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Prova Comentada 1º dia - Curso XII de Maio

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<strong>Curso</strong> Pré-Vestibular <strong>XII</strong> <strong>de</strong> <strong>Maio</strong> Simulado 2011.3<br />

O Cursinho da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFC Enem – <strong>1º</strong> Dia<br />

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS<br />

Questões 1 a 45<br />

01. No <strong>dia</strong> 21/04/2003, Dia <strong>de</strong> Tira<strong>de</strong>ntes, o jornal "Diário do<br />

Povo" <strong>de</strong> Campinas/SP publicou a tirinha a seguir:<br />

A partir da análise da tirinha e do contexto <strong>de</strong> sua publicação<br />

po<strong>de</strong>mos inferir que, nos processos <strong>de</strong> construção da<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> nacional,<br />

a) a construção do nacionalismo dispensa o uso <strong>de</strong> heróis em<br />

função <strong>de</strong> sua pouca aceitação popular.<br />

b) a televisão é o meio mais eficaz <strong>de</strong> construir o<br />

nacionalismo <strong>de</strong> um povo.<br />

c) a memória histórica po<strong>de</strong> ser construída através <strong>de</strong> várias<br />

fontes.<br />

d) a produção <strong>de</strong> uma história <strong>de</strong> caráter nacional sempre é<br />

produto da imposição da visão oficial do Estado.<br />

e) a população é politicamente alienada e <strong>de</strong>sconhece seus<br />

verda<strong>de</strong>iros heróis.<br />

COMENTÁRIO<br />

Apesar dos esforços estatais para impor sua visão histórica<br />

através <strong>de</strong> celebrações oficiais, muitas vezes tais iniciativas<br />

não encontram ressonância entre a população, pois <strong>de</strong>ntre<br />

outros motivos tais esforços encontram concorrência <strong>de</strong><br />

outros locais <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> memória histórica, como a<br />

televisão.<br />

02. A partir da segunda meta<strong>de</strong> do século XIX, um grupo <strong>de</strong><br />

cafeicultores paulistas começou a promover a vinda <strong>de</strong><br />

imigrantes europeus ao Brasil. O governo imperial acabou,<br />

aos poucos, absorvendo a li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong>ssa iniciativa. Esse<br />

movimento migratório foi muito importante por que:<br />

a) possibilitou a ocupação <strong>de</strong> regiões pouco povoadas e<br />

inóspitas, como a Amazônia e o Centro-Oeste.<br />

b) garantiu ao País mão <strong>de</strong> obra especializada, elemento<br />

<strong>de</strong>cisivo para acelerar o gran<strong>de</strong> surto industrial da época.<br />

c) consolidou o sistema financeiro nacional <strong>de</strong>vido aos<br />

capitais que os imigrantes trouxeram para cá.<br />

d) <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ou uma revolução nos hábitos culturais do País,<br />

<strong>de</strong>vido à miscigenação <strong>de</strong>sses europeus com a população<br />

local.<br />

e) assegurou mão <strong>de</strong> obra à crescente lavoura cafeeira, uma<br />

vez que foi proibida a importação <strong>de</strong> escravos.<br />

continuado pelo governo imperial, assegurou mão <strong>de</strong> obra às<br />

lavouras cafeeiras, pois o tráfico internacional <strong>de</strong> escravos<br />

foi proibido com a edição da Lei Eusébio <strong>de</strong> Queiroz (1850).<br />

03. Mais onze bens são incluídos na lista <strong>de</strong> proteção do<br />

Patrimônio Cultural Brasileiro.<br />

Foram tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e<br />

Artístico Nacional do Ministério da Cultura (Iphan/MinC) o<br />

Conjunto Paisagístico da Cida<strong>de</strong> Cárceres (MT); a Igreja<br />

Positivista do Rio <strong>de</strong> Janeiro; o Centro Histórico <strong>de</strong> Natal; o<br />

Centro Histórico <strong>de</strong> Paracatu (MG); foi estendido o<br />

tombamento no Conjunto Arquitetônico e Urbanístico da<br />

Serra da Pieda<strong>de</strong> (MG); Centro Histórico <strong>de</strong> São Luiz do<br />

Paraitinga além das embarcações “Luzitânia”, canoa <strong>de</strong> tolda<br />

utilizada na região do baixo rio São Francisco, em Sergipe;<br />

“Dinamar”, canoa costeira da baía <strong>de</strong> São Marcos, no<br />

Maranhão; “Sombra <strong>de</strong> Luz”, saveiro <strong>de</strong> vela <strong>de</strong> içar, do<br />

Recôncavo Baiano; “Tradição”, canoa pranchão utilizada nos<br />

estados do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e Santa Catarina; e a Festa <strong>de</strong><br />

Sant’ Ana, da região do Caicó, no Rio Gran<strong>de</strong> do Norte. Esta<br />

é a primeira vez no país que são tombadas embarcações. (...)<br />

São embarcações <strong>de</strong> uso tradicional no Brasil, que vieram <strong>de</strong><br />

todos os continentes e aqui foram adaptadas às realida<strong>de</strong>s<br />

locais.<br />

Disponível em:<br />

http://www.cultura.gov.br/site/2010/12/11/patrimoniotombado.<br />

A respeito dos recentes tombamentos patrimoniais efetuados<br />

pelo governo brasileiro po<strong>de</strong>mos inferir que<br />

a) os chamados bens imateriais predominaram sobre os bens<br />

materiais.<br />

b) a gran<strong>de</strong> marca do patrimônio naval brasileiro está na<br />

preservação integral <strong>de</strong> características das embarcações<br />

europeias antigas.<br />

c) o governo tem privilegiado apenas aspectos da cultura<br />

material da região Su<strong>de</strong>ste.<br />

d) o conservadorismo e o tradicionalismo marcaram a escolha<br />

dos bens tombados.<br />

e) o tombamento inclui bens materiais e imateriais com base<br />

em critérios técnicos e <strong>de</strong> relevância social.<br />

COMENTÁRIO<br />

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural Brasileiro é<br />

dirigido pelo presi<strong>de</strong>nte do Iphan e composto por 22<br />

conselheiros <strong>de</strong> instituições, como o Ministério do Turismo, o<br />

Instituto dos Arquitetos do Brasil, a Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Arqueologia Brasileira, o Ministério da Educação, a<br />

Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Antropologia, o Instituto Brasileiro<br />

<strong>de</strong> Museus (Ibram/MinC), além <strong>de</strong> outros representantes da<br />

socieda<strong>de</strong> civil.<br />

COMENTÁRIO<br />

04. Texto 1<br />

Não era só nas roças <strong>de</strong> trigo, mandioca e milho que<br />

labutavam os índios. Transporte do sertão, equipagem <strong>de</strong><br />

Na segunda meta<strong>de</strong> do século XIX, o Brasil experimentou o remadores <strong>de</strong> risco e na orla marítima, pesca e caça para<br />

início <strong>de</strong> uma onda migratória europeia ao seu território. O ração <strong>de</strong> tropa, criação <strong>de</strong> gado nas fazendas jesuíticas<br />

incentivo à imigração, iniciado por cafeicultores e e particulares, corte e preparo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras, serviços<br />

em olarias e teares, alvenarias nos fortins, casas,<br />

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<strong>Curso</strong> Pré-Vestibular <strong>XII</strong> <strong>de</strong> <strong>Maio</strong> Simulado 2011.3<br />

O Cursinho da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFC Enem – <strong>1º</strong> Dia<br />

barracos, abertura e conserva <strong>de</strong> caminhos, fabrico <strong>de</strong> barcos,<br />

estiva e trabalho nas embarcações, tudo isso e mais alguma<br />

coisa cabia em geral aos índios (...).<br />

ALENCASTRO, L. F. <strong>de</strong>. O trato <strong>de</strong> Viventes: formação do<br />

Brasil no Atlântico Sul – séculos XVI e XVII. São Paulo:<br />

Companhia das Letras, 2000.<br />

Texto 2<br />

(...) Um dos ban<strong>de</strong>irantes mais ativos foi Antônio Raposo<br />

Tavares que, além <strong>de</strong> comandar diretamente ou estar entre os<br />

lí<strong>de</strong>res das ban<strong>de</strong>iras que entre 1648 e 1652 <strong>de</strong>struíram as<br />

missões jesuítas, esteve presente na <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> Guairá,<br />

Itatim e Tape, alcançou a foz do rio<br />

Amazonas, chegando a Belém do Pará, percorrendo mais <strong>de</strong><br />

12 mil quilômetros.<br />

FREITAS NETO, José A; TASINAFO, Célio Ricardo.<br />

História Geral e do Brasil. 2a Edição. São Paulo: Harbra, p.<br />

328.<br />

Avaliando criticamente os conflitos entre ban<strong>de</strong>irantes e<br />

indígenas po<strong>de</strong>-se inferir que<br />

a) as ban<strong>de</strong>iras, <strong>de</strong>srespeitando o Tratado <strong>de</strong> Tor<strong>de</strong>silhas,<br />

rasgaram os sertões, levando à ocupação <strong>de</strong> longínquas terras<br />

não pertencentes aos indígenas.<br />

b) o <strong>de</strong>senvolvimento econômico da vila <strong>de</strong> São Paulo<br />

acarretou a escravização <strong>de</strong> povos indígenas pelos<br />

ban<strong>de</strong>irantes, apoiados pela Companhia <strong>de</strong> Jesus.<br />

c) São Paulo importava sal, tecidos, especiarias, vinho,<br />

ferramentas, pólvora, intensificando o uso <strong>de</strong> cativos no<br />

transporte, nos pousos, roças e trigais paulistas elevando a<br />

mé<strong>dia</strong> <strong>de</strong> escravos indígenas por proprietário.<br />

d) algumas ban<strong>de</strong>iras, financiadas pelas autorida<strong>de</strong>s coloniais<br />

ou por gran<strong>de</strong>s proprietários, foram contratadas para reprimir<br />

gentios e negros insurretos, bem como invasões estrangeiras.<br />

e) a atuação dos ban<strong>de</strong>irantes nas regiões <strong>de</strong> Guairá, Itatim e<br />

Tape explica, ainda hoje, a permanência das tradições e<br />

cultura indígenas na região Norte.<br />

COMENTÁRIO<br />

Os textos mostram a atuação e relação entre a produção dos<br />

indígenas, dos fazen<strong>de</strong>iros e ban<strong>de</strong>irantes, ficando claro que<br />

São Paulo importava vários produtos elevando o número <strong>de</strong><br />

indígenas escravizados como utilização <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra.<br />

fabris do Brás, Mooca, Barra Funda, Lapa, suce<strong>de</strong>ram-se<br />

tiroteios com grupos <strong>de</strong> populares; em certas ruas já<br />

começaram a fazer barricadas com pedras, ma<strong>de</strong>iras velhas,<br />

carroças viradas e a polícia não se atreve a passar por lá,<br />

porque dos telhados e cantos partem tiros certeiros. Os<br />

jornais saem cheios <strong>de</strong> notícias sem comentários quase, mas<br />

o que se sabe é sumamente grave, prenunciando dramáticos<br />

acontecimentos.<br />

DIAS, Everardo. História das Lutas Sociais no Brasil. Apud<br />

Ban<strong>de</strong>ira, M. et alia, op. cit., pp. 56-57<br />

Sobre a greve geral <strong>de</strong> 1917, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar que<br />

a) foi um marco histórico na luta dos trabalhadores por<br />

melhores condições <strong>de</strong> vida e trabalho.<br />

b) o Estado oligárquico interagiu tranquilamente com os<br />

grevistas, consi<strong>de</strong>rando suas reivindicações.<br />

c) não houve luta, e sim uma mesa <strong>de</strong> negociações<br />

envolvendo sindicato patronal e <strong>de</strong> trabalhadores.<br />

d) o resultado do movimento foi a pronta elaboração <strong>de</strong><br />

legislação que regulamentava o trabalho.<br />

e) a população, acostumada com movimentos<br />

reivindicatórios, não temeu a situação <strong>de</strong> greve.<br />

COMENTÁRIO<br />

A Greve Geral <strong>de</strong> 1917, que pára São Paulo e mostra a força<br />

do movimento operário brasileiro. No <strong>de</strong>correr dos anos 20 a<br />

luta por melhores salários e condições <strong>de</strong> trabalho dão o tom<br />

do movimento, que faz muitas outras pequenas greves<br />

durante a República Velha. Dentro <strong>de</strong>sse processo temos em<br />

1922, a fundação do PCB (Partido Comunista Brasileiro).<br />

06. (ENEM 2007) Consi<strong>de</strong>rando a linha do tempo acima e o<br />

processo <strong>de</strong> abolição da escravatura no Brasil, assinale a<br />

opção correta.<br />

a) O processo abolicionista foi rápido porque recebeu a<br />

a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> todas as correntes políticas do país.<br />

b) O primeiro passo para a abolição da escravatura foi a<br />

proibição do uso dos serviços das crianças nascidas em<br />

cativeiro.<br />

c) Antes que a compra <strong>de</strong> escravos no exterior fosse proibida,<br />

<strong>de</strong>cidiu-se pela libertação dos cativos mais velhos.<br />

d) Assinada pela princesa Isabel, a Lei Áurea concluiu o<br />

processo abolicionista, tornando ilegal a escravidão no Brasil.<br />

e) Ao abolir o tráfico negreiro, a Lei Eusébio <strong>de</strong> Queirós<br />

bloqueou a formulação <strong>de</strong> novas leis antiescravidão no<br />

Brasil.<br />

COMENTÁRIO<br />

A Lei João Alfredo, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1888, mais conhecida<br />

como “Lei Áurea”, <strong>de</strong>clarou “extinta, a parir <strong>de</strong>sta data, a<br />

escravidão no Brasil”. Promulgada pela princesa Isabel, ela<br />

05. Leia a seguir o <strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> um operário que viveu a tomou ilegal a escravidão e encerrou a Campanha<br />

primeira greve geral em 1917:<br />

Abolicionista nos momentos finais do Império do Brasil.<br />

São Paulo é uma cida<strong>de</strong> morta: sua população está<br />

alarmada, os rostos <strong>de</strong>notam apreensão e pânico, porque<br />

tudo está fechado, sem o menor movimento. Pelas ruas, afora 07. (ENEM 2007)<br />

alguns transeuntes apressados, só circulavam veículos São Paulo, 18 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1929.<br />

militares, requisitados pela Cia. Antártica e <strong>de</strong>mais Carlos [Drummond <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>],<br />

indústrias, com tropas armadas <strong>de</strong> fuzis e metralhadoras. Há Achei graça e gozei com o seu entusiasmo pela<br />

or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> atirar para quem fique parado na rua. Nos bairros candidatura Getúlio Vargas — João Pessoa. É. Mas<br />

