Prova Comentada 1º dia - Curso XII de Maio
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<strong>Curso</strong> Pré-Vestibular <strong>XII</strong> <strong>de</strong> <strong>Maio</strong> Simulado 2011.3<br />
O Cursinho da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFC Enem – <strong>1º</strong> Dia<br />
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS<br />
Questões 1 a 45<br />
01. No <strong>dia</strong> 21/04/2003, Dia <strong>de</strong> Tira<strong>de</strong>ntes, o jornal "Diário do<br />
Povo" <strong>de</strong> Campinas/SP publicou a tirinha a seguir:<br />
A partir da análise da tirinha e do contexto <strong>de</strong> sua publicação<br />
po<strong>de</strong>mos inferir que, nos processos <strong>de</strong> construção da<br />
i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> nacional,<br />
a) a construção do nacionalismo dispensa o uso <strong>de</strong> heróis em<br />
função <strong>de</strong> sua pouca aceitação popular.<br />
b) a televisão é o meio mais eficaz <strong>de</strong> construir o<br />
nacionalismo <strong>de</strong> um povo.<br />
c) a memória histórica po<strong>de</strong> ser construída através <strong>de</strong> várias<br />
fontes.<br />
d) a produção <strong>de</strong> uma história <strong>de</strong> caráter nacional sempre é<br />
produto da imposição da visão oficial do Estado.<br />
e) a população é politicamente alienada e <strong>de</strong>sconhece seus<br />
verda<strong>de</strong>iros heróis.<br />
COMENTÁRIO<br />
Apesar dos esforços estatais para impor sua visão histórica<br />
através <strong>de</strong> celebrações oficiais, muitas vezes tais iniciativas<br />
não encontram ressonância entre a população, pois <strong>de</strong>ntre<br />
outros motivos tais esforços encontram concorrência <strong>de</strong><br />
outros locais <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> memória histórica, como a<br />
televisão.<br />
02. A partir da segunda meta<strong>de</strong> do século XIX, um grupo <strong>de</strong><br />
cafeicultores paulistas começou a promover a vinda <strong>de</strong><br />
imigrantes europeus ao Brasil. O governo imperial acabou,<br />
aos poucos, absorvendo a li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong>ssa iniciativa. Esse<br />
movimento migratório foi muito importante por que:<br />
a) possibilitou a ocupação <strong>de</strong> regiões pouco povoadas e<br />
inóspitas, como a Amazônia e o Centro-Oeste.<br />
b) garantiu ao País mão <strong>de</strong> obra especializada, elemento<br />
<strong>de</strong>cisivo para acelerar o gran<strong>de</strong> surto industrial da época.<br />
c) consolidou o sistema financeiro nacional <strong>de</strong>vido aos<br />
capitais que os imigrantes trouxeram para cá.<br />
d) <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ou uma revolução nos hábitos culturais do País,<br />
<strong>de</strong>vido à miscigenação <strong>de</strong>sses europeus com a população<br />
local.<br />
e) assegurou mão <strong>de</strong> obra à crescente lavoura cafeeira, uma<br />
vez que foi proibida a importação <strong>de</strong> escravos.<br />
continuado pelo governo imperial, assegurou mão <strong>de</strong> obra às<br />
lavouras cafeeiras, pois o tráfico internacional <strong>de</strong> escravos<br />
foi proibido com a edição da Lei Eusébio <strong>de</strong> Queiroz (1850).<br />
03. Mais onze bens são incluídos na lista <strong>de</strong> proteção do<br />
Patrimônio Cultural Brasileiro.<br />
Foram tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e<br />
Artístico Nacional do Ministério da Cultura (Iphan/MinC) o<br />
Conjunto Paisagístico da Cida<strong>de</strong> Cárceres (MT); a Igreja<br />
Positivista do Rio <strong>de</strong> Janeiro; o Centro Histórico <strong>de</strong> Natal; o<br />
Centro Histórico <strong>de</strong> Paracatu (MG); foi estendido o<br />
tombamento no Conjunto Arquitetônico e Urbanístico da<br />
Serra da Pieda<strong>de</strong> (MG); Centro Histórico <strong>de</strong> São Luiz do<br />
Paraitinga além das embarcações “Luzitânia”, canoa <strong>de</strong> tolda<br />
utilizada na região do baixo rio São Francisco, em Sergipe;<br />
“Dinamar”, canoa costeira da baía <strong>de</strong> São Marcos, no<br />
Maranhão; “Sombra <strong>de</strong> Luz”, saveiro <strong>de</strong> vela <strong>de</strong> içar, do<br />
Recôncavo Baiano; “Tradição”, canoa pranchão utilizada nos<br />
estados do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e Santa Catarina; e a Festa <strong>de</strong><br />
Sant’ Ana, da região do Caicó, no Rio Gran<strong>de</strong> do Norte. Esta<br />
é a primeira vez no país que são tombadas embarcações. (...)<br />
São embarcações <strong>de</strong> uso tradicional no Brasil, que vieram <strong>de</strong><br />
todos os continentes e aqui foram adaptadas às realida<strong>de</strong>s<br />
locais.<br />
Disponível em:<br />
http://www.cultura.gov.br/site/2010/12/11/patrimoniotombado.<br />
A respeito dos recentes tombamentos patrimoniais efetuados<br />
pelo governo brasileiro po<strong>de</strong>mos inferir que<br />
a) os chamados bens imateriais predominaram sobre os bens<br />
materiais.<br />
b) a gran<strong>de</strong> marca do patrimônio naval brasileiro está na<br />
preservação integral <strong>de</strong> características das embarcações<br />
europeias antigas.<br />
c) o governo tem privilegiado apenas aspectos da cultura<br />
material da região Su<strong>de</strong>ste.<br />
d) o conservadorismo e o tradicionalismo marcaram a escolha<br />
dos bens tombados.<br />
e) o tombamento inclui bens materiais e imateriais com base<br />
em critérios técnicos e <strong>de</strong> relevância social.<br />
COMENTÁRIO<br />
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural Brasileiro é<br />
dirigido pelo presi<strong>de</strong>nte do Iphan e composto por 22<br />
conselheiros <strong>de</strong> instituições, como o Ministério do Turismo, o<br />
Instituto dos Arquitetos do Brasil, a Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Arqueologia Brasileira, o Ministério da Educação, a<br />
Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Antropologia, o Instituto Brasileiro<br />
<strong>de</strong> Museus (Ibram/MinC), além <strong>de</strong> outros representantes da<br />
socieda<strong>de</strong> civil.<br />
COMENTÁRIO<br />
04. Texto 1<br />
Não era só nas roças <strong>de</strong> trigo, mandioca e milho que<br />
labutavam os índios. Transporte do sertão, equipagem <strong>de</strong><br />
Na segunda meta<strong>de</strong> do século XIX, o Brasil experimentou o remadores <strong>de</strong> risco e na orla marítima, pesca e caça para<br />
início <strong>de</strong> uma onda migratória europeia ao seu território. O ração <strong>de</strong> tropa, criação <strong>de</strong> gado nas fazendas jesuíticas<br />
incentivo à imigração, iniciado por cafeicultores e e particulares, corte e preparo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras, serviços<br />
em olarias e teares, alvenarias nos fortins, casas,<br />
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<strong>Curso</strong> Pré-Vestibular <strong>XII</strong> <strong>de</strong> <strong>Maio</strong> Simulado 2011.3<br />
O Cursinho da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFC Enem – <strong>1º</strong> Dia<br />
barracos, abertura e conserva <strong>de</strong> caminhos, fabrico <strong>de</strong> barcos,<br />
estiva e trabalho nas embarcações, tudo isso e mais alguma<br />
coisa cabia em geral aos índios (...).<br />
ALENCASTRO, L. F. <strong>de</strong>. O trato <strong>de</strong> Viventes: formação do<br />
Brasil no Atlântico Sul – séculos XVI e XVII. São Paulo:<br />
Companhia das Letras, 2000.<br />
Texto 2<br />
(...) Um dos ban<strong>de</strong>irantes mais ativos foi Antônio Raposo<br />
Tavares que, além <strong>de</strong> comandar diretamente ou estar entre os<br />
lí<strong>de</strong>res das ban<strong>de</strong>iras que entre 1648 e 1652 <strong>de</strong>struíram as<br />
missões jesuítas, esteve presente na <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> Guairá,<br />
Itatim e Tape, alcançou a foz do rio<br />
Amazonas, chegando a Belém do Pará, percorrendo mais <strong>de</strong><br />
12 mil quilômetros.<br />
FREITAS NETO, José A; TASINAFO, Célio Ricardo.<br />
História Geral e do Brasil. 2a Edição. São Paulo: Harbra, p.<br />
328.<br />
Avaliando criticamente os conflitos entre ban<strong>de</strong>irantes e<br />
indígenas po<strong>de</strong>-se inferir que<br />
a) as ban<strong>de</strong>iras, <strong>de</strong>srespeitando o Tratado <strong>de</strong> Tor<strong>de</strong>silhas,<br />
rasgaram os sertões, levando à ocupação <strong>de</strong> longínquas terras<br />
não pertencentes aos indígenas.<br />
b) o <strong>de</strong>senvolvimento econômico da vila <strong>de</strong> São Paulo<br />
acarretou a escravização <strong>de</strong> povos indígenas pelos<br />
ban<strong>de</strong>irantes, apoiados pela Companhia <strong>de</strong> Jesus.<br />
c) São Paulo importava sal, tecidos, especiarias, vinho,<br />
ferramentas, pólvora, intensificando o uso <strong>de</strong> cativos no<br />
transporte, nos pousos, roças e trigais paulistas elevando a<br />
mé<strong>dia</strong> <strong>de</strong> escravos indígenas por proprietário.<br />
d) algumas ban<strong>de</strong>iras, financiadas pelas autorida<strong>de</strong>s coloniais<br />
ou por gran<strong>de</strong>s proprietários, foram contratadas para reprimir<br />
gentios e negros insurretos, bem como invasões estrangeiras.<br />
e) a atuação dos ban<strong>de</strong>irantes nas regiões <strong>de</strong> Guairá, Itatim e<br />
Tape explica, ainda hoje, a permanência das tradições e<br />
cultura indígenas na região Norte.<br />
COMENTÁRIO<br />
Os textos mostram a atuação e relação entre a produção dos<br />
indígenas, dos fazen<strong>de</strong>iros e ban<strong>de</strong>irantes, ficando claro que<br />
São Paulo importava vários produtos elevando o número <strong>de</strong><br />
indígenas escravizados como utilização <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra.<br />
fabris do Brás, Mooca, Barra Funda, Lapa, suce<strong>de</strong>ram-se<br />
tiroteios com grupos <strong>de</strong> populares; em certas ruas já<br />
começaram a fazer barricadas com pedras, ma<strong>de</strong>iras velhas,<br />
carroças viradas e a polícia não se atreve a passar por lá,<br />
porque dos telhados e cantos partem tiros certeiros. Os<br />
jornais saem cheios <strong>de</strong> notícias sem comentários quase, mas<br />
o que se sabe é sumamente grave, prenunciando dramáticos<br />
acontecimentos.<br />
DIAS, Everardo. História das Lutas Sociais no Brasil. Apud<br />
Ban<strong>de</strong>ira, M. et alia, op. cit., pp. 56-57<br />
Sobre a greve geral <strong>de</strong> 1917, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar que<br />
a) foi um marco histórico na luta dos trabalhadores por<br />
melhores condições <strong>de</strong> vida e trabalho.<br />
b) o Estado oligárquico interagiu tranquilamente com os<br />
grevistas, consi<strong>de</strong>rando suas reivindicações.<br />
c) não houve luta, e sim uma mesa <strong>de</strong> negociações<br />
envolvendo sindicato patronal e <strong>de</strong> trabalhadores.<br />
d) o resultado do movimento foi a pronta elaboração <strong>de</strong><br />
legislação que regulamentava o trabalho.<br />
e) a população, acostumada com movimentos<br />
reivindicatórios, não temeu a situação <strong>de</strong> greve.<br />
COMENTÁRIO<br />
A Greve Geral <strong>de</strong> 1917, que pára São Paulo e mostra a força<br />
do movimento operário brasileiro. No <strong>de</strong>correr dos anos 20 a<br />
luta por melhores salários e condições <strong>de</strong> trabalho dão o tom<br />
do movimento, que faz muitas outras pequenas greves<br />
durante a República Velha. Dentro <strong>de</strong>sse processo temos em<br />
1922, a fundação do PCB (Partido Comunista Brasileiro).<br />
06. (ENEM 2007) Consi<strong>de</strong>rando a linha do tempo acima e o<br />
processo <strong>de</strong> abolição da escravatura no Brasil, assinale a<br />
opção correta.<br />
a) O processo abolicionista foi rápido porque recebeu a<br />
a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> todas as correntes políticas do país.<br />
b) O primeiro passo para a abolição da escravatura foi a<br />
proibição do uso dos serviços das crianças nascidas em<br />
cativeiro.<br />
c) Antes que a compra <strong>de</strong> escravos no exterior fosse proibida,<br />
<strong>de</strong>cidiu-se pela libertação dos cativos mais velhos.<br />
d) Assinada pela princesa Isabel, a Lei Áurea concluiu o<br />
processo abolicionista, tornando ilegal a escravidão no Brasil.<br />
e) Ao abolir o tráfico negreiro, a Lei Eusébio <strong>de</strong> Queirós<br />
bloqueou a formulação <strong>de</strong> novas leis antiescravidão no<br />
Brasil.<br />
COMENTÁRIO<br />
A Lei João Alfredo, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1888, mais conhecida<br />
como “Lei Áurea”, <strong>de</strong>clarou “extinta, a parir <strong>de</strong>sta data, a<br />
escravidão no Brasil”. Promulgada pela princesa Isabel, ela<br />
05. Leia a seguir o <strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> um operário que viveu a tomou ilegal a escravidão e encerrou a Campanha<br />
primeira greve geral em 1917:<br />
Abolicionista nos momentos finais do Império do Brasil.<br />
São Paulo é uma cida<strong>de</strong> morta: sua população está<br />
alarmada, os rostos <strong>de</strong>notam apreensão e pânico, porque<br />
tudo está fechado, sem o menor movimento. Pelas ruas, afora 07. (ENEM 2007)<br />
alguns transeuntes apressados, só circulavam veículos São Paulo, 18 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1929.<br />
militares, requisitados pela Cia. Antártica e <strong>de</strong>mais Carlos [Drummond <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>],<br />
indústrias, com tropas armadas <strong>de</strong> fuzis e metralhadoras. Há Achei graça e gozei com o seu entusiasmo pela<br />
or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> atirar para quem fique parado na rua. Nos bairros candidatura Getúlio Vargas — João Pessoa. É. Mas<br />
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veja como estamos... trocados. Esse entusiasmo <strong>de</strong>via ser<br />
meu e sou eu que conservo o ceticismo que <strong>de</strong>veria ser <strong>de</strong><br />
você. (...).<br />
Eu... eu contemplo numa torcida apenas simpática a<br />
candidatura Getúlio Vargas, que antes <strong>de</strong>sejara tanto.<br />
Mas pra mim, presentemente, essa candidatura (única<br />
aceitável, está claro) fica manchada por essas pazes<br />
fragílimas <strong>de</strong> governistas mineiros, gaúchos, paraibanos (...),<br />
com <strong>de</strong>mocráticos paulistas (que pararam <strong>de</strong> atacar o<br />
Bernar<strong>de</strong>s) e oposicionistas cariocas e gaúchos. Tudo isso<br />
não me entristece. Continuo reconhecendo a existência <strong>de</strong><br />
males necessários, porém me afasta do meu país e da<br />
candidatura Getúlio Vargas. Repito: única aceitável.<br />
Mário [<strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>]<br />
Renato Lemos. Bem traçadas linhas: a história do Brasil em<br />
cartas pessoais. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Bom Texto, 2004, p. 305.<br />
Acerca da crise política ocorrida em fins da Primeira<br />
República, a carta do paulista Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> ao mineiro<br />
Carlos Drummond <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> revela<br />
a) a simpatia <strong>de</strong> Drummond pela candidatura Vargas e o<br />
<strong>de</strong>sencanto <strong>de</strong> Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> com as composições<br />
políticas sustentadas por Vargas.<br />
b) a veneração <strong>de</strong> Drummond e Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> ao gaúcho<br />
Getúlio Vargas, que se aliou à oligarquia cafeeira <strong>de</strong> São<br />
Paulo.<br />
c) a concordância entre Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> e Drummond<br />
quanto ao caráter inovador <strong>de</strong> Vargas, que fez uma ampla<br />
aliança para <strong>de</strong>rrotar a oligarquia mineira.<br />
d) a discordância entre Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> e Drummond sobre<br />
a importância da aliança entre Vargas e o paulista Júlio<br />
Prestes nas eleições presi<strong>de</strong>nciais.<br />
e) o otimismo <strong>de</strong> Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> em relação a Getúlio<br />
Vargas, que se recusara a fazer alianças políticas para vencer<br />
as eleições.<br />
COMENTÁRIO<br />
Logo no início <strong>de</strong> sua carta, Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixa claro<br />
que, enquanto Drummond está animado com a candidatura<br />
<strong>de</strong> Vargas (“Achei graça e gozei com seu entusiasmo pela<br />
candidatura Getúlio Vargas...”), ele continua <strong>de</strong>scrente<br />
(“...conservo o ceticismo...”). O motivo disso seriam as<br />
alianças políticas que sustentariam tal candidatura — a seu<br />
ver, duvidosas (“essa candidatura...fica manchada por essas<br />
pazes fragílimas...”).<br />
08. (ENEM 2008) O ano <strong>de</strong> 1954 foi <strong>de</strong>cisivo para Carlos<br />
Lacerda. Os que conviveram com ele em 1954, 1955, 1957<br />
(um dos seus momentos intelectuais mais altos, quando o<br />
governo Juscelino tentou cassar o seu mandato <strong>de</strong> <strong>de</strong>putado),<br />
1961 e 1964 tinham consciência <strong>de</strong> que Carlos Lacerda, em<br />
uma batalha política ou jornalística, era um trator em ação,<br />
era um vendaval <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ado não se sabe como, mas que<br />
era impossível parar fosse pelo método que fosse.<br />
Hélio Fernan<strong>de</strong>s. Carlos Lacerda, a morte antes da missão<br />
cumprida. In: Tribuna da Imprensa, 22/5/2007 (com<br />
adaptações).<br />
suicídio <strong>de</strong> Vargas (em gran<strong>de</strong> medida, <strong>de</strong>vido à pressão<br />
política exercida pelo próprio Lacerda), e 1964, quando um<br />
golpe <strong>de</strong> Estado interrompe a trajetória <strong>de</strong>mocrática do país,<br />
conclui-se que<br />
a) a cassação do mandato parlamentar <strong>de</strong> Lacerda antece<strong>de</strong>u<br />
a crise que levou Vargas à morte.<br />
b) Lacerda e a<strong>de</strong>ptos do getulismo, aparentemente opositores,<br />
expressavam a mesma posição políticoi<strong>de</strong>ológica.<br />
c) a implantação do regime militar, em 1964, <strong>de</strong>correu da<br />
crise surgida com a contestação à posse <strong>de</strong> Juscelino<br />
Kubitschek como presi<strong>de</strong>nte da República.<br />
d) Carlos Lacerda atingiu o apogeu <strong>de</strong> sua carreira, tanto no<br />
jornalismo quanto na política, com a instauração do regime<br />
militar.<br />
e) Juscelino Kubitschek, na presidência da República, sofreu<br />
vigorosa oposição <strong>de</strong> Carlos Lacerda, contra quem procurou<br />
reagir.<br />
COMENTÁRIO<br />
O texto proposto enfatiza a atuação política e intelectual <strong>de</strong><br />
Carlos Lacerda no período 1954-1964, fase em que se<br />
incluiu o governo Juscelino Kubitschek (1956-61). A<br />
vigorosa oposição <strong>de</strong> Lacerda, na li<strong>de</strong>rança da UDN, ao<br />
regime populista vigente valeu-lhe a ameaça <strong>de</strong> cassação do<br />
mandato, articulada pelo governo fe<strong>de</strong>ral. A instauração do<br />
regime militar em 1964, evento que contou com importante<br />
contribuição <strong>de</strong> Lacerda, marcou o início do seu <strong>de</strong>clínio,<br />
celebrado com a suspensão dos seus direitos políticos em<br />
1968.<br />
09. (ENEM 2006) A mo<strong>de</strong>rna <strong>de</strong>mocracia brasileira foi<br />
construída entre saltos e sobressaltos. Em 1954, a crise<br />
culminou no suicídio do presi<strong>de</strong>nte Vargas. No ano seguinte,<br />
outra crise quase impediu a posse do presi<strong>de</strong>nte eleito,<br />
Juscelino Kubitschek. Em 1961, o Brasil quase chegou à<br />
guerra civil <strong>de</strong>pois da inesperada renúncia do presi<strong>de</strong>nte<br />
Jânio Quadros. Três anos mais tar<strong>de</strong>, um golpe militar <strong>de</strong>pôs<br />
o presi<strong>de</strong>nte João Goulart, e o país viveu durante vinte anos<br />
em regime autoritário.<br />
A partir <strong>de</strong>ssas informações, relativas à história republicana<br />
brasileira, assinale a opção correta.<br />
a) Ao término do governo João Goulart, Juscelino<br />
Kubitschek foi eleito presi<strong>de</strong>nte da República.<br />
b) A renúncia <strong>de</strong> Jânio Quadros representou a primeira<br />
gran<strong>de</strong> crise do regime republicano brasileiro.<br />
c) Após duas décadas <strong>de</strong> governos militares, Getúlio Vargas<br />
foi eleito presi<strong>de</strong>nte em eleições diretas.<br />
d) A trágica morte <strong>de</strong> Vargas <strong>de</strong>terminou o fim da carreira<br />
política <strong>de</strong> João Goulart.<br />
e) No período republicano citado, sucessivamente, um<br />
presi<strong>de</strong>nte morreu, um teve sua posse contestada, um<br />
renunciou e outro foi <strong>de</strong>posto.<br />
COMENTÁRIO<br />
Como o próprio enunciado afirma, entre 1954 e 1964,<br />
Getúlio Vargas cometeu suicídio; Juscelino Kubitschek,<br />
quando eleito, teve sua posse contestada; Jânio Quadros<br />
renunciou antes mesmo <strong>de</strong> completar sete meses <strong>de</strong><br />
Com base nas informações do texto acima e em aspectos governo, e o vice-presi<strong>de</strong>nte que assumiu o po<strong>de</strong>r,<br />
relevantes da história brasileira entre 1954, quando ocorreu o João Goulart, foi <strong>de</strong>posto pelo golpe militar <strong>de</strong> 1964.<br />
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O Cursinho da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFC Enem – <strong>1º</strong> Dia<br />
10. (ENEM 2005) Zuenir Ventura, em seu livro “Minhas<br />
memórias dos outros” (São Paulo: Planeta do Brasil, 2005),<br />
referindo-se ao fim da “Era Vargas” e ao suicídio do<br />
presi<strong>de</strong>nte em 1954, comenta: Quase como castigo do<br />
<strong>de</strong>stino, dois anos <strong>de</strong>pois eu iria trabalhar no jornal <strong>de</strong> Carlos<br />
Lacerda, o inimigo mortal <strong>de</strong> Vargas (e nunca esse adjetivo<br />
foi tão próprio).<br />
Diante daquele contexto histórico, muitos estudiosos<br />
acreditam que, com o suicídio, Getúlio Vargas atingiu não<br />
apenas a si mesmo, mas o coração <strong>de</strong> seus aliados e a mente<br />
<strong>de</strong> seus inimigos. A afirmação que aparece “entre parênteses”<br />
no comentário e uma conseqüência política que atingiu os<br />
inimigos <strong>de</strong> Vargas aparecem, respectivamente, em:<br />
a) a conspiração envolvendo o jornalista Carlos Lacerda é um<br />
dos elementos do <strong>de</strong>sfecho trágico e o recuo da ação <strong>de</strong><br />
políticos conservadores <strong>de</strong>vido ao impacto da reação popular.<br />
b) a tentativa <strong>de</strong> assassinato sofrida pelo jornalista Carlos<br />
Lacerda por apoiar os assessores do presi<strong>de</strong>nte que<br />
discordavam <strong>de</strong> suas idéias e o avanço dos conservadores foi<br />
intensificado pela ação dos militares.<br />
c) o presi<strong>de</strong>nte sentiu-se impotente para aten<strong>de</strong>r a seus<br />
