commodities ambientais - instituto lachatre
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Co m m o d i t i e s Am b i e n t A i s e m mi s s ã o d e PA z<br />
Chacrinha já pregava, com seu estilo buzina e fantasia, o poder<br />
da comunicação, a importância de ser didático e popular e de falar<br />
os vários “dialetos” do português: a língua da doméstica, do professor,<br />
do engenheiro, do empresário, do advogado, do economista, do<br />
médico e por aí vai, na multidisciplinaridade que compõe os vários<br />
segmentos da sociedade.<br />
Quando a mídia alternativa procura, acha. Acha problemas, apresenta<br />
meios de como resolvê-los, aponta caminhos para os erráticos.<br />
Afinal, quando estimula a consciência social e ambiental, consegue<br />
sensibilizar aquele que está na contramão do que se prega. Não o<br />
contrário. Não precisamos sensibilizar ambientalistas, nem tampouco<br />
sensibilizar ativistas dos direitos humanos para as causas sociais. São<br />
os empresários, os banqueiros, os empreendedores, os políticos e governos,<br />
a sociedade em geral que devem ser sensibilizados.<br />
A mídia alternativa que tem conduzido o debate sobre este projeto.<br />
É a mídia que tem registrado essa história, que é nossa, porque<br />
os problemas socio<strong>ambientais</strong> são nossos e a solução só poderá<br />
partir de nós, embora ainda haja desavisados que insistem em afirmar<br />
que as soluções eficientes devem vir de fora. Esses continuam<br />
acreditando que aqui ainda é a “senzala” à espera de ordens da<br />
“Casa Grande...”<br />
Não basta, porém, ter apenas mais uma boa ideia na cabeça<br />
e uma câmera na mão, como dizia Glauber Rocha. É necessário<br />
ter conteúdo, muito conhecimento, criatividade sedutora, além<br />
de coragem para se expor nesta pendenga. Estamos aprendendo a<br />
lidar com esta maravilha - a tecnologia da informação -, que pode<br />
colaborar muito, assim como pode causar estragos irrecuperáveis<br />
se mal conduzida.<br />
Vivemos o dilema de como administrar tanta informação e de como<br />
depurá-la. Os anos passaram, a tecnologia digital avançou e o cinema<br />
não acabou por causa do vídeo; muito pelo contrário, reaqueceu e<br />
trouxe uma perspectiva diferente para a produção cinematográfica. O<br />
mesmo ocorrerá com a internet e outras formas de comunicação.<br />
O “Toque de Míd(i)as” deve ser autêntico e sincero como o olhar<br />
de uma criança. Mais do que ter dedo de Tistu, a mídia deve ter compromisso<br />
com a ética, procurando diferentes fontes, dando espaço<br />
para o pluralismo, confrontando situações e opiniões.