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<strong>Prof</strong>. <strong>Marco</strong> <strong>Pádua</strong><br />

O PLANALTO DE GIZÉ<br />

O que falam das Pirâmi<strong>de</strong>s<br />

Vamos analisar os registros históricos e as preposições dos especialistas, tanto técnicos<br />

quanto egiptólogos, refletindo e i<strong>de</strong>ntificando as inovações e avanços nos sistemas construtivos,<br />

bem como os materiais utilizados. Como o assunto é tema <strong>de</strong> constante <strong>de</strong>bate, também faremos<br />

parte <strong>de</strong>ssa corrente.<br />

“A Gran<strong>de</strong> Pirâmi<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gizé é o principal edifício <strong>de</strong> um complexo que compreen<strong>de</strong>m<br />

dois templos mortuários em honra <strong>de</strong> Khufu (Quéops - um proximo da pirâmi<strong>de</strong> e outro do rio<br />

Nilo), três pirâmi<strong>de</strong>s menores para as esposas do faraó, outra menor na proximida<strong>de</strong>, uma<br />

calçada elevada que conecta os dois templos, e mastabas (tumbas pequenas para os nobres que<br />

cercam a pirâmi<strong>de</strong>). Uma das pirâmi<strong>de</strong>s menores contém a tumba <strong>de</strong> rainha Hetepheres, mãe <strong>de</strong><br />

Quéops (<strong>de</strong>scoberta em 1.925), irmã e esposa <strong>de</strong> Sneferu (pai). Havia uma cida<strong>de</strong> para os<br />

trabalhadores <strong>de</strong> Gizé, inclusive um cemitério, padarias, uma fábrica <strong>de</strong> cerveja e uma fundição<br />

<strong>de</strong> cobre. Mais edifícios e complexos estão sendo <strong>de</strong>scobertos pelo Projeto <strong>de</strong> Exploração <strong>de</strong> Gizé.<br />

Há uns cem metros a sudoeste da Gran<strong>de</strong> Pirâmi<strong>de</strong> existe outra ligeiramente menor, a <strong>de</strong> Khafre<br />

(Quéfren), sucessor <strong>de</strong> Quéops que também é consi<strong>de</strong>rado o construtor da Gran<strong>de</strong> Esfinge, e a uns<br />

cem metros também a sudoeste encontra-se a Pirâmi<strong>de</strong> <strong>de</strong> Menkaure (Miquerinos), sucessor <strong>de</strong><br />

Quéfren contendo meta<strong>de</strong> da altura das anteriores.<br />

A data calculada geralmente aceita <strong>de</strong> sua conclusão é 2.560 a.C. Esta data contradiz a<br />

verificada pelo processo do carbono 14, pois se localiza em um periodo anterior a quarta<br />

dinastia, on<strong>de</strong> inexiste uma civilização com população suficiente ou habilida<strong>de</strong> técnica para uma<br />

obra <strong>de</strong>ssa envergadura.”<br />

Ora, o fato <strong>de</strong> datar cientificamente um evento e não achar respaldo num registro histórico<br />

não o justifica como erro. Sinal que este registro histórico é inexato ou inconsistente, induzindo<br />

num retorno as pesquisas. (Recentemente um estudo cientifico foi divulgado com o titulo:<br />

“Carbono 14 muda a história do Egito Antigo” – seguir o link<br />

http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/carbono+14+muda+a+historia+do+egito+antigo/n<br />

1237670524457.html)<br />

Historicamente falando as Pirâmi<strong>de</strong>s não são importantes, pela função <strong>de</strong> tumulo para<br />

acomodar o faraó <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> morto, por haverem diversos exemplares, por serem exageradas para<br />

uma pequena utilida<strong>de</strong>, etc. A maioria <strong>de</strong>las foi construída sob o reinado <strong>de</strong> cinco faraós em pouco<br />

mais <strong>de</strong> 150 anos, não sendo substancial consi<strong>de</strong>rando a Historia do Egito com cerca <strong>de</strong> 3.000 anos<br />

aproximadamente. Alem <strong>de</strong>, após um breve período <strong>de</strong> 200 anos, estavam completamente<br />

esquecidas e substituídas como função fúnebre por outros mo<strong>de</strong>los arquitetônicos. Hoje em dia<br />

restam aproximadamente 100 exemplares que são estudadas freqüentemente.<br />

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Por que causam tanta admiração? Por que arrastam uma legião <strong>de</strong> pesquisadores,<br />

engenheiros e arquitetos, imbuídos em <strong>de</strong>cifrar o incompreensível? Por que nenhuma solução<br />

plausível consegue congregar todos a um consenso?<br />

As três mencionadas acima são praticamente as ultimas a serem construídas, significando<br />

o ápice <strong>de</strong> uma evolução construtiva que começou com o faraó Djoser e seu arquiteto Imhotep que<br />

inovou uma antiga construção conhecida como mastaba. Esta edificação tinha como finalida<strong>de</strong><br />

servir <strong>de</strong> tumulo para os faraós e familiares. A mastaba era uma superposição <strong>de</strong> blocos <strong>de</strong> rocha<br />

abrangendo uma enorme área e tendo como finalida<strong>de</strong> o bloqueio da entrada da câmara funerária<br />

enterrada no subsolo. Imhotep construiu varias mastabas superpostas, diminuindo suas dimensões<br />

para permitir o equilíbrio e atingir uma altura significativa. Por qual razão Imhotep resolveu<br />

construir varias camadas <strong>de</strong> blocos <strong>de</strong> rocha? Fazer algo diferente? Aten<strong>de</strong>r a um pedido do faraó?<br />

O resultado foi uma sucessão <strong>de</strong> <strong>de</strong>graus originando inclusive o nome pela qual é conhecida, ou<br />

seja, a Pirâmi<strong>de</strong> <strong>de</strong> Degraus. Pela crença egípcia o faraó viveria <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> morto alem dos céus e<br />

esta pirâmi<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>graus iria facilitar sua escalada. Esta po<strong>de</strong>ria não ser a intenção, porem a<br />

justificativa valeu sua realização. A partir daí surge uma cultura construtiva <strong>de</strong> pirâmi<strong>de</strong>s.<br />

