Métodos não destrutivos para escavação de túneis: Pipe ... - UCSAL
Métodos não destrutivos para escavação de túneis: Pipe ... - UCSAL
Métodos não destrutivos para escavação de túneis: Pipe ... - UCSAL
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Métodos</strong> <strong>não</strong> <strong><strong>de</strong>strutivos</strong> <strong>para</strong> <strong>escavação</strong> <strong>de</strong> <strong>túneis</strong>: <strong>Pipe</strong> Jacking e New<br />
Austrian Tunneling Method i<br />
__________________________________________________<br />
Igor Samuel Coêlho Dantas 1<br />
Marcos Jorge Almeida Santana 2<br />
Resumo: Este artigo tem por objetivo apresentar teoricamente dois métodos <strong>não</strong> <strong><strong>de</strong>strutivos</strong><br />
<strong>para</strong> a execução <strong>de</strong> <strong>túneis</strong>, justificados, principalmente, <strong>de</strong>vido a escassez cada vez maior do<br />
espaço urbano, muitas vezes sendo necessária a utilização do espaço subterrâneo <strong>para</strong> o<br />
aumento qualitativo e quantitativo da infra-instrutura, principalmente nas gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s. O<br />
trabalho foi <strong>de</strong>senvolvido a partir <strong>de</strong> uma revisão bibliográfica que inicialmente expõe a<br />
metodologia <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> ambos os processos <strong>de</strong> <strong>escavação</strong>. Neste trabalho são expostas<br />
também algumas obras localizadas na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salvador, Bahia, on<strong>de</strong> foram aplicadas as<br />
tecnologias estudadas. Posteriormente, são mostradas as principais vantagens e <strong>de</strong>svantagens<br />
levando em consi<strong>de</strong>ração questões como: custo, qualida<strong>de</strong>, limitações, impactos e transtornos à<br />
socieda<strong>de</strong>, qualida<strong>de</strong> das condições <strong>de</strong> trabalho, equipamentos e produtivida<strong>de</strong>. Os resultados<br />
mostram que é difícil com<strong>para</strong>r os métodos, visto que a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> ambos os<br />
métodos num mesmo tipo <strong>de</strong> túnel é bastante limitada <strong>de</strong>vido aos diâmetros aplicáveis.<br />
Verificou-se também que cada tecnologia possui suas peculiarida<strong>de</strong>s e que as principais<br />
condicionantes <strong>para</strong> a escolha <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada metodologia envolvem <strong>de</strong>cisões estratégicas <strong>para</strong><br />
as empresas, como fluxo <strong>de</strong> caixa, prazos, valores e, principalmente, questões sociais acerca dos<br />
transtornos que po<strong>de</strong>m ser minimizados ou até mesmo evitados.<br />
Palavras-chave: Túneis; New Austrian Tunelling Method; <strong>Pipe</strong> Jacking; infra-estrutura.<br />
1.0 Introdução<br />
O crescimento das zonas urbanas correspon<strong>de</strong> ao aumento qualitativo e quantitativo das<br />
suas ativida<strong>de</strong>s, o que, por conseqüência gera a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se adaptar os espaços necessários<br />
a estas ativida<strong>de</strong>s, como a sua infra-estrutura (ZMITROWICZ; ANGELIS NETO, 1997).<br />
Ainda segundo Zmitrowicz e Angelis Neto (1997), infra-estrutura urbana po<strong>de</strong> ser<br />
<strong>de</strong>finida como um sistema <strong>de</strong> equipamentos e serviços necessários ao <strong>de</strong>senvolvimento das<br />
funções urbanas, on<strong>de</strong> há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimentos em bens ou equipamentos, que po<strong>de</strong>m<br />
ser edifícios, máquinas, re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tubulações ou galerias, <strong>túneis</strong> e vias <strong>de</strong> acesso, <strong>de</strong>ntre outros.<br />
Com o <strong>de</strong>senvolvimento das gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s torna-se imprescindível a constante<br />
melhoria da infra-estrutura, como a criação ou ampliação <strong>de</strong> vias <strong>para</strong> o enorme fluxo diário.<br />
Esta necessida<strong>de</strong> também se reflete nas das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> serviços, como telefonia, esgoto, energia,<br />
água, gás, TV a cabo, <strong>de</strong>ntre outras. Po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>stacar, <strong>de</strong>ntre estas, as re<strong>de</strong>s ligadas ao<br />
saneamento básico, como re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> esgoto e <strong>de</strong> água.<br />
No contexto atual em que vivemos, on<strong>de</strong> o espaço urbano é cada vez mais escasso e<br />
disputado, em muitos casos, a única forma <strong>de</strong> se melhorar a infra-estrutura e executar tais re<strong>de</strong>s é<br />
i Artigo apresentado como parte dos requisitos <strong>para</strong> graduação do curso <strong>de</strong> Engenharia Civil da Univ. Católica do Salvador .<br />
1 Concluinte do Curso <strong>de</strong> Engenharia Civil da Universida<strong>de</strong> Católica do Salvador. E-mail: igordantas@o<strong>de</strong>brecht.com - Autor<br />
2 Doutor em Engenharia Urbana – Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. E-mail: marjoras@ucsal.br - Orientador<br />
1
utilizando-se o espaço subterrâneo. Diversas são as formas <strong>de</strong> <strong>escavação</strong> dos <strong>túneis</strong> que formam<br />
estas re<strong>de</strong>s, como Valas a Céu Aberto (V.C.A.), New Austrian Tunelling Method (N.A.T.M.),<br />
Tunnel Linner, <strong>Pipe</strong> Jacking, <strong>de</strong>ntre outras.<br />
Isto po<strong>de</strong> ser observado, por exemplo,<br />
em Salvador, Bahia, on<strong>de</strong>, nos últimos meses foi<br />
possível ver exemplos <strong>de</strong> <strong>túneis</strong> sendo<br />
executados em <strong>Pipe</strong> Jacking, na execução do<br />
Sistema <strong>de</strong> Disposição Oceânica do Jaguaribe<br />
(SDO do Jaguaribe) (Figura 1), N.A.T.M., no<br />
túnel Dois Leões-Água <strong>de</strong> Meninos (Figura 2) e<br />
V.C.A., na obra <strong>de</strong> execução do interceptor da<br />
Avenida Paralela (Figura 3), ligando o sistema<br />
<strong>de</strong> esgotamento sanitário <strong>de</strong> Lauro <strong>de</strong> Freitas ao<br />
SDO do Jaguaribe.<br />
Figura 2: Interceptor da Avenida Luis Viana Filho.<br />
Fonte: Igor Dantas, 2009.<br />
Diante <strong>de</strong>sta dúvida, inicialmente,<br />
foi imaginado estudar três dos métodos<br />
citados anteriormente: V.C.A., N.A.T.M.<br />
e <strong>Pipe</strong> Jacking. Por ser consi<strong>de</strong>rado um<br />
método <strong>de</strong>strutivo, segundo Capobianco<br />
apud Garrido (2003), agredindo o meio<br />
ambiente e possuindo gran<strong>de</strong>s impactos<br />
negativos durante a execução, como a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se interditar ruas por<br />
longos períodos, <strong>de</strong>struir pavimentos,<br />
escavar quantida<strong>de</strong> muito maior que o<br />
volume final do túnel, apresentar muito<br />
mais riscos <strong>de</strong> recalques e fissuramento<br />
em pavimentos e residências, foi<br />
<strong>de</strong>scartada a idéia inicial <strong>de</strong> levar em<br />
consi<strong>de</strong>ração o estudo das V.C.A.<br />
Figura 1: SDO do Jaguaribe.<br />
Fonte: Construtora Norberto O<strong>de</strong>brecht, 2009.<br />
Devido ao envolvimento diário<br />
com tantas opções tecnológicas, que<br />
direcionam e mo<strong>de</strong>lam o futuro, <strong>não</strong><br />
somente como estudante, mas também<br />
como cidadão e, possível <strong>de</strong>tentor do<br />
conhecimento necessário à aplicação <strong>de</strong><br />
tais tecnologias na alteração do meio<br />
ambiente e melhoria da infra-estrutura<br />
urbana, surge uma dúvida: quais as<br />
principais vantagens e <strong>de</strong>svantagens <strong>de</strong><br />
cada tecnologia? É possível compará-las?<br />
Figura 3: Túnel Dois Leões - Água <strong>de</strong> Meninos .<br />
Fonte: Igor Dantas, 2009.<br />
2
Estando diretamente ligado à aplicação do N.A.T.M. no túnel Dois Leões-Água <strong>de</strong><br />
Meninos, como estagiário da Construtora Norberto O<strong>de</strong>brecht S.A., esta foi a primeira<br />
tecnologia a ser estudada, <strong>de</strong>vido ao convívio quase que diário durante cerca <strong>de</strong> cinco meses com<br />
toda a sua aplicação. A escolha do <strong>Pipe</strong> Jacking se <strong>de</strong>u <strong>de</strong>vido à gran<strong>de</strong> curiosida<strong>de</strong> acerca da<br />
metodologia executiva e, principalmente, ao fato <strong>de</strong>, segundo Kochen apud Garrido (2003), este<br />
sistema ter tendência a ser aplicado cada vez mais no futuro.<br />
Segundo Carneiro et al. (1975), <strong>túneis</strong> são passagens subterrâneas que têm por fim,<br />
