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resistência do operário ao uso do equipamento de ... - UCSAL

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RESUMO<br />

RESISTÊNCIA DO OPERÁRIO AO USO DO EQUIPAMENTO DE<br />

PROTEÇÃO INDIVIDUAL<br />

Daiane Silva Montenegro*<br />

Marcos Jorge Almeida Santana**<br />

Neste artigo investigaremos sobre a utilização <strong>do</strong> <strong>equipamento</strong> <strong>de</strong> proteção<br />

individual – EPI por parte <strong>do</strong>s <strong>operário</strong>s das obras <strong>de</strong> pequeno porte <strong>do</strong> setor da<br />

construção civil. O objetivo é <strong>de</strong>scobrir o que leva os <strong>operário</strong>s a rejeitarem o seu<br />

<strong>uso</strong>. Visa também i<strong>de</strong>ntificar, <strong>de</strong>screver e investigar as razões que os leva a<br />

apresentar tal comportamento. Foram utilizadas a revisão bibliográfica, a pesquisa<br />

em campo com entrevistas com questões semi-estruturada em <strong>de</strong>z canteiros <strong>de</strong><br />

obras, bem como nas Normas Brasileiras <strong>de</strong> Segurança. Constatou-se a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma melhor conscientização <strong>do</strong>s <strong>operário</strong>s quanto <strong>ao</strong> <strong>uso</strong> <strong>do</strong> EPI e<br />

um melhor treinamento e fiscalização por parte da empresa.<br />

Palavras chave: Construção civil; EPI; Operário; Segurança no trabalho.<br />

INTRODUÇÃO<br />

No Brasil, a partir <strong>de</strong> 1978 houve a aprovação das Normas Regulamenta<strong>do</strong>ras<br />

que tiveram como seu objetivo a valorização da mão-<strong>de</strong>-obra e da melhoria na<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res no setor da construção. A NR 6, dispõe sobre a<br />

higiene e segurança <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r e a obrigação <strong>de</strong> fornecimento <strong>do</strong>s EPI’s pelas<br />

empresas e utilização pelo trabalha<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual<br />

(EPI).<br />

A prevenção e motivo <strong>de</strong> segurança <strong>do</strong> indivíduo no ambiente <strong>de</strong> trabalho é <strong>de</strong><br />

fundamental importância porque sem esta prevenção po<strong>de</strong>rá ocorrer aci<strong>de</strong>ntes,<br />

prejudican<strong>do</strong> não só a empresa, mais também o <strong>operário</strong>, seus familiares e a<br />

socieda<strong>de</strong>.<br />

*Daiane Silva Montenegro é graduan<strong>do</strong> em Engenharia Civil pela <strong>UCSAL</strong> – Universida<strong>de</strong><br />

Católica <strong>do</strong> Salva<strong>do</strong>r, e-mail: daismontenegro@hotmail.com.<br />

**Marcos Jorge Almeida Santana, orienta<strong>do</strong>r <strong>de</strong>ste artigo, é <strong>do</strong>utor em Engenharia Urbana<br />

pela Poli- USP – e professor da Escola <strong>de</strong> Engenharia Católica <strong>do</strong> Salva<strong>do</strong>r – <strong>UCSAL</strong>;<br />

email: marjoras@ucsal.br. Página 1


Este trabalho baseou-se na coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, na análise das informações <strong>do</strong>s<br />

livros, a pesquisa em campo com entrevistas com questões semi-estruturada feitas<br />

<strong>ao</strong>s <strong>operário</strong>s, bem como das Normas Brasileiras <strong>de</strong> Segurança. Através da análise<br />

das respostas <strong>do</strong> questionário foi i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> a preocupação quanto <strong>ao</strong> <strong>uso</strong> <strong>do</strong> EPI e<br />

quais motivos para a retirada <strong>do</strong> mesmo no horário <strong>de</strong> trabalho.<br />

O questionário foi elabora<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma a captar informações com relação <strong>ao</strong><br />

conhecimento, obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>uso</strong>, importância, utilização, orientação,<br />

treinamento, aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho, incômo<strong>do</strong>, qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s <strong>equipamento</strong>s <strong>de</strong><br />

proteção individual, para assim po<strong>de</strong>r fazer avaliação e conclusão sobre o não <strong>uso</strong><br />

<strong>do</strong> EPI, para tanto foram visita<strong>do</strong>s <strong>de</strong>z canteiros <strong>de</strong> obras.<br />

O trabalho proposto justifica-se principalmente porque a construção civil tem<br />

ativida<strong>de</strong>s em que po<strong>de</strong>m ocorrer aci<strong>de</strong>ntes e com a utilização a<strong>de</strong>quada <strong>do</strong>s<br />

<strong>equipamento</strong>s <strong>de</strong> proteção po<strong>de</strong>remos amenizar esta situação.<br />

HISTÓRICO<br />

Das batalhas travadas contra seus inimigos, emerge naturalmente no homem a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se proteger, portanto, ele começa a preparar e a<strong>do</strong>tar as primeiras<br />

medidas <strong>de</strong> proteção individual. Cave (1986) comenta que a forma mais antiga <strong>de</strong><br />

proteção individual a<strong>do</strong>tada pelos nossos ancestrais foi o escu<strong>do</strong>. O homem no<br />

tempo das cavernas sabia que entre ele e o perigo havia a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />

colocar uma barreira para sua <strong>de</strong>fesa. Foi bastante natural também pensar que essa<br />

barreira pu<strong>de</strong>sse ser carregada pelo homem <strong>de</strong> um local para outro.<br />

Logo em seguida, o homem primitivo a<strong>do</strong>ta também o capacete para proteção<br />

da cabeça nas batalhas contra seus inimigos e, mais tar<strong>de</strong>, em estágios mais<br />

avança<strong>do</strong>s da história, os guerreiros a<strong>do</strong>tam armaduras <strong>de</strong> metal, composta por<br />

elmo, couraça e cota <strong>de</strong> malha. Associadas a essas práticas nasciam também os<br />

inconvenientes e até os primeiros casos <strong>de</strong> rejeição <strong>ao</strong> <strong>uso</strong>.<br />

Na maioria <strong>do</strong>s países, a preocupação com a proteção <strong>ao</strong> trabalha<strong>do</strong>r se<br />

registra nas próprias constituições. Em nosso país, a higiene e a segurança no<br />

trabalho só ganharam hierarquia constitucional em 1946 (art. 154, VIII), sen<strong>do</strong> da<br />

mesma forma referida na Carta <strong>de</strong> Magna <strong>de</strong> 1967, reformulada em 1969 (art. 165,<br />

IX). A constituição <strong>de</strong> 1988 inclui entre os direitos sociais <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r, a redução<br />

<strong>do</strong>s riscos inerentes <strong>ao</strong> trabalho, por meio <strong>de</strong> normas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, higiene e segurança<br />

(art. 7°, XXII).