Algumas <strong>de</strong>las são representativas nesta evolução como a <strong>de</strong> Meidum, cuja intenção <strong>de</strong> obter um<br />

solido piramidal <strong>de</strong> face lisa, resultou em um <strong>de</strong>sabamento causado por seu enorme peso. Devido<br />

aos erros técnicos cometidos nesta pirâmi<strong>de</strong> ela é abandonada. Em seguida temos outra conhecida<br />

como Dashur ou Curvada. Obtendo-se uma face lisa, porem <strong>de</strong> arestas curvas ocasionada pela<br />

mudança repentina do ângulo <strong>de</strong> inclinação. Não se sabe se foi intencional ou <strong>de</strong> correção,<br />

resultando em uma altura limitada. Outra pirâmi<strong>de</strong> que se <strong>de</strong>staca nesta evolução construtiva é<br />

conhecida como Vermelha <strong>de</strong>vido à tonalida<strong>de</strong> dos blocos <strong>de</strong> revestimento e consi<strong>de</strong>rada como a<br />

primeira em perfeição geométrica. Nesta, a inclinação é mais acentuada, atingindo uma altura<br />

maior e <strong>de</strong>notando um sólido piramidal. Todas são <strong>de</strong> autoria do faraó Sneferu, pai <strong>de</strong> Quéops.<br />

Os egípcios também são precursores do uso dos tijolos, mais precisamente o adobe. Esses<br />

blocos <strong>de</strong> argila secos ao sol eram utilizados para construir as moradias populares. Por esta razão<br />

não resisitiram ao tempo sendo dificil achar algum vestigio para ser estudado. Os blocos <strong>de</strong> rocha,<br />

material eterno, eram <strong>de</strong>stinados aos templos, palacios e pirami<strong>de</strong>s.<br />

As três gran<strong>de</strong>s pirâmi<strong>de</strong>s se mostram bastante complexas, contendo varias camaras e<br />

tuneis, muitos bloqueados, <strong>de</strong>monstrando um Projeto e planejamento notaveis. Estudos recentes<br />

sugerem que a disposição <strong>de</strong>ssas pirâmi<strong>de</strong>s no <strong>planalto</strong> <strong>de</strong> Gizé seria coinci<strong>de</strong>nte com as estrelas<br />

da Constelação <strong>de</strong> Orion, importante na cultura egipcia. Os dutos existentes <strong>de</strong>ntro das camaras<br />

apontam para estas estrelas e não seria apenas ventilação como dizem os Historiadores.<br />

Ao contrario dos templos, inteiramente grafados com historias sobre os feitos dos faraós,<br />

as pirami<strong>de</strong>s são completamente <strong>de</strong>spidas <strong>de</strong> qualquer informação, <strong>de</strong>ixando a todos, livres para os<br />

questionamentos sobre sua construção.<br />

MATERIAIS, METODOS E MÃO DE OBRA:<br />

“O vizir <strong>de</strong> Quéops, Hemon, ou Hemiunu é reconhecido por alguns como o arquiteto da<br />

Gran<strong>de</strong> Pirâmi<strong>de</strong>.<br />

São muitas as estimativas com relação à mão-<strong>de</strong>-obra necessária para construir a Gran<strong>de</strong><br />

Pirâmi<strong>de</strong>. Heródoto, historiador grego, no 5º século a.C., calculou que a construção po<strong>de</strong> ter<br />

requerido 100.000 trabalhadores durante 20 anos.”<br />

Vale lembrar que já haviam passados 2.000 anos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua finalização e, apesar da<br />

proximida<strong>de</strong> temporal, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações não seria muito diferente dos dias <strong>de</strong> hoje.<br />

“Recentemente uma evidência foi achada sugerindo que a mão <strong>de</strong> obra era na realida<strong>de</strong><br />

paga, requerendo uma contabilida<strong>de</strong> e habilida<strong>de</strong> burocrática extremamente alta. O Arquiteto<br />

polonês Wieslaw Kozinski acredita que são necessários 20 homens para transportar um bloco <strong>de</strong><br />

pedra <strong>de</strong> 1,5 tons. Baseado nisto, ele calculou que a mão <strong>de</strong> obra necessária seria <strong>de</strong> 300.000<br />

homens no local <strong>de</strong> construção e uns 60.000 na preparação das pedras.”<br />

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Unindo as duas proposições teriamos: mão <strong>de</strong> obra paga e 360.000 operarios. Atualmente<br />

empresas gigantes como Google, Grupo Votorantim ou Montadoras <strong>de</strong> automoveis, empregam no<br />

maximo 60.000 funcionarios. Há 4.500 anos atras, sem nenhuma informatização, como se dava<br />

esse controle e o pagamento dos serviços?<br />

“No século XIX o Egiptólogo William Flin<strong>de</strong>rs Petrie propôs que a mão <strong>de</strong> obra utilizada<br />

não era composta <strong>de</strong> escravos e sim da população egípcia rural, trabalhando durante períodos <strong>de</strong><br />

cheia do rio Nilo, inundando e suspen<strong>de</strong>ndo a ativida<strong>de</strong> agrícola.”<br />

Esta proposição seria mais aceitavel, pois é sabido que o faraó <strong>de</strong>tinha o po<strong>de</strong>r economico<br />

e a população em geral trabalhava apenas para sua subsistencia. Faltou uma estimativa numérica.<br />

E quando há elas continuam muito divergentes como veremos a seguir.<br />

“Outro Egiptologo, Miroslav Verner propos que o trabalho fora organizado em uma<br />

hierarquia, consistindo em dois grupos <strong>de</strong> 100.000 homens, divididos em cinco subgrupos <strong>de</strong><br />

20.000 homens cada que po<strong>de</strong>m ter sido divididos <strong>de</strong> acordo com suas habilida<strong>de</strong>s. O matemático<br />

Kurt Men<strong>de</strong>lssohn calcula que a mão <strong>de</strong> obra po<strong>de</strong> ter sido <strong>de</strong> no máximo 50.000 homens,<br />

enquanto Ludwig Borchardt e Louis Croon <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m o número <strong>de</strong> 36.000.”<br />

Quando a proposição vem <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> administração renomadas, usando parâmetros<br />

atuais, as divergências e omissões continuam como vemos abaixo.<br />

“Estudo <strong>de</strong> administração <strong>de</strong> obra realizado pela empresa Daniel, Mann, Johnson, &<br />

Men<strong>de</strong>nhall em associação com Mark Lehner (Pesquisador) e outros Egiptólogos, estimou que o<br />

projeto total requeresse uma mão <strong>de</strong> obra artesanal <strong>de</strong> 14.567 pessoas e <strong>de</strong> 40.000 <strong>de</strong><br />

construtores. Sem o uso <strong>de</strong> talhas, rodas, ou ferramentas férreas, imaginam eles que a Gran<strong>de</strong><br />