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<strong>Curso</strong> Pré-Vestibular <strong>XII</strong> <strong>de</strong> <strong>Maio</strong> Simulado 2011.3<br />

O Cursinho da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFC Enem – <strong>1º</strong> Dia<br />

veja como estamos... trocados. Esse entusiasmo <strong>de</strong>via ser<br />

meu e sou eu que conservo o ceticismo que <strong>de</strong>veria ser <strong>de</strong><br />

você. (...).<br />

Eu... eu contemplo numa torcida apenas simpática a<br />

candidatura Getúlio Vargas, que antes <strong>de</strong>sejara tanto.<br />

Mas pra mim, presentemente, essa candidatura (única<br />

aceitável, está claro) fica manchada por essas pazes<br />

fragílimas <strong>de</strong> governistas mineiros, gaúchos, paraibanos (...),<br />

com <strong>de</strong>mocráticos paulistas (que pararam <strong>de</strong> atacar o<br />

Bernar<strong>de</strong>s) e oposicionistas cariocas e gaúchos. Tudo isso<br />

não me entristece. Continuo reconhecendo a existência <strong>de</strong><br />

males necessários, porém me afasta do meu país e da<br />

candidatura Getúlio Vargas. Repito: única aceitável.<br />

Mário [<strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>]<br />

Renato Lemos. Bem traçadas linhas: a história do Brasil em<br />

cartas pessoais. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Bom Texto, 2004, p. 305.<br />

Acerca da crise política ocorrida em fins da Primeira<br />

República, a carta do paulista Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> ao mineiro<br />

Carlos Drummond <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> revela<br />

a) a simpatia <strong>de</strong> Drummond pela candidatura Vargas e o<br />

<strong>de</strong>sencanto <strong>de</strong> Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> com as composições<br />

políticas sustentadas por Vargas.<br />

b) a veneração <strong>de</strong> Drummond e Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> ao gaúcho<br />

Getúlio Vargas, que se aliou à oligarquia cafeeira <strong>de</strong> São<br />

Paulo.<br />

c) a concordância entre Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> e Drummond<br />

quanto ao caráter inovador <strong>de</strong> Vargas, que fez uma ampla<br />

aliança para <strong>de</strong>rrotar a oligarquia mineira.<br />

d) a discordância entre Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> e Drummond sobre<br />

a importância da aliança entre Vargas e o paulista Júlio<br />

Prestes nas eleições presi<strong>de</strong>nciais.<br />

e) o otimismo <strong>de</strong> Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> em relação a Getúlio<br />

Vargas, que se recusara a fazer alianças políticas para vencer<br />

as eleições.<br />

COMENTÁRIO<br />

Logo no início <strong>de</strong> sua carta, Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixa claro<br />

que, enquanto Drummond está animado com a candidatura<br />

<strong>de</strong> Vargas (“Achei graça e gozei com seu entusiasmo pela<br />

candidatura Getúlio Vargas...”), ele continua <strong>de</strong>scrente<br />

(“...conservo o ceticismo...”). O motivo disso seriam as<br />

alianças políticas que sustentariam tal candidatura — a seu<br />

ver, duvidosas (“essa candidatura...fica manchada por essas<br />

pazes fragílimas...”).<br />

08. (ENEM 2008) O ano <strong>de</strong> 1954 foi <strong>de</strong>cisivo para Carlos<br />

Lacerda. Os que conviveram com ele em 1954, 1955, 1957<br />

(um dos seus momentos intelectuais mais altos, quando o<br />

governo Juscelino tentou cassar o seu mandato <strong>de</strong> <strong>de</strong>putado),<br />

1961 e 1964 tinham consciência <strong>de</strong> que Carlos Lacerda, em<br />

uma batalha política ou jornalística, era um trator em ação,<br />

era um vendaval <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ado não se sabe como, mas que<br />

era impossível parar fosse pelo método que fosse.<br />

Hélio Fernan<strong>de</strong>s. Carlos Lacerda, a morte antes da missão<br />

cumprida. In: Tribuna da Imprensa, 22/5/2007 (com<br />

adaptações).<br />

suicídio <strong>de</strong> Vargas (em gran<strong>de</strong> medida, <strong>de</strong>vido à pressão<br />

política exercida pelo próprio Lacerda), e 1964, quando um<br />

golpe <strong>de</strong> Estado interrompe a trajetória <strong>de</strong>mocrática do país,<br />

conclui-se que<br />

a) a cassação do mandato parlamentar <strong>de</strong> Lacerda antece<strong>de</strong>u<br />

a crise que levou Vargas à morte.<br />

b) Lacerda e a<strong>de</strong>ptos do getulismo, aparentemente opositores,<br />

expressavam a mesma posição políticoi<strong>de</strong>ológica.<br />

c) a implantação do regime militar, em 1964, <strong>de</strong>correu da<br />

crise surgida com a contestação à posse <strong>de</strong> Juscelino<br />

Kubitschek como presi<strong>de</strong>nte da República.<br />

d) Carlos Lacerda atingiu o apogeu <strong>de</strong> sua carreira, tanto no<br />

jornalismo quanto na política, com a instauração do regime<br />

militar.<br />

e) Juscelino Kubitschek, na presidência da República, sofreu<br />

vigorosa oposição <strong>de</strong> Carlos Lacerda, contra quem procurou<br />

reagir.<br />

COMENTÁRIO<br />

O texto proposto enfatiza a atuação política e intelectual <strong>de</strong><br />

Carlos Lacerda no período 1954-1964, fase em que se<br />

incluiu o governo Juscelino Kubitschek (1956-61). A<br />

vigorosa oposição <strong>de</strong> Lacerda, na li<strong>de</strong>rança da UDN, ao<br />

regime populista vigente valeu-lhe a ameaça <strong>de</strong> cassação do<br />

mandato, articulada pelo governo fe<strong>de</strong>ral. A instauração do<br />

regime militar em 1964, evento que contou com importante<br />

contribuição <strong>de</strong> Lacerda, marcou o início do seu <strong>de</strong>clínio,<br />

celebrado com a suspensão dos seus direitos políticos em<br />

1968.<br />

09. (ENEM 2006) A mo<strong>de</strong>rna <strong>de</strong>mocracia brasileira foi<br />

construída entre saltos e sobressaltos. Em 1954, a crise<br />

culminou no suicídio do presi<strong>de</strong>nte Vargas. No ano seguinte,<br />

outra crise quase impediu a posse do presi<strong>de</strong>nte eleito,<br />

Juscelino Kubitschek. Em 1961, o Brasil quase chegou à<br />

guerra civil <strong>de</strong>pois da inesperada renúncia do presi<strong>de</strong>nte<br />

Jânio Quadros. Três anos mais tar<strong>de</strong>, um golpe militar <strong>de</strong>pôs<br />

o presi<strong>de</strong>nte João Goulart, e o país viveu durante vinte anos<br />

em regime autoritário.<br />

A partir <strong>de</strong>ssas informações, relativas à história republicana<br />

brasileira, assinale a opção correta.<br />

a) Ao término do governo João Goulart, Juscelino<br />

Kubitschek foi eleito presi<strong>de</strong>nte da República.<br />

b) A renúncia <strong>de</strong> Jânio Quadros representou a primeira<br />

gran<strong>de</strong> crise do regime republicano brasileiro.<br />

c) Após duas décadas <strong>de</strong> governos militares, Getúlio Vargas<br />

foi eleito presi<strong>de</strong>nte em eleições diretas.<br />

d) A trágica morte <strong>de</strong> Vargas <strong>de</strong>terminou o fim da carreira<br />

política <strong>de</strong> João Goulart.<br />

e) No período republicano citado, sucessivamente, um<br />

presi<strong>de</strong>nte morreu, um teve sua posse contestada, um<br />

renunciou e outro foi <strong>de</strong>posto.<br />

COMENTÁRIO<br />

Como o próprio enunciado afirma, entre 1954 e 1964,<br />

Getúlio Vargas cometeu suicídio; Juscelino Kubitschek,<br />

quando eleito, teve sua posse contestada; Jânio Quadros<br />

renunciou antes mesmo <strong>de</strong> completar sete meses <strong>de</strong><br />

Com base nas informações do texto acima e em aspectos governo, e o vice-presi<strong>de</strong>nte que assumiu o po<strong>de</strong>r,<br />

relevantes da história brasileira entre 1954, quando ocorreu o João Goulart, foi <strong>de</strong>posto pelo golpe militar <strong>de</strong> 1964.<br />

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O Cursinho da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFC Enem – <strong>1º</strong> Dia<br />

10. (ENEM 2005) Zuenir Ventura, em seu livro “Minhas<br />

memórias dos outros” (São Paulo: Planeta do Brasil, 2005),<br />

referindo-se ao fim da “Era Vargas” e ao suicídio do<br />

presi<strong>de</strong>nte em 1954, comenta: Quase como castigo do<br />

<strong>de</strong>stino, dois anos <strong>de</strong>pois eu iria trabalhar no jornal <strong>de</strong> Carlos<br />

Lacerda, o inimigo mortal <strong>de</strong> Vargas (e nunca esse adjetivo<br />

foi tão próprio).<br />

Diante daquele contexto histórico, muitos estudiosos<br />

acreditam que, com o suicídio, Getúlio Vargas atingiu não<br />

apenas a si mesmo, mas o coração <strong>de</strong> seus aliados e a mente<br />

<strong>de</strong> seus inimigos. A afirmação que aparece “entre parênteses”<br />

no comentário e uma conseqüência política que atingiu os<br />

inimigos <strong>de</strong> Vargas aparecem, respectivamente, em:<br />

a) a conspiração envolvendo o jornalista Carlos Lacerda é um<br />

dos elementos do <strong>de</strong>sfecho trágico e o recuo da ação <strong>de</strong><br />

políticos conservadores <strong>de</strong>vido ao impacto da reação popular.<br />

b) a tentativa <strong>de</strong> assassinato sofrida pelo jornalista Carlos<br />

Lacerda por apoiar os assessores do presi<strong>de</strong>nte que<br />

discordavam <strong>de</strong> suas idéias e o avanço dos conservadores foi<br />

intensificado pela ação dos militares.<br />

c) o presi<strong>de</strong>nte sentiu-se impotente para aten<strong>de</strong>r a seus<br />

inimigos, como Carlos Lacerda, que o pressionavam contra a<br />

ditadura e os aliados do presi<strong>de</strong>nte teriam que aguardar mais<br />

uma década para concretizar a <strong>de</strong>mocracia progressista.<br />

d) o jornalista Carlos Lacerda foi responsável direto pela<br />

morte do presi<strong>de</strong>nte e este fato veio impedir <strong>de</strong>finitivamente<br />

a ação <strong>de</strong> grupos conservadores.<br />

e) o presi<strong>de</strong>nte cometeu o suicído para garantir uma<br />

<strong>de</strong>finitiva e dramática vitória contra seus acusadores e<br />

oferecendo a própria vida Vargas facilitou as estratégias <strong>de</strong><br />

regimes autoritários no país.<br />

COMENTÁRIO<br />

A afirmação que aparece entre parênteses no enunciado “…e<br />

nunca esse adjetivo foi tão próprio” diz respeito ao atentado<br />

da Rua Tonelero contra o jornalista Carlos Lacerda,<br />

resultando na morte do major da aeronáutica, Rubens<br />

Florentino Vaz. Esse episódio radicalizou a oposição<br />

conservadora contra o presi<strong>de</strong>nte Getúlio Vargas que, <strong>dia</strong>nte<br />

<strong>de</strong> ultimato civil e militar exigindo sua renúncia, suicidou-se.<br />

O suicídio <strong>de</strong> Getúlio provocou comoção popular <strong>de</strong> âmbito<br />

nacional, impelindo os setores políticos mais conservadores<br />

a recuarem frente à instabilida<strong>de</strong> gerada, dando uma<br />

sobrevida ao populismo, consumado com a eleição <strong>de</strong><br />

Juscelino Kubitscheck <strong>de</strong> Oliveira.<br />

britânicos, alemães, franceses, checos, russos, davam<br />

botinadas em penca. Só o brasileiro se mantinha ferozmente<br />

<strong>de</strong>ntro dos limites rígidos da esportivida<strong>de</strong>. Então, se<br />

verificou o seguinte: o inglês, tal como o concebíamos, não<br />

existe. O único inglês que apareceu no Mun<strong>dia</strong>l foi o<br />

brasileiro. Por tantos motivos, vamos per<strong>de</strong>r a vergonha (...),<br />

vamos sentar no meio-fio e chorar. Porque é uma alegria ser<br />

brasileiro, amigos.”<br />

Além <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar a beleza do futebol brasileiro, Nelson<br />

