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Prova Comentada 2º dia - Curso XII de Maio

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<strong>Curso</strong> Pré-Vestibular <strong>XII</strong> <strong>de</strong> <strong>Maio</strong> Simulado 2012.2<br />

O Cursinho da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFC Enem – <strong>2º</strong> Dia<br />

PROPOSTA DE REDAÇÃO<br />

PROPOSTA DE REDAÇÃO<br />

Com base na leitura dos seguintes textos<br />

motivadores, na gravura que os acompanha e nos<br />

conhecimentos construídos ao longo <strong>de</strong> sua formação, redija<br />

um texto dissertativo-argumentativo em norma culta da<br />

língua portuguesa em que você se posiciona a respeito do<br />

seguinte tema: Qual <strong>de</strong>ve ser a verda<strong>de</strong>ira função da<br />

educação, consi<strong>de</strong>rando a socieda<strong>de</strong> atual. Selecione,<br />

organize, relacione e interprete, <strong>de</strong> forma coerente e coesa,<br />

argumentos e fatos para a <strong>de</strong>fesa do seu ponto <strong>de</strong> vista, sem<br />

ferir os direitos humanos.<br />

Para que serve a escola?<br />

―Em uma perspectiva temporal, seria necessário consi<strong>de</strong>rar<br />

diferentes tempos do verbo ‗servir‘: para que serviu a escola<br />

no passado? Para que serve a escola hoje? Para que servirá a<br />

escola no futuro que já se <strong>de</strong>lineia? Em uma perspectiva<br />

espacial, seria necessário consi<strong>de</strong>rar os diferentes espaços em<br />

que se inseriu, em que se insere e em que se inserirá a escola<br />

– diferentes culturas e subculturas, diferentes socieda<strong>de</strong>s e<br />

diferentes grupos sociais, talvez sobretudo diferentes<br />

contextos i<strong>de</strong>ológicos…A escola serviu, serve e certamente<br />

virá a servir para domesticar ou para libertar, para<br />

reproduzir ou para revolucionar, para formar indivíduos<br />

ajustados ou indivíduos críticos, para adaptar ao presente<br />

ou para preparar para o futuro. A opção entre essas e<br />

muitas outras alternativas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> quando e <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se<br />

fala. Se a pergunta fosse ―Para que <strong>de</strong>ve servir a escola?‖, eu<br />

po<strong>de</strong>ria respon<strong>de</strong>r com a minha i<strong>de</strong>ologia, com as minhas<br />

utopias. Tal como formulada, a pergunta solicita uma<br />

constatação, e a única que me parece possível é que a escola<br />

serve às i<strong>de</strong>ologias e às utopias do tempo e do espaço em que<br />

esteja inserida.‖ (Magda Soares, professora emérita da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais ).<br />

.<br />

A importância da educação<br />

―Com o advento da quarta globalização, que para muitos se<br />

confun<strong>de</strong> com uma nova era, a do conhecimento, a educação<br />

é tida como o maior recurso <strong>de</strong> que se dispõe para enfrentar<br />

essa nova estruturação do mundo. Dela <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> a<br />

continuida<strong>de</strong> do atual processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico e social, também conhecido como era pósindustrial,<br />

em que notamos claramente um <strong>de</strong>clínio do<br />

emprego industrial e a multiplicação das ocupações em<br />

serviços diferenciados: comunicação, saú<strong>de</strong>, turismo, lazer e<br />

informação.‖<br />

Professor Elian Alabi Lucci<br />

O papel da educação<br />

―O papel da educação é <strong>de</strong> nos ensinar a enfrentar a incerteza<br />

da vida; é <strong>de</strong> nos ensinar o que é o conhecimento, porque nos<br />

passam o conhecimento mas jamais dizem o que é o<br />

conhecimento. ( …) Em outras palavras, o papel da educação<br />

é <strong>de</strong> instruir o espírito a viver e a enfrentar as dificulda<strong>de</strong>s do<br />

mundo‖.<br />

Edgar Morin, antropólogo, sociólogo e filósofo francês<br />

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O Cursinho da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFC Enem – <strong>2º</strong> Dia<br />

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS<br />

Questões 01 a 45<br />

Questões 01 a 05 (OPÇÃO ESPANHOL)<br />

TEXTO I<br />

En este texto <strong>de</strong>l dibujante argentino Quino, aparece Mafalda, una niña traviesa, respondona, <strong>de</strong> cabeza gran<strong>de</strong><br />

y con un lazo en el pelo, que está conversando con su amiga Susanita.<br />

1. Tendo em conta o ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> Mafalda, é<br />

correto afirmar que:<br />

a) o sonho <strong>de</strong>stes dois personagens é andar na moda.<br />

b) a cultura é um valor.<br />

c) a falta <strong>de</strong> cultura é algo vergonhoso.<br />

d) andar <strong>de</strong>spido pelas ruas é um direito <strong>de</strong> todo<br />

individuo.<br />

e) o mundo da cultura e da moda possuem os mesmos<br />

principios.<br />

COMENTÁRIO<br />

Na primeira questão é possível verificarmos que<br />

Susanita e Mafalda possuem opiniões diferentes,<br />

percebemos que Mafalda valoriza a cultura, a garota<br />

informa que a cultura é um valor, pois é algo que <strong>de</strong>seja<br />

ter quando seja adulta, enquanto para Susanita mais<br />

importante que cultura é o que é visto exteriormente, no<br />

caso da tirinha, os vestidos. Resposta comprovada<br />

através da alternativa B.<br />

2. Nos quadrinhos, Mafalda:<br />

a) acredita que andar bem vestido é uma priorida<strong>de</strong>.<br />

b) rejeita a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que alguem seja con<strong>de</strong>nado por<br />

andar <strong>de</strong>spido.<br />

QUINO. Mafalda 4. Barcelona: Editorial Lumen, 1998. p. 17.<br />

c) reconhece a necessida<strong>de</strong> que toda mulher tem <strong>de</strong> sair<br />

<strong>de</strong> casa bem vestida.<br />

d) admite que sua amiga está certa.<br />

e) expressa sua indiferença <strong>dia</strong>nte da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

ser <strong>de</strong>tida.<br />

COMENTÁRIO<br />

Já a segunda questão tem como resposta correta a<br />

alternativa D, que <strong>de</strong>ixa claro que <strong>dia</strong>nte da exposição<br />

dos fatos mostrados por Susanita, Mafalda não tem<br />

como argumentar restando como única opção concordar<br />

com a amiga mesmo contra sua vonta<strong>de</strong>. Quando<br />

Mafalda bate em sua amiga e no último quadrinho diz<br />

―Es muy triste pegarle a alguien que tiene razón‖,<br />

admite que sua amiga está correta.<br />

3. Levando em consi<strong>de</strong>ração o terceiro quadrinho, a fala<br />

<strong>de</strong> Susanita <strong>de</strong>nota:<br />

a) ironia <strong>dia</strong>nte da opinião já manifestada por Mafalda.<br />

b) angustia ao se imaginar andando pela rua sem roupa.<br />

c) <strong>de</strong>cepção <strong>dia</strong>nte da falta <strong>de</strong> cultura geral.<br />

d) estupor perante a sagacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Mafalda.<br />

e) alegria ao ter que sair para experimentar roupa.<br />

TEXTO II<br />

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COMENTÁRIO<br />

No terceiro quadrinho percebemos claramente a fala irônica<br />

<strong>de</strong> Susanita em tom <strong>de</strong> <strong>de</strong>safio <strong>dia</strong>nte da opinião manifestada<br />

por Mafalda, nos levando a optar pela alternativa A. Susanita<br />

diz ―Probá salir sin vestido‖ e com isso ironiza a resposta <strong>de</strong><br />

Mafalda <strong>de</strong> que não seria presa caso saísse à rua sem cultura.<br />

4. A tirinha, segundo se apresenta, nos passa la i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>:<br />

a) La tecnología vuelve los quehaceres coti<strong>dia</strong>nos más<br />

complejos que lo que realmente <strong>de</strong>berían <strong>de</strong> ser.<br />

b) La tecnología simplifica todo y que no <strong>de</strong>bemos<br />

preocuparnos con nada más.<br />

c) Debemos poner i<strong>de</strong>ntificaciones en los controles para que<br />

no nos confundamos.<br />

d) Los institutos <strong>de</strong> ciencia y tecnología <strong>de</strong>berían hacer un<br />

control que incorporase todas las funciones.<br />

e) En la prehistoria no era necesario control para cazar patos,<br />

por eso era más fácil.<br />

COMENTÁRIO<br />

O intuito da tirinha é nos levar a refletir que muitas vezes a<br />

tecnologia <strong>de</strong>senvolvida para nos auxiliar acaba dificultando<br />

a nossa vida, tranformando ativida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>veriam ser<br />

simples em algo complexo. Resposta manifesta na alternativa<br />

A.<br />

5. En el primer balón <strong>de</strong>l comic el personaje se queja <strong>de</strong> no<br />

saber más lo que es cada cosa y en el penúltimo expresa su<br />

alivio por la tecnología <strong>de</strong> los tiempos mo<strong>de</strong>rnos. En este<br />

caso el autor aborda el asunto <strong>de</strong> forma:<br />

a) Burlesca porque le encanta la multiplicidad tecnológica.<br />

b) Enojada porque no consigue diferenciar uno y otro<br />

aparato.<br />

c) Irónica por creer que los hombres <strong>de</strong> la prehistoria tenían<br />

más dificulta<strong>de</strong>s.<br />

d) Sarcástica, una vez que las facilida<strong>de</strong>s complican a la vez<br />

<strong>de</strong> ayudar y facilitar.<br />

e) Apesadumbrada por percibir que los buenos tiempos <strong>de</strong> la<br />

prehistoria no vuelven más.<br />

COMENTÁRIO<br />

A tirinha na realida<strong>de</strong> apresenta um tom sarcástico, irônico,<br />

na qual nosso personagem inicia sua fala afirmando não saber<br />

mais em que consiste cada um <strong>de</strong> seus objetos, logo <strong>de</strong>pois<br />

em tom <strong>de</strong> ironia, ele agra<strong>de</strong>ce a tecnologia por toda esta<br />

confusão em que ele se encontra, mostrando que a tecnologia<br />

em vez <strong>de</strong> ajudar, muitas vezes acaba complicando.<br />

Alternativa D.<br />

6. Observe as charges.<br />

As charges, respectivamente, dos cartunistas Henfil (1982) e<br />

Dalcio (2011) estão separadas por quase trinta anos <strong>de</strong><br />

história, mas unidas na crítica<br />

a) ao preço, no mercado internacional, da ma<strong>de</strong>ira extraída<br />

das florestas brasileiras.<br />

b) à presença <strong>de</strong> capital estrangeiro na exploração <strong>de</strong><br />

ma<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> florestas no país.<br />

c) à exportação ilegal, via países vizinhos, <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira<br />

extraída das florestas brasileiras.<br />

d) ao <strong>de</strong>smatamento extensivo e indiscriminado das florestas<br />

brasileiras.<br />

e) ao uso recorrente <strong>de</strong> queimadas na eliminação <strong>de</strong> florestas<br />

no país.<br />

Texto para as questões 7 e 8<br />

Todas as varieda<strong>de</strong>s linguísticas são estruturadas, e<br />

correspon<strong>de</strong>m a sistemas e subsistemas a<strong>de</strong>quados às<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seus usuários. Mas o fato <strong>de</strong> estar a língua<br />

fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas <strong>de</strong> valores<br />

da socieda<strong>de</strong> conduz a uma avaliação distinta das<br />

características das suas diversas modalida<strong>de</strong>s regionais,<br />

sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora<br />

seja uma entre as muitas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um idioma, é sempre<br />

a mais prestigiosa, porque atua como mo<strong>de</strong>lo, como norma,<br />

como i<strong>de</strong>al linguístico <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong>. Do valor<br />

normativo <strong>de</strong>corre a sua função coercitiva sobre as outras<br />

varieda<strong>de</strong>s, com o que se torna uma pon<strong>de</strong>rável força<br />

contrária à variação.<br />

Celso Cunha. Nova gramática do português<br />

contemporâneo. Adaptado.<br />

7. Depreen<strong>de</strong>-se do texto que uma <strong>de</strong>terminada língua é um<br />

a) conjunto <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s linguísticas, <strong>de</strong>ntre as quais uma<br />

alcança maior valor social e passa a ser consi<strong>de</strong>rada<br />

exemplar.<br />

b) sistema <strong>de</strong> signos estruturado segundo as normas<br />

instituídas pelo grupo <strong>de</strong> maior prestígio social.<br />

c) conjunto <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s linguísticas cuja proliferação é<br />

vedada pela norma culta.<br />

d) complexo <strong>de</strong> sistemas e subsistemas cujo<br />

funcionamento é prejudicado pela heterogeneida<strong>de</strong><br />

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social.<br />

e) conjunto <strong>de</strong> modalida<strong>de</strong>s linguísticas, <strong>de</strong>ntre as quais<br />

algumas são dotadas <strong>de</strong> normas e outras não o são.<br />

8. De acordo com o texto, em relação às <strong>de</strong>mais varieda<strong>de</strong>s<br />

do idioma, a língua padrão se comporta <strong>de</strong> modo<br />

a) inovador.<br />

b) restritivo.<br />

c) transigente.<br />

d) neutro.<br />

e) aleatório.<br />

Texto para as questões 9 e 10<br />

Leia o seguinte trecho <strong>de</strong> uma entrevista concedida pelo<br />

ministro do Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, Joaquim Barbosa:<br />

Entrevistador: — O protagonismo do STF dos últimos<br />

tempos tem usurpado as funções do Congresso?<br />

Entrevistado: — Temos uma Constituição muito boa, mas<br />

excessivamente <strong>de</strong>talhista, com um número imenso <strong>de</strong><br />

dispositivos e, por isso, suscetível a fomentar interpretações<br />

e toda sorte <strong>de</strong> litígios. Também temos um sistema <strong>de</strong><br />

jurisdição constitucional, talvez único no mundo, com um rol<br />

enorme <strong>de</strong> agentes e instituições dotadas da prerrogativa ou<br />

<strong>de</strong> competência para trazer questões ao Supremo. É um leque<br />

consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> interesses, <strong>de</strong> visões, que acaba causando a<br />

intervenção do STF nas mais diversas questões, nas mais<br />

diferentes áreas, inclusive dando margem a esse tipo <strong>de</strong><br />

acusação. Nossas <strong>de</strong>cisões não <strong>de</strong>veriam passar <strong>de</strong> duzentas,<br />

trezentas por ano. Hoje, são analisados cinquenta mil,<br />

sessenta mil processos. É uma insanida<strong>de</strong>.<br />

Veja, 15/06/2011.<br />

9. Tendo em vista o contexto, a palavra do texto que sintetiza<br />

o teor da acusação referida na entrevista é<br />

a) ―usurpado‖.<br />

b) ―<strong>de</strong>talhista‖.<br />

c) ―fomentar‖.<br />

d) ―litígios‖.<br />

e) ―insanida<strong>de</strong>‖.<br />

10. No trecho ―dotadas da prerrogativa ou <strong>de</strong> competência‖, a<br />

presença <strong>de</strong> artigo antes do primeiro substantivo e a sua<br />

ausência antes do segundo fazem que o sentido <strong>de</strong> cada um<br />

<strong>de</strong>sses substantivos seja, respectivamente,<br />

a) figurado e próprio.<br />

b) abstrato e concreto.<br />

c) específico e genérico.<br />

d) técnico e comum.<br />

e) lato e estrito.<br />

Texto para a questão 11<br />

RECEITA DE MULHER<br />

As muito feias que me perdoem<br />

Mas beleza é fundamental. É preciso<br />

Que haja qualquer coisa <strong>de</strong> flor em tudo isso<br />

Qualquer coisa <strong>de</strong> dança, qualquer coisa <strong>de</strong> haute couture*<br />

Em tudo isso (ou então que a mulher se socialize<br />

elegantemente em azul, como na República Popular<br />

Chinesa).<br />

Não há meio-termo possível. É preciso<br />

Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito<br />

Tenha-se a impressão <strong>de</strong> ver uma garça apenas pousada e<br />

que um rosto<br />

Adquira <strong>de</strong> vez em quando essa cor só encontrável no<br />

terceiro minuto da aurora.<br />

* ―haute couture‖: alta costura.<br />

Vinicius <strong>de</strong> Moraes.<br />

11. No conhecido poema ―Receita <strong>de</strong> mulher‖, <strong>de</strong> que se<br />

reproduziu aqui um excerto, o tratamento dado ao tema da<br />

beleza feminina manifesta a<br />

a) oscilação do poeta entre a angústia do pecador (tendo em<br />

vista sua educação jesuítica) e o impudor do libertino.<br />

b) conjugação, na sensibilida<strong>de</strong> do poeta, <strong>de</strong> interesse sexual<br />

e encantamento estético, expresso <strong>de</strong> modo provocador e<br />

bem-humorado.<br />

c) i<strong>de</strong>alização da mulher a que chega o poeta quando, na<br />

velhice, arrefeceu-lhe o <strong>de</strong>sejo sexual.<br />

d) crítica ao caráter frívolo que, por associar-se ao consumo,<br />

o amor assume na contemporaneida<strong>de</strong>.<br />

e) síntese, pela via do erotismo, das tendências europeizantes<br />

e nacionalistas do autor.<br />

Texto para as questões <strong>de</strong> 12 a 15.<br />

O áspero colosso<br />

A visão da cordilheira <strong>de</strong> arranha-céus intimida os<br />

que acabam <strong>de</strong> chegar, e quem chega pensando em ficar<br />

<strong>de</strong>scobre logo na entrada que o aviso do baiano Caetano<br />

Veloso num verso <strong>de</strong> Sampa vale para qualquer forasteiro:<br />

será um difícil começo. O áspero colosso provoca temores<br />

que a beleza hipnótica do Rio <strong>de</strong> Janeiro abranda; sugere<br />

perigos que o jeito oferecido <strong>de</strong> Salvador revoga. A sexta<br />

maior metrópole do planeta jamais sorri no primeiro<br />

encontro com <strong>de</strong>sconhecidos (às vezes não sorri nunca) e<br />

não consegue ser efusiva com ninguém. Mas tem vagas (e<br />

algum tipo <strong>de</strong> emprego à espera dos aprovados) para todos<br />

os que topam submeter-se ao teste <strong>de</strong> sobrevivência na<br />

cida<strong>de</strong> que completa 458 anos neste 25 <strong>de</strong> janeiro.<br />