Ressaltan<strong>do</strong> o la<strong>do</strong> profundamente humano da segurança e medicina <strong>do</strong><br />

trabalho Sussekind (1999, P. 384) afirma que:<br />

“A vida humana tem, certamente, um valor econômico. É um capital<br />

que produz e os atuários e matemáticos po<strong>de</strong>m avaliá-lo. Mas a vida<br />

<strong>do</strong> homem possui, também, um imenso valor afetivo e um valor<br />

espiritual inestimável, que não se po<strong>de</strong> pagar com to<strong>do</strong> o dinheiro <strong>do</strong><br />

mun<strong>do</strong>. Nisso consiste, sobretu<strong>do</strong>, o valor da prevenção em que se<br />

evita a perda irreparável <strong>de</strong> um pai, <strong>de</strong> um mari<strong>do</strong>, <strong>de</strong> um filho, enfim,<br />

daquele que sustenta o lar proletário e presi<strong>de</strong> os <strong>de</strong>stinos <strong>de</strong> sua<br />

família. A prevenção é como a saú<strong>de</strong>. Um bem no qual só reparamos<br />

quan<strong>do</strong> o aci<strong>de</strong>nte e a moléstia chegam”.<br />

O atual pensamento prevencionista parte <strong>do</strong> princípio <strong>de</strong> que to<strong>do</strong>s os<br />

envolvi<strong>do</strong>s são responsáveis pela saú<strong>de</strong> e segurança. A administração e os<br />

<strong>operário</strong>s <strong>de</strong>vem estar envolvi<strong>do</strong>s no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e<br />

segurança, e que to<strong>do</strong>s os integrantes <strong>do</strong> canteiro <strong>de</strong> obras <strong>de</strong>vem compreen<strong>de</strong>r o<br />

benefício <strong>de</strong>sta política (CHIAVENATO, 1999, P. 384).<br />

Já Oliveira (2003, p. 4) diz que não é costume da direção das empresas a<br />

participação com as questões <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurança no trabalho, salvo em caso <strong>de</strong><br />

ocorrências graves que afetem diretamente a imagem da empresa. Com este<br />

pensamento muitos gerentes acabam se distancian<strong>do</strong> <strong>do</strong> seu papel <strong>de</strong> colabora<strong>do</strong>r<br />

na prevenção <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes e <strong>do</strong>enças relacionadas <strong>ao</strong> trabalho. Percebe-se que<br />

muitos empresários acham que não faz parte o envolvimento direto com assuntos<br />

pertinentes a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>do</strong>s seus funcionários, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> <strong>de</strong> incluir em seus<br />

orçamentos a parte <strong>de</strong> melhorias nas condições <strong>de</strong> trabalho, no qual resultariam não<br />

apenas em prevenção <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes, mas também na redução <strong>de</strong> custos <strong>de</strong><br />

produção <strong>de</strong>correntes da <strong>de</strong>preciação precoce <strong>do</strong>s <strong>equipamento</strong>s <strong>de</strong> proteção. Isso<br />

sem contar os estragos à imagem da empresa em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes graves<br />

envolven<strong>do</strong> os funcionários que po<strong>de</strong>riam ser evita<strong>do</strong>s.<br />

O EPI, conforme a legislação, “è to<strong>do</strong> dispositivo <strong>de</strong> <strong>uso</strong> individual, <strong>de</strong><br />

fabricação nacional ou estrangeira, <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a proteger a saú<strong>de</strong> e a integrida<strong>de</strong><br />

física <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r”.<br />

O <strong>equipamento</strong> <strong>de</strong> proteção individual, apesar <strong>de</strong> ser uma das últimas medidas<br />

<strong>de</strong> segurança a ser utilizada, e <strong>de</strong> existir uma Norma Regulamenta<strong>do</strong>ra exclusiva<br />

para a sua regulamentação, a NR 6, muitas construtoras não fornecem com<br />

freqüência os EPI’s <strong>ao</strong>s <strong>operário</strong>s e não orientam quanto <strong>ao</strong> seu <strong>uso</strong>, principalmente


<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> as falhas <strong>de</strong> comunicação, conforme atribui MESQUITA (1999). Desta<br />

maneira explica-se o fato <strong>do</strong> <strong>equipamento</strong> ser usa<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma incorreta ou<br />

insuficiente, o que po<strong>de</strong>m causar reações adversas ou incômodas.<br />

Os emprega<strong>do</strong>res estão cientes <strong>de</strong> que proteger sua mão <strong>de</strong> obra <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes<br />

no trabalho é uma <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> inteligência, em razão das inúmeras vantagens,<br />

como aumento da produtivida<strong>de</strong>, menor custo quanto a horas pagas e não<br />

trabalhadas, menor rotativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra (Revista Cipa, 04/2003).<br />

Ainda com base na revista Cipa, temos alguns exemplos <strong>de</strong> irregularida<strong>de</strong>s<br />

quanto <strong>ao</strong> <strong>uso</strong> <strong>do</strong> <strong>equipamento</strong> <strong>de</strong> proteção individual na construção civil, como:<br />

Emprega<strong>do</strong> usan<strong>do</strong> cinto <strong>de</strong> segurança em extremida<strong>de</strong> <strong>de</strong> laje sem prendê-lo<br />

<strong>ao</strong> cabo <strong>de</strong> segurança coloca<strong>do</strong> próximo a ele;<br />