Pirâmi<strong>de</strong> seria completada do começo ao termino em aproximadamente 10 anos. O estudo revela<br />

também, quanto ao número <strong>de</strong> blocos utilizados, uma estimativa <strong>de</strong> 2 a 2,8 milhões (média <strong>de</strong> 2,4<br />

milhões), resultando em 2 milhões apos subtrair as áreas ocas das câmaras e galerias.<br />

A maioria concorda com algo em torno <strong>de</strong> 2,3 milhões <strong>de</strong> blocos <strong>de</strong> rocha. Os cálculos<br />

dos Egiptologos sugerem que esta mão <strong>de</strong> obra pu<strong>de</strong>sse assentar 180 blocos por hora (3<br />

blocos/minuto) com <strong>de</strong>z horas por dias <strong>de</strong> trabalho.Essas estimativas <strong>de</strong>rivam <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong><br />

construção que não usariam maquinaria mo<strong>de</strong>rna.”<br />

Mesmo usando uma mão <strong>de</strong> obra farta para o transporte e locação dos blocos, mantendo-se<br />

ainda a numerosa população sem se preocupar com a organização, seria também rápida a extração<br />

e preparo dos mesmos?<br />

“Este estudo não leva em conta, porém, especialmente quando se trata da terceira maior<br />

construção mundial, as logísticas e habilida<strong>de</strong>s necessaria para construir um edifício <strong>de</strong><br />

inigualada magnitu<strong>de</strong> e precisão. Também, o uso <strong>de</strong> blocos <strong>de</strong> rocha <strong>de</strong> 60 a 80 tons., extraídas e<br />

transportadas <strong>de</strong> minas a 800 Km <strong>de</strong> distância.”<br />

Aqui vemos claramente a existência <strong>de</strong> uma mão <strong>de</strong> obra especializada, capaz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>alizar<br />

a execução, planejar a confecção e toda a logística necessária para transportar os blocos<br />

consi<strong>de</strong>rando uma distancia enorme para os dias <strong>de</strong> hoje, o que dizer <strong>de</strong> 4.500 anos atrás. Esses<br />

blocos eram transportados através do Rio Nilo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as minas em Aswan, aproveitando a cheia do<br />

rio e aportando próximo do local da obra, no caso as pirâmi<strong>de</strong>s.<br />

“Os blocos que preenchem internamente a pirâmi<strong>de</strong> pesam aproximadamente 1,5 tons.<br />

cada e o granito em forma <strong>de</strong> telhado sobre as câmaras funebres pesam até 80 toneladas cada.”<br />

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“Contraditoriamente, um gran<strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construção da Gran<strong>de</strong><br />

Pirâmi<strong>de</strong>, foi realizado em 1.978 por Merle Booker, Diretor Técnico do Instituto Indiana <strong>de</strong> Pedra<br />

Calcária da América.<br />

Consi<strong>de</strong>rando a extração <strong>de</strong> pedras das 33 pedreiras, sendo o Instituto consi<strong>de</strong>rado por<br />

muitos arquitetos como autorida<strong>de</strong> mundial e, usando equipamento mo<strong>de</strong>rno, chegou-se a<br />

seguinte conclusão:Triplicando a produção atual das 33 pedreiras <strong>de</strong> pedra calcária seriam<br />

necessarios aproximadamente 27 anos para extrair e transportar todos os blocos requeridos.<br />

Booker consi<strong>de</strong>ra no estudo que as composições <strong>de</strong> trens estariam disponíveis o tempo<br />

todo, <strong>de</strong>sprezado a manutenção durante esses 27 anos e sem contar os custos necessarios para<br />

completar o trabalho.”<br />

Muitos pesquisadores se concentram na execução do trabalho e esquecem-se da obtenção e<br />

preparação dos blocos, trabalho este igualmente ou até mais <strong>de</strong>sgastante. Se atualmente seriam<br />

necessários 27 anos para preparar as peças, na antiguida<strong>de</strong> quanto <strong>de</strong>morou? Então os 20 anos <strong>de</strong><br />

construção geralmente aceitos não estariam incluso a extração e preparação?<br />

“Também durante neste período (entre 2.686 e 2.498 a.C.) a represa Wadi Al-Garawi<br />

usou 100.000 m 3 <strong>de</strong> pedra e pedregulho na sua construção. Mas, voltando as pirâmi<strong>de</strong>s os valores<br />

aceitos por Egiptólogos confirmam o seguinte resultado: 2.400.000 blocos <strong>de</strong> pedras posicionadas<br />

num prazo <strong>de</strong> 20 anos, consi<strong>de</strong>rando 365 dias por ano e 10 horas <strong>de</strong> trabalho por dia com 60<br />

minutos por hora = 0.55 pedras colocadas por minuto. Assim não importa quantos trabalhadores<br />

eram usados ou em que configuração, 1,1 blocos em média teriam que ser postos no lugar a cada<br />

2 minutos, <strong>de</strong>z horas por dia, 365 dias por ano durante vinte anos para completar a Gran<strong>de</strong><br />

Pirâmi<strong>de</strong>. Porém, esta equação não leva em conta o projeto,o planejamento, a inspeção e o<br />

nivelamento <strong>de</strong> 13 acres referentes ao local da construção.<br />

Um papiro especifica as medidas originais da Gran<strong>de</strong> Pirâmi<strong>de</strong>, ou seja, ela possuía<br />

146,6 m <strong>de</strong> altura. Com a erosão e a falta <strong>de</strong> sua pedra <strong>de</strong> cobertura (piramidion), sua altura<br />

atual é <strong>de</strong> 138,8 m. Cada lado da base possuía 231 m cobrindo uma área <strong>de</strong> aproximadamente<br />

53.000 m 2 com um ângulo <strong>de</strong> inclinação <strong>de</strong> 51° 50' 40". Hoje cada lateral da pirâmi<strong>de</strong> me<strong>de</strong><br />

aproximadamente 230,4 m. A redução em tamanho e área da estrutura é <strong>de</strong>vido à ausência <strong>de</strong> sua<br />

cobertura polida original <strong>de</strong> pedra.<br />

A pirâmi<strong>de</strong> foi construída com blocos <strong>de</strong> pedra calcária, basalto e granito. O enchimento<br />

foi feito principalmente <strong>de</strong> blocos <strong>de</strong> pedra calcária <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong> extraídos <strong>de</strong> uma pedreira<br />

ao sul da Gran<strong>de</strong> Pirâmi<strong>de</strong>. Estes blocos pesam <strong>de</strong> duas a quatro tons. em média, sendo que os<br />

mais pesados foram usados na base da pirâmi<strong>de</strong>. Pedra calcária <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> foi usada na<br />

cobertura exterior, cujos blocos pesam até 15 tons. Esta pedra calcária veio <strong>de</strong> Tura, a 14 km da<br />

outra margem do Nilo.”<br />

Aqui percebemos outra omissão ou <strong>de</strong>satenção ao se pensar no todo se esquecendo dos<br />