(...)<br />

Augusto Nunes, Veja, 25/01/2012. Adaptado.<br />

12. O título da reportagem (―O áspero colosso‖) sintetiza a<br />

i<strong>de</strong>ia, predominante no texto, <strong>de</strong> que São Paulo é uma cida<strong>de</strong>,<br />

ao mesmo tempo, <strong>de</strong>scomunal e<br />

a) discriminante.<br />

b) tediosa.<br />

c) excêntrica.<br />

d) inacessível.<br />

e) inóspita.<br />

13. No texto, o conectivo ―Mas‖ (L. 12)<br />

a) contrapõe a exposição do que é inamistoso à do que<br />

é <strong>de</strong>safiador na cida<strong>de</strong>.<br />

b) expressa uma comparação entre os motivos que<br />

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causam assombro aos que chegam.<br />

c) antecipa a conclusão <strong>de</strong> que São Paulo não é afável com os<br />

que querem ficar.<br />

d) introduz um novo argumento para a discussão <strong>de</strong><br />

problemas que afligem a cida<strong>de</strong>.<br />

e) indica uma condição necessária para que os visitantes se<br />

sintam bem integrados.<br />

14. No texto da reportagem, ocorre o emprego <strong>de</strong> uma<br />

palavra própria da linguagem informal, que é<br />

a) ―forasteiro‖ (L. 5).<br />

b) ―oferecido‖ (L. 8).<br />

c) ―revoga‖ (L. 9).<br />

d) ―efusiva‖ (L. 12).<br />

e) ―topam‖ (L. 14).<br />

Para respon<strong>de</strong>r à questão 10, leia também as seguintes<br />

estrofes da música citada no artigo <strong>de</strong> Veja:<br />

Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto<br />

Chamei <strong>de</strong> mau gosto o que vi, <strong>de</strong> mau gosto, mau gosto<br />

É que Narciso acha feio o que não é espelho<br />

E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho<br />

Nada do que não era antes quando não somos mutantes<br />

E foste um difícil começo<br />

Afasto o que não conheço<br />

E quem vem <strong>de</strong> outro sonho feliz <strong>de</strong> cida<strong>de</strong><br />

Apren<strong>de</strong> <strong>de</strong>pressa a chamar-te <strong>de</strong> realida<strong>de</strong><br />

Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso<br />

15. Há convergência <strong>de</strong> sentido entre um trecho da<br />

reportagem <strong>de</strong> Veja e outro da letra <strong>de</strong> Sampa em<br />

a) ―a beleza hipnótica do Rio <strong>de</strong> Janeiro‖ (L. 7) / ―és o avesso<br />

do avesso do avesso do avesso‖(V. 10).<br />

b) ―provoca temores‖ (L. 6) / ―Apren<strong>de</strong> <strong>de</strong>pressa a chamar-te<br />

<strong>de</strong> realida<strong>de</strong>‖ (V. 9).<br />

c) ―vale para qualquer forasteiro‖ (L. 5) / ―Afasto o que não<br />

conheço‖ (V. 7).<br />

d) ―o jeito oferecido <strong>de</strong> Salvador‖ (L. 8) / ―outro sonho feliz<br />

<strong>de</strong> cida<strong>de</strong>‖ (V. 8).<br />

e) ―jamais sorri no primeiro encontro‖ (L. 10) / ―Chamei <strong>de</strong><br />

mau gosto o que vi‖ (V. 2).<br />

16. Observe o seguinte texto <strong>de</strong> uma propaganda <strong>de</strong><br />

automóvel:<br />

MAIS RÁPIDO DO QUE UMA BALA. MAIS RÁPIDO DO<br />

QUE UM RAIO. MENOS, VAMOS FICAR NO MAIS<br />

RÁPIDO DO QUE O CONCORRENTE.<br />

Texto para as questões 17 e 18<br />

NERVOS DE AÇO<br />

Futuro incerto<br />

A crise econômica é apenas um dos <strong>de</strong>safios que o setor<br />

si<strong>de</strong>rúrgico terá pela frente nos próximos anos.<br />

Revista América, 15/03/2009.<br />

17. A expressão ―Nervos <strong>de</strong> aço‖, no texto acima, <strong>de</strong>ve ser<br />

entendida em sentido<br />

a) literal.<br />

b) <strong>de</strong>notativo.<br />

c) próprio.<br />

d) objetivo.<br />

e) conotativo.<br />

18. Com base na relação <strong>de</strong> sentido entre as expressões<br />

―Nervos <strong>de</strong> aço‖ e ―setor si<strong>de</strong>rúrgico‖, o redator <strong>de</strong>sse texto<br />

obtém um recurso <strong>de</strong> estilo <strong>de</strong>nominado<br />

a) paradoxo.<br />

b) trocadilho.<br />

c) eufemismo.<br />

d) silepse.<br />

e) onomatopeia.<br />

Texto para a questão 19.<br />

Trecho 1: Nhenhem? Eu cacei onça, <strong>de</strong>mais. (...) Eu não<br />

mato mais onça, mato não. Onça meu parente.<br />

Trecho 2: Eu sou onça... Eu-onça! (...) Mecê acha que eu<br />

pareço onça? Mas tem horas em que eu pareço mais.<br />

Trecho 3: Hum, nhem? Cê fala que eu matei? Eu sou onça.<br />

Jaguaretê tio meu, irmão <strong>de</strong> minha mãe, tutira... Meus<br />

parentes! Meus parentes!<br />

Trecho 4: De repente, eh, eu oncei... Iá. (...) Levei pra o Papa<br />

— Gente. Papa gente, onça chefe, onço comeu jababora<br />

Gugué.<br />

Trecho 5: Mecê tá ouvindo, nhem? Tá aperceiando... Eu sou<br />

onça, não falei? Axi. Não falei — eu viro onça? Onça gran<strong>de</strong>,<br />

tubixaba.<br />

Trecho 6: Mecê brinca não, vira esse revólver pra lá. (...) Ói:<br />

cê quer me matar, ui?<br />

João Guimarães Rosa. Meu tio, o Iauaretê. In: Ficção<br />

completa. V. II. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 825-<br />

52.<br />

19. Com base nos trechos apresentados acima, julgue os itens<br />

seguintes e marque o que estiver correto.<br />

A palavra ―menos‖, no contexto, expressa<br />

a) um sentido oposto ao <strong>de</strong> ―mais‖, que intensifica o atributo a) A obra literária <strong>de</strong> João Guimarães Rosa é uma das<br />

principal do carro.<br />

gran<strong>de</strong>s realizações da literatura brasileira que tratam da<br />

b) uma restrição ao emprego <strong>de</strong> termos impróprios para<br />

urbanida<strong>de</strong>, sendo fortemente influenciada pelo recurso<br />

<strong>de</strong>screver o carro.<br />

literário da ironia macha<strong>dia</strong>na.<br />

c) uma inversão <strong>de</strong> sentido que caracteriza a linguagem <strong>de</strong>sse b) Guimarães Rosa, no trabalho metapoético com a<br />

tipo <strong>de</strong> texto.<br />

materialida<strong>de</strong> da linguagem, uma das bases da construção <strong>de</strong><br />

d) um modo usual <strong>de</strong> provocar, na oralida<strong>de</strong>, um<br />

sua ficção, rompe com os padrões morfossintáticos do<br />

abrandamento da expressão.<br />

português padrão.<br />

e) um <strong>de</strong>créscimo na qualificação <strong>de</strong> um carro em<br />

c) Em ―De repente, eh, eu oncei...‖ (trecho 4), o verbo,<br />

comparação com outro.<br />

criado a partir do substantivo <strong>de</strong>signativo <strong>de</strong> animal,<br />

remete a formas compatíveis com a morfologia<br />

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flexional do português e equivale, no que diz respeito ao<br />

sentido, à estrutura eu sou onça.<br />

d) O trecho ―Jaguaretê tio meu, irmão <strong>de</strong> minha mãe‖ (trecho<br />

3) mostra que o pronome possessivo, em função adjetiva,<br />

comporta-se, no português, como o adjetivo, que po<strong>de</strong> estar<br />

antes ou <strong>de</strong>pois do substantivo, sem que haja alteração <strong>de</strong><br />

sentido, como em um simples homem / um homem simples.<br />

e) No trecho ―Não falei — eu viro onça?‖ (trecho 5), o<br />

travessão po<strong>de</strong>ria ser substituído, sem prejuízo para o sentido<br />

e para a correção gramatical do texto, por dois-pontos.<br />

Texto para próxima questão.<br />

O Bicho<br />

Vi ontem um bicho<br />

Na imundície do pátio<br />

Catando comida entre os <strong>de</strong>tritos.<br />

Quando achava alguma coisa,<br />

Não examinava nem cheirava:<br />

Engolia com voracida<strong>de</strong>.<br />

O bicho não era um cão,<br />

Não era um gato,<br />

Não era um rato.<br />

O bicho, meu Deus, era um homem.<br />

Manuel Ban<strong>de</strong>ira. Estrela da vida inteira. São Paulo: Ática, p.<br />

134.<br />

20. Com base no poema acima e consi<strong>de</strong>rando aspectos e<br />

obras característicos do movimento literário em que se<br />

enquadram os poemas <strong>de</strong> Manuel Ban<strong>de</strong>ira, julgue os itens<br />

subsequentes.<br />

a) Assim como alguns poemas <strong>de</strong> Manuel Ban<strong>de</strong>ira, também<br />

a obra Vidas secas, <strong>de</strong> Graciliano Ramos, é conhecida pelo<br />

registro poético do coti<strong>dia</strong>no da cida<strong>de</strong>, no âmbito do<br />

primeiro período do Mo<strong>de</strong>rnismo brasileiro.<br />

b) A integração entre homem e natureza, <strong>de</strong>monstrada tanto<br />

em O Bicho quanto no romance Iracema, <strong>de</strong> José <strong>de</strong> Alencar,<br />

apoia-se no mesmo pressuposto: o homem se animaliza<br />

quando vivencia uma situação <strong>de</strong> abandono e miséria.<br />

c) O poema <strong>de</strong> Manuel Ban<strong>de</strong>ira inclui elementos do mundo<br />

animal, propondo uma visão i<strong>de</strong>alizada da relação que o<br />

homem mo<strong>de</strong>rno mantém com a natureza.<br />

d) Representativo do Mo<strong>de</strong>rnismo brasileiro, esse poema<br />

chama a atenção para o fato coti<strong>dia</strong>no e para o esforço <strong>de</strong><br />

tradução poética <strong>de</strong>sse fato por meio <strong>de</strong> uma linguagem<br />

burilada em formato clássico.<br />

e) O poema está organizado, nas duas primeiras estrofes,<br />

como uma narrativa, em linguagem metafórica, do<br />

comportamento do homem, o que potencializa o espanto<br />

registrado pelo narrador no último verso.<br />

gran<strong>de</strong> manifestação popular.<br />

Paulo Araújo. Internet:<br />

.<br />

Manifestação popular caracterizada por poesias<br />

escritas em folhetos, a literatura <strong>de</strong> cor<strong>de</strong>l originou-se na<br />

Europa em meados do século <strong>XII</strong>. Em Portugal, escritores<br />

amadores usavam cordões para pendurarem e divulgarem<br />

suas produções em lugares públicos. Com a vinda dos<br />

portugueses ao Brasil, a tradição <strong>de</strong> contar histórias<br />

disseminou-se pela região Nor<strong>de</strong>ste, tornando-se um dos<br />

símbolos da cultura e memória nor<strong>de</strong>stina.<br />

No início, como a maioria das pessoas não sabia ler<br />

e escrever, as poesias eram apenas <strong>de</strong>coradas e recitadas em<br />

feiras e praças. Mais tar<strong>de</strong>, passaram a ser impressas em<br />

folhetos, cujas capas eram ilustradas em xilogravura, e<br />

afirmaram-se como manifestação artística e popular nas<br />

décadas 60 e 70 do século passado.<br />

A importância do cor<strong>de</strong>l não se limita à literatura. O<br />

cor<strong>de</strong>l se expan<strong>de</strong> como registro histórico da cultura<br />

nor<strong>de</strong>stina, reverberando nas manifestações artísticas, tais<br />

como teatro, dança, cinema, música e artes visuais.<br />

21. Tendo como referências iniciais o texto e as figuras<br />

acima, julgue os itens abaixo e marque o correto.<br />

a) A arte <strong>de</strong> contar histórias é uma das formas mais recentes<br />

<strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> conhecimento. Nas histórias, estão<br />

presentes crenças, fantasias, bem como aspectos éticos,<br />

estéticos e morais <strong>de</strong> uma cultura.<br />

b) Como consequência da construção <strong>de</strong> Brasília e da<br />

interiorização do <strong>de</strong>senvolvimento do país, as décadas <strong>de</strong> 60<br />

e 70 do século passado foram marcadas pela valorização da<br />

cultura brasileira, como se verifica, sobretudo, no Cinema<br />

Novo, no teatro popular, nas artes visuais, na arquitetura, na<br />

música e na literatura <strong>de</strong> cor<strong>de</strong>l.<br />

c) No Brasil dos anos 20, os organizadores da Semana <strong>de</strong><br />

Arte Mo<strong>de</strong>rna expressaram evi<strong>de</strong>nte paradoxo: ao mesmo<br />

tempo em que <strong>de</strong>fen<strong>dia</strong>m a arte livre das amarras <strong>de</strong> um<br />

Texto para próxima questão.<br />

passado cultural dissociado do Brasil real, apoiavam o regime<br />

político vigente, por consi<strong>de</strong>rá-lo <strong>de</strong>mocrático e socialmente<br />

Preste atenção por favor<br />

justo.<br />

na história que vou contar<br />

d) A efervescência cultural que caracterizou o Brasil<br />

ela explica o que é cor<strong>de</strong>l<br />

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entre fins dos anos 50 do século XX e a primeira meta<strong>de</strong> da<br />

década <strong>de</strong> 60 inscreve-se em cenário mais amplo <strong>de</strong><br />

transformações no país e <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> política dos<br />

governos da época.<br />

e) Forma poética rica em situações dramatúrgicas e<br />

linguagem imagética, a literatura <strong>de</strong> cor<strong>de</strong>l, além <strong>de</strong><br />

influenciar outras manifestações artísticas, presta-se<br />

facilmente a adaptações para teatro, cinema e televisão.<br />

Texto para próxima questão.<br />

O emplasto<br />

Um <strong>dia</strong> <strong>de</strong> manhã, estando a passear na chácara,<br />

pendurou-se-me uma i<strong>de</strong>ia no trapézio que eu tinha no<br />

cérebro.<br />

Uma vez pendurada, entrou a bracejar, a pernear, a<br />

fazer as mais arrojadas cambalhotas. Eu <strong>de</strong>ixei-me estar a<br />

contemplá-la. Súbito, <strong>de</strong>u um gran<strong>de</strong> salto, esten<strong>de</strong>u os<br />

braços e as pernas, até tomar a forma <strong>de</strong> um X: <strong>de</strong>cifra-me ou<br />

<strong>de</strong>voro-te.<br />

Essa i<strong>de</strong>ia era nada menos que a invenção <strong>de</strong> um<br />

medicamento sublime, um emplasto anti-hipocondríaco,<br />

<strong>de</strong>stinado a aliviar a nossa melancólica humanida<strong>de</strong>.<br />

Na petição <strong>de</strong> privilégio que então redigi, chamei a<br />

atenção do governo para esse resultado, verda<strong>de</strong>iramente<br />

cristão. Todavia, não neguei aos amigos as vantagens<br />

pecuniárias que <strong>de</strong>viam resultar da distribuição <strong>de</strong> um<br />

produto <strong>de</strong> tamanhos e tão profundos efeitos. Agora, porém,<br />

que estou cá do outro lado da vida, posso confessar tudo: o<br />

que me influiu principalmente foi o gosto <strong>de</strong> ver impressas<br />

nos jornais, mostradores, folhetos, esquinas e, enfim, nas<br />

caixinhas do remédio, estas três palavras: Emplasto Brás<br />

Cubas. Para que negá-lo? Eu tinha a paixão do arruído, do<br />

cartaz, do foguete <strong>de</strong> lágrimas. Talvez os mo<strong>de</strong>stos me<br />

arguam esse <strong>de</strong>feito; fio, porém, que esse talento me hão <strong>de</strong><br />

reconhecer os hábeis. Assim, a minha i<strong>de</strong>ia trazia duas faces,<br />

como as medalhas, uma virada para o público, outra para<br />

mim. De um lado, filantropia e lucro; <strong>de</strong> outro, se<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

nomeada. Digamos: — amor da glória.<br />

Um tio meu, cônego <strong>de</strong> prebenda inteira, costumava<br />

dizer que o amor da glória temporal era a perdição das almas,<br />

que só <strong>de</strong>vem cobiçar a glória eterna. Ao que retorquia outro<br />

tio, oficial <strong>de</strong> um dos antigos terços <strong>de</strong> infantaria, que o amor<br />

da glória era a coisa mais verda<strong>de</strong>iramente humana que há no<br />

homem e, consequentemente, a sua mais genuína feição.<br />

Decida o leitor entre o militar e o cônego; eu volto<br />

ao emplasto.<br />

Machado <strong>de</strong> Assis. Memórias póstumas <strong>de</strong> Brás Cubas. Obra<br />

completa, v. I. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Nova Aguilar, 1992, p. 514-5<br />

(com adaptações).<br />

22. Com relação ao texto acima, à obra Memórias Póstumas<br />

<strong>de</strong> Brás Cubas e a aspectos por eles suscitados, julgue os<br />

itens e assinale a opção correta.<br />

a) O compromisso do narrador com a verda<strong>de</strong> dos fatos,<br />

honestida<strong>de</strong> <strong>de</strong>corrente da vida além-túmulo, e o seu<br />

interesse pela ciência e pela filosofia aproximam a narrativa<br />

<strong>de</strong> Memórias Póstumas <strong>de</strong> Brás Cubas da forma <strong>de</strong> narrar do<br />