Rodrigues quis dizer que o comportamento dos jogadores<br />

<strong>de</strong>ntro do campo<br />

a) foi prejudicial para a equipe e quase pôs a per<strong>de</strong>r a<br />

conquista da copa do mundo.<br />

b) mostrou que os brasileiros tinham as mesmas qualida<strong>de</strong>s<br />

que admiravam nos europeus, principalmente nos ingleses.<br />

c) ressaltou o sentimento <strong>de</strong> inferiorida<strong>de</strong> dos jogadores<br />

brasileiros em relação aos europeus, o que os impediu <strong>de</strong><br />

revidar as agressões sofridas.<br />

d) mostrou que o choro po<strong>de</strong>ria aliviar o sentimento <strong>de</strong> que<br />

os europeus eram superiores aos brasileiros.<br />

e) mostrou que os brasileiros eram iguais aos europeus,<br />

po<strong>de</strong>ndo comportar-se como eles, que não respeitavam os<br />

limites da esportivida<strong>de</strong>.<br />

COMENTÁRIO<br />

Nelson Rodrigues ressalta nesse texto que, além <strong>de</strong> mostrar o<br />

melhor futebol já visto, a seleção <strong>de</strong> 1958 foi a mais<br />

disciplinada em campo, <strong>de</strong>monstrando, assim, uma<br />

sobrieda<strong>de</strong> e uma poli<strong>de</strong>z que, antes, o brasileiro imaginava<br />

serem típicas dos ingleses. Com isso, tem motivos <strong>de</strong> sobra<br />

para trocar a auto-imagem <strong>de</strong> “cafajeste nato e hereditário”<br />

pela do inglês i<strong>de</strong>alizado.<br />

12. “Na noite fatal em que o cavalo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira vomitou seu<br />

conteúdo <strong>de</strong> homens armados, dando como resultado a<br />

<strong>de</strong>struição da cida<strong>de</strong>, Enéias conseguiu fugir com os<br />

sobreviventes, navegando para a Itália. La chegando, um<br />

oráculo lhe indicou um lugar para se fixar com os seus.”<br />

Adaptado <strong>de</strong> BULFINCH, Thomaz. O Livro <strong>de</strong> Ouro da<br />

Mitologia, Editora Ediouro.<br />

O texto transcrito, acrescido <strong>de</strong> outros conhecimentos sobre o<br />

tema, permite-nos i<strong>de</strong>ntificar<br />

a) a conclusão da Guerra <strong>de</strong> Troia e os acontecimentos que<br />

levariam a fundação <strong>de</strong> Roma.<br />

um episodio das Guerras Púnicas entre Roma e Cartago,<br />

11. (ENEM 2002) Em 1958, a seleção brasileira foi campeã vencidas pela segunda.<br />

mun<strong>dia</strong>l pela primeira vez. O texto foi extraído da crônica “A b) um acontecimento das Guerras Medicas, travadas entre<br />

alegria <strong>de</strong> ser brasileiro.” do dramaturgo Nelson Rodrigues, gregos e troianos e vencidas pelos primeiros.<br />

publicada naquele ano pelo jornal Última Hora.<br />

c) as aventuras <strong>de</strong> Enéias e seus companheiros apos a queda<br />

“Agora, com a chegada da equipe imortal, as lágrimas rolam. <strong>de</strong> Roma, <strong>de</strong>scritas no poema épico Odisséia.<br />

Convenhamos que a seleção as merece. Merece por tudo: não d) um episodio das Guerras Púnicas entre Roma e Cartago,<br />

só pelo futebol, que foi o mais belo que os olhos mortais já vencidas pela segunda.<br />

contemplaram, como também pelo seu maravilhoso índice e) um trecho da Ilíada, no qual o herói grego Enéias foge <strong>de</strong><br />

disciplinar. Até este Campeonato, o brasileiro julgava-se um Atenas para fundar uma colônia grega na Itália.<br />

cafajeste nato e hereditário. Olhava o inglês e tinha-lhe<br />

inveja. Achava o inglês o sujeito mais fino, mais sóbrio, <strong>de</strong><br />

uma poli<strong>de</strong>z e <strong>de</strong> uma cerimônia inenarráveis. E, súbito, há o<br />

Mun<strong>dia</strong>l. Todo mundo baixou o sarrafo no Brasil. Suecos,<br />

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COMENTÁRIO<br />

De acordo com a narração <strong>de</strong> Virgílio na Eneida, o herói<br />

troiano Enéias escapou <strong>de</strong> Troia, quando esta foi tomada<br />

pelos gregos, e se dirigiu para a Itália, on<strong>de</strong> fundou a cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Alba Longa, na região do Lácio. Seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes<br />

Rômulo e Remo foram os fundadores <strong>de</strong> Roma.<br />

13. “O governo revolucionário <strong>de</strong>ve aos bons cidadãos toda a<br />

proteção; aos inimigos da Revolução, <strong>de</strong>ve apenas a morte.”<br />

(Discurso <strong>de</strong> Robespierre)<br />

“Não se esqueçam <strong>de</strong> mostrar minha cabeça ao povo. Ela e<br />

digna <strong>de</strong> ser vista.”<br />

(Danton, lí<strong>de</strong>r jacobino, antes <strong>de</strong> ser guilhotinado.)<br />

As <strong>de</strong>clarações acima po<strong>de</strong>m ser inseridas<br />

a) na Revolução <strong>de</strong> 1830, quando o rei Carlos X, da dinastia<br />

<strong>de</strong> Bourbon, foi <strong>de</strong>posto e guilhotinado, juntamente com seu<br />

primeiro-ministro Danton, por instigação do lí<strong>de</strong>r<br />

revolucionário Robespierre.<br />

b) na Revolução <strong>de</strong> 1848, conhecida como “Primavera dos<br />

Povos” pela notável participação das camadas populares,<br />

li<strong>de</strong>radas por socialistas utópicos como Georges-Jacques<br />

Danton.<br />

c) na fase inicial da Revolução Francesa, quando as propostas<br />

radicais <strong>de</strong> li<strong>de</strong>res populares como Robespierre e Danton<br />

tiveram uma aplicação efêmera, beneficiando trabalhadores<br />

urbanos e rurais.<br />

d) na Revolução Francesa, durante o período da Convenção,<br />

quando medidas <strong>de</strong> alcance popular se entremearam com as<br />

violências praticadas pelo governo jacobino durante o<br />

chamado “Terror”.<br />

e) na Era Napoleônica, quando li<strong>de</strong>res revolucionários como<br />

Robespierre e Danton foram eliminados porque<br />

representavam uma ameaça a consolidação das vantagens<br />

alcançadas pela burguesia.<br />

COMENTÁRIO<br />

Entre 1792 e 1795, a Revolução Francesa contou com uma<br />

Convenção Nacional eleita por sufrágio universal masculino.<br />

Durante pouco mais <strong>de</strong> um ano (1793-94), a Convenção foi<br />

controlada pelos jacobinos ou montanheses, representantes<br />

radicais da pequena burguesia e das camadas populares<br />

(sans-culottes). Nesse período, foram adotadas várias<br />

medidas <strong>de</strong> interesse popular, <strong>de</strong>stacando-se o ensino<br />

primário obrigatório, o tabelamento dos gêneros <strong>de</strong> primeira<br />

necessida<strong>de</strong> e a abolição da escravidão nas colônias. Mas<br />

houve também uma enorme violência contra os “inimigos da<br />

Revolução”, inspirada pelo lí<strong>de</strong>r jacobino Robespierre. Este<br />

acabou voltando-se contra elementos <strong>de</strong> seu próprio partido,<br />

eliminando primeiro os ultrarradicais (lí<strong>de</strong>r: Marat) e <strong>de</strong>pois<br />

os mo<strong>de</strong>rados (lí<strong>de</strong>r: Danton), até ele próprio ser <strong>de</strong>rrubado<br />

e executado no Golpe <strong>de</strong> 9 Termidor <strong>de</strong> 1794.<br />

No texto acima, o Papa Bento XVI<br />

a) critica Marx por ter atribuído ao capitalismo a<br />

responsabilida<strong>de</strong> pela alienação social e moral dos<br />

indivíduos; mas, ao mesmo tempo, elogia Marx pela<br />

construção do socialismo cientifico.<br />

b) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> Marx e o socialismo cientifico, afirmando que sua<br />

contribuição para o cristianismo não po<strong>de</strong> ser negada, o que<br />

evi<strong>de</strong>ncia a afinida<strong>de</strong> do pontífice com a Teologia da<br />

Libertação.<br />

c) elogia Marx por ter explicitado o papel da cobiça na<br />

exploração do trabalho humano, mas ressalva que o filosofo<br />

alemão enfocou a questão apenas em seu aspecto<br />

materialista.<br />

d) ataca Marx por representar uma tendência políticofilosofica<br />

alienante em relação a realida<strong>de</strong> socioeconômica,<br />

mas o elogia por seu engajamento espiritual na elaboração do<br />

socialismo utópico.<br />

e) <strong>de</strong>monstra uma postura ambígua porque, ao mesmo tempo<br />

em que reconhece a importância filosófica <strong>de</strong> Marx, critica<br />

seu excessivo apego aos valores espirituais do materialismo<br />

<strong>dia</strong>lético.<br />

COMENTÁRIO<br />

Bento XVI reitera as críticas feitas pelo papa Leão <strong>XII</strong>I, na<br />

Encíclica Rerum Novarum (1891), ao enfoque<br />

excessivamente materialista (isto é, voltado exclusivamente<br />

para aspectos concretos e não espirituais) do marxismo; mas<br />

reconhece a importância <strong>de</strong> Karl Marx na análise das<br />

questões econômicas e sociais relacionadas com a evolução<br />

da humanida<strong>de</strong>.<br />

15.<br />

Documento 1:<br />

"Defendi por quarenta anos o mesmo princípio: liberda<strong>de</strong> em<br />

cada coisa, na religião, na filosofia, na literatura, na indústria,<br />

na política; e por liberda<strong>de</strong> entendo o triunfo da<br />

individualida<strong>de</strong>, seja sobre a autorida<strong>de</strong> que gostaria <strong>de</strong><br />

governar <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>spótica, seja sobre as massas que<br />

reclamam o direito <strong>de</strong> sujeitar a minoria à maioria."<br />

Documento 2:<br />

"Detesto a comunhão, porque é a negação da liberda<strong>de</strong> e<br />

porque não concebo a humanida<strong>de</strong> sem liberda<strong>de</strong>. Não sou<br />

comunista, porque o comunismo concentra e engole, em<br />

benefício do Estado, todas as forças da socieda<strong>de</strong>; porque<br />

conduz inevitavelmente à concepção da proprieda<strong>de</strong> nas<br />

mãos do Estado, enquanto eu proponho (...) a extinção<br />

<strong>de</strong>finitiva do princípio mesmo da autorida<strong>de</strong> e tutela, próprios<br />

do Estado, o qual, com o pretexto <strong>de</strong> moralizar e civilizar os<br />

homens, conseguiu (...) somente escravizá-los, persegui-los e<br />

corrompê-los."<br />

14. “Karl Marx foi importante na medida em que revelou a<br />

exploração do homem pelo homem, a cobiça e a falta <strong>de</strong><br />

Nos documentos anteriores, estão expressas duas visões da<br />

realida<strong>de</strong> social elaboradas no século XIX representativas das<br />

i<strong>de</strong>ias:<br />

amor em nome do lucro. Mas não foi mais profundo em seus a) do liberalismo e do socialismo utópico.<br />

estudos <strong>de</strong>vido a sua visão excessivamente voltada as coisas b) da doutrina social da Igreja e do sindicalismo.<br />

da matéria e a divisão da riqueza, sem levar em conta os c) do socialismo utópico e do anarquismo.<br />

aspectos da virtu<strong>de</strong> e do espírito humanos.”<br />

d) do liberalismo e do anarquismo.<br />

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e) da doutrina social da Igreja e do socialismo utópico.<br />

COMENTÁRIO<br />

No Documento 1 fica explícito a origem liberal do fragmento<br />

quando o autor <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a liberda<strong>de</strong> total naquilo que ele<br />

chama <strong>de</strong> tudo, “na religião, na filosofia, na literatura, na<br />

indústria, na política...”, além do mais, ele exalta a<br />

individualida<strong>de</strong> suprema outro valor típico da doutrina<br />

liberal. No Documento 2 a doutrina anarquista é perceptível<br />

quando é apontada as mazelas que o po<strong>de</strong>r absoluto do<br />

Estado trás para os indivíduos, ou seja, a escravização,a<br />

perseguição e a corrupção, afirmando que ninguém po<strong>de</strong><br />

tutelar ou controlar o homem sem a opressão.<br />

16.<br />

O Titanic foi um transatlântico britânico <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> da<br />

White Star Line, construído nos estaleiros <strong>de</strong> Belfast, na<br />

Irlanda. Na noite <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1912, durante sua viagem<br />

inaugural entre Southampton, na Inglaterra, e Nova York,<br />

chocou-se com um iceberg e afundou 2 horas e 40 minutos<br />

<strong>de</strong>pois, na madrugada seguinte. A época, ele era o maior<br />

navio <strong>de</strong> passageiros construído. O naufrágio do Titanic<br />

circunstancial — apesar <strong>de</strong> sua dramaticida<strong>de</strong> — nesses<br />

valores.<br />

17. “A revolução na Rússia atingiu consi<strong>de</strong>rável alcance, a<br />

influência profunda por ela exercida permitiu-lhe abalar<br />

todas as relações <strong>de</strong> classe, revelar o conjunto dos<br />

problemas econômicos e sociais, e passar,<br />

consequentemente, com a fatalida<strong>de</strong> da sua lógica interna,<br />

do primeiro estágio da república burguesa a estágios cada<br />

vez mais elevados, não tendo sido a queda do czarismo mais<br />

do que um episódio menor, quase uma bagatela.”<br />

LUXEMBURG, Rosa. A Revolução Russa. RJ: Vozes, 1990,<br />

p. 61<br />

O conjunto <strong>de</strong> episódios conhecido como Revolução Russa<br />

apresenta dois momentos distintos: uma fase burguesa e uma<br />

socialista. Assinale a alternativa que mais bem expressa o<br />

conceito da autora em relação aos efeitos <strong>de</strong>sse processo<br />

revolucionário.<br />

a) O abalo nas relações <strong>de</strong> classe refere-se à igualda<strong>de</strong><br />

promovida após a concretização da Revolução Russa, uma<br />

vez que no Estado soviético não existiam diferenças entre<br />

grupos sociais.<br />

b) Após a queda do czarismo, implementou-se uma república<br />

burguesa na Rússia, que, ao ser <strong>de</strong>rrubada pela Revolução<br />

Socialista, levou o país a um estágio mais elevado <strong>de</strong><br />

organização.<br />

c) A fase burguesa da Revolução Russa, i<strong>de</strong>ntificada como<br />

um estágio mais elevado do processo revolucionário, foi<br />

responsável pela <strong>de</strong>rrubada do czarismo no país.<br />

d) As disputas entre os partidos da Rússia revolucionária<br />

levaram o país a um caos institucional e promoveram um<br />

aumento nos problemas econômicos e sociais, garantindo a<br />

manutenção do czarismo.<br />

e) O czarismo, o primeiro estágio da Revolução Russa, foi<br />

implantado após a <strong>de</strong>rrubada dos governos instituídos,<br />

respectivamente, nas fases burguesa e socialista do processo<br />

revolucionário.<br />

a) abalou a confiança <strong>de</strong>positada no progresso industrial e<br />

constituiu um golpe para a navegação da época,<br />

revalorizando os meios <strong>de</strong> transporte terrestres.<br />

b) teve gran<strong>de</strong> repercussão no contexto da Belle Epoque —<br />

COMENTÁRIO<br />

período caracterizado pelo cientificismo e pelo predomínio A Revolução Russa <strong>de</strong> 1917 aconteceu em meio à Primeira<br />

dos valores laicos da burguesia capitalista.<br />

Guerra Mun<strong>dia</strong>l. A Rússia dos czares, atrasada em relação á<br />

c) marcou o inicio <strong>de</strong> uma campanha pelo fim da segregação industrialização, estava <strong>de</strong>spreparada para uma guerra<br />

social nos transatlânticos, pois todos os passageiros da 3.a mo<strong>de</strong>rna, como foi a 1ª GM.<br />

classe pereceram na tragé<strong>dia</strong>.<br />

Em 1917, a burguesia russa tomou o po<strong>de</strong>r du-rante alguns<br />

d) produziu uma onda <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong> e misticismo que meses; mas não conseguiu manter-se nele, pois já havia uma<br />

contribuiria para amenizar a violência da Primeira Guerra classe operária organizada nas gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s. Em<br />