transpor obstáculos ou, oferecer proteção à via <strong>de</strong> tráfego.<br />
Túneis po<strong>de</strong>m ser executados pela própria natureza (Figura 4), através da erosão e <strong>de</strong><br />
outras forças naturais, ou pelo próprio homem (Figura 5) através dos processos <strong>de</strong> <strong>escavação</strong>.<br />
Figura 4: Gruta da Lapa Doce, Lençóis – BA.<br />
Fonte: www.panoramio.com/photo/622299<br />
Figura 5: Túnel Luís Eduardo Magalhães, Salvador – BA<br />
Fonte:<br />
www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=549178<br />
Harris (2006) afirma que os <strong>túneis</strong> são divididos em três gran<strong>de</strong>s categorias: <strong>túneis</strong> <strong>de</strong><br />
mineração, usados durante a extração <strong>de</strong> minérios; <strong>túneis</strong> <strong>de</strong> serviços públicos, que servem <strong>para</strong><br />
transportar água, esgoto ou gás através <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s distâncias e <strong>túneis</strong> <strong>de</strong> transporte, que servem<br />
<strong>para</strong> passar <strong>de</strong> forma eficiente através <strong>de</strong> um obstáculo.<br />
A execução <strong>de</strong> obras subterrâneas em V.C.A., método mais antigo, utilizado há muitos<br />
séculos, causa impactos sócio-econômicos e ambientais cada vez maiores, por menores que<br />
sejam suas profundida<strong>de</strong>s. Por este motivo, obras com custo direto baixo tornam-se quase<br />
inviáveis, <strong>de</strong>vido aos elevados custos sociais, a que se diz respeito os atrasos e perturbações<br />
causados ao entorno.<br />
Dentro <strong>de</strong>ste contexto, as novas tecnologias <strong>de</strong> aberturas <strong>de</strong> <strong>túneis</strong> tornam-se cada vez<br />
mais atraentes frente aos tradicionais métodos como VCA.<br />
Desta forma, como curiosida<strong>de</strong> e até mesmo necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprofundar conhecimentos,<br />
justifica-se o gran<strong>de</strong> interesse em intensificar os estudos e pesquisas sobre tais tecnologias.<br />
Neste estudo serão abordados dois métodos: o Novo Método Austríaco <strong>de</strong> Abertura <strong>de</strong><br />
Túneis, em inglês, N.A.T.M. e o <strong>Pipe</strong> Jacking, tubos cravados.<br />
3
2.0 Valas a Céu Aberto<br />
Mesmo <strong>não</strong> sendo este o foco principal do trabalho, vale falar um pouco sobre o<br />
assunto, afinal, a técnica existe e ainda é utilizada na execução <strong>de</strong> <strong>túneis</strong>.<br />
Originalmente, as utilida<strong>de</strong>s, privadas e/ou públicas enterradas, tais como coletores <strong>de</strong><br />
esgoto, adutoras, sistemas elétricos e <strong>de</strong> telefonia, canalização <strong>de</strong> gás, cabeamento <strong>de</strong> TVs,<br />
<strong>de</strong>ntre outras, eram instaladas com o emprego da técnica <strong>de</strong> abertura <strong>de</strong> valas a céu aberto,<br />
também conhecidas como trincheiras ou cut-and-cover.<br />
Esta metodologia nada mais é que a <strong>escavação</strong> por meio <strong>de</strong> ferramentas como pás,<br />
picaretas, ou através <strong>de</strong> máquinas do tipo escava<strong>de</strong>ira. A <strong>escavação</strong>, na maioria dos casos, é<br />
feita conjuntamente ao escoramento da vala.<br />
O escoramento (Figura 6) consiste na contenção lateral das pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> solo, através <strong>de</strong><br />
pranchas metálicas ou <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, fincadas perpendicularmente ao solo e travadas entre si com o<br />
uso <strong>de</strong> pontaletes e longarinas, também metálicos ou <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. É realizado quando da<br />
constatação da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alteração da estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estruturas adjacentes à área <strong>de</strong><br />
<strong>escavação</strong> ou com o objetivo <strong>de</strong> evitar o <strong>de</strong>smoronamento por ocorrência <strong>de</strong> solos inconsistentes,<br />
pela ação do próprio peso do solo e das cargas eventuais ao longo da área escavada em valas <strong>de</strong><br />
maiores profundida<strong>de</strong>s.<br />
Figura 6: Escoramento com pranchas, longarinas e pontaletes.<br />
Fatores que po<strong>de</strong>m<br />
atrapalhar ou inviabilizar a<br />
execução <strong>de</strong> <strong>túneis</strong> com o<br />
emprego <strong>de</strong>sta metodologia<br />
são: profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
assentamento da tubulação,<br />
nível do lençol freático,<br />
resistência do solo, prazo,<br />
impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
interdição por tempo<br />
prolongado da área dos<br />
serviços (Figura 7), <strong>de</strong>ntre<br />
outros.<br />
Figura 7: Vala Metrô Linha 2, São Paulo.<br />
Fonte: Panoramio.com<br />
4
O emprego <strong>de</strong>sta técnica está cada vez mais impraticável e isto se <strong>de</strong>ve ao fato <strong>de</strong> que<br />
a execução <strong>de</strong> obras subterrâneas através <strong>de</strong> valas a céu aberto, por menores e pouco<br />
profundas que sejam, causam enormes transtornos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m sócio-econômica-ambiental<br />
nestes centros.<br />
3.0 Novo Método Austríaco <strong>de</strong> Abertura <strong>de</strong> Túneis<br />
Os <strong>túneis</strong> executados em N.A.T.M., assim como os executados pelos <strong>de</strong>mais métodos<br />
construtivos, necessitam <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rável habilida<strong>de</strong> e cuidado em sua investigação,<br />
planejamento, projeto, construção e, principalmente, monitoração <strong>para</strong> serem implantados com<br />
segurança.<br />
Desenvolvido por Ladislau Rabcewicz, o método teve significativa evolução na Europa<br />
entre o final da década <strong>de</strong> 1950 e a primeira meta<strong>de</strong> da década seguinte. Este <strong>de</strong>senvolvimento é<br />
fruto da experiência com trabalhos <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> <strong>túneis</strong> em minas <strong>de</strong> carvão.<br />
Segundo Chiossi (1979) o Novo Método Austríaco <strong>de</strong> Abertura <strong>de</strong> Túneis, é um método<br />
<strong>de</strong> <strong>escavação</strong> <strong>de</strong> <strong>túneis</strong>, on<strong>de</strong> o próprio maciço faz parte da construção, ou seja, ele é um<br />
elemento <strong>de</strong> sustentação fundamental <strong>para</strong> a sua própria estabilização.<br />
Golser (1996) afirma que a Socieda<strong>de</strong> Austríaca <strong>de</strong> Pesquisas Rodoviárias <strong>de</strong>fine o<br />
N.A.T.M. da seguinte forma:<br />
"O Novo Método Austríaco <strong>de</strong> Túneis (N.A.T.M.) segue um conceito segundo o<br />
qual o maciço (rocha ou solo) circundando a <strong>escavação</strong> torna-se um elemento <strong>de</strong><br />
suporte da <strong>escavação</strong>, através da ativação, <strong>de</strong>ssa parte do maciço, como se fosse um<br />
anel <strong>de</strong> suporte.”<br />
O N.A.T.M. exige, ainda, que alguns procedimentos sejam implementados, visando uma<br />
construção segura e eficiente:<br />
• consi<strong>de</strong>rações das características geomecânicas do maciço,<br />
• instalação <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> suporte a<strong>de</strong>quadas no momento correto, evitando estados <strong>de</strong><br />
tensão ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação in<strong>de</strong>sejáveis,<br />
• arco invertido estaticamente efetivo executado no momento a<strong>de</strong>quado, emprestando<br />
ao anel <strong>de</strong> suporte a função estática <strong>de</strong> um tubo fechado<br />
• otimização da resistência do revestimento em função das <strong>de</strong>formações permitidas,<br />
• observação instrumental também <strong>para</strong> o controle <strong>de</strong>sta otimização.<br />
De acordo com Campanhã (1995) o método baseia-se no alívio controlado <strong>de</strong> tensões,<br />
assim como as <strong>de</strong>formações sofridas pelo maciço, <strong>de</strong>vido ao <strong>de</strong>smonte <strong>de</strong> rocha/<strong>escavação</strong> <strong>de</strong><br />
solo.<br />
O tempo <strong>de</strong> auto-sustentação do maciço, stand up-time, <strong>de</strong>limita o tipo e a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
avanço das escavações, pois, como o próprio nome já diz, ele <strong>de</strong>termina o tempo que o maciço<br />
continua <strong>de</strong> pé, estável, sem <strong>de</strong>formar-se a ponto <strong>de</strong> entrar em colapso.<br />
O maciço é previamente estudado, por meio <strong>de</strong> sondagens, e <strong>de</strong>sta forma irá se <strong>de</strong>finir os<br />