inimigos, como Carlos Lacerda, que o pressionavam contra a<br />
ditadura e os aliados do presi<strong>de</strong>nte teriam que aguardar mais<br />
uma década para concretizar a <strong>de</strong>mocracia progressista.<br />
d) o jornalista Carlos Lacerda foi responsável direto pela<br />
morte do presi<strong>de</strong>nte e este fato veio impedir <strong>de</strong>finitivamente<br />
a ação <strong>de</strong> grupos conservadores.<br />
e) o presi<strong>de</strong>nte cometeu o suicído para garantir uma<br />
<strong>de</strong>finitiva e dramática vitória contra seus acusadores e<br />
oferecendo a própria vida Vargas facilitou as estratégias <strong>de</strong><br />
regimes autoritários no país.<br />
COMENTÁRIO<br />
A afirmação que aparece entre parênteses no enunciado “…e<br />
nunca esse adjetivo foi tão próprio” diz respeito ao atentado<br />
da Rua Tonelero contra o jornalista Carlos Lacerda,<br />
resultando na morte do major da aeronáutica, Rubens<br />
Florentino Vaz. Esse episódio radicalizou a oposição<br />
conservadora contra o presi<strong>de</strong>nte Getúlio Vargas que, <strong>dia</strong>nte<br />
<strong>de</strong> ultimato civil e militar exigindo sua renúncia, suicidou-se.<br />
O suicídio <strong>de</strong> Getúlio provocou comoção popular <strong>de</strong> âmbito<br />
nacional, impelindo os setores políticos mais conservadores<br />
a recuarem frente à instabilida<strong>de</strong> gerada, dando uma<br />
sobrevida ao populismo, consumado com a eleição <strong>de</strong><br />
Juscelino Kubitscheck <strong>de</strong> Oliveira.<br />
britânicos, alemães, franceses, checos, russos, davam<br />
botinadas em penca. Só o brasileiro se mantinha ferozmente<br />
<strong>de</strong>ntro dos limites rígidos da esportivida<strong>de</strong>. Então, se<br />
verificou o seguinte: o inglês, tal como o concebíamos, não<br />
existe. O único inglês que apareceu no Mun<strong>dia</strong>l foi o<br />
brasileiro. Por tantos motivos, vamos per<strong>de</strong>r a vergonha (...),<br />
vamos sentar no meio-fio e chorar. Porque é uma alegria ser<br />
brasileiro, amigos.”<br />
Além <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar a beleza do futebol brasileiro, Nelson<br />
Rodrigues quis dizer que o comportamento dos jogadores<br />
<strong>de</strong>ntro do campo<br />
a) foi prejudicial para a equipe e quase pôs a per<strong>de</strong>r a<br />
conquista da copa do mundo.<br />
b) mostrou que os brasileiros tinham as mesmas qualida<strong>de</strong>s<br />
que admiravam nos europeus, principalmente nos ingleses.<br />
c) ressaltou o sentimento <strong>de</strong> inferiorida<strong>de</strong> dos jogadores<br />
brasileiros em relação aos europeus, o que os impediu <strong>de</strong><br />
revidar as agressões sofridas.<br />
d) mostrou que o choro po<strong>de</strong>ria aliviar o sentimento <strong>de</strong> que<br />
os europeus eram superiores aos brasileiros.<br />
e) mostrou que os brasileiros eram iguais aos europeus,<br />
po<strong>de</strong>ndo comportar-se como eles, que não respeitavam os<br />
limites da esportivida<strong>de</strong>.<br />
COMENTÁRIO<br />
Nelson Rodrigues ressalta nesse texto que, além <strong>de</strong> mostrar o<br />
melhor futebol já visto, a seleção <strong>de</strong> 1958 foi a mais<br />
disciplinada em campo, <strong>de</strong>monstrando, assim, uma<br />
sobrieda<strong>de</strong> e uma poli<strong>de</strong>z que, antes, o brasileiro imaginava<br />
serem típicas dos ingleses. Com isso, tem motivos <strong>de</strong> sobra<br />
para trocar a auto-imagem <strong>de</strong> “cafajeste nato e hereditário”<br />
pela do inglês i<strong>de</strong>alizado.<br />
12. “Na noite fatal em que o cavalo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira vomitou seu<br />
conteúdo <strong>de</strong> homens armados, dando como resultado a<br />
<strong>de</strong>struição da cida<strong>de</strong>, Enéias conseguiu fugir com os<br />
sobreviventes, navegando para a Itália. La chegando, um<br />
oráculo lhe indicou um lugar para se fixar com os seus.”<br />
Adaptado <strong>de</strong> BULFINCH, Thomaz. O Livro <strong>de</strong> Ouro da<br />
Mitologia, Editora Ediouro.<br />
O texto transcrito, acrescido <strong>de</strong> outros conhecimentos sobre o<br />
tema, permite-nos i<strong>de</strong>ntificar<br />
a) a conclusão da Guerra <strong>de</strong> Troia e os acontecimentos que<br />
levariam a fundação <strong>de</strong> Roma.<br />
um episodio das Guerras Púnicas entre Roma e Cartago,<br />
11. (ENEM 2002) Em 1958, a seleção brasileira foi campeã vencidas pela segunda.<br />
mun<strong>dia</strong>l pela primeira vez. O texto foi extraído da crônica “A b) um acontecimento das Guerras Medicas, travadas entre<br />
alegria <strong>de</strong> ser brasileiro.” do dramaturgo Nelson Rodrigues, gregos e troianos e vencidas pelos primeiros.<br />
publicada naquele ano pelo jornal Última Hora.<br />
c) as aventuras <strong>de</strong> Enéias e seus companheiros apos a queda<br />
“Agora, com a chegada da equipe imortal, as lágrimas rolam. <strong>de</strong> Roma, <strong>de</strong>scritas no poema épico Odisséia.<br />
Convenhamos que a seleção as merece. Merece por tudo: não d) um episodio das Guerras Púnicas entre Roma e Cartago,<br />
só pelo futebol, que foi o mais belo que os olhos mortais já vencidas pela segunda.<br />
contemplaram, como também pelo seu maravilhoso índice e) um trecho da Ilíada, no qual o herói grego Enéias foge <strong>de</strong><br />
disciplinar. Até este Campeonato, o brasileiro julgava-se um Atenas para fundar uma colônia grega na Itália.<br />
cafajeste nato e hereditário. Olhava o inglês e tinha-lhe<br />
inveja. Achava o inglês o sujeito mais fino, mais sóbrio, <strong>de</strong><br />
uma poli<strong>de</strong>z e <strong>de</strong> uma cerimônia inenarráveis. E, súbito, há o<br />
Mun<strong>dia</strong>l. Todo mundo baixou o sarrafo no Brasil. Suecos,<br />
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COMENTÁRIO<br />
De acordo com a narração <strong>de</strong> Virgílio na Eneida, o herói<br />
troiano Enéias escapou <strong>de</strong> Troia, quando esta foi tomada<br />
pelos gregos, e se dirigiu para a Itália, on<strong>de</strong> fundou a cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Alba Longa, na região do Lácio. Seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes<br />
Rômulo e Remo foram os fundadores <strong>de</strong> Roma.<br />
13. “O governo revolucionário <strong>de</strong>ve aos bons cidadãos toda a<br />
proteção; aos inimigos da Revolução, <strong>de</strong>ve apenas a morte.”<br />
(Discurso <strong>de</strong> Robespierre)<br />
“Não se esqueçam <strong>de</strong> mostrar minha cabeça ao povo. Ela e<br />
digna <strong>de</strong> ser vista.”<br />
(Danton, lí<strong>de</strong>r jacobino, antes <strong>de</strong> ser guilhotinado.)<br />
As <strong>de</strong>clarações acima po<strong>de</strong>m ser inseridas<br />
a) na Revolução <strong>de</strong> 1830, quando o rei Carlos X, da dinastia<br />
<strong>de</strong> Bourbon, foi <strong>de</strong>posto e guilhotinado, juntamente com seu<br />
primeiro-ministro Danton, por instigação do lí<strong>de</strong>r<br />
revolucionário Robespierre.<br />
b) na Revolução <strong>de</strong> 1848, conhecida como “Primavera dos<br />
Povos” pela notável participação das camadas populares,<br />
li<strong>de</strong>radas por socialistas utópicos como Georges-Jacques<br />
Danton.<br />
c) na fase inicial da Revolução Francesa, quando as propostas<br />
radicais <strong>de</strong> li<strong>de</strong>res populares como Robespierre e Danton<br />
tiveram uma aplicação efêmera, beneficiando trabalhadores<br />
urbanos e rurais.<br />
d) na Revolução Francesa, durante o período da Convenção,<br />
quando medidas <strong>de</strong> alcance popular se entremearam com as<br />
violências praticadas pelo governo jacobino durante o<br />
chamado “Terror”.<br />
e) na Era Napoleônica, quando li<strong>de</strong>res revolucionários como<br />
Robespierre e Danton foram eliminados porque<br />
representavam uma ameaça a consolidação das vantagens<br />
alcançadas pela burguesia.<br />
COMENTÁRIO<br />
Entre 1792 e 1795, a Revolução Francesa contou com uma<br />
Convenção Nacional eleita por sufrágio universal masculino.<br />
Durante pouco mais <strong>de</strong> um ano (1793-94), a Convenção foi<br />
controlada pelos jacobinos ou montanheses, representantes<br />
radicais da pequena burguesia e das camadas populares<br />
(sans-culottes). Nesse período, foram adotadas várias<br />
medidas <strong>de</strong> interesse popular, <strong>de</strong>stacando-se o ensino<br />
primário obrigatório, o tabelamento dos gêneros <strong>de</strong> primeira<br />
necessida<strong>de</strong> e a abolição da escravidão nas colônias. Mas<br />
houve também uma enorme violência contra os “inimigos da<br />
Revolução”, inspirada pelo lí<strong>de</strong>r jacobino Robespierre. Este<br />
acabou voltando-se contra elementos <strong>de</strong> seu próprio partido,<br />
eliminando primeiro os ultrarradicais (lí<strong>de</strong>r: Marat) e <strong>de</strong>pois<br />
os mo<strong>de</strong>rados (lí<strong>de</strong>r: Danton), até ele próprio ser <strong>de</strong>rrubado<br />
e executado no Golpe <strong>de</strong> 9 Termidor <strong>de</strong> 1794.<br />
No texto acima, o Papa Bento XVI<br />
a) critica Marx por ter atribuído ao capitalismo a<br />
responsabilida<strong>de</strong> pela alienação social e moral dos<br />
indivíduos; mas, ao mesmo tempo, elogia Marx pela<br />
construção do socialismo cientifico.<br />
b) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> Marx e o socialismo cientifico, afirmando que sua<br />
contribuição para o cristianismo não po<strong>de</strong> ser negada, o que<br />
evi<strong>de</strong>ncia a afinida<strong>de</strong> do pontífice com a Teologia da<br />
Libertação.<br />
c) elogia Marx por ter explicitado o papel da cobiça na<br />
exploração do trabalho humano, mas ressalva que o filosofo<br />
alemão enfocou a questão apenas em seu aspecto<br />
materialista.<br />
d) ataca Marx por representar uma tendência políticofilosofica<br />
alienante em relação a realida<strong>de</strong> socioeconômica,<br />
mas o elogia por seu engajamento espiritual na elaboração do<br />
socialismo utópico.<br />
e) <strong>de</strong>monstra uma postura ambígua porque, ao mesmo tempo<br />
em que reconhece a importância filosófica <strong>de</strong> Marx, critica<br />
seu excessivo apego aos valores espirituais do materialismo<br />
<strong>dia</strong>lético.<br />
COMENTÁRIO<br />
Bento XVI reitera as críticas feitas pelo papa Leão <strong>XII</strong>I, na<br />
Encíclica Rerum Novarum (1891), ao enfoque<br />
excessivamente materialista (isto é, voltado exclusivamente<br />
para aspectos concretos e não espirituais) do marxismo; mas<br />
reconhece a importância <strong>de</strong> Karl Marx na análise das<br />
questões econômicas e sociais relacionadas com a evolução<br />
da humanida<strong>de</strong>.<br />
15.<br />
Documento 1:<br />
"Defendi por quarenta anos o mesmo princípio: liberda<strong>de</strong> em<br />
cada coisa, na religião, na filosofia, na literatura, na indústria,<br />
na política; e por liberda<strong>de</strong> entendo o triunfo da<br />
individualida<strong>de</strong>, seja sobre a autorida<strong>de</strong> que gostaria <strong>de</strong><br />
governar <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>spótica, seja sobre as massas que<br />
reclamam o direito <strong>de</strong> sujeitar a minoria à maioria."<br />
Documento 2:<br />
"Detesto a comunhão, porque é a negação da liberda<strong>de</strong> e<br />
porque não concebo a humanida<strong>de</strong> sem liberda<strong>de</strong>. Não sou<br />
comunista, porque o comunismo concentra e engole, em<br />
benefício do Estado, todas as forças da socieda<strong>de</strong>; porque<br />
conduz inevitavelmente à concepção da proprieda<strong>de</strong> nas<br />
mãos do Estado, enquanto eu proponho (...) a extinção<br />
<strong>de</strong>finitiva do princípio mesmo da autorida<strong>de</strong> e tutela, próprios<br />
do Estado, o qual, com o pretexto <strong>de</strong> moralizar e civilizar os<br />
homens, conseguiu (...) somente escravizá-los, persegui-los e<br />
corrompê-los."<br />
14. “Karl Marx foi importante na medida em que revelou a<br />
exploração do homem pelo homem, a cobiça e a falta <strong>de</strong><br />
Nos documentos anteriores, estão expressas duas visões da<br />
realida<strong>de</strong> social elaboradas no século XIX representativas das<br />
i<strong>de</strong>ias:<br />
amor em nome do lucro. Mas não foi mais profundo em seus a) do liberalismo e do socialismo utópico.<br />
estudos <strong>de</strong>vido a sua visão excessivamente voltada as coisas b) da doutrina social da Igreja e do sindicalismo.<br />
da matéria e a divisão da riqueza, sem levar em conta os c) do socialismo utópico e do anarquismo.<br />
aspectos da virtu<strong>de</strong> e do espírito humanos.”<br />
d) do liberalismo e do anarquismo.<br />
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e) da doutrina social da Igreja e do socialismo utópico.<br />
COMENTÁRIO<br />
No Documento 1 fica explícito a origem liberal do fragmento<br />
quando o autor <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a liberda<strong>de</strong> total naquilo que ele<br />
chama <strong>de</strong> tudo, “na religião, na filosofia, na literatura, na<br />
indústria, na política...”, além do mais, ele exalta a<br />
individualida<strong>de</strong> suprema outro valor típico da doutrina<br />
liberal. No Documento 2 a doutrina anarquista é perceptível<br />
quando é apontada as mazelas que o po<strong>de</strong>r absoluto do<br />
Estado trás para os indivíduos, ou seja, a escravização,a<br />
perseguição e a corrupção, afirmando que ninguém po<strong>de</strong><br />
tutelar ou controlar o homem sem a opressão.<br />
16.<br />
O Titanic foi um transatlântico britânico <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> da<br />
White Star Line, construído nos estaleiros <strong>de</strong> Belfast, na<br />
Irlanda. Na noite <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1912, durante sua viagem<br />
inaugural entre Southampton, na Inglaterra, e Nova York,<br />
chocou-se com um iceberg e afundou 2 horas e 40 minutos<br />
<strong>de</strong>pois, na madrugada seguinte. A época, ele era o maior<br />
navio <strong>de</strong> passageiros construído. O naufrágio do Titanic<br />
circunstancial — apesar <strong>de</strong> sua dramaticida<strong>de</strong> — nesses<br />
valores.<br />
17. “A revolução na Rússia atingiu consi<strong>de</strong>rável alcance, a<br />
influência profunda por ela exercida permitiu-lhe abalar<br />
todas as relações <strong>de</strong> classe, revelar o conjunto dos<br />
problemas econômicos e sociais, e passar,<br />
consequentemente, com a fatalida<strong>de</strong> da sua lógica interna,<br />
do primeiro estágio da república burguesa a estágios cada<br />
vez mais elevados, não tendo sido a queda do czarismo mais<br />
do que um episódio menor, quase uma bagatela.”<br />
LUXEMBURG, Rosa. A Revolução Russa. RJ: Vozes, 1990,<br />
p. 61<br />
O conjunto <strong>de</strong> episódios conhecido como Revolução Russa<br />
apresenta dois momentos distintos: uma fase burguesa e uma<br />
socialista. Assinale a alternativa que mais bem expressa o<br />
conceito da autora em relação aos efeitos <strong>de</strong>sse processo<br />
revolucionário.<br />
a) O abalo nas relações <strong>de</strong> classe refere-se à igualda<strong>de</strong><br />
promovida após a concretização da Revolução Russa, uma<br />
vez que no Estado soviético não existiam diferenças entre<br />
grupos sociais.<br />
b) Após a queda do czarismo, implementou-se uma república<br />
burguesa na Rússia, que, ao ser <strong>de</strong>rrubada pela Revolução<br />
Socialista, levou o país a um estágio mais elevado <strong>de</strong><br />
organização.<br />
c) A fase burguesa da Revolução Russa, i<strong>de</strong>ntificada como<br />
um estágio mais elevado do processo revolucionário, foi<br />
responsável pela <strong>de</strong>rrubada do czarismo no país.<br />
d) As disputas entre os partidos da Rússia revolucionária<br />
levaram o país a um caos institucional e promoveram um<br />
aumento nos problemas econômicos e sociais, garantindo a<br />
manutenção do czarismo.<br />
e) O czarismo, o primeiro estágio da Revolução Russa, foi<br />
implantado após a <strong>de</strong>rrubada dos governos instituídos,<br />
respectivamente, nas fases burguesa e socialista do processo<br />
revolucionário.<br />
a) abalou a confiança <strong>de</strong>positada no progresso industrial e<br />
constituiu um golpe para a navegação da época,<br />
revalorizando os meios <strong>de</strong> transporte terrestres.<br />
b) teve gran<strong>de</strong> repercussão no contexto da Belle Epoque —<br />
COMENTÁRIO<br />
período caracterizado pelo cientificismo e pelo predomínio A Revolução Russa <strong>de</strong> 1917 aconteceu em meio à Primeira<br />
dos valores laicos da burguesia capitalista.<br />
Guerra Mun<strong>dia</strong>l. A Rússia dos czares, atrasada em relação á<br />
c) marcou o inicio <strong>de</strong> uma campanha pelo fim da segregação industrialização, estava <strong>de</strong>spreparada para uma guerra<br />
social nos transatlânticos, pois todos os passageiros da 3.a mo<strong>de</strong>rna, como foi a 1ª GM.<br />
classe pereceram na tragé<strong>dia</strong>.<br />
Em 1917, a burguesia russa tomou o po<strong>de</strong>r du-rante alguns<br />
d) produziu uma onda <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong> e misticismo que meses; mas não conseguiu manter-se nele, pois já havia uma<br />
contribuiria para amenizar a violência da Primeira Guerra classe operária organizada nas gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s. Em<br />
Mun<strong>dia</strong>l, irrompida dois anos <strong>de</strong>pois.<br />
novembro <strong>de</strong> 1917, o proletariado assume a frente do<br />
e) assinalou o fim do monopólio tecnológico da Grã-Bretanha processo histórico que mudaria a história russa e<br />
sobre a construção naval, abrindo caminho para outras influenciaria boa parte do século XX. A revolução já não é<br />
potencias no campo da ativida<strong>de</strong> industrial.<br />
burguesa, mas proletária.<br />
Estabelecida a ruptura social e política, uma das tarefas<br />
COMENTÁRIO<br />
principais seria consolidar a nova or<strong>de</strong>m, bem como<br />
Belle Epoque foi a <strong>de</strong>nominação atribuída a posteriori ao<br />
período compreendido entre 1871 (fim da Guerra Franco-<br />
Prussiana) e 1914 (início da Primeira Guerra Mun<strong>dia</strong>l), no<br />
combater o atraso histórico em que se encontrava a Rússia.<br />
qual não se registraram conflitos militares entre as gran<strong>de</strong>s 18. O mo<strong>de</strong>lo T foi um sucesso. Ford aprimorou seus<br />
potências da época. A Belle Epoque caracterizou se pelo métodos <strong>de</strong> produção reduzindo o trabalhador a uma mera<br />
cientificismo e pelo otimismo da burguesia capitalista, engrenagem, diminuindo o tempo <strong>de</strong> montagem – em<br />
confiante na superiorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus valores e <strong>de</strong> sua fins <strong>de</strong> 1913 o tempo <strong>de</strong> produção dos chassis passara<br />
civilização. O naufrágio do Titanic constituiu um abalo <strong>de</strong> 12 horas e meia para duas horas e quarenta minutos<br />
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– e baixando os preços. Ford aumentou os salários e reduziu a<br />
carga horária.<br />
Um mo<strong>de</strong>lo T saia da linha <strong>de</strong> montagem a cada 24 segundos<br />
e o preço estava em 290 dólares quando sua produção foi<br />
interrompida em 1927.<br />
FURTADO, Peter. 1001 <strong>dia</strong>s que abalaram o mundo. Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro, Sextante. 2009. p.629.<br />
A respeito das inovações técnicas introduzidas nas fábricas<br />
<strong>de</strong> Henry Ford a partir <strong>de</strong> 1908 po<strong>de</strong>-se inferir que<br />
a) os resultados obtidos <strong>de</strong>veram-se muito mais a uma nova<br />
disciplinarização da mão <strong>de</strong> obra do que da tecnologia das<br />
máquinas.<br />
b) não foram capazes <strong>de</strong> serem aplicados em outros tipos <strong>de</strong><br />
produção, ficando restritas ao setor automobilístico.<br />
c) a difusão do mo<strong>de</strong>lo fordista garantiu o aumento<br />
significativo dos salários dos trabalhadores europeus.<br />
d) tornaram-se hegemônicas <strong>de</strong>ntro da organização das<br />
fábricas capitalistas sem nenhum tipo <strong>de</strong> sistema concorrente<br />
até a atualida<strong>de</strong>.<br />
e) ao baratearem excessivamente os preços contribuíram para<br />
a estagnação do capitalismo nas décadas <strong>de</strong> 30 a 70 do século<br />
XX.<br />
COMENTÁRIO<br />
Os resultados do fordismo <strong>de</strong>veram-se, sobretudo, ao<br />
posicionamento dos operários nas linhas <strong>de</strong> montagem e na<br />
repetição <strong>de</strong> movimentos estritamente necessários <strong>de</strong> modo a<br />
agilizar a capacida<strong>de</strong> produtiva das fabricas.<br />
19. Leia o texto extraído da Revista Desafios do<br />
Desenvolvimento, edição 54 <strong>de</strong> set./out. <strong>de</strong> 2009, publicado<br />
pelo Instituto <strong>de</strong> Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).<br />
“A atual crise é consi<strong>de</strong>rada uma das mais <strong>de</strong>vastadoras da<br />
história, porque nasceu no centro do sistema financeiro e<br />
econômico mun<strong>dia</strong>l e contaminou todo o sistema global. A<br />
origem está na tentativa dos mercados financeiros,<br />
<strong>de</strong>sregulamentados e liberalizados, <strong>de</strong> valorizar seus<br />
recursos e ampliar riqueza, alimentado por um sistema <strong>de</strong><br />
crédito que alavancou um processo <strong>de</strong> euforia <strong>de</strong>senfreada.<br />
Em meio ao turbilhão <strong>de</strong> otimismo, os agentes financeiros<br />
inventaram produtos sofisticados e opacos com riscos muito<br />
maiores do que po<strong>dia</strong>m suportar. Foi assim que surgiram nos<br />
Estados Unidos as hipotecas subprime, crédito <strong>de</strong> altíssimo<br />
risco concedido a tomadores <strong>de</strong> empréstimos que não<br />
aten<strong>dia</strong>m requisitos mínimos <strong>de</strong> garantia para arcar com um<br />
financiamento imobiliário.”<br />
O texto aborda as razões da crise financeira mun<strong>dia</strong>l,<br />
aprofundada em 15 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008 <strong>de</strong>pois do anúncio<br />
<strong>de</strong> concordata do banco <strong>de</strong> investimentos Lehman Brothers, o<br />
quarto maior dos Estados Unidos. A partir do texto e <strong>de</strong> seus<br />
conhecimentos sobre a atual crise financeira, assinale a<br />
alternativa CORRETA.<br />
a) O sistema financeiro norte americano foi incapaz <strong>de</strong> prever<br />
a crise hipotecária porque o Fe<strong>de</strong>ral Reserve (FED) mantinha<br />
o controle dos <strong>de</strong>pósitos bancários em sigilo.<br />
b) Os atentados ocorridos nos Estados Unidos e na Europa,<br />
protagonizados por grupos islâmicos, <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>aram a<br />
sucessão <strong>de</strong> falências dos bancos imobiliários.<br />
c) Os cidadãos norte americanos que adquiriram créditos<br />
imobiliários especularam com as próprias hipotecas no<br />
