Edição Nº 167 - Cooabriel

ADUBAR ADUBAR É É PRECISO
PRECISO
PODA...
A alta nos preços dos insumos elevou o custo
de produção, contudo, técnicos e diretores
da Cooabriel avaliam que diminuir a adubação
nas lavouras vai trazer consequências sérias
para o “bolso” do produtor.
A melhor estratégia é manter a adubação no
cafeeiro e as demais tecnologias de produção
para segurar o potencial de produtividade da
lavoura, pois do contrário, um menor rendimento
por hectare, vai elevar o custo final.
O produtor não pode deixar de adubar, pois
isto refletirá nas safras futuras. Ele precisa ter
o máximo de eficiência com esta tecnologia.
Uma análise dos engenheiros agrônomos do
programa educampo café conilon (Cooabriel e
Sebrae-ES), mostra a relação benefício/custo do
investimento em adubação e o retorno que proporciona.
Mostram através de um estudo que mesmo na
atual situação do aumento dos preços dos fertilizantes,
a adubação é economicamente viável
para o produtor.
A adubação correta aumenta a produtividade
agrícola. A adubação é de grande importância,
pois consiste em corrigir deficiências naturais em
algum nutriente importante para o crescimento
das plantas ou para repor nutrientes removidos
pelas colheitas. A lavoura na pós-colheita reinicia
um novo ciclo produtivo e nesse momento necessita
de nutrientes como "alimento" através
da adubação, de importância para o resultado
futuro da lavoura.
GUIA GUIA DO DO CAFEICUL
CAFEICULTOR
CAFEICUL OR
PÁGINA PÁGINA 05
05
EDUCAMPO EDUCAMPO EDUCAMPO CAFÉ CAFÉ CAFÉ CONILON
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06
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P ALHA - - ES ES ANO ANO XXI XXI XXI Nº Nº 167 167 - - JUNHO/JULHO/08
JUNHO/JULHO/08
CAFÉ DE TERREIRO EM ALTA
A Cooabriel já está comercializando o café de terreiro
a um preço acima dos cafés de secadores a fogo direto
e estuda a viabilidade de melhorar ainda mais a diferença
para a próxima safra.
Além de focar a qualidade, esse sistema de preparo
torna-se mais econômico para os produtores na visão
dos diretores. E sugerem que se preparem em terreiros
de cimento, asfalto ou estufa.
A Cooabriel vem valorizando os cafés de terreiro, seco ao
sol, principalmente em terreiro de cimento, de asfalto ou em
estufa, pois entende que esse processo confere ao grão características
de corpo, aroma e sabor pela migração de
enzimas da casca.
Desde o ano passado, o mercado tem se manifestado
quanto aos problemas da qualidade do café ofertado por apresentar
alto cheiro de fumaça devido a secagem em secadores
a fogo direto com altas temperaturas na massa do café,
ainda com lenha molhada, palha e até outros materiais para
A OCB-ES SECOOP-ES, divulgou a lista dos 35 jovens aprovados
e os suplentes que participaram do processo seletivo do
primeiro curso no Espírito Santo para formação de Jovens Lideranças
Cooperativistas. Esse curso vai capacitar jovens da região
noroeste capixaba da faixa de 16 a 24 anos e motivá-los a
desenvover habilidades voltadas para o cooperativismo, através
de conhecimento teórico e vivencial das disciplinas
cooperativismo, administração e liderança.
A promoção é do Serviço Nacional de Aprendizagem do
Cooperativismo - SESCOOP, juntamente com a unidade estadual
- OCB-ES- Sescoop-ES, com apoio das cooperativas da região:
Cooabriel, Sicoob Norte, Coopesg e Veneza, que se
empenharam em recrutar e cadastrar os jovens para a primeira
fase do programa. Foram inscritos 137 jovens, dos quais 82
participaram da fase de seleção que aconteceu de 09 a 11 de
julho último em São Gabriel da Palha, com prova de redação,
prova de português e entrevista.
Confira na página 04
queima, o que tem prejudicado a imagem do café.
“Queremos melhorar cada vez mais nosso produto
e sabemos que o café de terreiro, se bem preparado,
conserva características para um grão de qualidade’ -
declarou o presidente, Antônio Joaquim de Souza Neto,
e disse que além do diferencial de preço no café pago
pela cooperativa, ela promove a qualidade do conilon
com a ação do Concurso Conilon de Excelência
Cooabriel, que premia os melhores lotes, especialmente
nos quesitos aroma e sabor.
Em 2008 estamos realizando o 5º Concurso e até o
fechamento desta edição (16/07) foram realizadas 87
inscrições, que ainda serão recebidas até na sexta-feira
(18/07), e o prazo para a entrega do lote vai até dia 31/07.
O concurso vai premiar os 20 melhores cafés da safra
2008 e vai distribuir o equivalente a 177 sacas de café
aos vencedores, além de um prêmio de qualidade com
12% a mais no preço do volume dos lotes classificados.
SAI LISTA DOS APROVADOS NO CURSO
JOVENS LIDERANÇAS COOPERATIVISTAS
o

EXPEDIENTE
JUNHO/JULHO 2
EDITORIAL
JÁ FALÁVAMOS DA QUEBRA
Temos duas realidades dentro do cenário atual da
cafeicultura e que nos remete a expectativas futuras: A
primeira é que a quebra de café conilon - safra 2008/9
é maior do que nossa previsão. Fomos pegos de surpresa.
As lavouras estavam bonitas em função de todos
os tratos culturais que fizemos nos últimos três
anos e que refletiram no bom aspecto das lavouras,
que realmente produziram, mas não apresentaram rendimento
por planta, em função da falta de chuvas de
maio a outubro do ano passado, que prejudicou, principalmente
a uniformidade da florada. Depois de ouvirmos
centenas de associados e não associados do
Espírito Santo e até do sul da Bahia, concluímos que
em média teremos mais de 40% de quebra.Todos fomos
pegos de surpresa, produtores, cooperativas, exportadores,
industriais e órgãos de levantamento estatístico
como Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Outra realidade é a alta nos preços dos insumos,
sobretudo, fertilizantes que tiveram um aumento de abril
de 2007 a julho deste ano, de mais de 80% o que aumentou
o custo de produção.
Apesar de reduzir a margem de ganho, a hora é de
planejar e montar as estratégias. Temos a preocupação
de como conduziremos as ações para equilibrar
os resultados futuros, mas uma coisa é certa, jamais
poderemos deixar de cuidar das nossas lavouras, senão
tudo vai ser pior. Reduzir tecnologia ou reduzir o
uso de insumos na lavoura vai ser um desastre. Temos
que continuar adubando, controlando os custos,
cuidando. Afinal, nossa lavoura é nosso negócio, então,
é preciso estar atento em como cuidar desse negócio
em época de incertezas.