Mun<strong>dia</strong>l, irrompida dois anos <strong>de</strong>pois.<br />

novembro <strong>de</strong> 1917, o proletariado assume a frente do<br />

e) assinalou o fim do monopólio tecnológico da Grã-Bretanha processo histórico que mudaria a história russa e<br />

sobre a construção naval, abrindo caminho para outras influenciaria boa parte do século XX. A revolução já não é<br />

potencias no campo da ativida<strong>de</strong> industrial.<br />

burguesa, mas proletária.<br />

Estabelecida a ruptura social e política, uma das tarefas<br />

COMENTÁRIO<br />

principais seria consolidar a nova or<strong>de</strong>m, bem como<br />

Belle Epoque foi a <strong>de</strong>nominação atribuída a posteriori ao<br />

período compreendido entre 1871 (fim da Guerra Franco-<br />

Prussiana) e 1914 (início da Primeira Guerra Mun<strong>dia</strong>l), no<br />

combater o atraso histórico em que se encontrava a Rússia.<br />

qual não se registraram conflitos militares entre as gran<strong>de</strong>s 18. O mo<strong>de</strong>lo T foi um sucesso. Ford aprimorou seus<br />

potências da época. A Belle Epoque caracterizou se pelo métodos <strong>de</strong> produção reduzindo o trabalhador a uma mera<br />

cientificismo e pelo otimismo da burguesia capitalista, engrenagem, diminuindo o tempo <strong>de</strong> montagem – em<br />

confiante na superiorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus valores e <strong>de</strong> sua fins <strong>de</strong> 1913 o tempo <strong>de</strong> produção dos chassis passara<br />

civilização. O naufrágio do Titanic constituiu um abalo <strong>de</strong> 12 horas e meia para duas horas e quarenta minutos<br />

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– e baixando os preços. Ford aumentou os salários e reduziu a<br />

carga horária.<br />

Um mo<strong>de</strong>lo T saia da linha <strong>de</strong> montagem a cada 24 segundos<br />

e o preço estava em 290 dólares quando sua produção foi<br />

interrompida em 1927.<br />

FURTADO, Peter. 1001 <strong>dia</strong>s que abalaram o mundo. Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro, Sextante. 2009. p.629.<br />

A respeito das inovações técnicas introduzidas nas fábricas<br />

<strong>de</strong> Henry Ford a partir <strong>de</strong> 1908 po<strong>de</strong>-se inferir que<br />

a) os resultados obtidos <strong>de</strong>veram-se muito mais a uma nova<br />

disciplinarização da mão <strong>de</strong> obra do que da tecnologia das<br />

máquinas.<br />

b) não foram capazes <strong>de</strong> serem aplicados em outros tipos <strong>de</strong><br />

produção, ficando restritas ao setor automobilístico.<br />

c) a difusão do mo<strong>de</strong>lo fordista garantiu o aumento<br />

significativo dos salários dos trabalhadores europeus.<br />

d) tornaram-se hegemônicas <strong>de</strong>ntro da organização das<br />

fábricas capitalistas sem nenhum tipo <strong>de</strong> sistema concorrente<br />

até a atualida<strong>de</strong>.<br />

e) ao baratearem excessivamente os preços contribuíram para<br />

a estagnação do capitalismo nas décadas <strong>de</strong> 30 a 70 do século<br />

XX.<br />

COMENTÁRIO<br />

Os resultados do fordismo <strong>de</strong>veram-se, sobretudo, ao<br />

posicionamento dos operários nas linhas <strong>de</strong> montagem e na<br />

repetição <strong>de</strong> movimentos estritamente necessários <strong>de</strong> modo a<br />

agilizar a capacida<strong>de</strong> produtiva das fabricas.<br />

19. Leia o texto extraído da Revista Desafios do<br />

Desenvolvimento, edição 54 <strong>de</strong> set./out. <strong>de</strong> 2009, publicado<br />

pelo Instituto <strong>de</strong> Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).<br />

“A atual crise é consi<strong>de</strong>rada uma das mais <strong>de</strong>vastadoras da<br />

história, porque nasceu no centro do sistema financeiro e<br />

econômico mun<strong>dia</strong>l e contaminou todo o sistema global. A<br />

origem está na tentativa dos mercados financeiros,<br />

<strong>de</strong>sregulamentados e liberalizados, <strong>de</strong> valorizar seus<br />

recursos e ampliar riqueza, alimentado por um sistema <strong>de</strong><br />

crédito que alavancou um processo <strong>de</strong> euforia <strong>de</strong>senfreada.<br />

Em meio ao turbilhão <strong>de</strong> otimismo, os agentes financeiros<br />

inventaram produtos sofisticados e opacos com riscos muito<br />

maiores do que po<strong>dia</strong>m suportar. Foi assim que surgiram nos<br />

Estados Unidos as hipotecas subprime, crédito <strong>de</strong> altíssimo<br />

risco concedido a tomadores <strong>de</strong> empréstimos que não<br />

aten<strong>dia</strong>m requisitos mínimos <strong>de</strong> garantia para arcar com um<br />

financiamento imobiliário.”<br />

O texto aborda as razões da crise financeira mun<strong>dia</strong>l,<br />

aprofundada em 15 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008 <strong>de</strong>pois do anúncio<br />

<strong>de</strong> concordata do banco <strong>de</strong> investimentos Lehman Brothers, o<br />

quarto maior dos Estados Unidos. A partir do texto e <strong>de</strong> seus<br />

conhecimentos sobre a atual crise financeira, assinale a<br />

alternativa CORRETA.<br />

a) O sistema financeiro norte americano foi incapaz <strong>de</strong> prever<br />

a crise hipotecária porque o Fe<strong>de</strong>ral Reserve (FED) mantinha<br />

o controle dos <strong>de</strong>pósitos bancários em sigilo.<br />

b) Os atentados ocorridos nos Estados Unidos e na Europa,<br />

protagonizados por grupos islâmicos, <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>aram a<br />

sucessão <strong>de</strong> falências dos bancos imobiliários.<br />

c) Os cidadãos norte americanos que adquiriram créditos<br />

imobiliários especularam com as próprias hipotecas no<br />

mercado <strong>de</strong> ações, provocando a inadimplência dos<br />

mutuários.<br />

d) O epicentro da crise atingiu os bancos <strong>de</strong> investimentos<br />

imobiliários dos países <strong>de</strong>senvolvidos e não se alastrou para<br />

as economias produtivas dos países emergentes.<br />

e) A <strong>de</strong>sregulamentação do sistema financeiro estava<br />

condizente aos propósitos neoliberais <strong>de</strong>fendidos pelo banco<br />

central dos Estados Unidos e foi um dos estopins da crise.<br />

COMENTÁRIO<br />

O neoliberalismo consiste em uma nova roupagem da<br />

política liberal clássica. Sustenta-se sob a tría<strong>de</strong>: livre<br />

comércio, não intervenção do Estado na economia e na lei <strong>de</strong><br />

mercado (oferta x procura). Os E.U.A <strong>de</strong>fen<strong>dia</strong>m e<br />

propagavam a i<strong>de</strong>ologia neoliberal, que serviu <strong>de</strong> estopim<br />

para a crise, pois não regulamentava o sistema financeiro.<br />

20. Quando os britânicos chegaram pela primeira vez,<br />

Bengala era um dos lugares mais ricos do mundo. Os<br />

primeiros mercadores britânicos <strong>de</strong>screveram-na como um<br />

paraíso. [...] Lá havia ricas áreas agrícolas, que produziram<br />

um algodão <strong>de</strong> rara qualida<strong>de</strong>, e também uma indústria<br />

avançada para os padrões da época. Uma maneira <strong>de</strong> fazer<br />

isso foi transformar terras agrícolas em áreas para a produção<br />

<strong>de</strong> papoulas (já que o ópio era a única coisa que a Grã-<br />

Bretanha po<strong>dia</strong> ven<strong>de</strong>r à China). Houve então fome em massa<br />

em Bengala. [...] A partir do século XVIII, a Grã-Bretanha<br />

impôs duras leis tarifárias para impedir que os produtos<br />

industrializados in<strong>dia</strong>nos competissem com a produção têxtil<br />

dos ingleses. Eles tiveram <strong>de</strong> enfraquecer e <strong>de</strong>struir as<br />

indústrias têxteis in<strong>dia</strong>nas, pois a Ín<strong>dia</strong> tinha uma relativa<br />

vantagem – utilizava um algodão <strong>de</strong> melhor qualida<strong>de</strong>, e um<br />

sistema industrial, em muitos aspectos, comparável ou<br />

superior ao britânico.<br />

CHOMSKY, N. A minoria próspera e a multidão inquieta.<br />

Tradução <strong>de</strong> Mary Grace Figheira Perpétuo. Brasília: UnB,<br />

1999, p. 84- 85.<br />

A partir do texto anterior po<strong>de</strong>-se inferir que o processo <strong>de</strong><br />

expansão capitalista conhecido como imperialismo possuía,<br />

<strong>de</strong>ntre outras características,<br />

a) a manutenção da tradicional divisão <strong>de</strong> trabalho oriunda da<br />

expansão comercial europeia no fim da Ida<strong>de</strong> Mé<strong>dia</strong>.<br />

b) a ruína <strong>de</strong> economias periféricas, simultânea ao acúmulo<br />

<strong>de</strong> capital das potências industriais.<br />

c) a transformação <strong>de</strong> economias agrícolas atrasadas em<br />

economias industriais <strong>de</strong>senvolvidas.<br />

d) o <strong>de</strong>senvolvimento educacional das colônias europeias<br />

visando suprir a mão <strong>de</strong> obra nas fábricas locais.<br />

e) a competição com as manufaturas coloniais estimulando o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das economias metropolitanas.<br />

COMENTÁRIO<br />

O imperialismo trouxe a penetração europeia em colônias<br />

asiáticas e africanas arruinando as economias locais<br />

(agricultura e artesanato) para obter matéria-prima e mão<br />

<strong>de</strong> obra para suas indústrias.<br />

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21. No texto a seguir, o sociólogo Zygmunt Bauman analisa<br />

os efeitos das mo<strong>de</strong>rnas tecnologias no mundo atual.<br />

“(...) em vez <strong>de</strong> homogeneizar a condição humana, a<br />

anulação tecnológica das distâncias temporais/espaciais<br />

ten<strong>de</strong> a polarizá-la. Ela emancipa certos seres humanos das<br />

restrições territoriais e torna extraterritoriais certos<br />

significados geradores <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong> – ao mesmo tempo<br />

que <strong>de</strong>snuda o território, no qual outras pessoas continuam<br />

sendo confinadas, do seu significado e da sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

doar i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>. (...) Alguns po<strong>de</strong>m agora mover-se para<br />

fora da localida<strong>de</strong> – qualquer localida<strong>de</strong> – quando quiserem.<br />

Outros observam, impotentes, a única localida<strong>de</strong> que<br />

habitam movendo-se sob seus pés.”<br />

BAUMAN, Zygmunt. Globalização. p. 25.<br />

A partir da análise do texto po<strong>de</strong>-se inferir que<br />

a) as distâncias espaciais per<strong>de</strong>ram o significado no mundo<br />

atual porque as pessoas po<strong>de</strong>m percorrê-las, facilmente,<br />

utilizando as mo<strong>de</strong>rnas tecnologias.<br />

b) apesar <strong>de</strong> um primeiro momento <strong>de</strong> aumento nas<br />

diferenças, a tendência é <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> cada vez mais<br />

homogênea, com as classes menos favorecidas tendo acesso<br />

amplo às mo<strong>de</strong>rnas tecnologias.<br />

c) o mundo globalizado é muito <strong>de</strong>sigual, com <strong>de</strong>terminados<br />

indivíduos com gran<strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> para mover-se e agir a<br />

distância e, outros, sofrendo as consequências, em seus<br />

lugares, <strong>de</strong>ssa liberda<strong>de</strong>.<br />

d) a localida<strong>de</strong> per<strong>de</strong>u o sentido na medida em que todas as<br />