mercado <strong>de</strong> ações, provocando a inadimplência dos<br />
mutuários.<br />
d) O epicentro da crise atingiu os bancos <strong>de</strong> investimentos<br />
imobiliários dos países <strong>de</strong>senvolvidos e não se alastrou para<br />
as economias produtivas dos países emergentes.<br />
e) A <strong>de</strong>sregulamentação do sistema financeiro estava<br />
condizente aos propósitos neoliberais <strong>de</strong>fendidos pelo banco<br />
central dos Estados Unidos e foi um dos estopins da crise.<br />
COMENTÁRIO<br />
O neoliberalismo consiste em uma nova roupagem da<br />
política liberal clássica. Sustenta-se sob a tría<strong>de</strong>: livre<br />
comércio, não intervenção do Estado na economia e na lei <strong>de</strong><br />
mercado (oferta x procura). Os E.U.A <strong>de</strong>fen<strong>dia</strong>m e<br />
propagavam a i<strong>de</strong>ologia neoliberal, que serviu <strong>de</strong> estopim<br />
para a crise, pois não regulamentava o sistema financeiro.<br />
20. Quando os britânicos chegaram pela primeira vez,<br />
Bengala era um dos lugares mais ricos do mundo. Os<br />
primeiros mercadores britânicos <strong>de</strong>screveram-na como um<br />
paraíso. [...] Lá havia ricas áreas agrícolas, que produziram<br />
um algodão <strong>de</strong> rara qualida<strong>de</strong>, e também uma indústria<br />
avançada para os padrões da época. Uma maneira <strong>de</strong> fazer<br />
isso foi transformar terras agrícolas em áreas para a produção<br />
<strong>de</strong> papoulas (já que o ópio era a única coisa que a Grã-<br />
Bretanha po<strong>dia</strong> ven<strong>de</strong>r à China). Houve então fome em massa<br />
em Bengala. [...] A partir do século XVIII, a Grã-Bretanha<br />
impôs duras leis tarifárias para impedir que os produtos<br />
industrializados in<strong>dia</strong>nos competissem com a produção têxtil<br />
dos ingleses. Eles tiveram <strong>de</strong> enfraquecer e <strong>de</strong>struir as<br />
indústrias têxteis in<strong>dia</strong>nas, pois a Ín<strong>dia</strong> tinha uma relativa<br />
vantagem – utilizava um algodão <strong>de</strong> melhor qualida<strong>de</strong>, e um<br />
sistema industrial, em muitos aspectos, comparável ou<br />
superior ao britânico.<br />
CHOMSKY, N. A minoria próspera e a multidão inquieta.<br />
Tradução <strong>de</strong> Mary Grace Figheira Perpétuo. Brasília: UnB,<br />
1999, p. 84- 85.<br />
A partir do texto anterior po<strong>de</strong>-se inferir que o processo <strong>de</strong><br />
expansão capitalista conhecido como imperialismo possuía,<br />
<strong>de</strong>ntre outras características,<br />
a) a manutenção da tradicional divisão <strong>de</strong> trabalho oriunda da<br />
expansão comercial europeia no fim da Ida<strong>de</strong> Mé<strong>dia</strong>.<br />
b) a ruína <strong>de</strong> economias periféricas, simultânea ao acúmulo<br />
<strong>de</strong> capital das potências industriais.<br />
c) a transformação <strong>de</strong> economias agrícolas atrasadas em<br />
economias industriais <strong>de</strong>senvolvidas.<br />
d) o <strong>de</strong>senvolvimento educacional das colônias europeias<br />
visando suprir a mão <strong>de</strong> obra nas fábricas locais.<br />
e) a competição com as manufaturas coloniais estimulando o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento das economias metropolitanas.<br />
COMENTÁRIO<br />
O imperialismo trouxe a penetração europeia em colônias<br />
asiáticas e africanas arruinando as economias locais<br />
(agricultura e artesanato) para obter matéria-prima e mão<br />
<strong>de</strong> obra para suas indústrias.<br />
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21. No texto a seguir, o sociólogo Zygmunt Bauman analisa<br />
os efeitos das mo<strong>de</strong>rnas tecnologias no mundo atual.<br />
“(...) em vez <strong>de</strong> homogeneizar a condição humana, a<br />
anulação tecnológica das distâncias temporais/espaciais<br />
ten<strong>de</strong> a polarizá-la. Ela emancipa certos seres humanos das<br />
restrições territoriais e torna extraterritoriais certos<br />
significados geradores <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong> – ao mesmo tempo<br />
que <strong>de</strong>snuda o território, no qual outras pessoas continuam<br />
sendo confinadas, do seu significado e da sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
doar i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>. (...) Alguns po<strong>de</strong>m agora mover-se para<br />
fora da localida<strong>de</strong> – qualquer localida<strong>de</strong> – quando quiserem.<br />
Outros observam, impotentes, a única localida<strong>de</strong> que<br />
habitam movendo-se sob seus pés.”<br />
BAUMAN, Zygmunt. Globalização. p. 25.<br />
A partir da análise do texto po<strong>de</strong>-se inferir que<br />
a) as distâncias espaciais per<strong>de</strong>ram o significado no mundo<br />
atual porque as pessoas po<strong>de</strong>m percorrê-las, facilmente,<br />
utilizando as mo<strong>de</strong>rnas tecnologias.<br />
b) apesar <strong>de</strong> um primeiro momento <strong>de</strong> aumento nas<br />
diferenças, a tendência é <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> cada vez mais<br />
homogênea, com as classes menos favorecidas tendo acesso<br />
amplo às mo<strong>de</strong>rnas tecnologias.<br />
c) o mundo globalizado é muito <strong>de</strong>sigual, com <strong>de</strong>terminados<br />
indivíduos com gran<strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> para mover-se e agir a<br />
distância e, outros, sofrendo as consequências, em seus<br />
lugares, <strong>de</strong>ssa liberda<strong>de</strong>.<br />
d) a localida<strong>de</strong> per<strong>de</strong>u o sentido na medida em que todas as<br />
<strong>de</strong>cisões, ações e consequências são globais.<br />
e) o aumento das diferenças sociais é uma marca do atual<br />
processo <strong>de</strong> globalização, não atingindo as economias<br />
centrais do capitalismo em função <strong>de</strong> sua in<strong>de</strong>pendência<br />
tecnológica.<br />
COMENTÁRIO<br />
O imperialismo trouxe a penetração europeia em colônias<br />
asiáticas e africanas arruinando as economias locais<br />
(agricultura e artesanato) para obter matéria-prima e mão<br />
<strong>de</strong> obra para suas indústrias.<br />
22.<br />
Comparando os estilos arquitetônicos <strong>de</strong>senvolvidos po<strong>de</strong>- se<br />
concluir que<br />
a) ambos apresentam características marcantes como a<br />
utilização <strong>de</strong> abóbadas e traços arredondados.<br />
b) predomina na primeira o estilo gótico com uma estrutura<br />
pontiaguda, tetos altos e gran<strong>de</strong>s vitrais.<br />
c) ambas apresentam um estilo arquitetônico refinado,<br />
marcado pela soli<strong>de</strong>z e horizontalida<strong>de</strong>.<br />
d) a segunda representa o estilo gótico caracterizado pela<br />
forma geométrica arredondada e simetria na construção.<br />
e) as duas obras não po<strong>de</strong>m ser comparadas tendo em vista<br />
que foram <strong>de</strong>senvolvidas em tempos diferentes.<br />
COMENTÁRIO<br />
O aluno <strong>de</strong>ve conseguir visualizar e analisar os diferentes<br />
estilos arquitetônicos e com isso diferenciar o estilo gótico<br />
do românico.<br />
23. “A ética do trabalho, como a enten<strong>de</strong>mos comumente,<br />
afirma o uso autodisciplinado <strong>de</strong> nosso tempo e o valor da<br />
satisfação a<strong>dia</strong>da. Essa disciplina <strong>de</strong> tempo moldou a vida<br />
dos trabalhadores na indústria automobilística <strong>de</strong> Willow<br />
Run e dos pa<strong>de</strong>iros gregos <strong>de</strong> Boston. Eles <strong>de</strong>ram duro e<br />
esperaram. Essa ética do trabalho <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> instituições<br />
suficientemente estáveis para a pessoa praticar o a<strong>dia</strong>mento.<br />
A satisfação a<strong>dia</strong>da per<strong>de</strong> seu valor, porém, num regime<br />
cujas instituições mudam rapidamente; torna-se absurdo<br />
trabalhar arduamente por muito tempo e para um patrão que<br />
só pensa em ven<strong>de</strong>r o negócio e subir.”<br />
SENNET, R. A Corrosão do Caráter. Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />
Record, 2009, pp. 117-118 (com cortes)<br />
O texto critica as mudanças produzidas no mundo do trabalho<br />
pelos novos padrões <strong>de</strong> organização da economia. Assinale a<br />
alternativa que apresenta o argumento utilizado pelo autor<br />
nesse trecho.<br />
a) O <strong>de</strong>semprego estrutural <strong>de</strong>strói a ética do trabalho e a<strong>dia</strong> a<br />
satisfação do trabalhador.<br />
b) As constantes mudanças políticas fazem com que as<br />
satisfações do trabalhador sejam permanentemente a<strong>dia</strong>das.<br />
c) A disciplina própria do trabalho industrial foi corrompida<br />
pela introdução <strong>de</strong> novas máquinas e equipamentos nas linhas<br />
<strong>de</strong> produção.<br />
d) A ética do trabalho é comprometida pelas contínuas<br />
mudanças na estrutura societária das empresas, como<br />
aquisições e fusões.<br />
e) A satisfação dos trabalhadores só é possível se não<br />
houver modificação na gerência das empresas on<strong>de</strong><br />
trabalham.<br />
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COMENTÁRIO<br />
O aluno necessita conhecer as mudanças no mercado <strong>de</strong><br />
trabalho e atentar para as condições <strong>de</strong> trabalho que são<br />
impostas pela flexibilização e pela <strong>de</strong>sregulamentação das<br />
leis trabalhistas, colocando o trabalhador em condições<br />
aviltantes que corroem sua ética através das sucessivas<br />
modificações na gerencia das empresas, como aquisições e<br />
fusões.<br />
24. Texto 1<br />
Essa foi a 23ª resolução contra o Irã <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1985. O voto faz<br />
parte da revisão anual da situação dos direitos humanos em<br />
vários países e ocorreu em Nova Iorque, na se<strong>de</strong> das Nações<br />
Unidas. (...) A resolução foi apoiada, principalmente, por<br />
governos <strong>de</strong> países oci<strong>de</strong>ntais e passou com 80 votos a favor,<br />
44 contra e 57 abstenções, incluindo a do Brasil. (...) No ano<br />
passado, o mesmo voto teve 74 sim, 48 não e 59 abstenções.<br />
Desta vez, a votação ocorreu sob a luz do polêmico caso <strong>de</strong><br />
Sakineh Mohammadi Ashtiani, con<strong>de</strong>nada ao enforcamento<br />
por adultério.<br />
Texto 2<br />
A sentença <strong>de</strong> Sakined já foi <strong>de</strong>fendida pelo presi<strong>de</strong>nte do<br />
Irã, Mahmud Ahmedinejad, que alega que os países “gritam”<br />
contra a pena <strong>de</strong> morte em seu país, porém se calam <strong>dia</strong>nte <strong>de</strong><br />
pessoas con<strong>de</strong>nadas nos EUA. (...) O secretário-geral do<br />
Conselho <strong>de</strong> Direitos Humanos do Irã disse que os EUA “são<br />
o cérebro e o principal provocador” da resolução, como parte<br />
<strong>de</strong> sua política contra Teerã.<br />
Jornal O Povo. Mundo. 20 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2010, p. 32.<br />
Comparando os pontos <strong>de</strong> vista, nos textos, a respeito dos<br />
direitos humanos e as instituições sociais e políticas dos<br />
países, <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>-se que<br />
a) a resolução foi aprovada, principalmente, por governos <strong>de</strong><br />
países oci<strong>de</strong>ntais mais próximos culturalmente ao Irã.<br />
b) evi<strong>de</strong>nciam não só a preocupação quanto os direitos<br />
humanos, mas também com os interesses políticos e<br />
econômicos.<br />
c) o apedrejamento, a flagelação, a amputação humana, a<br />
pena <strong>de</strong> morte e as restrições à livre expressão são<br />
preocupações entre os países, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> suas culturas.<br />
d) ao se abster da votação, a diplomacia brasileira <strong>de</strong>monstra<br />
o seu apoio incondicional ao Irã.<br />
e) a resolução contra o Irã é uma <strong>de</strong>monstração da superação<br />
cultural e do avanço das <strong>de</strong>mocracias oci<strong>de</strong>ntais em relação<br />
aos direitos humanos.<br />
COMENTÁRIO<br />
Os textos evi<strong>de</strong>nciam, não a preocupação dos países com os<br />
direitos humanos, mas os interesses políticos, econômicos e<br />
culturais.<br />
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25.<br />
A ativida<strong>de</strong> do filósofo, <strong>de</strong> acordo com a charge, é:<br />
a) transformar o mundo, pois os filósofos são capazes <strong>de</strong><br />
mudar as estruturas sociais.<br />
b) interpretar o mundo, mas não transformá-lo, pois o<br />
filósofo não tem condições para essa tarefa.<br />
c) observar os fatos sociais que ocorrem no mundo, para<br />
registrá-los, sem transformá-los.<br />
d) limita-se a interpretar o mundo e modificar o meio<br />
ambiente que já é muito útil.<br />
e) limitante, pois o problema resi<strong>de</strong> em transformar o mundo,<br />
não somente interpretá-lo.<br />
COMENTÁRIO<br />
A questão solicita que o aluno assinale a opção que<br />
interpreta a<strong>de</strong>quadamente a charge. O aluno <strong>de</strong>ve ler<br />
atentamente a questão, para marcar a que se relaciona à<br />
charge. Ele não po<strong>de</strong> se confundir com as <strong>de</strong>mais opções,<br />
que distorcem ou extrapolam a charge, para tanto, o<br />
estudante <strong>de</strong>ve ser capaz interpretar a charge e enten<strong>de</strong>r a<br />
ação do filósofo.<br />
26. Não só <strong>de</strong> aspectos físicos se constitui a cultura <strong>de</strong> um<br />
povo. Há muito mais, contido nas tradições, no folclore, nos<br />
saberes, nas línguas, nas festas e em diversos outros aspectos<br />
e manifestações transmitidos oral ou gestualmente, recriados<br />
coletivamente e modificados ao longo do tempo. A essa<br />
porção intangível da herança cultural dos povos dá-se o nome<br />
<strong>de</strong> patrimônio cultural imaterial.<br />
Internet: .<br />
Qual das figuras abaixo retrata patrimônio imaterial da<br />
cultura <strong>de</strong> um povo?<br />
9
a)<br />
b)<br />
c)<br />
d)<br />
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e)<br />
COMENTÁRIO<br />
27. Um banco inglês <strong>de</strong>cidiu cobrar <strong>de</strong> seus clientes cinco<br />
libras toda vez que recorressem aos funcionários <strong>de</strong> suas<br />
agências. E o motivo disso é que, na verda<strong>de</strong>, não querem<br />
clientes em suas agências; o que querem é reduzir o número<br />
<strong>de</strong> agências, fazendo com que os clientes usem as máquinas<br />
automáticas em todo tipo <strong>de</strong> transações.<br />
Em suma, eles querem se livrar <strong>de</strong> seus funcionários.<br />
HOBSBAWM, E. O novo século. São Paulo: Companhia das<br />
Letras, 2000 (adaptado).<br />
O exemplo mencionado permite i<strong>de</strong>ntificar um aspecto da<br />
adoção <strong>de</strong> novas tecnologias na economia capitalista<br />
contemporânea. Um argumento utilizado pelas empresas e<br />
uma consequência social <strong>de</strong> tal aspecto estão em<br />
A) qualida<strong>de</strong> total e estabilida<strong>de</strong> no trabalho.<br />
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B) pleno emprego e enfraquecimento dos sindicatos.<br />
C) diminuição dos custos e insegurança no emprego.<br />
D) responsabilida<strong>de</strong> social e redução do <strong>de</strong>semprego.<br />
E) maximização dos lucros e aparecimento <strong>de</strong> empregos.<br />
COMENTÁRIO<br />
No capitalismo atual, caracterizado pelo financeirismo<br />
monopolista global, empresas em busca <strong>de</strong> produtividad e<br />
lucros máximos têm provocado alterações profundas na<br />
relação capital-trabalho: a mais <strong>de</strong>stacada é a prática<br />
constante da substituição <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra humana por<br />
máquinas automatizadas, diminuindo sensivelmente os<br />
custos para o empregador e provocando enorme instabilida<strong>de</strong><br />
empregatícia.<br />
Resposta: C<br />
28.<br />
Democracia: “regime político no qual a soberania é exercida<br />
pelo povo, pertence ao conjunto dos cidadãos.” JAPIASSÚ,<br />
H.; MARCONDES, D. Dicionário Básico <strong>de</strong> Filosofia. Rio<br />
<strong>de</strong> Janeiro: Zahar, 2006.<br />
Uma suposta “vacina” contra o <strong>de</strong>spotismo, em um contexto<br />
<strong>de</strong>mocrático, tem por objetivo<br />
será a terceira maior do mundo e a maior totalmente<br />
brasileira, com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 11,2 mil megawatts.<br />
Os índios do Xingu tomam a paisagem com seus cocares,<br />
arcos e flechas. Em Altamira, no Pará, agricultores fecharam<br />
estradas <strong>de</strong> uma região que será inundada pelas águas da<br />
usina.<br />
BACOCCINA, D.; QUEIROZ. G.; BORGES, R. Fim do<br />
leilão, começo da confusão. Istoé Dinheiro. Ano 13, no<br />
655,28 abr. 2010 (adaptado).<br />
Os impasses, resistências e <strong>de</strong>safios associados à construção<br />
da Usina Hidrelétrica <strong>de</strong> Belo Monte estão relacionados<br />
A) ao potencial hidrelétrico dos rios no norte e nor<strong>de</strong>ste<br />
quando comparados às bacias hidrográficas das regiões Sul,<br />
Su<strong>de</strong>ste e Centro-Oeste do país.<br />
B) à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> equilibrar e compatibilizar o<br />
investimento no crescimento do país com os esforços para a<br />
conservação ambiental.<br />
C) à gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos disponíveis para as obras<br />
e à escassez dos recursos direcionados para o pagamento pela<br />
<strong>de</strong>sapropriação das terras.<br />
D) ao direito histórico dos indígenas à posse <strong>de</strong>ssas terras e à<br />
ausência <strong>de</strong> reconhecimento <strong>de</strong>sse direito por parte das<br />
empreiteiras.<br />
E) ao aproveitamento da mão <strong>de</strong> obra especializada<br />
disponível na região Norte e o interesse das construtoras na<br />
vinda <strong>de</strong> profissionais do Su<strong>de</strong>ste do país.<br />
COMENTÁRIO<br />
A energia hidrelétrica é <strong>de</strong> fundamental importância para o<br />
crescimento econômico do país. Ao anunciar a construção <strong>de</strong><br />
uma nova usina na Amazônia, o maior <strong>de</strong>safio para os<br />
gerentes do empreendimento será viabilizar o<br />
projeto,compatibilizando-o com a conservação ambiental <strong>de</strong><br />
uma das mais ricas biodiversida<strong>de</strong>s do planeta.<br />
A) impedir a contratação <strong>de</strong> familiares para o serviço público.<br />
B) reduzir a ação das instituições constitucionais.<br />
Resposta: B<br />
C) combater a distribuição equilibrada <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r.<br />
D) evitar a escolha <strong>de</strong> governantes autoritários.<br />
E) restringir a atuação do Parlamento.<br />
30. A energia geotérmica tem sua origem no núcleo<br />
<strong>de</strong>rretido da Terra, on<strong>de</strong> as temperaturas atingem 4.000 ºC.<br />
Essa energia é primeiramente produzida pela <strong>de</strong>composição<br />
<strong>de</strong> materiais ra<strong>dia</strong>tivos <strong>de</strong>ntro do planeta. Em fontes<br />
COMENTÁRIO<br />
geotérmicas, a água, aprisionada em um reservatório<br />
subterrâneo, é aquecida pelas rochas ao redor e fica<br />
Analisando as alternativas, a única que i<strong>de</strong>ntifica uma forma submetida a altas pressões, po<strong>de</strong>ndo atingir temperaturas <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> evitar o <strong>de</strong>spotismo — a partir <strong>de</strong> um ambiente até 370 ºC sem entrar em ebulição. Ao<br />
<strong>de</strong>mocrático — é aquela que cita a rejeição a governantes ser liberada na superfície, à pressão ambiente, ela se vaporiza<br />
autoritários.<br />
e se resfria, formando fontes ou gêiseres.O vapor <strong>de</strong> poços<br />
geotérmicos é separado da água e é utilizado no<br />
Resposta: D<br />
funcionamento <strong>de</strong> turbinas para gerar eletricida<strong>de</strong>. A água<br />
quente po<strong>de</strong> ser utilizada para aquecimento direto ou em<br />
usinas <strong>de</strong> <strong>de</strong>ssalinização. Roger A. Hinrichs e Merlin<br />
Kleinbach. Energia e meio ambiente. Ed. ABDR (com<br />
29. A usina hidrelétrica <strong>de</strong> Belo Monte será construída no rio<br />
adaptações).<br />
Xingu, no município <strong>de</strong> Vitória <strong>de</strong> Xingu, no Pará. A usina<br />
Depreen<strong>de</strong>-se das informações acima que as usinas<br />
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geotérmicas<br />
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a) utilizam a mesma fonte primária <strong>de</strong> energia que as usinas<br />
nucleares, sendo, portanto, semelhantes os riscos <strong>de</strong>correntes<br />
<strong>de</strong> ambas.<br />
b) funcionam com base na conversão <strong>de</strong> energia potencial<br />
gravitacional em energia térmica.<br />
c) po<strong>de</strong>m aproveitar a energia química transformada em<br />
térmica no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ssalinização.<br />
d) assemelham-se às usinas nucleares no que diz respeito à<br />
conversão <strong>de</strong> energia térmica em cinética e, <strong>de</strong>pois, em<br />
elétrica.<br />
e) transformam inicialmente a energia solar em energia<br />
cinética e, <strong>de</strong>pois, em energia térmica.<br />
COMENTÁRIO<br />
A energia geotérmica se assemelha às usinas nucleares no<br />
que diz respeito à conversão da energia. Ambas convertem<br />
energia térmica em cinética e, <strong>de</strong>pois, em elétrica.<br />
Resposta D<br />
31. A economia mo<strong>de</strong>rna <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
muita energia em diferentes formas, para funcionar e crescer.<br />
No Brasil, o consumo total <strong>de</strong> energia pelas indústrias<br />
cresceu mais <strong>de</strong> quatro vezes no período entre<br />
1970 e 2005. Enquanto os investimentos em energias limpas<br />
e renováveis, como solar e eólica, ainda são incipientes, ao se<br />
avaliar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> usinas geradoras <strong>de</strong><br />
energia elétrica, diversos fatores <strong>de</strong>vem ser levados em<br />
consi<strong>de</strong>ração, tais como os impactos causados ao ambiente e<br />
às populações locais.<br />
RICARDO, B.; CAMPANILI, M. Almanaque Brasil<br />
Socioambiental. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2007<br />
(adaptado).<br />
Em uma situação hipotética, optou-se por construir uma usina<br />
hidrelétrica em região que abrange diversas quedas d’água<br />
em rios cercados por mata, alegando-se que causaria impacto<br />
ambiental muito menor que uma usina termelétrica. Entre os<br />
possíveis impactos da instalação <strong>de</strong> uma usina hidrelétrica<br />
nessa região inclui-se<br />
a) a poluição da água por metais da usina.<br />
b) a <strong>de</strong>struição do habitat <strong>de</strong> animais terrestres.<br />
c) o aumento expressivo na liberação <strong>de</strong> CO2 para a<br />
atmosfera.<br />
d) o consumo não renovável <strong>de</strong> toda água que passa pelas<br />
turbinas.<br />
e) o aprofundamento no leito do rio, com a menor <strong>de</strong>posição<br />