Naturalismo, ou seja, da <strong>de</strong>scrição objetiva da realida<strong>de</strong>.<br />

b) As ―arrojadas cambalhotas‖ (R.4) da i<strong>de</strong>ia inventiva <strong>de</strong><br />

Brás Cubas relacionam-se à forma como Machado <strong>de</strong> Assis<br />

compôs esse romance, no qual o narrador intercala a narrativa<br />

<strong>de</strong> suas memórias com referências históricas acerca do Brasil.<br />

c) A narrativa das diferentes faces <strong>de</strong> uma mesma i<strong>de</strong>ia<br />

expressa a singularida<strong>de</strong> do realismo macha<strong>dia</strong>no, que<br />

ultrapassa as convenções realistas — focadas em <strong>de</strong>svelar as<br />

razões econômicas das causas humanitárias — e alcança<br />

dimensão mais profunda: a <strong>de</strong> <strong>de</strong>snudar o cinismo com que<br />

filantropia e lucro são reduzidos a caprichos do <strong>de</strong>funto autor<br />

em sua ―se<strong>de</strong> <strong>de</strong> nomeada‖ (R.24).<br />

d) A partir <strong>de</strong> Memórias Póstumas <strong>de</strong> Brás Cubas, o conjunto<br />

da obra macha<strong>dia</strong>na divi<strong>de</strong>-se em duas fases: a primeira é<br />

formada <strong>de</strong> obras construídas a partir da perspectiva do<br />

narrador-personagem associado à classe dominante local, a<br />

exemplo <strong>de</strong> Dom Casmurro; a segunda é constituída por<br />

obras em que o foco narrativo é em terceira pessoa e o tema<br />

revela interesse pela sorte dos pobres, como em Helena, por<br />

exemplo.<br />

e) Se consi<strong>de</strong>rada a noção <strong>de</strong> signo linguístico no trecho ―até<br />

tomar a forma <strong>de</strong> um X: <strong>de</strong>cifra-me ou <strong>de</strong>voro-te‖ (R.6),<br />

observa-se uma relação não arbitrária entre o significado <strong>de</strong><br />

―X‖ e o seu significante, assim como acontece com o signo<br />

―i<strong>de</strong>ia‖ no trecho ―a minha i<strong>de</strong>ia trazia duas faces, como as<br />

medalhas‖ (R.22).<br />

23. Leia a charge.<br />

É correto afirmar que a charge visa<br />

a) apoiar a atitu<strong>de</strong> dos alunos e propor a liberação geral da<br />

frequência às aulas.<br />

b) enaltecer a escola brasileira e homenagear o trabalho<br />

docente.<br />

c) indicar a <strong>de</strong>flagração <strong>de</strong> uma greve e incentivar a a<strong>de</strong>são a<br />

ela.<br />

d) recriminar os alunos e <strong>de</strong>clarar apoio à política<br />

educacional.<br />

e) criticar a situação atual do ensino e <strong>de</strong>nunciar a evasão<br />

escolar.<br />

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24. Leia os versos <strong>de</strong> Cecília Meireles, extraídos do poema<br />

Epigrama n.º 8.<br />

Encostei-me a ti, sabendo bem que eras somente onda.<br />

Sabendo bem que eras nuvem, <strong>de</strong>pus a minha vida em ti.<br />

Como sabia bem tudo isso, e <strong>de</strong>i-me ao teu <strong>de</strong>stino frágil,<br />

fiquei sem po<strong>de</strong>r chorar, quando caí.<br />

O eu lírico reconhece que a pessoa em quem <strong>de</strong>pôs sua vida<br />

representava<br />

a) uma relação incerta, por isso os <strong>de</strong>senganos vividos seriam<br />

inevitáveis.<br />

b) um sentimento intenso, por isso tinha certeza <strong>de</strong> que não<br />

sofreria.<br />

c) um caso <strong>de</strong> amor passageiro, por isso se sentia enganado.<br />

d) uma angústia inevitável, por isso seria melhor aquele<br />

amor.<br />

e) uma opção equivocada, por isso sempre teve medo <strong>de</strong><br />

amar.<br />

Leia os versos do poeta Manoel <strong>de</strong> Barros para respon<strong>de</strong>r<br />

à questão <strong>de</strong> números 25.<br />

1<br />

Descobri aos 13 anos que o que me<br />

dava prazer nas leituras não era a<br />

beleza das frases, mas a doença <strong>de</strong>las.<br />

2<br />

Respeito as oralida<strong>de</strong>s.<br />

Eu escrevo o rumor das palavras.<br />

Não sou san<strong>de</strong>u* <strong>de</strong> gramáticas.<br />

Só sei o nada aumentado.<br />

(Versos extraídos <strong>de</strong> O Livro das Ignorãças.)<br />

*tolo<br />

25. Os versos transcritos em 1 e 2 assinalam que o eu lírico<br />

a) se ressente das imposições das gramáticas, que<br />

comprometem a sua criativida<strong>de</strong>.<br />

b) reconhece a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer poesia, lembrando-se <strong>de</strong><br />

aten<strong>de</strong>r ao normativismo.<br />

c) con<strong>de</strong>na a expressão linguística que materializa textos sem<br />

a beleza das frases.<br />

d) propõe formas alternativas <strong>de</strong> expressão sem apegar-se ao<br />

rigor das normas gramaticais.<br />

e) busca a doença das palavras como forma <strong>de</strong> repensá-las e<br />

ajustá-las à i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> belo.<br />

26. O texto a seguir foi extraído <strong>de</strong> um romance brasileiro.<br />

A partir <strong>de</strong> sua leitura, é possível extrair traços que permitam<br />

i<strong>de</strong>ntificar o estilo literário a que pertence. Assinale a<br />

alternativa que indique esses traços e a escola a que o trecho<br />

po<strong>de</strong> ser filiado.<br />

Caía a tar<strong>de</strong>.<br />

No pequeno jardim da casa do Paquequer, uma linda moça se<br />

embalançava indolentemente numa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> palha presa aos<br />

ramos <strong>de</strong> uma acácia silvestre, que estremecendo <strong>de</strong>ixava cair<br />

algumas <strong>de</strong> suas flores miúdas e perfumadas.<br />

Os gran<strong>de</strong>s olhos azuis, meio cerrados, às vezes se abriam<br />

languidamente como para se embeberem <strong>de</strong> luz, e abaixavam<br />

<strong>de</strong> novo as pálpebras rosadas.<br />

Os lábios vermelhos e úmidos pareciam uma flor da gardênia<br />

dos nossos campos, orvalhada pelo sereno da noite; o hálito<br />

doce e ligeiro exalava-se formando um sorriso. Sua tez(1),<br />

alva e pura como um froco(2) <strong>de</strong> algodão, tingia-se nas faces<br />

<strong>de</strong> uns longes(3) cor-<strong>de</strong>-rosa, que iam, <strong>de</strong>smaiando, morrer<br />

no colo <strong>de</strong> linhas suaves e <strong>de</strong>licadas.<br />

O seu traje era do gosto mais mimoso e mais original que é<br />

possível conceber; mistura <strong>de</strong> luxo e simplicida<strong>de</strong>.<br />

Tinha sobre o vestido branco <strong>de</strong> cassa(4) um ligeiro saiote <strong>de</strong><br />

riço(5) azul apanhado à cintura por um broche; uma espécie<br />

<strong>de</strong> arminho(6) cor <strong>de</strong> pérola, feito com a penugem macia <strong>de</strong><br />

certas aves, orlava(7) o talho(8) e as mangas, fazendo realçar<br />

a alvura <strong>de</strong> seus ombros e o harmonioso contorno <strong>de</strong> seu<br />

braço arqueado sobre o seio.<br />

Os longos cabelos louros, enrolados negligentemente em<br />

ricas tranças, <strong>de</strong>scobriam a fronte alva, e caíam em volta do<br />

pescoço presos por uma presilha finíssima <strong>de</strong> fios <strong>de</strong> palha<br />

cor <strong>de</strong> ouro, feita com uma arte e perfeição admirável.<br />

A mãozinha afilada(9) brincava com um ramo <strong>de</strong> acácia que<br />

se curvava carregado <strong>de</strong> flores, e ao qual <strong>de</strong> vez em quando<br />

segurava-se para imprimir à re<strong>de</strong> uma doce oscilação.<br />

Notas: (1) pele; (2) floco; (3) tonalida<strong>de</strong>s suaves; (4) tecido<br />

fino; (5) tecido <strong>de</strong> lã: (6) tipo <strong>de</strong> agasalho; (7) enfeitava; (8)<br />

corte (do vestido); (9) fina.<br />

A) A sensualida<strong>de</strong> e animalização que se associam à<br />

personagem evi<strong>de</strong>nciam traços naturalistas.<br />

B) A construção <strong>de</strong> uma imagem urbanizada e cosmopolita<br />

da figura feminina <strong>de</strong>nuncia a estética mo<strong>de</strong>rnista.<br />

C) A colocação da personagem apenas como pretexto para<br />

tratar <strong>de</strong> aspectos da natureza revela o neoclassicismo.<br />

D) A imagem espiritualizada da mulher, <strong>de</strong> franca inspiração<br />

religiosa, aponta para a estética barroca.<br />

E) A i<strong>de</strong>alização da mulher e seu envolvimento harmonioso<br />

com a natureza brasileira permitem aproximar a imagem do<br />

Romantismo.<br />

COMENTÁRIO<br />

O trecho foi extraído do romance O guarani, <strong>de</strong> José <strong>de</strong><br />

Alencar (Parte I, capítulo V, ―Loura e morena‖). Nele, a<br />

caracterização da personagem segue os princípios típicos da<br />

estética romântica: <strong>de</strong>scritivismo, i<strong>de</strong>alização, associação<br />

com a natureza, requinte vocabular, expressivida<strong>de</strong><br />

sentimental e subjetiva.<br />

Resposta: E<br />

A tirinha a seguir serve <strong>de</strong> base para as questões 27 e 28.<br />

Observe-a com atenção:<br />

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27. Comparando a fala do primeiro balão com a do último, é<br />

correto afirmar que:<br />

A) há uma relação intertextual entre elas, embora haja<br />

diferenças <strong>de</strong> estrutura sintática entre uma e outra.<br />

B) sob o ponto <strong>de</strong> vista conceitual, a expressão ―lei da selva‖<br />

tem uma extensão mais ampla que ―lei da gravida<strong>de</strong>‖, que<br />

tem sentido especializado.<br />

C) a forma verbal ―Lamento‖ sugere a relação respeitosa que<br />

as personagens estabelecem entre si na tirinha.<br />

D) a conjunção ―mas‖ po<strong>de</strong>ria ser substituída, somente no<br />

primeiro quadrinho, por porém ou no entanto.<br />

E) a expressão ―lei da gravida<strong>de</strong>‖ não po<strong>de</strong> ser entendida,<br />

<strong>de</strong>vido ao contexto sarcástico, como um termo técnico da<br />

Física.<br />

COMENTÁRIO<br />

A expressão ―lei da selva‖ é uma gíria, um regionalismo<br />

brasileiro que remete à tese <strong>de</strong> que o mais forte po<strong>de</strong> impor<br />

sua vonta<strong>de</strong> aos mais fracos. No último quadrinho, essa<br />

expressão é substituída por ―lei da gravida<strong>de</strong>‖, que pertence<br />

ao universo teórico da Física e, como tal, apresenta maior<br />

precisão conceitual.<br />

Resposta: B<br />

28. A imagem no segundo quadrinho<br />

A) comprova que a lei da selva é válida em todas as<br />

situações.<br />

B) é incompatível com o que ocorreu no primeiro quadrinho.<br />

C) reforça o lamento do gato no começo da tirinha.<br />

D) permite ao rato fazer a observação que está no último<br />

balão.<br />

E) mostra a indignação do rato para com a postura do gato.<br />

COMENTÁRIO<br />

Quando, no segundo quadrinho, o gato quebra as telhas e cai,<br />

o rato po<strong>de</strong> fazer, no último quadrinho, o comentário <strong>de</strong> que a<br />

―lei da gravida<strong>de</strong>‖ é implacável. Assim, é a imagem da queda<br />

do felino que permite a piada no balão final da tirinha.<br />

Resposta: D<br />

29. O fragmento seguinte foi extraído do poema ―sida‖, do<br />

poeta português Al Berto. Seu título é a sigla da doença<br />

Síndrome <strong>de</strong> Imuno-Deficiência Adquirida — que no Brasil é<br />

<strong>de</strong>signada pelo correspon<strong>de</strong>nte em inglês AIDS.<br />

Leia-o e assinale a alternativa correta sobre ele:<br />

aqueles que têm nome e nos telefonam<br />

um <strong>dia</strong> emagrecem — partem<br />

<strong>de</strong>ixam-nos dobrados ao abandono<br />

no interior duma dor inútil muda<br />

e voraz<br />

A) Os versos usam <strong>de</strong> humor para falar <strong>de</strong> um tema <strong>de</strong>licado.<br />

B) O trecho trata da impotência humana <strong>dia</strong>nte da morte.<br />

C) O texto faz uma crítica moralista da podridão humana.<br />

D) O poema explora basicamente a <strong>de</strong>cepção amorosa.<br />

E) A crítica ao sistema <strong>de</strong> telemarketing mostra o caráter<br />

mo<strong>de</strong>rno do texto.<br />

COMENTÁRIO<br />

O poema ―sida‖ foi publicado em Horto <strong>de</strong> incêndio (Ed.<br />

Assírio & Alvim, 1997). Dele, retirou-se a primeira estrofe,<br />

na qual o autor expressa a tristeza <strong>dia</strong>nte do <strong>de</strong>saparecimento<br />

<strong>de</strong> amigos, perdidos para a morte — explicitada no próprio<br />

título.<br />

Resposta: B<br />

30. Textos para a questão<br />

Texto 1<br />

No meio das tabas <strong>de</strong> amenos verdores,<br />

Cercadas <strong>de</strong> troncos — cobertos <strong>de</strong> flores,<br />

Alteiam-se os tetos d‘altiva nação;<br />

São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,<br />

Temíveis na guerra, que em <strong>de</strong>nsas coortes<br />

Assombram das matas a imensa extensão.<br />

São rudos1, severos, se<strong>de</strong>ntos <strong>de</strong> glória,<br />

Já prélios2 incitam, já cantam vitória,<br />

Já meigos aten<strong>de</strong>m à voz do cantor:<br />

São todos Timbiras, guerreiros valentes!<br />

Seu nome lá voa na boca das gentes,<br />

Condão3 <strong>de</strong> prodígios, <strong>de</strong> glória e terror!<br />

(DIAS, Gonçalves. ―I-Juca-Pirama‖.)<br />

Notas: 1) ru<strong>de</strong>s; 2) guerras; 3) po<strong>de</strong>r (entenda-se: o nome<br />

―Timbiras‖ teria o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> evocar a fama <strong>de</strong><br />

―prodígios, <strong>de</strong> glória e terror‖ atribuída a essa nação<br />

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O Cursinho da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFC Enem – <strong>2º</strong> Dia<br />

indígena).<br />

Texto 2<br />

No fundo, que vem a ser o magnífico ―I-Juca-Pirama‖? É a<br />

i<strong>de</strong>alização das próprias virtu<strong>de</strong>s heróicas da nossa raça, não<br />

no complexo dos sentimentos que ali se exaltam, a das do<br />

índio — ser tão ru<strong>de</strong>, tão elementar, símbolo da<br />

incongruência moral.<br />

Sabemos perfeitamente e já o sabiam os <strong>de</strong>scobridores: ele é<br />

uma criança que se ven<strong>de</strong> ou ven<strong>de</strong> os seus por um<br />

espelhinho, um berimbau ou um metro <strong>de</strong> baeta1. Isolado<br />

sempre foi assim, e hoje coletivamente o é, nas malocas <strong>de</strong><br />

pobre vencido, <strong>de</strong>scrido2, muitas vezes reduzido a um bicho<br />

abjeto3, hidrópico4, por efeito do paludismo5, nas regiões<br />

ribeirinhas on<strong>de</strong> o mosquito anda em nuvens.<br />

(VÍTOR, Nestor. ―Macunaíma, o herói sem nenhum caráter‖.<br />

O Globo: Rio <strong>de</strong> Janeiro, 8/10/1928.)<br />

Notas: 1) tecido <strong>de</strong> algodão; 2) <strong>de</strong>sacreditado; 3) <strong>de</strong>sprezível;<br />

4) portador <strong>de</strong> moléstia que se caracteriza pelo inchaço<br />

resultante da retenção <strong>de</strong> líquidos no organismo; 5) malária.<br />

Leia as asserções seguintes:<br />

I. Os dois textos apresentam visões bem diferentes a<br />

propósito da cultura e da condição dos povos indígenas.<br />

II. O Texto 1 é um fragmento <strong>de</strong> poema que i<strong>de</strong>aliza o índio<br />

como herói, <strong>de</strong> acordo com a visão típica do Romantismo,<br />

embora tal visão se baseie numa característica fundamental<br />

da cultura indígena: a <strong>de</strong> ser uma cultura <strong>de</strong> povos guerreiros.<br />

