supermercadista - Agas
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com o Procon. Em Jundiaí, as sacolas plásticas não<br />
são mais distribuídas gratuitamente; para aqueles que<br />
não levarem a sua versão retornável, o supermercado<br />
oferece como alternativa a sacola plástica compostável.<br />
Um ano após o início do projeto, os números<br />
apontam resultados. Até 2010 eram consumidos 22<br />
milhões de sacolas plásticas por mês e 264 milhões<br />
por ano; hoje são 1 milhão de sacolas compostáveis<br />
por mês e 600 mil sacolas reutilizáveis. “A adesão<br />
atualmente é de 99% dos supermercados e 95% da<br />
população.” De acordo com Milan, houve uma certa<br />
resistência inicial do consumidor, mas as classes mais<br />
baixas aderiram rapidamente.<br />
Apesar de não estar diretamente relacionado<br />
a isso, o destino das sacolas plásticas faz parte de<br />
uma iniciativa global que vem ocorrendo no país; o<br />
tema ganhou espaço nas discussões oficiais através<br />
da Política Nacional de Resíduos Sólidos, uma lei<br />
ampla que envolve desde os fabricantes aos consumidores.<br />
“O objetivo é a não geração de resíduos<br />
Preocupado com a importância do<br />
assunto, público marcou presença<br />
Tema foi abordado por palestrantes<br />
com diferentes visões<br />
sólidos, e quando não for possível, a redução,<br />
reutilização e reciclagem”, explica a consultora<br />
em Direito Ambiental Marília Longo.<br />
Para Marília, é importante compreender alguns<br />
conceitos como rejeito, reciclagem, reutilização.<br />
“Essa política serve como meta para o futuro, quando<br />
não haverá mais a utilização de sacolas plásticas para<br />
o acondicionamento de lixo.” A consultora acredita<br />
que a união do setor pode fazer com que a lei seja<br />
aliada das empresas. Essa lei, salienta Marília, é resultado<br />
de um debate que durou 20 anos no Congresso<br />
e estabelece uma nova ética ambiental.<br />
Igor de Oliveira apresentou aos ouvintes as tendências<br />
do setor e defendeu a reutilização, seja qual<br />
for o tipo de sacola. Em seguida, Samyra Crespo<br />
apresentou as iniciativas adotadas pelo Ministério<br />
do Meio Ambiente e mencionou o papel estratégico<br />
dos supermercados. “O supermercado tem<br />
um papel não só na implementação das mudanças<br />
de políticas públicas como na educação da população.”<br />
Segundo o promotor Alexandre<br />
Saltz, em muitos casos a marca é mais<br />
lembrada pela mudança que produz<br />
do que pelo seu produto. O último<br />
palestrante, Sussumu Honda, abordou<br />
o posicionamento da Abras em relação<br />
ao tema. “Estamos bastante atrasados<br />
na discussão prática dessa política. A<br />
entidade apoiará todas as campanhas<br />
que visem à redução, e não somos contra<br />
o uso de nenhum tipo de material.”<br />
(setembro/outubro 2011) Revista AGAS<br />
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Fotos: Caroline Corso