<strong>de</strong> resíduos no trecho <strong>de</strong> rio anterior à represa<br />
COMENTÁRIO<br />
A construção <strong>de</strong> uma usina hidrelétrica implica a inundação<br />
<strong>de</strong> vastas áreas, <strong>de</strong>struindo assim o hábitat <strong>de</strong> muitas espécies<br />
<strong>de</strong> animais terrestres.<br />
Resposta: B<br />
32. Deseja-se instalar uma estação <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> energia<br />
elétrica em um município localizado no interior <strong>de</strong> um<br />
pequeno vale cercado <strong>de</strong> altas montanhas <strong>de</strong> difícil acesso. A<br />
cida<strong>de</strong> é cruzada por um rio, que é fonte <strong>de</strong> água para<br />
consumo, irrigação das lavouras <strong>de</strong> subsistência e pesca. Na<br />
região, que possui pequena extensão territorial, a incidência<br />
solar é alta o ano todo. A estação em questão irá abastecer<br />
apenas o município apresentado.<br />
Qual forma <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> energia, entre as apresentadas, é a<br />
mais indicada para ser implantada nesse município <strong>de</strong> modo a<br />
causar o menor impacto ambiental?<br />
A) Termelétrica, pois é possível utilizar a água do rio no<br />
sistema <strong>de</strong> refrigeração.<br />
B) Eólica, pois a geografia do local é própria para a captação<br />
<strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> energia.<br />
C) Nuclear, pois o modo <strong>de</strong> resfriamento <strong>de</strong> seus sistemas<br />
não afetaria a população.<br />
D) Fotovoltaica, pois é possível aproveitar a energia solar que<br />
chega à superfície do local.<br />
E) Hidrelétrica, pois o rio que corta o município é suficiente<br />
para abastecer a usina construída.<br />
COMENTÁRIO<br />
Nas condições do enunciado, a melhor opção seria o uso das<br />
células fotovoltaicas, pois a incidência solar é alta o ano<br />
todo.<br />
Resposta: D<br />
33. A mais profunda objeção que se faz à i<strong>de</strong>ia da criação <strong>de</strong><br />
uma cida<strong>de</strong>, como Brasília, é que o seu <strong>de</strong>senvolvimento não<br />
po<strong>de</strong>rá jamais ser natural. É uma objeção muito séria, pois<br />
provém <strong>de</strong> uma concepção <strong>de</strong> vida fundamental: a <strong>de</strong> que a<br />
ativida<strong>de</strong> social e cultural não po<strong>de</strong> ser uma construção.<br />
Esquecem-se, porém, aqueles que fazem tal crítica, que o<br />
Brasil, como praticamente toda a América, é criação do<br />
homem oci<strong>de</strong>ntal.<br />
PEDROSA, M. Utopia: obra <strong>de</strong> arte. Vis – Revista do<br />
Programa <strong>de</strong> Pós-graduação em Arte (UnB), Vol. 5, n. 1,<br />
2006 (adaptado).<br />
As i<strong>de</strong>ias apontadas no texto estão em oposição, porque:<br />
a) a cultura dos povos é reduzida a exemplos esquemáticos<br />
que não encontram respaldo na história do Brasil ou da<br />
América.<br />
b) as cida<strong>de</strong>s, na primeira afirmação, têm um papel mais<br />
fraco na vida social, enquanto a América é mostrada como<br />
um exemplo a ser evitado.<br />
c) a objeção inicial, <strong>de</strong> que as cida<strong>de</strong>s não po<strong>de</strong>m ser<br />
inventadas, é negada logo em seguida pelo exemplo utópico<br />
da colonização da América.<br />
d) a concepção fundamental da primeira afirmação<br />
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<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a construção <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s e a segunda mostra,<br />
historicamente, que essa estratégia acarretou sérios<br />
problemas.<br />
e)a primeira enten<strong>de</strong> que as cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vem ser organismos<br />
vivos, que nascem <strong>de</strong> forma espontânea, e a segunda mostra<br />
que há exemplos históricos que <strong>de</strong>monstram o contrário.<br />
COMENTÁRIO<br />
O texto apresenta i<strong>de</strong>ias contrárias acerca do processo <strong>de</strong><br />
formação das cida<strong>de</strong>s. A alternativa E elucida essa<br />
contradição ao apresentar as duas teses abordadas no texto:<br />
<strong>1º</strong>-, a cida<strong>de</strong> como um organismo vivo, cujo crescimento é<br />
natural; 2º-, a cida<strong>de</strong> como produto <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong><br />
formação histórica.<br />
Resposta: E<br />
34. Antes, eram apenas as gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s que se<br />
apresentavam como o império <strong>de</strong> técnica, objeto <strong>de</strong><br />
modificações, suspensões, acréscimos, cada vez mais<br />
sofisticadas e carregadas <strong>de</strong> artifício. Esse mundo artificial<br />
inclui, hoje, o mundo rural.<br />
SANTOS, M. A Natureza do Espaço. São Paulo: Hucitec,<br />
1996.<br />
Consi<strong>de</strong>rando a transformação mencionada no texto, uma<br />
consequência socioespacial que caracteriza o atual mundo<br />
rural brasileiro é<br />
A) a redução do processo <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> terras.<br />
B) o aumento do aproveitamento <strong>de</strong> solos menos férteis.<br />
C) a ampliação do isolamento do espaço rural.<br />
D) a estagnação da fronteira agrícola do pais.<br />
E) a diminuição do nível <strong>de</strong> emprego formal.<br />
COMENTÁRIO<br />
O <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico da agricultura permite o uso<br />
<strong>de</strong> solos menos férteis que, anteriormente, se tornariam muito<br />
difícies, senão impossíveis, <strong>de</strong> uma produção agrícola<br />
razoável. Como exemplo, po<strong>de</strong>-se citar a utilização dos solos<br />
amazônicos, cuja baixa fertilida<strong>de</strong> é comprovada – e com a<br />
tecnologia – tornaram-se produtivos. Tal fato também<br />
ocorreu com os solos lateríticos do Cerrado.<br />
35. A maioria das pessoas daqui era do campo. Vila Maria é<br />
hoje exportadora <strong>de</strong> trabalhadores. Empresários <strong>de</strong> Primavera<br />
do Leste, Estado <strong>de</strong> Mato Grosso, procuram o bairro <strong>de</strong> Vila<br />
Maria para conseguir mão <strong>de</strong> obra. É gente indo distante<br />
daqui 300, 400 quilômetros para ir trabalhar, para ganhar sete<br />
conto por <strong>dia</strong>. (Carlito, 43 anos, maranhense, entrevistado em<br />
22/03/98).<br />
O texto retrata um fenômeno vivenciado pela agricultura<br />
brasileira nas últimas décadas do século XX, consequência<br />
A) dos impactos sociais da mo<strong>de</strong>rnização da agricultura.<br />
B) da recomposição dos salários do trabalhador rural.<br />
C) da exigência <strong>de</strong> qualificação do trabalhador rural.<br />
D) da diminuição da importância da agricultura.<br />
E) dos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>svalorização <strong>de</strong> áreas rurais.<br />
COMENTÁRIO<br />
O texto aborda impactos sociais <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> processos <strong>de</strong><br />
expulsão e reintegração do trabalhador rural. O êxodo rural,<br />
resultante da mo<strong>de</strong>rnização da agricultura, levou à formação<br />
<strong>de</strong> núcleos habitacionais em cida<strong>de</strong>s conhecidos como vilas.<br />
A hipertrofia urbana impediu a produção <strong>de</strong> infraestrutura<br />
econômica que sustentasse essas crescentes populações,<br />
levando vários trabalhadores <strong>de</strong> volta ao campo, <strong>de</strong>ssa vez<br />
ocupando-se <strong>de</strong> trabalho temporário com baixa remuneração.<br />
36. Entre 2004 e 2008, pelo menos 8 mil brasileiros foram<br />
libertados <strong>de</strong> fazendas on<strong>de</strong> trabalhavam como se fossem<br />
escravos. O governo criou uma lista em que ficaram expostos<br />
os nomes dos fazen<strong>de</strong>iros flagrados pela fiscalização. No<br />
Norte, Nor<strong>de</strong>ste e Centro-Oeste, regiões que mais sofrem<br />
com a fraqueza do po<strong>de</strong>r público, o bloqueio dos canais <strong>de</strong><br />
financiamento agrícola para tais fazen<strong>de</strong>iros tem sido a<br />
principal arma <strong>de</strong> combate a esse problema, mas os governos<br />
ainda sofrem com a falta <strong>de</strong> informações, provocada pelas<br />
distâncias e pelo po<strong>de</strong>r intimidador dos proprietários.<br />
Organizações não governamentais e grupos como a Pastoral<br />
da Terra têm agido corajosamente acionando as autorida<strong>de</strong>s<br />
públicas e ministrando aulas sobre direitos sociais e<br />
trabalhistas.<br />
“Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo”.<br />
Disponível em: http://www.mte.gov.br. Acesso em: 17 mar.<br />
2009 (adaptado).<br />
Nos lugares mencionados no texto, o papel dos grupos <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>fesa dos direitos humanos tem sido fundamental, porque<br />
eles<br />
a) negociam com os fazen<strong>de</strong>iros o reajuste dos honorários e a<br />
redução da carga horária <strong>de</strong> trabalho.<br />
b) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m os direitos dos consumidores junto aos armazéns<br />
e mercados das fazendas e carvoarias.<br />
c) substituem as autorida<strong>de</strong>s policiais e jurídicas na resolução<br />
dos conflitos entre patrões e empregados.<br />
d) encaminham <strong>de</strong>núncias ao Ministério Público e promovem<br />
ações <strong>de</strong> conscientização dos trabalhadores.<br />
e) fortalecem a administração pública ao ministrarem aulas<br />
aos seus servidores.<br />
COMENTÁRIO<br />
Os grupos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa dos direitos humanos têm sido<br />
Ribeiro, H. S. O migrante e a cida<strong>de</strong>: dilemas e conflitos.<br />
Araraquara: Wun<strong>de</strong>rlich, 2001 (adaptado).<br />
importantes veículos <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncia do trabalho escravo<br />
junto ao ministério público, que com esse tipo <strong>de</strong><br />
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colaboração se vê em condições <strong>de</strong> aplicar sanções contra os<br />
abusos cometidos por alguns proprietários rurais. Além disso,<br />
as ONGs realizam trabalhos <strong>de</strong> conscientização social junto a<br />
comunida<strong>de</strong>s locais para que não se repitam ações bárbaras<br />
similares.<br />
Resposta: D<br />
37. Até o século XVII, as paisagens rurais eram marcadas<br />
por ativida<strong>de</strong>s rudimentares e <strong>de</strong> baixa produtivida<strong>de</strong>. A<br />
partir da Revolução Industrial, porém, sobretudo com o<br />
advento da revolução tecnológica, houve um<br />
<strong>de</strong>senvolvimento contínuo do setor agropecuário. São,<br />
portanto, observadas consequências econômicas, sociais e<br />
ambientais inter-relacionadas no período posterior à<br />
Revolução Industrial, as quais incluem<br />
a) a erradicação da fome no mundo.<br />
b) o aumento das áreas rurais e a diminuição das áreas<br />
urbanas.<br />
c) C a maior <strong>de</strong>manda por recursos naturais, entre os quais os<br />
recursos energéticos.<br />
d) a menor necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> adubos e corretivos<br />
na agricultura.<br />
e) o contínuo aumento da oferta <strong>de</strong> emprego no setor<br />
primário da economia, em face da mecanização.<br />
COMENTÁRIO<br />
Com a Revolução Industrial, ocorreu uma intensificação na<br />
utilização <strong>de</strong> matérias-primas e <strong>de</strong> fonte <strong>de</strong> energia.<br />
RESPOSTA C<br />
38. O fim da Guerra Fria e da bipolarida<strong>de</strong>, entre as décadas<br />
<strong>de</strong> 1980 e 1990, gerou expectativas <strong>de</strong> que seria instaurada<br />
uma or<strong>de</strong>m internacional marcada pela redução <strong>de</strong> conflitos e<br />
pela multipolarida<strong>de</strong>.<br />
O panorama estratégico do mundo pós-Guerra Fria apresenta<br />
a) o aumento <strong>de</strong> conflitos internos associados ao<br />
nacionalismo, às disputas étnicas, ao extremismo religioso e<br />
ao fortalecimento <strong>de</strong> ameaças como o terrorismo, o tráfico <strong>de</strong><br />
drogas e o crime organizado.<br />
b) o fim da corrida armamentista e a redução dos gastos<br />
militares das gran<strong>de</strong>s potências, o que se traduziu em<br />
maior estabilida<strong>de</strong> nos continentes europeu e asiático, que<br />
tinham sido palco da Guerra Fria.<br />
c) o <strong>de</strong>sengajamento das gran<strong>de</strong>s potências, pois as<br />
intervenções militares em regiões assoladas por conflitos<br />
passaram a ser realizadas pela Organização das Nações<br />
Unidas (ONU), com maior envolvimento <strong>de</strong> países<br />
emergentes.<br />
d) a plena vigência do Tratado <strong>de</strong> Não Proliferação, que<br />
afastou a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um conflito nuclear como ameaça<br />
global, <strong>de</strong>vido à crescente consciência política internacional<br />
acerca <strong>de</strong>sse perigo.<br />
e) a condição dos EUA como única superpotência, mas que<br />
se submetem às <strong>de</strong>cisões da ONU no que concerne às ações<br />
militares.<br />
COMENTÁRIO<br />
Resposta: Letra A<br />
O fim da Guerra Fria não acabou com os conflitos mun<strong>dia</strong>is,<br />
muito menos levou as nações a um maior grau <strong>de</strong> consciência<br />
humanitária antibelicista. A letra A representa bem as<br />
características do mundo pós-Guerra Fria e os conflitos na<br />
entrada do séc. XXI.<br />
39. A formação dos Estados foi certamente distinta na<br />
Europa, na América Latina, na África e na Ásia. Os Estados<br />
atuais, em especial na América Latina — on<strong>de</strong> as<br />
instituições das populações locais existentes à época da<br />
conquista ou foram eliminadas, como no caso do México e<br />
do Peru, ou eram frágeis, como no caso do Brasil —, são o<br />
resultado, em geral, da evolução do transplante <strong>de</strong><br />
instituições europeias feito pelas metrópoles para suas<br />
colônias. Na África, as colônias tiveram fronteiras<br />
arbitrariamente traçadas, separando etnias, idiomas e<br />
tradições, que, mais tar<strong>de</strong>, sobreviveram ao processo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>scolonização, dando razão para conflitos que, muitas vezes,<br />
têm sua verda<strong>de</strong>ira origem em disputas pela exploração <strong>de</strong><br />
recursos naturais. Na Ásia, a colonização europeia se fez <strong>de</strong><br />
forma mais indireta e encontrou sistemas políticos e<br />
administrativos mais sofisticados, aos quais se superpôs.<br />
Hoje, aquelas formas anteriores <strong>de</strong> organização, ou pelo<br />
menos seu espírito, sobrevivem nas organizações políticas do<br />
Estado asiático.<br />
GUIMARÃES, S. P. Nação, nacionalismo, Estado. Estudos<br />
Avançados. São Paulo: EdUSP, v. 22, n.º 62, jan.- abr. 2008<br />
(adaptado).<br />
Relacionando as informações ao contexto histórico e<br />
geográfico por elas evocado, assinale a opção correta acerca<br />
do processo <strong>de</strong> formação socioeconômica dos continentes<br />
mencionados no texto.<br />
a) Devido à falta <strong>de</strong> recursos naturais a serem explorados no<br />
Brasil, conflitos étnicos e culturais como os ocorridos na<br />
África estiveram ausentes no período da in<strong>de</strong>pendência e<br />
formação do Estado brasileiro<br />
b) A maior distinção entre os processos histórico formativos<br />
dos continentes citados é a que se estabelece entre<br />
colonizador e colonizado, ou seja, entre a Europa e os<br />
<strong>de</strong>mais.<br />
c) À época das conquistas, a América Latina, a África e a<br />
Ásia tinham sistemas políticos e administrativos muito mais<br />
sofisticados que aqueles que lhes foram impostos pelo<br />
colonizador.<br />
d) Comparadas ao México e ao Peru, as instituições<br />
brasileiras, por terem sido eliminadas à época da conquista,<br />
sofreram mais influência dos mo<strong>de</strong>los institucionais<br />
europeus.<br />
e) O mo<strong>de</strong>lo histórico da formação do Estado asiático<br />
equipara-se ao brasileiro, pois em ambos se manteve o<br />
espírito das formas <strong>de</strong> organização anteriores à conquista.<br />
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COMENTÁRIO<br />
Temos um enunciado que mostra que a colonização europeia<br />
trouxe influências que permanecem até hoje na organização<br />
política e econômica da América Latina, Ásia e África.<br />
Porém a forma que se <strong>de</strong>u o colonialismo europeu variou <strong>de</strong><br />
continente a continente, como explicita o texto.<br />
Resposta: B<br />
40.<br />
Um <strong>dia</strong>, os imigrantes aglomerados na amurada da proa<br />
chegavam à fe<strong>de</strong>ntina quente <strong>de</strong> um porto, num silêncio <strong>de</strong><br />
mato e <strong>de</strong> febre amarela. Santos. — É aqui! Buenos Aires é<br />
aqui! — Tinham trocado o rótulo das bagagens, <strong>de</strong>sciam em<br />
fila. Faziam suas necessida<strong>de</strong>s nos trens dos animais on<strong>de</strong><br />
iam. Jogavam-nos num pavilhão comum em São<br />
Paulo. — Buenos Aires é aqui! — Amontoados com trouxas,<br />
sanfonas e baús, num carro <strong>de</strong> bois, que pretos guiavam<br />
através do mato por estradas esburacadas, chegavam uma<br />
tar<strong>de</strong> nas senzalas don<strong>de</strong> acabava <strong>de</strong> sair o braço escravo.<br />
Formavam militarmente nas madrugadas do terreiro homens<br />
e mulheres, ante feitores <strong>de</strong> espingarda ao ombro.<br />
Oswald <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>. Marco Zero II – Chão. Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />
Globo, 1991.<br />
Levando-se em consi<strong>de</strong>ração o texto <strong>de</strong> Oswald <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> e<br />
a pintura <strong>de</strong> Antonio Rocco reproduzida acima, relativos à<br />
imigração européia para o Brasil, é correto afirmar que<br />
a) a visão da imigração presente na pintura é trágica e, no<br />
texto, otimista.<br />
b) a pintura confirma a visão do texto quanto à imigração <strong>de</strong><br />
argentinos para o Brasil.<br />
c) os dois autores retratam dificulda<strong>de</strong>s dos imigrantes na<br />
chegada ao Brasil.<br />
d) Antonio Rocco retrata <strong>de</strong> forma otimista a imigração,<br />
<strong>de</strong>stacando o pioneirismo do imigrante.<br />
e) Oswald <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> mostra que a condição <strong>de</strong> vida do<br />
imigrante era melhor que a dos ex-escravos.<br />
COMENTÁRIO<br />
A pintura e o texto verbal retratam os imigrantes numa<br />
perspectiva semelhante, provocando um efeito <strong>de</strong> sentido<br />
negativo sobre a chegada <strong>de</strong>les ao Brasil. Na pintura, são<br />
representados com a expressão carregada, cabisbaixos,<br />
exauridos pelo cansaço e pelos receios em relação à nova<br />
vida. A tela <strong>de</strong> Antonio Rocco parece traduzir visualmente as<br />
palavras <strong>de</strong> Oswald <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>: “os imigrantes aglomerados<br />
(...) chegavam à fe<strong>de</strong>ntina quente <strong>de</strong> um porto (...)<br />
amontoados com trouxas”.<br />
Resposta: C<br />
41. O PROÁLCOOL, foi criado em 1975 para fazer do<br />
álcool uma fonte alternativa <strong>de</strong> energia em vista da crise do<br />
petróleo e da gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência brasileira das importações<br />
do produto, e constitui uma iniciativa bastante polêmica.<br />
ADAS, Melhen. Panorama Geográfico do Brasil. 3. ed. São<br />
Paulo: Editora Mo<strong>de</strong>rna, 1998. p. 297.<br />
O álcool vendido nos postos <strong>de</strong> combustível é facilmente<br />
adulterado pelo acréscimo <strong>de</strong> água. O consumidor, porém<br />
po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>tectar se houve adulteração, já que os postos <strong>de</strong><br />
abastecimento oferecem condições <strong>de</strong> se observar a medida<br />
<strong>de</strong> uma proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse produto, através <strong>de</strong> um aparelho<br />
que mostra a alteração do álcool, ao lhe ser acrescida a água.<br />
Nas alternativas abaixo assinale a que contém o motivo pelo<br />
qual o PROÁLCOOL é iniciativa polêmica e o nome da<br />
proprieda<strong>de</strong> alterada que po<strong>de</strong> ser lida no aparelho, caso o<br />
álcool tenha sido adulterado pelo acréscimo da água.<br />
a) A produção do álcool combustível reafirma as plantations;<br />
a proprieda<strong>de</strong> alterada é a viscosida<strong>de</strong>.<br />
b) O álcool é substitutivo da gasolina, mas não do diesel; a<br />
proprieda<strong>de</strong> alterada é a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>.<br />
c) A produção do álcool combustível contribui para formação<br />
<strong>de</strong> minifúndios no Nor<strong>de</strong>ste; a proprieda<strong>de</strong> alterada é a<br />
<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>.<br />
d) A produção do álcool combustível incentiva a policultura<br />
no Nor<strong>de</strong>ste; a proprieda<strong>de</strong> alterada é a viscosida<strong>de</strong>.<br />
e) A produção do álcool combustível reafirma as plantations;<br />
a proprieda<strong>de</strong> alterada é o calor específico.<br />
COMENTÁRIO<br />
A engenharia já conseguiu <strong>de</strong>senvolver carros flex, capazes<br />
<strong>de</strong> usar gasolina e álcool, mas ainda busca <strong>de</strong>senvolver carros<br />
movidos a diesel e álcool. O diesel é um produto do petróleo<br />
e comercializado, muitas vezes, a preços mais caros que o<br />
álcool, além <strong>de</strong> ser mais poluente. A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
substituição <strong>de</strong> diesel por álcool nos veículos <strong>de</strong> maior<br />
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porte (ônibus, navios, caminhões) traria economia <strong>de</strong> energia<br />
para nosso setror <strong>de</strong> transporte.<br />
A principal substancia usada na adulteração do alcool é a<br />
água. A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> da agua é mais alta que a do alcool,<br />
equando se adiciona agua ao alcool, ocorre um aumento na<br />
<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do liquido. Então, uma <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do alcool maior<br />
do que a esperada indica um adulteração.<br />
Resposta B<br />
42. Na “nova” economia mun<strong>dia</strong>l, ocorre o <strong>de</strong>clínio da<br />
importância da indústria em relação às finanças e às<br />
telecomunicações, muito menos intensivas em energia. No<br />
entanto, ao longo do ano 2000, o aumento dos preços do<br />
petróleo voltou a ameaçar a tranqüilida<strong>de</strong> da economia<br />
mun<strong>dia</strong>l. Entre as possíveis resultantes <strong>de</strong>sse fato, temos:<br />
I. o aumento dos custos <strong>de</strong> transporte e dos custos <strong>de</strong><br />
produção em praticamente toda a ca<strong>de</strong>ia produtiva que usa<br />
<strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> petróleo como insumos;<br />
II. a redução dos estoques <strong>de</strong> petróleo nos países<br />