<strong>de</strong>cisões, ações e consequências são globais.<br />

e) o aumento das diferenças sociais é uma marca do atual<br />

processo <strong>de</strong> globalização, não atingindo as economias<br />

centrais do capitalismo em função <strong>de</strong> sua in<strong>de</strong>pendência<br />

tecnológica.<br />

COMENTÁRIO<br />

O imperialismo trouxe a penetração europeia em colônias<br />

asiáticas e africanas arruinando as economias locais<br />

(agricultura e artesanato) para obter matéria-prima e mão<br />

<strong>de</strong> obra para suas indústrias.<br />

22.<br />

Comparando os estilos arquitetônicos <strong>de</strong>senvolvidos po<strong>de</strong>- se<br />

concluir que<br />

a) ambos apresentam características marcantes como a<br />

utilização <strong>de</strong> abóbadas e traços arredondados.<br />

b) predomina na primeira o estilo gótico com uma estrutura<br />

pontiaguda, tetos altos e gran<strong>de</strong>s vitrais.<br />

c) ambas apresentam um estilo arquitetônico refinado,<br />

marcado pela soli<strong>de</strong>z e horizontalida<strong>de</strong>.<br />

d) a segunda representa o estilo gótico caracterizado pela<br />

forma geométrica arredondada e simetria na construção.<br />

e) as duas obras não po<strong>de</strong>m ser comparadas tendo em vista<br />

que foram <strong>de</strong>senvolvidas em tempos diferentes.<br />

COMENTÁRIO<br />

O aluno <strong>de</strong>ve conseguir visualizar e analisar os diferentes<br />

estilos arquitetônicos e com isso diferenciar o estilo gótico<br />

do românico.<br />

23. “A ética do trabalho, como a enten<strong>de</strong>mos comumente,<br />

afirma o uso autodisciplinado <strong>de</strong> nosso tempo e o valor da<br />

satisfação a<strong>dia</strong>da. Essa disciplina <strong>de</strong> tempo moldou a vida<br />

dos trabalhadores na indústria automobilística <strong>de</strong> Willow<br />

Run e dos pa<strong>de</strong>iros gregos <strong>de</strong> Boston. Eles <strong>de</strong>ram duro e<br />

esperaram. Essa ética do trabalho <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> instituições<br />

suficientemente estáveis para a pessoa praticar o a<strong>dia</strong>mento.<br />

A satisfação a<strong>dia</strong>da per<strong>de</strong> seu valor, porém, num regime<br />

cujas instituições mudam rapidamente; torna-se absurdo<br />

trabalhar arduamente por muito tempo e para um patrão que<br />

só pensa em ven<strong>de</strong>r o negócio e subir.”<br />

SENNET, R. A Corrosão do Caráter. Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />

Record, 2009, pp. 117-118 (com cortes)<br />

O texto critica as mudanças produzidas no mundo do trabalho<br />

pelos novos padrões <strong>de</strong> organização da economia. Assinale a<br />

alternativa que apresenta o argumento utilizado pelo autor<br />

nesse trecho.<br />

a) O <strong>de</strong>semprego estrutural <strong>de</strong>strói a ética do trabalho e a<strong>dia</strong> a<br />

satisfação do trabalhador.<br />

b) As constantes mudanças políticas fazem com que as<br />

satisfações do trabalhador sejam permanentemente a<strong>dia</strong>das.<br />

c) A disciplina própria do trabalho industrial foi corrompida<br />

pela introdução <strong>de</strong> novas máquinas e equipamentos nas linhas<br />

<strong>de</strong> produção.<br />

d) A ética do trabalho é comprometida pelas contínuas<br />

mudanças na estrutura societária das empresas, como<br />

aquisições e fusões.<br />

e) A satisfação dos trabalhadores só é possível se não<br />

houver modificação na gerência das empresas on<strong>de</strong><br />

trabalham.<br />

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COMENTÁRIO<br />

O aluno necessita conhecer as mudanças no mercado <strong>de</strong><br />

trabalho e atentar para as condições <strong>de</strong> trabalho que são<br />

impostas pela flexibilização e pela <strong>de</strong>sregulamentação das<br />

leis trabalhistas, colocando o trabalhador em condições<br />

aviltantes que corroem sua ética através das sucessivas<br />

modificações na gerencia das empresas, como aquisições e<br />

fusões.<br />

24. Texto 1<br />

Essa foi a 23ª resolução contra o Irã <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1985. O voto faz<br />

parte da revisão anual da situação dos direitos humanos em<br />

vários países e ocorreu em Nova Iorque, na se<strong>de</strong> das Nações<br />

Unidas. (...) A resolução foi apoiada, principalmente, por<br />

governos <strong>de</strong> países oci<strong>de</strong>ntais e passou com 80 votos a favor,<br />

44 contra e 57 abstenções, incluindo a do Brasil. (...) No ano<br />

passado, o mesmo voto teve 74 sim, 48 não e 59 abstenções.<br />

Desta vez, a votação ocorreu sob a luz do polêmico caso <strong>de</strong><br />

Sakineh Mohammadi Ashtiani, con<strong>de</strong>nada ao enforcamento<br />

por adultério.<br />

Texto 2<br />

A sentença <strong>de</strong> Sakined já foi <strong>de</strong>fendida pelo presi<strong>de</strong>nte do<br />

Irã, Mahmud Ahmedinejad, que alega que os países “gritam”<br />

contra a pena <strong>de</strong> morte em seu país, porém se calam <strong>dia</strong>nte <strong>de</strong><br />

pessoas con<strong>de</strong>nadas nos EUA. (...) O secretário-geral do<br />

Conselho <strong>de</strong> Direitos Humanos do Irã disse que os EUA “são<br />

o cérebro e o principal provocador” da resolução, como parte<br />

<strong>de</strong> sua política contra Teerã.<br />

Jornal O Povo. Mundo. 20 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2010, p. 32.<br />

Comparando os pontos <strong>de</strong> vista, nos textos, a respeito dos<br />

direitos humanos e as instituições sociais e políticas dos<br />

países, <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>-se que<br />

a) a resolução foi aprovada, principalmente, por governos <strong>de</strong><br />

países oci<strong>de</strong>ntais mais próximos culturalmente ao Irã.<br />

b) evi<strong>de</strong>nciam não só a preocupação quanto os direitos<br />

humanos, mas também com os interesses políticos e<br />

econômicos.<br />

c) o apedrejamento, a flagelação, a amputação humana, a<br />

pena <strong>de</strong> morte e as restrições à livre expressão são<br />

preocupações entre os países, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> suas culturas.<br />

d) ao se abster da votação, a diplomacia brasileira <strong>de</strong>monstra<br />

o seu apoio incondicional ao Irã.<br />

e) a resolução contra o Irã é uma <strong>de</strong>monstração da superação<br />

cultural e do avanço das <strong>de</strong>mocracias oci<strong>de</strong>ntais em relação<br />

aos direitos humanos.<br />

COMENTÁRIO<br />

Os textos evi<strong>de</strong>nciam, não a preocupação dos países com os<br />

direitos humanos, mas os interesses políticos, econômicos e<br />

culturais.<br />

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25.<br />

A ativida<strong>de</strong> do filósofo, <strong>de</strong> acordo com a charge, é:<br />

a) transformar o mundo, pois os filósofos são capazes <strong>de</strong><br />

mudar as estruturas sociais.<br />

b) interpretar o mundo, mas não transformá-lo, pois o<br />

filósofo não tem condições para essa tarefa.<br />

c) observar os fatos sociais que ocorrem no mundo, para<br />

registrá-los, sem transformá-los.<br />

d) limita-se a interpretar o mundo e modificar o meio<br />

ambiente que já é muito útil.<br />

e) limitante, pois o problema resi<strong>de</strong> em transformar o mundo,<br />

não somente interpretá-lo.<br />

COMENTÁRIO<br />

A questão solicita que o aluno assinale a opção que<br />

interpreta a<strong>de</strong>quadamente a charge. O aluno <strong>de</strong>ve ler<br />

atentamente a questão, para marcar a que se relaciona à<br />

charge. Ele não po<strong>de</strong> se confundir com as <strong>de</strong>mais opções,<br />

que distorcem ou extrapolam a charge, para tanto, o<br />

estudante <strong>de</strong>ve ser capaz interpretar a charge e enten<strong>de</strong>r a<br />

ação do filósofo.<br />

26. Não só <strong>de</strong> aspectos físicos se constitui a cultura <strong>de</strong> um<br />

povo. Há muito mais, contido nas tradições, no folclore, nos<br />

saberes, nas línguas, nas festas e em diversos outros aspectos<br />

e manifestações transmitidos oral ou gestualmente, recriados<br />

coletivamente e modificados ao longo do tempo. A essa<br />

porção intangível da herança cultural dos povos dá-se o nome<br />

<strong>de</strong> patrimônio cultural imaterial.<br />

Internet: .<br />

Qual das figuras abaixo retrata patrimônio imaterial da<br />

cultura <strong>de</strong> um povo?<br />

9


a)<br />

b)<br />

c)<br />

d)<br />

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e)<br />

COMENTÁRIO<br />

27. Um banco inglês <strong>de</strong>cidiu cobrar <strong>de</strong> seus clientes cinco<br />

libras toda vez que recorressem aos funcionários <strong>de</strong> suas<br />

agências. E o motivo disso é que, na verda<strong>de</strong>, não querem<br />

clientes em suas agências; o que querem é reduzir o número<br />

<strong>de</strong> agências, fazendo com que os clientes usem as máquinas<br />

automáticas em todo tipo <strong>de</strong> transações.<br />

Em suma, eles querem se livrar <strong>de</strong> seus funcionários.<br />

HOBSBAWM, E. O novo século. São Paulo: Companhia das<br />

Letras, 2000 (adaptado).<br />

O exemplo mencionado permite i<strong>de</strong>ntificar um aspecto da<br />

adoção <strong>de</strong> novas tecnologias na economia capitalista<br />

contemporânea. Um argumento utilizado pelas empresas e<br />

uma consequência social <strong>de</strong> tal aspecto estão em<br />

A) qualida<strong>de</strong> total e estabilida<strong>de</strong> no trabalho.<br />

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B) pleno emprego e enfraquecimento dos sindicatos.<br />

C) diminuição dos custos e insegurança no emprego.<br />

D) responsabilida<strong>de</strong> social e redução do <strong>de</strong>semprego.<br />

E) maximização dos lucros e aparecimento <strong>de</strong> empregos.<br />

COMENTÁRIO<br />

No capitalismo atual, caracterizado pelo financeirismo<br />

monopolista global, empresas em busca <strong>de</strong> produtividad e<br />

lucros máximos têm provocado alterações profundas na<br />

relação capital-trabalho: a mais <strong>de</strong>stacada é a prática<br />

constante da substituição <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra humana por<br />

máquinas automatizadas, diminuindo sensivelmente os<br />

custos para o empregador e provocando enorme instabilida<strong>de</strong><br />

empregatícia.<br />

Resposta: C<br />

28.<br />

Democracia: “regime político no qual a soberania é exercida<br />

pelo povo, pertence ao conjunto dos cidadãos.” JAPIASSÚ,<br />

H.; MARCONDES, D. Dicionário Básico <strong>de</strong> Filosofia. Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro: Zahar, 2006.<br />

Uma suposta “vacina” contra o <strong>de</strong>spotismo, em um contexto<br />

<strong>de</strong>mocrático, tem por objetivo<br />

será a terceira maior do mundo e a maior totalmente<br />

brasileira, com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 11,2 mil megawatts.<br />

Os índios do Xingu tomam a paisagem com seus cocares,<br />

arcos e flechas. Em Altamira, no Pará, agricultores fecharam<br />

estradas <strong>de</strong> uma região que será inundada pelas águas da<br />

usina.<br />

BACOCCINA, D.; QUEIROZ. G.; BORGES, R. Fim do<br />

leilão, começo da confusão. Istoé Dinheiro. Ano 13, no<br />

655,28 abr. 2010 (adaptado).<br />

Os impasses, resistências e <strong>de</strong>safios associados à construção<br />

da Usina Hidrelétrica <strong>de</strong> Belo Monte estão relacionados<br />

A) ao potencial hidrelétrico dos rios no norte e nor<strong>de</strong>ste<br />

quando comparados às bacias hidrográficas das regiões Sul,<br />

Su<strong>de</strong>ste e Centro-Oeste do país.<br />

B) à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> equilibrar e compatibilizar o<br />

investimento no crescimento do país com os esforços para a<br />

conservação ambiental.<br />

C) à gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos disponíveis para as obras<br />

e à escassez dos recursos direcionados para o pagamento pela<br />

<strong>de</strong>sapropriação das terras.<br />

D) ao direito histórico dos indígenas à posse <strong>de</strong>ssas terras e à<br />

ausência <strong>de</strong> reconhecimento <strong>de</strong>sse direito por parte das<br />

empreiteiras.<br />

E) ao aproveitamento da mão <strong>de</strong> obra especializada<br />

disponível na região Norte e o interesse das construtoras na<br />

vinda <strong>de</strong> profissionais do Su<strong>de</strong>ste do país.<br />

COMENTÁRIO<br />

A energia hidrelétrica é <strong>de</strong> fundamental importância para o<br />

crescimento econômico do país. Ao anunciar a construção <strong>de</strong><br />

uma nova usina na Amazônia, o maior <strong>de</strong>safio para os<br />

gerentes do empreendimento será viabilizar o<br />

projeto,compatibilizando-o com a conservação ambiental <strong>de</strong><br />

uma das mais ricas biodiversida<strong>de</strong>s do planeta.<br />

A) impedir a contratação <strong>de</strong> familiares para o serviço público.<br />

B) reduzir a ação das instituições constitucionais.<br />

Resposta: B<br />

C) combater a distribuição equilibrada <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r.<br />

D) evitar a escolha <strong>de</strong> governantes autoritários.<br />

E) restringir a atuação do Parlamento.<br />

30. A energia geotérmica tem sua origem no núcleo<br />

<strong>de</strong>rretido da Terra, on<strong>de</strong> as temperaturas atingem 4.000 ºC.<br />

Essa energia é primeiramente produzida pela <strong>de</strong>composição<br />

<strong>de</strong> materiais ra<strong>dia</strong>tivos <strong>de</strong>ntro do planeta. Em fontes<br />

COMENTÁRIO<br />

geotérmicas, a água, aprisionada em um reservatório<br />

subterrâneo, é aquecida pelas rochas ao redor e fica<br />

Analisando as alternativas, a única que i<strong>de</strong>ntifica uma forma submetida a altas pressões, po<strong>de</strong>ndo atingir temperaturas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> evitar o <strong>de</strong>spotismo — a partir <strong>de</strong> um ambiente até 370 ºC sem entrar em ebulição. Ao<br />