III. O Texto 2 é um fragmento <strong>de</strong> crítica literária que<br />

apresenta a cultura dos povos indígenas e a condição do índio<br />

tal como se configuram <strong>de</strong> fato na vida real, <strong>de</strong> acordo com<br />

uma visão neutra e, até hoje, cientificamente válida.<br />

IV. O Texto 2 compreen<strong>de</strong> a cultura e a condição dos índios<br />

<strong>de</strong> modo preconceituoso, embora se fundamente em<br />

observações que po<strong>de</strong>m correspon<strong>de</strong>r, parcialmente, à<br />

condição <strong>de</strong>gradada a que foram submetidos os povos<br />

indígenas no Brasil ao longo da história.<br />

É(são) correta(s) a(s) asserção(ões):<br />

A) Apenas I e IV.<br />

B) Apenas II, III e IV.<br />

C) Apenas I, II e IV.<br />

D) Nenhuma, exceto a I.<br />

E) A II, exclusivamente.<br />

COMENTÁRIO<br />

Apesar <strong>de</strong> apresentar um retrato que, parcialmente, po<strong>de</strong>ria<br />

correspon<strong>de</strong>r a situações reais, a asserção III apresenta uma<br />

visão antropológica eurocêntrica e, i<strong>de</strong>ologicamente,<br />

<strong>de</strong>formada pelos preconceitos culturais herdados do<br />

cientificismo do século XIX, que se apóia em teorias que<br />

consi<strong>de</strong>ravam os índios, no suposto processo evolutivo das<br />

socieda<strong>de</strong>s humanas, como ―crianças‖ <strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong><br />

congruência moral. Tal visão não po<strong>de</strong> ser caracterizada,<br />

hoje, como científica e, muito menos, neutra.<br />

Resposta: C<br />

31. O texto a seguir pertence ao livro Infância (1945), <strong>de</strong><br />

Graciliano Ramos. Leia-o e assinale a alternativa correta<br />

sobre ele.<br />

O ponto <strong>de</strong> reunião e fuxicos era a sala <strong>de</strong> jantar, que, por<br />

duas portas, olhava o alpendre(1) e a cozinha. Como falavam<br />

muito alto, as pessoas se enten<strong>dia</strong>m facilmente <strong>de</strong> uma peça<br />

para outra. Nos feixes <strong>de</strong> lenha arrumados junto ao fogão, na<br />

prensa <strong>de</strong> farinha, nos bancos duros que la<strong>de</strong>avam a mesa, a<br />

gente se sentava e ouvia as emboanças(2) do criado, um<br />

caboclo besta e palrador(3). Rosenda lava<strong>de</strong>ira cachimbava e<br />

engomava roupa numa tábua. (…)<br />

Vivíamos todos em gran<strong>de</strong> mistura — e a sala <strong>de</strong> visitas era<br />

inútil, com as ca<strong>de</strong>iras pretas <strong>de</strong>socupadas, uma litografia(4)<br />

<strong>de</strong> S. João Batista e uma do inferno, o pequeno espelho <strong>de</strong><br />

cristal que Amâncio, afilhado <strong>de</strong> meu pai, trouxera do Rio ao<br />

<strong>de</strong>ixar o exército no posto <strong>de</strong> sargento.<br />

Notas: (1) varanda coberta; (2) conversas sem importância;<br />

(3) falante; (4) espécie <strong>de</strong> pintura.<br />

A) No trecho, o narrador estabelece uma relação contrastante<br />

entre dois espaços domésticos distintos.<br />

B) Ao afirmar que a sala <strong>de</strong> jantar ―olhava o alpendre e a<br />

cozinha‖, o narrador cria uma metáfora da vigilância<br />

opressiva e autoritária sobre empregados.<br />

C) A inutilida<strong>de</strong> atribuída à sala <strong>de</strong> visitas se explica pela<br />

condição <strong>de</strong> recolhimento em que vive a família do narrador,<br />

fechada em si mesma.<br />

D) O narrador se coloca em uma postura objetiva,<br />

estabelecendo um distanciamento em relação ao espaço<br />

retratado.<br />

E) A separação nítida entre espaços <strong>de</strong> patrões e <strong>de</strong><br />

empregados funciona como evidência e <strong>de</strong>núncia do elitismo<br />

característico da família patriarcal nor<strong>de</strong>stina.<br />

COMENTÁRIO<br />

O trecho foi extraído do capítulo ―Padre João Inácio‖, <strong>de</strong><br />

Infância, <strong>de</strong> Graciliano Ramos. Nele, o narrador <strong>de</strong>screve<br />

dois ambientes, a sala <strong>de</strong> jantar (primeiro parágrafo) e a <strong>de</strong><br />

visitas (segundo parágrafo). Esta última é <strong>de</strong>scrita como<br />

―inútil‖, por se distanciar <strong>de</strong> sua função original <strong>de</strong> ambiente<br />

<strong>de</strong> convívio e <strong>de</strong> trocas afetivas — função cumprida, segundo<br />

o texto, pela sala <strong>de</strong> jantar, ―ponto <strong>de</strong> reunião‖ e lugar on<strong>de</strong><br />

―a gente se sentava ouvindo as emboanças do criado‖.<br />

Resposta: A<br />

Textos para as questões 32 e 33.<br />

Leia atentamente a tira do cartunista Laerte, publicada no<br />

jornal Folha <strong>de</strong> S. Paulo <strong>de</strong> 25/03/2009, e a letra da canção<br />

―Maracangalha‖, criada pelo compositor baiano Dorival<br />

Caymmi em 1956.<br />

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Maracangalha - Dorival Caymmi<br />

Eu vou pra Maracangalha<br />

Eu vou!<br />

Eu vou <strong>de</strong> uniforme branco<br />

Eu vou!<br />

Eu vou <strong>de</strong> chapéu <strong>de</strong> palha<br />

Eu vou!<br />

Eu vou convidar Anália<br />

Eu vou!<br />

Se Anália não quiser ir<br />

Eu vou só!<br />

Eu vou só!<br />

Eu vou só!<br />

Se Anália não quiser ir<br />

Eu vou só!<br />

Eu vou só!<br />

Eu vou só sem Anália<br />

Mas eu vou!...<br />

Eu vou só!...<br />

32. Aponte a alternativa incorreta a respeito dos dois textos:<br />

A) Embora utilize uma outra linguagem, a tira estabelece<br />

uma clara relação intertextual com o conteúdo da canção,<br />

pois toma como reais as ações que o eu lírico da canção<br />

imaginara para seu futuro ime<strong>dia</strong>to.<br />

B) Há uma evi<strong>de</strong>nte correspondência entre o sétimo verso da<br />

canção e o segundo quadrinho da tira.<br />

C) Há uma evi<strong>de</strong>nte correspondência entre o primeiro verso<br />

da canção e o último quadrinho da tira.<br />

D) A tira reconstrói a situação a que a canção se refere num<br />

cenário mais contemporâneo, conferindo um aspecto mais<br />

atual a elementos como os mencionados no terceiro e no<br />

quinto verso da canção.<br />

E) As afirmações contidas nos cinco versos finais da canção<br />

são <strong>de</strong>smentidas pelo último quadrinho da tira.<br />

COMENTÁRIO<br />

Não há na tira nenhum indício <strong>de</strong> que a personagem<br />

masculina <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> embarcar no ônibus que está prestes a<br />

partir. Ao contrário, como a relação intertextual que se<br />

estabelece entre os textos é <strong>de</strong> acordo, fica sugerido que a<br />

personagem irá para Maracangalha mesmo que não consiga<br />

fazer o convite para Anália, tal como planejara.<br />

Resposta: E<br />

33. O terceiro verso da letra da canção <strong>de</strong> Caymmi aparece<br />

em algumas fontes <strong>de</strong> consulta grafado da seguinte maneira:<br />

―Eu vou <strong>de</strong> liforme branco‖<br />

Observe os comentários a seguir a respeito dos textos:<br />

I. A grafia ―liforme‖ busca imitar uma pronúncia popular <strong>de</strong><br />

uniforme, reforçando o efeito <strong>de</strong> oralida<strong>de</strong> produzido por<br />

meio <strong>de</strong> formas como ―pra‖ e pelas frases curtas e repetidas.<br />

II. Os traços <strong>de</strong> coloquialida<strong>de</strong> presentes na canção<br />

colaboram para criar um efeito <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>, uma impressão <strong>de</strong><br />

sincerida<strong>de</strong> do poeta, o que é um traço dos textos em que<br />

predomina a função emotiva.<br />

III. As manifestações <strong>de</strong> euforia do eu lírico na canção ce<strong>de</strong>m<br />

lugar, na tirinha, para o pressentimento da personagem<br />

masculina, que está prestes a ver frustrada a sua aspiração <strong>de</strong><br />

viajar com Anália.<br />

Po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados corretos os comentários:<br />

A) II, apenas.<br />

B) I e II, apenas.<br />

C) I e III, apenas.<br />

D) II e III, apenas.<br />

E) I, II e III.<br />

COMENTÁRIO<br />

Os três comentários estão corretos. A grafia ―liforme‖, não<br />

admitida pela norma padrão, realmente se aproxima da<br />

pronúncia popular da palavra, reforçando o efeito <strong>de</strong><br />

oralida<strong>de</strong> da canção, na qual é evi<strong>de</strong>nte a exploração do<br />

universo emotivo do eu lírico, que expõe sua alegria eufórica<br />

<strong>dia</strong>nte da expectativa <strong>de</strong> ir para Maracangalha no futuro<br />

ime<strong>dia</strong>to. Na tira, predomina a apreensão do personagem que<br />

quer urgentemente fazer contato com Anália, que não estava<br />

em casa.<br />

Resposta: E<br />

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Texto para a questão 34<br />

34. A charge acima, do cartunista Benett, foi publicada no<br />

jornal Gazeta do Povo em 29/12/2008. Marque a alternativa<br />

que a analisa equivocadamente:<br />

A) A figura da caveira com a foice na mão representa o tema<br />

da morte.<br />

B) Quando a caveira sai <strong>de</strong> férias, significa que o contexto é<br />

<strong>de</strong> paz.<br />

C) A caveira sempre está <strong>de</strong> plantão, já que sempre ocorrem<br />

mortes.<br />

D) Quando a caveira está <strong>de</strong> plantão o quadro é <strong>de</strong> guerra.<br />

E) A charge faz alusão à guerra entre palestinos e ju<strong>de</strong>us.<br />

COMENTÁRIO<br />

É verda<strong>de</strong> que sempre ocorrem mortes. Mas num quadro <strong>de</strong><br />

guerra, elas são mais freqüentes do que num quadro <strong>de</strong> paz.<br />

Por isso, no contexto, o fato <strong>de</strong> a caveira estar <strong>de</strong> plantão<br />

significa que irá trabalhar mais, porque ocorrerão mais<br />

mortes. A placa indicando ―Gaza‖, local em que moram<br />

palestinos, contextualiza a charge, apontando a zona <strong>de</strong><br />

conflito com os ju<strong>de</strong>us. Em 2008, o conflito se acentuou e foi<br />

<strong>de</strong>flagrada uma guerra entre eles, a que Benett faz alusão.<br />

Resposta: C<br />

Texto para a questão 35<br />

35. Conforme noticiado pelo jornal O Estado <strong>de</strong> S. Paulo <strong>de</strong><br />

2/5/2009 (p. B5), em conversa <strong>de</strong> Luiz Inácio Lula da Silva<br />

com diretores da Petrobras num evento comemorativo ―do<br />

início da exploração do petróleo abaixo da camada <strong>de</strong> Sal, na<br />

área <strong>de</strong> Tupi — maior reserva <strong>de</strong>scoberta no mundo nos<br />

últimos 30 anos —―, o presi<strong>de</strong>nte se expressou nos seguintes<br />

termos (com <strong>de</strong>staques nossos):<br />

―Gente, estou aqui falando da nova era que tem início hoje,<br />

falando <strong>de</strong> uma transcendência incomensurável. (...) Vocês<br />

estão acreditando que estou dizendo isso? Nem eu estou<br />

crendo em mim mesmo. Agora há pouco falei<br />

concomitantemente, daqui a pouco vou falar en passant e<br />

ainda nem usei o sine qua non. Para quem tomou posse<br />

falando menas laranja tá bom <strong>de</strong>mais.‖<br />

Sobre os comentários <strong>de</strong> Lula, assinale a afirmativa incorreta:<br />

A) Numa primeira leitura, tem-se a impressão <strong>de</strong> que o<br />

anafórico isso tem como referência a gran<strong>de</strong> importância do<br />

momento histórico que motivou o evento.<br />

B) Numa leitura mais atenta, percebe-se que isso tem como<br />

referência a expressão ―transcendência incomensurável‖,<br />

configurando uso <strong>de</strong> metalinguagem.<br />

C) O próprio presi<strong>de</strong>nte faz humor sobre o grau <strong>de</strong><br />

sofisticação que alcançou em matéria <strong>de</strong> linguagem.<br />

D) Lula faz uma mistura inaceitável <strong>de</strong> variantes lingüísticas,<br />

ao juntar a expressão ―menas laranja‖ com ―transcendência<br />

incomensurável‖.<br />

E) Entre ―concomitantemente‖, ―en passant‖ (do francês;<br />

―por alto‖, ―ligeiramente‖) e ―sine qua non‖ (do latim;<br />

―indispensável‖, ―imprescindível‖), nota-se uma gradação<br />

ascen<strong>de</strong>nte, orientada para o mais sofisticado.<br />

COMENTÁRIO<br />

Consi<strong>de</strong>rando a intenção evi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> fazer humor e <strong>de</strong><br />

estabelecer uma relação <strong>de</strong> informalida<strong>de</strong>, a mistura <strong>de</strong><br />

variantes se justifica.<br />

Resposta: D<br />

Texto para as questões 36 e 37<br />

Modos <strong>de</strong> xingar<br />

Biltre!<br />

— O quê?<br />

— Biltre! Sacripanta!<br />

— Traduz isso para português.<br />

— Traduzo coisa nenhuma. Além do mais, charro! Onagro!<br />

Parei para escutar. As palavras estranhas jorravam do interior<br />

<strong>de</strong> um Ford <strong>de</strong> bigo<strong>de</strong>. Quem as proferia era um senhor<br />

idoso, terno escuro, fisionomia respeitável, alterada pela<br />

indignação. Quem as recebia era um garotão <strong>de</strong> camisa<br />

esporte; <strong>de</strong>ntes clarinhos emergindo da floresta capilar, no<br />

interior <strong>de</strong> um fusca. Desses casos <strong>de</strong> toda hora: o fusca bateu<br />

no Ford. Discussão. Bate-boca. O velho usava o repertório <strong>de</strong><br />

xingamentos <strong>de</strong> seu tempo e <strong>de</strong> sua condição: professor,<br />

quem sabe? Leitor <strong>de</strong> Camilo Castelo Branco. Os velhos<br />

xingamentos. Pessoas havia que se recusavam a usar o trivial<br />

das ruas e botequins, e iam pedir a Rui Barbosa, aos mestres<br />

da língua, expressões que castigassem fortemente o<br />

adversário (…). ―Ladrão‖, simplesmente, não convencia.<br />

Adotavam-se formas sofisticadas, como ―ladravaz‖,<br />

―ladroaço‖. Muitos preferiam ―larápio‖ (…)<br />

(Carlos Drummond <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, As palavras que ninguém<br />

diz. Record: Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1997, p. 23-24.)<br />

36. A função da linguagem predominante no texto é a:<br />

A) emotiva, já que a crônica exprime a subjetivida<strong>de</strong> do<br />

cronista, por meio <strong>de</strong> adjetivos e da 1ª pessoa do singular.<br />

B) apelativa, uma vez que o cronista indiretamente pe<strong>de</strong> ao<br />

leitor que não use palavras difíceis.<br />

C) referencial, visto que conta uma história com objetivida<strong>de</strong>,<br />

usando a 3ª pessoa e palavras <strong>de</strong> sentido <strong>de</strong>notativo.<br />

D) metalingüística, porque reflete sobre o próprio código, no<br />

caso, os diferentes usos da língua.<br />

E) poética, pois foi escrita pelo poeta Carlos Drummond <strong>de</strong><br />

Andra<strong>de</strong>, preocupado com a construção expressiva da<br />

mensagem.<br />

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COMENTÁRIO<br />

A crônica, a começar pelo título, é uma reflexão sobre a<br />

linguagem — mais especificamente, sobre as diferentes<br />

maneiras <strong>de</strong> usar a língua. A função metalingüística se<br />

caracteriza pela reflexão sobre o próprio código: a linguagem<br />

sendo usada para fazer comentários sobre a própria<br />

linguagem.<br />

Resposta: D<br />

37. Marque a alternativa que analisa corretamente as<br />

referências do texto às variantes lingüísticas:<br />

A) ―Biltre‖ e ―sacripanta‖ não são formas antigas <strong>de</strong><br />

xingamento.<br />

B) ―Ladravaz‖ é um xingamento mais ofensivo do que<br />

―ladrão‖.<br />

C) ―Charro‖ e ―onagro‖ são modos <strong>de</strong> xingar utilizados tanto<br />

por jovens quanto por idosos.<br />

D) Os modos <strong>de</strong> xingar não variam conforme a ida<strong>de</strong> e a<br />

condição social <strong>de</strong> quem xinga.<br />

E) Pelo modo <strong>de</strong> xingar é possível imaginar a ida<strong>de</strong> e a<br />

condição social do falante.<br />

COMENTÁRIO<br />

O trecho ―o velho usava o repertório <strong>de</strong> xingamentos <strong>de</strong> seu<br />

tempo e <strong>de</strong> sua condição social: professor, quem sabe? Leitor<br />

<strong>de</strong> Camilo Castelo Branco‖ indica que as maneiras <strong>de</strong> xingar<br />

variam conforme a ida<strong>de</strong> e a condição social <strong>de</strong> quem xinga:<br />

uma pessoa mais velha e <strong>de</strong> mais cultura, no caso, usa um<br />

léxico mais sofisticado, um vocabulário mais pomposo.<br />

Resposta: E<br />

38. Texto para a questão<br />

O texto a seguir foi extraído <strong>de</strong> uma novela do escritor<br />

francês George Perec e relata uma passagem da biografia<br />

fictícia <strong>de</strong> um ―self-ma<strong>de</strong> man‖ alemão que fez fortuna na<br />

América como cervejeiro e tornou-se gran<strong>de</strong> colecionador <strong>de</strong><br />

arte.<br />

Hermann Raffke sabia convenientemente que não conhecia<br />

gran<strong>de</strong> coisa <strong>de</strong> pintura, fosse antiga ou mo<strong>de</strong>rna. Seu gosto<br />

pessoal o levaria <strong>de</strong> bom grado a adquirir somente quadros<br />

com motivos históricos ou cenas <strong>de</strong> gênero sobre assuntos<br />

reconfortantes, mas <strong>de</strong>sconfiava <strong>de</strong> seu gosto pessoal, pelo<br />

menos no que respeita a constituir uma coleção que faria<br />

empali<strong>de</strong>cer <strong>de</strong> raiva os Tompkins e os Dillman, e por isso<br />

resolveu buscar conselho. Dos cerca <strong>de</strong> duzentos quadros que<br />

trouxera da Europa, apenas vinte — os que chamava <strong>de</strong><br />

Lieblingssün<strong>de</strong>n, isto é, seus pecadilhos — foram comprados<br />

diretamente por ele e correspon<strong>dia</strong>m a suas preferências<br />

secretas. Os <strong>de</strong>mais foram adquiridos por intermédio <strong>de</strong><br />

conselheiros. ―Os mais eminentes críticos, os peritos mais<br />

escrupulosos, os historiadores <strong>de</strong> arte mais circunspectos<br />

serão os responsáveis e os abonadores <strong>de</strong> minha coleção, que<br />

graças a eles será uma das mais belas dos Estados Unidos da<br />

América‖, escreveu à mulher em 1875, quando cruzava pela<br />

primeira vez o Atlântico a bordo do S. S. Kaiser Wilhelm <strong>de</strong>r<br />