Emprega<strong>do</strong> em andaime suspenso com o cinto <strong>de</strong> segurança nos pés ou<br />

sobre o guarda corpo;<br />

“amarra<strong>do</strong>”;<br />

calça<strong>do</strong>.<br />

Emprega<strong>do</strong> que não usa o cinto <strong>de</strong> segurança forneci<strong>do</strong> porque se sente<br />

Emprega<strong>do</strong> que não usa o capacete porque fica com <strong>do</strong>r <strong>de</strong> cabeça;<br />

Emprega<strong>do</strong> que usa a botina como “chinelo” porque prefere este tipo <strong>de</strong><br />

Outro problema é a <strong>de</strong>ficiência ou falta <strong>de</strong> uma gerência que tenha por objetivo<br />

ou meta conceber, orientar e <strong>de</strong>senvolver políticas e diretrizes <strong>de</strong> segurança na<br />

empresa para po<strong>de</strong>r dar melhores condições <strong>de</strong> trabalho <strong>ao</strong>s seus trabalha<strong>do</strong>res.<br />

Existem as falhas humanas ou atos inseguros e impedimentos <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res no<br />

qual causam os aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho. É difícil em muitos casos, convencer <strong>ao</strong><br />

trabalha<strong>do</strong>r <strong>de</strong> que <strong>de</strong>ve usar a<strong>de</strong>quadamente os meios <strong>de</strong> proteção e respeitar a<br />

legislação <strong>de</strong> segurança<br />

Silva (2010), nos seus estu<strong>do</strong>s nota como conseqüência para a ocorrência <strong>de</strong><br />

aci<strong>de</strong>ntes ou <strong>do</strong>enças ocupacionais a não utilização <strong>do</strong>s <strong>equipamento</strong>s <strong>de</strong> proteção<br />

individual, sen<strong>do</strong> que com estes aci<strong>de</strong>ntes to<strong>do</strong>s sofrem:<br />

- a família porque tem a perda <strong>de</strong> ente queri<strong>do</strong> (caso <strong>de</strong> morte), <strong>do</strong>r, trauma<br />

psicológico e financeiro, ônus <strong>de</strong> ter que cuidar <strong>de</strong> um inváli<strong>do</strong> até o final <strong>de</strong> seus<br />

dias <strong>de</strong> vida, diminuição da renda familiar: remuneração inferior por exercer função<br />

menos qualificada ou perda <strong>de</strong> gratificações, ou <strong>de</strong>spesas superiores pela


necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento permanente com medicamentos caros ou dieta especial<br />

mais cara e perda <strong>do</strong> trabalho.<br />

- a empresa porque tem abalo na sua imagem, ações cíveis in<strong>de</strong>nizatórias<br />

altas, diminuição <strong>do</strong> lucro <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às <strong>de</strong>spesas (custos diretos e indiretos) com o<br />

aci<strong>de</strong>nte, aumento da fiscalização sobre a empresa, perda <strong>de</strong> produção,<br />

produtivida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> nos produtos.<br />

- a nação porque tem custo social <strong>de</strong>snecessário <strong>ao</strong>s contribuintes: custo <strong>de</strong><br />

tratamento médico hospitalar, imediato ou permanente, falta <strong>de</strong> recursos públicos<br />

para necessida<strong>de</strong>s mais nobres, tais como: educação, saneamento básico,<br />

campanhas <strong>de</strong> prevenção à saú<strong>de</strong> da população, geração <strong>de</strong> contingente <strong>de</strong><br />

inváli<strong>do</strong>s sem capacida<strong>de</strong> laboral e imagem negativa <strong>do</strong> país. E principalmente para<br />

o aci<strong>de</strong>nta<strong>do</strong> que po<strong>de</strong> ficar inváli<strong>do</strong>, com seqüelas, ou até mesmo morrer.<br />

Com a ocorrência <strong>do</strong>s aci<strong>de</strong>ntes temos outra conseqüência que é a questão<br />

previ<strong>de</strong>nciária na qual a legislação prevê benefícios, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong><br />

perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> carência, como auxílio-<strong>do</strong>ença, aposenta<strong>do</strong>ria por invali<strong>de</strong>z ou pensão,<br />

em valores próprios, seja <strong>ao</strong> segura<strong>do</strong> aci<strong>de</strong>nta<strong>do</strong>, seja a seus <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes quan<strong>do</strong><br />

o evento resultar em morte. Os benefícios, logicamente, restam inseri<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntre<br />

obrigações objetivas da autarquia previ<strong>de</strong>nciária, no caso o atual Instituto Nacional<br />

<strong>do</strong> Seguro Social (INSS), vincula<strong>do</strong> <strong>ao</strong> Ministério da Previdência Social.<br />

A PROTEÇÃO INDIVIDUAL NOS CANTEIROS<br />

A proteção individual nos canteiros é <strong>de</strong>terminada pela Norma<br />

Regulamenta<strong>do</strong>ra (NR) 06 - Equipamento <strong>de</strong> Proteção Individual – que <strong>de</strong>fine EPI<br />

como to<strong>do</strong> dispositivo ou material, <strong>de</strong> <strong>uso</strong> individual utiliza<strong>do</strong> pelo trabalha<strong>do</strong>r,<br />

<strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a preservar e proteger a integrida<strong>de</strong> física <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>, durante o<br />

exercício <strong>do</strong> trabalho, contra as consequências resultantes <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho.<br />

O <strong>uso</strong> <strong>do</strong> <strong>equipamento</strong> <strong>de</strong> proteção individual visa à prática <strong>de</strong> segurança com<br />

eficácia para os <strong>operário</strong>s da construção civil. Sen<strong>do</strong> este <strong>equipamento</strong> um<br />

dispositivo que protege o homem contra os aci<strong>de</strong>ntes e <strong>do</strong>enças relacionadas <strong>ao</strong><br />

trabalho.<br />

Para a utilização <strong>do</strong> <strong>equipamento</strong> <strong>de</strong> proteção individual (EPI), foi criada a<br />

Norma Regulamenta<strong>do</strong>ra nº 06, que dispõe, entre outros sobre a obrigação <strong>de</strong><br />

fornecimento pelas empresas e utilização pelos trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s EPI.