<strong>de</strong>mocrático — é aquela que cita a rejeição a governantes ser liberada na superfície, à pressão ambiente, ela se vaporiza<br />

autoritários.<br />

e se resfria, formando fontes ou gêiseres.O vapor <strong>de</strong> poços<br />

geotérmicos é separado da água e é utilizado no<br />

Resposta: D<br />

funcionamento <strong>de</strong> turbinas para gerar eletricida<strong>de</strong>. A água<br />

quente po<strong>de</strong> ser utilizada para aquecimento direto ou em<br />

usinas <strong>de</strong> <strong>de</strong>ssalinização. Roger A. Hinrichs e Merlin<br />

Kleinbach. Energia e meio ambiente. Ed. ABDR (com<br />

29. A usina hidrelétrica <strong>de</strong> Belo Monte será construída no rio<br />

adaptações).<br />

Xingu, no município <strong>de</strong> Vitória <strong>de</strong> Xingu, no Pará. A usina<br />

Depreen<strong>de</strong>-se das informações acima que as usinas<br />

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geotérmicas<br />

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a) utilizam a mesma fonte primária <strong>de</strong> energia que as usinas<br />

nucleares, sendo, portanto, semelhantes os riscos <strong>de</strong>correntes<br />

<strong>de</strong> ambas.<br />

b) funcionam com base na conversão <strong>de</strong> energia potencial<br />

gravitacional em energia térmica.<br />

c) po<strong>de</strong>m aproveitar a energia química transformada em<br />

térmica no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ssalinização.<br />

d) assemelham-se às usinas nucleares no que diz respeito à<br />

conversão <strong>de</strong> energia térmica em cinética e, <strong>de</strong>pois, em<br />

elétrica.<br />

e) transformam inicialmente a energia solar em energia<br />

cinética e, <strong>de</strong>pois, em energia térmica.<br />

COMENTÁRIO<br />

A energia geotérmica se assemelha às usinas nucleares no<br />

que diz respeito à conversão da energia. Ambas convertem<br />

energia térmica em cinética e, <strong>de</strong>pois, em elétrica.<br />

Resposta D<br />

31. A economia mo<strong>de</strong>rna <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

muita energia em diferentes formas, para funcionar e crescer.<br />

No Brasil, o consumo total <strong>de</strong> energia pelas indústrias<br />

cresceu mais <strong>de</strong> quatro vezes no período entre<br />

1970 e 2005. Enquanto os investimentos em energias limpas<br />

e renováveis, como solar e eólica, ainda são incipientes, ao se<br />

avaliar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> usinas geradoras <strong>de</strong><br />

energia elétrica, diversos fatores <strong>de</strong>vem ser levados em<br />

consi<strong>de</strong>ração, tais como os impactos causados ao ambiente e<br />

às populações locais.<br />

RICARDO, B.; CAMPANILI, M. Almanaque Brasil<br />

Socioambiental. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2007<br />

(adaptado).<br />

Em uma situação hipotética, optou-se por construir uma usina<br />

hidrelétrica em região que abrange diversas quedas d’água<br />

em rios cercados por mata, alegando-se que causaria impacto<br />

ambiental muito menor que uma usina termelétrica. Entre os<br />

possíveis impactos da instalação <strong>de</strong> uma usina hidrelétrica<br />

nessa região inclui-se<br />

a) a poluição da água por metais da usina.<br />

b) a <strong>de</strong>struição do habitat <strong>de</strong> animais terrestres.<br />

c) o aumento expressivo na liberação <strong>de</strong> CO2 para a<br />

atmosfera.<br />

d) o consumo não renovável <strong>de</strong> toda água que passa pelas<br />

turbinas.<br />

e) o aprofundamento no leito do rio, com a menor <strong>de</strong>posição<br />

<strong>de</strong> resíduos no trecho <strong>de</strong> rio anterior à represa<br />

COMENTÁRIO<br />

A construção <strong>de</strong> uma usina hidrelétrica implica a inundação<br />

<strong>de</strong> vastas áreas, <strong>de</strong>struindo assim o hábitat <strong>de</strong> muitas espécies<br />

<strong>de</strong> animais terrestres.<br />

Resposta: B<br />

32. Deseja-se instalar uma estação <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> energia<br />

elétrica em um município localizado no interior <strong>de</strong> um<br />

pequeno vale cercado <strong>de</strong> altas montanhas <strong>de</strong> difícil acesso. A<br />

cida<strong>de</strong> é cruzada por um rio, que é fonte <strong>de</strong> água para<br />

consumo, irrigação das lavouras <strong>de</strong> subsistência e pesca. Na<br />

região, que possui pequena extensão territorial, a incidência<br />

solar é alta o ano todo. A estação em questão irá abastecer<br />

apenas o município apresentado.<br />

Qual forma <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> energia, entre as apresentadas, é a<br />

mais indicada para ser implantada nesse município <strong>de</strong> modo a<br />

causar o menor impacto ambiental?<br />

A) Termelétrica, pois é possível utilizar a água do rio no<br />

sistema <strong>de</strong> refrigeração.<br />

B) Eólica, pois a geografia do local é própria para a captação<br />

<strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> energia.<br />

C) Nuclear, pois o modo <strong>de</strong> resfriamento <strong>de</strong> seus sistemas<br />

não afetaria a população.<br />

D) Fotovoltaica, pois é possível aproveitar a energia solar que<br />

chega à superfície do local.<br />

E) Hidrelétrica, pois o rio que corta o município é suficiente<br />

para abastecer a usina construída.<br />

COMENTÁRIO<br />

Nas condições do enunciado, a melhor opção seria o uso das<br />

células fotovoltaicas, pois a incidência solar é alta o ano<br />

todo.<br />

Resposta: D<br />

33. A mais profunda objeção que se faz à i<strong>de</strong>ia da criação <strong>de</strong><br />

uma cida<strong>de</strong>, como Brasília, é que o seu <strong>de</strong>senvolvimento não<br />

po<strong>de</strong>rá jamais ser natural. É uma objeção muito séria, pois<br />

provém <strong>de</strong> uma concepção <strong>de</strong> vida fundamental: a <strong>de</strong> que a<br />

ativida<strong>de</strong> social e cultural não po<strong>de</strong> ser uma construção.<br />

Esquecem-se, porém, aqueles que fazem tal crítica, que o<br />

Brasil, como praticamente toda a América, é criação do<br />

homem oci<strong>de</strong>ntal.<br />

PEDROSA, M. Utopia: obra <strong>de</strong> arte. Vis – Revista do<br />

Programa <strong>de</strong> Pós-graduação em Arte (UnB), Vol. 5, n. 1,<br />

2006 (adaptado).<br />

As i<strong>de</strong>ias apontadas no texto estão em oposição, porque:<br />

a) a cultura dos povos é reduzida a exemplos esquemáticos<br />

que não encontram respaldo na história do Brasil ou da<br />

América.<br />

b) as cida<strong>de</strong>s, na primeira afirmação, têm um papel mais<br />

fraco na vida social, enquanto a América é mostrada como<br />

um exemplo a ser evitado.<br />

c) a objeção inicial, <strong>de</strong> que as cida<strong>de</strong>s não po<strong>de</strong>m ser<br />

inventadas, é negada logo em seguida pelo exemplo utópico<br />

da colonização da América.<br />

d) a concepção fundamental da primeira afirmação<br />

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<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a construção <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s e a segunda mostra,<br />

historicamente, que essa estratégia acarretou sérios<br />

problemas.<br />

e)a primeira enten<strong>de</strong> que as cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vem ser organismos<br />

vivos, que nascem <strong>de</strong> forma espontânea, e a segunda mostra<br />

que há exemplos históricos que <strong>de</strong>monstram o contrário.<br />

COMENTÁRIO<br />

O texto apresenta i<strong>de</strong>ias contrárias acerca do processo <strong>de</strong><br />

formação das cida<strong>de</strong>s. A alternativa E elucida essa<br />

contradição ao apresentar as duas teses abordadas no texto:<br />

<strong>1º</strong>-, a cida<strong>de</strong> como um organismo vivo, cujo crescimento é<br />

natural; 2º-, a cida<strong>de</strong> como produto <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong><br />

formação histórica.<br />

Resposta: E<br />

34. Antes, eram apenas as gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s que se<br />

apresentavam como o império <strong>de</strong> técnica, objeto <strong>de</strong><br />

modificações, suspensões, acréscimos, cada vez mais<br />

sofisticadas e carregadas <strong>de</strong> artifício. Esse mundo artificial<br />

inclui, hoje, o mundo rural.<br />

SANTOS, M. A Natureza do Espaço. São Paulo: Hucitec,<br />

1996.<br />

Consi<strong>de</strong>rando a transformação mencionada no texto, uma<br />

consequência socioespacial que caracteriza o atual mundo<br />

rural brasileiro é<br />

A) a redução do processo <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> terras.<br />

B) o aumento do aproveitamento <strong>de</strong> solos menos férteis.<br />

C) a ampliação do isolamento do espaço rural.<br />

D) a estagnação da fronteira agrícola do pais.<br />

E) a diminuição do nível <strong>de</strong> emprego formal.<br />

COMENTÁRIO<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico da agricultura permite o uso<br />

<strong>de</strong> solos menos férteis que, anteriormente, se tornariam muito<br />

difícies, senão impossíveis, <strong>de</strong> uma produção agrícola<br />

razoável. Como exemplo, po<strong>de</strong>-se citar a utilização dos solos<br />

amazônicos, cuja baixa fertilida<strong>de</strong> é comprovada – e com a<br />

tecnologia – tornaram-se produtivos. Tal fato também<br />

ocorreu com os solos lateríticos do Cerrado.<br />

35. A maioria das pessoas daqui era do campo. Vila Maria é<br />

hoje exportadora <strong>de</strong> trabalhadores. Empresários <strong>de</strong> Primavera<br />

do Leste, Estado <strong>de</strong> Mato Grosso, procuram o bairro <strong>de</strong> Vila<br />

Maria para conseguir mão <strong>de</strong> obra. É gente indo distante<br />

daqui 300, 400 quilômetros para ir trabalhar, para ganhar sete<br />

conto por <strong>dia</strong>. (Carlito, 43 anos, maranhense, entrevistado em<br />

22/03/98).<br />

O texto retrata um fenômeno vivenciado pela agricultura<br />

brasileira nas últimas décadas do século XX, consequência<br />

A) dos impactos sociais da mo<strong>de</strong>rnização da agricultura.<br />

B) da recomposição dos salários do trabalhador rural.<br />

C) da exigência <strong>de</strong> qualificação do trabalhador rural.<br />

D) da diminuição da importância da agricultura.<br />

E) dos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>svalorização <strong>de</strong> áreas rurais.<br />

COMENTÁRIO<br />

O texto aborda impactos sociais <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> processos <strong>de</strong><br />

expulsão e reintegração do trabalhador rural. O êxodo rural,<br />

resultante da mo<strong>de</strong>rnização da agricultura, levou à formação<br />

<strong>de</strong> núcleos habitacionais em cida<strong>de</strong>s conhecidos como vilas.<br />

A hipertrofia urbana impediu a produção <strong>de</strong> infraestrutura<br />

econômica que sustentasse essas crescentes populações,<br />

levando vários trabalhadores <strong>de</strong> volta ao campo, <strong>de</strong>ssa vez<br />

ocupando-se <strong>de</strong> trabalho temporário com baixa remuneração.<br />

36. Entre 2004 e 2008, pelo menos 8 mil brasileiros foram<br />

libertados <strong>de</strong> fazendas on<strong>de</strong> trabalhavam como se fossem<br />

escravos. O governo criou uma lista em que ficaram expostos<br />

os nomes dos fazen<strong>de</strong>iros flagrados pela fiscalização. No<br />

Norte, Nor<strong>de</strong>ste e Centro-Oeste, regiões que mais sofrem<br />

com a fraqueza do po<strong>de</strong>r público, o bloqueio dos canais <strong>de</strong><br />

financiamento agrícola para tais fazen<strong>de</strong>iros tem sido a<br />

principal arma <strong>de</strong> combate a esse problema, mas os governos<br />

ainda sofrem com a falta <strong>de</strong> informações, provocada pelas<br />

distâncias e pelo po<strong>de</strong>r intimidador dos proprietários.<br />

Organizações não governamentais e grupos como a Pastoral<br />

da Terra têm agido corajosamente acionando as autorida<strong>de</strong>s<br />

públicas e ministrando aulas sobre direitos sociais e<br />

trabalhistas.<br />

“Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo”.<br />

Disponível em: http://www.mte.gov.br. Acesso em: 17 mar.<br />

2009 (adaptado).<br />

Nos lugares mencionados no texto, o papel dos grupos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>fesa dos direitos humanos tem sido fundamental, porque<br />

eles<br />

a) negociam com os fazen<strong>de</strong>iros o reajuste dos honorários e a<br />

redução da carga horária <strong>de</strong> trabalho.<br />

b) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m os direitos dos consumidores junto aos armazéns<br />

e mercados das fazendas e carvoarias.<br />

c) substituem as autorida<strong>de</strong>s policiais e jurídicas na resolução<br />

dos conflitos entre patrões e empregados.<br />

d) encaminham <strong>de</strong>núncias ao Ministério Público e promovem<br />

ações <strong>de</strong> conscientização dos trabalhadores.<br />

e) fortalecem a administração pública ao ministrarem aulas<br />

aos seus servidores.<br />

COMENTÁRIO<br />

Os grupos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa dos direitos humanos têm sido<br />

Ribeiro, H. S. O migrante e a cida<strong>de</strong>: dilemas e conflitos.<br />

