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COMISSÃO NACIONAL DO TRANSPORTE<br />
DE MERCADORIAS PERIGOSAS<br />
CNTMP/2007/33<br />
(rev.2)<br />
14.2.2008<br />
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30ª SESSÃO PLENÁRIA DA CNTMP<br />
Lisboa, 3 de Outubro de 2007<br />
ACTA DA 30ª SESSÃO PLENÁRIA<br />
1. O Presidente anunciou e apresentou o Eng. Carlos Correia, Vogal do Conselho Directivo do Instituto<br />
da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT). Este procedeu à abertura da sessão, dando<br />
as boas vindas a todos os membros da CNTMP, e aludiu às competências do IMTT e ao processo<br />
de extinção/fusão da DGTT, DGV e INTF. Tendo em conta que o IMTT agrupa as competências<br />
relativas aos modos rodoviário e ferroviário, referiu que será dada especial atenção ao transporte<br />
de mercadorias perigosas, de forma articulada entre os dois modos, bem como às empresas e à<br />
certificação dos veículos e dos profissionais. Sublinhou ainda a disponibilidade da nova administração<br />
do IMTT para continuar a apoiar o sector dos transportes de mercadorias perigosas<br />
2. O Presidente deu algumas explicações sobre a nova orgânica do IMTT, na qual o Engº Carlos Correia<br />
é o vogal do Conselho Directivo que tutela a Direcção de Serviços de Regulação Jurídico-<br />
Económica, onde se insere o transporte das mercadorias perigosas. Recordou que esta reunião<br />
constituiu a 30ª sessão plenária da CNTMP, o que significa que já reúne há 10 anos ininterruptos,<br />
com 3 sessões anuais em datas previamente determinadas.<br />
3. Face a uma questão colocada pela DGSaúde, o Presidente esclareceu que a CNTMP pode continuar<br />
a funcionar com base no texto do Despacho Conjunto nº 113-A/98, de 17.2.1998, que a criou,<br />
podendo também ser ponderada a hipótese de apresentar ao Governo um projecto de novo despacho,<br />
por motivos da reestruturação da Administração Pública, sendo que tal proposta será previamente<br />
analisada em sessão plenária.<br />
4. Tomaram parte nos trabalhos os representantes dos 29 serviços da administração pública e organizações<br />
económicas e profissionais constantes da lista de presenças anexa. Justificaram a sua<br />
ausência a ANCOS, a ATM, o ISHST e o ITN. Estiveram ausentes, sem justificação, a AIMMAP, a<br />
FESTRU e a PRP.<br />
5. A Comissão adoptou a ordem de trabalhos provisória (CNTMP/2007/24), com a alteração proposta<br />
pelo Secretariado no sentido de antecipar o ponto 8 “Questões Diversas”, cujos documentos serão<br />
analisados entre os pontos 3 e 4.<br />
6. Foi ratificada, sem emendas, a acta provisória da 29ª sessão plenária (CNTMP/2007/21 – rev.2).<br />
NOVA REGULAMENTAÇÃO COMUNITÁRIA COM INCIDÊNCIA NO TRANSPORTE DE MERCADO-<br />
RIAS PERIGOSAS<br />
7. O Presidente fez uma apresentação breve da directiva integrada (RID/ADR/ADN) e dos trabalhos<br />
que a antecederam, recordando que o grupo de trabalho a nível do Conselho reuniu várias vezes<br />
no 1º semestre de 2007, sob a Presidência alemã, que o Conselho (Transportes) reuniu em Junho<br />
e aprovou a directiva modificada pelo GT, tendo a mesma seguido para o Parlamento Europeu.<br />
8. O Presidente informou que a Presidência portuguesa recebeu em Julho algumas reservas apresentadas<br />
pelo PE, acolhendo algumas delas, tendo o texto voltado para o Parlamento, onde foi<br />
aprovado em Setembro em primeira leitura.<br />
9. A APEQ fez a apresentação do novo Regulamento REACH (CNTMP/2007/25), acrónimo de Register,<br />
Evaluation, Authorization and Restriction of CHemicals. O Regulamento é de aplicação imediata,<br />
entrou em vigor a 1 de Junho de 2007 e veio reformar a antiga legislação referente à notificação<br />
de substâncias químicas, com o intuito de identificar quais as mais perigosas e quais o principais<br />
riscos a elas associados.<br />
10. As empresas terão de fornecer à nova Agência Europeia dos Químicos (sedeada em Helsínquia)<br />
informações relativas aos riscos para o homem e para o ambiente sobre todas as substâncias produzidas<br />
ou importadas antes de 1981. As substâncias consideradas perigosas para o homem e/ou<br />