tipos <strong>de</strong> suportes das seções <strong>de</strong> avanço, caso necessário, CAMPANHÃ (1995).<br />
5
Ainda segundo Campanhã (1995), <strong>para</strong> que o alívio das tensões seja gradual e suave,<br />
muitas vezes, os avanços são feitos <strong>de</strong> forma parcial. A preocupação com a forma da seção é<br />
outra condicionante através da qual busca-se a geometria mais a<strong>de</strong>quada à <strong>escavação</strong> do túnel.<br />
Segundo Botelho (2006), registros mostram que os povos antigos construíam arcos e<br />
abóbodas <strong>de</strong> igrejas com a utilização <strong>de</strong> pedras montadas em forma <strong>de</strong> arcos, visto que <strong>não</strong> se<br />
possuía conhecimentos acerca do comportamento do aço como material resistente à tração. Esta<br />
geometria gera, basicamente, esforços <strong>de</strong> compressão por serem os mais facilmente assimilados<br />
pelo material utilizado, sendo basicamente o que acontece nos <strong>túneis</strong>.<br />
Em <strong>de</strong>terminados intervalos, segundo Iyomasa (1998), <strong>de</strong>vem ser executadas sondagens<br />
horizontais, com o objetivo <strong>de</strong> ter-se maior garantia do tipo <strong>de</strong> avanço pré-estabelecido através<br />
das sondagens verticais.<br />
As sondagens horizontais irão garantir que o estado do maciço previamente estudado é<br />
realmente aquele, garantindo assim que os suportes escolhidos (tratamento primário) irão<br />
garantir a estabilização do maciço até o tratamento final.<br />
Figura 8 – Exemplos <strong>de</strong> parcialização <strong>de</strong> seção.<br />
Fonte: Manual Técnico Solotrat, 2003.<br />
Detectando-se<br />
a presença <strong>de</strong> água<br />
<strong>de</strong>ve-se executar<br />
drenos, fazendo com<br />
que ela escoe pelos<br />
caminhos mais<br />
a<strong>de</strong>quados, <strong>não</strong><br />
percorrendo as veias<br />
rochosas, o que<br />
po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>sestabilizar<br />
o maciço,<br />
comprometendo assim<br />
todo o serviço.<br />
Franciss (1998)<br />
afirma em sua obra<br />
que o N.A.T.M. é<br />
versátil quanto ao tipo<br />
<strong>de</strong> maciço escavado,<br />
assim como quanto à<br />
forma e dimensões da<br />
seção exigida. Quando a <strong>escavação</strong> da seção plena ten<strong>de</strong> a ficar instável, sua <strong>escavação</strong> po<strong>de</strong> ser<br />
feita por etapas, com arco invertido provisório ou em mais <strong>de</strong> duas fases, os si<strong>de</strong> drifts.<br />
Segundo Teixeira (1999), a instrumentação, tem fundamental importância neste tipo <strong>de</strong><br />
obra. Através <strong>de</strong>la tem-se conhecimento da intensida<strong>de</strong> das vibrações e <strong>de</strong>slocamentos<br />
provocados pelo uso dos explosivos. Este monitoramento é realizado através <strong>de</strong> medições dos<br />
<strong>de</strong>slocamentos durante a execução <strong>de</strong> <strong>túneis</strong>, através <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> convergência , tassômetros,<br />
inclinômetros, marcos superficiais, piezômetros, <strong>de</strong>ntre outros.<br />
A instrumentação também fornece os dados que serão utilizados <strong>para</strong> <strong>de</strong>finir como será feito<br />
o avanço.<br />
• Marcos <strong>de</strong> superfície <strong>para</strong> controle <strong>de</strong> recalques;<br />
6
• Tassômetro <strong>para</strong> controle <strong>de</strong> recalques logo acima da calota do túnel;<br />
• Pinos <strong>para</strong> o controle <strong>de</strong> recalques nas edificações vizinhas;<br />
• Nivelamento interno do túnel;<br />
• Seções <strong>de</strong> convergência <strong>para</strong> controle <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamentos internos no revestimento<br />
do túnel;<br />
• Piezômetro <strong>para</strong> controle da pressão hidráulica no maciço.<br />
• Indicadores <strong>de</strong> nível d’água <strong>para</strong> o controle do nível freático.<br />
• Inclinômetros.<br />
No N.A.T.M., dados oriundos das instrumentações <strong>de</strong> campo têm papel muito importante,<br />
pois eles permitem medir o <strong>de</strong>senvolvimento das <strong>de</strong>formações, o alívio das tensões e,<br />
consequentemente, a interação entre suporte e maciço circundante, e além disso:<br />
• Alertam <strong>para</strong> situações imprevistas, possibilitando tomar <strong>de</strong>cisões rápidas;<br />
• Fornecem subsídios <strong>para</strong> aferir as hipóteses iniciais do projeto, permitindo<br />
adaptações e correções do método construtivo, ajustando o espaçamento entre as<br />
cambotas e os tratamentos previstos;<br />
• Promovem condições <strong>para</strong> melhorar o <strong>de</strong>sempenho da obra quanto à<br />
produtivida<strong>de</strong>, segurança, economia e qualida<strong>de</strong>, através da interpretação das<br />
leituras dos instrumentos associada aos eventos observados na obra.<br />
Com estas informações po<strong>de</strong>-se alterar o tempo <strong>de</strong> avanço, visto às dificulda<strong>de</strong>s encontradas no<br />
entorno da obra, ou do próprio estado <strong>de</strong> tensões do maciço, afirma TEIXEIRA (1999).<br />
No projeto do Túnel Dois Leões-Água <strong>de</strong> Meninos, foi prevista a instalação <strong>de</strong> cinco<br />
marcos superficiais e um tassômetro, com afastamento <strong>de</strong> 5,5 m entre eles, por estaca do túnel.<br />
------5,5m------ ------5,5m------ ------5,5m------ ------5,5m------ Cota do terreno<br />
Marcos Superficiais Marcos Superficiais<br />
(Tassômetro)<br />
7
Ao final da execução do túnel foram levantadas as quantida<strong>de</strong>s dos instrumentos<br />
utilizados, obtendo-se os seguintes valores:<br />
• 175 m – Inclinômetros;<br />
• 25 un – Pinos <strong>de</strong> recalque;<br />
• 10 sc – Pinos <strong>de</strong> convergência;<br />
• 27 un – Marcos superficiais;<br />
• 60 m – Tassômetros;<br />
• 150 un – Bench Mark.<br />
Amaral Filho (1995) afirma que o tratamento primário da calota escavada é executado<br />
utilizando-se concreto projetado, telas, cambotas e as enfilagens garantem a estabilização do teto<br />
do túnel.<br />
A acomodação excessiva do solo faz com que o maciço perca sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> autosuporte<br />
e passe a exercer um esforço sobre a estrutura. A aplicação imediata do revestimento <strong>de</strong><br />
concreto projetado impe<strong>de</strong> esta acomodação, bem como a formação <strong>de</strong> vazios na junção<br />
estrutura-maciço, mantendo sua qualida<strong>de</strong>. A aplicação <strong>de</strong>ste revestimento possibilita que o<br />
suporte aja em toda a superfície escavada, melhorando sua interação com o maciço.<br />
O concreto projetado é aplicado na espessura <strong>de</strong>terminada no projeto. No caso <strong>de</strong><br />
armação com tela, aplica-se uma camada <strong>de</strong> concreto projetado com 3 cm <strong>de</strong> espessura, que evita<br />
possíveis <strong>de</strong>splacamentos do solo.<br />
De acordo<br />
com Lópes (1997),<br />
os avanços usuais<br />
nos diversos tipos <strong>de</strong><br />
solos ou rochas<br />
“brandas” (<strong>de</strong> fácil<br />
ruptura ou<br />
<strong>escavação</strong>), variam<br />
<strong>de</strong> 0,6 a 1,2 m,<br />
rapidamente<br />
revestidos por uma<br />
camada primária <strong>de</strong><br />
concreto projetado, o<br />
que garante a<br />
preservação da<br />
resistência do maciço<br />
e, conseqüentemente,<br />
sua estabilida<strong>de</strong>.<br />
Figura 9: Drain-Pack, drenos superficiais.<br />
Fonte: Igor Dantas, 2009.<br />
Após a primeira camada <strong>de</strong> concreto projetado, é fixada por meio <strong>de</strong> grampos a camada<br />
externa <strong>de</strong> tela soldada, obe<strong>de</strong>cendo-se o transpasse estipulado no projeto.<br />
8
Segundo Amaral Filho (1995), na <strong>escavação</strong> <strong>de</strong> <strong>túneis</strong> as telas são utilizadas com o<br />
objetivo <strong>de</strong> absorver os esforços <strong>de</strong> tração, causados pela tendência <strong>de</strong> fechamento do maciço,<br />
visto que são aplicadas próximas à superfície.<br />
Sendo o primeiro suporte instalado após o <strong>de</strong>smonte da rocha ou <strong>escavação</strong> do solo, as<br />
cambotas (Figura 10) garantem suporte imediato, basicamente trabalhando como suporte à<br />
compressão.<br />
Para estabilizar previamente trechos a serem escavados, ou os emboques, são utilizadas<br />
enfilagens (Figura 10) cravadas ou injetadas. São elementos estruturais longitudinais, instalados<br />
no contorno do teto da <strong>escavação</strong>, executados previamente à <strong>escavação</strong> <strong>para</strong> manter a<br />