Os sócios que estão nos programas de acompanhamento
da Cooabriel, como o Educampo e a
Consultoria Técnica estão tendo uma visão mais equilibrada
desta realidade e por isto concordamos que
esses dois programas da Cooabriel estão mudando o
rumo da cafeicultura de conilon. Na consultoria trabalha-se
profundamente os aspectos tecnológicos.
O Educampo profissionaliza o cafeicultor pelos seus
ENCONTR
ENCONTRO ENCONTR O COM COM PR PRODUT PR ODUT ODUTORES
ODUT ORES
No dia 27 de junho dois novos encontros com sócios
(em São Gabriel da Palha e em Nova Venécia) marcaram
a adesão de mais produtores ao projeto de consultoria
técnica agronômica que a Cooabriel disponibiliza com o
objetivo de ampliar a capacidade tecnológica desses
produtores na condução da atividade cafeeira.
A ocasião foi para mostrar aos produtores os objetivos,
as ações e as condições de adesão ao projeto, bem como,
a apresentação de resultados em produtividade alcançados
desde a implantação das ações em julho de 2005.
Presente nos dois momentos, o presidente, Antônio
Joaquim de Souza Neto, falou do apoio da diretoria ao
desenvolvimento e ampliação do projeto enfatizando a
importância do manejo tecnológico das lavouras para
melhorar a produtividade e rentabilidade com a atividade.
“Vamos aderir e fazer a diferença. Faça do técnico seu
aliado na melhoria da atividade, portanto, dialogue, aprenda,
faça certo, porque quem fizer bem feito vai se dar bem.
Mudei minha vida, obtive grandes resultados, acreditando
em tecnologias” - destacou.
O coordenador técnico do programa, o engenheiro
agrônomo, Wander Ramos Gomes, conduziu as reuniões,
apresentando o programa, as estratégias de trabalho no
campo, sanando as dúvidas.
Presente à reunião, o sócio Josiel Adamer Louzada, do
Córrego Vargem Alegre, de Vila Valério-ES, disse estar
entrando no projeto para mudar sua realidade em café, a
exemplo de muitos sócios que melhoraram muito sua
produção depois que passaram a receber assitência
agronômica da Cooperativa. Ele participou do dia de campo
sobre produtividade promovido pela cooperativa em maio
último e desde então percebeu que poderia avançar mais.
Revelou que trabalhava errado, com precária tecnologia,
numa média de 03 litros por pé. Destacou que já recebeu
a primeira visita do agrônomo e as orientações que ele
passou já deu diferença na lavoura. “Era como se estivesse
de olhos vendados” - falou o produtor que disse estar muito
confiante com o aprendizado que terá com a assistência
agronômica da Cooabriel.
COOABRIEL - Cooperativa Agrária dos
Cafeicultores de São Gabriel
Data de Fundação - 13/09/1963
Av. João XXIII, nº08 Centro São Gabriel da
Palha ES Caixa Postal 14-0057
CEP 29780-000 Telefax: (27) 3727 1152
(27) 9942-6977 e (27) 9942-6574
E-mail: cooabriel@cooabriel.com.br
Site: www.cooabriel.com.br
aspectos metodológicos, sobretudo, o gerenciamento
do negócio café. Numa reunião que aconteceu com
todos os integrantes do Programa, no dia 30 de junho,
ficou evidente a evolução do pensamento do grupo em
relação a esta realidade. Todos têm a consciência, com
custos calculados, de que agora não se pode deixar de
cuidar da lavoura de café, pois torna-se muito mais caro
sua recuperação.
Como esses cafeicultores, que a Cooabriel tem o
orgulho de motivar em parceria com o SEBRAE-ES e
apoio (neste ano) da OCB-ES/SESCOOP-ES e também
pelo trabalho maravilhoso da Consultoria Técnica
Agronômica por estar abrindo a visão dos cafeicultores
no manejo tecnológico, vamos melhorar nossa atividade.
Convidamos outros a participarem desses projetos
agora, mais do que nunca para pensarem diferente.
Não mais poderemos recuar. Temos que seguir, pois
dias ainda melhores virão. Outro aspecto importante,
nessa abordagem é a qualidade do café. Um fator positivo
em meio a tudo é que muitos dos nossos sócios
entenderam a necessidade de mudar a atitude em relação
à qualidade do café oferecido. Nosso “V Concurso
Conilon de Excelência Cooabriel” inscreveu 87 lotes
até esta data (16/07), prova de que há uma preocupação
com o produto a ser oferecido. Estamos vendo
esta dedicação e por isto os 20 finalistas receberão
um diferencial de 12% sobre o preço do café, além da
premiação final que vai distribuir o equivalente a 165
sacas de café.
Ainda falando em qualidade, recordamos que neste
ano, já estamos comercializando o café de terreiro a
um preço acima dos cafés de secadores a fogo direto
e que estamos estudando a viabilidade de melhorar para
a próxima safra, pois acreditamos que o café seco em
terreiros, principalmente de cimento ou em estufa merecem
um diferencial. Portanto, sugerimos aos produtores
fazerem seus terreiros de cimento, de asfalto ou
estufa.
Antônio Joaquim de Souza Neto
Presidente
O sócio, Jonathan Rondelli, falou da sua motivação em
iniciar no projeto para aprender os processos tecnológicos
em lavouras já implantadas e também em novos plantios
aonde conduzirá com acompanhamento tecnico todas as
etapas, desde a escolha da muda (mudas da Cooabriel já
encomendadas). “Vejo que cada dia mais é preciso ser
profissional, produzir da melhor forma, com custos mais
baixos, aumentando a produtividade e rentabilidade com a
atividade” - avaliou
Diretor: Antônio Joaquim de Souza Neto
Redação: Ângela Maria Pelissari
Editoração - COMPOR
Fotografia - Foto do Geraldo e equipe
Jornal da Cooabriel
Impressão - Gráfica Cricaré
Tiragem - 1500 exemplares
As matérias do Jornal da COOABRIEL,
poderão ser reproduzidas, desde que
seja citada a fonte
AURÉLIO BASTIANELLO
TRIBUTO A UM LÍDER
No dia 28 de junho, com a presença do Governador,
Paulo Hartung, aconteceu a festa de inauguração
da “Praça Aurélio Bastianello”, no centro de São
Gabriel da Palha, que homenageou este grande líder
do cooperativismo gabrielense. O presidente da
Cooabriel, Antônio Joaquim de Souza Neto e inúmeros
sócios da Cooperativa participaram orgulhosamente
daquele momento, prestigiando esse inesquecível
líder, que foi representado na ocasião, por um
numeroso grupo da família Bastianello, inclusive, no
discurso do filho, conselheiro administrativo da
Cooabriel, o advogado, Dr. Luiz Carlos Bastianello.
Abaixo, resumo do perfil desse líder, que compôs
o acervo histórico, exposto durante a inauguração.