<strong>de</strong>senvolvidos, os maiores consumidores <strong>de</strong>ssa fonte <strong>de</strong><br />
energia e matéria-prima industrial;<br />
III. o aumento dos gastos com a importação do petróleo,<br />
agrava o <strong>de</strong>sequilíbrio da balança comercial <strong>de</strong> alguns países<br />
em <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):<br />
a) I<br />
b) II<br />
c) I e II<br />
d) II e III<br />
e) I, II e III<br />
COMENTÁRIO<br />
Todas as alternativas estão verda<strong>de</strong>iras. O custo para<br />
transportar petróleo, inclusive para outros países, só vem<br />
aumentando nos últimos anos, o que faz as alternativas I e III<br />
verda<strong>de</strong>iras. Além disso, nações <strong>de</strong>senvolvidas como EUA,<br />
Japão e Alemanha consomem muito petróleo, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong><br />
importações. Com a redução <strong>de</strong> seus estoques, as crises <strong>de</strong><br />
petróleo trornam-se cada vez mais comuns<br />
43. Tipo <strong>de</strong> combustível que apresenta as seguintes<br />
características: não tem origem orgânica, produz maiores<br />
danos ambientais e exige tecnologia mais sofisticada.<br />
a) carvão vegetal<br />
b) álcool<br />
c) urânio<br />
d) gasolina<br />
e) hulha<br />
COMENTÁRIO<br />
O único combustível que não tem origem orgânica é o Urânio<br />
Resposta C<br />
44. Com base no mapa, assinale a alternativa correta.<br />
Adap. Atlas <strong>de</strong> Peters, 1994.<br />
O consumo <strong>de</strong> energia é maior em países com:<br />
a) produção <strong>de</strong> bens intermediários para exportação e<br />
transição <strong>de</strong>mográfica inicial.<br />
b) elevada produção na indústria <strong>de</strong> base e transição<br />
<strong>de</strong>mográfica concluída.<br />
c) produção <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> consumo não duráveis para<br />
exportação e elevado crescimento<br />
vegetativo.<br />
d) elevada produção na indústria <strong>de</strong> base e elevado<br />
crescimento vegetativo.<br />
e) produção <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> consumo não duráveis para<br />
exportação e predomínio <strong>de</strong> população<br />
jovem.<br />
COMENTÁRIO<br />
O consumo <strong>de</strong> energia é maior em países <strong>de</strong>senvolvidos, os<br />
quais apresentam muitas indústrias <strong>de</strong> bases ( indústrias que<br />
geram novas formas produtivas, novas máquinas). Além<br />
disso, esses países, em sua maioria, completaram a transição<br />
<strong>de</strong>mográfica, encontrando-se atualmente sob regimes<br />
<strong>de</strong>mográficos idosos.<br />
Resposta B.<br />
45. A análise das figuras permite que se afirme:<br />
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a) A figura 1 representa a nova concepção <strong>de</strong> relações <strong>de</strong>ntro<br />
da re<strong>de</strong> urbana, que segue uma hierarquia crescente, em<br />
função dos avanços tecnológicos nos transportes e nos<br />
serviços.<br />
b) A figura 2 representa uma nova concepção <strong>de</strong> hierarquia<br />
urbana, em que a cida<strong>de</strong> local po<strong>de</strong> se relacionar diretamente<br />
com a metrópole nacional, uma vez que os fluxos já não são<br />
mais escalonados.<br />
c) A figura 1 representa mo<strong>de</strong>lo industrial <strong>de</strong> hierarquia<br />
urbana, no qual os centros menores polarizam os maiores.<br />
d) A figura 2 <strong>de</strong>monstra o escalonamento crescente dos<br />
fluxos <strong>de</strong> serviços, mercadorias e informações como parte<br />
integrante da hierarquia urbana.<br />
e)nda<br />
COMENTÁRIO<br />
A resposta é a alternativa B já que representa a nova face das<br />
relações entre as cida<strong>de</strong>s. A re<strong>de</strong> urbana atual é bem mais<br />
articulada permitindo a troca direta <strong>de</strong> economia entre as<br />
mais diversas cida<strong>de</strong>s<br />
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CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS<br />
Questões 46 a 90<br />
46. Um professor <strong>de</strong> Biologia orientou os estudantes para<br />
coletarem exemplares diversos do reino Animalia, e os<br />
agruparem <strong>de</strong> acordo com as características que julgassem<br />
comuns. Os estudantes organizaram os animais nos seguintes<br />
grupos:<br />
Grupo I Esponjas e estrelas-do-mar.<br />
Grupo II Minhocas, piolhos <strong>de</strong> cobra e centopéias.<br />
Grupo III Carrapatos, aranhas e escorpiões.<br />
Grupo IV Caranguejos, siris e camarões.<br />
Grupo V Moscas, abelhas, besouros e borboletas.<br />
Em seguida, o professor explicou e caracterizou os diversos<br />
filos <strong>de</strong>sse reino, e solicitou que os animais fossem<br />
reagrupados, <strong>de</strong> acordo com os filos a que cada um<br />
pertence. O reagrupamento correto <strong>de</strong>sses animais, em filos,<br />
encontra-se na alternativa<br />
a)I. Esponjas II. Estrelas-do-mar III. Minhocas IV. Piolhos<br />
<strong>de</strong> cobra, centopéias, carrapatos, aranhas, escorpiões,<br />
caranguejos, siris, camarões, moscas, abelhas, besouros e<br />
borboletas<br />
b)I. Esponjas II. Estrelas-do-mar III. Minhocas IV. Piolhos <strong>de</strong><br />
cobra e centopéias V. Carrapatos, aranhas, escorpiões, caranguejos,<br />
siris, camarões VI. Moscas, abelhas, besouros e<br />
borboletas<br />
c)I. Esponjas e estrelas-do-mar II. Minhocas III. Piolhos <strong>de</strong><br />
cobra e centopéias IV. Carrapatos, aranhas, escorpiões,<br />
caranguejos, siris, camarões, moscas, abelhas, besouros e<br />
borboletas<br />
d)I. Esponjas II. Estrelas-do-mar III. Minhocas, piolhos <strong>de</strong><br />
cobra e centopéias IV. Carrapatos, aranhas, escorpiões,<br />
caranguejos, siris, camarões, moscas, abelhas, besouros e<br />
borboletas<br />
e)I. Esponjas e estrelas-do-mar II. Minhocas, piolhos <strong>de</strong><br />
cobra e centopéias III. Carrapatos, aranhas e escorpiões IV.<br />
Caranguejos, siris e camarões V. Moscas, abelhas, besouros e<br />
borboletas<br />
COMENTÁRIO<br />
Nessa questão, o aluno <strong>de</strong>verá lembrar os seus<br />
conhecimentos sobre as características evolutivas dos<br />
diversos grupos <strong>de</strong> animais para po<strong>de</strong>r classificá-los em 4<br />
grupos: I-poríferos; II-equino<strong>de</strong>rmos; III-anelí<strong>de</strong>os; IVartrópo<strong>de</strong>s.<br />
Alternativa correta, portanto, é o item a.<br />
47. O reino protista inclui as algas e os protozoários. Esses<br />
organismos, nas classificações mais antigas, eram<br />
consi<strong>de</strong>rados como pertencentes aos reinos vegetal e animal,<br />
respectivamente. Assinale a alternativa que apresenta a<br />
justificativa correta para a inclusão <strong>de</strong>sses diferentes protistas<br />
no mesmo reino.<br />
a) Ambos são simples, unicelulares, apresentam células<br />
eucarióticas e nutrição heterotrófica.<br />
b) Ambos são simples na organização morfológica em<br />
comparação com plantas e animais, sendo as algas<br />
autotróficas e os protozoários heterotróficos.<br />
c) Ambos apresentam pare<strong>de</strong> celular, nutrição heterotrófica e<br />
compõem-se <strong>de</strong> células eucarióticas.<br />
d) Ambos apresentam pare<strong>de</strong> celular, nutrição heterotrófica e<br />
compõem-se <strong>de</strong> células procarióticas.<br />
e) Ambos são pluricelulares, sendo as algas autotróficas e os<br />
protozoários heterotróficos.<br />
COMENTÁRIO<br />
Nessa questão, o aluno <strong>de</strong>ve lembrar a organização<br />
morfológica <strong>de</strong> algas e protozoários, tomando atenção para o<br />
fato <strong>de</strong> algas são autótrofas e os protozoários são heterótrofos<br />
e que somente as algas possuem indivíduos uni e<br />
multicelulares. Alternativa correta, portanto, item b.<br />
48. PNEUMOTÓRAX<br />
Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos.<br />
A vida inteira que po<strong>dia</strong> ter sido e que não foi.<br />
Tosse, tosse, tosse.<br />
Mandou chamar o médico:<br />
- Diga trinta e três.<br />
- Trinta e três... trinta e três... trinta e três...<br />
-Respire.<br />
.........................................................................................<br />
- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o<br />
pulmão direito infiltrado.<br />
- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?<br />
-Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.<br />
O senhor tem uma escavação no pulmão... O pulmão po<strong>de</strong> ser<br />
alvo <strong>de</strong> diversos agentes patogênicos, tais como os fungos. A<br />
respeito <strong>de</strong>sse grupo <strong>de</strong> seres vivos, marque a alternativa<br />
incorreta:<br />
a) é constituído <strong>de</strong> seres heterotróficos e eucariontes, como os<br />
cogumelos.<br />
b) causa várias doenças, como a "frieira", no homem, e as<br />
"ferrugens", nas plantas.<br />
c) é capaz <strong>de</strong>, ao fermentar, produzir bebidas, como a cerveja<br />
e o vinho.<br />
d) possui representantes que são empregados na produção <strong>de</strong><br />
antibióticos naturais.<br />
e) os fungos são dotados <strong>de</strong> células procarióticas, o que os<br />
torna igual aos vírus, que também possuem células<br />
procarióticas.<br />
COMENTÁRIO<br />
Nessa questão, pe<strong>de</strong>-se o item incorreto. O aluno <strong>de</strong>ve<br />
lembrar que os fungos possuem células eucarióticas, ou seja,<br />
material genético envolto por uma membrana nuclear ou<br />
carioteca. Alternativa a ser marcada, portanto, item e.<br />
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49. Professor Astrogildo combinou com seus alunos visitar<br />
uma região on<strong>de</strong> ocorria extração <strong>de</strong> minério a céu aberto,<br />
com a intenção <strong>de</strong> mostrar os efeitos ambientais produzidos<br />
por aquela ativida<strong>de</strong>. Durante o trajeto, professor Astrogildo<br />
ia propondo <strong>de</strong>safios a partir das situações do <strong>dia</strong>-a-<strong>dia</strong><br />
vivenciadas ao longo do passeio.<br />
Após algum tempo, professor Astrogildo chamou a turma <strong>de</strong><br />
volta ao ônibus, pois ainda iriam visitar uma fábrica <strong>de</strong><br />
cerveja que ficava no caminho. Na fábrica, um funcionário<br />
explicou todo o processo <strong>de</strong> produção da cerveja, ressaltando<br />
que, para isso, se utilizava o fungo 'Saccharomyces<br />
cerevisiae', um anaeróbio facultativo. Professor Astrogildo<br />
apontou dois barris que estavam no galpão da fábrica,<br />
reproduzidos no esquema a seguir.<br />
Consi<strong>de</strong>rando que ambos contêm todos os ingredientes para a<br />
produção <strong>de</strong> cerveja, a formação <strong>de</strong> álcool ocorre no barril<br />
a) II, on<strong>de</strong> a glicose não é totalmente oxidada.<br />
b) I, on<strong>de</strong> há um maior consumo <strong>de</strong> oxigênio.<br />
c) II, on<strong>de</strong> a pressão do oxigênio é maior.<br />
d) I, on<strong>de</strong> a glicose será <strong>de</strong>gradada a ácido pirúvico.<br />
COMENTÁRIO<br />
Nessa questão, o aluno necessitará dos conhecimentos a<br />
respeito <strong>de</strong> fungos e fermentação, um processo on<strong>de</strong> a<br />
energia do alimento é extraída parcialmente, pois não há<br />
oxigênio suficiente para realizar a respiração aeróbica, que<br />
extrai toda a energia do alimento. Assim, o barril on<strong>de</strong><br />
ocorrerá fermentação alcoólica, que tem como produto final o<br />
álcool etílico, é o barril II, pois como ele possui uma tampa<br />
com um furo central, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oxigênio disponível<br />
para os fungos é limitada, contrastando com o barril I que<br />
está totalmente aberto. Dessa forma, alternativa correta é o<br />
item a<br />
50. O mastodonte era um mamífero gigante que habitou o<br />
nor<strong>de</strong>ste brasileiro no Pleistoceno e hoje se encontra extinto.<br />
Existe um <strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ste animal <strong>de</strong>positado na sala <strong>de</strong> visita do<br />
Açu<strong>de</strong> Castanhão. Já no Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, nas<br />
ime<strong>dia</strong>ções da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Felipe Guerra, encontramos conchas<br />
e esqueletos <strong>de</strong> equino<strong>de</strong>rmas. Destes animais, aqueles que<br />
apresentam esqueletos externos são<br />
a) somente as conchas.<br />
b) as conchas e os equino<strong>de</strong>rmos.<br />
c) somente os mastodontes.<br />
d) os equino<strong>de</strong>rmos e os mastodontes.<br />
e) nenhum <strong>de</strong>les possui esqueleto externo.<br />
COMENTÁRIO<br />
Nessa questão, o aluno <strong>de</strong>ve lembrar que o esqueleto tem<br />
como função primor<strong>dia</strong>l promover o suporte mecânico,<br />
porém po<strong>de</strong> também se relacionar com o movimento e o<br />
armazenamento <strong>de</strong> substâncias. Os animais po<strong>de</strong>m apresentar<br />
esqueleto interno, como os equino<strong>de</strong>rmos e alguns cordados;<br />
e externo como os moluscos e os artrópo<strong>de</strong>s. Assim, a<br />
alternativa correta é o item a.<br />
51. Os sintomas <strong>de</strong> febre, tosse, cansaço, vômito e <strong>dia</strong>rréia<br />
são os principais responsáveis pela lotação nas emergências<br />
dos hospitais <strong>de</strong> Fortaleza. Nesta época <strong>de</strong> chuvas, a<br />
ocorrência <strong>de</strong> viroses aumenta consi<strong>de</strong>ravelmente,<br />
principalmente em crianças. No Centro <strong>de</strong> Assistência à<br />
Criança a mé<strong>dia</strong> <strong>de</strong> atendimentos por <strong>dia</strong> saltou <strong>de</strong> 80, em um<br />
mês comum, para 200, nesta quadra chuvosa. (O Povo online,<br />
12 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2009)<br />
Sobre os vírus, agentes responsáveis por sintomas como os<br />
<strong>de</strong>scritos acima, analise as afirmações a seguir:<br />
I. Apesar <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rado não vivo, um vírus continua capaz<br />
<strong>de</strong> infectar mesmo fora do corpo do hospe<strong>de</strong>iro.<br />
II. Antibióticos po<strong>de</strong>m ser muito eficazes no tratamento <strong>de</strong><br />
viroses, pois <strong>de</strong>stroem o material genético constituinte dos<br />
vírus infectantes, inativando sua ação.<br />
III. Atualmente uma maneira bastante eficiente <strong>de</strong> prevenir<br />
doenças causadas por vírus é a utilização através <strong>de</strong> vacinas.<br />
É correto o que se afirma<br />
a) em I, II, e III, apenas.<br />
b) em II, apenas.<br />
c) em I e III, apenas.<br />
d) em III, apenas.<br />
e) em II e III, apenas<br />
COMENTÁRIO<br />
Nessa questão, o aluno <strong>de</strong>verá lembrar o conteúdo estudado<br />
com relação aos vírus. Os vírus são agentes com capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> infectar um organismo, não necessitando estar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />
uma célula hospe<strong>de</strong>ira para ser transferido <strong>de</strong> um indivíduo<br />
para outro. Os antibióticos são fármacos com uma certa<br />
eficiência terapêutica em bactérias, porém os vírus não são<br />
afetados, já que não possuem maquinaria genética completa e<br />
própria. A vacinação é um método profilático eficiente para<br />
algumas doenças virais. Assim, a alternativa correta é o item<br />
c.<br />
52. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da complexida<strong>de</strong>, existem estruturas<br />
nos organismos responsáveis por realizar funções<br />
metabólicas fundamentais à sobrevivência nas mais<br />
variadas situações. Se compararmos um mamífero a<br />
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uma euglena, po<strong>de</strong>mos i<strong>de</strong>ntificar estruturas presentes no<br />
animal e no protozoário que exercem funções semelhantes.<br />
Numere a Coluna II <strong>de</strong> acordo com a Coluna I, i<strong>de</strong>ntificando<br />
as estruturas que exercem funções semelhantes.<br />
Coluna I Coluna II<br />
Mamífero Protozoário<br />
1. Pata ( )poro excretor<br />
2. Boca ( ) estigma<br />
3. Cérebro ( ) flagelo<br />
4. Ânus ( ) citóstoma<br />
5. Olho ( ) núcleo<br />
Assinale a alternativa que contém a seqüência correta, <strong>de</strong><br />
cima para baixo.<br />
a) 4, 5, 1, 3, 2<br />
b) 4, 5, 1, 2, 3<br />
c) 3, 1, 5, 4, 2<br />
d) 4, 2, 1, 5, 3<br />
e ) 1, 2, 4, 3, 5<br />
COMENTÁRIO<br />
Questão que aborda conhecimentos sobre as estruturas<br />
corporais <strong>de</strong> dois grupos distintos <strong>de</strong> organismos. Para<br />
resolver essa questão o aluno <strong>de</strong>verá correlacionar as<br />
estruturas atentando para as funções <strong>de</strong> cada uma em seus<br />
respectivos grupos, lembrando que citóstoma é a boca<br />
rudimentar <strong>de</strong> protozoários e estigma é uma estrutura<br />
responsável pela captação da luz. Assim, a alternativa correta<br />
é o item b.<br />
53. Um dos maiores problemas enfrentados pela medicina é<br />
a resistência bacteriana, e, atualmente, sabe-se que os<br />
antibióticos nem sempre conseguem tratar infecções <strong>de</strong><br />
maneira satisfatória. Com relação ao que foi dito, po<strong>de</strong>mos<br />
afirmar, corretamente, que:<br />
a) Os antibióticos são ineficientes, pois a freqüência <strong>de</strong><br />
mutação em bactérias é muito elevada e, <strong>de</strong>ssa forma, não é<br />
possível obter resultados positivos com tratamentos <strong>de</strong>ssa<br />
natureza.<br />
b) A utilização <strong>de</strong>senfreada <strong>de</strong> antibióticos produz mutações<br />
nas bactérias, tornando-as, cada vez mais, resistentes ao<br />
tratamento.<br />
c) Embora as bactérias sejam sensíveis aos antibióticos, os<br />
seres humanos estão, cada vez mais, resistentes, e, portanto,<br />
tratamentos <strong>de</strong>ssa natureza per<strong>de</strong>ram sua eficácia.<br />
d) O uso indiscriminado <strong>de</strong> antibióticos elimina populações<br />
bacterianas sensíveis, porém acaba por selecionar cepas<br />
resistentes que não respon<strong>de</strong>m aos tratamentos.<br />
e) Os antibióticos são produzidos por protozoários, o que faz<br />
com que eles, ao longo do tempo, <strong>de</strong>ixem <strong>de</strong> ser eficazes<br />
contra as bactérias.<br />
COMENTÁRIO<br />
Para resolver essa questão,o aluno <strong>de</strong>ve recapitular os<br />
conhecimentos sobre bactérias e antibióticos e lembrar que<br />
por causa do uso indiscriminado e, muitas vezes, errado<br />
<strong>de</strong>sses medicamentos por parte da população, ocorre uma<br />
seleção das cepas mais resistentes, que proliferam e causam<br />
mais danos ao paciente, pois são resistentes aos antibióticos<br />
existentes. Lembrar que antibiótico não produz mutação, já<br />
que esta não po<strong>de</strong> ser produzida ou induzida em condições<br />
naturais. Além disso, nenhum protozoário está envolvido na<br />
produção <strong>de</strong> antibióticos. Portanto, alternativa correta é o<br />
item d.<br />
54. Uma das extremida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um tubo <strong>de</strong> vidro foi envolvida<br />
por uma membrana semipermeável e, em seu interior, foi<br />
colocada a solução A. Em seguida, mergulhou-se esse tubo<br />
num recipiente contendo a solução B, como mostra a Figura<br />
1. Minutos <strong>de</strong>pois, observou-se a elevação do nível da<br />
solução no interior do tubo <strong>de</strong> vidro (Figura 2).<br />
O aumento do nível da solução no interior do tubo <strong>de</strong> vidro é<br />
equivalente<br />
a) à <strong>de</strong>sidratação <strong>de</strong> invertebrados aquáticos, quando em<br />
ambientes hipotônicos.<br />
b) ao que acontece com as hemácias, quando colocadas em<br />
solução hipertônica.<br />
c) ao processo <strong>de</strong> pinocitose, que resulta na entrada <strong>de</strong><br />
material numa ameba.<br />
d) ao processo <strong>de</strong> rompimento <strong>de</strong> células vegetais, quando em<br />
solução hipertônica.<br />
e) ao que acontece com células-guarda e resulta na abertura<br />
dos estômatos.<br />
COMENTÁRIO<br />
Habilida<strong>de</strong>: H15 – Interpretar mo<strong>de</strong>los e experimentos para<br />
explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer<br />
nível <strong>de</strong> organização dos sistemas biológicos.<br />
Gabarito: E<br />
Questão muito interessante que relaciona as diversas formas<br />
que o processo <strong>de</strong> osmose po<strong>de</strong> ocorrer nos seres vivos.<br />
Osmose é uma das formas <strong>de</strong> transporte passivo (sem gasto<br />
<strong>de</strong> energia) em que há a passagem <strong>de</strong> solvente (água) do<br />
meio que está menos concentrado (hipotônico) para o que<br />
está mais concentrado (hipertônico), através <strong>de</strong> uma<br />
membrana semipermeável com o intuito <strong>de</strong> igualar as<br />
concentrações. Assim, se no experimento apresentado, a<br />
água saiu da solução B para a solução A, significa que a<br />
solução A é hipertônica em relação a solução B. Vamos<br />
então analisar cada item:<br />
A) INCORRETO. A <strong>de</strong>sidratação ocorre quando sai água do<br />
corpo do anima, o que ocorre quando este se encontra<br />
em meio hipertônico e não hipotônico.<br />
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B) INCORRETO. Se as hemácias são colocadas em meio<br />
hipertônico elas per<strong>de</strong>m água e não o contrário como diz o<br />
item.<br />
C) INCORRETO. A pinocitose é uma forma <strong>de</strong> transporte em<br />
bloco, em que as substância é englobada pela membrana,<br />
não a atravessando diretamente.<br />
D) INCORRETO. Quando colocado em solução hipertônica<br />
o vegetal per<strong>de</strong> água e <strong>de</strong>sidrata. Além disso, mesmo que<br />
colocado em meio hipotônico, a célula não se rompe <strong>de</strong>vido<br />
à resistência da pare<strong>de</strong> vegetal.<br />
E) CORRETO. Para que ocorra abertura dos estômatos é<br />
necessário potássio seja bombeado para as células-guarda a<br />
partir das células acessórias (que ficam ao lado). Assim, as<br />
células-guarda aficam hipertônica e atraem água (como<br />
ocorreu no experimento) ficando túrgidas e, pela disposição<br />
diferenciada das fibras <strong>de</strong> celulose, o estômato se abre.<br />
55. A utilização racional da radioativida<strong>de</strong> em vários campos<br />
da pesquisa tem permitido a compreensão <strong>de</strong> fenômenos<br />
importantes. Por exemplo, a uma cultura <strong>de</strong> células é possível<br />
fornecer aminoácidos marcados com isótopos radioativos e,<br />
através <strong>de</strong> técnicas especiais, companhar seu trajeto na célula.<br />
No caso abaixo, células do pâncreas foram incubadas durante<br />
três minutos em um meio <strong>de</strong> cultura contendo leucina tritiada.<br />
Após vários intervalos <strong>de</strong> tempo, esse material foi submetido<br />
a uma técnica que revela a localização do aminoácido<br />
radioativo em diferentes organelas citoplasmáticas, pela<br />
<strong>de</strong>posição <strong>de</strong> grânulos <strong>de</strong> prata. O estudo do material ao<br />
microscópio eletrônico permitiu a construção da figura a<br />