sustentação do maciço até a conclusão da aplicação do suporte. Instaladas na face frontal <strong>de</strong><br />
<strong>escavação</strong> do túnel por meio <strong>de</strong> cravação ou perfuração e preenchimento com cimento ou resina,<br />
as pregagens são elementos estruturais em forma <strong>de</strong> barras ou tubos, geralmente constituídos <strong>de</strong><br />
fibras <strong>de</strong> vidro, tubos <strong>de</strong> PVC ou aço. Sua função é fornecer tensão <strong>de</strong> confinamento horizontal,<br />
aumentando a resistência ao cisalhamento do solo.<br />
Figura 10: Enfilagens, cambotas e tela metálica. Fonte:<br />
Igor Dantas, 2009.<br />
Após a colocação<br />
da tela (Figura 10), efetuase<br />
sua cobertura com<br />
aproximadamente 3 cm <strong>de</strong><br />
concreto projetado,<br />
finalizando-se assim o<br />
revestimento <strong>de</strong>ste passo <strong>de</strong><br />
avanço.<br />
O revestimento<br />
final do túnel seria a última<br />
camada <strong>de</strong> concreto,<br />
projetada após o tratamento<br />
inicial (cambotas,<br />
enfilagens e outros tipos <strong>de</strong><br />
suporte que auxiliam na<br />
<strong>escavação</strong> do túnel),<br />
CORRÊA (1992).<br />
Segundo Corrêa (1992), o revestimento final irá garantir a estabilida<strong>de</strong> do túnel, pois irá<br />
aumentar mais ainda a resistência gerada pelos suportes citados, além, claro, <strong>de</strong> protegê-los<br />
contra as intempéries que viriam a <strong>de</strong>gradar a estrutura.<br />
9
Figura 11: Perspectiva ilustrativa <strong>de</strong> túnel em N.A.T.M.<br />
Fonte: Manual Técnico Solotrat, 2003.<br />
Figura 12: Tipos <strong>de</strong> suporte <strong>de</strong> <strong>túneis</strong> N.A.T.M.<br />
Fonte: Terratek, 2009.<br />
4.0 <strong>Pipe</strong> Jacking<br />
1 – Enfilagens;<br />
2 – Pregagens;<br />
3 – Cambotas;<br />
4 – Concreto Projetado;<br />
5 – Chumbadores;<br />
6 – Arco Invertido.<br />
Nos gran<strong>de</strong>s centros urbanos, em quase todo o mundo, os <strong>túneis</strong> passaram a ter<br />
importância <strong>de</strong>cisiva na execução das obras, porque se apresentaram como a solução <strong>para</strong> a<br />
transposição <strong>de</strong> múltiplos obstáculos.<br />
Dentre os métodos existentes <strong>para</strong> a execução <strong>de</strong> <strong>túneis</strong> em áreas urbanas, um dos<br />
resultados <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico relativamente recente é o sistema <strong>Pipe</strong> Jacking.<br />
10
A Associação Brasileira dos Fabricantes <strong>de</strong> Tubo <strong>de</strong> Concreto, ABTC, <strong>de</strong>fine a<br />
metodologia como a execução <strong>de</strong> <strong>túneis</strong> em vários diâmetros através da cravação <strong>de</strong> tubos <strong>de</strong><br />
concreto <strong>de</strong> alta resistência (50 a 80 MPa), <strong>de</strong>stinados a canalizações em geral (drenagem<br />
pluvial, esgotamento sanitário, galerias técnicas etc).<br />
A utilização do <strong>Pipe</strong> Jacking é uma metodologia classificada como <strong>não</strong> <strong>de</strong>strutiva<br />
segundo Corrêa (2002) e tem o objetivo <strong>de</strong> reduzir os riscos inerentes à <strong>escavação</strong>, assim como<br />
as dificulda<strong>de</strong>s e transtornos causados pelas obras às pessoas e, principalmente, ao meio<br />
ambiente.<br />
“O método <strong>Pipe</strong> Jacking constitui um processo <strong>de</strong> abertura <strong>de</strong> <strong>túneis</strong>, que se caracteriza<br />
pela instalação subterrânea <strong>de</strong> tubos <strong>de</strong> concreto pré-moldados, por meio <strong>de</strong> cravação. Esta<br />
operação se faz entre dois pontos, sem a interrupção do espaço superficial.” (DRÖSEMEYER,<br />
2004).<br />
Os primeiros registros da utilização do <strong>Pipe</strong> Jacking datam do século passado, entretanto,<br />
a partir da década <strong>de</strong> 60, principalmente, vem evoluindo tecnologicamente, o que o tornou uma<br />
alternativa interessante (DRÖSEMEYER, 2004).<br />
Negro Júnior e Coutinho (1995) afirmam que a evolução do <strong>Pipe</strong> Jacking <strong>de</strong>riva,<br />
principalmente, da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se eliminar ou minimizar a utilização <strong>de</strong> V.C.A.<br />
“As razões são obvias: o espaço subterrâneo encontra-se congestionado <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong>s e<br />
a instalação <strong>de</strong> novas, requer o remanejamento daquelas, necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reduzirem-se<br />
os custos e prazos <strong>de</strong> instalação, elevado custo social associado à abertura <strong>de</strong> valas,<br />
busca <strong>de</strong> soluções que representem menores margens <strong>de</strong> risco técnico e econômico.”<br />
(DRÖSEMEYER, 2004)<br />
O método <strong>Pipe</strong> Jacking é atualmente bastante utilizado na Europa, Japão e Estados<br />
Unidos (NICHOLAS, 1998; OSAKO, 1998; STEIN, 1998 apud DRÖSEMEYER, 2004).<br />
Moreira (1995) afirma em sua obra que <strong>para</strong> que a frente da <strong>escavação</strong> seja suportada a<br />
velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retirada do solo <strong>de</strong>ve ser equivalente à velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avanço da máquina.<br />
Figura 13: Máquina <strong>de</strong> corte, shield.<br />
Fonte: Igor Dantas, 2009.<br />
Segundo Drösemeyer (2004), na<br />
metodologia <strong>Pipe</strong> Jacking existem formas<br />
distintas <strong>para</strong> sua execução: métodos tripulados e<br />
métodos <strong>não</strong> tripulados; e quanto à <strong>escavação</strong><br />
po<strong>de</strong>-se dividir em manual ou mecânica. Por sua<br />
vez, a <strong>escavação</strong> mecânica po<strong>de</strong> ser classificada<br />
como <strong>de</strong> frente aberta ou <strong>de</strong> frente fechada e <strong>de</strong><br />
frente pressurizada ou <strong>não</strong> pressurizada.<br />
Em sua obra, Garrido (2003) afirma que o sistema po<strong>de</strong> utilizar vários diâmetros <strong>de</strong> tubos<br />
<strong>de</strong> concreto, <strong>de</strong> 300 a 2000 milímetros, ainda que vários especialistas <strong>de</strong>fendam sua utilização<br />
<strong>para</strong> diâmetros <strong>de</strong> 2500 e até <strong>de</strong> 3000 milímetros.<br />
Nogueira (1997) afirma que os <strong>túneis</strong>, em função dos seus diâmetros, po<strong>de</strong>m pertencer a<br />
três classes:<br />
• Micro-<strong>túneis</strong>: obras com diâmetro menor que 1000mm;<br />
11
• Mini-<strong>túneis</strong>: obras com diâmetros <strong>de</strong> 1000mm a 2500mm;<br />
• Túneis: obras com diâmetro superior a 2500mm.<br />
A seguir, po<strong>de</strong>-se ver as etapas <strong>de</strong> <strong>escavação</strong> utilizando-se a metodologia <strong>Pipe</strong> Jacking:<br />
Figura 14: Poço <strong>de</strong> serviço com o <strong>Pipe</strong> Jacking.<br />
Fonte: Igor Dantas, 2009.<br />
3: Instalação do Shield no poço<br />
<strong>de</strong> serviço e início das escavações do<br />
túnel. O Shield é um equipamento<br />
"elétrico-hidráulico" que escava o solo<br />
através <strong>de</strong> sua cabeça rotativa. O solo<br />
escavado penetra pelas "janelas" na<br />
frente do Shield que cai em uma esteira<br />
transportadora, que transporta o solo<br />
escavado até uma caçamba metálica,<br />
que é transportada até o poço <strong>de</strong><br />
serviço, on<strong>de</strong> o solo é <strong>de</strong>scarregado em<br />
caminhão basculante e daí <strong>para</strong> o bota<br />
fora.<br />
Figura 16: Instalação dos tubos <strong>de</strong> concreto no <strong>Pipe</strong> Jacking.<br />
Fonte: Igor Dantas, 2009.<br />
1: Construção dos poços <strong>de</strong><br />
serviço, shafts, <strong>de</strong> emboque e<br />
<strong>de</strong>semboque em concreto projetado.<br />
Esta etapa continua em <strong>para</strong>lelo à<br />
execução do túnel.<br />
2: Instalação do <strong>Pipe</strong><br />
Jacking no poço <strong>de</strong> emboque e<br />
também a instalação do canhão<br />
laser que direciona em alinhamento<br />
e <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> o Shield na <strong>escavação</strong><br />
do túnel.<br />
Figura 15: Instalação do Shield no poço <strong>de</strong> serviço.<br />
Fonte: Igor Dantas, 2009.<br />
4: Instalação dos tubos <strong>de</strong><br />
concreto no <strong>Pipe</strong> Jacking através do<br />
poço <strong>de</strong> serviço e cravação do tubo<br />
no interior do solo já escavado pelo<br />
Shield.<br />
5: Realiza-se as etapas 3 e 4,<br />
sucessivamente, até que o Shield<br />
atinja o <strong>de</strong>semboque, estando pronto<br />
o trecho <strong>de</strong> túnel entre o poço <strong>de</strong><br />
emboque e o <strong>de</strong>semboque.<br />
12