<strong>de</strong>talhes, construtivamente significativos. Havia uma cobertura exterior sobre a pirâmi<strong>de</strong> a qual foi<br />

trabalhada para torná-la lisa. Esses blocos pesariam cerca <strong>de</strong> 15 tons., valor consi<strong>de</strong>rável.<br />

Aparentemente eles não são contados com os <strong>de</strong>mais. Talvez por não estarem presente nos dias <strong>de</strong><br />

hoje, pois um terremoto no sec. XIV removeu-as, sendo em seguida utilizadas para construir<br />

outros edifícios!!!!!!! Mas, seriam eles locados ao mesmo tempo em que os <strong>de</strong>mais? Se sim já<br />

<strong>de</strong>veriam estar esculpidos no ângulo <strong>de</strong>sejado, outra dificulda<strong>de</strong> a ser questionada.<br />

NOVAS PESQUISAS:<br />

“Os radiocarbonos forneceram novas estimativas para os reinados caracterizados como<br />

Antigo (da 2ª a 8ª dinastia), Médio (da 11ª a 13ª dinastia) e Novo (17ª a 21ª dinastias). A<br />

mo<strong>de</strong>lagem dos dados fornece uma cronologia que se esten<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2691 a 1090 a.C. Os resultados<br />

sugerem, por exemplo, que o Novo Reinado começou em 1570 e foi até 1544 a.C. e que o reinado<br />

<strong>de</strong> Djoser, no Reino Antigo, durou <strong>de</strong> 2691 a 2625 a.C. Esses dois casos, segundo o trabalho,<br />

ocorreram antes do que outras previsões históricas haviam estimado.”<br />

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Segundo estudo recente utilizando um processo radioativo conhecido como Carbono 14,<br />

usado para datar materiais orgânicos, po<strong>de</strong> finalmente lançar luz a real efetivação <strong>de</strong>stas<br />

edificações. O gran<strong>de</strong> entrave sempre foi o fator temporal <strong>de</strong>vido à magnitu<strong>de</strong> do empreendimento,<br />

porem se os registros históricos são inexatos sua conclusão sempre estará envolta em mistérios. Os<br />

dados levantados são abrangentes alterando varias dinastias e não somente casos pontuais. Ao<br />

faraó Djoser é creditado, através <strong>de</strong> seu Arquiteto Imhotep, a evolução arquitetônica das mastabas<br />

até a Pirâmi<strong>de</strong> <strong>de</strong> Degraus e todo o complexo, inclusive Templo. Historicamente ele governou 19<br />

anos e cientificamente 66 anos, ou seja, praticamente o triplo do tempo até então consi<strong>de</strong>rado. Ora<br />

se isto se confirmar outras situações polemicas também estarão sujeitas a solução como Quéops e a<br />

Gran<strong>de</strong> Pirâmi<strong>de</strong>, pois pertence a 4ª. Dinastia, também objeto do estudo. Seu reinado <strong>de</strong> apenas 23<br />

anos seria insuficiente para elevar um edifício <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 140 m <strong>de</strong> altura.<br />

“A massa total da pirâmi<strong>de</strong> é estimada em 5,9 milhões <strong>de</strong> tons. e volume <strong>de</strong> 2.600.000 m 3 .<br />

A pirâmi<strong>de</strong> <strong>de</strong> Quéops é a maior do Egito e a mais alta do mundo. Só é ultrapassada pela Gran<strong>de</strong><br />

Pirâmi<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cholula em Puebla, no México que, embora muito mais baixa em altura, ocupa um<br />

volume maior.<br />

Apos sua conclusão, a Gran<strong>de</strong> Pirâmi<strong>de</strong> ficou com aparência totalmente branca,<br />

proporcionada pelos blocos <strong>de</strong> pedra calcária altamente polida. O monumento brilhava ao sol<br />

sendo visível a uma distância consi<strong>de</strong>rável. O que resta hoje é somente o enchimento da Pirami<strong>de</strong>,<br />

formado pelos <strong>de</strong>graus, mas várias pedras da cobertura ainda po<strong>de</strong>m ser achadas ao redor da<br />

base. As pedras que cobrem a Gran<strong>de</strong> Pirâmi<strong>de</strong> e a <strong>de</strong> Quefren (construida ao lado) foram<br />

cortadas com tal precisão óptica (0.5 mm) que se torna impossivel passar uma lâmina qualquer<br />

entre suas juntas.<br />

A Gran<strong>de</strong> Pirâmi<strong>de</strong> difere em seu arranjo interno das outras pirâmi<strong>de</strong>s na área. O gran<strong>de</strong><br />

número <strong>de</strong> passagens e câmaras, a maior altura e a precisão na sua construção, são diferenciais<br />

que a torna incomum. As pare<strong>de</strong>s da pirâmi<strong>de</strong> são totalmente nuas, sem inscrições, porem há<br />

algumas marcas, as quais se acreditam terem sido feitas pelos trabalhadores antes que elas<br />

fossem posicionadas. Há cinco câmaras sobre a do faraó cuja função é <strong>de</strong> aliviar o peso da massa<br />

da pirâmi<strong>de</strong> sobre ela. Nestas são encontradas inscrições e a mais famosa é uma das poucas que<br />

menciona o nome <strong>de</strong> Quéops; diz: “ano 17 do reinado <strong>de</strong> Khufu”. Consi<strong>de</strong>rando o difícil<br />

acesso a este local não é aceitável esta inscrição <strong>de</strong>pois da construção, embora os teoricos<br />

alternativos sugiram o contrário.<br />

Graham Hancock (Pesquisador) concorda com esta afirmação <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> examinar a<br />

inscrição com permissão do Dr. Hawass (Diretor do sitio arqueológico). Outra inscrição se refere<br />

aos “amigos <strong>de</strong> Khufu”, que provavelmente era o nome <strong>de</strong> uma das equipes <strong>de</strong> trabalhadores. No<br />

entanto, alguns alegam que não seria prova substancial para atestar Quéops como construtor. As<br />

duvidas são: seria ele o construtor ou teria participado em alguma fase <strong>de</strong> sua construção ou feito<br />

reparos posteriores num edifício já existente durante seu reinado?<br />

Há três câmaras conhecidas <strong>de</strong>ntro da Gran<strong>de</strong> Pirâmi<strong>de</strong>. Elas estão organizadas<br />

centralmente, no eixo vertical da pirâmi<strong>de</strong>. A que está abaixo da linha do terreno, encontra-se<br />

inacabada e foi cortada em rocha sã.<br />

A câmara mediana, ou a da Rainha é a menor, medindo aproximadamente 5,74 m por<br />