Grosse. E bem parece que seguiu cegamente seus conselhos.<br />

(A coleção particular. 2ª ed. Trad. Ivo Barroso. São Paulo:<br />

Cosac Naify, 2005, p. 37-38.)<br />

Do texto, <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>-se que:<br />

A) os conselheiros <strong>de</strong> Hermann Raffke <strong>de</strong>sconfiavam do<br />

gosto do cervejeiro para as artes.<br />

B) provavelmente existia entre o cervejeiro e os Tompkins e<br />

os Dillman algum tipo <strong>de</strong> competição relacionada a obras <strong>de</strong><br />

arte.<br />

C) todos os ―quadros com motivos históricos e cenas <strong>de</strong><br />

gênero sobre assuntos reconfortantes‖ eram consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong><br />

bom gosto pelo cervejeiro.<br />

D) os quadros que Raffke chamava <strong>de</strong> ―seus pecadilhos‖<br />

compunham a mais bela coleção dos Estados Unidos da<br />

América.<br />

E) os duzentos quadros da coleção <strong>de</strong> Raffke foram<br />

transportados da Alemanha para os Estados Unidos a bordo<br />

do S.S. Kaiser Wilhelm <strong>de</strong>r Grosse em 1875.<br />

COMENTÁRIO<br />

Os Tompkins e os Dillman não empali<strong>de</strong>ceriam <strong>de</strong> raiva ante<br />

uma requintada coleção <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> arte se não tivessem<br />

algum tipo <strong>de</strong> envolvimento com esse universo, no qual o<br />

cervejeiro preten<strong>dia</strong> se <strong>de</strong>stacar com a ajuda <strong>de</strong> especialistas.<br />

Resposta: B<br />

39. Textos para a questão<br />

Texto 1<br />

Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo,<br />

não os olhos, mas uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> portas e janelas<br />

alinhadas. (...) Sentia-se naquela fermentação sanguínea,<br />

naquela gula viçosa <strong>de</strong> plantas rasteiras que mergulham o pé<br />

na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal <strong>de</strong> existir, a<br />

triunfante sensação <strong>de</strong> respirar sobre a terra. Da porta da<br />

venda que dava para o cortiço iam e vinham como formigas,<br />

fazendo compras.<br />

(Aluísio Azevedo. O cortiço. São Paulo: Ática, 1989, p. 28-<br />

9.)<br />

Texto 2<br />

Aliás, o cortiço andava no ar, excitado pela festa, alvoroçado<br />

pelo jantar, que eles apressavam para se dirigirem a Montsou.<br />

Grupos <strong>de</strong> crianças corriam, homens em mangas <strong>de</strong> camisa<br />

arrastavam chinelos com o gingar dos <strong>dia</strong>s <strong>de</strong> repouso. As<br />

janelas e as portas escancaradas por causa do tempo quente<br />

<strong>de</strong>ixavam ver a correnteza das salas, transbordando em<br />

gesticulações e em gritos o formigueiro das famílias.<br />

(Émile Zola. Germinal. São Paulo: Nova Cultural, 1996, p.<br />

136.)<br />

Texto 3<br />

Aluísio Azevedo certamente se inspirou em L‘Assommoir (A<br />

Taberna), <strong>de</strong> Émile Zola, para escrever O Cortiço (1890), e<br />

por muitos aspectos seu texto é um texto segundo, que<br />

tomou <strong>de</strong> empréstimo não apenas a idéia <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver<br />

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a vida do trabalhador pobre no quadro <strong>de</strong> um cortiço, mas um<br />

bom número <strong>de</strong> pormenores, mais ou menos importantes.<br />

Mas, ao mesmo tempo, Aluísio quis reproduzir e interpretar a<br />

realida<strong>de</strong> que o cercava e sob esse aspecto elaborou um texto<br />

primeiro. Texto primeiro na medida em que filtra o meio;<br />

texto segundo na medida em que vê o meio com lentes <strong>de</strong><br />

empréstimo. Se pu<strong>de</strong>rmos marcar alguns aspectos <strong>de</strong>ssa<br />

interação, talvez possamos esclarecer como, em um país<br />

sub<strong>de</strong>senvolvido, a elaboração <strong>de</strong> um mundo ficcional<br />

coerente sofre <strong>de</strong> maneira acentuada o impacto dos textos<br />

feitos nos países centrais e, ao mesmo tempo, a solicitação<br />

imperiosa da realida<strong>de</strong> natural e social ime<strong>dia</strong>ta.<br />

(Antonio Candido. ―De cortiço a cortiço‖. In: O discurso e a<br />

cida<strong>de</strong>. São Paulo / Rio <strong>de</strong> Janeiro: Ouro sobre Azul, 1004,<br />

p.106-7/128-9, com adaptações.)<br />

Assinale a opção em que a relação intertextual entre O<br />

Cortiço e Germinal (textos 1 e 2, respectivamente) é<br />

interpretada pela perspectiva crítica apresentada no texto 3,<br />

<strong>de</strong> Antonio Candido, acerca da ligação entre a obra <strong>de</strong><br />

Aluísio Azevedo e a <strong>de</strong> Émile Zola.<br />

A) O texto <strong>de</strong> Aluísio Azevedo é um texto primeiro em<br />

relação ao <strong>de</strong> Zola porque foi escrito anteriormente e<br />

influenciou a produção naturalista do escritor francês.<br />

B) A relação <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> entre o texto <strong>de</strong> Azevedo e o <strong>de</strong><br />

Zola evi<strong>de</strong>ncia que o diálogo entre os textos <strong>de</strong>svincula-os da<br />

realida<strong>de</strong> social em que foram produzidos.<br />

C) O texto <strong>de</strong> Aluísio Azevedo, por suas condições <strong>de</strong><br />

produção, está submetido ao mo<strong>de</strong>lo naturalista europeu, ao<br />

mesmo tempo em que aten<strong>de</strong> a <strong>de</strong>mandas da realida<strong>de</strong><br />

nacional.<br />

D) O Cortiço é um texto segundo em relação ao texto <strong>de</strong> Zola<br />

porque é, sobretudo, uma mera duplicação do mo<strong>de</strong>lo<br />

literário francês e da realida<strong>de</strong> social das classes operárias<br />

européias.<br />

E) A presença <strong>de</strong> elementos do Naturalismo francês em O<br />

Cortiço é indicativa da troca cultural que ocorre no espaço do<br />

intertexto, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente das realida<strong>de</strong>s locais <strong>de</strong><br />

produção.<br />

COMENTÁRIO<br />

Tanto L‘Assommoir (1877), <strong>de</strong> Émile Zola, como O cortiço<br />

(1890), <strong>de</strong> Aluísio Azevedo, narram histórias <strong>de</strong><br />

trabalhadores pobres, alguns miseráveis, amontoados numa<br />

habitação coletiva. Como no romance francês, um elemento<br />

central da narrativa <strong>de</strong> O cortiço é a <strong>de</strong>gradação motivada<br />

pela promiscuida<strong>de</strong>. Lá, agravada pelo álcool; aqui, também<br />

pelo sexo e a violência. O cortiço é tematicamente mais<br />

variado, porque Aluísio concentrou no mesmo livro uma<br />

série <strong>de</strong> problemas e ousa<strong>dia</strong>s que Zola dispersou entre os<br />

vários romances da sua obra cíclica — a série dos Rougon-<br />

Macquart. Isso não impe<strong>de</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> traços comuns<br />

às duas obras: em ambos sobressaem as lava<strong>de</strong>iras e sua<br />

faina, inclusive com uma briga homérica entre duas <strong>de</strong>las.<br />

Em ambos um regabofe triunfal serve <strong>de</strong> ocasião para um<br />

encontro <strong>de</strong> futuros amantes, cujas conseqüências serão<br />

<strong>de</strong>cisivas. Em ambos há um policial solene, morador do<br />

cortiço, on<strong>de</strong> é uma espécie <strong>de</strong> inofensiva caricatura da lei,<br />

embora os <strong>de</strong>stinos respectivos sejam muito diferentes. O<br />

cortiço é mais abrangente que L‘Assommoir, especialmente<br />

porque Aluísio foi buscar sugestões não apenas neste, mas<br />

em outros livros <strong>de</strong> Émile Zola: Nana (1880), Germinal<br />

(1885), La Joie <strong>de</strong> Vivre (1884), talvez La Curée (1872), sem<br />

dúvida Pot-Bouille (1882), que serviu até certo ponto para<br />

<strong>de</strong>screver a vida no rico sobrado vizinho e suas torpezas,<br />

como L‘Assommoir serviu para <strong>de</strong>screver a vida na habitação<br />

coletiva.<br />

Resposta: C<br />

40. Texto para a questão<br />

CAPÍTULO 125 — EPITÁFIO<br />

AQUI JAZ<br />

D. EULÁLIA DAMASCENO DE BRITO<br />

MORTA<br />

AOS DEZENOVE ANOS DE IDADE<br />

ORAI POR ELA!<br />

CAPÍTULO 126 — DESCONSOLAÇÃO<br />

O epitáfio diz tudo. Vale mais do que se lhes narrasse a<br />

moléstia <strong>de</strong> Nhã-loló, a morte, o <strong>de</strong>sespero da família, o<br />

enterro. Ficam sabendo que morreu; acrescentarei que foi por<br />

ocasião da primeira entrada da febre amarela. Não digo mais<br />

nada, a não ser que a acompanhei até o último jazigo, e me<br />

<strong>de</strong>spedi triste, mas sem lágrimas. Concluí que talvez não a<br />

amasse <strong>de</strong>veras.<br />

Os trechos anteriores pertencem às Memórias póstumas <strong>de</strong><br />

Brás Cubas (1881), <strong>de</strong> Machado <strong>de</strong> Assis. A partir da leitura<br />

do fragmento, po<strong>de</strong>-se concluir, a respeito do estilo<br />

macha<strong>dia</strong>no:<br />

A) Retomou o estilo romântico tanto na narrativa caudalosa e<br />

<strong>de</strong>scritiva, quanto na exposição exacerbada <strong>de</strong> sentimentos.<br />

B) Inovou a literatura brasileira pela introdução da figura do<br />

anti-herói (Brás Cubas), que não tinha ainda aparecido no<br />

nosso cenário cultural.<br />

C) Foi um representante tardio do ultra-romantismo,<br />

perceptível na insistente exploração da temática da morte.<br />

D) Explorou a síntese narrativa e apresentou capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

penetração psicológica, expondo <strong>de</strong> forma implacável as<br />

mazelas humanas.<br />

E) Limitou-se à utilização dos recursos convencionais da<br />

narrativa <strong>de</strong> ficção e criou, com Brás Cubas, o tipo perfeito<br />

do herói clássico.<br />

COMENTÁRIO<br />

A narração da morte da personagem <strong>de</strong> Nhã-loló, em<br />

Memórias póstumas <strong>de</strong> Brás Cubas, limita-se à transcrição <strong>de</strong><br />

seu epitáfio — o que revela síntese narrativa e distância da<br />

verborragia romântica. Além disso, a reação <strong>de</strong> Brás Cubas à<br />

morte da moça (―me <strong>de</strong>spedi triste, mas sem lágrimas.<br />

Concluí que talvez não a amasse <strong>de</strong>veras‖) expõe sua frieza<br />

— o que sintetiza a exposição da podridão humana que o<br />

escritor conseguia captar nos pequenos gestos <strong>de</strong> suas<br />

personagens.<br />

Resposta: D<br />

41. Texto para a questão<br />

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o amor, esse sufoco,<br />

agora há pouco era muito,<br />

agora, apenas um sopro<br />

ah, troço <strong>de</strong> louco,<br />

corações trocando rosas,<br />

e socos<br />

(Paulo Leminski)<br />

Assinale a alternativa incorreta a respeito do texto:<br />

A) Percebe-se no poema a exploração da sonorida<strong>de</strong> das<br />

palavras.<br />

B) O texto tem como tema as contradições do sentimento<br />

amoroso.<br />

C) A ausência <strong>de</strong> rimas reproduz a fala coti<strong>dia</strong>na.<br />

D) A linguagem do texto possui uma dimensão coloquial.<br />

E) A postura do eu lírico é marcada pela perplexida<strong>de</strong>.<br />

COMENTÁRIO<br />

O poema está em Distraídos venceremos (1987). O texto está<br />

permeado por rimas internas ou em final <strong>de</strong> verso: consoantes<br />

(sufoco, louco, soco, pouco) e toantes (amor, sufoco, pouco,<br />

sopro, troço, louco, rosas, socos).<br />

Resposta: C<br />

42. Texto para a questão<br />

O texto a seguir foi reproduzido da orelha do livro Como ser<br />

feliz sem dar certo — e outras histórias <strong>de</strong> salvação pela<br />

bobagem, do cronista gaúcho Carlos Moraes (Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro/São Paulo: Record, 2001). Leia-o para respon<strong>de</strong>r à<br />

questão.<br />

Auto-orelha e contra-ajuda<br />

Pois lá estava esta obra quase esculpida na editora, quando<br />

alguém se apercebeu: falta a orelha! E agora?, pensei. De<br />

silicone é moda, mas o órgão, no caso, não comporta. Pedir<br />

uma para um colega mais graduado, tudo bem, só que aí o<br />

livro corre o risco <strong>de</strong> sair, como tantos outros, com mais<br />

orelha que cérebro.<br />

Não é fácil uma orelha. Não faltou nem um engraçadinho<br />

sugerindo pedir uma ao nosso escritor mais famoso, sob a<br />

torpe alegação <strong>de</strong> que ele é mago mesmo e tem por<br />

sobrenome um bicho com orelha <strong>de</strong> sobra. Das ilações com<br />

Van Gogh, justo o meu pintor do coração, nem é bom falar.<br />

No fim, sabe a quem vou solicitar uma orelha?<br />

A você, amigo leitor. Man<strong>de</strong> aos cuidados da editora. Sim,<br />

porque este é um país estranho e mesmo um livro <strong>de</strong> contraajuda,<br />

e sobre bobagem, corre o risco <strong>de</strong>, nos a<strong>de</strong>ntrados do<br />

milênio, chegar a uma segunda edição. Essa, é claro, <strong>de</strong><br />

orelha nova. A sua, amigo leitor. Toda ou em parte, nunca se<br />

sabe. Se chegarem muitas, a gente po<strong>de</strong> até montar um banco<br />

<strong>de</strong> orelhas. Há tanto escritor carente por aí.<br />

Assinale a alternativa incorreta:<br />

A) O autor do livro cogitou que um escritor <strong>de</strong> sobrenome<br />

Coelho, que além <strong>de</strong> tudo é mago, po<strong>de</strong>ria escrever a orelha<br />

do livro.<br />

B) O autor prefere não comentar as comparações entre seu<br />

livro e Van Gogh, seu pintor preferido.<br />

C) Na opinião do autor, há livros cujo texto <strong>de</strong> apresentação é<br />

mais inteligente do que o conteúdo.<br />

D) Em <strong>de</strong>terminada passagem do texto, o autor compara seu<br />

livro a uma escultura.<br />

E) A expressão ―banco <strong>de</strong> orelhas‖ até po<strong>de</strong>ria ser<br />

interpretada como um banco <strong>de</strong> órgãos humanos, dado o<br />

caráter humorístico do texto.<br />

COMENTÁRIO<br />

Quem sugere que um autor famoso como Paulo Coelho<br />

po<strong>de</strong>ria escrever a orelha <strong>de</strong> um livro consi<strong>de</strong>rado<br />

―insignificante‖ pelo próprio autor foi ―um engraçadinho‖,<br />

preten<strong>de</strong>ndo fazer piada do fato <strong>de</strong> o livro estar a ponto <strong>de</strong> ser<br />

publicado e não ter um texto <strong>de</strong> apresentação, ou seja, uma<br />

orelha.<br />

Resposta: A<br />

Textos para as questões 43 e 44<br />

Texto I<br />

(…)<br />

E assim, bem acompanhado,<br />

os planos a resolver,<br />

foi mais tar<strong>de</strong> censurado<br />

pelos donos do po<strong>de</strong>r.<br />

O taxaram <strong>de</strong> fanático,<br />

e um caso triste e dramático<br />

se <strong>de</strong>u naquele local.<br />

O po<strong>de</strong>r se revoltou<br />

e Canudos terminou<br />

numa guerra social.<br />

Da catástrofe sem par<br />

o Brasil já tá ciente.<br />

Não é preciso contar<br />

pormenorizadamente<br />

tudo quanto aconteceu.<br />

O que Canudos sofreu<br />

nós guardamos na memória<br />

aquela gran<strong>de</strong> chacina,<br />

a gran<strong>de</strong> carnificina<br />

que entristece a nossa história.<br />

E andar pela Bahia,<br />

chegando ao dito local<br />

on<strong>de</strong> aconteceu um <strong>dia</strong><br />

o drama triste e fatal,<br />

parece ouvir os gemidos<br />

entre os roncos e estampidos.<br />

E em benefício dos seus,<br />

no momento <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>iro,<br />

o nosso herói brasileiro<br />

pedindo justiça a Deus.<br />

Patativa do Assaré, ―Antônio Conselheiro‖.<br />

Texto II<br />

Jugulada1 pelo seu prestígio, a população tinha,<br />

engravecidas2, todas as condições do estádio3 social<br />

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inferior. Na falta da irmanda<strong>de</strong> do sangue, a consangüinida<strong>de</strong><br />

moral <strong>de</strong>ra-lhe a forma exata <strong>de</strong> um clã, em que as leis eram<br />

o arbítrio do chefe e a justiça as suas <strong>de</strong>cisões irrevogáveis.<br />