Figura 17: Seção <strong>de</strong> um Slurry Shield Machine.<br />
Fonte: HERRENKNECHT, 2001.<br />
Figura 18: Arranjo Geral da metodologia <strong>Pipe</strong> Jacking.<br />
Fonte: Revista Saneas, 2002.<br />
13
5.0 N.A.T.M. e <strong>Pipe</strong> Jacking: vantagens e <strong>de</strong>svantagens<br />
Uma das <strong>de</strong>svantagens do <strong>Pipe</strong> Jacking é o investimento inicial <strong>para</strong> a aquisição dos<br />
equipamentos segundo Koshima apud Garrido (2003). Levando em consi<strong>de</strong>ração somente os<br />
equipamentos necessários <strong>para</strong> a abertura e estabilização do túnel, o <strong>Pipe</strong> Jacking tem gran<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>svantagem, <strong>de</strong>vido ao fato da gran<strong>de</strong> maioria dos equipamentos <strong>de</strong> <strong>escavação</strong> (shield) e dos<br />
cravadores dos tubos <strong>de</strong> concreto serem importados, o que, somado ao alto valor dos impostos<br />
alfan<strong>de</strong>gários, <strong>de</strong>ixa os serviços com altíssimos custos iniciais. No mesmo trabalho, Koshima<br />
afirma que há também a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que a construtora tenha escala <strong>de</strong> produção, ou seja,<br />
ganhe contratos gran<strong>de</strong>s que permitam amortizar o investimento inicial com a compra das<br />
máquinas.<br />
Este método torna-se viável <strong>para</strong> escavações <strong>de</strong> longos <strong>túneis</strong>. É preciso também que se<br />
analise o que será feito com este equipamento após a finalização dos serviços, visto que cada<br />
túnel tem suas peculiarida<strong>de</strong>s e, pouco provavelmente, o mesmo equipamento po<strong>de</strong>rá ser<br />
utilizado pela mesma empresa na construção <strong>de</strong> um túnel <strong>de</strong> igual diâmetro, logo após a<br />
finalização <strong>de</strong>ste serviço.<br />
Devido ao alto custo do equipamento <strong>de</strong> corte, o <strong>Pipe</strong> Jacking torna-se mais oneroso à<br />
medida que exigem-se maiores diâmetros dos <strong>túneis</strong>, visto que, o quanto maior o shield, maior<br />
será o seu valor e mais peculiar será o túnel.<br />
Também em relação ao diâmetro do túnel, sendo escavado em N.A.T.M., é possível<br />
alterar o seu diâmetro <strong>de</strong>vido a eventuais exigências do projeto. Utilizando-se o <strong>Pipe</strong> Jacking<br />
isto é impossível, visto que o equipamento <strong>de</strong> corte tem seu tamanho fixo.<br />
O projeto também po<strong>de</strong> limitar a forma escolhida <strong>para</strong> a abertura dos <strong>túneis</strong>, visto que,<br />
somente é possível executar bifurcações utilizando-se a metodologia N.A.T.M., assim como<br />
curvas <strong>de</strong> pequenos raios.<br />
Quanto à questão mão-<strong>de</strong>-obra, o <strong>Pipe</strong> Jacking, segundo Capobianco apud Garrido<br />
(2003) a mão-<strong>de</strong>-obra aplicada é muito especializada e escassa, o que, mais uma vez, torna a sua<br />
utilização mais onerosa.<br />
“O operador tem que enten<strong>de</strong>r um pouco <strong>de</strong> geologia, o mínimo indispensável <strong>de</strong><br />
mecânica do solo, <strong>de</strong> mecânica <strong>de</strong> equipamentos, <strong>de</strong> hidráulica e <strong>de</strong> informática, <strong>para</strong><br />
estar gabaritado a trabalhar sem fazer com que o equipamento pare ou tenha algum<br />
outro tipo <strong>de</strong> contratempo.” (CAPOBIANCO apud GARRIDO, 2003).<br />
Na metodologia N.A.T.M. <strong>não</strong> se faz necessária a abertura <strong>de</strong> poços em 100% dos casos<br />
<strong>para</strong> se iniciar e finalizar a <strong>escavação</strong>. Com a utilização do <strong>Pipe</strong> Jacking, na gran<strong>de</strong> maioria das<br />
vezes é necessário que tais poços sejam abertos <strong>para</strong> que seja possível, no emboque, <strong>de</strong>scer os<br />
equipamentos, shield e cravador <strong>de</strong> tubos <strong>de</strong> concreto (<strong>Pipe</strong> Jacking), assim como os próprios<br />
tubos <strong>de</strong> concreto e também o no <strong>de</strong>semboque, <strong>para</strong> que o equipamento <strong>de</strong> corte seja retirado.<br />
Para que seja possível executar escavações em rochas, mais uma vez o N.A.T.M. <strong>não</strong><br />
exige equipamentos adicionais. Com o <strong>Pipe</strong> Jacking, segundo Corrêa apud Garrido (2003),<br />
exigem-se cabeças <strong>de</strong> corte especiais e conseqüentemente, mais onerosas. Caso sejam<br />
encontradas rochas ou matações, <strong>não</strong> previstos nas investigações preliminares, a retomada dos<br />
serviços utilizando-se o shield po<strong>de</strong> ser mais lenta, visto a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se conseguir<br />
equipamentos <strong>não</strong> previstos, tais como cabeças <strong>de</strong> corte especiais, ou até mesmo danificar o<br />
14
equipamento <strong>de</strong> corte. Caso o último problema fosse i<strong>de</strong>ntificado, seria necessário abrir poços <strong>de</strong><br />
serviço intermediários.<br />
Utilizando a metodologia N.A.T.M. <strong>não</strong> é necessário que tais poços sejam abertos <strong>para</strong><br />
que seja retirado nenhum equipamento. Com o <strong>Pipe</strong> Jacking, eventuais problemas que venham a<br />
impossibilitar a continuação da <strong>escavação</strong> pelo shield, po<strong>de</strong>m exigir que novos poços sejam<br />
abertos com o intuito <strong>de</strong> se fazer a manutenção ou até mesmo a substituição do equipamento. Há<br />
também a questão da localização <strong>de</strong> tais poços, pois caso se faça necessária a abertura, por<br />
exemplo, em avenidas com intenso fluxo, um enorme transtorno seria trazido à socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido<br />
à interdição <strong>para</strong> a <strong>escavação</strong>, manutenção ou substituição e reconstituição do pavimento<br />
retirado.<br />
Túneis executados em <strong>Pipe</strong> Jacking possuem alta qualida<strong>de</strong>. Garrido (2003) afirma que<br />
<strong>de</strong>vido à taxa <strong>de</strong> precisão <strong>de</strong> 0,2%, garantida <strong>de</strong>vido ao nivelamento e alinhamento a laser, o<br />
<strong>Pipe</strong> Jacking torna-se i<strong>de</strong>al <strong>para</strong> a execução <strong>de</strong> <strong>túneis</strong> que irão abrigar condutos livres, tais como<br />
galerias <strong>de</strong> esgoto e <strong>de</strong> drenagem.<br />
Como o <strong>Pipe</strong> Jacking utiliza tubos <strong>de</strong> concreto normalizados pela NBR 15319/2006, o<br />
método tem alto controle da qualida<strong>de</strong> do revestimento e, <strong>de</strong>vido às altíssimas especificações dos<br />
tubos utilizados, Corrêa (2002) afirma que este fato permite controle prévio do revestimento. No<br />
N.A.T.M. o revestimento é executado in loco em concreto projetado, tornando-se mais suscetível<br />
a erros. Neste caso <strong>não</strong> é possível evitar eventuais problemas, somente remedia-los ou repará-los.<br />
Garrido (2003) afirma que por serem fabricados com cimento resistente a sulfatos, com<br />
baixa absorção <strong>de</strong> água (abaixo <strong>de</strong> 4%) e concreto <strong>de</strong> alta resistência (acima <strong>de</strong> 45 MPa), os<br />
tubos resistem aos esforços <strong>de</strong> cravação alem <strong>de</strong> possuíram vida útil longa. Sendo o revestimento<br />
do túnel os próprios tubos. Túneis em N.A.T.M. têm a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se preencher os<br />
overbreaks em concreto projetado assim, possuindo maiores gastos com mais mão-<strong>de</strong>-obra.<br />
Devido aos tubos <strong>de</strong> concreto serem o próprio suporte do túnel, assim como o seu<br />
revestimento final, <strong>não</strong> há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se escorar a sua abertura. No N.A.T.M. há a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste escoramento e, segundo diversos autores, <strong>de</strong>ntre eles Amaral Filho (1995), são<br />
utilizadas cambotas, enfilagens, pregagens e concreto projetado, sendo este executado em duas<br />
etapas: como suporte inicial e como revestimento final.<br />
Devido à <strong>escavação</strong> feita pelo shield ser executada no diâmetro exato da tubulação,<br />
acrescido apenas <strong>de</strong> um pequeno sobrecorte (normalmente entre 1% e 2% do diâmetro externo<br />
do equipamento), Telles apud Garrido (2003) afirma que os recalques são minimizados e,<br />
conseqüentemente, trincas e fissuras nas construções acima da <strong>escavação</strong> são evitadas, o que, por<br />
sua vez, evita transtornos com a socieda<strong>de</strong>.<br />
Também <strong>de</strong>vido à <strong>escavação</strong> feita pelo shield, a metodologia <strong>Pipe</strong> Jacking mostra-se trás<br />