Segun<strong>do</strong> a referida Norma Regulamenta<strong>do</strong>ra, o <strong>equipamento</strong> <strong>de</strong> proteção<br />

individual <strong>de</strong>verá ser forneci<strong>do</strong> <strong>ao</strong> trabalha<strong>do</strong>r para neutralizar a ação danosa <strong>do</strong><br />

risco, nas situações em que a a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> caráter coletivo<br />

sejam inviáveis ou não ofereçam proteção completa ou para aten<strong>de</strong>r situações <strong>de</strong><br />

emergência.<br />

A NR 06 estabelece que as obrigações <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>r em relação <strong>ao</strong> EPI são:<br />

Adquirir o tipo apropria<strong>do</strong> à ativida<strong>de</strong> <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>;<br />

Fornecê-lo gratuitamente <strong>ao</strong> seu emprega<strong>do</strong>;<br />

Treinar o emprega<strong>do</strong> quanto <strong>ao</strong> seu <strong>uso</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>;<br />

Exigir seu <strong>uso</strong>;<br />

Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;<br />

Substituir imediatamente quan<strong>do</strong> danifica<strong>do</strong> ou extravia<strong>do</strong>.<br />

Além <strong>de</strong> estabelecer as obrigações <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>s que são:<br />

Usar obrigatoriamente o EPI indica<strong>do</strong>, apenas para finalida<strong>de</strong> a que se <strong>de</strong>stina;<br />

Responsabilizar-se pela sua guarda e conservação;<br />

Comunicar <strong>ao</strong> superior qualquer alteração no EPI que o torne parcial ou<br />

totalmente danifica<strong>do</strong>;<br />

Responsabilizar-se pela sua danificação, pelo seu <strong>uso</strong> ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> ou fora das<br />

ativida<strong>de</strong>s a que se <strong>de</strong>stina, bem como pelo seu extravio.<br />

As normas <strong>de</strong> segurança, por si só, não estão sen<strong>do</strong> suficientes para manter<br />

um ambiente <strong>de</strong> trabalho livre <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> riscos, uma vez que muitas das suas<br />

exigências não são cumpridas, tanto pelos <strong>operário</strong>s quanto pela construtora. Esta<br />

questão é mostrada em trecho da reportagem <strong>de</strong> Moura, que diz:<br />

A gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> para o cumprimento <strong>de</strong>ssas normas é o<br />

convencimento <strong>de</strong> que a prevenção <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho e<br />

<strong>do</strong>enças ocupacionais é um investimento que interfere diretamente<br />

na produtivida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> produto produzi<strong>do</strong> ou serviço<br />

presta<strong>do</strong> (MOURA, 1999, p.63).<br />

IMPORTÂNCIA E NECESSIDADE DO USO DO EPI<br />

Para se falar na importância e necessida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>uso</strong> <strong>do</strong> EPI, teremos antes que<br />

<strong>de</strong>screver sobre o conceito <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trabalho. Segun<strong>do</strong> a Lei nº 8.213, <strong>de</strong><br />

24.07.1991, artigo 19, <strong>de</strong>fine Aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Trabalho como sen<strong>do</strong>:


Aquele que acontece no exercício <strong>do</strong> trabalho, a serviço da empresa,<br />

e que causa lesão corporal ou perturbação funcional. Esta lesão ou<br />

perturbação po<strong>de</strong> causar a morte, perda ou diminuição da<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho. Esta perda ou diminuição po<strong>de</strong> ser<br />

permanente (para toda vida) ou temporária (por <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> tempo).<br />

A melhoria na segurança, saú<strong>de</strong> e meio ambiente <strong>de</strong> trabalho além <strong>de</strong><br />

aumentar a produtivida<strong>de</strong>, diminui o custo <strong>do</strong> produto final, pois diminui as<br />

interrupções <strong>do</strong> processo e aci<strong>de</strong>ntes e/ou <strong>do</strong>enças ocupacionais. Logo com uma<br />

utilização a<strong>de</strong>quada <strong>do</strong> EPI, iremos ter uma prevenção nos aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho.<br />

Conforme Sampaio (1998) é importante <strong>de</strong>terminar as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

utilização <strong>do</strong>s <strong>equipamento</strong>s <strong>de</strong> proteção individual e para <strong>de</strong>terminar estas<br />

necessida<strong>de</strong>s precisamos obter as seguintes informações:<br />

Auditoria <strong>de</strong> segurança, amostras e investigações<br />

Experiências <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes – inci<strong>de</strong>ntes<br />

Requisitos legais<br />

Representantes da segurança ou comitê <strong>de</strong> segurança <strong>do</strong> trabalho<br />

Precisamos também fazer a seleção <strong>do</strong> <strong>equipamento</strong> no qual:<br />

O EPI <strong>de</strong>ve ser seleciona<strong>do</strong> com base nas indicações obtidas pelo estu<strong>do</strong><br />

cuida<strong>do</strong>so <strong>do</strong> trabalho e suas necessida<strong>de</strong>s, como partes a proteger, condições <strong>de</strong><br />

trabalho, os riscos e o trabalha<strong>do</strong>r que o usará.<br />

A experiência nos mostra que o <strong>operário</strong> usará mais facilmente um EPI quanto<br />

mais ele for confortável e <strong>de</strong> seu agra<strong>do</strong>. Para tanto, os <strong>equipamento</strong>s <strong>de</strong>vem<br />

cumprir algumas características, tais como:<br />

Serem práticos<br />

Protegerem bem<br />

Serem <strong>de</strong> fácil manutenção<br />

Serem fortes e dura<strong>do</strong>uros<br />

O trabalha<strong>do</strong>r tem direito a todas as informações sobre os riscos <strong>de</strong> sua<br />

função, às formas <strong>de</strong> prevenção e treinamento a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong><br />

suas tarefas, mas na realida<strong>de</strong>, existem empresas que não dão a <strong>de</strong>vida atenção à<br />

capacitação necessária <strong>ao</strong>s seus colabora<strong>do</strong>res, ou seja, não costumam cumprir o<br />

que <strong>de</strong>termina a legislação, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o treinamento como um gasto<br />