Canudos estereotipava o facies4 dúbio dos primeiros<br />

agrupamentos bárbaros.<br />

O sertanejo simples transmudava-se, penetrando-o, no<br />

fanático <strong>de</strong>stemeroso e bruto. Absorvia-o a psicose coletiva.<br />

E adotava, ao cabo, o nome até então consagrado aos<br />

turbulentos <strong>de</strong> feira, aos valentões das refregas eleitorais e<br />

saqueadores <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s — jagunços.<br />

Eucli<strong>de</strong>s da Cunha, Os Sertões.<br />

Notas: 1. subjugada. 2. agravadas. 3. estágio. 4. aspecto,<br />

feição.<br />

43. Os fragmentos apresentados pertencem a dois discursos<br />

diferentes sobre o mesmo assunto: a Guerra <strong>de</strong> Canudos, em<br />

geral, e o lí<strong>de</strong>r dos sertanejos, Antônio Conselheiro, em<br />

particular. Compare os textos e consi<strong>de</strong>re as asserções<br />

formuladas sobre eles:<br />

I. Do ponto <strong>de</strong> vista da forma, o texto I é composto em versos<br />

redondilhos maiores rimados; o texto II é um fragmento <strong>de</strong><br />

narrativa em prosa literária.<br />

II. Quanto à linguagem, o texto I exemplifica o padrão<br />

cultural da poesia popular, cujo registro é marcado por sinais<br />

<strong>de</strong> oralida<strong>de</strong> e por <strong>de</strong>svios em relação à norma culta; o texto<br />

II, por sua vez, i<strong>de</strong>ntifica-se com o padrão da chamada<br />

cultura erudita, i<strong>de</strong>ntificada com a noção <strong>de</strong> ―alta literatura‖,<br />

que apresenta domínio da norma culta da linguagem.<br />

III. O texto I assume posição crítica em relação ao po<strong>de</strong>r da<br />

República, enquanto consi<strong>de</strong>ra o lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Canudos, Antônio<br />

Conselheiro, um ―herói brasileiro‖; o texto II consi<strong>de</strong>ra<br />

Antônio Conselheiro como um ―bárbaro‖ autoritário e<br />

carismático, que havia fanatizado os seguidores.<br />

A respeito <strong>de</strong>ssas asserções, po<strong>de</strong>-se dizer que:<br />

A) somente I está correta.<br />

B) somente I e II estão corretas.<br />

C) todas estão corretas.<br />

D) somente III está correta.<br />

E) somente I e III estão corretas.<br />

COMENTÁRIO<br />

O texto I é composto em versos redondilhos maiores rimados<br />

e segue o padrão cultural da poesia popular, cujo registro é<br />

marcado por sinais <strong>de</strong> oralida<strong>de</strong> e por <strong>de</strong>svios em relação à<br />

norma culta. A última estrofe exemplifica bem essas<br />

constatações:<br />

O texto II é um fragmento <strong>de</strong> narrativa em prosa literária,<br />

pois está estruturado em parágrafos e sua linguagem mostrase<br />

trabalhada quanto à escolha e combinação lexical; os<br />

efeitos sofisticados <strong>de</strong> som, imagem e sentido assim<br />

produzidos i<strong>de</strong>ntificam-se com o padrão da chamada cultura<br />

erudita, associada à noção <strong>de</strong> ―alta literatura‖, que apresenta<br />

domínio da norma culta da linguagem. O texto I assume<br />

posição crítica em relação ao po<strong>de</strong>r da República, acusado <strong>de</strong><br />

promover uma ―guerra social‖ catastrófica, terminada em<br />

carnificina, ―que entristece a nossa história‖, enquanto<br />

consi<strong>de</strong>ra o lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Canudos, Antônio Conselheiro, um<br />

―herói brasileiro‖ injustiçado; o texto II assume, ao menos em<br />

parte, o discurso da ―civilização‖, que consi<strong>de</strong>ra Antônio<br />

Conselheiro como um ―bárbaro‖ autoritário e carismático,<br />

que havia fanatizado os seguidores, chamados<br />

<strong>de</strong>preciativamente <strong>de</strong> ―jagunços‖.<br />

Resposta: C<br />

44. Imagem 1<br />

Imagem 2<br />

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―Antônio Conselheiro‖, artista anônimo<br />

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―Antônio Conselheiro‖, Carybé<br />

Consi<strong>de</strong>rando o padrão cultural-artístico das duas imagens,<br />

assinale a alternativa que melhor as relacione aos fragmentos<br />

textuais <strong>de</strong> Patativa do Assaré e <strong>de</strong> Eucli<strong>de</strong>s da Cunha.<br />

A) A imagem I circunscreve-se no âmbito do artesanato<br />

popular e, portanto, associa-se ao texto <strong>de</strong> Patativa do Assaré,<br />

marcado pela oralida<strong>de</strong> típica da chamada literatura <strong>de</strong><br />

cor<strong>de</strong>l; a imagem II, pela concepção artística complexa e<br />

conceitual, i<strong>de</strong>ntifica-se com a cultura erudita, associando-se,<br />

portanto, ao texto <strong>de</strong> Eucli<strong>de</strong>s da Cunha.<br />

B) A imagem I, assim como o texto I, revela uma concepção<br />

artística sofisticada e abstrata; enquanto a imagem II, bem<br />

como o texto II, apresenta uma linguagem artística ingênua e<br />

concreta, que se inscreve no âmbito da cultura popular.<br />

C) A imagem I correspon<strong>de</strong> ao texto II, porque ambos<br />

pertencem ao universo da arte e da cultura popular, assim<br />

como a imagem II correspon<strong>de</strong> ao texto I, pois ambos<br />

representam a arte e a cultura erudita.<br />

D) As duas imagens e os dois textos pertencem ao universo<br />

da arte e da cultura popular, pois a obra do escritor Eucli<strong>de</strong>s<br />

da Cunha e a do artista plástico Carybé, embora representem<br />

a arte erudita, tornaram-se populares.<br />

E) Não há como relacionar as imagens aos textos, pois cada<br />

um pertence a um universo artístico-cultural diferente. A<br />

imagem I exemplifica a cultura sertaneja popular; o texto I, a<br />

literatura erudita do cor<strong>de</strong>l sertanejo; a imagem II i<strong>de</strong>ntificase<br />

com a alta arte mo<strong>de</strong>rna européia, sem conexão com a<br />

cultura brasileira; o texto II inscreve-se no âmbito da cultura<br />

urbana e da alta literatura praticada no Brasil.<br />

COMENTÁRIO<br />

A imagem I, <strong>de</strong> artista <strong>de</strong>sconhecido, associa-se à cultura<br />

popular e se relaciona ao texto I, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua<br />

concepção simples e ingênua; a imagem II, <strong>de</strong> artista<br />

conhecido e celebrado, i<strong>de</strong>ntifica-se com a cultura erudita,<br />

<strong>de</strong>nunciada pela concepção complexa e conceitual,<br />

relacionando-se, portanto, ao texto II.<br />

Resposta: A<br />

45.<br />

Texto para a questão<br />

Jura, China, Mixaria e Burgos estavam tomando cerveja em<br />

frente ao Bar do Polícia e quando avistaram Geóvas pegando<br />

uma lata <strong>de</strong> Coca-Cola do chão, se ligaram que o mano ia<br />

fumar pedra. Começaram então, a comentar o futuro do<br />

maluco. Ratinho chegou na banca e ouviu os comentários<br />

sobre Geóvas e disse que ele já tava vacilando e que roubara<br />

o botijão <strong>de</strong> gás da Dona Izé. Burgos se irritou e disse que<br />

não a<strong>dia</strong>ntava o Ratinho agitar encrenca, que ele tava a<br />

pampa e começou a falar muito nervoso, quase chorando.<br />

(Ferréz, Capão Redondo)<br />

Assinale a alternativa incorreta a respeito do texto:<br />

A) O narrador se utiliza <strong>de</strong> uma linguagem que realça seu<br />

distanciamento da matéria narrada.<br />

B) Tanto na temática quanto no plano do conteúdo, o texto<br />

apresenta um retrato da vida nas periferias <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s<br />

brasileiras.<br />

C) Embora predomine registro coloquial, existem exemplos<br />

<strong>de</strong> obediência à norma culta.<br />

D) A compreensão plena do texto requer certos<br />

conhecimentos do leitor, como o sentido <strong>de</strong> expressões como<br />

―fumar pedra‖, ―vacilando‖ e ―a pampa‖.<br />

E) A linguagem sugere a proximida<strong>de</strong> do narrador em relação<br />

ao assunto <strong>de</strong> que trata.<br />

COMENTÁRIO<br />

O texto foi extraído do livro Capão Redondo, <strong>de</strong> Ferréz (2ª<br />

ed., São Paulo: Labortexto Editorial, 2000, cap. 8). A<br />

proximida<strong>de</strong> do narrador com o ambiente em que se passa a<br />

ação do livro é evi<strong>de</strong>nciada, no trecho, pela linguagem, que<br />

apresenta as seguintes características: coloquialismo,<br />

<strong>de</strong>sobediência ocasional da norma culta e uso <strong>de</strong> gírias.<br />

Resposta: A<br />

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MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS<br />

Questões 46 a 90<br />

46. Daniela fez uma tabela mostrando a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água<br />

que gastava em algumas <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s domésticas.<br />

Para economizar água, ela reduziu a lavagem <strong>de</strong> roupa a 3<br />

vezes por semana, o banho diário a 5 minutos e a lavagem<br />

semanal do carro a apenas um bal<strong>de</strong> <strong>de</strong> 10 litros. Quantos<br />

litros <strong>de</strong> água ela passou a economizar por semana?<br />

A)1 010<br />

B)1110<br />

C)1 210<br />

D)1 211<br />

E)1 310<br />

COMENTÁRIO<br />

47. Para achar o número <strong>de</strong> seu sapato, Maurício mediu<br />

o comprimento <strong>de</strong> seu pé em centímetros, multiplicou a<br />

medida por 5, somou 28, dividiu tudo por 4 e<br />

arredondou o resultado para cima, obtendo o número 40.<br />

Qual das alternativas mostra um possível comprimento do<br />

pé do Maurício?<br />

A)24 cm<br />

B)25 cm<br />

C)26 cm<br />

D)27 cm<br />

E)28 cm<br />

COMENTÁRIO<br />

48. Arnaldo,Beto, Celina e Dalila formam dois casais.<br />

Osquatro têm ida<strong>de</strong>s diferentes. Arnaldo é mais velho que<br />

Celina e mais novo que Dalila. O esposo <strong>de</strong> Celinaé a<br />

pessoa mais velha. É correto afirmar que:<br />

A)Arnaldo é mais velho que Beto e sua esposa é Dalila.<br />

B)Arnaldo é mais velho que sua esposa Dalila.<br />

C)Celina é a mais nova <strong>de</strong> todos e seu marido é Beto.<br />

D)Dalila é mais velha que Celina e seu marido é Beto.<br />

E)Celina é mais velha que seu marido Arnaldo.<br />

COMENTÁRIO<br />

49. O diâmetro <strong>de</strong> uma pizza gran<strong>de</strong> é o dobro do diâmetro<br />

<strong>de</strong> uma pizza pequena. A pizza gran<strong>de</strong> é cortada em 16 fatias<br />

iguais. A que fração <strong>de</strong> uma pizza pequena correspon<strong>de</strong>m 3<br />

fatias da pizza gran<strong>de</strong>?<br />

A) 1/3<br />

B) 3/8<br />

C) 1/2<br />

D) 3/4<br />

E) 5/8<br />

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COMENTÁRIO<br />

50.Na fi gura, ABCD e AMPN são quadrados e BD e MN são<br />

arcos <strong>de</strong> círculos <strong>de</strong> centro A. Qual é a razão entre a área<br />

sombreada e a área do quadrado ABCD?<br />

COMENTÁRIO<br />

51. Duas formiguinhas andam em sentidos contrários sobre<br />

uma circunferência. Enquanto uma <strong>de</strong>las dá nove voltas na<br />

circunferência, a outra dá seis. Em quantos pontos distintos<br />

da circunferência elas se cruzam?<br />

A)2<br />

B)3<br />

C)4<br />

D)5<br />

E)6<br />

COMENTÁRIO<br />

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52. Na figura, as duas circunferências têm centro O e os<br />

quadradinhos do quadriculado têm lado 1 cm. Há 20 pontos<br />

do quadriculado na região <strong>de</strong>limitada pelas circunferências.<br />

Quantos pontos do quadriculado estão na região <strong>de</strong>limitada<br />

por duas circunferências <strong>de</strong> centro O e raios 4 cm e 5 cm?<br />

A)32<br />

B)34<br />

C)36<br />

D)38<br />

E)40<br />

COMENTÁRIO<br />

53. Na figura, ABCD é um paralelogramo e o segmento EF é<br />

paralelo a AB. Qual é a soma das áreas dos triângulos<br />

cinzentos?<br />

A)2 cm2<br />

B)4 cm2<br />

C)6 cm2<br />

D)8 cm2<br />

E)10 cm2<br />

COMENTÁRIO<br />

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54. Os seis triângulos da figura são retângulos e seus ângulos<br />

com vértice no ponto A são iguais. Além disso, AB = 24<br />

cm e AC = 54 cm. Qual é o comprimento <strong>de</strong> AD?<br />

A)30 cm<br />

B)34 cm<br />

C)36 cm<br />

D)38 cm<br />

E)39 cm<br />

COMENTÁRIO<br />

55. A figura mostra a planta <strong>de</strong> uma escola que tem seis<br />

salas, indicadas pelas letras <strong>de</strong> A até F. Joãozinho entrou na<br />

escola, percorreu todas as salas e foi embora, tendo<br />

passado exatamente duas vezes por uma das portas e uma<br />

única vez por cada uma das outras. A porta pela qual<br />

Joãozinho passou duas vezes liga:<br />

A)as salas A e B.<br />

B)as salas C e E.<br />

C)as salas E e F.<br />

D)a sala D e o lado <strong>de</strong> fora da escola.<br />

E)a sala F e o lado <strong>de</strong> fora da escola.<br />

COMENTÁRIO<br />

56. Um torneio <strong>de</strong> futebol com 57 times será disputado com<br />

as seguintes regras:<br />

•Nenhum jogo po<strong>de</strong> terminar empatado.<br />

•O time que per<strong>de</strong>r duas partidas será eliminado.<br />

•O torneio termina quando sobrar apenas um time, que será o<br />

campeão.<br />

Se o time campeão per<strong>de</strong>r uma vez, quantas partidas<br />

serãodisputadas no torneio?<br />

A)56<br />

B)57<br />

C)58<br />

D)112<br />

E)113<br />

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COMENTÁRIO<br />

57. Carlos po<strong>de</strong>rá aposentar-se quando a soma <strong>de</strong> sua<br />

ida<strong>de</strong>com o número <strong>de</strong> anos que ele trabalhou for 100.<br />

QuandoCarlos fez 41 anos, ele já havia trabalhado 15 anos.<br />

Qual é aida<strong>de</strong> mínima que ele <strong>de</strong>verá ter para po<strong>de</strong>r se<br />

aposentar?<br />

A) 59<br />

B)60<br />

C)61<br />

D)62<br />

E)63<br />

COMENTÁRIO<br />

58. Os discos A, B, C e D representam polias <strong>de</strong><br />

diâmetros 8, 4, 6 e 2 cm, respectivamente, unidas por correias<br />

que semovimentam sem <strong>de</strong>slizar. Quando o disco A dá uma<br />

volta completa no sentido horário, o que acontece com o<br />

disco D?<br />

A)Dá 4 voltas no sentido horário<br />

B)Dá 3 voltas no sentido horário<br />

C)Dá 6 voltas no sentido anti-horário<br />

D)Dá 4 voltas no sentido anti-horário<br />

E)Dá 3 voltas no sentido anti-horário<br />

COMENTÁRIO<br />

59. Com quadradinhos <strong>de</strong> lado 1 cm, constrói-se uma<br />

seqüência <strong>de</strong> retângulos acrescentando-se, a cada etapa,<br />

uma linha e duas colunas ao retângulo anterior. A<br />

figuramostra os três primeiros retângulos <strong>de</strong>ssa seqüência.<br />

Qual<br />

é o perímetro do 100º retângulo <strong>de</strong>ssa seqüência?<br />

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A)402 cm<br />

B) 472 cm<br />

C) 512 cm<br />

D) 598 cm<br />

E)634 cm<br />

COMENTÁRIO<br />

60. Ronaldo quer cercar completamente um terreno<br />

retangular <strong>de</strong> 900 m2. Ao calcular o comprimento da<br />

cerca ele se enganou, fez os cálculos como se o terreno fosse<br />

quadrado e comprou 2 metros <strong>de</strong> cerca a menos que o<br />

necessário. Qualé a diferença entre o comprimento e a<br />

largura do terreno?<br />

A)2 m<br />

B)4 m<br />

C) 7 m<br />

D) 9 m<br />

E)11 m<br />

COMENTÁRIO<br />

61. Um ônibus transporta 31 estudantes, baianos e mineiros,<br />

para um encontro <strong>de</strong> participantes da OBMEP. Entreos<br />

baianos, 2/5 s ã o h o m e n s e , e n t r e o s m i n e i r o s<br />

, 3/7 são mulheres.<br />

Entre todos os estudantes quantas são as mulheres?<br />

A)12<br />

B)14<br />

C) 15<br />

D)18<br />

E)21<br />

COMENTÁRIO<br />

62. Na figura vemos dois quadrados, sendo M o ponto<br />

médio <strong>de</strong> CD.<br />

Uma formiguinha parte <strong>de</strong> um ponto qualquer P do segmento<br />

AB e quer chegar ao ponto M andando apenas sobre os lados<br />

dos quadrados pelo menor caminho possível. Qual dos<br />

gráficos abaixo melhor<br />

representa a distância y que a formiguinha vai percorrer em<br />

função da distância x = AP?<br />

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COMENTÁRIO<br />

63. A figura mostra quatro círculos <strong>de</strong> raio 1 cm <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um<br />

triângulo. Os pontos marcados são pontos <strong>de</strong> tangência.<br />

Qual é o comprimento do menor lado <strong>de</strong>sse triângulo?<br />

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COMENTÁRIO<br />

64.. Ari,Bruna e Carlos almoçam juntos todos os <strong>dia</strong>s e<br />

cada um <strong>de</strong>les pe<strong>de</strong> água ou suco.<br />

•Se Ari pe<strong>de</strong> a mesma bebida que Carlos, então Bruna pe<strong>de</strong><br />