gran<strong>de</strong>s benefícios na questão social. Mais uma vez os recalques são minimizados, segundo<br />
Corrêa apud Garrido (2003), visto que <strong>não</strong> se transmitem vibrações às fundações das edificações.<br />
No N.A.T.M. é necessário se preocupar com o <strong>de</strong>slocamento do ar causado pelas<br />
<strong>de</strong>tonações que po<strong>de</strong> estilhaçar janelas, levantar gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> poeira e, até mesmo,<br />
lançar pequenos fragmentos <strong>de</strong> rocha, caso <strong>não</strong> seja executado o fechamento do túnel <strong>de</strong> maneira<br />
correta.<br />
15
Quanto à questão “socieda<strong>de</strong>” a utilização da metodologia <strong>Pipe</strong> Jacking associada aos<br />
equipamentos <strong>de</strong> corte, shield têm ótimos resultados. Segundo Corrêa; Corrêa (2002), em obras<br />
com gran<strong>de</strong> interferência do entorno, esta questão, muitas vezes, po<strong>de</strong> atrasar o andamento dos<br />
serviços, o que, conseqüentemente, aumenta ainda mais o seu custo.<br />
Quando a questão são os trabalhadores, o N.A.T.M. po<strong>de</strong> ser preocupante. Sendo o<br />
ambiente <strong>de</strong> trabalho mais insalubre, <strong>de</strong>vido à manipulação <strong>de</strong> explosivos e ao fato do<br />
revestimento do túnel ser executado por operários, em várias etapas, o risco <strong>de</strong> colapso do túnel é<br />
muito maior. Somam-se também o fato do trabalho ser executado em locais escuros, com<br />
iluminação artificial, na gran<strong>de</strong> maioria das vezes, precária, o trabalho em local úmido, a<br />
possibilida<strong>de</strong> inalação <strong>de</strong> gases tóxicos, caso <strong>não</strong> seja respeitado o tempo <strong>de</strong> dispersão <strong>de</strong>stes<br />
gases ou <strong>não</strong> seja executada uma boa ventilação do túnel e a gran<strong>de</strong> poeira <strong>de</strong> concreto causada<br />
pela sua projeção na execução do revestimento.<br />
Uma das gran<strong>de</strong>s vantagens da utilização do <strong>Pipe</strong> Jacking é o fato do trabalho po<strong>de</strong>r ser<br />
executado abaixo do nível d’água, segundo diversos autores, <strong>de</strong>ntre eles Gimenez apud Garrido<br />
(2003), <strong>não</strong> sendo necessário o rebaixamento do lençol freático, serviço muitíssimo oneroso e<br />
que também po<strong>de</strong> causar instabilida<strong>de</strong> nas construções vizinhas.<br />
Quando analisa-se a questão da produtivida<strong>de</strong> o <strong>Pipe</strong> Jacking comprova o que po<strong>de</strong> ser<br />
uma das suas maiores qualida<strong>de</strong>s. Segundo Corrêa apud Garrido (2003) <strong>para</strong> a faixa <strong>de</strong><br />
diâmetros nominais entre 600 e 1.200 milímetros, observam-se, normalmente, produtivida<strong>de</strong>s<br />
médias entre 250 a 450 metros por mês, em projetos executados por <strong>Pipe</strong> Jacking.<br />
No mesmo trabalho, Frenceschini afirma que a principal vantagem na utilização do<br />
sistema <strong>Pipe</strong> Jacking é a redução do tempo <strong>de</strong> execução da obra que, em alguns casos, chega a<br />
ser 80% menor.<br />
Tabela 1 – Resumo: <strong>Pipe</strong> Jacking e N.A.T.M<br />
<strong>Pipe</strong> Jacking N.A.T.M<br />
Exige equipamentos especiais, Não exige equipamentos<br />
Investimento inicial normalmente importados. especiais, sendo facilmente<br />
Gran<strong>de</strong> investimento inicial. encontrados no Brasil.<br />
Volume <strong>de</strong> serviço<br />
Exige gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
serviço <strong>para</strong> amortizar o custo<br />
inicial com equipamentos.<br />
Não exige gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> serviço visto que os<br />
equipamentos <strong>não</strong> possuem<br />
valor tão alto.<br />
Equipamentos utilizados <strong>para</strong> Equipamentos po<strong>de</strong>m ser<br />
Reutilização dos<br />
equipamentos<br />
um único diâmetro <strong>de</strong> túnel o<br />
que faz com que a reutilização<br />
em outros contratos seja<br />
utilizados <strong>para</strong> escavar<br />
diversos diâmetros <strong>de</strong> <strong>túneis</strong>,<br />
po<strong>de</strong>ndo ser facilmente<br />
limitada.<br />
reutilizados.<br />
Impossível alterar o diâmetro Possível alterar o diâmetro do<br />
Modificações e limitações <strong>de</strong> do túnel ou fazer curvas <strong>de</strong> túnel e/ou fazer curvas <strong>de</strong><br />
projeto.<br />
pequenos raios ou<br />
pequenos raios ou<br />
bifurcações.<br />
bifurcações.<br />
Mão-<strong>de</strong>-obra<br />
Exige mão-<strong>de</strong>-obra muito<br />
especializada.<br />
Não exige mão-<strong>de</strong>-obra tão<br />
especializada.<br />
Poços <strong>de</strong> trabalho<br />
Exige aberturas <strong>de</strong> poços na<br />
gran<strong>de</strong> maioria dos casos.<br />
Não exige abertura <strong>de</strong> poços<br />
na maioria dos casos.<br />
Poços <strong>de</strong> serviço Eventual necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Não exige abertura <strong>de</strong> poços<br />
16
Escavação em rocha<br />
Escavação em solo<br />
Qualida<strong>de</strong> do revestimento<br />
Escoramentos<br />
Recalques / Socieda<strong>de</strong><br />
Ambiente <strong>de</strong> trabalho<br />
Lençol freático<br />
abertura <strong>de</strong> poços <strong>de</strong> serviço<br />
intermediários <strong>para</strong><br />
manutenção ou substituição<br />
dos equipamentos em locais<br />
ou vias <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> fluxo.<br />
Exige equipamentos (cabeças<br />
<strong>de</strong> corte) especiais.<br />
Não exige equipamentos<br />
adicionais e a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
avanço praticamente <strong>não</strong> se<br />
altera.<br />
O revestimento são os<br />
próprios tubos <strong>de</strong> concreto<br />
fabricados com altíssimas<br />
especificações o que permite<br />
controle prévio.<br />
Não há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
escoramento da frente <strong>de</strong><br />
<strong>escavação</strong>, pois os tubos <strong>de</strong><br />
concreto são, ao mesmo<br />
tempo, o revestimento final e<br />
os suportes do túnel<br />
Maciço cortado, <strong>não</strong><br />
transmitindo vibrações às<br />
fundações <strong>de</strong> edificações<br />
vizinhas, minimizando<br />
recalques e problemas com a<br />
vizinhança. Inexistência da<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interdição <strong>de</strong><br />
ruas <strong>de</strong>vido a <strong>de</strong>tonações.<br />
Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> operação do<br />
equipamento fora do túnel.<br />
Menor risco <strong>de</strong> colapso<br />
<strong>de</strong>vido ao suporte. Melhor<br />
qualida<strong>de</strong> do ambiente <strong>de</strong><br />
trabalho.<br />
Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> execução do<br />
túnel abaixo do nível d’água,<br />
sem rebaixamento do lençol<br />
freático, reduzindo custos e a<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> causar<br />
instabilida<strong>de</strong> nas edificações<br />
vizinhas.<br />
<strong>para</strong> manutenção ou<br />
substituição dos<br />
equipamentos.<br />
Não exige equipamentos<br />
adicionais.<br />
Reduz-se a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
avanço <strong>de</strong>vido à necessida<strong>de</strong><br />
da instalação dos suportes<br />
com menores distâncias e <strong>de</strong><br />
mais parcializacões.<br />
Revestimento em concreto<br />
projetado mais suscetível a<br />
erros, <strong>não</strong> permitindo controle<br />
prévio, somente re<strong>para</strong>r<br />
eventuais problemas.<br />
Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diversos<br />
escoramentos tais como<br />
cambotas, enfilagens e<br />
pregagens, além do próprio<br />
concreto projetado aplicado<br />
na primeira fase.<br />
Devido às <strong>de</strong>tonações <strong>para</strong><br />
<strong>de</strong>smonte <strong>de</strong> rocha, maiores<br />
vibrações são transmitidas às<br />
fundações <strong>de</strong> edificações<br />
vizinhas, possibilitando<br />
maiores recalques. Necessária<br />
a interdição <strong>de</strong> ruas <strong>de</strong>vido a<br />
<strong>de</strong>tonações. Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
se estilhaçar janelas, levantar<br />
gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> poeira e<br />
até mesmo lançar fragmentos.<br />
Perigoso <strong>de</strong>vido à possível<br />
manipulação <strong>de</strong> explosivos.<br />
Maior risco <strong>de</strong> colapso por<br />
erros humanos. Trabalho em<br />
local úmido e escuro com<br />
iluminação artificial precária.<br />
Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inalação <strong>de</strong><br />