<strong>de</strong>snecessário. Não sabem que este investimento traz benefícios como valorização<br />

profissional, aumento da auto-estima, redução <strong>de</strong> falhas que diminuem os aci<strong>de</strong>ntes


com lesões, aumento da produtivida<strong>de</strong> e diminuição das ações trabalhistas e cíveis,<br />

ou seja, resulta<strong>do</strong>s positivos em saú<strong>de</strong>, segurança, qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e trabalho e<br />

produtivida<strong>de</strong>.<br />

Para a realização das melhorias nas condições <strong>do</strong> ambiente <strong>de</strong> trabalho e <strong>de</strong><br />

uma a<strong>de</strong>quada prática <strong>de</strong> segurança e saú<strong>de</strong>, é fundamental o comprometimento <strong>de</strong><br />

to<strong>do</strong>s os envolvi<strong>do</strong>s: construtora, empreiteira, fornece<strong>do</strong>res, presta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> serviços,<br />

engenheiro, mestre <strong>de</strong> obra, técnicos <strong>de</strong> segurança e <strong>de</strong>mais trabalha<strong>do</strong>res. Dessa<br />

forma, atua-se na prevenção <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes e <strong>do</strong>enças, bem como na valorização e<br />

auto-estima <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r.<br />

A disciplina <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res da construção civil é indispensável, sobretu<strong>do</strong><br />

em relação à utilização a<strong>de</strong>quada <strong>do</strong>s <strong>equipamento</strong>s <strong>de</strong> proteção individual. Uma<br />

das causas <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho no Brasil é o <strong>de</strong>scumprimento <strong>de</strong><br />

procedimentos ou normas <strong>de</strong> trabalho. Todavia, é necessário ampliar e pesquisar o<br />

que está levan<strong>do</strong> os <strong>operário</strong>s <strong>ao</strong> não cumprimento <strong>do</strong>s procedimentos <strong>de</strong> trabalho e<br />

a procurar corrigi-los.<br />

Percebe-se que com a utilização a<strong>de</strong>quada <strong>do</strong> <strong>equipamento</strong> <strong>de</strong> proteção<br />

individual há uma melhoria na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>do</strong>s <strong>operário</strong>s, melhoran<strong>do</strong> também<br />

a produção porque terá uma prevenção nos aci<strong>de</strong>ntes.<br />

ORIENTAÇÃO E TREINAMENTO PARA O USO DO EPI<br />

A orientação e o treinamento é uma fase importante no processo <strong>de</strong> utilização<br />

<strong>do</strong>s <strong>equipamento</strong>s <strong>de</strong> proteção individual no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> orientar o usuário, a qual<br />

ambos são indispensáveis na utilização correta <strong>do</strong>s mesmos. Sobre a importância<br />

<strong>do</strong> treinamento, Osny Ferreira <strong>de</strong> Camargo, apud Leal (1999), comenta que:<br />

A maioria das empresas entregam EPIs <strong>ao</strong>s trabalha<strong>do</strong>res, porém<br />

algumas não possuem um programa <strong>de</strong> <strong>uso</strong> que inclua a seleção<br />

correta, o treinamento, a conservação e manutenção <strong>do</strong><br />

<strong>equipamento</strong>. Resumin<strong>do</strong>, falta gerenciamento sobre o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> EPIs.<br />

É necessário estabelecer uma política <strong>de</strong> segurança educacional, para a<br />

prevenção, no qual permitirá a empresa ter pessoas mais qualificadas e capacitadas<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> seu serviço, <strong>de</strong>sta maneira utilizan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong><br />

procedimentos mais seguros. Pacheco Jr. (2005, p.114) diz que se as pessoas<br />

compreen<strong>de</strong>rem o que se espera <strong>de</strong>las na realização <strong>de</strong> suas tarefas e <strong>de</strong> como


estas ativida<strong>de</strong>s contribuem para os resulta<strong>do</strong>s da organização, certamente terão<br />

um <strong>de</strong>sempenho satisfatório na realização <strong>de</strong> seus serviços.<br />

Estes treinamentos ou políticas educacionais servem <strong>de</strong> auxílio para que os<br />

<strong>operário</strong>s tenham mais condições <strong>de</strong> ajudar no processo <strong>de</strong> prevenção, além <strong>de</strong><br />

ampliar sua visão no <strong>de</strong>correr das ativida<strong>de</strong>s para a melhoria das ações <strong>de</strong><br />

segurança. Neste contexto, Oliveira (2003) <strong>de</strong>screve a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se reforçar<br />

as práticas <strong>de</strong> treinamento em prevenção <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes, em que a capacitação <strong>do</strong><br />

trabalha<strong>do</strong>r para fazer segurança é a forma mais produtiva <strong>de</strong> se evitar aci<strong>de</strong>ntes.<br />

“Prevenir é um processo e não um produto, um objeto acaba<strong>do</strong> e palpável. É<br />

um processo à medida que é composto por ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> comportamentos <strong>do</strong>s<br />

profissionais que <strong>ao</strong> final produzem como resulta<strong>do</strong>, que é no caso da segurança no<br />

trabalho, a baixa probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrer aci<strong>de</strong>ntes após a execução <strong>de</strong> uma<br />

ativida<strong>de</strong>” (BLEY, 2006, p.12).<br />

CONSCIENTIZAÇÃO PESSOAL<br />

Segun<strong>do</strong> Leal (1999), é preciso conscientizar o trabalha<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s danos que<br />

po<strong>de</strong>m ocorrer no trabalho sem proteção. Ele as vezes <strong>de</strong>sconhece os riscos e<br />

<strong>do</strong>enças <strong>de</strong>rmatológicas proporciona<strong>do</strong>s por exposição <strong>ao</strong> concreto ou não perceber<br />

que o cinturão, apesar <strong>de</strong> incomodar, po<strong>de</strong> salvar a vida <strong>de</strong>le. Concluí-se que as<br />

construtoras precisam conscientizar e explicar sobre a utilização a<strong>de</strong>quada <strong>do</strong>s<br />

<strong>equipamento</strong>s <strong>de</strong> proteção individual e que os <strong>operário</strong>s mesmo achan<strong>do</strong> que os<br />

