supermercadista - Agas
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vivavoz<br />
10/11<br />
“Não gosto quando uma<br />
produção é muito grande para esconder<br />
a falta de uma ideia”<br />
<strong>Agas</strong> Uma das campanhas que são<br />
referência no seu trabalho é a do Bombril,<br />
produto ligado ao setor <strong>supermercadista</strong>. Como<br />
foi essa experiência?<br />
WO Tenho o privilégio de trabalhar com<br />
a Bombril desde 1978, e esta é uma<br />
campanha que está no Guinness Book of<br />
Records e ganhou inúmeros prêmios.<br />
Eu que, particularmente, adoro trabalhar<br />
com produtos populares, adoro trabalhar<br />
com Bombril, que entre os produtos<br />
populares é o mais popular do país.<br />
Se existem três coisas que todas as casas<br />
têm é: Bombril, açúcar e caixa de fósforo.<br />
E a Bombril é uma empresa que foi se<br />
desenvolvendo cada vez mais e hoje tem<br />
uma linha de produtos que também são<br />
de alto prestígio.<br />
<strong>Agas</strong> O crescimento da classe C tem influenciado<br />
nas criações publicitárias? Existem formas<br />
específicas para falar com esse público?<br />
WO Influencia em termos de adequação<br />
de linguagem. A publicidade sempre é<br />
um fenômeno de adequação de<br />
linguagem. A minha agência W/McCann,<br />
inclusive, realizou a maior pesquisa feita no<br />
mundo em relação à Classe C, e utilizamos<br />
esse estudo não só para orientar nosso<br />
pessoal na criação como para orientar os<br />
nossos clientes.<br />
<strong>Agas</strong> E existe um segredo específico para vender<br />
para a classe C?<br />
WO Não. Em publicidade dizemos sempre<br />
que cada caso é um caso. É preciso<br />
primeiro analisar as características do<br />
produto e do consumidor. Cada produto<br />
necessita de um tipo de mensagem.<br />
Revista AGAS (setembro/outubro 2011)<br />
<strong>Agas</strong> Qual o valor da ousadia? E qual o limite para<br />
as grandes ideias?<br />
WO Não só na publicidade, em tudo na<br />
vida, grandes momentos foram gerados<br />
por gente que teve a capacidade de ousar.<br />
Gosto muito de uma frase que sintetiza<br />
isso: a aventura pode ser louca, mas o<br />
aventureiro tem que ser lúcido. Este é<br />
o limite das grandes ideias; é ousar, mas<br />
saber administrar a aventura.<br />
<strong>Agas</strong> A publicidade tem trabalhado mais com<br />
ideias simples ou complexas? Qual modelo tem<br />
mais espaço na preferência do consumidor?<br />
WO Eu gosto mais de ideias simples, fui<br />
formado fazendo ideias simples. Mas hoje<br />
existem condições de produção muito<br />
boas, e muitas vezes é possível fazer coisas<br />
complicadíssimas de produção. Quando isso<br />
é em função de uma grande ideia fica bom.<br />
Não gosto quando uma produção é muito<br />
grande para esconder a falta de uma ideia.<br />
<strong>Agas</strong> E como viabilizar as grandes ideias?<br />
O que é necessário a uma boa equipe, para<br />
além da criação?<br />
WO A boa comunicação é um fenômeno<br />
de cumplicidade da agência,<br />
do cliente, dos veículos, ou seja, se<br />
todos estiverem interligados teremos<br />
um bom trabalho.<br />
<strong>Agas</strong> O Marketing 3.0 veio para ficar? Ou teremos<br />
um Marketing 4.0 muito em breve? É possível<br />
prever como será o próximo passo?<br />
WO Sempre teremos novos rótulos para<br />
coisas novas ou para coisas já existentes.<br />
Na verdade, quando falamos em Marketing<br />
3.0 é muito mais um rótulo para práticas<br />
que já conhecemos. Na comunicação<br />
nada é absolutamente novo,<br />
nem nada totalmente antigo. É uma<br />
atividade que trabalha com a criação do<br />
novo e a recriação do já existente, e as<br />
duas coisas quando benfeitas alcançam<br />
igualmente o mérito.