos.<br />
20
(…)<br />
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour<br />
De facto, pensa Pedro Névoa, o crescimento <strong>de</strong> vendas é notório e parece haver uma fatia <strong>de</strong><br />
mercado possível para o forfour, cuja especificida<strong>de</strong> dos seus atributos permite <strong>de</strong>finir<br />
fronteiras e espaço para cada um dos mo<strong>de</strong>los. Será o automóvel para quatro (ou mais), capaz<br />
<strong>de</strong> vingar num segmento tão competitivo, on<strong>de</strong> o factor preço <strong>de</strong>sempenha por vezes o papel<br />
mais importante?<br />
Pedro Névoa estima que, com um orçamento publicitário distribuído por spots televisivos,<br />
cartazes <strong>de</strong> rua (mupis e outdoors) e anúncios <strong>de</strong> imprensa, po<strong>de</strong>rá ultrapassar as mil unida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> forfour até Dezembro <strong>de</strong> 2004. A sua principal questão é a do impacto que esta<br />
campanha e este lançamento do forfour terá na imagem/i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> da marca smart?<br />
21
Anexos<br />
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour<br />
Anexo 1 –génese e missão<br />
Anexo 2 – proposta <strong>de</strong> valor ao cliente<br />
Anexo 3 –parceiros e serviços<br />
Anexo 4 – gama <strong>de</strong> produtos<br />
Anexo 5 – evolução das vendas<br />
Anexo 6 - dados <strong>de</strong> 2003<br />
Anexo 7 - evolução da base <strong>de</strong> clientes – Activida<strong>de</strong>s<br />
Anexo 8 - evolução da base <strong>de</strong> clientes – Empresas<br />
Anexo 9 - evolução da base <strong>de</strong> clientes – Distritos<br />
Anexo 10 - evolução da base <strong>de</strong> clientes – Categorização<br />
Anexo 11 – dados do 1º semestre <strong>de</strong> 2004<br />
Anexo 12 – evolução da base <strong>de</strong> clientes em 30 junho 2004<br />
22
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour<br />
Anexo 1 – Gama smart<br />
23
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour<br />
24
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour<br />
Anexo 2 – Vendas dos mo<strong>de</strong>los Smart<br />
275<br />
250<br />
225<br />
200<br />
175<br />
150<br />
125<br />
100<br />
75<br />
50<br />
25<br />
0<br />
Janeiro<br />
Fevereiro<br />
Comparação Mensal <strong>de</strong> Vendas<br />
Abril<br />
Maio<br />
Junho<br />
Julho<br />
Agosto<br />
Setembro<br />
Outubro<br />
Novembro<br />
Dezembro<br />
2001<br />
2002<br />
2003<br />
25
Coupé<br />
Cabrio<br />
Roadster<br />
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour<br />
Vendas por mo<strong>de</strong>lo<br />
Vendas Retalho - 2003 Totais 2003<br />
2004<br />
Jan. Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Unid. % Jan.<br />
Pure 45 cv 13 5 2 0 2 0 0 0 0 0 0 0 22 1,1% 0<br />
Pure 55 cv 4 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 7 0,3% 0<br />
Pure CDI 10 2 3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 16 0,8% 0<br />
Pulse 61 cv 26 4 4 1 0 2 1 1 0 0 0 1 40 1,9% 0<br />
Pulse CDI 10 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 11 0,5% 0<br />
Passion 55 cv 41 5 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 50 2,4% 1<br />
Passion CDI 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0,4% 0<br />
CDI - Pure+ 1 4 15 11 4 3 11 18 21 31 22 24 165 7,9% 12<br />
CDI - Pulse 1 2 4 5 5 5 10 8 11 4 7 9 71 3,4% 5<br />
CDI - Passion 0 10 9 5 5 4 16 13 10 8 11 21 112 5,4% 5<br />
50cv - Pure 4 6 9 16 12 15 18 7 17 14 27 36 181 8,7% 19<br />
61cv - Pure+ 0 11 14 21 9 10 24 16 29 31 39 46 250 12,0% 24<br />
61cv - Pulse 0 23 13 17 12 14 30 29 34 16 25 19 232 11,1% 18<br />
61cv - Passion 9 27 16 31 17 18 42 31 33 37 31 30 322 15,5% 41<br />
Brabus 2 0 1 3 3 1 1 2 3 3 1 0 20 1,0% 0<br />
Pure 55 cv 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 0,1% 0<br />
Pure CDI 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0,0% 0<br />
Pulse 61 cv 17 2 1 1 2 0 1 0 0 0 0 0 24 1,2% 0<br />
Pulse CDI 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,0% 0<br />
Passion 55 cv 8 2 1 0 1 0 1 2 0 2 0 0 17 0,8% 0<br />
Passion CDI 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0,1% 0<br />