EPI’s incomodam e apertam <strong>de</strong>vem pensar nos riscos que estão corren<strong>do</strong> sem a<br />

utilização <strong>do</strong>s mesmos.<br />

Já Cosmo Palásio <strong>de</strong> Moraes Jr, diz que o índice <strong>de</strong> aceitação da proteção<br />

individual é, sem dúvida, um forte indica<strong>do</strong>r da maturida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma gestão<br />

prevencionista principalmente porque <strong>de</strong>monstra <strong>de</strong> alguma forma que existe<br />

naquele local um nível mais alto <strong>de</strong> conscientização quanto às práticas necessárias<br />

para a prevenção <strong>de</strong> lesões e <strong>do</strong>enças ocupacionais.<br />

É necessário e importante proporcionar bem-estar e segurança <strong>ao</strong>s<br />

trabalha<strong>do</strong>res. A ausência, na maioria das vezes, <strong>de</strong> um trabalho educativo<br />

intensifica esse problema, uma vez que impossibilita o conhecimento <strong>do</strong>s <strong>operário</strong>s<br />

<strong>do</strong>s riscos a que estão se expon<strong>do</strong> e das conseqüências <strong>de</strong> tal exposição a curto e


longo prazo. Isso não é novida<strong>de</strong>, uma vez que também é pertinente <strong>ao</strong> caráter<br />

funcional da concepção <strong>de</strong> um EPI, que <strong>ao</strong> ser capaz <strong>de</strong> neutralizar possíveis<br />

condições insalubres <strong>do</strong> ambiente <strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong>ve, no entanto, não interferir no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das tarefas laborais <strong>do</strong> <strong>operário</strong> (MEDEIROS, 2010)<br />

ESTUDO SOBRE A UTILIZAÇÃO DO EPI EM CANTEIROS DE OBRAS<br />

Para esta etapa <strong>do</strong> trabalho visitamos 10 construções <strong>de</strong> pequeno porte em<br />

Salva<strong>do</strong>r e região metropolitana. Nas visitas <strong>ao</strong>s canteiros <strong>de</strong> obras foram feitas<br />

inspeções com avaliação visual, anotações, relatório fotográfico, aplicação <strong>de</strong><br />

questionário <strong>ao</strong>s <strong>operário</strong>s.<br />

Nas visitas foram consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s alguns <strong>equipamento</strong>s <strong>de</strong> proteção individual, os<br />

que são mais utiliza<strong>do</strong>s e cita<strong>do</strong>s pelos <strong>operário</strong>s. Tais como: capacete <strong>de</strong><br />

segurança que é um dispositivo rígi<strong>do</strong> usa<strong>do</strong> para dar proteção à cabeça ou partes<br />

<strong>de</strong>la contra impactos; os óculos <strong>de</strong> segurança e protetores faciais que são<br />

<strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s para proteção <strong>do</strong>s olhos e faces contra partículas diversas, luminosida<strong>de</strong>,<br />

radiação solar, etc; o protetor auditivo que protege contra altos índices <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong>s; as<br />

luvas <strong>de</strong> segurança que protegem contra cortes, choques elétricos, radiações, etc;<br />

as botas <strong>de</strong> segurança que servem para proteção <strong>do</strong>s pés e pernas contra agentes<br />

cortantes, umida<strong>de</strong>s provenientes <strong>de</strong> operações com o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> água; e os cintos <strong>de</strong><br />

segurança na prevenção <strong>de</strong> quedas em trabalhos em altura.<br />

Quadro 01, relação função x EPI obrigatório.<br />

FUNÇÃO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NECESSÁRIO<br />

SERVENTE BOTAS CAPACETE<br />

ÓCULOS DE<br />

PEDREIRO BOTAS LUVAS CAPACETE SEGURANÇA<br />

CARPINTEIRO BOTAS LUVAS CAPACETE PROTETOR FACIAL MÁSCARA<br />

ÓCULOS DE<br />

ELETRICISTA<br />

AJUDANTE<br />

BOTAS LUVAS CAPACETE SEGURANÇA<br />

PRÁTICO BOTAS LUVAS CAPACETE<br />

PINTOR BOTAS LUVAS CAPACETE MÁSCARA<br />

Quadro 01 FONTE: Livro PCMAT<br />

No momento da visita fizemos a abordagem a 70 <strong>operário</strong>s envolvi<strong>do</strong>s como:<br />

pedreiro, mestre <strong>de</strong> obras, carpinteiro, ajudante comum, pintor, solda<strong>do</strong>r, servente,<br />

almoxarife, técnico em eletricida<strong>de</strong>, registran<strong>do</strong> se os mesmos estavam utilizan<strong>do</strong> ou<br />

não os <strong>equipamento</strong>s <strong>de</strong> proteção individual e passamos a entrevistá-los basea<strong>do</strong>


no questionário que priorizava as questões: conhecimento, obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>uso</strong>,<br />

importância, utilização, orientação, treinamento, aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho, incômo<strong>do</strong> e<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s <strong>equipamento</strong>s <strong>de</strong> proteção individual.<br />

Os <strong>operário</strong>s aborda<strong>do</strong>s mostraram-se interessa<strong>do</strong>s e dispostos a respon<strong>de</strong>r as<br />

perguntas como o fizeram, mesmo não saben<strong>do</strong> a resposta e na maioria das vezes<br />

procuran<strong>do</strong> justificar. Não percebemos rejeição significativa <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

algum material <strong>de</strong> confecção <strong>do</strong> EPI, mas pelo tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconforto causa<strong>do</strong> como:<br />

luvas escorregam; capacetes aquecem a cabeça, o cinto limita os movimentos, as<br />

botas fazem os pés transpirarem, <strong>de</strong>ntre outros, motivan<strong>do</strong> a retirada justificada em<br />

algumas situações.<br />

<strong>operário</strong>s.<br />

Quadro 02 – Resumo das questões aplicadas e respectivas respostas <strong>do</strong>s<br />

PERGUNTAS RESPOSTAS<br />

Conhecimento 100% sabem o que é EPI<br />

Obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>uso</strong> 83% sabem os EPI's obrigatórios para sua função<br />