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Avenida das Forças Armadas, 40 * 1649-022 LISBOA * Telef. 217949000 * Fax 217973777 * jafranco@dgtt.pt/rvarela@dgtt.pt/lcosta@dgtt.pt
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(rev.2)<br />
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para o ambiente, serão identificadas durante o processo de Avaliação e requererão uma licença<br />
especial para cada uso específico (autorização).<br />
11. É obrigatório que todos os produtores e importadores de produtos químicos da UE participem no<br />
REACH. Caso não o façam, ficam proibidos de colocar produtos no mercado. Os transportadores<br />
de produtos químicos não têm responsabilidades no âmbito do REACH. Em Portugal, as autoridades<br />
competentes no âmbito do REACH são a APA, a DGSaúde e a DGAE.<br />
12. O Presidente sublinhou o envolvimento profundo por parte da APEQ neste assunto e informou do<br />
Seminário promovido por esta Associação, que teve lugar no dia 19 de Setembro, em Lisboa. A<br />
APA, a DGSaúde e a DGAE reconheceram igualmente o trabalho e o envolvimento da APEQ e do<br />
CEFIC, tendo a APA ainda referido os trabalhos de compatibilização dos critérios de classificação<br />
das Directivas da substâncias e das preparações e do GHS.<br />
13. Quanto às preocupações expressas pela FEQUIMETAL em relação à segurança dos trabalhadores,<br />
a APEQ informou que esta regulamentação será de todo o interesse para quem manuseia,<br />
transporte e utiliza, pois permite conhecer os riscos e adoptar procedimentos adequados à protecção<br />
e segurança dessas pessoas.<br />
DERROGAÇÕES MULTILATERAIS AO ADR E AO RID<br />
14. Quanto às propostas de acordos multilaterais M185 e M186, apresentadas na 29ª sessão plenária<br />
(CNTMP/2007/15), o IPTM informou que não estava em condições de emitir parecer sobre o M185,<br />
pelo que o mesmo não será assinado. A FIOVDE, após consulta à Associação Portuguesa dos<br />
Fabricantes de Tintas e Vernizes (APFTV), expressou muito interesse na assinatura do acordo<br />
M186 e, por seu lado, o CNE não levantou qualquer objecção à assinatura desse acordo, pelo que<br />
o mesmo será assinado por Portugal.<br />
15. Foi apresentada uma nova proposta de acordo multilateral ao ADR (CNTMP/2007/26) tendo a<br />
APETRO manifestado a sua disponibilidade para averiguar do interesse na assinatura do M187,<br />
sobre a não aplicação da disposição especial 330 aos álcoois contendo produtos petrolíferos.<br />
TRANSPORTE DE EXPLOSIVOS<br />
16. O Presidente informou que o documento agora apresentado (CNTMP/2007/27) vem na sequência<br />
do trabalho efectuado pelo GT, constituído na 26ª sessão plenária, sendo de sublinhar a colaboração<br />
da ANEPE e da APIPE na tradução da lista por defeito dos artigos pirotécnicos. O presente<br />
trabalho sobre os procedimentos de intervenção âmbito da fiscalização dos produtos pirotécnicos e<br />
outras mercadorias perigosas vem reforçar a articulação das entidades competentes que intervêm<br />
no controle dos explosivos.<br />
17. A PSP apresentou os pontos principais do documento CNTMP/2007/27, dando especial relevância<br />
à colaboração e abertura dos representantes das diferentes entidades (APDL, APL, IPTM e<br />
DGTT), no sentido de partilharem informação para que se possam alcançar objectivos comuns nos<br />
domínios da safety e da security, tendo ainda sublinhado a disponibilidade da Eng.ª Heloísa Cid<br />
para a participação nos trabalhos.<br />
18. O Presidente solicitou ao IPTM que transmitisse os agradecimentos da CNTMP à Eng.ª Heloísa<br />
Cid e às Administrações Portuárias pela disponibilidade e colaboração neste trabalho.<br />
ÚLTIMAS REUNIÕES RID/ADR, DO WP.15, DO CTDG E DO SC/TDG<br />
19. Foi apenas possível divulgar o relatório da participação portuguesa na Reunião Comum RID/ADR<br />
e na 82ª sessão do WP.15 (CNTMP/2007/17-rev1), realizadas em Março. Os relatórios em falta<br />
serão divulgados posteriormente através do documento CNTMP/2007/28, conforme previsto na<br />
ordem de trabalhos.<br />