5,23 m e 4,57 m <strong>de</strong> altura. Sua pare<strong>de</strong> oriental tem uma entrada angular gran<strong>de</strong> ou nicho e dois<br />

dutos estreitos com aproximadamente 20 cm <strong>de</strong> largura, esten<strong>de</strong>ndo-se para o exterior da<br />

pirâmi<strong>de</strong>. Estes dutos foram explorados usando-se um robô, criado pelo engenheiro alemão<br />

Rudolf Gantenbrink. Descobriu-se que estes dutos foram bloqueados através <strong>de</strong> “portas” <strong>de</strong> pedra<br />

calcária com “manivelas” <strong>de</strong> cobre já corroídas. Durante as filmagens <strong>de</strong> “Câmaras Secretas<br />

Reveladas”, filmado por National Geográfic, perfurando a porta sulista encontrou-se outra porta<br />

maior. Na passagem lado norte (que era mais difícil <strong>de</strong> circular <strong>de</strong>vido à sinuosida<strong>de</strong>) também foi<br />

encontrada outra porta. O Egiptólogo Mark Lehner acredita que a câmara da Rainha era<br />

planejada como uma estrutura <strong>de</strong> serdab - estrutura encontrada em várias pirâmi<strong>de</strong>s egípcias -<br />

cuja finalida<strong>de</strong> era conter a estátua do morto.”<br />

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“Os Antigos Egípcios acreditavam que a estátua serviria como um recipiente “reserva”<br />

para acondicionar o Ka do Faraó, caso seu corpo mumificado fosse <strong>de</strong>struído. O verda<strong>de</strong>iro<br />

propósito da câmara, porém, permanece incerto.<br />

Apos percorrer uma série <strong>de</strong> longos tuneis, da entrada ao interior da pirâmi<strong>de</strong>,<br />

a<strong>de</strong>ntramos a ala principal da estrutura, a Câmara do Rei. Esta câmara tem aproximadamente<br />

5,25 m x 10,5 m e altura <strong>de</strong> 6 m. Há tambem, interligando essas camaras, a gran<strong>de</strong> galeria unindo<br />

inclusive aquela inacabada situada abaixo da construção.<br />

A Galeria Principal possui 49 m x 3 m e altura <strong>de</strong> 11 m e tem como características várias<br />

"covas" cortadas na rocha e espaçadas em intervalos regulares ao longo do seu comprimento, <strong>de</strong><br />

cada lado, ate o nível <strong>de</strong> chão. O propósito <strong>de</strong>stas covas é <strong>de</strong>sconhecido. A Pirâmi<strong>de</strong> Vermelha em<br />

Dashur também possui galeria semelhante.<br />

A tumba para conter o sarcófago na câmara do Rei, foi escavada <strong>de</strong> um único bloco <strong>de</strong><br />

granito vermelho vindo <strong>de</strong> Aswan. Esta peça é muito gran<strong>de</strong> para passar pela passagem que<br />

conduz a câmara do Rei. Se foi usado em alguma época é <strong>de</strong>sconhecido, porem é muito curto para<br />

acomodar um individuo <strong>de</strong> altura média sem dobrar os joelhos (uma pratica egípcia incomum) e<br />

nenhuma tampa foi encontrada.<br />

A "câmara inacabada" se encontra a 27,43 m abaixo do nível <strong>de</strong> chão e foi cortada na<br />

rocha sã e falta a precisão notada nas outras câmaras. Os Egiptólogos consi<strong>de</strong>ram esta camara<br />

apenas uma mudança <strong>de</strong> planos, sendo i<strong>de</strong>alizada como principal e <strong>de</strong>pois substituida por outra<br />

elevada, a pedido do Faraó.<br />

As técnicas construtivas utilizadas na construção das pirâmi<strong>de</strong>s egípcias geram muita<br />

especulação. Foram criadas e publicadas muitas teorias. E, ainda estão sendo criadas novas<br />

teorias, contudo não há consenso no mundo científico. A única concordância esta no fato <strong>de</strong> que<br />

houve realmente uma evolução técnica diferenciando a construção das anteriores em relação às<br />

posteriores.<br />

A maioria <strong>de</strong>ssas teorias está baseada na idéia <strong>de</strong> que as pirâmi<strong>de</strong>s foram construídas<br />

movendo-se pedras enormes <strong>de</strong> uma pedreira, <strong>de</strong> alguma maneira e erguendo-as no local<br />

<strong>de</strong>sejado. A discordância central esta no método pela qual as pedras foram carregadas e<br />

posicionadas. Há até uma teoria que prega a “moldagem” dos blocos no local utilizando uma<br />

massa a base <strong>de</strong> pedra calcária (base do cimento).”<br />

Consi<strong>de</strong>rando a massa <strong>de</strong>scomunal da pirâmi<strong>de</strong> é <strong>de</strong>scabido haver apenas três câmaras e<br />

interligações entre elas. Nada foi encontrado nessas câmaras em época alguma pelo que se sabe.<br />

Quanto àquela inacabada, enterrada a quase 30 m na rocha, sem consi<strong>de</strong>rar as dificulda<strong>de</strong>s em<br />

executá-la, não parece ser uma mudança <strong>de</strong> planos e sim para <strong>de</strong>spistar saqueadores, comum<br />

naquela época. Pela magnitu<strong>de</strong> do Projeto é fácil prever uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> áreas internas seladas e<br />

ainda <strong>de</strong>sconhecidas e que talvez nunca sejam reveladas.<br />

“Um dos problemas principais enfrentado pelos antigos construtores <strong>de</strong> pirâmi<strong>de</strong> era a<br />

necessida<strong>de</strong> para mover enormes quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pedra. Como <strong>de</strong>scrito em esculturas <strong>de</strong> algumas<br />

tumbas egípcias posteriores, 80 homens po<strong>de</strong>m arrastar um bloco <strong>de</strong> pedra <strong>de</strong> 2,5 tons. em um<br />

trenó, porem este método <strong>de</strong> força bruta não parece ser muito eficiente. Dr R. H. G. Parry sugeriu<br />

um método <strong>de</strong> rodar as pedras, usando um berço como máquina, encontrada em vários templos do<br />