A u r é l i o
Bastianello, nascido
em 16/06/1927 em
Alfredo Chaves-ES.
Imigrou-se no ano de
1945 para São
Gabriel da Palha,
onde casou-se
(1956) com a Senhora
Alaídes Bragatto
Bastianello tendo
quatro filhos: Dalila
Maria, Orígenes, Luiz
Carlos e Marcos. Era
entusiasmado pela
vida, produtor rural,
construtor, acreditava
na força da cooperação,
precursor
do cooperativismo, sócio fundador e presidente da
Cooabriel durante oito anos (1974 a 1982), eleito presidente
da CENTALCOOP, não exercendo o cargo
pois faleceu em 02 de junho de 1982, aos 55 anos.
Apaixonado pela cultura, foi fundador e coordenador
do Coral e Clube Ítalo Gabrielense.
O nome desta praça é uma homenagem merecido
a este brilhante líder e empreendedor, grande esposo,
pai e amigo inesquecível.
DIA DIA INTERNACIONAL INTERNACIONAL DO
DO
COOPERA
COOPERATIVISMO
COOPERA TIVISMO
No primeiro sábado de julho é comemorado o Dia
Internacional do Cooperativismo, portanto, neste ano
na data de 05 de julho o cooperativismo no mundo inteiro
fez referência a esse dia nas mais variadas formas
para reforçar as bases desse movimento iniciado
em 1844 na Inglaterra por 28 tecelões.
Em São Gabriel da Palha a comemoração reforçou
a área educacional. A Coopesg - Cooperativa Educacional
de São Gabriel da Palha promoveu um evento com
ação ambiental onde alunos e professores da escola
com apoio da Cooabriel, Sicoob Norte e do Sistema
OCB-SESCOOP/ES, realizaram a feira cultural com
trabalhos científicos, exposição de cartazes e fotos em
barracas montadas no centro da cidade, mobilizando
todos visitantes com distribuição de mudas de plantas
e sacolinhas ecológicas, panfletagem, apresentações
teatrais e coreografia sobre a preservação do meio ambiente.
O dia foi também lembrado por estudantes de outras
escolas e pela comunidade em geral, num evento
de jogos cooperativos, realizado na escola Irmã
Adelaide Bertocchi em São Gabriel da Palha, e contou
com o apoio da Cooabriel, do Sicoob/ES e participação
do tiro de guerra do município.
Diretoria Executiva - Antônio Joaquim de Souza Neto (Presidente), José Colombi Sobrinho
(Vice-Presidente), Onivaldo Lorezoni (Secretário).
Conselheiros Administrativos: Albertinho Pinaffo, Juremar Pin, Luiz Carlos Bastianello,
Mateus de Jesus Oliveira, Sebastião Marques Machado.
Conselheiros Fiscais:
Efetivos: Antônio Carlos Soares, Waldir Martinelli, Zilto Acerbi.
Suplentes: Gilmar Luiz Cuquetto, João Ronquetti e Walace Tiengo Gomes.
Jornal da Cooabriel - fundado em março de 1987 - Distribuição gratuita

“V CONCURSO CONILON DE EXCELÊNCIA
COOABRIEL” - 177 SACAS EM PRÊMIOS
A Cooabriel vai distribuir o equivalente
a 177 sacas de café em prêmios
aos 20 vencedores do seu V Concurso
Conilon de Excelência
Cooabriel”, que equivale a
R$35.400,00 podendo esse valor variar
de acordo com o preço do café
(conilon tipo 7 até 10% de broca - tabela
Cooabriel) até a data da
premiação que acontecerá em 10 de
setembro de 2008.
. No dia 29 de agosto próximo, de acordo com o regulamento
do Concurso, será divulgada em ordem alfabética
a lista dos 20 sócios classificados que além
dos prêmios receberão um diferencial de 12% sobre
cada saca dos lotes de café classificados. Portanto,
os melhores cafés conilon da safra 2008 produzidos
na área de ação da Cooabriel serão premiados na cerimônia
do Programa de Qualidade Café da Cooabriel
em São Gabriel da Palha, no dia 10 de setembro.
Algumas etapas serão ralizadas no Centro de Prova
da Cooabriel por uma equipe de profissionais da área
de degustação.
A Cooabriel realiza esse concurso com seus associados
desde o ano de 2003 para exatamente promover
a qualidade do grão e premiar os sócios que produzirem
cafés de excelente qualidade nos quesitos físicos
e sensoriais (tipo, aspecto, aroma e sabor), sobretudo,
nos cuidados do produtor nos processos de
colheita e secagem do grão. No concurso do ano passado,
vários classificados secaram o café em laje de
pedra, processo que segundo os produtores, funciona
como uma fornalha natural.
Esse concurso trará café processado no sistema
cereja descascado e cafés naturais. E conforme informação
do gerente da Cooabriel em Nova Venécia,
Waldecir Shimidt, um entusiasta desse programa, o
concurso está trazendo uma visão diferente do produtor
em trabalhar seu café para a qualidade. Ele vem
acompanhado sócios que se preparam para estar entre
os 20 classificados, através da preocupação, es-
VISITA DO GTEC CAFÉ
De 02 a 03 de junho último, um grupo de 34 profissionais
da área agronômica e de pesquisa, membros do
GTEC - Grupo Técnico em Café das regiões do sul de
Minas e oeste Paulista estiveram em São Gabriel da
Palha para um encontro com equipe da Cooabriel e
visita a lavouras de café conilon da região, como parte
da rota de estudos no Espírito Santo.
O grupo é formado por especialistas nas diversas
áreas do agronegócio. Dentre eles, o pesquisador do
Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Luiz Carlos
Fazuoli, especialista em genética e melhoramento do
cafeeiro e doutor em Biologia Vegetal, que tem sua carreira
marcada por estudos que influenciaram a cafeicultura
nacional.
Compõe também o grupo o reitor da Universidade
No dia 8 de julho, representantes da área de estudos
do café da Costa Rica, senhores Ramon Olato
Montero, Francisco Flores Negrini, Ricardo Hernandez
e Ronald Peters, executivos do Instituto do Café da
Costa Rica (ICAFE) visitaram as dependências da
Cooabriel, acompanhado do pesquisador do INCAPER-
Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e
Extensão Rural, José Antônio Lani. Eles foram recebidos
pelo vice-presidente, José Colombi Filho na sede
administrativa e juntos puderam trocar experiências.
Os grupo chegou ao Brasil no dia 28/06 passando
por São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, visitando
as regiões de café arábica para ver os diferentes sistemas
de produção e mecanização. E uma análise sobre
os avanços em produtividade e melhoramento genético
do café conilon capixaba em Vitória, Linhares,
Jaguaré e São Gabriel da Palha.