RELATÓRIOS DE ACIDENTE ENVOLVENDO MERCADORIAS PERIGOSAS<br />
20. A ANPC fez a apresentação do documento sobre os relatórios de acidentes no transporte de mercadorias<br />
perigosas, apresentados pelos conselheiros de segurança durante os anos de 2001 a<br />
2006 (CNTMP/2007/29). Sublinhou os aspectos mais relevantes, designadamente o modo de<br />
transporte, as mercadorias perigosas transportadas, as consequências dos acidentes, o preenchi-<br />
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mento dos relatórios, e as recomendações, dos conselheiros de segurança às empresas, que incidem<br />
tanto na correcção das causas mais próximas como na correcção de problemas detectados<br />
mais a montante associados à organização da gestão da segurança.<br />
21. Apesar de o número anual de relatórios de acidente enviados à ANPC ainda ser reduzido, notamse<br />
alguns progressos, nomeadamente o crescimento do universo de empresas (cerca de 50<br />
empresas) e de conselheiros de segurança que já praticaram as disposições legais sobre esta<br />
matéria.<br />
22. O Presidente referiu a necessidade dos conselheiros de segurança melhorarem o seu desempenho<br />
e as empresas enviarem os relatórios à ANPC, e agradeceu ao Eng.º Nuno Mondril pelo trabalho<br />
muito útil que tem vindo a desenvolver<br />
QUESTÕES DIVERSAS<br />
23. O Presidente fez referência ao Seminário “ADR Golden Age” organizado pela ANTRAM no âmbito<br />
das comemorações dos 50 anos do ADR, com especial destaque para a apresentação do João<br />
Cezília, em que se faz apelo à cooperação e à intervenção entre todas as partes envolvidas, designadamente,<br />
governos, associações e agentes económicos.<br />
24. A ANTRAM apresentou o documento CNTMP/2007/31, fazendo apelo à divulgação, junto da<br />
CNTMP, da informação disponível proveniente das “Fichas de Controlo” (Anexo III da Directiva<br />
95/50/CE, actualizada pela Directiva 2004/112/CE), com o objectivo de minorar os erros e as<br />
infracções cometidas. Embora a Directiva exija uma divulgação anual dos dados relativos às fichas<br />
de controlo, a ANTRAM propôs uma divulgação quadrimestral junto da CNTMP.<br />
25. A DRE expressou o seu apoio a esta iniciativa, pois permite ter uma visão geral das infracções no<br />
transporte rodoviário de mercadorias perigosas e, em conjunto com as informações disponibilizadas<br />
pela ANPC poderá ser de grande utilidade. Contudo, levantou reservas quanto à periodicidade<br />
da divulgação da informação.<br />
26. O Presidente informou que a Eng.ª Margarida Roxo, actual representante do GPERI, foi quem se<br />
ocupou deste assunto nos últimos anos, explicou que o Anexo 3, que faz parte do DL 170-A/2007,<br />
estabelece o modelo de ficha de controlo, o qual é utilizado/preenchido pela fiscalização (GNR e<br />
PSP) que posteriormente o envia ao IMTT, que tem a seu cargo o tratamento dos dados e envio<br />
dos resultados apurados à DGTREN da Comissão Europeia. Informou ainda que o fluxo das fichas<br />
enviadas ao IMTT não é constante, que o seu preenchimento é manual e em formato papel, os<br />
dados são tratados pelos Serviços na medida do possível e enviados à Comissão, que os publicita<br />
com uma periodicidade bianual.<br />
27. O GPERI relatou a sua experiência de tratamento das fichas ao longo de 6 anos, confirmando<br />
alguma irregularidade nas datas de recepção, o não cobrirem a totalidade das infracções verificadas<br />
e a ocorrência de dados contraditórios no respectivo preenchimento. Referiu também a dificuldade<br />
no apuramento da ligação existente entre as fichas de controlo e a informação sobre o número<br />
e o tipo de sanções aplicadas, por serem dados de proveniências diferentes. Acrescentou ainda<br />
que nunca houve qualquer oposição à transparência dos dados e que não haverá inconveniente na<br />
divulgação da informação, desde que ressalvada a confidencialidade dos dados pessoais.<br />
28. A GNR informou que as fichas são enviadas ao IMTT com uma periodicidade mensal, embora<br />
reconheça que existem algumas incorrecções no seu preenchimento. Informou ainda que, face à<br />