CDI - Pure+ 0 0 0 0 0 1 0 0 2 0 0 1 4 0,2% 1<br />
CDI - Pulse 1 0 0 0 2 0 2 0 4 1 1 1 12 0,6% 2<br />
CDI - Passion 0 1 2 1 2 1 7 5 2 2 1 3 27 1,3% 3<br />
61cv - Pure+ 0 1 0 6 1 5 7 7 15 4 3 6 55 2,6% 3<br />
61cv - Pulse 0 1 3 5 4 7 13 5 5 5 2 3 53 2,5% 5<br />
61cv - Passion 0 2 8 13 10 10 21 8 10 8 6 10 106 5,1% 12<br />
Brabus 0 0 1 1 2 0 1 1 1 2 2 0 11 0,5% 0<br />
Crossbla<strong>de</strong> 0 0 0 1 2 1 1 1 0 0 0 0 6 0,3% 0<br />
Total City<br />
157 111 111 140 96 97 208 155 197 168 178 210 1828 87,8% 151<br />
Roadster 61cv 0 0 0 0 0 0 6 12 13 12 3 8 54 2,6% 11<br />
Roadster 82cv 0 0 0 7 18 24 22 16 17 11 4 7 126 6,1% 24<br />
Roadster Brabus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0% 0<br />
Roadster coupé 0 0 0 7 8 9 10 12 12 6 4 5 73 3,5% 12<br />
Road. Coupé Brabus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0% 0<br />
Total Roadster<br />
0 0 0 14 26 33 38 40 42 29 11 20 253 12,2% 47<br />
Totais 157 111 111 154 122 130 246 195 239 197 189 230 2081 100,0% 198<br />
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MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour<br />
ANEXO 3: Características e preços do smart e seus concorrentes<br />
Relativamente aos preços e principais características dos concorrentes directos por mo<strong>de</strong>lo<br />
específico, po<strong>de</strong>mos encontrar no quadro seguinte alguns dados:<br />
Fonte: revista Autohoje - edição especial – 5 e 6 <strong>de</strong> Maio<br />
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ANEXO 4: Investimentos publicitários do smart e seus concorrentes (2003)<br />
Fonte: Marktest<br />
ANEXO 4:<br />
Vendas da Marca smart e seus Concorrentes<br />
Os seguintes dados indicam o volume <strong>de</strong> vendas da marca smart e das<br />
principais marcas concorrentes.<br />
Os valores <strong>de</strong> Fevereiro a Abril <strong>de</strong> 2004 são uma estimativa.<br />
Fonte: Marktest<br />
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MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour<br />
ANEXO 5: Vendas da marca smart e seus concorrentes<br />
VENDAS DE VEÍCULOS LIGEIROS DE PASSAGEIROS<br />
(Valores Provisórios)<br />
mês <strong>de</strong> ABRIL Janeiro a Abril (acumulado)<br />
Unida<strong>de</strong>s % quota <strong>de</strong> Mercado Unida<strong>de</strong>s % quota <strong>de</strong> Mercado<br />
2004 2003 Var. 2004 2003 2004 2003 Var. 2004 2003<br />
Peugeot 1.744 1.797 -2,9 10,35 10,53 7.273 7.786 -6,6 10,87 12,01<br />
Citroen 1.325 1.273 4,1 7,86 7,46 5.169 5.188 -0,4 7,72 8,00<br />
Fiat 559 965 -42,1 3,32 5,66 2.711 3.295 -17,7 4,05 5,08<br />
Merce<strong>de</strong>s 725 635 14,2 4,30 3,72 2.622 2.626 -0,2 3,92 4,05<br />
Nissan 239 314 -23,9 1,42 1,84 1.245 1.232 1,1 1,86 1,90<br />
Smart 229 154 48,7 1,36 0,90 779 533 46,2 1,16 0,82<br />
MG 71 73 -2,7 0,42 0,43 292 345 -15,4 0,44 0,53<br />
Daewoo 64 111 -42,3 0,38 0,65 218 315 -30,8 0,33 0,49<br />
Total 16.855 17.064 -1,2 100,00 100,00 66.937 64.834 3,2 100,00 100,00<br />
Fonte: ACAP - Associação do Comércio Automóvel <strong>de</strong> Portugal<br />
NOTA: Com base no Instrumento <strong>de</strong> Notação registado no INE sob o nº 1892, válido até 04.12.31<br />
Os valores <strong>de</strong> Janeiro a Abril <strong>de</strong> 2004 são estimativa<br />
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ANEXO 6: Peças publicitárias smart<br />
smart fortwo: Imprensa<br />
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Smart roadster: Outdoor<br />
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Smart Forfour<br />
Imprensa<br />
Outdoor<br />
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour<br />
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PLV<br />
MANUAL DE CASOS PORTUGUESES CASO smart forfour<br />
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Anexo 7: Publicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguns concorrentes<br />
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ANEXO 8: Produtos da gama <strong>de</strong> acessórios smartcare<br />
ANEXO 9: Produtos da gama <strong>de</strong> acessórios smartware<br />
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