água.<br />

•Se Ari pe<strong>de</strong> uma bebida diferente da <strong>de</strong> Bruna, então Carlos<br />

pe<strong>de</strong> suco.<br />

•Se Bruna pe<strong>de</strong> uma bebida diferente da <strong>de</strong> Carlos, então Ari<br />

pe<strong>de</strong> água.<br />

•Apenas um <strong>de</strong>les sempre pe<strong>de</strong> a mesma bebida.<br />

Quempe<strong>de</strong> sempre a mesma bebida e que bebida é essa?<br />

A)Ari; água<br />

B)Bruna; água<br />

C)Carlos; suco<br />

D)Ari; suco<br />

E)Bruna; suco<br />

COMENTÁRIO<br />

65.No segmento AB da figura existem vários pontos <strong>de</strong><br />

coor<strong>de</strong>nadas inteiras, como por exemplo (164,110). Quantos<br />

pontos com as duas coor<strong>de</strong>nadas inteiras existem nesse<br />

segmento, contando os extremos?<br />

A)218<br />

B) 249<br />

C)268<br />

D) 289<br />

E)301<br />

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COMENTÁRIO<br />

66. O trapézio ABCD foi divido em dois retângulos AEGF e<br />

FGCD, um triângulo GHC e um trapézio EBHG. As áreas<br />

dos dois retângulos e do triângulo, em cm2, estão indicadas<br />

na fi gura. Qual é a área do trapézio EBHG?<br />

A) 15 cm2<br />

B)18 cm2<br />

C)21 cm2<br />

D)22 cm2<br />

E)24 cm2<br />

COMENTÁRIO<br />

67. Uma papelaria monta estojos. Dentro <strong>de</strong> cada estojo são<br />

colocadas 3 canetas, que po<strong>de</strong>m ser azuis ou vermelhas,<br />

numeradas com 1, 2 e 3. Cada estojo recebe uma etiqueta<br />

com a letra A se as cores das canetas 1 e 2 são iguais, uma<br />

com a letra B se as cores das canetas 1 e 3 são iguais e uma<br />

com a letra C se as cores das canetas 2 e 3 são iguais (o<br />

mesmo estojo po<strong>de</strong> receber mais <strong>de</strong> uma etiqueta). Em certo<br />

<strong>dia</strong> foram utilizadas 120 etiquetas A, 150 etiquetas B e 200<br />

etiquetas C, e exatamente 200 estojos receberam apenas<br />

uma etiqueta. Quantos estojos foram montados nesse <strong>dia</strong>?<br />

A)220<br />

B)230<br />

C)260<br />

D) 290<br />

E)310<br />

COMENTÁRIO<br />

68. Lúcia está correndo, sempre no mesmo sentido, em<br />

umapista circular. Qual dos gráfi cos melhor <strong>de</strong>screve o<br />

número m <strong>de</strong> voltas completas que ela dá em função da<br />

distância x que ela corre?<br />

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COMENTÁRIO<br />

69. A eficiência <strong>de</strong> anúncios num painel eletrônico localizado<br />

em uma certa avenida movimentada foi avaliada por uma<br />

empresa. Os resultados mostraram que, em mé<strong>dia</strong>:<br />

– passam, por <strong>dia</strong>, 30000 motoristas em frente ao painel<br />

eletrônico;<br />

– 40% dos motoristas que passam observam o painel;<br />

– um mesmo motorista passa três vezes por semana pelo<br />

local.<br />

Segundo os dados acima, se um anúncio <strong>de</strong> um produto ficar<br />

exposto durante sete <strong>dia</strong>s nesse painel, é esperado que o<br />

número mínimo <strong>de</strong> motoristas diferentes que terão observado<br />

o painel seja:<br />

(A) 15000<br />

(B) 28000<br />

(C) 42000<br />

(D) 71000<br />

(E) 84000<br />

COMENTÁRIO<br />

Item B<br />

O número x <strong>de</strong> motoristas diferentes que passam por semana<br />

no local é tal que 3.x = 7.30000<br />

motorista passa três vezes por semana no local e em cada um<br />

dos sete <strong>dia</strong>s da semana passam 30 000 motoristas.<br />

Assim, o anúncio foi visto por 40%x = 40%.70 000 = 28 000<br />

motoristas diferentes.<br />

70. O tempo que um ônibus gasta para ir do ponto inicial ao<br />

ponto final <strong>de</strong> uma linha varia, durante o <strong>dia</strong>, conforme as<br />

condições do trânsito, <strong>de</strong>morando mais nos horários <strong>de</strong> maior<br />

movimento. A empresa que opera essa linha forneceu, no<br />

gráfico abaixo, o tempo médio <strong>de</strong> duração da viagem<br />

conforme o horário <strong>de</strong> saída do ponto inicial, no período da<br />

manhã.<br />

De acordo com as informações do gráfico, um passageiro que<br />

necessita chegar até as 10h30min ao ponto final <strong>de</strong>ssa linha,<br />

<strong>de</strong>ve tomar o ônibus no ponto inicial, no máximo, até as:<br />

(A) 9h20min<br />

(B) 9h30min<br />

(C) 9h00min<br />

(D) 8h30min<br />

(E) 8h50min<br />

COMENTÁRIO<br />

De acordo com o gráfico, po<strong>de</strong>mos construir a tabela abaixo.<br />

Um passageiro que necessita chegar até as 10h30min ao<br />

ponto final <strong>de</strong>ssa linha <strong>de</strong>ve tomar o ônibus no ponto inicial,<br />

no máximo, até as 8h50.<br />

71. João e Antônio utilizam os ônibus da linha mencionada<br />

na questão anterior para ir trabalhar, no período consi<strong>de</strong>rado<br />

no gráfico, nas seguintes condições:<br />

– trabalham vinte <strong>dia</strong>s por mês;<br />

– João viaja sempre no horário em que o ônibus faz o trajeto<br />

no menor tempo;<br />

– Antônio viaja sempre no horário em que o ônibus faz<br />

o trajeto no maior tempo;<br />

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– na volta do trabalho, ambos fazem o trajeto no mesmo<br />

tempo <strong>de</strong> percurso.<br />

Consi<strong>de</strong>rando-se a diferença <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> percurso, Antônio<br />

gasta, por mês, em mé<strong>dia</strong>:<br />

(A) 05 horas a mais que João.<br />

(B) 10 horas a mais que João.<br />

(C) 20 horas a mais que João.<br />

(D) 40 horas a mais que João.<br />

(E) 60 horas a mais que João.<br />

COMENTÁRIO<br />

Item C<br />

a) João faz o trajeto <strong>de</strong> ida em 50 minutos.<br />

b) Antônio faz o trajeto <strong>de</strong> ida em 1h50min.<br />

c) João e Antônio fazem o trajeto <strong>de</strong> volta no mesmo tempo<br />

<strong>de</strong> percurso.<br />

d) Antônio gasta por <strong>dia</strong> uma hora a mais que João.<br />

e) Antônio gasta, por mês, em mé<strong>dia</strong>, 20 horas a mais que<br />

João.<br />

72. Uma editora preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>spachar um lote <strong>de</strong> livros,<br />

agrupados em 100 pacotes <strong>de</strong> 20 cm x 20 cm x 30 cm. A<br />

transportadora acondicionará esses pacotes em caixas com<br />

formato <strong>de</strong> bloco retangular <strong>de</strong> 40 cm x 40 cm x 60 cm. A<br />

quantida<strong>de</strong> mínima necessária <strong>de</strong> caixas para esse envio é:<br />

(A) 9<br />

(B) 11<br />

(C) 13<br />

(D) 15<br />

(E) 17<br />

COMENTÁRIO<br />

Item C<br />

Em cada caixa <strong>de</strong> 40cm x 40cm x 60cm, a transportadora<br />

consegue acondicionar 8 pacotes <strong>de</strong> 20cm x 20cm x 30cm,<br />

conforme ilustra a figura seguinte.<br />

A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> caixas <strong>de</strong>sse tipo necessária para o envio <strong>de</strong><br />

100 pacotes é 100/8 = 12,5. Portanto, são necessárias no<br />

mínimo 13 caixas.<br />

73. Na literatura <strong>de</strong> cor<strong>de</strong>l, os textos são impressos, em geral,<br />

com 8, 16, 24 ou 32 páginas <strong>de</strong> formato 10,5 cm x 15,5 cm.<br />

As razões históricas que explicam tal fato estão relacionadas<br />

à forma artesanal como são montadas as publicações e ao<br />

melhor aproveitamento possível do papel disponível.<br />

Consi<strong>de</strong>re, abaixo, a confecção <strong>de</strong> um texto <strong>de</strong> cor<strong>de</strong>l com 8<br />

páginas (4 folhas):<br />

Utilizando o processo <strong>de</strong>scrito acima, po<strong>de</strong>-se produzir um<br />

exemplar <strong>de</strong> cor<strong>de</strong>l com 32 páginas <strong>de</strong> 10,5 cm x 15,5 cm,<br />

com o menor gasto possível <strong>de</strong> material, utilizando uma única<br />

folha <strong>de</strong>:<br />

(A) 84 cm x 62 cm<br />

(B) 84 cm x 124 cm<br />

(C) 42 cm x 31 cm<br />

(D) 42 cm x 62 cm<br />

(E) 21 cm x 31 cm<br />

COMENTÁRIO<br />

Item D<br />

Para produzir um exemplar <strong>de</strong> cor<strong>de</strong>l com 32 páginas, são<br />

necessárias 16 folhas <strong>de</strong> 10,5 cm x 15,5 cm dispostas como<br />

na figura seguinte, on<strong>de</strong> as medidas estão em centímetros:<br />

A folha mais econômica <strong>de</strong>verá ter 42 cm por 62 cm e<br />

ser dobrada como segue:<br />

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74. Os alunos <strong>de</strong> uma escola organizaram um torneio<br />

individual <strong>de</strong> pingue-pongue nos horários dos recreios,<br />

disputado por 16 participantes, segundo o esquema abaixo:<br />

Foram estabelecidas as seguintes regras:<br />

– Em todos os jogos, o per<strong>de</strong>dor será eliminado;<br />

– Ninguém po<strong>de</strong>rá jogar duas vezes no mesmo <strong>dia</strong>;<br />

– Como há cinco mesas, serão realizados, no máximo, 5<br />

jogos por <strong>dia</strong>.<br />

Com base nesses dados, é correto afirmar que o número<br />

mínimo <strong>de</strong> <strong>dia</strong>s necessário para se chegar ao campeão do<br />

torneio é:<br />

(A) 8<br />

(B) 7<br />

(C) 6<br />

(D) 5<br />

(E) 4<br />

COMENTÁRIO<br />

Item D<br />

Para a realização da semifinal (jogos 13 e 14) e final (jogo<br />

15), são necessários, no mínimo, dois <strong>dia</strong>s. Os jogos 9, 10, 11<br />

e 12 não po<strong>de</strong>m ser realizados no mesmo <strong>dia</strong> dos jogos 13 e<br />

14, e, para eles, é necessário mais um <strong>dia</strong>. Os jogos do<br />

primeiro grupo (jogos <strong>de</strong> 1 a 8) não po<strong>de</strong>m ser realizados<br />

todos no mesmo <strong>dia</strong>. Para eles, são necessários dois <strong>dia</strong>s, e<br />

alguns dos jogos do primeiro grupo não po<strong>de</strong>m ser realizados<br />

juntos com jogos do segundo grupo.<br />

Dessa forma, o número mínimo <strong>de</strong> <strong>dia</strong>s é cinco.<br />

75. O tabagismo (vício do fumo) é responsável por uma<br />

gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> doenças e mortes prematuras na<br />

atualida<strong>de</strong>. O Instituto Nacional do Câncer divulgou que 90%<br />

dos casos <strong>dia</strong>gnosticados <strong>de</strong> câncer <strong>de</strong> pulmão e 80% dos<br />

casos <strong>dia</strong>gnosticados <strong>de</strong> enfisema pulmonar estão associados<br />

ao consumo <strong>de</strong> tabaco. Paralelamente, foram mostrados os<br />

resultados <strong>de</strong> uma pesquisa realizada em um grupo <strong>de</strong> 2000<br />

pessoas com doenças <strong>de</strong> pulmão, das quais 1500 são casos<br />

<strong>dia</strong>gnosticados <strong>de</strong> câncer, e 500 são casos <strong>dia</strong>gnosticados <strong>de</strong><br />

enfisema.<br />

Com base nessas informações, po<strong>de</strong>-se estimar que o número<br />

<strong>de</strong> fumantes <strong>de</strong>sse grupo <strong>de</strong> 2000 pessoas é,<br />

aproximadamente:<br />

(A) 740<br />

(B) 1100<br />

(C) 1310<br />

(D) 1620<br />

(E) 1750<br />

COMENTÁRIO<br />

Item E<br />

90% <strong>de</strong> 1500 + 80% <strong>de</strong> 500 = 1350 + 400 = 1750.<br />

76. Após a ingestão <strong>de</strong> bebidas alcoólicas, o metabolismo do<br />

álcool e sua presença no sangue <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> fatores como<br />

peso corporal, condições e tempo após a ingestão. O gráfico<br />

mostra a variação da concentração <strong>de</strong> álcool no sangue <strong>de</strong><br />

indivíduos <strong>de</strong> mesmo peso que beberam três latas <strong>de</strong> cerveja<br />

cada um, em diferentes condições: em jejum e após o jantar.<br />

Tendo em vista que a concentração máxima <strong>de</strong> álcool no<br />

sangue permitida pela legislação brasileira para motoristas é<br />

0,6 g/L, o indivíduo que bebeu após o jantar e o que bebeu<br />

em jejum só po<strong>de</strong>rão dirigir após, aproximadamente:<br />

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(A) uma hora e uma hora e meia, respectivamente.<br />

(B) três horas e meia hora, respectivamente.<br />

(C) três horas e quatro horas e meia, respectivamente.<br />

(D) seis horas e três horas, respectivamente.<br />

(E) seis horas, igualmente.<br />

COMENTÁRIO<br />

Item C<br />

Pela análise do gráfico, o limite <strong>de</strong> 0,6g/L para o indivíduo<br />

que bebeu após o jantar começa a diminuir a partir <strong>de</strong> três<br />

horas. Para o indivíduo que bebeu em jejum, esse limite<br />

começa a diminuir a partir <strong>de</strong>, aproximadamente, quatro<br />

horas e meia.<br />

77. Prevenindo-se contra o período anual <strong>de</strong> seca, um<br />

agricultor preten<strong>de</strong> construir um reservatório fechado, que<br />

acumule toda a água proveniente da chuva que cair no<br />

telhado <strong>de</strong> sua casa, ao longo <strong>de</strong> um período anual chuvoso.<br />

As ilustrações a seguir apresentam as dimensões da casa, a<br />

quantida<strong>de</strong> mé<strong>dia</strong> mensal <strong>de</strong> chuva na região, em milímetros,<br />

e a forma do reservatório a ser construído.<br />

Sabendo que 100 milímetros <strong>de</strong> chuva equivalem ao acúmulo<br />

<strong>de</strong> 100 litros <strong>de</strong> água em uma superfície plana horizontal <strong>de</strong><br />

um metro quadrado, a profundida<strong>de</strong> (p) do reservatório<br />

<strong>de</strong>verá medir:<br />

(A) 4m<br />

(B) 5m<br />

(C) 6m<br />

(D) 7m<br />

(E) 8m<br />

COMENTÁRIO<br />

Item D<br />

Chovem 700 milímetros por ano e, portanto, são acumulados<br />

700 litros <strong>de</strong> água por metro quadrado.<br />

O telhado apóia-se em uma superfície plana horizontal <strong>de</strong> 80<br />

m2 e recebe 80 x 700 litros = 56000 litros = 56 m 3 .<br />

Assim sendo,<br />

pm x 4 m x 2m = 56 m3<br />

78. Nos X-Games Brasil, em maio <strong>de</strong> 2004, o skatista<br />

brasileiro Sandro Dias, apelidado Mineirinho‖, conseguiu<br />

realizar a manobra <strong>de</strong>nominada ―900‖, na modalida<strong>de</strong> skate<br />

vertical, tornando-se o segundo atleta no mundo a conseguir<br />

esse feito. A <strong>de</strong>nominação ―900‖ refere-se ao número <strong>de</strong><br />

graus que o atleta gira no ar em torno <strong>de</strong> seu próprio corpo,<br />

que, no caso, correspon<strong>de</strong> a:<br />

(A) uma volta completa.<br />

(B) uma volta e meia.<br />

(C) duas voltas completas.<br />

(D) duas voltas e meia.<br />

(E) cinco voltas completas.<br />

COMENTÁRIO<br />

Item D<br />

Lembrando que cada volta completa tem sempre 360°, o<br />

skatista que realiza a manobra ―900‖ gira, no ar, 900/360 =<br />

2,5 voltas.<br />

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79.<br />

Na seleção para as vagas <strong>de</strong>ste anúncio, feita por telefone ou<br />

correio eletrônico, propunha-se aos candidatos uma questão a<br />

ser resolvida na hora. Deveriam calcular seu salário no<br />

primeiro mês, se ven<strong>de</strong>ssem 500 m <strong>de</strong> tecido com largura <strong>de</strong><br />

