DADOS ECOLÓGICOS DE GORGÓNIAS (OCTOCORALLIA ... - CPAS
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Sandra C. M. Rodrigues 2. Metodologia<br />
mencionados, com o objectivo de averiguar a abundância de gorgónias que justificasse uma<br />
amostragem, bem como o ajuste e aperfeiçoamento das técnicas e métodos a utilizar.<br />
O período de amostragem decorreu essencialmente entre os meses de Agosto a Dezembro de<br />
2007. A técnica de amostragem consistiu na colocação de transectos com um máximo de 50<br />
metros, orientados de forma perpendicular à linha de costa, nos locais previamente<br />
determinados para o estudo. Esta determinação teve em conta o nível de protecção (Total,<br />
Parcial e Complementar), a quantidade de gorgónias observadas, a profundidade, o tipo de<br />
substrato e o número de mergulhadores. Deste modo, foram amostrados 9 locais que se<br />
distribuem desde o Cabo Espichel até à zona do Portinho da Arrábida (Fig. 8), perfazendo um<br />
total de 39 mergulhos, 10 horas e 50 minutos de tempo total de fundo e 30 transectos não<br />
ultrapassando os 30 metros de profundidade (Tabela 2). Foi efectuada uma descrição de cada<br />
estação de amostragem (Anexo 1) tendo em conta as características do fundo e, a nível de<br />
dados de mergulho, o tipo de segurança e tipo de qualificações que deveriam ser exigidas aos<br />
mergulhadores (consoante a profundidade, a sensibilidade dos organismos existentes no fundo<br />
e a existência frequente de correntes fortes).<br />
Tabela 2. Número de transectos (réplicas) por estação de amostragem (Est.)<br />
considerados no tratamento de dados deste trabalho. São apresentados também o<br />
número total de colónias amostradas (N) por estação de amostragem, bem como o<br />
total de metros de transecto rochoso amostrado (m), profundidade média (P.med.),<br />
mínima (P.min.), máxima (P.max.) e a sua variação (Var.). Legenda: AF – Arcanzil<br />
Fora; PM – Pedra da Milú; BL – Baleeira; PA – Pedra das Ancoras; PMe – Pedra do<br />
Meio; JG – Jardim das Gorgónias; BA – Baía da Armação; CR – Calhau do Risco; 3M<br />
– Três Marias.<br />
Est. Réplicas N m P. med. P. min. P. max Var.<br />
1 AF 2 38 22,2 23,5 21,8 24,7 2,9<br />
2 PM 3 65 26,3 22,6 21,4 23,6 2,2<br />
3 BL 3 111 108 12,8 10,6 14,8 4,2<br />
4 PA 4 105 148 15,0 13,4 16,9 3,5<br />
5 PMe 3 203 90 9,8 8,8 11,2 2,4<br />
6 JG 3 130 160 11,3 4,9 17,4 12,5<br />
7 BA 1 42 27 8,6 6,8 10,0 3,2<br />
8 CR 3 68 106 7,9 4,2 9,4 5,2<br />
9 3M 4 108 125 7,4 4,6 10,5 5,8<br />
Total 26 870 812,5<br />
Os transectos foram estabelecidos utilizando uma fita métrica de 50 metros, localizados com<br />
auxílio de uma bóia (neste caso foi utilizada a bóia de patamar) lançada no final do transecto e<br />
georreferenciados com GPS. A profundidade foi registada com auxílio de um profundímetro a<br />
cada 10 metros, de modo a fornecer um perfil de profundidade do transecto. Foram amostradas<br />
todas as colónias de gorgónias que estavam ao alcance de 0,5 metros de cada lado da fita<br />
métrica (segundo método descrito por Lloret et al., 2006), correspondendo ao total de 870<br />
colónias de gorgónias amostradas.<br />
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