gases tóxicos e poeira <strong>de</strong><br />
concreto projetado.<br />
Não é possível trabalhar<br />
abaixo do nível d’água, sendo<br />
necessário o rebaixamento do<br />
lençol freático.<br />
17
Produtivida<strong>de</strong><br />
Fonte: Igor Dantas<br />
Altíssima produtivida<strong>de</strong>,<br />
chegando a reduzir o tempo<br />
da obra em até 80%.<br />
6.0 Tecnologias na Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salvador<br />
6.1 Exemplo da utilização do N.A.T.M. em Salvador, Bahia.<br />
Baixa produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido à<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se executar<br />
vários tipos <strong>de</strong> suportes.<br />
Em Salvador, Bahia, muitos são os <strong>túneis</strong> que ainda estão sendo construídos ou já foram<br />
finalizados no ano <strong>de</strong> 2009.<br />
Como exemplo da utilização do N.A.T.M. temos a execução da segunda etapa do túnel<br />
Dois Leões-Água <strong>de</strong> Meninos, executado pela Construtora Norberto O<strong>de</strong>brecht S.A (CNO), que<br />
irá prover à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salvador um novo acesso viário entre os bairros das “cida<strong>de</strong>s” alta e baixa,<br />
em um ponto intermediário entre as duas principais ligações existentes e já saturadas, além <strong>de</strong><br />
representar mais uma via <strong>de</strong> escoamento <strong>de</strong> carga e passageiros em direção ao Porto <strong>de</strong> Salvador,<br />
fazendo parte das obras da Via Expressa Baía <strong>de</strong> Todos os Santos, que por sua vez, interligará o<br />
Porto <strong>de</strong> Salvador à BR 324, principal estrada <strong>para</strong> acesso à cida<strong>de</strong>.<br />
No caso da segunda etapa da <strong>escavação</strong> do túnel Dois Leões-Água <strong>de</strong> Meninos, a curta<br />
extensão do túnel que ainda restava ser escavada, cerca <strong>de</strong> 50 m, inviabilizava a mobilização <strong>de</strong><br />
um shield.<br />
18
Figura 19: Mapeamento geológico/geotécnico do túnel<br />
Fonte: Terratek, 2009.<br />
Um forte trabalho social foi<br />
realizado com os moradores,<br />
comerciantes e transeuntes das áreas<br />
do entorno <strong>para</strong> que todo o processo<br />
<strong>de</strong> <strong>escavação</strong> fosse explanado e <strong>para</strong><br />
que eventuais problemas pu<strong>de</strong>ssem<br />
ser resolvidos e as dúvidas<br />
esclarecidas.<br />
Com o monitoramento através<br />
da instrumentação realizada pela<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia<br />
(UFBA), observou-se que os prédios<br />
sofreram recalques que chegaram a -<br />
21 mm (diferença entre conjuntos <strong>de</strong><br />
marcos superficiais), com recalques<br />
diferenciais <strong>de</strong> até 3 mm (diferença<br />
no mesmo conjunto <strong>de</strong> 3 marcos<br />
superficiais entre 2 marcos), <strong>de</strong><br />
forma contínua e controlada<br />
conforme o avanço do túnel.<br />
Durante a <strong>escavação</strong> foi<br />
encontrada rocha sã, rocha alterada e<br />
saprolito. A figura 9 ilustra o<br />
mapeamento geológico/geotécnico<br />
do túnel.<br />
19
Figura 20: Comunicação das frentes <strong>de</strong> <strong>escavação</strong> no Emboque Porto<br />
Fonte: Igor Dantas, 2009.<br />
6.2 Exemplo da utilização do <strong>Pipe</strong> Jacking em Salvador, Bahia.<br />
No dia 27 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong><br />
2009 foi feita a comunicação<br />
das duas frentes <strong>de</strong> <strong>escavação</strong><br />
do túnel, como po<strong>de</strong> ser visto na<br />
figura 10.<br />
Alguns dados da obra:<br />
• Os avanços do<br />
túnel variaram <strong>de</strong><br />
0,8 a 2,5m;<br />
• Foram feitas até<br />
três<br />
parcializacões<br />
durante as<br />
escavações.<br />
Um exemplo da utilização da tecnologia <strong>Pipe</strong> Jacking em Salvador, Bahia foi a execução<br />
do Sistema <strong>de</strong> Disposição Oceânica do Jaguaribe (SDO do Jaguaribe), contrato firmado entre a<br />
Empresa Baiana <strong>de</strong> Águas e Saneamento (Embasa) e a Concessionária Jaguaribe S.A. (formada<br />
pela O<strong>de</strong>brecht Investimentos em Infra-estrutura e a Construtora Norberto O<strong>de</strong>brecht) executado<br />
pela Construtora Norberto O<strong>de</strong>brecht S.A.<br />
Segundo Maia (2009), o SDO do Jaguaribe, quando em funcionamento, irá beneficiar<br />
mais <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> pessoas nas cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Salvador e Lauro <strong>de</strong> Freitas. O projeto inclui um<br />
emissário terrestre em túnel, revestido <strong>de</strong> concreto, com 1.300 m <strong>de</strong> comprimento, e um<br />
emissário submarino <strong>de</strong> 3.600 m, dos quais 3.200 m são <strong>de</strong> tubos <strong>de</strong> polietileno <strong>de</strong> alta <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />
(PEAD) e o restante em túnel.<br />
Figura 21: Configuração do SDO do Jaguaribe.<br />
Fonte: Igor Dantas, 2009.<br />
20
Com a metodologia escolhida <strong>para</strong> a <strong>escavação</strong> do túnel responsável pelo transporte da<br />
vazão <strong>de</strong> trabalho, a comunida<strong>de</strong>, o meio ambiente e a cida<strong>de</strong> ganharão em qualida<strong>de</strong> e<br />
preservação. O trecho executado em <strong>Pipe</strong> Jacking passa por baixo <strong>de</strong> toda a Avenida Jorge<br />
Amado e praia dos Artistas, saindo à profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 12,00 m.<br />
Neste ponto ocorre a transição do túnel em tubos <strong>de</strong> concreto armado <strong>para</strong> a tubulação em<br />
PEAD, on<strong>de</strong> os efluentes tratados serão lançados a uma profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 44 m.<br />
Nas obras do SDO do Jaguaribe, os esforços <strong>de</strong> cravação são <strong>de</strong> aproximadamente 300<br />
toneladas, proporcionando velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avanço média <strong>de</strong> 2,5 tubos por dia, ou seja, 7 m. A<br />
velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avanço do shield <strong>de</strong>ve ser muito bem monitorada, pois, po<strong>de</strong>ndo causar recalques,<br />
tanto negativos quanto positivos, caso <strong>não</strong> seja muito bem controlada.<br />
Figura 22: Tubulação <strong>de</strong> PEAD lançada no mar.<br />
Fonte: O<strong>de</strong>brecht Informa Online, 2009.<br />
6.3 Análise<br />
Com o advento das tecnologias, a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salvador mostra sua evolução no campo da<br />
engenharia. Obras como o túnel Dois Leões-Água <strong>de</strong> Meninos e o SDO do Jaguaribe ilustram e<br />
comprovam tal evolução.<br />
Po<strong>de</strong>-se afirmar que no mínimo, a utilização do N.A.T.M. na área da La<strong>de</strong>ira da Soleda<strong>de</strong><br />
foi ousada por se tratar <strong>de</strong> uma área com edificações tombadas pelo Instituto do Patrimônio<br />
Artístico e Cultural da Bahia (IPAC). Tamanha ousadia trouxe gran<strong>de</strong> experiência e ren<strong>de</strong>u<br />
notorieda<strong>de</strong> <strong>para</strong> a equipe responsável pela obra, assim como <strong>para</strong> a própria cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntro do<br />
cenário da geotecnia.<br />
A utilização do <strong>Pipe</strong> Jacking quando a <strong>escavação</strong> é feita principalmente em rocha, como<br />
é o caso do SDO do Jaguaribe, é sempre complexa, visto as diversas dificulda<strong>de</strong>s encontradas,<br />
como travamento do shield, po<strong>de</strong>ndo ser causado por falhas no monitoramento ou interpretação<br />
dos dados enviados ao container <strong>de</strong> controle. Estes dados referem-se à força <strong>de</strong> cravação do<br />
21
macaco hidráulico, torque do motor que gira a cabeça do shield, excesso ou falta <strong>de</strong> água/lama<br />
ou <strong>de</strong> pressão na frente da <strong>escavação</strong>.<br />
7.0 Consi<strong>de</strong>rações Finais<br />
No universo da Engenharia, principalmente na atualida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vido aos gran<strong>de</strong>s avanços<br />
tecnológicos e aos constantes estudos acerca dos materiais, diversos são os meios <strong>para</strong> se<br />
executar um mesmo tipo <strong>de</strong> serviço, seja ele <strong>de</strong> pequeno, médio ou gran<strong>de</strong> porte.<br />
Deve-se analisar, cautelosamente, todos os condicionantes que po<strong>de</strong>rão afetar ou <strong>não</strong> o<br />
processo <strong>de</strong> criação, execução e, posteriormente, a operação do sistema <strong>de</strong>senvolvido.<br />
Diante das diversas opções, <strong>de</strong>ve-se levar em consi<strong>de</strong>ração todas as variáveis possíveis,<br />