Importância 100% sabem da importância <strong>do</strong> <strong>uso</strong> <strong>do</strong> EPI<br />

Utilização 64% dizem que <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> utilizar em algum momento<br />

Orientação/Treinamento 98% dizem que receberam orientação e treinamento<br />

Aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho 96% nunca sofreram aci<strong>de</strong>ntes<br />

Incômo<strong>do</strong> 81% dizem que o EPI incomoda<br />

Prevenção 100% consi<strong>de</strong>ram o EPI como uma forma <strong>de</strong> prevenção<br />

Qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s EPI's 30% afirmam que precisa melhorar o material <strong>do</strong> EPI<br />

Forma correta <strong>de</strong> utilização 51% dizem que seus colegas não usam <strong>de</strong> forma correta<br />

Quadro 02 Fonte: Acervo <strong>do</strong> Autor – 2010<br />

ANÁLISE, DISCUSSÃO E SÍNTESE DAS QUESTÕES COLOCADAS<br />

As construtoras e os <strong>operário</strong>s consulta<strong>do</strong>s apresentaram fatores que<br />

contribuem favorável ou <strong>de</strong>sfavoravelmente para a utilização correta <strong>de</strong> EPI nos<br />

canteiros <strong>de</strong> obras.<br />

To<strong>do</strong>s os <strong>operário</strong>s entrevista<strong>do</strong>s utilizam os EPI forneci<strong>do</strong>s, mas os retiram em<br />

momentos que não <strong>de</strong>veriam fazê-lo, por <strong>de</strong>sconforto ou falta conscientização inicial<br />

ou ainda falta <strong>de</strong> fiscalização constante para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> trabalho. Com a<br />

retirada <strong>do</strong> <strong>equipamento</strong> antes <strong>do</strong> término <strong>do</strong> trabalho e com a falta <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>s,<br />

muitos <strong>equipamento</strong>s que ainda teriam uma vida útil consi<strong>de</strong>rável são <strong>de</strong>struí<strong>do</strong>s<br />

antes <strong>do</strong> tempo, pois muitas vezes os <strong>operário</strong>s os tiram e não sabe on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixaram.


É preocupante saber que 64% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> utilizar o<br />

<strong>equipamento</strong> <strong>de</strong> proteção individual em algum momento, seja por esquecimento ou<br />

porque incomoda.<br />

A partir <strong>de</strong>ste percentual pu<strong>de</strong>mos notar que a falta <strong>de</strong> cobrança por parte da<br />

empresa com os <strong>operário</strong>s tem contribuí<strong>do</strong> para a falta <strong>de</strong> hábito <strong>do</strong> <strong>uso</strong> constante<br />

<strong>de</strong> alguns <strong>equipamento</strong>s, o que leva os <strong>operário</strong>s a retirarem o EPI com poucas<br />

horas <strong>de</strong> trabalho e somente sintam falta <strong>do</strong> objeto horas <strong>de</strong>pois.<br />

Quan<strong>do</strong> há a retirada <strong>do</strong> EPI em algum momento <strong>do</strong> serviço, po<strong>de</strong> resultar em<br />

aci<strong>de</strong>ntes com conseqüências graves para a pessoa ou para os <strong>de</strong>mais. Ao evitar<br />

essas atitu<strong>de</strong>s, reduzimos a probabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s aci<strong>de</strong>ntes e aumentamos a<br />

segurança <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s.<br />

Também preocupa quan<strong>do</strong> 81% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s dizem que o <strong>equipamento</strong><br />

<strong>de</strong> proteção individual incomoda. Sen<strong>do</strong> por estes e outros motivos a justificativa<br />

para a remoção <strong>do</strong> mesmo em algum momento. Mais uma vez <strong>de</strong>monstra-se a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maior e melhor fiscalização.<br />

Além <strong>de</strong>sta necessida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificada através <strong>do</strong> questionário foi verificada <strong>de</strong> forma<br />

visual também, conforme as fotos a seguir:<br />

Operário trabalhan<strong>do</strong> com ferramenta <strong>de</strong> corte e sem a luva<br />

Figura 01 Fonte: Acervo <strong>do</strong> Autor – 2010


O <strong>operário</strong> em local perigoso sem o cinto <strong>de</strong> segurança<br />

Figura 02 Fonte: Acervo <strong>do</strong> Autor – 2010<br />

O <strong>operário</strong> em cima da laje sem <strong>equipamento</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong><br />

Figura 03 Fonte: Acervo <strong>do</strong> Autor – 2010


Cintos <strong>de</strong> segurança joga<strong>do</strong>s em local impróprio<br />

Figura 04 Fonte: Acervo <strong>do</strong> Autor – 2010<br />

Capacetes joga<strong>do</strong>s no meio da obra<br />

Figura 05 Fonte: Acervo <strong>do</strong> Autor – 2010


CONCLUSÃO<br />

Conclui-se que não há uma rejeição significativa <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algum<br />

material <strong>de</strong> confecção <strong>do</strong> EPI, mas pelo tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconforto causa<strong>do</strong>. Sen<strong>do</strong><br />

afirma<strong>do</strong> pelos <strong>operário</strong>s entrevista<strong>do</strong>s as seguintes causas para o <strong>de</strong>sconforto: que<br />

as luvas escorregam; os capacetes aquecem a cabeça, os cintos limitam os<br />

movimentos, as botas <strong>de</strong>ixam os pés com o<strong>do</strong>res e provocam feridas, etc.),<br />

motivan<strong>do</strong> assim a retirada em algumas situações.<br />

As análises aqui apresentadas no que se refere à NR-06, foram principalmente<br />

com relação à obrigação por parte das construtoras e <strong>do</strong>s <strong>operário</strong>s e <strong>ao</strong>s elementos<br />

utiliza<strong>do</strong>s para proteção <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r da construção civil, pois em visitas feitas em<br />

obras percebeu-se que algumas <strong>de</strong>stas obrigações não são cumpridas.<br />

Enriquecen<strong>do</strong> o que diz Zocchio (2002, p.26), a segurança <strong>do</strong> trabalho é uma<br />

das responsabilida<strong>de</strong>s da construtora e <strong>do</strong> <strong>operário</strong>, para assim po<strong>de</strong>r dar condições<br />

apropriadas para o trabalho com segurança e uma melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>ao</strong>s<br />