Araraquara: Wun<strong>de</strong>rlich, 2001 (adaptado).<br />

importantes veículos <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncia do trabalho escravo<br />

junto ao ministério público, que com esse tipo <strong>de</strong><br />

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colaboração se vê em condições <strong>de</strong> aplicar sanções contra os<br />

abusos cometidos por alguns proprietários rurais. Além disso,<br />

as ONGs realizam trabalhos <strong>de</strong> conscientização social junto a<br />

comunida<strong>de</strong>s locais para que não se repitam ações bárbaras<br />

similares.<br />

Resposta: D<br />

37. Até o século XVII, as paisagens rurais eram marcadas<br />

por ativida<strong>de</strong>s rudimentares e <strong>de</strong> baixa produtivida<strong>de</strong>. A<br />

partir da Revolução Industrial, porém, sobretudo com o<br />

advento da revolução tecnológica, houve um<br />

<strong>de</strong>senvolvimento contínuo do setor agropecuário. São,<br />

portanto, observadas consequências econômicas, sociais e<br />

ambientais inter-relacionadas no período posterior à<br />

Revolução Industrial, as quais incluem<br />

a) a erradicação da fome no mundo.<br />

b) o aumento das áreas rurais e a diminuição das áreas<br />

urbanas.<br />

c) C a maior <strong>de</strong>manda por recursos naturais, entre os quais os<br />

recursos energéticos.<br />

d) a menor necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> adubos e corretivos<br />

na agricultura.<br />

e) o contínuo aumento da oferta <strong>de</strong> emprego no setor<br />

primário da economia, em face da mecanização.<br />

COMENTÁRIO<br />

Com a Revolução Industrial, ocorreu uma intensificação na<br />

utilização <strong>de</strong> matérias-primas e <strong>de</strong> fonte <strong>de</strong> energia.<br />

RESPOSTA C<br />

38. O fim da Guerra Fria e da bipolarida<strong>de</strong>, entre as décadas<br />

<strong>de</strong> 1980 e 1990, gerou expectativas <strong>de</strong> que seria instaurada<br />

uma or<strong>de</strong>m internacional marcada pela redução <strong>de</strong> conflitos e<br />

pela multipolarida<strong>de</strong>.<br />

O panorama estratégico do mundo pós-Guerra Fria apresenta<br />

a) o aumento <strong>de</strong> conflitos internos associados ao<br />

nacionalismo, às disputas étnicas, ao extremismo religioso e<br />

ao fortalecimento <strong>de</strong> ameaças como o terrorismo, o tráfico <strong>de</strong><br />

drogas e o crime organizado.<br />

b) o fim da corrida armamentista e a redução dos gastos<br />

militares das gran<strong>de</strong>s potências, o que se traduziu em<br />

maior estabilida<strong>de</strong> nos continentes europeu e asiático, que<br />

tinham sido palco da Guerra Fria.<br />

c) o <strong>de</strong>sengajamento das gran<strong>de</strong>s potências, pois as<br />

intervenções militares em regiões assoladas por conflitos<br />

passaram a ser realizadas pela Organização das Nações<br />

Unidas (ONU), com maior envolvimento <strong>de</strong> países<br />

emergentes.<br />

d) a plena vigência do Tratado <strong>de</strong> Não Proliferação, que<br />

afastou a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um conflito nuclear como ameaça<br />

global, <strong>de</strong>vido à crescente consciência política internacional<br />

acerca <strong>de</strong>sse perigo.<br />

e) a condição dos EUA como única superpotência, mas que<br />

se submetem às <strong>de</strong>cisões da ONU no que concerne às ações<br />

militares.<br />

COMENTÁRIO<br />

Resposta: Letra A<br />

O fim da Guerra Fria não acabou com os conflitos mun<strong>dia</strong>is,<br />

muito menos levou as nações a um maior grau <strong>de</strong> consciência<br />

humanitária antibelicista. A letra A representa bem as<br />

características do mundo pós-Guerra Fria e os conflitos na<br />

entrada do séc. XXI.<br />

39. A formação dos Estados foi certamente distinta na<br />

Europa, na América Latina, na África e na Ásia. Os Estados<br />

atuais, em especial na América Latina — on<strong>de</strong> as<br />

instituições das populações locais existentes à época da<br />

conquista ou foram eliminadas, como no caso do México e<br />

do Peru, ou eram frágeis, como no caso do Brasil —, são o<br />

resultado, em geral, da evolução do transplante <strong>de</strong><br />

instituições europeias feito pelas metrópoles para suas<br />

colônias. Na África, as colônias tiveram fronteiras<br />

arbitrariamente traçadas, separando etnias, idiomas e<br />

tradições, que, mais tar<strong>de</strong>, sobreviveram ao processo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scolonização, dando razão para conflitos que, muitas vezes,<br />

têm sua verda<strong>de</strong>ira origem em disputas pela exploração <strong>de</strong><br />

recursos naturais. Na Ásia, a colonização europeia se fez <strong>de</strong><br />

forma mais indireta e encontrou sistemas políticos e<br />

administrativos mais sofisticados, aos quais se superpôs.<br />

Hoje, aquelas formas anteriores <strong>de</strong> organização, ou pelo<br />

menos seu espírito, sobrevivem nas organizações políticas do<br />

Estado asiático.<br />

GUIMARÃES, S. P. Nação, nacionalismo, Estado. Estudos<br />

Avançados. São Paulo: EdUSP, v. 22, n.º 62, jan.- abr. 2008<br />

(adaptado).<br />

Relacionando as informações ao contexto histórico e<br />

geográfico por elas evocado, assinale a opção correta acerca<br />

do processo <strong>de</strong> formação socioeconômica dos continentes<br />

mencionados no texto.<br />

a) Devido à falta <strong>de</strong> recursos naturais a serem explorados no<br />

Brasil, conflitos étnicos e culturais como os ocorridos na<br />

África estiveram ausentes no período da in<strong>de</strong>pendência e<br />

formação do Estado brasileiro<br />

b) A maior distinção entre os processos histórico formativos<br />

dos continentes citados é a que se estabelece entre<br />

colonizador e colonizado, ou seja, entre a Europa e os<br />

<strong>de</strong>mais.<br />

c) À época das conquistas, a América Latina, a África e a<br />

Ásia tinham sistemas políticos e administrativos muito mais<br />

sofisticados que aqueles que lhes foram impostos pelo<br />

colonizador.<br />

d) Comparadas ao México e ao Peru, as instituições<br />

brasileiras, por terem sido eliminadas à época da conquista,<br />

sofreram mais influência dos mo<strong>de</strong>los institucionais<br />

europeus.<br />

e) O mo<strong>de</strong>lo histórico da formação do Estado asiático<br />

equipara-se ao brasileiro, pois em ambos se manteve o<br />

espírito das formas <strong>de</strong> organização anteriores à conquista.<br />

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COMENTÁRIO<br />

Temos um enunciado que mostra que a colonização europeia<br />

trouxe influências que permanecem até hoje na organização<br />

política e econômica da América Latina, Ásia e África.<br />

Porém a forma que se <strong>de</strong>u o colonialismo europeu variou <strong>de</strong><br />

continente a continente, como explicita o texto.<br />

Resposta: B<br />

40.<br />

Um <strong>dia</strong>, os imigrantes aglomerados na amurada da proa<br />

chegavam à fe<strong>de</strong>ntina quente <strong>de</strong> um porto, num silêncio <strong>de</strong><br />

mato e <strong>de</strong> febre amarela. Santos. — É aqui! Buenos Aires é<br />

aqui! — Tinham trocado o rótulo das bagagens, <strong>de</strong>sciam em<br />

fila. Faziam suas necessida<strong>de</strong>s nos trens dos animais on<strong>de</strong><br />

iam. Jogavam-nos num pavilhão comum em São<br />

Paulo. — Buenos Aires é aqui! — Amontoados com trouxas,<br />

sanfonas e baús, num carro <strong>de</strong> bois, que pretos guiavam<br />

através do mato por estradas esburacadas, chegavam uma<br />

tar<strong>de</strong> nas senzalas don<strong>de</strong> acabava <strong>de</strong> sair o braço escravo.<br />

Formavam militarmente nas madrugadas do terreiro homens<br />

e mulheres, ante feitores <strong>de</strong> espingarda ao ombro.<br />

Oswald <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>. Marco Zero II – Chão. Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />

Globo, 1991.<br />

Levando-se em consi<strong>de</strong>ração o texto <strong>de</strong> Oswald <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> e<br />

a pintura <strong>de</strong> Antonio Rocco reproduzida acima, relativos à<br />

imigração européia para o Brasil, é correto afirmar que<br />

a) a visão da imigração presente na pintura é trágica e, no<br />

texto, otimista.<br />

b) a pintura confirma a visão do texto quanto à imigração <strong>de</strong><br />

argentinos para o Brasil.<br />

c) os dois autores retratam dificulda<strong>de</strong>s dos imigrantes na<br />

chegada ao Brasil.<br />

d) Antonio Rocco retrata <strong>de</strong> forma otimista a imigração,<br />

<strong>de</strong>stacando o pioneirismo do imigrante.<br />

e) Oswald <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> mostra que a condição <strong>de</strong> vida do<br />

imigrante era melhor que a dos ex-escravos.<br />

COMENTÁRIO<br />

A pintura e o texto verbal retratam os imigrantes numa<br />

perspectiva semelhante, provocando um efeito <strong>de</strong> sentido<br />

negativo sobre a chegada <strong>de</strong>les ao Brasil. Na pintura, são<br />

representados com a expressão carregada, cabisbaixos,<br />

exauridos pelo cansaço e pelos receios em relação à nova<br />

vida. A tela <strong>de</strong> Antonio Rocco parece traduzir visualmente as<br />

palavras <strong>de</strong> Oswald <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>: “os imigrantes aglomerados<br />

(...) chegavam à fe<strong>de</strong>ntina quente <strong>de</strong> um porto (...)<br />

amontoados com trouxas”.<br />

Resposta: C<br />

41. O PROÁLCOOL, foi criado em 1975 para fazer do<br />

álcool uma fonte alternativa <strong>de</strong> energia em vista da crise do<br />

petróleo e da gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência brasileira das importações<br />

do produto, e constitui uma iniciativa bastante polêmica.<br />

ADAS, Melhen. Panorama Geográfico do Brasil. 3. ed. São<br />

Paulo: Editora Mo<strong>de</strong>rna, 1998. p. 297.<br />

O álcool vendido nos postos <strong>de</strong> combustível é facilmente<br />

adulterado pelo acréscimo <strong>de</strong> água. O consumidor, porém<br />

po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>tectar se houve adulteração, já que os postos <strong>de</strong><br />

abastecimento oferecem condições <strong>de</strong> se observar a medida<br />

<strong>de</strong> uma proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse produto, através <strong>de</strong> um aparelho<br />

que mostra a alteração do álcool, ao lhe ser acrescida a água.<br />

Nas alternativas abaixo assinale a que contém o motivo pelo<br />

qual o PROÁLCOOL é iniciativa polêmica e o nome da<br />

proprieda<strong>de</strong> alterada que po<strong>de</strong> ser lida no aparelho, caso o<br />

álcool tenha sido adulterado pelo acréscimo da água.<br />

a) A produção do álcool combustível reafirma as plantations;<br />

a proprieda<strong>de</strong> alterada é a viscosida<strong>de</strong>.<br />

b) O álcool é substitutivo da gasolina, mas não do diesel; a<br />

proprieda<strong>de</strong> alterada é a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>.<br />

c) A produção do álcool combustível contribui para formação<br />

<strong>de</strong> minifúndios no Nor<strong>de</strong>ste; a proprieda<strong>de</strong> alterada é a<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>.<br />

d) A produção do álcool combustível incentiva a policultura<br />

no Nor<strong>de</strong>ste; a proprieda<strong>de</strong> alterada é a viscosida<strong>de</strong>.<br />

e) A produção do álcool combustível reafirma as plantations;<br />

a proprieda<strong>de</strong> alterada é o calor específico.<br />

COMENTÁRIO<br />

A engenharia já conseguiu <strong>de</strong>senvolver carros flex, capazes<br />

<strong>de</strong> usar gasolina e álcool, mas ainda busca <strong>de</strong>senvolver carros<br />

movidos a diesel e álcool. O diesel é um produto do petróleo<br />

e comercializado, muitas vezes, a preços mais caros que o<br />

álcool, além <strong>de</strong> ser mais poluente. A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

substituição <strong>de</strong> diesel por álcool nos veículos <strong>de</strong> maior<br />

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porte (ônibus, navios, caminhões) traria economia <strong>de</strong> energia<br />

para nosso setror <strong>de</strong> transporte.<br />

A principal substancia usada na adulteração do alcool é a<br />

água. A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> da agua é mais alta que a do alcool,<br />

equando se adiciona agua ao alcool, ocorre um aumento na<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do liquido. Então, uma <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do alcool maior<br />

do que a esperada indica um adulteração.<br />

Resposta B<br />

42. Na “nova” economia mun<strong>dia</strong>l, ocorre o <strong>de</strong>clínio da<br />

importância da indústria em relação às finanças e às<br />

telecomunicações, muito menos intensivas em energia. No<br />

entanto, ao longo do ano 2000, o aumento dos preços do<br />

petróleo voltou a ameaçar a tranqüilida<strong>de</strong> da economia<br />

mun<strong>dia</strong>l. Entre as possíveis resultantes <strong>de</strong>sse fato, temos:<br />

I. o aumento dos custos <strong>de</strong> transporte e dos custos <strong>de</strong><br />

produção em praticamente toda a ca<strong>de</strong>ia produtiva que usa<br />

<strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> petróleo como insumos;<br />

II. a redução dos estoques <strong>de</strong> petróleo nos países<br />

<strong>de</strong>senvolvidos, os maiores consumidores <strong>de</strong>ssa fonte <strong>de</strong><br />

energia e matéria-prima industrial;<br />

III. o aumento dos gastos com a importação do petróleo,<br />

agrava o <strong>de</strong>sequilíbrio da balança comercial <strong>de</strong> alguns países<br />

em <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):<br />

a) I<br />

b) II<br />

c) I e II<br />

d) II e III<br />

e) I, II e III<br />

COMENTÁRIO<br />

Todas as alternativas estão verda<strong>de</strong>iras. O custo para<br />

transportar petróleo, inclusive para outros países, só vem<br />

aumentando nos últimos anos, o que faz as alternativas I e III<br />

verda<strong>de</strong>iras. Além disso, nações <strong>de</strong>senvolvidas como EUA,<br />