1,40 m, e no segundo mês, se ven<strong>de</strong>ssem o dobro. Foram<br />

bem sucedidos os jovens que respon<strong>de</strong>ram, respectivamente:<br />

(A) R$ 300,00 e R$ 500,00.<br />

(B) R$ 550,00 e R$ 850,00.<br />

(C) R$ 650,00 e R$ 1000,00.<br />

(D) R$ 650,00 e R$ 1300,00.<br />

(E) R$ 950,00 e R$ 1900,00.<br />

COMENTÁRIO<br />

Item C<br />

1) Salário no primeiro mês:<br />

R$ 300,00 + R$ 0,50.500.1,40 = R$ 300,00 + R$ 350,00 =<br />

R$ 650,00<br />

2) Salário no segundo mês:<br />

R$ 300,00 + R$ 0,50.2.(500.1,40) = R$ 300,00 + R$ 700,00<br />

= R$ 1000,00<br />

80. Em quase todo o Brasil existem restaurantes em que o<br />

cliente, após se servir, pesa o prato <strong>de</strong> comida e paga o valor<br />

correspon<strong>de</strong>nte, registrado na nota pela balança. Em um<br />

restaurante <strong>de</strong>sse tipo, o preço do quilo era R$ 12,80. Certa<br />

vez a funcionária digitou por engano na balança eletrônica o<br />

valor R$ 18,20 e só percebeu o erro algum tempo <strong>de</strong>pois,<br />

quando vários clientes já estavam almoçando. Ela fez alguns<br />

cálculos e verificou que o erro seria corrigido se o valor<br />

incorreto indicado na nota dos clientes fosse multiplicado<br />

por:<br />

(A) 0,54.<br />

(B) 0,65.<br />

(C) 0,70.<br />

(D) 1,28.<br />

(E) 1,42.<br />

COMENTÁRIO<br />

Item C<br />

Se m representar a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comida consumida, em<br />

quilograma, e x o fator multiplicativo para corrigir o valor<br />

incorreto, então:<br />

m.12,80 = m.18,20.x x x = 0,70<br />

81. As ―margarinas‖ e os chamados ―cremes vegetais‖ são<br />

produtos diferentes, comercializados em embalagens quase<br />

idênticas. O consumidor, para diferenciar um produto do<br />

outro, <strong>de</strong>ve ler com atenção os dizeres do rótulo, geralmente<br />

em letras muito pequenas. As figuras que seguem<br />

representam rótulos <strong>de</strong>sses dois produtos.<br />

Uma função dos lipídios no preparo das massas alimentícias<br />

é torná-las mais macias. Uma pessoa que, por <strong>de</strong>satenção, use<br />

200 g <strong>de</strong> creme vegetal para preparar uma massa cuja receita<br />

pe<strong>de</strong> 200 g <strong>de</strong> margarina, não obterá a consistência <strong>de</strong>sejada,<br />

pois estará utilizando uma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lipídios que é, em<br />

relação à recomendada, aproximadamente:<br />

(A) o triplo.<br />

(B) o dobro.<br />

(C) a meta<strong>de</strong>.<br />

(D) um terço.<br />

(E) um quarto.<br />

COMENTÁRIO<br />

Item C<br />

As quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lipídios em 200 g <strong>de</strong> creme vegetal e 200 g<br />

<strong>de</strong> margarina são, respectivamente, 35%.200 g = 70 g e<br />

65%.200 g = 130 g.<br />

Uma pessoa que, inadvertidamente, utiliza creme vegetal ao<br />

invés <strong>de</strong> margarina estará usando 70g/130g = 7/13 0,54 <br />

54% da quantida<strong>de</strong> necessária <strong>de</strong> lipídios. A melhor<br />

aproximação <strong>de</strong>sse resultado é ―a meta<strong>de</strong>‖.<br />

82. No Nor<strong>de</strong>ste brasileiro, é comum encontrarmos peças <strong>de</strong><br />

artesanato constituídas por garrafas<br />

preenchidas com areia <strong>de</strong> diferentes cores, formando<br />

<strong>de</strong>senhos. Um artesão <strong>de</strong>seja fazer peças com areia <strong>de</strong> cores<br />

cinza, azul, ver<strong>de</strong> e amarela, mantendo o mesmo <strong>de</strong>senho,<br />

mas variando as cores da paisagem (casa, palmeira e fundo),<br />

conforme a figura.<br />

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O fundo po<strong>de</strong> ser representado nas cores azul ou cinza; a<br />

casa, nas cores azul, ver<strong>de</strong> ou amarela; e a palmeira, nas<br />

cores cinza ou ver<strong>de</strong>.<br />

Se o fundo não po<strong>de</strong> ter a mesma cor nem da casa nem da<br />

palmeira, por uma questão <strong>de</strong> contraste, então o número <strong>de</strong><br />

variações que po<strong>de</strong>m ser obtidas para a paisagem é:<br />

(A) 6.<br />

(B) 7.<br />

(C) 8.<br />

(D) 9.<br />

(E) 10.<br />

COMENTÁRIO<br />

Item B<br />

De acordo com o enunciado, temos as seguintes variações<br />

que po<strong>de</strong>m ser obtidas para a paisagem:<br />

Elas totalizam sete.<br />

83. Uma empresa produz tampas circulares <strong>de</strong> alumínio para<br />

tanques cilíndricos a partir <strong>de</strong> chapas quadradas <strong>de</strong> 2 metros<br />

<strong>de</strong> lado, conforme a figura. Para 1 tampa gran<strong>de</strong>, a empresa<br />

produz 4 tampas mé<strong>dia</strong>s e 16 tampas pequenas.<br />

As sobras <strong>de</strong> material da produção diária das tampas gran<strong>de</strong>s,<br />

mé<strong>dia</strong>s e pequenas <strong>de</strong>ssa empresa são doadas,<br />

respectivamente, a três entida<strong>de</strong>s: I, II e III, para efetuarem<br />

reciclagem do material. A partir <strong>de</strong>ssas informações, po<strong>de</strong>-se<br />

concluir que:<br />

(A) a entida<strong>de</strong> I recebe mais material do que a entida<strong>de</strong> II.<br />

(B) a entida<strong>de</strong> I recebe meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> material do que a entida<strong>de</strong><br />

III.<br />

(C) a entida<strong>de</strong> II recebe o dobro <strong>de</strong> material do que a entida<strong>de</strong><br />

III.<br />

(D) as entida<strong>de</strong> I e II recebem, juntas, menos material do que<br />

a entida<strong>de</strong> III.<br />

(E) as três entida<strong>de</strong>s recebem iguais quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> material.<br />

COMENTÁRIO<br />

Item E<br />

Os raios das tampas gran<strong>de</strong>s, mé<strong>dia</strong>s e pequenas são,<br />

respectivamente, 1 m, 1/2 m e 1/4 m.<br />

Em metros quadrados, as sobras SI, SII e SIII das tampas<br />

gran<strong>de</strong>s, mé<strong>dia</strong>s e pequenas são, respectivamente, tais que:<br />

SI = 4 – <br />

2<br />

= 4 – <br />

SII = 4 – 4.<br />

2<br />

= 4 – <br />

SIII = 4 – 16.<br />

2<br />

= 4 – <br />

Supondo que as quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> chapas quadradas usadas<br />

<strong>dia</strong>riamente para produzir as tampas gran<strong>de</strong>s seja a mesma<br />

para as tampas mé<strong>dia</strong>s e para as tampas pequenas, as sobras<br />

serão iguais, pois SI = SII = SIII.<br />

84. Um fabricante <strong>de</strong> cosméticos <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> produzir três<br />

diferentes catálogos <strong>de</strong> seus produtos, visando a públicos<br />

distintos. Como alguns produtos estarão presentes em mais<br />

<strong>de</strong> um catálogo e ocupam uma página inteira, ele resolve<br />

fazer uma contagem para diminuir os gastos com originais <strong>de</strong><br />

impressão. Os catálogos C1, C2 e C3 terão, respectivamente,<br />

50, 45 e 40 páginas. Comparando os projetos <strong>de</strong> cada<br />

catálogo, ele verifica que C1 e C2 terão 10 páginas em<br />

comum; C1 e C3 terão 6 páginas em comum; C2 e C3 terão 5<br />

páginas em comum, das quais 4 também estarão em C1.<br />

Efetuando os cálculos correspon<strong>de</strong>ntes, o fabricante concluiu<br />

que, para a montagem dos três catálogos, necessitará <strong>de</strong> um<br />

total <strong>de</strong> originais <strong>de</strong> impressão igual a:<br />

(A) 135.<br />

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O Cursinho da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFC Enem – <strong>2º</strong> Dia<br />

(B) 126.<br />

(C) 118.<br />

(D) 114.<br />

(E) 110.<br />

COMENTÁRIO<br />

Item C<br />

No <strong>dia</strong>grama <strong>de</strong> Venn-Euler abaixo, os conjuntos C1, C2 e<br />

C3 representam os catálogos <strong>de</strong> mesmo nome e suas<br />

quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> páginas.<br />

O número total <strong>de</strong> originais <strong>de</strong> impressão necessário é:<br />

38 + 6 + 34 + 2 + 4 + 1 + 33 = 118.<br />

85. Antes <strong>de</strong> uma eleição para prefeito, certo instituto<br />

realizou uma pesquisa em que foi consultado um número<br />

significativo <strong>de</strong> eleitores, dos quais 36% respon<strong>de</strong>ram que<br />

iriam votar no candidato X; 33%, no candidato Y e 31%, no<br />

candidato Z. A margem <strong>de</strong> erro estimada para cada um <strong>de</strong>sses<br />

valores é <strong>de</strong> 3% para mais ou para menos. Os técnicos do<br />

instituto concluíram que, se confirmado o resultado da<br />

pesquisa,<br />

(A) apenas o candidato X po<strong>de</strong>ria vencer e, nesse caso, teria<br />

39% do total <strong>de</strong> votos.<br />

(B) apenas os candidatos X e Y teriam chances <strong>de</strong> vencer.<br />

(C) o candidato Y po<strong>de</strong>ria vencer com uma diferença <strong>de</strong> até<br />

5% sobre X.<br />

(D) o candidato Z po<strong>de</strong>ria vencer com uma diferença <strong>de</strong>, no<br />

máximo, 1% sobre X.<br />

(E) o candidato Z po<strong>de</strong>ria vencer com uma diferença <strong>de</strong> até<br />

5% sobre o candidato Y.<br />

COMENTÁRIO<br />

Item D<br />

A partir da pesquisa e com a margem <strong>de</strong> erro (±3%), temos:<br />

1) 36% (±3%) iriam votar no candidato X.<br />

• Máximo <strong>de</strong> 39%<br />

• Mínimo <strong>de</strong> 33%<br />

• Mínimo <strong>de</strong> 30%<br />

3) 31% (±3%) iriam votar no candidato Z.<br />

• Máximo <strong>de</strong> 34%<br />

• Mínimo <strong>de</strong> 28%<br />

A análise das alternativas permite concluir que a alternativa d<br />

é correta, visto que o candidato Z po<strong>de</strong>ria vencer com 34%<br />

dos votos, com uma diferença <strong>de</strong>, no máximo, 1% sobre X<br />

(33%) e com uma diferença <strong>de</strong>, no máximo, 4% sobre Y<br />

(30%).<br />

86. O capim-elefante é uma <strong>de</strong>signação genérica que reúne<br />

mais <strong>de</strong> 200 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> capim e se <strong>de</strong>staca porque tem<br />

produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aproximadamente 40 toneladas <strong>de</strong> massa<br />

seca por hectare por ano, no mínimo, sendo, por exemplo,<br />

quatro vezes maior que a da ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> eucalipto. Além<br />

disso, seu ciclo <strong>de</strong> produção é <strong>de</strong> seis meses, enquanto o<br />

primeiro corte da ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> eucalipto é feito a partir do<br />

sexto ano.<br />

Consi<strong>de</strong>re uma região R plantada com capim-elefante que<br />

mantém produtivida<strong>de</strong> constante com o passar do tempo.<br />

Para se obter a mesma quantida<strong>de</strong>, em toneladas, <strong>de</strong> massa<br />

seca <strong>de</strong> eucalipto, após o primeiro ciclo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>ssa<br />

planta, é necessário plantar uma área S que satisfaça à<br />

relação:<br />

(A) S = 4R<br />

(B) S = 6R<br />

(C) S = 12R<br />

(D) S = 36R<br />

(E) S = 48R<br />

COMENTÁRIO<br />

Item E<br />

A produtivida<strong>de</strong> do capim é quatro vezes maior que a do<br />

eucalipto. Além disso enquanto um ciclo do eucalipto ( 6<br />

anos) correspon<strong>de</strong> a doze do capim (6 meses)<br />

logo a área requerida será:<br />

4 X 12 = 48<br />

87. A cada ano, a Amazônia Legal per<strong>de</strong>, em mé<strong>dia</strong>, 0,5% <strong>de</strong><br />

suas florestas. O percentual parece pequeno, mas equivale a<br />

uma área <strong>de</strong> quase 5 mil quilômetros quadrados. Os cálculos<br />

feitos pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da<br />

Amazônia (Imazon) apontam um crescimento <strong>de</strong> 23% na taxa<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>struição da mata em junho <strong>de</strong> 2008, quando comparado<br />

ao mesmo mês do ano 2007. Aproximadamente 612 metros<br />

quadrados <strong>de</strong> floresta foram cortados ou queimados em<br />

quatro semanas. Nesse ritmo, um hectare e meio (15 mil<br />

metros quadrados ou pouco mais <strong>de</strong> um campo <strong>de</strong> futebol) da<br />

maior floresta tropical do planeta é <strong>de</strong>struído a cada minuto.<br />

A tabela abaixo mostra dados das áreas <strong>de</strong>struídas em alguns<br />

Estados brasileiros.<br />

2) 33% (±3%) iriam votar no candidato Y.<br />

• Máximo <strong>de</strong> 36%<br />

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Supondo a manutenção <strong>de</strong>sse ritmo <strong>de</strong> <strong>de</strong>smatamento nesses<br />

Estados, o total <strong>de</strong>smatado entre agosto <strong>de</strong> 2008 e junho <strong>de</strong><br />

2009, em valores aproximados, foi:<br />

(A) inferior a 5.000 km2.<br />

(B) superior a 5.000 km2 e inferior a 6.000 km2.<br />

(C) superior a 6.000 km2 e inferior a 7.000 km2.<br />

(D) superior a 7.000 km2 e inferior a 10.000 km2.<br />

(E) superior a 10.000 km2.<br />

COMENTÁRIO<br />

Item B<br />

Como o ritmo será igual ao do período anterior e este foi <strong>de</strong><br />

9%, basta adicionar 9% a área anterior:<br />

1,09 X 4.754 = 5.181,86.<br />

88. Rosa e Maria começam a subir uma escada <strong>de</strong> 100<br />

<strong>de</strong>graus no mesmo instante. Rosa sobe 10 <strong>de</strong>graus a cada 15<br />

segundos e Maria sobe 10 <strong>de</strong>graus a cada 20 segundos.<br />

Quando uma <strong>de</strong>las chegar ao último <strong>de</strong>grau, quanto tempo<br />

faltará para a outra completar a subida?<br />

(A) meio minuto<br />

(B) 40 segundos<br />

(C) 45 segundos<br />

(D) 50 segundos<br />

(E) 1 minuto<br />

COMENTÁRIO<br />

Item D<br />

Como 100 <strong>de</strong>graus = 10 x 10 <strong>de</strong>graus, Rosa gastará 15 x 10 =<br />

150 segundos para chegar ao último Degrau da escada. Do<br />

mesmo modo, Maria levará 20 x 10 = 200 segundos para<br />

atingir o topo da escada. Assim, quando Rosa terminar <strong>de</strong><br />

subir a escada, faltarão 200 - 150 = 50 segundos para Maria<br />

completar a subida.<br />

89. Val<strong>de</strong>mar vai construir um muro <strong>de</strong> 2 m <strong>de</strong> altura por 7m<br />

<strong>de</strong> comprimento. Ele vai usar tijolos <strong>de</strong> 5 cm <strong>de</strong> altura por 20<br />

cm <strong>de</strong> comprimento unidos por uma fina camada <strong>de</strong> cimento,<br />

conforme indicado na figura. Sabendo que os tijolos são<br />

vendidos em milheiros, quantos milheiros Val<strong>de</strong>mar vai ter<br />

que comprar para construir o muro?<br />

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(A) 1<br />

(B) 2<br />

(C) 3<br />

(D) 4<br />

(E) 5<br />

COMENTÁRIO<br />

Item B<br />

Sabemos que 1 m = 100 cm. A altura do muro é igual a 2 m,<br />

ou seja, 200 cm, e a altura <strong>de</strong> cada tijolo é <strong>de</strong> 5 cm. Logo,<br />

serão necessárias cerca <strong>de</strong> 200 ¸ 5 = 40 camadas horizontais<br />

<strong>de</strong> tijolos para atingir a altura do muro. O comprimento do<br />

muro é <strong>de</strong> 7 m, ou seja, 700 cm e o comprimento <strong>de</strong> um tijolo<br />

é <strong>de</strong> 20 cm. Assim, <strong>de</strong>vem ser colocados em cada camada<br />

horizontal do muro cerca <strong>de</strong> 700 ¸ 20 = 35 tijolos. Levando<br />

em conta a espessura da camada <strong>de</strong> cimento, po<strong>de</strong>mos<br />

estimar que o número total <strong>de</strong> tijolos necessários é 40 x 35 =<br />

1400. Logo Val<strong>de</strong>mar vai precisar comprar dois milheiros <strong>de</strong><br />

tijolos.<br />

90. O aniversário <strong>de</strong> Ortiz Filho é no <strong>dia</strong> 20 <strong>de</strong> julho. Em<br />

agosto <strong>de</strong> 2005, ao preencher uma ficha em sua escola, Ortiz<br />

Filho inverteu a posição dos dois últimos algarismos do ano<br />

em que nasceu. A professora que recebeu a ficha disse: –<br />

Ortiz Filho, por favor, corrija o ano <strong>de</strong> seu nascimento, senão<br />

as pessoas vão pensar que você tem a ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu pai, ou<br />

seja, 56 anos!<br />

Qual era a ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ortiz Filho em agosto <strong>de</strong> 2005?<br />

(A) 11 anos<br />

(B) 12 anos<br />

(C) 13 anos<br />

(D) 14 anos<br />

(E) 15 anos<br />

COMENTÁRIO<br />

Item A<br />

Como estavam em agosto <strong>de</strong> 2005, Ortiz Filho já havia feito<br />

seu aniversário naquele ano. Assim, ao inverter os dois<br />

últimos algarismos do ano em que nasceu, ele escreveu na<br />

ficha o ano 2005 - 56 = 1949 . Ele <strong>de</strong>veria então ter escrito<br />

1994, que é o verda<strong>de</strong>iro ano do seu nascimento. Portanto<br />

naquele ano Ortiz filho tinha 2005 - 1994 = 11 anos.<br />

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