seguir. Cada curva <strong>de</strong>screve a porcentagem <strong>de</strong> grãos <strong>de</strong> prata<br />
presentes em uma das três organelas diferentes.<br />
Com base no gráfico acima, assinale a alternativa correta.<br />
A) A seqüência numérica correspon<strong>de</strong>nte às organelas on<strong>de</strong><br />
os aminoácidos radioativos po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>tectados na or<strong>de</strong>m<br />
<strong>de</strong> síntese e secreção <strong>de</strong> uma glicoproteína é: III, I e II.<br />
B) A curva II correspon<strong>de</strong> ao Retículo Endoplasmático<br />
Rugoso, porque os aminoácidos radioativos vão sendo<br />
progressivamente incorporados aos ribossomos.<br />
C) A curva III correspon<strong>de</strong> ao Complexo <strong>de</strong> Golgi, uma vez<br />
que a radioativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>cresce com a secreção da<br />
glicoproteína.<br />
D) Se, ao invés <strong>de</strong> expostas a um aminoácido radioativo,<br />
células do pâncreas fossem incubadas com timidina<br />
radioativa, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um certo tempo po<strong>de</strong>ria ser <strong>de</strong>tectada<br />
radioativida<strong>de</strong> na organela correspon<strong>de</strong>nte a II.<br />
E) Se uma experiência semelhante fosse realizada com<br />
macrófagos incubados com um aminoácido que entra na<br />
composição <strong>de</strong> suas enzimas digestivas, a organela<br />
citoplasmática a apresentar a maior concentração <strong>de</strong><br />
aminoácidos seria a que, no gráfico, foi <strong>de</strong>nominada III.<br />
COMENTÁRIO<br />
Habilida<strong>de</strong>: H15 – Interpretar mo<strong>de</strong>los e experimentos para<br />
explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer<br />
nível <strong>de</strong> organização dos sistemas biológicos.<br />
Gabarito: A<br />
A organela <strong>de</strong> número III, on<strong>de</strong> inicialmente é <strong>de</strong>tectada a<br />
maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aminoácidos radioativos, correspon<strong>de</strong><br />
ao retículo endoplasmático rugoso, local da síntese <strong>de</strong><br />
proteínas “<strong>de</strong> exportação”. Se as células do experimento<br />
fossem expostas à timidina (um nucleotí<strong>de</strong>o <strong>de</strong> RNA)<br />
radioativa, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> algum tempo também aí seria <strong>de</strong>tectada<br />
essa radioativida<strong>de</strong> (e não na organela II). A organela I é o<br />
aparelho golgiense (ou complexo <strong>de</strong> Golgi), para on<strong>de</strong> são<br />
enviadas as proteínas produzidas no retículo. E o número II<br />
correspon<strong>de</strong> às vesículas <strong>de</strong> secreção produzidas e liberadas<br />
pelo aparelho golgiense, que conduzirão essas proteínas<br />
para o exterior da célula. Por fim, caso uma experiência<br />
semelhante fosse realizada com macrófagos, como sugere a<br />
alternativa e, haveria maior concentração <strong>de</strong> aminoácidos<br />
radioativos na estrutura II, que nesse caso representaria os<br />
lisossomos <strong>de</strong>ssas células.<br />
56. Analise este experimento:<br />
Consi<strong>de</strong>rando-se o resultado <strong>de</strong>sse experimento, é<br />
CORRETO afirmar que<br />
A) os ratos produzem dióxido <strong>de</strong> carbono quando absorvem<br />
oxigênio.<br />
B) a troca <strong>de</strong> gases aumenta quando é maior a produção <strong>de</strong><br />
energia.<br />
C) a água resultante do metabolismo da glicose é produto <strong>de</strong><br />
oxidação.<br />
D) o carbono do CO2 eliminado pelos ratos é proveniente da<br />
glicose.<br />
E) A energia da glicose é diretamente utilizada nos processos<br />
celulares.<br />
COMENTÁRIO<br />
Habilida<strong>de</strong>: H14 – I<strong>de</strong>ntificar padrões em fenômenos e<br />
processos vitais dos organismos, como manutenção do<br />
equilíbrio interno, <strong>de</strong>fesa, relações com o ambiente,<br />
sexualida<strong>de</strong>, entre outros.<br />
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Gabarito: D<br />
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Questão que aborda conhecimentos sobre o processo <strong>de</strong><br />
respiração aeróbia. No experimento, a formação <strong>de</strong><br />
carbonato <strong>de</strong> cálcio radioativo nos diz que foi formado CO2<br />
com carbono radioativo, e este só po<strong>de</strong> ser proveniente da<br />
glicose ofertada ao rato. Vamos relembrar um pouco mais<br />
sobre a respiração aeróbia, que ocorre em três etapas: 1.<br />
Glicólise (quebra da glicose, com saldo <strong>de</strong> 2ATPs e redução<br />
dos NAD – aceptores intermediários <strong>de</strong> elétrons); 2. Ciclo <strong>de</strong><br />
Krebs (oxidação ao máximo dos carbonos da glicose, com<br />
liberação <strong>de</strong> CO2, formação <strong>de</strong> mais aceptores<br />
intermediários e <strong>de</strong> ATPs); 3. Fosforilação oxidativa<br />
(formação <strong>de</strong> ATP a partir da energia armazenada nos<br />
elétrons que estavam com o NADH; formação da água, a<br />
partir do O2, que funciona como o aceptor final <strong>de</strong> elétrons).<br />
Vamos, então, analisar cada item:<br />
A) INCORRETO. Na respiração aeróbia, absorve-se<br />
oxigênio (aceptor final <strong>de</strong> elétrons) e libera-se gás carbônico<br />
(produto da oxidação máxima do carbono da glicose).<br />
B) INCORRETO. Na respiração, não há produção <strong>de</strong> energia<br />
e, sim, transferência da energia armazenada entre as<br />
ligações entre os carbonos da glicose para a ligação entre os<br />
fostatos do ATP.<br />
C) INCORRETO. A água é formada na última etapa da<br />
respiração aeróbia, a partir da molécula <strong>de</strong> oxigênio, <strong>de</strong><br />
hidrogênio presente na matriz mitocondrial, além dos<br />
elétrons que doaram sua energia para formar os ATPs. Se há<br />
ganho <strong>de</strong> elétrons para formar a água, trata-se <strong>de</strong> redução e<br />
não <strong>de</strong> oxidação.<br />
D) CORRETO. Como já comentado.<br />
E) INCORRETO. A energia da glicose não é diretamente<br />
utilizada nos processos celulares. Ela precisa ser transferida<br />
à moléculas <strong>de</strong> ATP, que é consi<strong>de</strong>rada a “moeda<br />
energética” da célula.<br />
57. Uma pequena cida<strong>de</strong> interiorana do Nor<strong>de</strong>ste brasileiro<br />
chamou a atenção <strong>de</strong> pesquisadores a Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />
Paulo pela alta incidência <strong>de</strong> uma doença autossômica<br />
recessiva neuro<strong>de</strong>generativa. As pesquisas realizadas<br />
revelaram que é também alto o número <strong>de</strong> casamentos<br />
consangüíneos na cida<strong>de</strong>. Outro dado interessante levantado<br />
pelos pesquisadores foi que a população da cida<strong>de</strong> acredita<br />
que a doença seja transmitida <strong>de</strong> uma geração a outra através<br />
do sangue. (Pesquisa FAPESP, julho <strong>de</strong> 2005.)<br />
Pelas informações fornecidas no texto, po<strong>de</strong>mos afirmar que:<br />
A) pais saudáveis <strong>de</strong> filhos que apresentam a doença são<br />
necessariamente homozigotos.<br />
B) homens e mulheres têm a mesma probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
apresentar a doença.<br />
C) em situações como a <strong>de</strong>scrita, casamentos consangüíneos<br />
não aumentam a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> doenças<br />
recessivas.<br />
D) pais heterozigotos têm 25% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terem<br />
filhos também heterozigotos.<br />
E) pais heterozigotos têm 50% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terem<br />
filhos que irão <strong>de</strong>senvolver a doença.<br />
COMENTÁRIO<br />
: H13 – Reconhecer mecanismos <strong>de</strong> transmissão da vida,<br />
prevendo ou explicando a manifestação <strong>de</strong> características<br />
dos seres vivos.<br />
Gabarito: B<br />
Vamos analisar cada item:<br />
A) INCORRETO. Em relação a à herança autossômica,<br />
sempre que houver pais com o mesmo fenótipo com um filho<br />
<strong>de</strong> fenótipo diferente, os pais serão heterozigotos e o filho<br />
homozigoto recessivo. Repeti isso 1000 vezes!<br />
B) CORRETO. Nas doenças autossômicas, isto é, que não<br />
envolvem os cromossomos sexuais, a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
ocorrência <strong>de</strong> doenças é a mesma em ambos os sexos.<br />
C) INCORRETO. Casamentos consanguíneos aumentam a<br />
incidência <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> condições recessivas, já que<br />
torna a chance <strong>de</strong> dois alelos recessivos se encontrarem<br />
muito maior.<br />
D) INCORRETO. Pais heterozigotos, po<strong>de</strong>m ter os seguintes<br />
filhos (AA, Aa, Aa, aa). Ou seja, tem 50 % <strong>de</strong> chance <strong>de</strong><br />
terem filhos heterozigotos.<br />
E) INCORRETO. Pais heterozigotos, po<strong>de</strong>m ter os seguintes<br />
filhos (AA, Aa, Aa, aa). Assim apenas ¼ (25%) dos filhos<br />
po<strong>de</strong>m ter a doença.<br />
58. Prática comum realizada em algumas regiões do Brasil, a<br />
“malhação das árvores” é realizada com o intuito <strong>de</strong><br />
aumentar sua produção <strong>de</strong> frutos. Nesta prática, agricultores<br />
batem com varas <strong>de</strong> bambu em árvores até que seu líber seja<br />
bastante lesionado. Esta prática:<br />
a) aumenta a produção <strong>de</strong> frutos em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />
compostos secundários <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa, como terpenos.<br />
b) aumenta a produção <strong>de</strong> frutos em virtu<strong>de</strong> do maior<br />
acúmulo <strong>de</strong> compostos orgânicos na parte acima da região<br />
lesionada.<br />
c) aumenta a produção <strong>de</strong> frutos em virtu<strong>de</strong> do estímulo da<br />
produção <strong>de</strong> auxinas.<br />
d) diminui a produção <strong>de</strong> frutos em virtu<strong>de</strong> da morte da raiz.<br />
e) diminui a produção <strong>de</strong> frutos em virtu<strong>de</strong> da maior<br />
exposição à patógenos.<br />
COMENTÁRIO<br />
Habilida<strong>de</strong>: H3 – Confrontar interpretações científicas com<br />
interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo<br />
ou em diferentes culturas.<br />
Gabarito: C<br />
A condução da seiva elaborada, que leva os produtos da<br />
fotossíntese (matéria orgânica) é conduzida pelo floema<br />
também conhecido por líber. Assim, se o líber for lesado<br />
(como na situação <strong>de</strong>scrita) não haverá passagem da seiva<br />
elaborada, que ficará retida na parte <strong>de</strong> cima da região<br />
lesionada (on<strong>de</strong> ficam as folhas e os frutos), aumentado a<br />
produção <strong>de</strong> frutos. Se ocorresse uma lesão extensa do líber<br />
do tronco da árvore po<strong>de</strong>ria haver morte da raiz, mas na<br />
situação <strong>de</strong>scrita apenas os galhos são lesionados.<br />
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59. PESQUISADORES DESCOBREM NOVO<br />
ECOSSISTEMA EM LAGO ANTÁRTICO.<br />
Um lago com água sete vezes mais salgada que a do mar,<br />
soterrado por vários metros <strong>de</strong> gelo numa região <strong>de</strong>sértica do<br />
continente antártico, abriga um ecossistema composto por<br />
criaturas hoje totalmente <strong>de</strong>sconhecidas.(...) O melhor ainda<br />
está por vir, quando os pesquisadores estudarem a porção<br />
líquida e os organismos nesse habitat isolado. (...) O lí<strong>de</strong>r do<br />
grupo afirmou que "preten<strong>de</strong>m voltar ao lago em dois anos<br />
para atingir a água e caracterizar a vida lá. Ainda não o<br />
fizemos porque queríamos ter certeza <strong>de</strong> que estaríamos<br />
fazendo do jeito mais limpo e menos perturbador possível".<br />
A gran<strong>de</strong> preocupação é não contaminar o lago com<br />
organismos do mundo exterior. ("Folha <strong>de</strong> S. Paulo",<br />
17.12.2002)<br />
No texto, o emprego do termo ecossistema será a<strong>de</strong>quado<br />
apenas se<br />
a) as "criaturas <strong>de</strong>sconhecidas" forem <strong>de</strong>scritas pela ciência.<br />
b) o lago abrigar espécies animais e vegetais.<br />
c) o gelo for eliminado, permitindo que uma comunida<strong>de</strong> ali<br />
se estabeleça.<br />
d) no lago houver uma comunida<strong>de</strong> interagindo com o<br />
ambiente físico.<br />
e) não houver contaminação do lago com organismos do<br />
mundo exterior.<br />
COMENTÁRIO<br />
Habilida<strong>de</strong>: H17 – Relacionar informações apresentadas em<br />
diferentes formas <strong>de</strong> linguagem e representação usadas nas<br />
ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto<br />
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou<br />
linguagem simbólica.<br />
Gabarito: D<br />
A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> ecossistema é exatamente essa, a interação<br />
entre a comunida<strong>de</strong> (conjunto <strong>de</strong> várias populações<br />
diferentes <strong>de</strong> seres vivos) e o meio ambiente.<br />
60. Couve é o nome vulgar e genérico <strong>de</strong> algumas varieda<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> cultivares utilizados na dieta humana. A figura a seguir<br />
ilustra as características selecionadas pelo homem a partir <strong>de</strong><br />
um ancestral selvagem <strong>de</strong> couve, que ocorria naturalmente na<br />
costa atlântica da Europa e na baia o Mediterrâneo, para<br />
originar seis importantes varieda<strong>de</strong>s cultivares muito<br />
utilizados como verdura na culinária, para o preparo <strong>de</strong><br />
sopas, conservas (como o chucrute) e/ou outros<br />
acompanhamentos, como a couve à mineira.<br />
Analisando a figura dada e <strong>de</strong> acordo com seus<br />
conhecimentos, é CORRETO afirmar:<br />
a) As varieda<strong>de</strong>s das plantas citadas foram produzidas por<br />
seleção natural.<br />
b) Os brócolis e a couve-flor apresentam o mesmo genoma e<br />
cariótipos diferentes.<br />
c) As varieda<strong>de</strong>s indicadas po<strong>de</strong>m ser cruzadas produzindo<br />
<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes férteis.<br />
d) A couve propriamente dita e o repolho não produzem<br />
flores ou frutos.<br />
e) Po<strong>de</strong>mos caracterizar esse processo como exemplo <strong>de</strong><br />
convergência evolutiva.<br />
COMENTÁRIO<br />
Habilida<strong>de</strong>: H16 – Compreen<strong>de</strong>r o papel da evolução na<br />
produção <strong>de</strong> padrões, processos biológicos ou na<br />
organização taxonômica dos seres vivos.<br />
Gabarito: D<br />
Vamos analisar cada item:<br />
A) INCORRETO: Foi o homem quem escolheu as plantas<br />
com as características com maior valor econômico para se<br />
reproduzirem, assim, não houve seleção natural e sim<br />
seleção artificial.<br />
B) INCORRETO. O couve-flor (Brassica oferacea) e o<br />
brócolis (Brassica oforacae) são da mesma espécie, logo o<br />
cariótipo (número e morfologia dos cromossomos) tem que<br />
ser o mesmo.<br />
C) CORRETO. Como são da mesma espécie (tem o mesmo<br />
nome científico), ao cruzarem, geração <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes férteis.<br />
D) INCORRETO. Produzem sim (são angiospermas), apenas<br />
não é citado no <strong>de</strong>senho.<br />
E) INCORRETO. Quando um ancestral (ancestral selvagem)<br />
é comum na origem <strong>de</strong> vários seres vivos diferentes,<br />
chamamos isso <strong>de</strong> divergência evolutiva.<br />
61. O abastecimento <strong>de</strong> nossas necessida<strong>de</strong>s<br />
energéticasfuturas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá certamente do <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> tecnologias para aproveitar a energia solar com maior<br />
eficiência. A energia solar é a maior fonte <strong>de</strong> energia<br />
mun<strong>dia</strong>l. Num <strong>dia</strong> ensolarado, por exemplo, aproxi -<br />
madamente 1 kJ <strong>de</strong> energia solar atinge cada metro qua -<br />
drado da superfície terrestre por segundo. No entanto, o<br />
aproveitamento <strong>de</strong>ssa energia é difícil porque ela é diluída<br />
(distribuída por uma área muito extensa) e oscila com o<br />
horário e as condições climáticas. O uso efetivo da energia<br />
solar <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> estocar a energia coletada para<br />
uso posterior.<br />
BROWN, T. Química a Ciência Central. São Paulo: Pearson<br />
Prentice Hall, 2005.<br />
Atualmente, uma das formas <strong>de</strong> se utilizar a energia solar tem<br />
sido armazená-la por meio <strong>de</strong> processos químicos<br />
endotérmicos que mais tar<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ser revertidos para<br />
liberar calor. Consi<strong>de</strong>rando a reação:<br />
CH4(g) + H2O(v) + Calor → CO(g) + 3H2(g)<br />
e analisando-a como potencial mecanismo para o apro<br />
-veitamento posterior da energia solar, conclui-se que<br />
se trata <strong>de</strong> uma estratégia:<br />
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a) insatisfatória, pois a reação apresentada não permite que a<br />
energia presente no meio externo seja absorvida pelo sistema<br />
para ser utilizada posteriormente.<br />
b) insatisfatória, uma vez que há formaçao <strong>de</strong> gases poluentes<br />
e com potencial po<strong>de</strong>r explosivo, tornando-a uma reaçao<br />
perigosa e <strong>de</strong> difícil controle.<br />
c) insatisfatória, uma vez que há formação <strong>de</strong> gás CO que não<br />
possui conteúdo energético passível <strong>de</strong> ser apro -veitado<br />
posteriormente e é consi<strong>de</strong>rado um gás poluente.<br />
d) satisfatória, uma vez que a reação direta ocorre com<br />
absorção <strong>de</strong> calor e promove a formação das substân -cias<br />
combustíveis que po<strong>de</strong>rão ser utilizadas posterior -mente para<br />
obtenção <strong>de</strong> energia e realização <strong>de</strong> trabalho útil.<br />
e) satisfatória, uma vez que a reação direta ocorre com<br />
liberação <strong>de</strong> calor havendo ainda a formação das substâncias<br />
combustíveis que po<strong>de</strong>rão ser utilizadas posteriormente para<br />
obtenção <strong>de</strong> energia e realização <strong>de</strong> trabalho útil.<br />
COMENTÁRIO<br />
62. Os pesticidas mo<strong>de</strong>rnos são divididos em várias classes,<br />
entre as quais se <strong>de</strong>stacam os organofosforados, materiais que<br />
apresentam efeito tóxico agudo para os seres humanos. Esses<br />
pesticidas contêm um átomo central <strong>de</strong> fósforo ao qual estão<br />
ligados outros átomos ou grupo <strong>de</strong> átomos como oxigênio,<br />
enxofre, grupos metoxi ou etoxi, ou um radical orgânico <strong>de</strong><br />
ca<strong>de</strong>ia longa. Os organofos -forados são divididos em três<br />
subclasses: Tipo A, na qual o enxofre não se incorpora na<br />
molécula; Tipo B, na qualo oxigênio, que faz dupla ligação<br />
com fósforo, é substituído pelo enxofre; e Tipo C, no qual<br />
dois oxigênios são substituídos por enxofre.<br />
BAIRD, C. Química Ambiental. Bookman, 2005.<br />
Um exemplo <strong>de</strong> pesticida organofosforado Tipo B, que<br />
apresenta grupo etoxi em sua fórmula estrutural, está<br />
representado em:<br />
COMENTÁRIO<br />
63. O uso <strong>de</strong> protetores solares em situações <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
exposição aos raios solares como, por exemplo, nas praias, é<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para a saú<strong>de</strong>. As moléculas ativas <strong>de</strong><br />
um protetor apresentam, usualmente, anéis aromáticos<br />
conjugados com grupos carbonila, pois esses sistemas são<br />
capazes <strong>de</strong> absorver a ra<strong>dia</strong>ção ultravioleta mais nociva aos<br />
seres humanos. A conjugação é <strong>de</strong>finida como a ocorrência<br />
<strong>de</strong> alternância entre ligações simples e duplas em uma<br />
molécula. Outra proprieda<strong>de</strong> das moléculas em questão é<br />
apresentar, em uma <strong>de</strong> suas extremida<strong>de</strong>s, uma parte apolar<br />
responsável por reduzir a solubilida<strong>de</strong> do composto em água,<br />
o que impe<strong>de</strong> sua rápida remoção quando do contato com a<br />
água. De acordo com as consi<strong>de</strong>rações do texto, qual das<br />
moléculas apresentadas a seguir é a mais a<strong>de</strong>quada para<br />
funcionar como molécula ativa <strong>de</strong> protetores solares?<br />
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COMENTÁRIO<br />
De acordo com as <strong>de</strong>scrições do texto possui anel aromático<br />
conjugado com grupo carbonila e extremida<strong>de</strong> apolar, o<br />
composto E.<br />
64.Ao abastecer um automóvel com gasolina, é possível<br />
sentir o odor do combustível a certa distância da bomba. Isso<br />
significa que, no ar, existem moléculas dos componentes da<br />
gasolina, que são percebidas pelo olfato. Mesmo havendo, no<br />
ar, moléculas <strong>de</strong> combustível e <strong>de</strong> oxigênio, não há<br />
combustão nesse caso. Três explicações diferentes foram<br />
propostas para isso:<br />
I. As moléculas dos componentes da gasolina e as do<br />
oxigênio estão em equilíbrio químico e, por isso, não reagem.<br />
II. À temperatura ambiente, as moléculas dos componentes<br />
da gasolina e as do oxigênio não têm energia suficiente para<br />
iniciar a combustão.<br />
III. As moléculas dos componentes da gasolina e as do<br />
oxigênio encontram-se tão separadas que não há colisão entre<br />
elas.<br />
Dentre as explicações, está correto apenas o que se propõe<br />
em:<br />
a) I.<br />
b) II.<br />
c) III.<br />
d) I e II.<br />
e) II e III.<br />
COMENTÁRIO<br />
Para que haja reação entre combustível e oxigênio carece-se<br />
<strong>de</strong> uma energia mínima <strong>de</strong> ativação.<br />
65. Em 2009, o mundo enfrentou uma epi<strong>de</strong>mia, causada pelo<br />
vírus A(H1N1), que ficou conhecida como gripe suína. A<br />
<strong>de</strong>scoberta do mecanismo <strong>de</strong> ação <strong>de</strong>sse vírus permitiu o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> dois medicamentos para combater a<br />
infecção, por ele causada, e que continuam necessários,<br />
apesar <strong>de</strong> já existir e estar sendo aplicada a vacina contra esse<br />
vírus. As fórmulas estruturais dos princípios ativos <strong>de</strong>sses<br />
medicamentos são:<br />
Examinando-se as fórmulas <strong>de</strong>sses compostos, verifica se que<br />
dois dos grupos funcionais que estão presentes no oseltamivir<br />
estão presentes também no zanamivir. Esses grupos são<br />
característicos <strong>de</strong>:<br />
a) amidas e éteres.<br />
b) ésteres e álcoois.<br />
c) ácidos carboxílicos e éteres.<br />
d) ésteres e ácidos carboxílicos.<br />
e) amidas e álcoois.<br />
COMENTÁRIO<br />
66. Em um experimento, alunos associaram os odores <strong>de</strong><br />
alguns ésteres a aromas característicos <strong>de</strong> alimentos, como,<br />
por exemplo:<br />
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Analisando a fórmula estrutural dos ésteres apresentados,<br />
