commodities ambientais - instituto lachatre
commodities ambientais - instituto lachatre
commodities ambientais - instituto lachatre
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
146<br />
Co m m o d i t i e s Am b i e n t A i s e m mi s s ã o d e PA z<br />
planejamento estratégico para o setor de recursos hídricos. Bioernegia,<br />
ou biomassa, é a fusão de raios solares com a água. Este somatório é fundamental<br />
para a produção da biomassa. Sem o sol e sem a água não se faz<br />
biomassa. Também não podemos tratar a atmosfera dissociada da água e<br />
do solo; estão inter-relacionadas, pois uma coisa depende da outra e interage<br />
com a outra nos ecossistemas. Se ocorrer um impacto na atmosfera,<br />
resultará em impacto sobre as águas e o solo. Os produtores agropecuários<br />
são os que mais sofrem com o conjunto destes impactos.<br />
Padrões de produção e de consumo<br />
O consumidor já paga muita coisa. Não é justo repassar-lhe o preço<br />
da poluição, pois quem deveria pagar pelo que polui é o poluidor.<br />
A preservação ambiental (não toque na floresta) pode ser paga pela<br />
conservação ambiental (manejo florestal). Se uma indústria do setor<br />
siderúrgico, por exemplo, pratica mineração numa área de bacia hidrográfica,<br />
em leito de rios, perto de nascente, que venha a provocar a<br />
poluição e contaminação, esta indústria deveria implementar processos<br />
de gestão ambiental e investir diretamente em projetos socio<strong>ambientais</strong><br />
no bioma que explorou. O problema é que a indústria sempre teve<br />
os recursos naturais “de graça”; nunca ou pouco pagou por estes recursos,<br />
e agora não tem nem uma coisa nem outra, mesmo que tenha<br />
muito para pagar. A exploração irracional e desequilibrada provocou a<br />
escassez destes recursos. O que estamos propondo é que os créditos de<br />
carbono, isto é, os títulos que resultam nestas trocas entre países, sejam<br />
direcionados aos projetos e às comunidades que representam altos<br />
riscos socio<strong>ambientais</strong>, como as que vivem em lixões, as ribeirinhas,<br />
as que vivem em encostas, os índios e quilombolas, as comunidades<br />
extrativistas, os pequenos produtores agropecuários, as comunidades<br />
infratoras ou em regime de liberdade de privação (População Carcerária<br />
e Febem), entre outras. Este preço será diluído e toda a sociedade<br />
estará pagando por ele, porque não representará para nós um prejuízo,<br />
mas certamente lucro, uma vez que estaremos promovendo a segurança<br />
alimentar, pública e de saúde, sem contar com a segurança socioeconômica,<br />
a mais impactante, porque ninguém a vê.<br />
A indústria automobilística internacional começa a exigir padrões de<br />
produção e a modificar a sua planta para atender a estas demandas. Note