PREMIAÇÃO:
Além do prêmio por saca, os vencedores receberão
prêmios equivalente a café da seguinte ordem:
1º LUGAR......................................................38 sacas
2º LUGAR......................................................27 sacas
3º LUGAR......................................................15 sacas
4º LUGAR......................................................12 sacas
5º LUGAR......................................................10 sacas
6º ao 10º LUGAR...........................................07 sacas
11º ao 15º LUGAR.........................................05 sacas
16º ao 20º LUGAR.........................................03 sacas
(O café será equivalente ao tipo 7 Convertidos em valor
monetário (Reais) na data da premiação).
pecialmente com a maturação do grão e a secagem.
No concurso de 2007 treze lotes dos 20 classificados
foram da filial de Nova Venécia, inclusive, o café vencedor
que foi seco em estufa com todos os cuidados. Segundo
o gerente, o resultado positivo daqueles cafeicultores
foi fruto da vontade em fazer bem feito. Ele destacou
que existem cafés da região de Nova Venécia, inscritos
nesse concurso que acabaram de ser colhidos
ou ainda estão secando.
Até esta data (16/07) recebemos 87 inscrições no total
geral, mas esse número pode crescer até o final. As
inscrições fecharão dia 18 de julho.
Outros produtores chegaram a preparar o café para
a disputa, contudo, não conseguiram atingir a exigência
de padronização de peneira 15 e por isto não viram possibilidade
de formar o lote mínimo (20 sacas - peneira
15 e acima, tipo 5 para melhor). “Não esperávamos que
a safra fosse ser assim, com grãos tão miúdos” - lamentou
um produtor que não conseguiu fazer o volume
necessário para concorrer, pois seu café sofreu em torno
de 50% de quebra, em relação ao ano passado.
A quebra de café foi geral na região surpreendendo
produtores, pois não previam um diferencial tão grande,
resultante da estiagem que ocorreu na região de maio a
novembro do ano passado o que dificultou o desenvolvimento
normal do grão em muitas lavouras, resultando
em café miúdo.
Federal de Lavras - UFLA, professor Antônio Nazareno
Guimarães Mendes, o qual tivemos oportunidade de
convesar na ocasião do encontro com a equipe da
Cooabriel, que aconteceu no auditório do Sindicato Rural
de São Gabriel, quando o presidente, Antônio Joaquim
de Souza Neto, apresentou para o grupo as estruturas
de trabalho da Cooperativa, e a equipe técnica os
serviços de apoio agronômico ao cafeicultor associado.
Nazareno, destacou algumas características do trabalho
do GTEC, das quais é realizar viagens técnicas
nas principais regiões produtoras de café do país a partir
de temas periodicamente pautados. Segundo o reitor,
o interesse na região do café conilon capixaba é analisar
os avanços em produtividade e o comportamento genético
da variedade.
GR GRUPO GR UPO D DDA
D A COST COSTA COST A RICA RICA N NNA
N A COO COOABRIEL
COO ABRIEL
JUNHO/JULHO 3
DE OLHO NO CAFÉ
Antônio Joaquim de Souza Neto
Presidente da Cooabriel
A Cooabriel vem remunerando com um
diferencial os cafés de terreiros em relação aos cafés
secos em secadores a fogo direto. O foco é a
qualidade do grão. A meta é ampliar esta ação para o
ano que vem.
No dia 10 de setembro acontecerá a
Cerimônia de premiação do V Concurso Conilon de
Excelência Cooabriel, em São Gabriel da Palha
O V Concurso Conilon de Excelência
Cooabriel, criado pela Cooabriel desde 2003 para
motivar a qualidade do café produzido pelos
associados vai distribuir o equivalente a 177 sacas
de café em prêmios aos 20 classificados. Foram mais
de 85 inscritos nesta edição.
O Consumo interno nacional de café está na
faixa de17 milhões de sacas/ano e segundo a Abic
- Associação Brasileira da Indústria de Café deverá
chegar a 18 milhões até o final de 2008. A entidade
prevê um aumento de 5% ao ano, projetando
que até 2010 os brasileiros consumam 21 milhões
de sacas.
A quebra de café conilon - safra 2008/9 vem
sendo maior do que nossa previsão, em média teremos
mais de 40% de quebra na região.
Fomos pegos de surpresa, pois as lavouras
estavam carregadas, mas na hora da secagem e
benefiamento vimos o grão bem pequeno que não
rendeu no peso.
Em função destas questões podemos seguramente
dizer que haverá alteração na previsão da
safra de café para o Espírito Santo. O Estado que se
destaca como o maior produtor brasileiro desta variedade
deverá ter uma produção abaixo das 7,8 milhões
de sacas de café beneficiado estimada.
A causa do problema da quebra de safra do
café conilon na região de ação da Cooabriel devese
ao prolongado período de estiagem de maio a
novembro do ano passado que impediu a florada e
sem flor não há grão.
A grande questão do momento é o efeito da
alta dos preços dos fertilizantes, que tiveram um
aumento de abril de 2007 a julho deste ano de mais
de 80%.Todos vêm debatendo soluções para o problema
pois os fertilizantes representam grande
peso no custo de produção.
Mas, apesar de tudo a melhor solução é adubar,
pois de acordo com indicadores apresentados
pelos técnicos, com o aumento da produtividade se
obtém um aumento de renda, que por consequência
diminui a percentagem de gasto com adubação de
solo.
Inúmeras delegações de produtores, empresários
e estudiosos do café, nacional e internacional
incluem a Cooabriel na rota de suas visitas.
Ainda neste mês de julho (dia 18) está previsto
a visita de uma delegação japonesa, composta por
industriais da área de café solúvel. O foco é a estrutura
da Cooabriel e o avanço genético da variedade,
com visita ao viveiro.

JUNHO/JULHO 4
TERMINA PROCESSO SELETIVO DO PRIMEIRO CURSO
PARA JOVENS LIDERANÇAS COOPERATIVISTAS
Termina o processo seletivo do primeiro curso no Espírito
Santo para formação de Jovens Lideranças
Cooperativistas. Esse curso vai capacitar jovens da região
noroeste capixaba da faixa de 16 a 24 anos e motiválos
a desenvover habilidades voltadas para o
cooperativismo, através de conhecimento teórico e
vivencial das disciplinas cooperativismo, administração
e liderança.
A promoção é do Serviço Nacional de Aprendizagem
do Cooperativismo - SESCOOP, juntamente com a
unidade estadual - OCB-ES- Sescoop-ES, com apoio
das cooperativas da região: Cooabriel, Sicoob Norte,
Coopesg e Veneza, que se empenharam em recrutar e
cadastrar os jovens para a primeira fase do programa.
Foram inscritos 137 jovens, dos quais 82 participaram
da fase de seleção que aconteceu de 09 a 11 de julho
último em São Gabriel da Palha, com prova de redação
( tema: “A importância do papel da jovem liderança no
cenário cooperativista”), prova de português e entrevista.