po<strong>de</strong>-se dizer que, <strong>de</strong>ntre eles, os que têm cheiro <strong>de</strong>:<br />
a) maçã e abacaxi são isômeros.<br />
b) banana e pepino são preparados com álcoois secun -dários.<br />
c) pepino e maçã são heptanoatos.<br />
d) pepino e pera são ésteres do mesmo ácido carboxílico.<br />
e) pera e banana possuem, cada qual, um carbono<br />
assimétrico.<br />
COMENTÁRIO<br />
São isômeros os ésteres da maçã e do pepino.<br />
São obtidos a partir <strong>de</strong> álcool secundário os ésteres da banana<br />
e da pera.<br />
Não há nenhum heptanoato.<br />
São formados a partir do mesmo ácido os ésteres do pepino e<br />
da pêra.<br />
67. Do ponto <strong>de</strong> vista da “Química Ver<strong>de</strong>”, as melhores<br />
transformações são aquelas em que não são gerados<br />
subprodutos. Mas, se forem gerados, os subprodutos não<br />
<strong>de</strong>verão ser agressivos ao ambiente. Consi<strong>de</strong>re as seguintes<br />
transformações, representadas por equações químicas, em<br />
que, quando houver subprodutos, eles não estão indicados.<br />
A or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ssas transformações, da pior para a melhor,<br />
<strong>de</strong> acordo com a “Química Ver<strong>de</strong>”, é:<br />
a) I, II, III.<br />
b) I, III, II.<br />
c) II, I, III.<br />
d) II, III, I.<br />
e) III, I, II.<br />
COMENTÁRIO<br />
De acordo com o texto sobre química ver<strong>de</strong>, a reação I<br />
produz um subproduto prejudicial ao meio ambiente (HCl —<br />
ácido clorídrico). A reação III forma água além do produto<br />
principal. A reação II forma um único produto a<strong>de</strong>quando-se<br />
ao,conceito <strong>de</strong> química ver<strong>de</strong>. Portanto, a sequência das<br />
reações é da pior para a melhor: I, III, II.<br />
68. O Brasil é um dos paises que obtêm melhores resultados<br />
na reciclagem <strong>de</strong> latinhas <strong>de</strong> aluminio. O esquema a seguir<br />
representa as várias etapas <strong>de</strong>sse processo:<br />
Disponivel em: http://ambiente.hsw.uol.com.br.<br />
A temperatura do forno em que o aluminio é fundido é útil<br />
também porque<br />
a) sublima outros metais presentes na lata.<br />
b) evapora substâncias radioativas remanescentes.<br />
c) impe<strong>de</strong> que o aluminio seja eliminado em altas<br />
temperaturas.<br />
d) <strong>de</strong>smagnetiza as latas que passaram pelo processo <strong>de</strong><br />
triagem.<br />
e) queima os residuos <strong>de</strong> tinta e outras substâncias presentes<br />
na lata.<br />
COMENTÁRIO<br />
A reciclagem <strong>de</strong> latinhas <strong>de</strong> alumínio é vantajosa quanto aos<br />
aspectos socioeconômico e ambiental, pois reduz a<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> materiais que se acumulam nos lixões, e<br />
diminui a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> matéria-prima que é extraída do<br />
ambiente. A reciclagem do alumínio po<strong>de</strong> ser realizada<br />
diversas vezes, portanto, uma mesma “latinha <strong>de</strong><br />
alumínio” po<strong>de</strong> ser reutilizada diversas vezes como se<br />
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fosse um alumínio novo. A reciclagem do alumínio gasta<br />
aproximadamente 5% apenas da energia que é utilizada na<br />
obtenção do mesmo alumínio a partir <strong>de</strong> minérios como a<br />
bauxita. Outra eficiência da reciclagem do alumínio é que a<br />
alta temperatura em que o processo é realizado elimina<br />
resíduos <strong>de</strong> tintas e outros produtos químicos presentes nas<br />
“latinhas <strong>de</strong> alumínio”. Resposta: E<br />
69. Fator <strong>de</strong> emissao (carbon footprint) é um termo utilizado<br />
para expressar a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gases que contribuem para o<br />
aquecimento global, emitidos por uma fonte ou por um<br />
processo industrial especifico. Po<strong>de</strong>-se pensar na quantida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> gases emitidos por uma indústria, por uma cida<strong>de</strong> ou<br />
mesmo por uma pessoa. Para o gas CO2, a relação po<strong>de</strong> ser<br />
escrita:<br />
Massa <strong>de</strong> CO2 emitida<br />
Fator <strong>de</strong> emissao <strong>de</strong> CO2 = ––––––––––––––––––––<br />
Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> material<br />
O termo “quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> material” po<strong>de</strong> ser, por exemplo, a<br />
massa <strong>de</strong> material produzido em uma indústria ou a<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gasolina consumida por um carro em um<br />
<strong>de</strong>terminado periodo. No caso da produção do cimento, o<br />
primeiro passo é a obtenção do óxido <strong>de</strong> cálcio, a partir do<br />
aquecimento do calcário a altas temperaturas, <strong>de</strong> acordo com<br />
a reação:<br />
CaCO3 (s) → CaO (s) + CO2 (g)<br />
Uma vez processada essa reação, outros compostos<br />
inorgânicos são adicionados ao óxido <strong>de</strong> cálcio, sendo<br />
que o cimento formado tem 62% <strong>de</strong> CaO em sua com<br />
posição.<br />
Dados: Massas molares em g/mol — CO2 = 44; CaCO3 =<br />
100; CaO = 56.<br />
TREPTOW, R.S. Journal of Chemical Education. v. 87 n.o 2.<br />
Consi<strong>de</strong>rando as informações apresentadas no texto, qual é,<br />
aproximadamente, o fator <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> CO2<br />
quando 1 tonelada <strong>de</strong> cimento for produzida, levando-se em<br />
consi<strong>de</strong>racao apenas a etapa <strong>de</strong> obtencao do oxido <strong>de</strong> calcio?<br />
a) 4,9 x 10–4<br />
b) 7,9 x 10–4<br />
c) 3,8 x 10–1<br />
d) 4,9 x 10–1<br />
e) 7,9 x 10–1<br />
COMENTÁRIO<br />
Em uma tonelada <strong>de</strong> cimento, há 620 kg <strong>de</strong> CaO,<br />
correspon<strong>de</strong>ndo a 62% da massa final <strong>de</strong> cimento produzido.<br />
Logicamente, haverá a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 380 kg <strong>de</strong> outros<br />
materiais para complementar o cimento final. Para que se<br />
gere a massa <strong>de</strong> 620 kg <strong>de</strong> CaO, a massa <strong>de</strong> CO2 produzida<br />
será:<br />
mCO2= 620 kg <strong>de</strong> CaO . 44 g <strong>de</strong> CO2 = 487 kg <strong>de</strong> CO2<br />
56 g <strong>de</strong> CaO<br />
Portanto, a razão entre a massa <strong>de</strong> CO2 produzida e a<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cimento produzido (1tonelada = 1 000 kg),<br />
chamada <strong>de</strong> fator <strong>de</strong> emissão, é:<br />
fator = 487 kg <strong>de</strong> CO2 = 0,487 ≅ 4,9 . 10–1<br />
1 000 kg <strong>de</strong> cimento<br />
Resposta:D<br />
70. As solubilida<strong>de</strong> em água, a 20°C, <strong>de</strong> algumas substancias<br />
e suas respectivas massas molares, são representadas na lista<br />
a seguir:<br />
Substância Massa Molar<br />
(g/mol)<br />
NaNO3 85 90<br />
NaBr 103 100<br />
(NH4)2SO4 132 66<br />
NaI 150 170<br />
C12H22O11<br />
( sacarose)<br />
342 200<br />
Consi<strong>de</strong>rando-se:<br />
- volumes iguais <strong>de</strong> soluções saturadas a 20°C <strong>de</strong>ssas<br />
substancias.<br />
- os sais totalmente dissociados.<br />
A substancia que apresentará maior número <strong>de</strong> partículas em<br />
solução é a <strong>de</strong>:<br />
a)NaNO3<br />
b)NaBr<br />
c)(NH4)2SO4<br />
d)NaI<br />
e)C12H22O11<br />
COMENTÁRIO<br />
A substancia que irá apresentar maior numero <strong>de</strong> partículas<br />
em solução é a NaI, pois pela tabela temos que a 20°C, sua<br />
solubilida<strong>de</strong> é <strong>de</strong> 170. Como o NaI se dissocia em Na+ e I- (<br />
2 particulas), temos o dobro <strong>de</strong> partículas em solução 170 x<br />
2= 340. Resposta:D<br />
71. Uma solução contendo 14g <strong>de</strong> cloreto <strong>de</strong> sódio<br />
dissolvidos em 200mL <strong>de</strong> água foi <strong>de</strong>ixada em um fraco<br />
aberto, a 30°C. Após algum tempo, começou a cristalizar o<br />
soluto. Qual o volume mínimo e aproximado, em mL, <strong>de</strong><br />
água <strong>de</strong>ve ter evaporado quando se iniciou a cristalização?<br />
Dados: solubilida<strong>de</strong>, a 30°C, do cloreto <strong>de</strong> sódio = 35g/100g<br />
<strong>de</strong> água; <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> da água a 30°C = 1,0g/mL.<br />
a)20<br />
b)40<br />
c)80<br />
d)100<br />
e)160<br />
COMENTÁRIO<br />
I) 1g <strong>de</strong> água -------1ml<br />
100g <strong>de</strong> água ------X<br />
X= 100mL <strong>de</strong> água.<br />
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Solubilida<strong>de</strong> a<br />
20°C<br />
(g/100g H2O)<br />
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II) 35g <strong>de</strong> Cloreto <strong>de</strong> sódio---------100mL <strong>de</strong> água<br />
14g <strong>de</strong> cloreto <strong>de</strong> sódio-----------X<br />
X= 40 mL<br />
Logo, serão necessário 160mL <strong>de</strong> água evaporada para o<br />
soluto começar a se cristalizar.<br />
72. Os médicos recomendam que o umbigo <strong>de</strong> recém<br />
nascidos seja limpo, usando-se álcool a 70%. Contudo, no<br />
comércio, o álcool hidratado é geralmente encontrado na<br />
concentração <strong>de</strong> 96% <strong>de</strong> volume <strong>de</strong><br />
álcool para 4% <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> água. Logo, é preciso realizar<br />
uma diluição. Qual o volume <strong>de</strong> água pura que <strong>de</strong>ve ser<br />
adicionado a um litro (1 L) <strong>de</strong> álcool hidratado 80% v/v, para<br />
obter-se uma solução final <strong>de</strong><br />
concentração 50% v/v?<br />
a) 200 mL<br />
b) 400 mL<br />
c) 600 mL<br />
d) 800 mL<br />
e) 1600 mL<br />
COMENTÁRIO<br />
Trata-se <strong>de</strong> uma questão sobre diluição <strong>de</strong> soluções, logo:<br />
T’ x V’=T” x V”<br />
80% x 1000mL = 50% x V”<br />
V”= 1600mL<br />
A questão o volume <strong>de</strong> agua que <strong>de</strong>vera ser adicionada, como<br />
o volume inicial era <strong>de</strong> 1000mL, e o volume final <strong>de</strong><br />
1600mL, logo o volume acrescentado é <strong>de</strong> 600mL. Resposta:<br />
C<br />
73. No início do século XX, a expectativa da Primeira Guerra<br />
Mun<strong>dia</strong>l gerou uma gran<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
compostos nitrogenados. Haber foi o pioneiro na produção <strong>de</strong><br />
amônia, a partir do nitrogênio do ar. Se a<br />
amônia for colocada num recipiente fechado, sua<br />
<strong>de</strong>composição ocorre <strong>de</strong> acordo com a seguinte equação<br />
química não balanceada:<br />
NH3(g) N2(g) + H2(g).<br />
As variações das concentrações com o tempo estão ilustradas<br />
na figura abaixo:<br />
A partir da análise da figura acima, po<strong>de</strong>mos afirmar que as<br />
curvas A, B e C representam a variação<br />
temporal das concentrações dos seguintes componentes da<br />
reação, respectivamente:<br />
a) H2, N2 e NH3<br />
b) NH3, H2 e N2<br />
c) NH3, N2 e H2<br />
d) N2, H2 e NH3<br />
e) H2, NH3 e N2<br />
COMENTÁRIO<br />
Balanceando a reação, temos:<br />
2NH3(g) N2(g) + 3H2(g)<br />
A curva C mostra o reagente (NH3(g)), uma vez que sua<br />
concentração diminui ao longo do tempo. A letra A<br />
representa o produto N2 que está em menor quantida<strong>de</strong> que o<br />
produto H2, representado pela letra B. Resposta: D<br />
74. O metano é um poluente atmosférico e sua combustão<br />
completa é <strong>de</strong>scrita pela equação química balanceada e po<strong>de</strong><br />
ser esquematizada pelo <strong>dia</strong>grama abaixo.<br />
CH4(g) + 2 O2(g) CO2(g) + 2 H2O(g)<br />
Sobre este processo químico, po<strong>de</strong>mos afirmar que:<br />
a) a variação <strong>de</strong> entalpia é –890 kJ/mol, e portanto é<br />
exotérmico.<br />
b) a entalpia <strong>de</strong> ativação é –1140 kJ/mol.<br />
c) a variação <strong>de</strong> entalpia é –1140 kJ/mol, e portanto é<br />
endotérmico.<br />
d) a entalpia <strong>de</strong> ativação é 890 kJ/mol.<br />
e) a entalpia <strong>de</strong> ativação é –890 kJ/mol.<br />
COMENTÁRIO<br />
A questão mostra a combustão do metano, que pelo gráfico<br />
evi<strong>de</strong>ncia um processo exotérmico. O ΔH da reação= entalpia<br />
dos produtos – entalpia dos reagentes. Logo a entalpia= 75 –<br />
965 = -890kJ/mol. Resposta: A<br />
75. A solubilida<strong>de</strong> do dióxido <strong>de</strong> carbono em refrigerantes<br />
po<strong>de</strong> ser representada pelos seguintes processos:<br />
CO2(g) CO2(aq)<br />
CO2(aq) + H2O(l) H2CO3(aq)<br />
H2CO3(aq) HCO3 – (aq) + H + (aq) Ka = 10 -7<br />
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Nos refrigerantes o CO2 é mantido a pressões maiores que a<br />
atmosférica, mas após abertos, a pressão entra em equilíbrio<br />
com a pressão atmosférica, e portanto o pH do refrigerante,<br />
<strong>de</strong> acordo com as equações acima, <strong>de</strong>verá:<br />
a) aumentar.<br />
b) diminuir.<br />
c) permanecer inalterado.<br />
d) tornar-se igual a 10 –7 .<br />
e) tornar-se igual a 10 7 .<br />
COMENTÁRIO<br />
Ao abrir o refrigerante irá ocorrer escape <strong>de</strong> CO2 gasoso,<br />
<strong>de</strong>slocando todos os equilíbrios das reações para esquerda,<br />
consequentemente consumindo ions H+, responsáveis pela<br />
aci<strong>de</strong>z do refrigerante. A sua diminuição acarretará em<br />
aumento do pH. Resposta:A<br />
76. O ultrassom <strong>de</strong> baixa intensida<strong>de</strong> é muito utilizado com o<br />
propósito <strong>de</strong> transmitir energia através <strong>de</strong> um meio e, com<br />
isso, obter informações <strong>de</strong>sse meio. Aplicações típicas são:<br />
medidas das proprieda<strong>de</strong>s elásticas <strong>de</strong> materiais, ensaios não<br />
<strong>de</strong>strutivos <strong>de</strong> materiais e <strong>dia</strong>gnoses médicas. Suponha que<br />
tenha sido realizada uma varredura com ultrassom para se<br />
<strong>de</strong>terminar o diâmetro da carótida, na altura do pescoço <strong>de</strong><br />
um paciente. Se o intervalo <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong>corrido entre a<br />
recepção dos ecos provenientes das pare<strong>de</strong>s anterior e<br />
posterior da carótida é <strong>de</strong> 15 μs (1 μs = 10 –6 s) e a velocida<strong>de</strong><br />
do ultrassom nesse meio tem módulo <strong>de</strong> 1500 m/s, o<br />
diâmetro da carótida do paciente, nessa região, era <strong>de</strong><br />
aproximadamente:<br />
a) 0,5 cm<br />
b) 1,1 cm<br />
c) 2,2 cm<br />
d) 2,5 cm<br />
e) 3,0 cm<br />
COMENTÁRIO<br />
A diferença <strong>de</strong> tempo entre os ecos correspon<strong>de</strong> ao in-tervalo<br />
<strong>de</strong> tempo gasto pelo ultrassom para percorrer uma<br />
distância equivalente ao dobro do diâmetro da carótida.<br />
Resposta: item B<br />
77. Usando a tabela abaixo, que mostra o código <strong>de</strong> cores<br />
para resistores, juntamente com os valores das tolerâncias,<br />
po<strong>de</strong>mos afirmar que o valor nominal da resistência do<br />
resistor representado abaixo é<br />
a) 105 Ω ± 10,5 Ω<br />
b) 105 Ω ± 1,05 Ω<br />
c) 601 Ω ± 60 Ω<br />
d) 600 Ω ± 6 Ω<br />
e) 600 Ω ± 60 Ω<br />
COMENTÁRIO<br />
azul ...... 6 algarismo das centenas<br />
preta ...... 0 algarismo das <strong>de</strong>zenas<br />
preta ...... 0 algarismo das unida<strong>de</strong>s<br />
R = 600 Ω<br />
prateada: tolerância 10% = 60 Ω<br />
R = (600 ± 60) Ω<br />
Resposta: item E<br />
78. Um casal, sem empregados, com renda baixa, preocupado<br />
com os gastos domésticos, resolveu economizar energia<br />
elétrica em sua residência. Como sabia que o chuveiro<br />
elétrico era um dos principais itens do consumo <strong>de</strong>ssa<br />
energia, o casal pôs-se a calcular o gasto relativo à utilização,<br />
durante o mês, do único chuveiro elétrico <strong>de</strong> sua casa.<br />
Sabendo-se que cada uma das pessoas tomava apenas um<br />
banho por <strong>dia</strong>, <strong>de</strong> 15 minutos, e que a potência <strong>de</strong>sse<br />
chuveiro era <strong>de</strong> 4,5 kW o resultado encontrado pelo casal,<br />
relativo à energia elétrica consumida por seu chuveiro ao<br />
longo <strong>de</strong> um mês (30 <strong>dia</strong>s), em kWh (quilowatt-hora) foi <strong>de</strong><br />
a) 67,5<br />
b) 135<br />
c) 200<br />
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d) 300<br />
e) 400<br />
E = Pot . Δt<br />
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COMENTÁRIO<br />
E = 4,5 kW . 0,5 h . 30 = 67,5 kWh<br />
Resposta: item A<br />
79.. Ao ler uma revista, Sandra encontrou uma tabela com o<br />
consumo mensal <strong>de</strong> duas famílias com 5 pessoas.<br />
Analisando-se a tabela, po<strong>de</strong>mos concluir que o maior gasto<br />
mensal é efetuado pela família:<br />
a) A, especialmente pelo micro-ondas.<br />
b) B, especialmente pelo chuveiro.<br />
c) A, especialmente pela gela<strong>de</strong>ira.<br />
d) B, especialmente pela gela<strong>de</strong>ira.<br />
e) A, especialmente pelo chuveiro.<br />
COMENTÁRIO<br />
Família A: 140,9 kWh<br />
Família B: 251,4 kWh<br />
O maior gasto correspon<strong>de</strong> ao chuveiro elétrico, 145,8 kWh.<br />
Resposta: item B<br />
80. A Tarifa Social <strong>de</strong> Baixa Renda é estabelecida pela<br />
Agência Nacional <strong>de</strong> Energia Elétrica (Aneel) e possibilita<br />
<strong>de</strong>scontos no valor da fatura <strong>de</strong> energia elétrica aos<br />
consumidores que cumprem, cumulativamente, os seguintes<br />
requisitos:<br />
• estar classificado como resi<strong>de</strong>ncial, subclasse resi<strong>de</strong>ncial<br />
baixa renda, atendimento monofásico;<br />
• ter consumo mensal inferior a 80 kWh/mês, ou consumo<br />
entre 80 e 220 kWh/mês (calculados com base na mé<strong>dia</strong><br />
móvel dos últimos 12 meses).<br />
Em uma casa comum, alimentada com uma tensão <strong>de</strong> 110 V,<br />
são utilizadas quatro lâmpadas <strong>de</strong> 60 W, três lâmpadas <strong>de</strong><br />
100 W e um chuveiro elétrico <strong>de</strong> 5 400 W. Diariamente, e ao<br />
longo <strong>de</strong> um ano, em mé<strong>dia</strong>, as lâmpadas <strong>de</strong> 60 W ficam<br />
ligadas por duas horas, as <strong>de</strong> 100 W ficam liga-das por quatro<br />
horas e o chuveiro fica ligado por meia hora. Consi<strong>de</strong>re os<br />
dados e avalie as afirmativas, assinalando a falsa.<br />
a) Para reduzir o consumo <strong>de</strong> energia <strong>de</strong>ssa casa em 20%, é<br />
preciso diminuir o consumo diário médio em 876 Wh.<br />
b) Apenas a substituição das lâmpadas <strong>de</strong> 100 W por<br />
fluorescentes mo<strong>de</strong>rnas <strong>de</strong> 15 W, cuja intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
iluminação é semelhante, é suficiente para reduzir o consumo<br />
diário médio <strong>de</strong> energia <strong>de</strong>ssa casa em mais <strong>de</strong> 20%.<br />
c) Utilizando-se o chuveiro somente por meia hora todos os<br />
<strong>dia</strong>s, ao longo <strong>de</strong> trinta <strong>dia</strong>s, já é suficiente para ter um<br />
consumo mensal <strong>de</strong> energia superior a 80 kWh/mês.<br />
d) A casa indicada no enunciado <strong>de</strong>sta questão não entra no<br />
programa <strong>de</strong> tarifa social, porque a mé<strong>dia</strong> do consumo<br />
mensal ultrapassa 220 kWh/mês.<br />
e) watt-hora (Wh) é a energia correspon<strong>de</strong>nte à potência <strong>de</strong> 1<br />
W consumida em uma hora.<br />
COMENTÁRIO<br />
a) Verda<strong>de</strong>ira.<br />
E = Pot . Δt<br />
E = 240 W . 2,0 h + 300 W . 4,0 h + 5 400 W . 0,5 h<br />
E = 480 Wh + 1 200 Wh + 2 700 Wh = 4 380 Wh<br />
20% E = 0,20 . 4 380 Wh = 876 Wh<br />
b) Verda<strong>de</strong>ira.<br />
ΔE = ΔP . Δt = 3 . (100 – 15) . 4,0 (Wh) = 1 020 Wh<br />
1 020 Wh > 20% E = 876 Wh<br />
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c) Verda<strong>de</strong>ira.<br />
E = 5 400 W . 0,5 h . 30 = 81 kWh<br />
d) Falsa.<br />
E = 30 . 4 380 Wh = 131,4 kWh < 220 kWh<br />
e) Verda<strong>de</strong>ira.<br />
Resposta: item D<br />
81. Examine quatro situações que po<strong>de</strong>m ser solucionadas<br />
com o uso <strong>de</strong> instrumentos ópticos:<br />
I. Uma pessoa com miopia precisa enxergar o nome <strong>de</strong> um<br />
ônibus a distância.<br />
II. Uma pessoa tem dificulda<strong>de</strong>s para ler letras pequenas<br />
enquanto lê um livro.<br />
III. Uma pessoa com hipermetropia <strong>de</strong>seja ler um livro.<br />
IV. Um pesquisador precisa observar a existência <strong>de</strong> microorganismos<br />
numa amostra <strong>de</strong> água.<br />
Indique a alternativa que apresenta instrumentos ópticos, os<br />
quais, respectivamente, permitem solucionar as situações<br />
propostas anteriormente.<br />
a) Lupa, microscópio, lente corretora convergente, telescópio<br />
b) Lente corretora convergente, lupa, lente corretora<br />
divergente, microscópio<br />
c) Lente corretora divergente, prisma, lente corretora<br />
convergente, telescópio<br />
d) Lente corretora divergente, lupa, lente corretora<br />
convergente, microscópio<br />
e) Telescópio, lente corretora divergente, lente corretora<br />
convergente, lupa<br />
COMENTÁRIO<br />
I. uma pessoa com miopia po<strong>de</strong> ter sua <strong>de</strong>ficiencia<br />
visual compensada por uma lente esferica<br />
divergente.<br />
II. Para ter-se um aumento das pequenas letras <strong>de</strong> um<br />
livro, po<strong>de</strong>mos utilizar uma lente esferica<br />
convergente, como as presentes em lupas.<br />
III. Uma pessoa com hipermetropia po<strong>de</strong> ter sua<br />
<strong>de</strong>ficiencia visual compensada por uma lente<br />
esferica convergente<br />
IV. Um microscopio e um instrumento optico que<br />
permite gran<strong>de</strong>s ampliacoes, possibilitando a<br />
observacao <strong>de</strong> celulas e microorganismos.<br />
Resposta: item D<br />
aproveitar trajetos <strong>de</strong> vias férreas e do metrô já construídas,<br />
aproveitando o espaço entre os trilhos. Alguns países como<br />
China e Coreia já utilizam tecnologias semelhantes, mas são<br />
trens para gran<strong>de</strong>s distâncias e só levitam quando atingem<br />
altas velocida<strong>de</strong>s. A tecnologia que está sendo <strong>de</strong>senvolvida<br />
para a Maglev Cobra é especificamente para o transporte<br />
urbano, po<strong>de</strong>ndo trafegar até 70 km/h com um diferencial <strong>de</strong><br />
estar sempre levitando, seja parado, seja em movimento.<br />
Essa levitação magnética citada no texto po<strong>de</strong> ser conseguida<br />
utilizando-se o conhecimento <strong>de</strong> que:<br />
a) os polos magnéticos <strong>de</strong> mesmo nome se repelem e os <strong>de</strong><br />
nomes diferentes se atraem.<br />
b) os polos positivos se repelem e os negativos se atraem.<br />
c) ao cortar um ímã ao meio, ele formará dois outros ímãs<br />
com apenas um polo magnético cada um.<br />
d) o polo norte repele o polo sul.<br />
e) os polos magnéticos só aparecem em ímãs.<br />
COMENTÁRIO<br />
Um ima tem sempre dois polos magneticos, um polo<br />
<strong>de</strong>nominado norte e o outro <strong>de</strong>nominado sul. Estes polos sao<br />
indissociaveis, ou seja, nao ha como separa-los em um unico<br />