Novo Imperio. Quatro <strong>de</strong>sses objetos po<strong>de</strong>riam ser fixados ao redor <strong>de</strong> um bloco e assim seria<br />

rolado com facilida<strong>de</strong>. Experiências feitas pela Corporação Obayashi com um bloco <strong>de</strong> concreto<br />

medindo 0,8 m X 0,8 m X 1,6 m e pesando 2,5 tons., mostrou que 18 homens po<strong>de</strong>riam arrasta-lo<br />

atraves <strong>de</strong> uma rampa com 25 % <strong>de</strong> inclinação a uma taxa <strong>de</strong> 18 m por minuto. Vitruvius<br />

(historiador antigo) em seus livros sobre arquitetura <strong>de</strong>screve um método semelhante para mover<br />

pesos irregulares. Se os egípcios usaram este método é <strong>de</strong>sconhecido, porem as experiências<br />

mostram que po<strong>de</strong>ria ser utilizado. Entretanto sabendo que as pirâmi<strong>de</strong>s eram feitas <strong>de</strong> blocos 2,5<br />

tons. quase que em sua totalida<strong>de</strong>, sendo <strong>de</strong> consenso geral, havia tambem os <strong>de</strong> 15 tons. e alguns<br />

<strong>de</strong> 70 tons., não mencionados nestas experiências.”<br />

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Nos dispositivos criados hoje sempre são utilizados ma<strong>de</strong>iras reforçadas, trabalhadas com<br />

ferramentas elétricas e montadas inconscientemente usando uma evolução construtiva assimilada<br />

ao longo <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> anos. Não vemos cordas rudimentares usadas nesses<br />

dispositivos.!!!!!!!!!!!!<br />

“Como as pedras que formam o recheio das pirâmi<strong>de</strong>s eram cortadas irregularmente,<br />

especialmente na Gran<strong>de</strong> Pirâmi<strong>de</strong>, o material que preenchia os vazios era outro problema.<br />

Foram utilizados enormes quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gesso e pedregulho. O recheio não tem quase nenhuma<br />

proprieda<strong>de</strong> que liga, mas era necessário estabilizar a construção. Para fazer o enchimento <strong>de</strong><br />

gesso <strong>de</strong>sidratado por aquecimento, consumiu-se muita ma<strong>de</strong>ira.<br />

Os resultados pesquisados pelo “David H. Koch Pirâmi<strong>de</strong>s Radiocarbon Project” sugere<br />

que o Egito extinguiu sua floresta e todo pedaço <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira para construir as pirâmi<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Gizé.<br />

Quando o projeto tentou datar várias pirâmi<strong>de</strong>s avaliando o seu enchimento, as datas se<br />

prolongaram quase 300 anos, insinuando que aquela ma<strong>de</strong>ira antiga era usada em algumas<br />

partes das pirâmi<strong>de</strong>s. Isto foi <strong>de</strong>tectado nas pirâmi<strong>de</strong>s do Antigo Império, especialmente as <strong>de</strong><br />

Djoser e Menkaure. Isto po<strong>de</strong>ria significar que as pirâmi<strong>de</strong>s posteriores são menores <strong>de</strong>vido ao<br />

estado severamente esvaziado dos recursos florestais do Egito.”<br />

Robert Bauval, pesquisador conhecido internacionalmente, conta que certa noite estava ele<br />

sentado ao ar livre e conversando com nativos, em volta <strong>de</strong> uma fogueira, tendo ao fundo as três<br />

pirâmi<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Gisé. Num dado momento, inconscientemente, olhou para o céu. Este estava claro e<br />

limpo, mostrando-se por inteiro. De repente teve um estalo em seu pensamento quando <strong>de</strong>parou<br />

com a semelhança entre a Constelação <strong>de</strong> Orion (três Marias) e o <strong>planalto</strong> abaixo <strong>de</strong> si. O brilho<br />

das estrelas bem como seu <strong>de</strong>salinhamento, havia muito em comum com a disposição das três<br />

pirâmi<strong>de</strong>s. Bauval associou a crença egípcia <strong>de</strong> que o Cinturão <strong>de</strong> Orion era a morada dos <strong>de</strong>uses e<br />

assim este estaria representado na terra por estas construções magníficas. Ora então, a pirâmi<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Miquerinos, construída <strong>de</strong>pois não era menor por falta <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira para preparar seu enchimento e<br />

sim por que representava uma estrela <strong>de</strong> menor brilho entre as já mencionadas. Bauval mostrou<br />

através <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> computador que os dutos das câmaras apontavam para essas estrelas em<br />

outras épocas, embasando sua teoria.<br />

Por outro lado seria difícil <strong>de</strong>terminar através do grau <strong>de</strong> inclinação da pirâmi<strong>de</strong> e<br />

evi<strong>de</strong>ntemente chegando a sua altura e volume, consi<strong>de</strong>rando o volume <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira disponível para<br />

executar o seu enchimento!!!!!!!<br />

“Há boas informações sobre o local das pedreiras, ferramentas para cortar pedra,<br />

transporte para o monumento, nivelamento da fundação e fiadas subseqüentes da superestrutura<br />

em <strong>de</strong>senvolvimento. Trabalhadores usaram cinzéis <strong>de</strong> cobre, brocas, e serras para cortar pedra<br />

mais macia, como a maioria das pedras calcárias. Não po<strong>de</strong>riam cortar as pedras mais duras,<br />

como granito e basalto, utilizando-se ferramentas <strong>de</strong> cobre. Parecem ter sido esculpidas, exigindo<br />

muito e cortadas com a ajuda <strong>de</strong> um abrasivo, igual areia <strong>de</strong> quartzo. Os blocos foram<br />

transportados por trenós lubrificados por água. O nivelamento da fundação era realizado<br />

enchendo-se valas com água.”<br />

Vale ressaltar que essas valas eram cortadas na rocha já que a construção foi executada<br />

sobre um platô rochoso. Agora, naqueles dias, nivelar com água é no mínimo brilhante!!!!!!<br />

TEORIAS DA CONSTRUÇAO:<br />

“A maioria dos Egiptologos reconhece que as rampas são os métodos mais sustentáveis<br />

para elevar os blocos, contudo eles reconhecem que é um método incompleto que precisa ser<br />

completado por outro dispositivo.”<br />

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“O método que é aceito pela maioria para complementar as rampas é a elevação por<br />

calço, ou seja, elevar o objeto e calçá-lo com pedaços <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira até que ele atinja a altura<br />

