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Café com o Presidente - Braspress

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OPINIÃO<br />

A BRASPRESS E O:<br />

BRASIL GRANDE<br />

52 - BRASPRESS News<br />

*GIUSEPPE LUMARE JR. - PEPE<br />

No Brasil, a cultura<br />

destacou-se especialmente<br />

por sua qualidade<br />

singular e seu<br />

sincretismo admirável<br />

a partir da pluralidade dos povos<br />

que participaram de nossa<br />

formação. Nossas artes, por exemplo,<br />

atingiram um alto grau de maturidade<br />

e há muito tempo se manifestam<br />

<strong>com</strong> identidade própria.<br />

Porém, se nas artes em geral obtivemos<br />

destaque, nas outras atividades<br />

não fomos tão bem, parecendo<br />

ao mundo que fomos talhados<br />

para o lúdico e não para o científico.<br />

Muitos historiadores acreditam<br />

que isto se deveu a uma herança<br />

patrimonialista avessa à produção<br />

que não se desfez totalmente<br />

por que demoramos a<br />

<strong>com</strong>preender os valores republicanos<br />

e a assertividade dos liberalismos<br />

econômicos que alavancaram<br />

outros países.<br />

Ainda recentemente, o brasileiro<br />

nutria um sentimento de viralatas<br />

em relação a outros povos,<br />

que, manifestado <strong>com</strong>o um patriotismo<br />

às avessas, autodesmerecia<br />

nossa identidade nacional. Talvez<br />

o caminho do escárnio foi a forma<br />

que o inconsciente coletivo nacional<br />

se valeu para purgar a vergonha<br />

deste sentimento. Felizmente,<br />

após nos livrarmos de uma infla-<br />

Giuseppe Lumare Júnior (Pepe)<br />

disse acreditar em empresas<br />

fortes e autodeterminadas,<br />

<strong>com</strong>o a <strong>Braspress</strong><br />

ção crônica por meio do uso de teorias econômicas<br />

gestadas em universidades brasileiras, gradativamente<br />

aprendemos a agir <strong>com</strong> racionalidade, melhorando<br />

a autoestima nacional.<br />

Este novo sentimento se fez presente nas grandes<br />

corporações nacionais que entenderam a prioridade<br />

do lucro sem sentimento de culpa, mas não a<br />

qualquer custo. Estas corporações atuando internacionalmente,<br />

quer na aquisição de outras <strong>com</strong>panhias,<br />

quer no aprofundamento de vantagens <strong>com</strong>petitivas<br />

que encontram no Brasil seu melhor desempenho,<br />

são hoje reconhecidas <strong>com</strong>o protagonistas de um capitalismo<br />

<strong>com</strong> cores brasileiras. Este processo contaminou<br />

empresas brasileiras de todos os portes.<br />

Este cenário impôs mudanças ao transporte de<br />

en<strong>com</strong>endas no Brasil, mas ainda não produziu efeito<br />

equivalente ao papel econômico da atividade. Mesmo<br />

<strong>com</strong> acesso às tecnologias mais avançadas, muitas<br />

transportadoras ainda não <strong>com</strong>preenderam seu<br />

papel estratégico, sentem-se apenas coadjuvantes<br />

das atividades de embarcadores, não se sentindo capazes<br />

de inovar valorizando a parceria que mantêm<br />

<strong>com</strong> eles. A questão central parece escapar dos gestores<br />

de transporte: <strong>com</strong>o oferecer bons serviços e obter<br />

lucro? Na certa, é necessário algum grau de autodeterminação<br />

e nenhuma subserviência.<br />

É possível esclarecer um pouco as coisas: inovação<br />

e lucro são palavras que caminham juntas, mas, no<br />

transporte, é preciso definir o que deve ser mantido e<br />

o que deve ser mudado na condução dos negócios.<br />

Manter-se indiferente é, ao mesmo tempo, ruim para<br />

as transportadoras e para os clientes. Por sua vez, a<br />

<strong>Braspress</strong> tem caminhado muito bem: aprendemos a<br />

concorrer respeitando a concorrência, querendo suplantá-la<br />

constantemente, planejamos investimentos<br />

no sentido de encontrar mercado para nossa estratégia,<br />

ouvimos nossos clientes e queremos ser ouvidos<br />

por eles, temos orgulho de nossos feitos e consciência<br />

de que nada é tão bom que não possa ser melhorado.<br />

Aquilo que tem nos diferenciado de outras transportadoras<br />

são os constantes investimentos em infraestrutura.<br />

Este fluxo de re-investimento dos resultados<br />

obtidos mostra-se nas 100 filiais próprias primorosamente<br />

concebidas, na frota nova e sempre<br />

bem cuidada, nas pessoas bem treinadas para operarem<br />

novas tecnologias que visam prioritariamente<br />

impedir a obsolescência dos processos. Assim, renovamos<br />

a visão de futuro baseada no primado da realidade,<br />

que diz que só aqueles que sempre se esforçam<br />

podem almejar a continuidade da liderança.<br />

Acreditamos num novo Brasil construído a partir de<br />

empresas fortes e autodeterminadas por ideias lúcidas,<br />

assim <strong>com</strong>o tem sido na <strong>Braspress</strong>.<br />

É certo que, se o Brasil já não é mais um país pobre,<br />

muitas empresas ainda precisam dominar conhecimentos<br />

que geram esta autodeterminação. É preci-<br />

Este novo sentimento se fez<br />

presente nas grandes<br />

corporações nacionais que<br />

entenderam a prioridade do lucro<br />

sem sentimento de culpa, mas não a<br />

qualquer custo. Estas corporações<br />

atuando internacionalmente, quer<br />

na aquisição de outras <strong>com</strong>panhias,<br />

quer no aprofundamento de<br />

vantagens <strong>com</strong>petitivas que<br />

encontram no Brasil seu melhor<br />

desempenho, são hoje reconhecidas<br />

<strong>com</strong>o protagonistas de um<br />

capitalismo <strong>com</strong> cores brasileiras.<br />

Este processo<br />

contaminou empresas brasileiras<br />

de todos os portes.<br />

so abandonar ufanismos, ingenuidades e a soberba<br />

que se manifesta nos anacronismos políticos que trazem<br />

de volta o ressentimento dos fracos em relação<br />

aos fortes. É preciso preconizar a igualdade de oportunidades<br />

no momento de prover educação aos nossos<br />

jovens, mas a meritocracia sem paternalismos<br />

deve ser a tônica da relação <strong>com</strong> os que produzem.<br />

Qualquer inversão destes valores aponta para o velho<br />

e lento patrimonialismo que tanto nos atrasou.<br />

*GIUSEPPE LUMARE JR. - PEPE<br />

DIRETOR-COMERCIAL<br />

BRASPRESS News - 53

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