Os 35 alunos selecionados, participarão, juntamente
com os professores, representantes do Sistema
Nacional e Estadual e lideranças das cooperativas
envolvidas, da aula inaugural, que acontecerá no próximo
dia 26 de julho, nas dependências da Cooperativa
Educacional - COOEPSG ROBUSTA, em São Gabriel
da Palha.
O curso contará com 290 horas e será realizado na
COOPESG aos sábados com duração de 08 horas a
LISTA DOS APROVADOS
APROVADOS
Michel Pereira Machado
Fabrício Cristian Bastos
Geomário Hell
Renato Strelow
Neemias Izidoro Almeida
Diorrane Cozzer
Diego Bissoli Delevidove
Jéssica Sfalsim de Souza
Bruno Salvador Bergamim
Dândhara Bonomo Rosa
Diego Booni
Cátia Colombi
Amanda Gomes
Samara Cuquetto
Jefferson Júnior Barbieri Perdoná
Gézio César Gava
Suellen Rodrigues de Oliveira Cezana
Sueli Rodrigues de Oliveira
George Lacerda Trevizani
Gênesis Sperotto
Darlane Demoneri
Douglas Busato
ENTRE NÓS...............
4 a.
A graça da princesinha, Gabriely Lisboa Gotardo, 07
aninhos dia 04/06. O amor dos pais, Luiz Gotardo e
Alexandra (nossos funcionários).
PONTUAÇÃO
44,5
44
43,5
43,3
43,1
43,4
42
42
42
42
42
41,5
41,5
41
41
41
40
cada 15 dias.
O lançamento do programa no Espírito Santo, foi
feito no final de maio em São Gabriel da Palha, pelo o
coordenador nacional do programa, José Luiz
Niederauer Pantoja, a representantes da Organização
Estadual e os representantes das cooperarativas da
região, o qual destacou na ocasião, os objetivos em
trabalhar a formação desses jovens, que dentre outros
é buscar desenvolver lideranças jovens no ambiente
do cooperativismo para fortalecer o sistema
cooperativista, principalmente para a geração de novas
idéias e organização social das cooperativas, além de
prepará-los como pessoas que influenciam nos processos
de decisão.
Esse objetivo foi reforçado para os jovens
cadastrados, na reunião no dia 09/07, pela
representante nacional, Sheila Reis, antes de
participarem dos instrumentos de seleção, a qual
destacou que o programa visa ofercer ao jovem além
do conhecimento do ambiente cooperativo a que está
inserido, a oportunidade de entender a importância de
se organizar por meio do cooperativismo para
conhecer e ser capaz de gerir o negócio cooperativo;
ser capaz de tomar decisões estratégicas, gerenciar
conflitos e negociar e desenvolver habilidades de lidar
com ambientes multiculturais, processos de mudança,
comunicação e construção de rede de
relacionamentos.
APROVADOS
Fernando Surlo
Renato de Assis Colombi Almeida
Luciana Favero
Giliani Matielo
Mariana Campana
Juliana Traspadini Peisino
Natalia Broziguini Dalcim
Lória Lorenção
Thais Carla Pessin
Wederson Ferreira de Oliveira
Camilo Debortoli
Marlos Aniszesky Bergami
Patricia Pilon Policarpo
Demetrio Zanetti Neto Reposse
Leila Angélica Lampir Zumach
Diego Bonizioli Bromatti
Daniel Ventorim Marchesini
Amós Silva Casali
Alici Mauri
Delson Schramm
Taíze Lopes Santana
Jéssica Maria Barbieri Perdoná
Cleidiane Ventorim
PONTUAÇÃO
40
40
40
39,5
39,5
39,5
39
39
39
39
38,5
38,3
38
38
37,8
37,5
37,5
37
SUPLENTES PONTUAÇÃO SUPLENTES
PONTUAÇÃO
37
36,8
36,5
36
36
35,5
35,5
35
35
35
A aniversante,
Judith Sampaio
da Fonseca,
celebrando os
80 anos, dia
10/05 com toda
família numa
festa bem
animada. Ela é
mâe de nossa
funcionária,
Marina e do
sócio Altair
Ferreira da
Fonseca
ANIVERSARIANTES
JULHO
FUNCIONÁRIOS:
FUNCIONÁRIOS:
dia 04 -Edilson Vieira dos Santos
Dia 11 - Nelson Kerner
Dia 22 - Adorilso Paulo Chiarelli
Dia 23 - José Alves de Souza Filho
Dia 29 - Weliton Tavares
SÓCIOS:
SÓCIOS:
01 - MOACYR MERLO, MARIA OLIVEIRA DA SILVA,
SILVIO PIMENTA MARTINHO, LUIS CARLOS
HERZOG, RAFAEL MENDES VASCONCELLOS
02 - FRANCISCO DE ASSIS RONQUETTI
03 - CLAUDIO ROBERTO DA SILVA, RONISON LUIZ
SCARPAT
04 - JOSE FURTUOSO DE MORAES FILHO, JOSÉ
NEWTON DA CUNHA E JAMIR JOSÉ COELHO DA
SILVA
05 - WANDERLEY VENTORIM, ANTONIO LEAN-
DRO GASPARINI
07 - PEDRO IZOTON, GERALDO MARTINS, MARIA
VIRGENS COVRE, MARIA DO CARMO BREDA,
SAMUEL STABENOW, MOACIR FRANCISCO DA
SILVA
08 - PAULO HENRIQUE CERRI, JOÃO ELIS
FERREIRA, JORGE JOSÉ VALANI
10 - CEZAR BASTIANELLO, LEONIR ARRIVABENI,
ELIAS RATUNDE
11 - ELIAS BECIGO, ANTONIO BIANCHI, SILVIO
BATISTA SANTANA
12 - DEVARCI TEXEIRA ALMAGRO
14 - RENATA COLOMBI, SERGIO PURCINO DE
SOUZA, VANIA CELINA RIGATO, ZILMAR ACERBI,
ARCHELINO PINAFFO
16 - JOSÉ EMETIRIO FIORENTINI
17 - OSMAR MAGNAGO PEZZIN, MARCOS ANTO-
NIO ZANETI
18 - VANDERLEI CRISTO, VALDIR EUZEBIO
19 - ALCIDES PAGUNG, LEONARDO BASTIANELLO,
ALAIR CAMILO DA SILVA, SEBASTIÃO ARMANDO
MARQUES MACHADO, TOLENTINO SPAGNOL,
GILMAR LUIZ CUQUETTO
20 - RANDOLFO JACOBSEN, ELIAS AMICHI E OU-
TROS, JACY DE ALMEIDA BASTOS, ARNALDO
CEZANA II
21- RONALDO TADEU MARQUES DA SILVA,
GILSIMAR ELIZEU RIGATTO, MOYSEIS ANTONIO
FAVERO
22 - CLEOMAR CALIMAN
23 - JOSÉ DE SOUZA, CLEIR ALCINDO BASSETE,
JACI DE OLIVEIRA CABRAL, SEBASTIÃO DA SILVA
CAPAZ, ERILDO JOSÉ CANAL
24 - JOSÉ ELIAS SALVADOR, CIRINEU KULL,
IZAURA LAURETE MARQUARDT
25 - AMILTON TON, HILARIO KUNZENDORFF, SER-
GIO MALAVASI, JAILSON VERDIN
26 - ARMANDO REMBENSKI
27 - CRISTIANO SCHMIDT
29 - VANTUIL CARLETI, ELIAS RUNGE, ERNA HOLZ
GUMS, FABÍOLA COLOMBI
30 - JOÃO ALMIR ARDSON, JAIRO BOHRY
LABORATÓRIO & LABORATÓRIO
Alunos do 4º período do curso de agronomia do Centro
Universitário Norte do Espírito Santo- CEUNES-UFES,
localizado em São Mateus-ES, fizeram seu laboratório
de estudos no laboratório de análises químicas de solos
e plantas da Cooabriel, onde acompanharam, no dia 02
de julho último, a rotina dos processos dos materiais
analisados. Os alunos estiveram acompanhados pelos
professores, Marcelo Suzart de Almeida (também coordenador
do curso) e Fábio Ribeiro Pires (disciplina fertilidade
do solo), que agendaram o intercâmbio para proporcionar
aula prática aos alunos.