<strong>de</strong>sejada. O registro arqueológico <strong>de</strong>monstra que havia só rampas pequenas e calçadas<br />

inclinadas, generalizando a construção da maioria do monumento. Para acrescentar incertezas,<br />

há evidências consi<strong>de</strong>ráveis <strong>de</strong>monstrando <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> métodos <strong>de</strong> construção usados na<br />

construção <strong>de</strong> pirâmi<strong>de</strong>s.”<br />

“Há muito tempo que as rampas são propostas, porem não existe consenso sobre o<br />

mo<strong>de</strong>lo utilizado. O método <strong>de</strong> rampa amplamente <strong>de</strong>sacreditada é a unica <strong>de</strong>vido ao tamanho<br />

volumoso, falta <strong>de</strong> evidência arqueológica e custo <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra. Consi<strong>de</strong>rando os exemplos<br />

acima, seria o único metodo que po<strong>de</strong>ria construir o monumento inteiro efetivamente.<br />

Outros tipos <strong>de</strong> rampas po<strong>de</strong>m corrigir os problemas <strong>de</strong> tamanho, contudo po<strong>de</strong>m gerar<br />

críticas <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>, evidência arqueológica limitada ou a inabilida<strong>de</strong> para construir o<br />

monumento inteiro, principalmente <strong>de</strong>vido ao espaço limitado disponível no topo do monumento.<br />

Mark Lehner sugeriu que uma rampa direta po<strong>de</strong>ria começar numa pedreira a su<strong>de</strong>ste e<br />

contornar o exterior da pirâmi<strong>de</strong>. Os blocos <strong>de</strong> pedra po<strong>de</strong>m ter sido transportados em trenós ao<br />

longo das rampas lubrificadas por água ou leite. Resumindo, o método <strong>de</strong> rampa seria a<strong>de</strong>quado<br />

para a maior parte da superestrutura, mas não para criar o topo ou o monumento inteiro.<br />

O método <strong>de</strong> elevação por calço é consi<strong>de</strong>rado a solução mais sustentável para<br />

complementar a rampa, parcialmente <strong>de</strong>vido à <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> Heródoto; e parcialmente para<br />

Shadoof que foi o primeiro a <strong>de</strong>screver um dispositivo <strong>de</strong> irrigação no Egito durante o Novo<br />

Imperio advindo do Antigo Imperio, na Mesopotâmia.”<br />

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“Pelo ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> Lehner <strong>de</strong>veriam ser empregadas alavancas para erguer 3% do<br />

material da superestrutura o que equivale o topo do monumento. É importante notar que o topo<br />

equivale a 1/3 da altura total do monumento. Em outras palavras, na visão <strong>de</strong> Lehner, <strong>de</strong>veriam<br />

ser empregadas alavancas para erguer uma quantia pequena <strong>de</strong> material a uma altura elevada.<br />

O método <strong>de</strong> elevação por calço ergue o bloco <strong>de</strong> rocha um lado por vez on<strong>de</strong> é inserido<br />

um pedaço <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ou pedra para mover o bloco gradualmente para cima obe<strong>de</strong>cendo a um<br />

curso. Em outro método são usadas gran<strong>de</strong>s alavancas para mover o bloco para cima.<br />

Existem vários pesquisadores que <strong>de</strong>monstraram soluções aceitáveis baseado na técnica<br />

<strong>de</strong> elevar os blocos através <strong>de</strong> calços <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. A maioria são comprovadas e embasadas em<br />

registros históricos, porem não é aplicáveis a construção do monumento na sua totalida<strong>de</strong><br />

limitando-se aos blocos pequenos usados no recheio da pirâmi<strong>de</strong>. São eles: Isler, Keable e<br />

Hussey-Pailos.<br />

Em 2.006 uma nova teoria <strong>de</strong> construção para a Gran<strong>de</strong> Pirâmi<strong>de</strong> foi apresentada pelo<br />

arquiteto Frances Jean Pierre Houdin sugerindo o uso <strong>de</strong> uma "rampa interna" se elevando para<br />

o topo da estrutura, equivalendo a 70 % da altura total. Por esse modo simplificado <strong>de</strong> pensar ele<br />

acredita que a parte superior da pirâmi<strong>de</strong> foi construída "ao avesso", ou seja, <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora.<br />

Houdin e uma equipe <strong>de</strong> engenheiros especializados em informática criaram um programa <strong>de</strong><br />

computador para <strong>de</strong>monstrar essa teoria, sendo a única provada para construir todo o<br />

monumento, inclusive no tempo exposto por Heródoto que era <strong>de</strong> vinte anos.<br />

Houdin escreveu um livro sobre sua teoria: Khufu: Os Segredos Atrás do Edifício da<br />

Gran<strong>de</strong> Pirâmi<strong>de</strong> (Farid Atiya Editora, 2006).”<br />

Houdin embasou sua teoria num estudo por micro-ondas on<strong>de</strong> foram <strong>de</strong>tectados espaços<br />

ocos circundando internamente a Gran<strong>de</strong> Pirâmi<strong>de</strong>. Por sua teoria, uma enorme rampa foi usada<br />

até 70 % da altura para elevar o material necessário. Paralelamente a rampa interna foi construída a<br />

partir do chão, mas ainda sem função. Chegando a altura <strong>de</strong>terminada a rampa externa é<br />

<strong>de</strong>smontada e seu material sobe pela interna para completar o edifício. Bastante engenhoso e até<br />

então inusitado. Ele também atribui à galeria principal a função <strong>de</strong> acomodar um vagão contrapeso<br />

com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> puxar os enormes blocos usados nas câmaras do rei por estar <strong>de</strong>vidamente<br />

alinhada a elas.<br />

A meu ver há alguns pontos não esclarecidos:<br />

- A rampa interna teria abertura externa nos vértices para iluminação e ventilação, como<br />

também para girar os blocos <strong>de</strong> rocha e subir novo trecho. Mesmo não havendo sinais <strong>de</strong><br />

fechamento posterior. Ótimo, porem estas só po<strong>de</strong>riam serem fechadas por fora e com enormes<br />

blocos, iguais aos existentes. Como foi realizado? Pelas laterais não há espaço para transitar com<br />

eles.<br />

- A partir da altura <strong>de</strong> 70 %, ou seja, cerca <strong>de</strong> 100 m, se a rampa interna continuar ela vai<br />

ficar cada vez mais íngreme, dificultando o trajeto, e on<strong>de</strong> termina? Se não continuar, teríamos um<br />

recinto fechado extremamente alto, cerca <strong>de</strong> 40 m? Como elevar os blocos a essa altura?<br />

- Finalizando havia a Piramidion, enorme e <strong>de</strong> varias toneladas “assentada” sobre o topo.<br />

Como foi colocada?<br />

Obs.: no YouTube existe vasto material. Digitar: Jean Pierre Houdin<br />

“O cientista <strong>de</strong> materiais Joseph Davidovits tem uma proposição <strong>de</strong>finindo que os blocos<br />