necessidade de reformulação das fichas, entregaram esse trabalho aos serviços gráficos, o que<br />
demorou algum tempo, e posteriormente procederam ao envio das fichas para todos os destacamentos.<br />
29. A ANTRAM apresentou o documento CNTMP/2007/32, onde propõe a eliminação da exigência do<br />
averbamento do “grupo 2” na carta de condução, para os condutores de veículos ligeiros com mercadorias<br />
perigosas, uma vez que para esses casos o ADR/RPE já prevê a obrigatoriedade dos<br />
condutores estarem habilitados com certificado de formação, o que implica à priori exigências<br />
superiores às requeridas para o referido averbamento.<br />
30. O Presidente referiu a oportunidade deste documento e os contactos feitos com a Direcção de<br />
Formação e Certificação do IMTT. Face à necessidade de clarificar este assunto, serão feitos os
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demais contactos com os Departamentos competentes, de modo a poder ser analisado na próxima<br />
sessão plenária.<br />
PROGRAMAÇÃO DAS ACTIVIDADES FUTURAS<br />
31. O Presidente apresentou o calendário das próximas reuniões nacionais e internacionais (CNTMP/<br />
/2007/30), sendo que a 31ª sessão plenária da CNTMP terá lugar no dia 13 de Fevereiro de 2008.<br />
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COMISSÃO NACIONAL DO TRANSPORTE DE MERCADORIAS PERIGOSAS<br />
30ª SESSÃO PLENÁRIA, 3 de Outubro de 2007<br />
Lista de presenças<br />
SIGLA ENTIDADE REPRESENTANTE<br />
ANAREC Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis José Conceição Pinto Reis<br />
Dr. João Matos<br />
ANPC Autoridade Nacional de Protecção Civil Eng. Nuno Mondril<br />
ANSR Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária Drª Margarida Janeiro<br />
ANTRAM Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários Mercadorias João Cezília<br />
APA Agência Portuguesa do Ambiente Eng. Rui Figueiredo Simões<br />
AP3E Associação Portuguesa de Estudos e Engenharia de Explosivos Eng. Luís da Silva Cruz<br />
APEQ Associação Portuguesa das Empresas Químicas Eng. Luís Saldanha da Gama<br />
APETRO Associação Portuguesa das Empresas Petrolíferas Eng. José Alberto Oliveira<br />
ASAE Autoridade de Segurança Alimentar e Económica Engª Cristina Bragança<br />
CNE Centro Nacional de Embalagem Eng. Helder Soares<br />
CP Caminhos de Ferro Portugueses, EP Manuel Nunes Baptista<br />
DGAE Direcção-Geral das Actividades Económicas Eng. Nuno Gomes Abreu<br />
DGSaúde Direcção-Geral de Saúde Drª Cesaltina Ramos<br />
DR/MEI Direcções Regionais do Ministério da Economia e Inovação Eng. Bernardino Gomes<br />
EP Estradas de Portugal, EPE Engª Maria do Carmo Santos<br />
FEQUIMETAL Federação Intersindical da Metalurgia, Metalomecânica, Minas, Química,<br />
Farmacêutica, Petróleo e Gás<br />
Francisco Pereira<br />
FIOVDE Federação das Indústrias de Óleos Vegetais, Derivados e Equiparados Drª Maria Isabel Coelho<br />
GNR Guarda Nacional Republicana – Comando Geral Major Luís Ferreira Branco<br />
GPERI Gabinete de Planeamento Estratégico e Relações Internacionais Engª Margarida Roxo<br />
IMTT Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres Eng. João Antunes<br />
IPAC Instituto Português de Acreditação Engª Helena Pinto<br />
IPTM Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, IP Eng. Álvaro Gama Magalhães<br />
ISQ Instituto de Soldadura e Qualidade Eng. Mário Sapatinha<br />
ITG Instituto Tecnológico do Gás Eng. Filipe Matta<br />
LBP Liga dos Bombeiros Portugueses Comandante José Gomes da Costa<br />
PSP Polícia de Segurança Pública - Direcção Nacional Subcomissário Victor Lourenço<br />
Chefe Armando Santos<br />
Engº Francisco Ramalho<br />
RINAVE Rinave – Qualidade e Segurança, ACE Eng. Luís Vicente<br />
SITRA Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Afins Domingos Paulino<br />
R/Autónomas D. R. Obras públicas e Transportes Terrestres dos Açores Eng. Fernando Lima<br />
Presidente Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres Eng. José Alberto Franco<br />
Secretariado Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres Engª Luísa Costa<br />
Eng. Isaías do Rosário