GUIA DO CAFEICULTOR
Wander R. Gomes (1) , Bruno Coelho Lorenzoni (1) , Samara Cuquetto Batista 2) .Anildo Oliveira (2)
(1) Engenheiro Agrônomo - COOABRIEL; (2) Técnico Agrícola - COOABRIEL
ADUBAR - A MELHOR DECISÃO
"O produtor jamais pode deixar de adubar e de cuidar
das suas lavouras, pois sairá muito mais caro a
perda de produtividade". Estas são as palavras do presidente
da Cooabriel, Antônio Joaquim de Souza Neto,
ao analisar a questão da alta nos preços dos insumos,
especialmente, os adubos e do comportamento do cafeicultor
frente a esta realidade.
Apesar de tudo, é preciso adubar as lavouras. Mesmo
reconhecendo o problema do aumento do custo de
produção com a alta de 86% nos preços dos adubos
de uma safra para outra, a melhor estratégia é manter
a adubação no cafeeiro e as demais tecnologias de produção
para segurar o potencial de produtividade da lavoura,
pois do contrário, um menor rendimento por hectare
vai elevar o custo final.
DELEGAÇÕES DELEGAÇÕES - - TECNOL TECNOLOGIA TECNOL OGIA E
E
A adubação correta aumenta a produtividade agrícomo de eficiência com esta tecnologia.
DESENV DESENVOL
DESENV OL OLVIMENT
OL VIMENT VIMENTO VIMENT O DO DO CONIL CONILON
CONIL ON
la. A adubação é de grande importância, pois consiste
em corrigir deficiências naturais em algum nutriente importante
para o crescimento das plantas ou para repor
nutrientes removidos pelas colheitas. A lavoura na póscolheita
reinicia um novo ciclo produtivo e nesse momento
necessita de nutrientes como "alimento" através
da adubação, de importância para o resultado futuro da
lavoura.
Então, apesar da alta dos adubos, os produtores não
devem ficar desmotivados a executarem a compra dos
insumos agrícolas (adubos) para a safra 2008/2009.
Nossa orientação é o produtor amenizar os custos com
adubos com os seguintes procedimentos:
- Parcelar mais as adubações - quanto mais parcelado
melhor será o aproveitamento pelas plantas, principalmente,
em nossos solos onde há uma característica
de solos mais arenosos e de baixa capacidade de
retenção de nutrientes.
- Realizar análise de solo- através de uma análise
de solo muito bem colhida e enviada para laboratório
que tenha selo de qualidade, no caso o Laboratório da
Cooabriel tem o selo do PROFERT-MG, e o sistema
mais rígido tem que ter eficiência maior que 75% para
ter a garantia de selo.
- Apresentar esta análise para um profissional -
que deve ser de sua confiança e com experiência para
que possa fazer uma boa prescrição de quais adubos
serão executados. Esta recomendação - o diálogo com
o produtor - é de fundamental importância.
- Evitar desperdícios de toda ordem - principalmente,
na forma de aplicar o adubo, portanto, aplicar o adubo
de forma correta na projeção da copa do cafeeiro,
pois adubo tem que ser jogado ao redor da planta em
todos os lados e em baixo da saia da planta e não no
meio da rua ou ponta dos galhos.
- Matéria orgânica - devolver para a lavoura, a palha
de café ou levar matéria orgânica como esterco de gado,
bagaço de cana, etc. Isto irá proporcionar para anos futuros
um custo menor com adubos, pois estes materiais
contêm em sua composição todos os nutrientes que
a planta precisa para o seu desenvolvimento, além de
proporcionar uma melhora na estrutura, diminuição do
gradiente de temperatura, preservando a umidade na
camada assimilável pela planta.
O produtor não pode deixar de adubar, pois isto
refletirá nas safras futuras. Ele precisa ter o máxi-
ACOMPANHAMENTO QUE FAZ A DIFERENÇA - Os
produtores sócios assistidos pelos programas de assistência
técnica da Cooabriel, terão condições de
acompanhar com mais eficiência esse momento atual.
Primeiro, pela detalhada análise de solo, que é de fundamental
importância para a eficiência da adubação, e
análise criteriosa da necessidade da lavoura. A equipe
técnica da Cooabriel, fez um estudo baseado nas várias
prescrições executas com esses produtores entre os
anos 2005 até maio 2008, e várias análises de folha nos
anos safras de 2005 a dezembro de 2007, onde constatou
a deficiência de alguns nutrientes (mais de 95% para
o nutriente Zinco, mais de 70% para potássio, e o fósforo
menor que 10%) das amostras analisadas (laboratório
da Cooabriel Orli Sacardua SGP - ES). Com isto,
esses produtores são acompanhados e orientados a fazerem
adubações padronizadas e conseguirão economizar
para a safra de 2008 cerca de 43% na primeira
adubação. Para algumas áreas, no final o custo ficará
em torno de 27% do total.
É importante salientar que esta diminuição dos custos
em relação às adubações são para estes anos, e foi
possível definir devido termos o conhecimento do que
foi feito nos anos anteriores. Para o próximo ano a adubação
deverá ter os mesmos critérios das adubações
normais.
Este acompanhamento ajuda a agregar valor para o
associado, de forma que ele é orientado a não deixar de
adubar as lavouras que estão preparadas para a safra
de 2009, pois do contrário, os prejuízos serão muito maiores
para a safra de 2009 e pior ainda para a safra de
2010.
Procure nosso departamento Técnico para
maiores esclarecimentos.