<strong>de</strong> pedra da pirâmi<strong>de</strong> não seriam esculpidos e sim moldados usando-se uma massa feita à base <strong>de</strong><br />

pedra calcária, semelhante ao cimento atual. De acordo com esta teoria a pedra calcária<br />

macia era comum nas pedreiras ao sul do Planalto <strong>de</strong> Giza. A pedra calcária seria dissolvida em<br />

gran<strong>de</strong>s reservatórios abastecidos pelas águas do rio Nilo durante as cheias, tornando-se uma<br />

pasta. Outros ingredientes comuns na época também seriam misturados.”<br />

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“Esvaziado os reservatórios, no período <strong>de</strong> seca, esta pasta seria levada até os locais da<br />

construção e moldados em “formas” <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, dando forma aos blocos que a partir das<br />

reações químicas se solidificariam como o concreto. Esta teoria foi <strong>de</strong>monstrada em um Instituto<br />

<strong>de</strong> Materiais da França, utilizando-se uma equipe <strong>de</strong> <strong>de</strong>z pessoas durante alguns dias, on<strong>de</strong> foi<br />

possível fazer vários blocos com cerca <strong>de</strong> 4 tons. usando-se ferramentas manuais simples.<br />

Segundo Davidovits, foram encontrados alguns textos em hieróglifos atestando esta tecnologia.<br />

O método <strong>de</strong> Davidovits não é aceito pela comunida<strong>de</strong> acadêmica por se tratar<br />

exclusivamente <strong>de</strong> pedra calcária e não com as pedras <strong>de</strong> granito que pesam até 80 toneladas e<br />

que foram esculpidas. Embora Geólogos e Davidovits concor<strong>de</strong>m com a origem das pedras, na<br />

região <strong>de</strong> Mokattam, eles discordam com relação a sua apresentação. Por ser constituída <strong>de</strong><br />

varias camadas, a pedra calcaria po<strong>de</strong> induzir aos dois processos, ou seja, extraída naturalmente<br />

ou moldada no local. Recentemente, a teoria <strong>de</strong> Davidovits ganhou apoio <strong>de</strong> Michel Barsoum,<br />

investigador no campo <strong>de</strong> cerâmica, juntamente com outros colegas da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Drexel,<br />

on<strong>de</strong> publicaram suas experiências no Diário da Socieda<strong>de</strong> Americana <strong>de</strong> Cerâmica.”<br />

Concluindo vemos que o assunto é muito dinâmico e sem data para terminar. Todos são<br />

pessoas altamente gabaritadas e <strong>de</strong> longa experiência na área, porem não há consenso. Usando a<br />

lógica, se não há um único sistema capaz <strong>de</strong> explicar todo o processo e sim varias propostas, talvez<br />

todas elas tenham sido empregadas em alguma fase da construção. Até esta ultima a da<br />

“moldagem” dos blocos, por mais absurda que seja e difícil <strong>de</strong> aceitar naqueles dias. Se uma pasta<br />

foi usada para preencher os vazios <strong>de</strong>ixados pelos blocos irregulares que compunham o recheio da<br />

pirâmi<strong>de</strong>, <strong>de</strong> que material seria esta pasta? Somente gesso?<br />

Esses segredos são importantes para o povo egípcio da atualida<strong>de</strong>, pois promove o<br />

turismo. Não seria interessante <strong>de</strong>svendá-los todos <strong>de</strong> imediato. Esta aura mística sempre atrairá<br />

mais a<strong>de</strong>ptos, ávidos por <strong>de</strong>sfrutá-los. Como disse no inicio, é surpreen<strong>de</strong>nte o fato <strong>de</strong> esses<br />

monumentos construídos em cerca <strong>de</strong> 150 anos <strong>de</strong>spertarem tanto interesse, ofuscando uma<br />

Historia <strong>de</strong> 3.000 anos. Há no Egito, monumentos tanto ou mais complexos para serem estudados<br />

como os templos <strong>de</strong> Luxor e Karnak. Os templos citados possuem colunas montadas com blocos<br />

<strong>de</strong> rocha, superpostos simplesmente, como se fossem chaminés com mais <strong>de</strong> 20 m <strong>de</strong> altura<br />

<strong>de</strong>monstrando uma técnica admirável. Po<strong>de</strong>mos citar neste recinto as colunatas <strong>de</strong> Tutancâmon<br />

com 24 m <strong>de</strong> altura. Aparentemente não há interesse em enten<strong>de</strong>r a construção <strong>de</strong>sses monumentos<br />

tão complexos e difíceis <strong>de</strong> executar na época. O faraó Ramsés II (1.279 a.C. e 1.213 a.C) é<br />

consi<strong>de</strong>rado o maior construtor <strong>de</strong> todos. Pelas conquistas econômicas, militares e sociais,<br />

conseguiu registrar através <strong>de</strong> obras significativas sua passagem pelo Império Novo. Não só pelos<br />

novos edifícios, mas pela anexação <strong>de</strong> outros executados pelos antecessores, com reformas,<br />

ampliações e termino das que estavam em andamento. São <strong>de</strong>le os Templos <strong>de</strong> Abu Simbel, Abido<br />

e o Ramseum. Vale lembrar também, Akenaton o único faraó monoteísta, inovando com uma<br />

técnica construtiva utilizando blocos menores, mais fáceis <strong>de</strong> trabalhar. Após 1.700 anos <strong>de</strong><br />

politeísmo ele adota o culto a Aton o Deus supremo e apressa-se em construir templos em seu<br />

louvor. Constrói inclusive uma nova capital, em um local conhecido como El Amarna fazendo-a<br />

novo centro político e <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r.<br />

Apesar <strong>de</strong> usar a pedra natural na quase que totalida<strong>de</strong> dos monumentos, os Egípcios<br />

contribuíram e avançaram significativamente nas técnicas construtivas em relação ao período<br />

neolítico. A maior evolução foi na locomoção e transporte <strong>de</strong> blocos <strong>de</strong> rocha. Os dispositivos<br />

compostos <strong>de</strong> alavancas, contrapeso e roldanas são suas maiores criações, alem dos tijolos é claro.<br />

As rampas <strong>de</strong> terra e <strong>de</strong> pedra po<strong>de</strong>m ter sido usadas em larga escala assim como cordas feitas com<br />

fibras vegetais. As ferramentas evoluíram da Ida<strong>de</strong> do cobre até a do ferro. Sem duvida foram alem<br />

do que po<strong>de</strong>ríamos imaginar.<br />

Fonte: Wikipedia (Inglês)<br />

Traduzido, revisado e complementado pelo <strong>Prof</strong>essor.<br />

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