<strong>operário</strong>s, prevenin<strong>do</strong> assim os aci<strong>de</strong>ntes.<br />

Há muitas falhas no setor da construção civil com relação a utilização <strong>do</strong><br />

<strong>equipamento</strong> <strong>de</strong> proteção individual. Basea<strong>do</strong> nos questionários aplica<strong>do</strong>s, nas fotos<br />

tiradas e na análise visual, po<strong>de</strong>mos dizer que há uma falta <strong>de</strong> fiscalização e<br />

instruções da parte das construtoras na utilização <strong>do</strong> EPI e há esquecimento e<br />

<strong>de</strong>sconforto da parte <strong>do</strong>s <strong>operário</strong>s no <strong>uso</strong> <strong>do</strong>s mesmos.<br />

Não basta apenas fazer com que o funcionário utilize o cinto <strong>de</strong> segurança, o<br />

capacete, a bota, a luva etc., <strong>de</strong>ve-se dar treinamento, orientação, <strong>equipamento</strong>s<br />

com material <strong>de</strong> melhor qualida<strong>de</strong> e fiscalização para uma a<strong>de</strong>quada utilização,<br />

garantin<strong>do</strong> assim a segurança prevista.<br />

É possível fazer avaliações sobre os aspectos aborda<strong>do</strong>s, pois no escasso<br />

perío<strong>do</strong> avalia<strong>do</strong> e com a aplicação <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo simples <strong>do</strong> questionário po<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>duzir que: 64% <strong>do</strong>s <strong>operário</strong>s entrevista<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> utilizar o EPI em algum<br />

momento <strong>do</strong> trabalho, que 81% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s dizem que o <strong>equipamento</strong><br />

incomoda e que 51% utilizam <strong>de</strong> forma incorreta, confirman<strong>do</strong> assim que há uma<br />

rejeição <strong>do</strong> <strong>operário</strong> <strong>ao</strong> <strong>uso</strong> <strong>do</strong> <strong>equipamento</strong> <strong>de</strong> proteção individual. Assim juntos,<br />

trabalha<strong>do</strong>res e emprega<strong>do</strong>res po<strong>de</strong>rão prevenir contra os in<strong>de</strong>sejáveis aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />

trabalho.


Utilizamos o questionário para enriquecer, argumentar e concluir nosso<br />

trabalho pelo motivo <strong>de</strong> o mesmo mostrar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se rever os<br />

procedimentos <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s canteiros <strong>de</strong> obra, que pelas respostas po<strong>de</strong>mos perceber<br />

que o <strong>operário</strong> esta utilizan<strong>do</strong> o EPI e que a maioria ainda tira o <strong>equipamento</strong><br />

durante o trabalho, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> <strong>ao</strong> incômo<strong>do</strong> <strong>do</strong>s mesmos.<br />

O fato <strong>de</strong> 64% <strong>do</strong>s <strong>operário</strong>s retirarem o EPI no horário <strong>de</strong> trabalho leva a crer<br />

que o treinamento, as instruções, a fiscalização não estão acontecen<strong>do</strong> <strong>de</strong> mo<strong>do</strong><br />

satisfatório.<br />

O treinamento <strong>do</strong>s <strong>operário</strong>s e o incentivo à educação por parte das empresas<br />

po<strong>de</strong>m ser fatores prepon<strong>de</strong>rantes para a utilização a<strong>de</strong>quada <strong>do</strong> <strong>equipamento</strong> <strong>de</strong><br />

proteção individual e como conseqüência disso uma redução <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes.<br />

Emprega<strong>do</strong>s treina<strong>do</strong>s e melhor orienta<strong>do</strong>s apren<strong>de</strong>m melhor as informações e<br />

obrigações quanto a utilização <strong>do</strong> EPI e enten<strong>de</strong>m que suas obrigações são<br />

simplesmente para preservação <strong>de</strong> sua própria integrida<strong>de</strong> física.<br />

A forma como alguns <strong>equipamento</strong>s são <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong>s em lugares impróprios, nos<br />

mostra o total <strong>de</strong>scaso tanto da parte <strong>do</strong>s <strong>operário</strong>s quanto <strong>do</strong>s fiscais e engenheiros<br />

<strong>de</strong> segurança das obras, vi<strong>de</strong> figura 04 e 05.<br />

Os <strong>operário</strong>s das obras visitadas realizam suas ativida<strong>de</strong> com alguns <strong>do</strong>s<br />

<strong>equipamento</strong>s necessários para sua função, embora sabemos que os tenha<br />

recebi<strong>do</strong>, constatan<strong>do</strong>-se assim que realmente em algum momento <strong>do</strong> seu trabalho<br />

o <strong>operário</strong> os retira, precisan<strong>do</strong> assim <strong>de</strong> uma maior e mais rigorosa fiscalização no<br />

canteiro <strong>de</strong> obras, vi<strong>de</strong> figura 01 e 02.<br />

A partir da preocupação inicial <strong>de</strong>ste trabalho po<strong>de</strong>mos concluir para as obras<br />

visitadas que a não utilização ou rejeição se <strong>de</strong>ve a diversos fatores:<br />

- <strong>de</strong>sconforto <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> o material ser <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong><br />

- incômo<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> que a revista cipa <strong>de</strong>screve <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> <strong>operário</strong>s sobre<br />

este incômo<strong>do</strong> nos quais foram: A luva esquenta e faz a mão transpirar; o capacete<br />

dar <strong>do</strong>r <strong>de</strong> cabeça; o cinto <strong>de</strong> segurança eles se sentem presos; a bota machuca o<br />

pé e causa o<strong>do</strong>r.<br />

- pelo simples fato <strong>de</strong> que os aci<strong>de</strong>ntes não iram acontecer com os <strong>operário</strong>s<br />

É <strong>de</strong> fundamental importância a utilização a<strong>de</strong>quada <strong>do</strong>s <strong>equipamento</strong>s <strong>de</strong><br />

proteção individual para cada tipo <strong>de</strong> função exercida no Canteiro <strong>de</strong> obras.


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