Euphorbiaceae ss - Mestrado em Botânica
Euphorbiaceae ss - Mestrado em Botânica
Euphorbiaceae ss - Mestrado em Botânica
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
CAPÍTULO I<br />
1. CONTEXTUALIZAÇÃO<br />
<strong>Euphorbiaceae</strong> sensu lato pertence à ord<strong>em</strong> Malpighiales, na linhag<strong>em</strong> Rosids,<br />
subordinado ao clado fabids (APG III 2009). Constitui-se de 317 gêneros (Webster 1994b) e<br />
mais de 8.000 espécies (Radcliffe-Smith 2001), sendo considerada amplamente distribuída,<br />
com a maior diversidade nas regiões tropicais (Judd 2009). No Brasil ocorr<strong>em</strong> cerca de 70<br />
gêneros e 1.000 espécies, difundidas <strong>em</strong> todos os tipos de vegetação e apresentando diversas<br />
formas de vida (Barroso 1991; Souza & Lorenzi 2008).<br />
Esta família é considerada como um dos mais importantes grupos de angiospermas da<br />
flora brasileira e uma das mais complexas <strong>em</strong> termos morfológicos, incluindo diversas<br />
espécies de intere<strong>ss</strong>e econômico, especialmente por abrigar os gêneros Hevea Aubl. e<br />
Manihot Mill. conhecidos como produtores naturais de borracha (látex) e mandioca como<br />
fonte alimentar, respectivamente. Também abriga Croton cajucara Benth. fitoterápico, e<br />
espécies ricas <strong>em</strong> óleos e<strong>ss</strong>enciais, como Hura crepitans L., Plukenetia polyadenia Müll.<br />
Arg., b<strong>em</strong> como algumas exóticas, cultivadas para fins ornamentais, como Acalypha hispida<br />
Burn. f. e Euphorbia milii Des Moul. (Secco 2004; Schultes 1987; Pesce 2009; Sousa &<br />
Lorenzi 2008).<br />
Muitos autores fizeram estudos taxonômicos nesta família, destacando-se Ju<strong>ss</strong>ieu<br />
(1824), Baillon (1858; 1874), Bentham (1878; 1880), Müller (1866; 1873), Pax & Hoffmann<br />
(1914; 1931), Jablonski (1967), Hutchinson (1969), e <strong>em</strong> t<strong>em</strong>pos mais recentes Webster<br />
(1987; 1994a) forneceu contribuições, especialmente tratando sobre a moderna cla<strong>ss</strong>ificação<br />
das <strong>Euphorbiaceae</strong> no Novo Mundo (Webster 1993; Webster & Ambruster 1991). Berry et al.<br />
(1999) fizeram um tratamento para as <strong>Euphorbiaceae</strong> da “Flora of Venezuelan Guayana”, e<br />
Radcliffe-Smith (2001) atualizou os componentes da família, atribuindo-lhe 334 gêneros.<br />
Govaerts et al. (2000) forneceram um checklist e uma bibliografia das <strong>Euphorbiaceae</strong> do<br />
mundo. Boggan et al .(1997) e Funk et al. (2007) publicaram um checklist das <strong>Euphorbiaceae</strong><br />
da Guiana. Atualmente a família v<strong>em</strong> sendo alvo de frequentes modificações sist<strong>em</strong>áticas e<br />
filogenéticas, com bases <strong>em</strong> dados morfológicos e moleculares, tendo como finalidade sua<br />
sustentação como grupo monofilético (APG II 2003; Wurdack et al. 2005).<br />
Webster (1994) dividiu as <strong>Euphorbiaceae</strong> sensu lato <strong>em</strong> cinco subfamílias<br />
(Phyllantoideae, Oldfieldioideae, Acalyphoideae, Crotonoideae e Euphorbiaoideae). No<br />
14