JUNHO/JULHO 5
NOÇÕES LEGISLATIVAS
Luiz Carlos Bastianello -
Assessor Jurídico da COOABRIEL
CONVERSÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA
410/2007 EM LEI E SUA VIABILIDADE PARA O
PRODUTOR RURAL
Na edição anterior, fizemos uma avaliação da Medida Provisória
nº 410/2007 e os benefícios criados para o produtor
rural para contratação e mão de obra para a colheita do café.
Esta Medida Provisória foi convertida em Lei, publicada no
dia 20 de junho deste ano, com algumas alterações e que
merecem uma análise.
A Medida Provisória trouxe uma facilidade que foi a
contratação mediante contrato escrito sem a necessidade
de registro em carteria ou livro de registro de empregados, o
que foi condicionado com a edição da Lei 11.718/2008, já
que esta prática só poderá ocorrer mediante os seguintes
requisitos: a) expressa autorização em acordo coletivo ou
convenção coletiva; b) identificação do produtor rural e do
imóvel rural onde o trabalho será realizado e indicação da
respectiva matrícula; c) identificação do trabalhador, com indicação
do respectivo Número de Inscrição do Trabalhador -
NIT.
A Convenção Coletiva a que se refere o item “a” acima, é
um acordo feito entre os Sindicatos das categorias do empregador
e do trabalhador, onde estabelecem normas para
a atividade.
Assim, o contrato escrito sem registro em carteira depende
de previsão nestas convenções coletivas, sem a qual
não há possibilidade de contratar sem o registro em carteira
ou livro de registro. Ao nosso ver, a forma com que este contrato
fora regulamentado pela Lei 11.718, acaba não sendo o
apropriado para ser utlilizado em caso de colheita do café
porque écontrato por tempo determinado.
Neste caso, vemos que o cantrato de safra, comumente
utilizado na região, continua sendo o mais apropriado para
colheita, pois é específico e não tem tempo determinado
(quando termina a safra, termina o contrato, sem prazo específico
e sem aviso prévio).
Contrato por pequeno prazo, é bom para realização
de pequenos tratos culturais que exige prazos de curta duração,
tais como a desbrota, poda, adubação e outros que a
lavoura exige. Veja abaixo parte das alterações inseridas pela
Lei 11.718
Art. 1o A Lei no 5.889, de 8 de junho de 1973, passa a
vigorar acrescida do seguinte art. 14-A:
"Art. 14-A. O produtor rural pessoa física poderá realizar
contratação de trabalhador rural por pequeno prazo para
o exercício de atividades de natureza temporária.
§ 1º A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo
que, dentro do período de 1 (um) ano, superar 2 (dois) meses
fica convertida em contrato de trabalho por prazo
indeterminado, observando-se os termos da legislação aplicável.
§ 2º A filiação e a inscrição do trabalhador de que trata este
artigo na Previdência Social decorrem, automaticamente, da
sua inclusão pelo empregador na Guia de Recolhimento do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à
Previdência Social - GFIP, cabendo à Previdência Social instituir
mecanismo que permita a sua identificação.
§ 3º O contrato de trabalho por pequeno prazo deverá ser
formalizado mediante a inclusão do trabalhador na GFIP, na
forma do disposto no § 2o deste artigo, e:
I - mediante a anotação na Carteira de Trabalho e Previdência
Social e em Livro ou Ficha de Registro de Empregados;
ou
II - mediante contrato escrito, em 2 (duas) vias, uma para
cada parte, onde conste, no mínimo:
a) expressa autorização em acordo coletivo ou convenção
coletiva;
b) identificação do produtor rural e do imóvel rural onde o
trabalho será realizado e indicação da respectiva matrícula;
c) identificação do trabalhador, com indicação do respectivo
Número de Inscrição do Trabalhador - NIT.
§ 4º A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo só
poderá ser realizada por produtor rural pessoa física, proprietário
ou não, que explore diretamente atividade
agroeconômica.

JUNHO/JULHO 6
GERENCIANDO GERENCIANDO OS OS CUST CUSTOS CUST OS E E AS
AS
CONSEQ CONSEQUÊNCIAS CONSEQ UÊNCIAS SEM SEM ADUB ADUBAÇÃO
ADUB AÇÃO
Engºs Agrºs. Roberto Passon Casagrande e Carlos Otávio Ribeiro Constantino*
Nesta edição estaremos realizando uma pré-analise
do que vem ocorrendo na safra 2007/2008 que está sendo
concluída na região. Análise esta, motivada pelos fatos
que percebemos ao conversarmos com produtores participantes
do projeto Educampo e demais produtores não
participantes.
Na safra 2006/2007 tivemos uma alta produção e conseqüente
produtividade na região, motivada pelo bom período
climático e pelos tratos culturais ocorridos anteriormente,
fato este que surpreendeu muitos produtores.
Tendo em vista que o cafeeiro é uma planta de crescimento
contínuo e que só produz em ramos novos e levando-se
em consideração que uma alta produção requer
maior demanda nutricional e consome parte das reservas
das plantas, caso não haja o devido fornecimento
de nutrientes e dos demais tratos, a planta conseguirá
sim produzir muito mas no entanto não terá condições
para crescer e produzir na mesma proporção na safra
seguinte.
Desta forma, como em 2006/2007 os tratos gerais foram
normais e a produção elevada, já era de se esperar
que tivéssemos uma menor produção nesta safra, que
foi um tanto quanto agravada pelo fator climático devido
ao déficit hídrico ocorrido no período de abril a novembro
de 2007, que afetou sobretudo, o período de expansão de
grãos, ocasionando assim diminuição do tamanho e por
conseqüência da peneira, reduzindo o rendimento por
planta e por hectare.
Percebemos que a maioria dos produtores de nossa
região, principalmente, os que não possuem acompanhamento
técnico e gerencial, não visualiza que o resultado
dos tratos culturais e de manejo de adubação é
para dois anos, portanto a safra colhida agora foi resultado
do que o cafeicultor fez no período de julho de 2006 a
julho de 2007 e não no que ele fez de julho de 2007 a
julho 2008, que é o resultado que o mesmo terá em termos
de produção e rentabilidade no ano de 2009.
Portanto, já é prática comum entre os cafeicultores a
desmotivação e a crença errônea que o melhor caminho é
visar à ilusória diminuição de custos, principalmente, com
insumos, neste caso o ítem adubo de solo que teve significativa
alta (86%) nos últimos meses.
Mostraremos abaixo qual será a conseqüência da diminuição
de adubação no "bolso" do produtor e como a
grande maioria poderá perder a boa fase de preços da
cultura para ter maior rentabilidade.
No quadro abaixo temos a produtividade, associada ao
atual preço praticado no mercado com o café conilon que
gera a renda por hectare. De outro lado, temos o custo
com adubação, baseado na produtividade e nas quantidades
médias de nutrientes indicadas pelo manual de recomendação
de adubação e calagem para o Espírito Santo
e no preço de adubo do dia 07/07/2008.