polo magnetico. Ao cortamos um ima pela meta<strong>de</strong>, cada um<br />
dos novos imas tera dois polos (um norte e um sul). Polo <strong>de</strong><br />
mesmo nome se repelem, enquanto que polos <strong>de</strong> nomes<br />
diferentes se atraem.<br />
Resposta: item A<br />
83. Conta-se que em 1752, Benjamin Franklin (1706 – 1790)<br />
realizou a perigosa experiência <strong>de</strong> empinar uma pipa (ou<br />
papagaio) feita <strong>de</strong> seda, em tempesta<strong>de</strong>. Observou pequenas<br />
faiscas entre uma chave amarrada no barbante da pipa e seu<br />
punho. Essa e outras experiências levaram às seguintes<br />
conclusões:<br />
I. O raio tem a mesma natureza da <strong>de</strong>scarga elétrica que<br />
ocorre, por exemplo, quando levamos choque ao tocarmos<br />
num objeto metálico.<br />
II. Benjamin Franklin não morreu no experimento, como<br />
ocorreu com um outro físico, Georg Wilhelm Richmann, que<br />
tentou reproduzir o experimento <strong>de</strong> Franklin, porque,<br />
provavelmente, estava calçando um sapato isolante, da<br />
mesma forma que os pneus <strong>de</strong> borracha isolam o automóvel,<br />
impedindo que os ocupantes sofram o impacto dos raios.<br />
III. Vários mecanismos atuam no interior das nuvens,<br />
provocando a formação <strong>de</strong> agrupamentos <strong>de</strong> cargas positivas<br />
e negativas. A carga da nuvem induz carga <strong>de</strong> sinal oposto na<br />
superfície da Terra e, num dado instante, ocorre a <strong>de</strong>scarga.<br />
Qual das alternativas abaixo é a correta?<br />
82. O Instituto Nacional <strong>de</strong> Tecnologia, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, a) I e II estão corretas.<br />
iniciou o processo <strong>de</strong> fabricação do primeiro protótipo do b) Apenas I está correta.<br />
trem urbano <strong>de</strong> levitação magnética, o Maglev Cobra, um c) Apenas III está correta.<br />
projeto concebido pelo Coppe/UFRJ... Depois dos testes, o d) Todas estão corretas.<br />
governo do estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro planeja construir uma e) I e III estão corretas.<br />
via expressa ligando os aeroportos Antonio Carlos Jobim e<br />
Santos Dumont utilizando o trem magnético... Além da<br />
vantagem <strong>de</strong> não poluir o ambiente, o veículo po<strong>de</strong>rá<br />
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COMENTÁRIO<br />
I. Um raio nada mais e do que um gran<strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong><br />
cargas eletricas que ocorre por conta <strong>de</strong> uma<br />
diferenca <strong>de</strong> potencial. Ao tocarmos um objeto e<br />
levarmos um choque, este tambem ocorre gracas a<br />
um fluco <strong>de</strong> cargas eletricas. Logo, este item e<br />
verda<strong>de</strong>iro<br />
II. Caso o cientista nao estivesse isolado da Terra<br />
(provavelmente por meio <strong>de</strong> um calcado isolante),<br />
ele propio seria utilizado como rota para o fluxo <strong>de</strong><br />
cargas, ou seja, levaria um gran<strong>de</strong> choque e<br />
provavelmente teria falhecido.<br />
III. Como ja comentado no item I, para que o raio<br />
ocorra tem que haver uma diferenca <strong>de</strong> potencial<br />
entre a nuvem e a Terra. Uma das maneiras <strong>de</strong> isso<br />
ocorrer e a nuvem ficar com uma carga <strong>de</strong> sinal<br />
oposto a Terra.<br />
Resposta: item D<br />
84. “Na divulgação <strong>de</strong> um novo mo<strong>de</strong>lo, uma fábrica <strong>de</strong><br />
automóveis <strong>de</strong>staca duas inovações em relação à prevenção<br />
<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> colisões traseiras: protetores<br />
móveis <strong>de</strong> cabeça e luzes intermitentes <strong>de</strong> freio. Em caso <strong>de</strong><br />
colisão traseira, "os protetores <strong>de</strong> cabeça, controlados por<br />
sensores, são movidos para a frente para proporcionar<br />
proteção para a cabeça do motorista e do passageiro <strong>dia</strong>nteiro<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> milisegundos. Os protetores [...] previnem que a<br />
coluna vertebral se dobre, em caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte, reduzindo o<br />
risco <strong>de</strong> ferimentos <strong>de</strong>vido ao efeito chicote [a cabeça é<br />
forçada para trás e, em seguida, volta rápido para a frente]".<br />
As "luzes intermitentes <strong>de</strong> freio [...] alertam os motoristas<br />
que estão atrás com maior eficiência em relação às luzes <strong>de</strong><br />
freio convencionais quando existe o risco <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte. Testes<br />
[...] mostram que o tempo <strong>de</strong> reação <strong>de</strong> frenagem dos<br />
motoristas po<strong>de</strong> ser encurtado em mé<strong>dia</strong> <strong>de</strong> até 0,20 segundo<br />
se uma luz <strong>de</strong> aviso piscante for utilizada durante uma<br />
frenagem <strong>de</strong> emergência. Como resultado, a distância <strong>de</strong><br />
frenagem po<strong>de</strong> ser reduzida em 5,5 metros<br />
[aproximadamente, quando o carro estiver] a uma velocida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> 100 km/h”.<br />
(www.daimlerchrysler.com.br/noticias/Agosto/Nova_ClasseE_2006<br />
/popexpan<strong>de</strong>.htm)<br />
Qual lei da física explica a razão <strong>de</strong> a cabeça do motorista<br />
ser forçada para trás quando o seu carro sofre uma colisão<br />
traseira, dando origem ao "efeito chicote"?:<br />
a) Lei da atração gravitacional<br />
b) Lei da conservação do momento angular.<br />
c) 1 a Lei <strong>de</strong> Newton – Lei da Inércia<br />
d) 2 a Lei <strong>de</strong> Newton - Princípio fundamental da Dinâmica.<br />
e) 3 a Lei <strong>de</strong> Newton – Lei da Ação <strong>de</strong> Reação.<br />
COMENTÁRIO<br />
Assunto: Dinâmica<br />
Ao receber uma colisão na traseira, o carro é bruscamente<br />
acelerado para frente. Nesse momento, a tendência do<br />
motorista é permanecer com o mesmo movimento anterior à<br />
batida, pois a força atua apenas sobre o carro. Porém, o carro<br />
transmite a força ao motorista, empurrando as suas costas<br />
com o banco. Entretanto, sem o dispositivo <strong>de</strong> segurança, não<br />
há nada que empurre a cabeça do motorista junto com suas<br />
costas, ou seja, ela permanece apenas com o movimento<br />
anterior à batida – INÉRCIA -, sendo forçada para trás(na<br />
verda<strong>de</strong> é o corpo que vai mais pra frente) e po<strong>de</strong>ndo causar<br />
trumatismos. Jé com o dispositivo, tanto as costas do<br />
motorista quanto sua cabeça são aceleradas juntas, evitando o<br />
“efeito chicote” e suas conseqüências físicas.<br />
GABARITO: C<br />
85. As bicicletas possuem uma corrente que liga uma coroa<br />
<strong>de</strong>ntada <strong>dia</strong>nteira, movimentada pelos pedais, a uma coroa<br />
localizada no eixo da roda traseira, como mostra a figura. O<br />
número <strong>de</strong> voltas dadas pela roda traseira a cada pedalada<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do tamanho relativo <strong>de</strong>stas coroas.<br />
Em que opção abaixo a roda traseira dá o maior número <strong>de</strong><br />
voltas por pedalada?<br />
a) d)<br />
b) e)<br />
c)<br />
.<br />
COMENTÁRIO<br />
Assunto: Movimento Circular<br />
Um assunto muito abordado no ENEM. Estamos buscando<br />
uma situação em que com uma volta do pedal, a roda traseira<br />
dê o maior número <strong>de</strong> voltas. O aluno <strong>de</strong>ve enten<strong>de</strong>r que<br />
existem várias maneiras <strong>de</strong> se resolver uma questão e como<br />
eu sempre digo: você <strong>de</strong>ve apren<strong>de</strong>r o ano inteiro, mas no <strong>dia</strong><br />
da prova você tem é que marcar o item certo. Então vamos<br />
primeiro resolver a questão como vocês sabem.<br />
Como a coroa e a catraca estão conectadas por uma corrente<br />
<strong>de</strong>ntada(não <strong>de</strong>sliza), elas possuem a mesma velocida<strong>de</strong><br />
tangencial. VA = VB , MAS COMO V = W . R<br />
WA . RA = WB. RB<br />
WB/WA = RA/RB<br />
Isso mostra que a razão entre as velocida<strong>de</strong>s angulares <strong>de</strong> B e<br />
A, consequentemente entre suas freqüências, são<br />
inversamente proporcionais ao seus raios. Em outras palavras<br />
quanto maior for(tamanho do raio) B em relação a A mais<br />
voltas(freqüência) A vai dar em relação a B. Assim,<br />
procuramos uma bicicleta que tem uma coroa gran<strong>de</strong> e uma<br />
catraca pequena, pois assim com uma volta da coroa( uma<br />
pedalada) a catraca e a roda traseira juntas, pois estão<br />
ligadas pelo mesmo eixo, vão dar mais voltas para que<br />
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a corrente não <strong>de</strong>slize.<br />
GABARITO: A<br />
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86. “Atualmente, o principal projeto da Nasa é a preparação<br />
da viagem tripulada a Marte, prevista para a segunda década<br />
do século 21. Mais do que provlemas técnicos, uma missão<br />
<strong>de</strong>sse porte ainda é inviável pelo fator humano. No espaço, os<br />
astronautas sofem <strong>de</strong> situúrbios do sono, alterações dos<br />
batimentos cardíacos, atrofias <strong>de</strong> músculos <strong>de</strong> ossos e<br />
<strong>de</strong>pressão do sistema imunológico. Os cientistas precisam<br />
superar esses males antes <strong>de</strong> enviar uma tripulação para uma<br />
viagem <strong>de</strong> dois anos até Marte. A ida <strong>de</strong> Glenn ao espaço, oas<br />
77 anos, faz parte <strong>de</strong>sse projeto, já que os distúrbios sofreidos<br />
pelos astronautas são os semelhantes aos da velhice.”<br />
(Zero hora 23/10/1998.)<br />
Sabe-se que a distância mé<strong>dia</strong> <strong>de</strong> Marte ao Sol é maior que a<br />
da Terra ao Sol. Portanto, Marte leva_________tempo que a<br />
Terra para dar uma volta completa em torno do Sol e sua<br />
velocida<strong>de</strong> orbital é __________ que a da terra.<br />
a) menos; menor<br />
b) menos; maior<br />
c) o mesmo; maior<br />
d) mais; maior<br />
e) mais; menor<br />
COMENTÁRIO<br />
Assunto: Gravitação Universal<br />
Aqui a questão exige aborda o conhecimento da terceira lei<br />
<strong>de</strong> Kepler – Lei dos períodos. T 2 /R 3 é constante para os Gele<br />
fala <strong>de</strong> dois planetas que giram em torno do mesmo corpo: a<br />
Terra e Marte girando em torno do Sol, po<strong>de</strong>mos comparar a<br />
Terra com Marte. Foi dito na questão que a distância mé<strong>dia</strong><br />
<strong>de</strong> Marte ao Sol, ou seja, seu raio médio R é maior que o da<br />
Terra. Po<strong>de</strong>mos concluir por esse dado junto com a terceira<br />
lei <strong>de</strong> Kepler que se o Raio é maior, o período também será e<br />
o período não é nada mais que o tempo que ele leva pra dar<br />
uma volta no Sol. Portanto Marte leva mais tempo.<br />
Agora a velocida<strong>de</strong>. Existe um pensamento básico porém<br />
incerto que você acertaria a questão. É simples, se o tempo<br />
que ele <strong>de</strong>mora pra dar uma volta é maior é porque ele é mais<br />
lento, conseqüentemente sua velocida<strong>de</strong> é menor. Eu<br />
particularmente prefiro que você pense aqui comigo.<br />
Se a única força que resulta para o centro da trajetória é a<br />
força <strong>de</strong> atração gravitacional, po<strong>de</strong>mos igualá-la à força<br />
centrípeta.<br />
Fg = Fcp<br />
G.M.m/R 2 = m. V 2 /R<br />
V = E como o Raio <strong>de</strong> Marte é maior a sua<br />
velocida<strong>de</strong> é menor. Assim nós temos a certeza e não um<br />
chute qualquer.<br />
RESPOSTA: E<br />
87. Normalmente, os materiais dilatam-se com o aumento da<br />
temperatura, inclusive os líquidos. A água, contudo,<br />
apresenta um comportamento anômalo, sofre contração <strong>de</strong><br />
seu volume quando sua temperatura aumenta no intervalo <strong>de</strong><br />
0°C a 4°C, voltando a expandir-se para temperaturas maiores<br />
<strong>de</strong> 4°C. Assim, o volume mínimo <strong>de</strong> uma certa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
água ocorre à temperatura <strong>de</strong> 4°C. A massa específica da<br />
água a 4°C é › = 1 g/cm¤, a 0°C é › = 0,99985 g/cm¤ e a<br />
10°C é › = 0,9997 g/cm¤. Devido a esta proprieda<strong>de</strong>, nas<br />
regiões <strong>de</strong> clima frio, apenas as superfícies <strong>de</strong> lagos se<br />
congelam no inverno, formando uma capa protetora e<br />
isolante que conserva a água, sob ela, no estado líquido, a<br />
4°C, a gran<strong>de</strong>s profundida<strong>de</strong>s. Isto permite a sobrevivência<br />
da flora e da fauna <strong>de</strong>stas regiões. Assinale a alternativa que<br />
explica corretamente o fato <strong>de</strong> somente a superfície dos lagos<br />
se congelar a temperaturas ambientes inferiores a 0°C.<br />
a) Quando a temperatura ambiente fica menor que 0°C, uma<br />
camada da superfície do lago congela-se, fazendo o volume<br />
(nível) do lago aumentar. Como a pressão atmosférica é<br />
constante, da equação <strong>de</strong> Clapeyron <strong>de</strong>corre que a<br />
temperatura <strong>de</strong>baixo da camada <strong>de</strong> gelo <strong>de</strong>ve ser maior que<br />
0°C. A gran<strong>de</strong>s profundida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>vido ao isolamento da<br />
camada superficial <strong>de</strong> gelo, a água ten<strong>de</strong> à temperatura <strong>de</strong><br />
equilíbrio, ou seja, 4°C.<br />
b) Quando a temperatura ambiente diminui até 0°C, toda a<br />
água do lago também atinge a temperatura <strong>de</strong> 0°C,<br />
uniformemente. Começa-se a formar uma camada <strong>de</strong> gelo na<br />
superfície, que <strong>de</strong>vido ao calor latente <strong>de</strong> solidificação da<br />
água, aquece a água <strong>de</strong>baixo da camada <strong>de</strong> gelo. Este<br />
processo entra em equilíbrio térmico quando o calor latente,<br />
fornecido pela camada <strong>de</strong> gelo que se formou, aquece a água<br />
<strong>de</strong>baixo <strong>de</strong>sta à temperatura <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> 4°C.<br />
c) Quando a temperatura ambiente fica menor que 0°C, uma<br />
camada da superfície do lago congela-se, fazendo o volume<br />
(nível) do lago aumentar. Como a pressão a gran<strong>de</strong>s<br />
profundida<strong>de</strong>s aumenta, <strong>de</strong>vido à camada <strong>de</strong> gelo que se<br />
formou, da equação <strong>de</strong> Clapeyron <strong>de</strong>corre que a temperatura<br />
também aumenta. O equilíbrio é atingido quando a<br />
temperatura a gran<strong>de</strong>s profundida<strong>de</strong>s atinge 4°C, fazendo<br />
com que o volume do lago diminua novamente. Temos um<br />
equilíbrio dinâmico.<br />
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d) Quando a temperatura ambiente fica menor que 0°C, uma<br />
camada da superfície do lago congela-se, fazendo o volume<br />
(nível) do lago diminuir. Como a pressão a gran<strong>de</strong>s<br />
profundida<strong>de</strong>s diminui, <strong>de</strong>vido à camada <strong>de</strong> gelo que se<br />
formou, vemos da equação <strong>de</strong> Clapeyron que a temperatura<br />
também aumenta. O equilíbrio é atingido quando a<br />
temperatura a gran<strong>de</strong>s profundida<strong>de</strong>s atinge 4°C, fazendo<br />
com que o volume do lago diminua novamente. Temos um<br />
equilíbrio dinâmico.<br />
e) Quando a temperatura ambiente cai abaixo <strong>de</strong> 4°C, a água<br />
a 4°C é mais <strong>de</strong>nsa e se acumula no fundo do lago. Quando a<br />
temperatura ambiente fica menor que 0°C, a água da<br />
superfície congela-se e flutua, isolando a água ainda no<br />
estado líquido, com temperatura acima da temperatura da<br />
superfície do lago.<br />
COMENTÁRIO<br />
: Hidrostática<br />
Esse fenômeno simples é interessantíssimo e muito<br />
importante para o vestibular. Primeiro por se tratar da água<br />
<strong>de</strong>pois por se tratar <strong>de</strong> uma matéria <strong>de</strong> extrema importância.<br />
Quando a temperatura ambiente cai abaixo <strong>de</strong> 4ºC, a<br />
água a 4ºC é mais <strong>de</strong>nse e se acumula no fundo do lago.<br />
Quando a temperatura ambiente fica menor que 0ºC, a<br />
água da superfície congela-se e flutua, isolando a água<br />
ainda no estado líquido.<br />
Como a água apresenta um comportamento anômalo, entre<br />
0ºC e 4ºC seu coeficiente <strong>de</strong> dilatação é negativo. Portanto,<br />
seu volume diminui com o aumento da temperatura nesse<br />
intervalo. Com isso, à temperatura <strong>de</strong> 4ºC, a água apresenta<br />
sua <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> máxima. No caso do lago apresentado pela<br />
questão, isso faz com que a parcela <strong>de</strong> água que se acumula<br />
no seu fundo seja justamente essa que tem <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />
máxima, a 4ºC. Enquanto isso, a água na superfície esfria<br />
mais, tornando-se menos <strong>de</strong>nsa ainda, até o ponto em que<br />
atinge 0ºC e começa a se solidificar. Forma-se, assim, a<br />
camada superficial <strong>de</strong> gelo.<br />
RESPOSTA: E<br />
88. Um grupo <strong>de</strong> amigos compra barras <strong>de</strong> gelo para um<br />
churrasco, num <strong>dia</strong> <strong>de</strong> calor. Como as barras chegam com<br />
algumas horas <strong>de</strong> antecedência, alguém sugere que sejam<br />
envolvidas num grosso cobertor para evitar que <strong>de</strong>rretam<br />
<strong>de</strong>mais. Essa sugestão:<br />
a) é absurda, porque o cobertor vai aquecer o gelo,<br />
<strong>de</strong>rretendo-o ainda mais <strong>de</strong>pressa.<br />
b) é absurda, porque o cobertor facilita a troca <strong>de</strong> calor entre<br />
o ambiente e o gelo, fazendo com que ele <strong>de</strong>rreta ainda mais<br />
<strong>de</strong>pressa.<br />
c) é nócua, pois o cobertor não fornece nem absorve calor ao<br />
gelo, não alterando a rapi<strong>de</strong>z com que o gelo <strong>de</strong>rrete.<br />
d) faz sentido, porque o cobertor facilita a troca <strong>de</strong> calor entre<br />
o ambiente e o gelo, retardando o seu <strong>de</strong>rretimento.<br />
e) faz sentido, porque o cobertor dificulta a troca <strong>de</strong> calor<br />
entre o ambiente e o gelo retardando o seu <strong>de</strong>rretimento.<br />
COMENTÁRIO<br />
Assunto: Calorimetria<br />
O cobertor, por ser feito <strong>de</strong> lã, um material isolante, atua<br />
como uma barreira à troca <strong>de</strong> energia entre o gelo e o<br />
ambiente, conservando assim as barras <strong>de</strong> gelo por mais<br />
tempo.<br />
Obs: Da mesma maneira você po<strong>de</strong>ria utilizar um casaco se<br />
fosse passar por um local on<strong>de</strong> a temperatura fosse <strong>de</strong> 200ºC.<br />
Isso po<strong>de</strong>ria salvar a sua vida!<br />
RESPOSTA: E<br />
89. Você já <strong>de</strong>ve ter notado que, aos bater palmas durante<br />
algum tempo, suas mãos tornam-se mais quentes. Esse fato é<br />
explicado porque:<br />
a) aumenta a circulação sanguínea, com aumento da<br />
produção <strong>de</strong> calor.<br />
b) o movimento das mãos po<strong>de</strong> variar a temperatura do<br />
ambiente, <strong>de</strong>vido ao atrito com o ar.<br />
c) o trabalho mecânico executado pelas mãos se transforma<br />
em energia térmica, que faz variar a temperatura das mãos.<br />
d) durante o movimento, as mãos absorvem energia térmica<br />
do ambiente, o que faz variar sua temperatura.<br />
e) <strong>de</strong>vido ao efeito Joule que diz que toda energia dissipada é<br />
energia térmica.<br />
COMENTÁRIO<br />
Assunto: trabalho e energia<br />
Bater palmas não causa um gran<strong>de</strong> impacto nos batimentos<br />
cardíacos, portanto não <strong>de</strong>ve ter nenhum efeito consi<strong>de</strong>rável<br />
sobre a circulação sanguínea. O atrito com o ar também não é<br />
tão elevado a ponto <strong>de</strong> modificar a temperatura do ambiente.<br />
A energia térmica responsável pelo aumento <strong>de</strong> temperatura<br />
das mãos é, na realida<strong>de</strong>, proveniente do trabalho mecânico<br />
executado pelas mãos, transformando essa energia mecânica<br />
em energia térmica. Vale lembrar que parte da energia<br />
mecânica também é transformada em energia sonora já que<br />
você escuta o som das palmas, mas a maior parte é realmente<br />
transformado em energia térmica.<br />
RESPOSTA: C<br />
90. O vôo <strong>de</strong> um avião <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do acoplamento <strong>de</strong> vários<br />
fatores, <strong>de</strong>ntre os quais se <strong>de</strong>staca o formato <strong>de</strong> suas asas,<br />
responsáveis por sua sustentação no ar. O projeto das asas é<br />
concebido <strong>de</strong> tal maneira que, em um mesmo intervalo <strong>de</strong><br />
tempo, uma corrente <strong>de</strong> ar passando acima da asa tem que<br />
percorrer um caminho maior que uma corrente <strong>de</strong> ar que<br />
passa abaixo <strong>de</strong>la. Des<strong>de</strong> que a velocida<strong>de</strong> do avião seja<br />
a<strong>de</strong>quada, isso permite que ele se mantenha no ar. Assinale a<br />
alternativa que i<strong>de</strong>ntifica corretamente a razão para que isso<br />
aconteça:<br />
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<strong>Curso</strong> Pré-Vestibular <strong>XII</strong> <strong>de</strong> <strong>Maio</strong> Simulado 2011.3<br />
O Cursinho da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFC Enem – <strong>1º</strong> Dia<br />
a) A velocida<strong>de</strong> do ar acima da asa é maior do que abaixo da<br />
asa, ocasionando uma pressão maior acima da asa.<br />
b) A velocida<strong>de</strong> do ar acima da asa é menor do que abaixo da<br />
asa, ocasionando uma pressão menor acima da asa.<br />
c) A velocida<strong>de</strong> do ar acima da asa é maior do que abaixo da<br />
asa, ocasionando uma pressão maior abaixo da asa.<br />
d) A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do ar acima da asa é menor do que abaixo da<br />
asa, ocasionando uma pressão menor abaixo da asa.<br />
e) A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do ar acima da asa é maior do que abaixo da<br />
asa, ocasionando uma pressão maior abaixo da asa.<br />
COMENTÁRIO<br />
Assunto: Hidrodinâmica<br />
Ao se <strong>de</strong>parar com uma questão como essa a primeira coisa<br />
que o aluno tem que fazer é eliminar itens errados. Poxa, se o<br />
avião vai voar e tem todo o seu peso para baixo, alguma força<br />
tem que ser exercida para cima. Então como Pressão é a<br />
relação entre força e área, a Pressão será obrigatoriamente<br />
para cima. Isso elimina os itens A e D. Po<strong>de</strong>mos também<br />
eliminar o item E pois a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do ar so iria mudar com a<br />
temperatura o que não ocorre na questão. Vamos saber agora<br />
on<strong>de</strong> a velocida<strong>de</strong> é maior e on<strong>de</strong> ela é menor. Isso é uma<br />
questão <strong>de</strong> Cinemática. O ar se divi<strong>de</strong> no começo da asa e se<br />
encontra no final. Na parte superior ele percorre um espaço<br />
maior no mesmo tempo então sua velocida<strong>de</strong> é maior.<br />
RESPOSTA: C<br />
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