pois, um pequeno <strong>de</strong>talhe po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>cisivo <strong>para</strong> a exclusão <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada tecnologia <strong>de</strong>ntro do<br />
leque <strong>de</strong> opções que é conhecido.<br />
Não são somente questões acerca dos métodos executivos, mas também questões que<br />
envolvem <strong>de</strong>cisões estratégicas <strong>para</strong> as empresas, como fluxo <strong>de</strong> caixa, <strong>de</strong>stino dos<br />
equipamentos e mão-<strong>de</strong>-obra ao final dos serviços, questões <strong>de</strong> contrato, como prazos e,<br />
principalmente valores.<br />
Outra questão que <strong>de</strong>ve ser analisada com muita atenção é o transtorno social que, por<br />
menor que seja nunca <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> existir e que também tem gran<strong>de</strong> peso na <strong>de</strong>cisão final, pois,<br />
muitas vezes, problemas com a socieda<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m fazer com que os serviços fiquem <strong>para</strong>dos por<br />
longos períodos, prejudicando todo um planejamento e também reduzindo a margem <strong>de</strong> lucro<br />
previamente <strong>de</strong>terminada.<br />
Felizmente, no campo da Engenharia possuímos uma gama <strong>de</strong> opções e alternativas que,<br />
aplicamos da melhor maneira possível, modificando a natureza. Dentro <strong>de</strong>ste contexto, a cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Salvador po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada como um ótimo ponto <strong>de</strong> partida <strong>para</strong> estudos acerca <strong>de</strong> <strong>túneis</strong>,<br />
pois, como citado anteriormente, possui <strong>túneis</strong> em execução ou já executados on<strong>de</strong> foram<br />
aplicadas diferentes tecnologias.<br />
Com 460 anos <strong>de</strong> fundação e ocupando a posição <strong>de</strong> terceira maior capital do país,<br />
segundo Santana (2009), a cida<strong>de</strong> possui diversas edificações antigas e, em muitos casos,<br />
tombadas pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC). Po<strong>de</strong>-se afirmar que<br />
seria no mínimo arriscado utilizar a tecnologia N.A.T.M. na execução <strong>de</strong> <strong>túneis</strong>, como por<br />
exemplo, no Pelourinho. Para <strong>túneis</strong> <strong>de</strong> serviço, muito provavelmente o mais indicado seria a<br />
utilização do <strong>Pipe</strong> Jacking <strong>de</strong>vido todas as afirmações já feitas durante este trabalho, que,<br />
minimizam recalques e até mesmo evitam trincas e fissuras nas construções acima da <strong>escavação</strong>.<br />
Qualida<strong>de</strong> e produtivida<strong>de</strong> são as principais vantagens da utilização do <strong>Pipe</strong> Jacking.<br />
Qualitativamente, em relação ao acabamento do túnel e ao ambiente <strong>de</strong> serviço <strong>para</strong> os operários,<br />
a utilização da tecnologia torna o método muito mais atraente. Mais uma vez, vale à pena citar,<br />
como afirma Frenceschini apud Garrido (2003), a redução do tempo <strong>de</strong> execução da obra, chega<br />
a 80%, o que torna a produtivida<strong>de</strong> com a utilização do <strong>Pipe</strong> Jacking muito mais alta.<br />
Na mesma obra afirma Kochen, a tendência da maior utilização do <strong>Pipe</strong> Jacking no<br />
futuro é evi<strong>de</strong>ntemente clara e mais vantajosa, porém, o estudo <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> econômica <strong>de</strong>ve<br />
ser sempre realizado, pois, em alguns casos, a extensão do túnel po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada pequena<br />
22
<strong>para</strong> se amortizar os custos dos equipamentos, sendo mais vantajoso arcar com custos <strong>de</strong><br />
escoramentos nas edificações e também com instrumentação mais intensa do que aquela que<br />
seria normalmente utilizada.<br />
Após todo o estudo realizado, consi<strong>de</strong>rando as principais vantagens e <strong>de</strong>svantagens <strong>de</strong><br />
cada tecnologia, pô<strong>de</strong>-se perceber que é inviável com<strong>para</strong>r os métodos, visto que na prática, a<br />
faixa <strong>de</strong> diâmetros on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>-se utilizar as duas tecnologias é <strong>de</strong> 1800mm a 4000mm, intervalo<br />
consi<strong>de</strong>rado pequeno diante dos diversos diâmetros possíveis <strong>para</strong> a execução <strong>de</strong> <strong>túneis</strong> em<br />
N.A.T.M, maiores que 4000mm ou ainda em <strong>Pipe</strong> Jaking, menores que 1800mm.<br />
1800mm – N.A.T.M.<br />
4000 mm – <strong>Pipe</strong> Jacking<br />
Figura 23: Diâmetros <strong>de</strong> aplicação: <strong>Pipe</strong> Jacking e N.A.T.M.<br />
Fonte: Igor Dantas, 2009.<br />
REFERÊNCIAS<br />
AMARAL FILHO, Epaminondas Melo do. Tecnologia <strong>de</strong> Concreto. Aplicado a Revestimento<br />
<strong>de</strong> Túneis. 1º Simpósio Sobre Túneis Urbanos. TURB, Associação Brasileira <strong>de</strong> Geologia <strong>de</strong><br />
Engenharia e Ambiental , ABGE, São Paulo, março <strong>de</strong> 1995.<br />
BOTELHO, Manoel Henrique Campos; MARCHETTI, Osval<strong>de</strong>mar. Concreto Armado Eu Te<br />
Amo, vol. I, 4ª edição. São Paulo, 2006.<br />
CAMPANHÃ, Carlos Augusto. NATM em Solo e Rocha. 1º Simpósio Sobre Túneis Urbanos,<br />
TURB, Associação Brasileira <strong>de</strong> Geologia <strong>de</strong> Engenharia e Ambiental, ABGE, São Paulo, março<br />
<strong>de</strong> 1995.<br />
CHIOSSI, Nivaldo José. Geologia aplicada à Engenharia, 2ª edição, Grêmio Politécnico, São<br />
Paulo, 1979.<br />
CORRÊA, A.H.M. Revestimento <strong>de</strong> Túneis com Segmento <strong>de</strong> Concreto Pré-Fabricados.<br />
Revista IBRACON, São Paulo, a.2, n.6, p. 21-28, out.nov.<strong>de</strong>z.1992.<br />
CORRÊA, Sabino Freitas; CORRÊA, Marianne Freitas. Tecnologia <strong>de</strong> <strong>túneis</strong> por tubos<br />
cravados <strong>de</strong> concreto - <strong>Pipe</strong> Jacking tipo slurry machine: maior precisão, qualida<strong>de</strong> e<br />
economia. Revista Saneas. São Paulo, vol.1, n o 14, p. 26-30, out. 2002.<br />
DRÖSEMEYER, Aloésio. Contribuição ao Estudo da Execução <strong>de</strong> Túneis em “<strong>Pipe</strong><br />
Jacking”. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2004. 173 p. Tese (Mestrado<br />
em Ciências em Engenharia Civil) – Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>de</strong> Engenharia, Universida<strong>de</strong><br />
Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2004.<br />
23
GARRIDO, Juan. O pipe jacking abre uma janela <strong>para</strong> o futuro. Revista Engenharia. São<br />
Paulo, Ed. 560, p. 42-72, set. 2003.<br />
GOLSER, J. Retificações às opiniões do Prof. Kovári sobre o Novo Método Austríaco <strong>de</strong><br />
Túneis. Tradução n.14, ABGE, São Paulo, 1996.<br />
HARRIS, William. How Tunnels Work. HowStuffWorks.com, 2006. Disponível em<br />
. Acesso em 20 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2009, 16:20:30.<br />
LÓPES, J.T.D. Influência das Condições Geológicas dos Maciços no Projeto e Construção<br />
<strong>de</strong> Túneis. Manual <strong>de</strong> Túneles y Obras Subterrâneas, Madrid: EPM, 1997.<br />
MAIA, Leonardo. Demandas da cida<strong>de</strong> que cresce. O<strong>de</strong>brecht Informa Online, 2009.<br />
Disponível em www.o<strong>de</strong>brechtonline.com.br. Acesso em 2 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2009, 10:15:22.<br />
MOREIRA, R. F. Shield a Pressão <strong>de</strong> Terra Balanceada. No: 1º Simpósio sobre Túneis<br />
Urbanos, pp. 183-193, São Paulo, março <strong>de</strong> 1995.<br />
SANTANA, Andréia. Aniversário <strong>de</strong> Salvador: 460 anos. Conversa <strong>de</strong> Menina: O universo<br />
feminino pelos olhos <strong>de</strong> quem vive o assunto na pele, 2009. Disponível em<br />
. Acesso em 22 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2009, 12:19:18.<br />
SOLOTRAT ENGENHARIA GEOTÉCNICA. Livro <strong>de</strong> Manuais Técnicos. São Paulo, 2003.<br />
TEIXEIRA, Alberto Henrique. Seis Casos <strong>de</strong> Túneis Urbanos com Revestimento em<br />
Concreto Projetado Armado com Fibras <strong>de</strong> Aço, 3º Simpósio Sobre Túneis Urbanos, TURB,<br />
Associação Brasileira <strong>de</strong> Geologia <strong>de</strong> Engenharia e Ambiental, ABGE, São Paulo, outubro <strong>de</strong><br />
1999.<br />
ZMITROWICZ, Witold; ANGELIS NETO, Generoso <strong>de</strong>. Infra-Estrutura Urbana. 1997. 23 p.<br />
Texto Técnico - Escola Politécnica da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Departamento <strong>de</strong> Engenharia<br />
<strong>de</strong> Construção Civil, São Paulo, 1997.<br />
24