Por fim, temos a porcentagem da renda que será atribuída
por faixa de produtividade e a relação beneficio/custo
que sintetiza em quanto que o investimento em adubação
proporciona em retorno, ou seja, uma relação de 6,67
significa que para cada R$ 1,00 investindo são gerados
R$ 6,67 reais e assim por diante.
Nas próximas edições estaremos analisando os três
pilares para o retorno econômico para a maioria das atividades
agrícolas dentre elas a cafeicultura, que são respectivamente:
produtividade, escala de produção e custo
equilibrado.
Quadro 1: Indicadores de custos para adubação na safra 2008/2009.
Como exemplo, poderemos verificar que se um produtor
tem uma lavoura com projeção de 60 sc/ha para a
safra 2008/2009 e caso venha a optar por uma redução
de custos na faixa de R$ 465,00, fazendo assim, uma
adubação para 40 sc/ha, ocorrerá, que na safra colhida
em 2009 esse produtor obterá as 60 sacas por hectare,
no entanto, na safra de 2010 ele voltará para as 40sc/ha,
pois fez adubação para isso, perdendo desta forma R$
4.000,00\ha de renda e levando-se em consideração os
demais custos com colheita e pós-colheita que ocorreram
para as 20 sacas a mais colhidas, teremos um custo
adicional de R$ 600,00. Portanto, o produtor terá um prejuízo
real na safra de 2010 de R$ 2.935,00\ha (R$ 4.000,00 -
R$ 465,00 - R$ 600,00). Então, mesmo na atual situação
do aumento dos preços dos fertilizantes, a adubação
é economicamente viável.
Cabe aqui ressaltar que além da adubação correta
o produtor deve efetuar todas as demais atividades
para que se obtenha tal resultado.
No gráfico 1 temos uma projeção de produtividade relacionada
a % da renda do cafeicultor que ficará como custo
em adubação de solo.
Gráfico 1: Produtividade relacionada a % da renda projetada para adubação na safra 2008\2009
Verificamos que com o
aumento da produtividade se
obtem um aumento de renda,
que por consequência diminui
a percentagem de gasto com
adubação de solo. Vale salientar
que o custo da adubação
por hectare aumenta, só que
a renda aumenta em maior
proporção.
O que o cafeicultor
deve analisar é a relação beneficio
/custo da adubação
pois na atual conjuntura,
mesmo com a elevação do
custo com adubo ainda é interessante
a busca pela maior
produtividade.
Para melhor análise dos dados
é de fundamental importância
o conhecimento do custo
de produção que é inerente
a cada produtor e respectiva
propriedade, proporcionando
assim uma adequada análise e busca do custo equilibrado mas sem perda de renda.
Finalmente, podemos deixar como reflexão a seguinte frase do autor Peter Drucker: " O que não se mede
não se gerencia", que em suma, significa que quem não conhece seus custos com precisão não terá ferramentas
para ter o melhor retorno econômico da atividade.
* Roberto Passon Casagrande - Engenheiro Agrônomo -
Projeto Educampo - SEBRAE/COOABRIEL Tel.: (27) 9824-3646 E-mail:r3casagrande@yahoo.com.br
* Carlos Otávio Ribeiro Constantino - Engenheiro Agrônomo -
Projeto Educampo - SEBRAE/COOABRIEL - Tel.: (27) 9807 - 1881 - E-mail: carlosprocampo@yahoo.com.br
RESUL RESULTADOS
RESUL ADOS
O Encontro dos membros do educampo, no dia
30 de junho último, revelou a incrível capacidade de
análise gerencial do grupo de produtores integrantes
do programa, que há mais de 03 anos é desenvolvido
pela Cooabriel em parceria com o SEBRAE-ES, com
apoio (em 2008) da OCB-ES/SESCOOP-ES.
As ferramentas do educampo motivam os
produtores a serem empresários em suas atividades.
Eles aprendem, principalmente, a monitorarem e a
acompanharem custos da atividade, a darem prioridade
nos custos de produção e avaliarem o impacto
econômico de cada ação realizada dentro da
propriedade. Esse entendimento ficou evidente em
cada discussão e análise dos assuntos pautados
pelos técnicos, Roberto Passon Casagrande e Carlos
Otávio Ribeiro Constantino, no evento que aconteceu
em São Gabriel da Palha, com o propósito de avaliar os
resultados das duas equipes e que revelou a habilidade
daqueles produtores dentro do seu negócio café.
Além de discutirem e avaliarem os indicadores
econômicos e financeiros das médias dos dois grupos
e aspectos da evolução das ações tecnológicas, falaram
das perspectivas de ações na atividade para o ano
2008/9 e as competências a serem aprimoradas.
SÓCIOS INTERESSADOS EM PARTICIPAR
Os sócios que tiverem interesse em participar do
Programa Educampo, poderão procurar a Cooabriel,
pois haverá disponibilidade de atendimento.
O QUE O EDUCAMPO FAZ - Consultoria gerencial
e tecnológica; Diagnóstico da propriedade;
Planejamento das atividades e da propriedade;Cálculo
de custos de producões; Reuniões técnicas; Visitas
periódicas de acompanhamento e avaliação;
Treinamentos e palestras; Atividades complementares
e de promoção, como missões técnicas, dias de
campo e outras, de acordo com o planejamento.
O QUE O EDUCAMPO NÃO FAZ - Assistência
agronômica tradicional; Atendimento sem
agendamento prévio; Resultados sem o desejo e
envolvimento do produtor.
CONSULTORIA GERENCIAL E TECNOLOGICA- A
gestão do negócio, uma das maiores deficiências dos
produtores rurais brasileiros, é priorizada no projeto,
sem descuidar das questões técnicas. O gerenciamento
é o grande diferencial do EDUCAMPO, que prioriza os
custos de produção, permitindo avaliar o impacto
econômico das inovações implementadas na
propriedade, saindo do modelo puramente técnico,
para o gerencial e tecnológico.
VANTAGENS PARA O PRODUTOR E EMPRESAS
PARCEIRAS - Orientação gerencial e tecnológica
contínua e intensiva; Organização e planejamento da
produção; Racionalização dos recursos produtivos;
Aumento da produtividade; Adequação da matériaprima
(qualidade e escala); Relação produtor/
agroindústria; Aumento do lucro.
ERRATA
Por um erro de digitação na página 06 do número
166 do Jornal da Cooabriel, saiu invertida a mensagem
em uma das frases no depoimento do sócio,
Gilcimar Rigatto, na coluna DIVIDINDO OPINIÕES.
Portanto, o correto é quem não buscar melhorar na
atividade, seja no Educampo, seja na Consultoria Técnica,
vai ficar para traz, e não, quem buscar melhorar
na atividade, seja no Educampo, seja na
Consultoria Técnica, vai ficar para traz...