Japão e Alemanha consomem muito petróleo, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong><br />

importações. Com a redução <strong>de</strong> seus estoques, as crises <strong>de</strong><br />

petróleo trornam-se cada vez mais comuns<br />

43. Tipo <strong>de</strong> combustível que apresenta as seguintes<br />

características: não tem origem orgânica, produz maiores<br />

danos ambientais e exige tecnologia mais sofisticada.<br />

a) carvão vegetal<br />

b) álcool<br />

c) urânio<br />

d) gasolina<br />

e) hulha<br />

COMENTÁRIO<br />

O único combustível que não tem origem orgânica é o Urânio<br />

Resposta C<br />

44. Com base no mapa, assinale a alternativa correta.<br />

Adap. Atlas <strong>de</strong> Peters, 1994.<br />

O consumo <strong>de</strong> energia é maior em países com:<br />

a) produção <strong>de</strong> bens intermediários para exportação e<br />

transição <strong>de</strong>mográfica inicial.<br />

b) elevada produção na indústria <strong>de</strong> base e transição<br />

<strong>de</strong>mográfica concluída.<br />

c) produção <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> consumo não duráveis para<br />

exportação e elevado crescimento<br />

vegetativo.<br />

d) elevada produção na indústria <strong>de</strong> base e elevado<br />

crescimento vegetativo.<br />

e) produção <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> consumo não duráveis para<br />

exportação e predomínio <strong>de</strong> população<br />

jovem.<br />

COMENTÁRIO<br />

O consumo <strong>de</strong> energia é maior em países <strong>de</strong>senvolvidos, os<br />

quais apresentam muitas indústrias <strong>de</strong> bases ( indústrias que<br />

geram novas formas produtivas, novas máquinas). Além<br />

disso, esses países, em sua maioria, completaram a transição<br />

<strong>de</strong>mográfica, encontrando-se atualmente sob regimes<br />

<strong>de</strong>mográficos idosos.<br />

Resposta B.<br />

45. A análise das figuras permite que se afirme:<br />

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a) A figura 1 representa a nova concepção <strong>de</strong> relações <strong>de</strong>ntro<br />

da re<strong>de</strong> urbana, que segue uma hierarquia crescente, em<br />

função dos avanços tecnológicos nos transportes e nos<br />

serviços.<br />

b) A figura 2 representa uma nova concepção <strong>de</strong> hierarquia<br />

urbana, em que a cida<strong>de</strong> local po<strong>de</strong> se relacionar diretamente<br />

com a metrópole nacional, uma vez que os fluxos já não são<br />

mais escalonados.<br />

c) A figura 1 representa mo<strong>de</strong>lo industrial <strong>de</strong> hierarquia<br />

urbana, no qual os centros menores polarizam os maiores.<br />

d) A figura 2 <strong>de</strong>monstra o escalonamento crescente dos<br />

fluxos <strong>de</strong> serviços, mercadorias e informações como parte<br />

integrante da hierarquia urbana.<br />

e)nda<br />

COMENTÁRIO<br />

A resposta é a alternativa B já que representa a nova face das<br />

relações entre as cida<strong>de</strong>s. A re<strong>de</strong> urbana atual é bem mais<br />

articulada permitindo a troca direta <strong>de</strong> economia entre as<br />

mais diversas cida<strong>de</strong>s<br />

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CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS<br />

Questões 46 a 90<br />

46. Um professor <strong>de</strong> Biologia orientou os estudantes para<br />

coletarem exemplares diversos do reino Animalia, e os<br />

agruparem <strong>de</strong> acordo com as características que julgassem<br />

comuns. Os estudantes organizaram os animais nos seguintes<br />

grupos:<br />

Grupo I Esponjas e estrelas-do-mar.<br />

Grupo II Minhocas, piolhos <strong>de</strong> cobra e centopéias.<br />

Grupo III Carrapatos, aranhas e escorpiões.<br />

Grupo IV Caranguejos, siris e camarões.<br />

Grupo V Moscas, abelhas, besouros e borboletas.<br />

Em seguida, o professor explicou e caracterizou os diversos<br />

filos <strong>de</strong>sse reino, e solicitou que os animais fossem<br />

reagrupados, <strong>de</strong> acordo com os filos a que cada um<br />

pertence. O reagrupamento correto <strong>de</strong>sses animais, em filos,<br />

encontra-se na alternativa<br />

a)I. Esponjas II. Estrelas-do-mar III. Minhocas IV. Piolhos<br />

<strong>de</strong> cobra, centopéias, carrapatos, aranhas, escorpiões,<br />

caranguejos, siris, camarões, moscas, abelhas, besouros e<br />

borboletas<br />

b)I. Esponjas II. Estrelas-do-mar III. Minhocas IV. Piolhos <strong>de</strong><br />

cobra e centopéias V. Carrapatos, aranhas, escorpiões, caranguejos,<br />

siris, camarões VI. Moscas, abelhas, besouros e<br />

borboletas<br />

c)I. Esponjas e estrelas-do-mar II. Minhocas III. Piolhos <strong>de</strong><br />

cobra e centopéias IV. Carrapatos, aranhas, escorpiões,<br />

caranguejos, siris, camarões, moscas, abelhas, besouros e<br />

borboletas<br />

d)I. Esponjas II. Estrelas-do-mar III. Minhocas, piolhos <strong>de</strong><br />

cobra e centopéias IV. Carrapatos, aranhas, escorpiões,<br />

caranguejos, siris, camarões, moscas, abelhas, besouros e<br />

borboletas<br />

e)I. Esponjas e estrelas-do-mar II. Minhocas, piolhos <strong>de</strong><br />

cobra e centopéias III. Carrapatos, aranhas e escorpiões IV.<br />

Caranguejos, siris e camarões V. Moscas, abelhas, besouros e<br />

borboletas<br />

COMENTÁRIO<br />

Nessa questão, o aluno <strong>de</strong>verá lembrar os seus<br />

conhecimentos sobre as características evolutivas dos<br />

diversos grupos <strong>de</strong> animais para po<strong>de</strong>r classificá-los em 4<br />

grupos: I-poríferos; II-equino<strong>de</strong>rmos; III-anelí<strong>de</strong>os; IVartrópo<strong>de</strong>s.<br />

Alternativa correta, portanto, é o item a.<br />

47. O reino protista inclui as algas e os protozoários. Esses<br />

organismos, nas classificações mais antigas, eram<br />

consi<strong>de</strong>rados como pertencentes aos reinos vegetal e animal,<br />

respectivamente. Assinale a alternativa que apresenta a<br />

justificativa correta para a inclusão <strong>de</strong>sses diferentes protistas<br />

no mesmo reino.<br />

a) Ambos são simples, unicelulares, apresentam células<br />

eucarióticas e nutrição heterotrófica.<br />

b) Ambos são simples na organização morfológica em<br />

comparação com plantas e animais, sendo as algas<br />

autotróficas e os protozoários heterotróficos.<br />

c) Ambos apresentam pare<strong>de</strong> celular, nutrição heterotrófica e<br />

compõem-se <strong>de</strong> células eucarióticas.<br />

d) Ambos apresentam pare<strong>de</strong> celular, nutrição heterotrófica e<br />

compõem-se <strong>de</strong> células procarióticas.<br />

e) Ambos são pluricelulares, sendo as algas autotróficas e os<br />

protozoários heterotróficos.<br />

COMENTÁRIO<br />

Nessa questão, o aluno <strong>de</strong>ve lembrar a organização<br />

morfológica <strong>de</strong> algas e protozoários, tomando atenção para o<br />

fato <strong>de</strong> algas são autótrofas e os protozoários são heterótrofos<br />

e que somente as algas possuem indivíduos uni e<br />

multicelulares. Alternativa correta, portanto, item b.<br />

48. PNEUMOTÓRAX<br />

Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos.<br />

A vida inteira que po<strong>dia</strong> ter sido e que não foi.<br />

Tosse, tosse, tosse.<br />

Mandou chamar o médico:<br />

- Diga trinta e três.<br />

- Trinta e três... trinta e três... trinta e três...<br />

-Respire.<br />

.........................................................................................<br />

- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o<br />

pulmão direito infiltrado.<br />

- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?<br />

-Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.<br />

O senhor tem uma escavação no pulmão... O pulmão po<strong>de</strong> ser<br />

alvo <strong>de</strong> diversos agentes patogênicos, tais como os fungos. A<br />

respeito <strong>de</strong>sse grupo <strong>de</strong> seres vivos, marque a alternativa<br />

incorreta:<br />

a) é constituído <strong>de</strong> seres heterotróficos e eucariontes, como os<br />

cogumelos.<br />

b) causa várias doenças, como a "frieira", no homem, e as<br />

"ferrugens", nas plantas.<br />

c) é capaz <strong>de</strong>, ao fermentar, produzir bebidas, como a cerveja<br />

e o vinho.<br />

d) possui representantes que são empregados na produção <strong>de</strong><br />

antibióticos naturais.<br />

e) os fungos são dotados <strong>de</strong> células procarióticas, o que os<br />

torna igual aos vírus, que também possuem células<br />

procarióticas.<br />

COMENTÁRIO<br />

Nessa questão, pe<strong>de</strong>-se o item incorreto. O aluno <strong>de</strong>ve<br />

lembrar que os fungos possuem células eucarióticas, ou seja,<br />

material genético envolto por uma membrana nuclear ou<br />

carioteca. Alternativa a ser marcada, portanto, item e.<br />

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49. Professor Astrogildo combinou com seus alunos visitar<br />

uma região on<strong>de</strong> ocorria extração <strong>de</strong> minério a céu aberto,<br />

com a intenção <strong>de</strong> mostrar os efeitos ambientais produzidos<br />

por aquela ativida<strong>de</strong>. Durante o trajeto, professor Astrogildo<br />

ia propondo <strong>de</strong>safios a partir das situações do <strong>dia</strong>-a-<strong>dia</strong><br />

vivenciadas ao longo do passeio.<br />

Após algum tempo, professor Astrogildo chamou a turma <strong>de</strong><br />

volta ao ônibus, pois ainda iriam visitar uma fábrica <strong>de</strong><br />

cerveja que ficava no caminho. Na fábrica, um funcionário<br />

explicou todo o processo <strong>de</strong> produção da cerveja, ressaltando<br />

que, para isso, se utilizava o fungo 'Saccharomyces<br />

cerevisiae', um anaeróbio facultativo. Professor Astrogildo<br />

apontou dois barris que estavam no galpão da fábrica,<br />

reproduzidos no esquema a seguir.<br />

Consi<strong>de</strong>rando que ambos contêm todos os ingredientes para a<br />

produção <strong>de</strong> cerveja, a formação <strong>de</strong> álcool ocorre no barril<br />

a) II, on<strong>de</strong> a glicose não é totalmente oxidada.<br />

b) I, on<strong>de</strong> há um maior consumo <strong>de</strong> oxigênio.<br />

c) II, on<strong>de</strong> a pressão do oxigênio é maior.<br />

d) I, on<strong>de</strong> a glicose será <strong>de</strong>gradada a ácido pirúvico.<br />

COMENTÁRIO<br />

Nessa questão, o aluno necessitará dos conhecimentos a<br />

respeito <strong>de</strong> fungos e fermentação, um processo on<strong>de</strong> a<br />

energia do alimento é extraída parcialmente, pois não há<br />

oxigênio suficiente para realizar a respiração aeróbica, que<br />

extrai toda a energia do alimento. Assim, o barril on<strong>de</strong><br />

ocorrerá fermentação alcoólica, que tem como produto final o<br />

álcool etílico, é o barril II, pois como ele possui uma tampa<br />

com um furo central, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oxigênio disponível<br />

para os fungos é limitada, contrastando com o barril I que<br />

está totalmente aberto. Dessa forma, alternativa correta é o<br />

item a<br />

50. O mastodonte era um mamífero gigante que habitou o<br />

nor<strong>de</strong>ste brasileiro no Pleistoceno e hoje se encontra extinto.<br />

Existe um <strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ste animal <strong>de</strong>positado na sala <strong>de</strong> visita do<br />

Açu<strong>de</strong> Castanhão. Já no Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, nas<br />

ime<strong>dia</strong>ções da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Felipe Guerra, encontramos conchas<br />

e esqueletos <strong>de</strong> equino<strong>de</strong>rmas. Destes animais, aqueles que<br />

apresentam esqueletos externos são<br />

a) somente as conchas.<br />

b) as conchas e os equino<strong>de</strong>rmos.<br />

c) somente os mastodontes.<br />

d) os equino<strong>de</strong>rmos e os mastodontes.<br />

e) nenhum <strong>de</strong>les possui esqueleto externo.<br />

COMENTÁRIO<br />

Nessa questão, o aluno <strong>de</strong>ve lembrar que o esqueleto tem<br />

como função primor<strong>dia</strong>l promover o suporte mecânico,<br />

porém po<strong>de</strong> também se relacionar com o movimento e o<br />

armazenamento <strong>de</strong> substâncias. Os animais po<strong>de</strong>m apresentar<br />

esqueleto interno, como os equino<strong>de</strong>rmos e alguns cordados;<br />

e externo como os moluscos e os artrópo<strong>de</strong>s. Assim, a<br />

alternativa correta é o item a.<br />

51. Os sintomas <strong>de</strong> febre, tosse, cansaço, vômito e <strong>dia</strong>rréia<br />

são os principais responsáveis pela lotação nas emergências<br />

dos hospitais <strong>de</strong> Fortaleza. Nesta época <strong>de</strong> chuvas, a<br />

ocorrência <strong>de</strong> viroses aumenta consi<strong>de</strong>ravelmente,<br />

principalmente em crianças. No Centro <strong>de</strong> Assistência à<br />

Criança a mé<strong>dia</strong> <strong>de</strong> atendimentos por <strong>dia</strong> saltou <strong>de</strong> 80, em um<br />

mês comum, para 200, nesta quadra chuvosa. (O Povo online,<br />

12 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2009)<br />

Sobre os vírus, agentes responsáveis por sintomas como os<br />

<strong>de</strong>scritos acima, analise as afirmações a seguir:<br />

I. Apesar <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rado não vivo, um vírus continua capaz<br />

<strong>de</strong> infectar mesmo fora do corpo do hospe<strong>de</strong>iro.<br />

II. Antibióticos po<strong>de</strong>m ser muito eficazes no tratamento <strong>de</strong><br />

viroses, pois <strong>de</strong>stroem o material genético constituinte dos<br />

vírus infectantes, inativando sua ação.<br />

III. Atualmente uma maneira bastante eficiente <strong>de</strong> prevenir<br />

doenças causadas por vírus é a utilização através <strong>de</strong> vacinas.<br />

É correto o que se afirma<br />

a) em I, II, e III, apenas.<br />

b) em II, apenas.<br />

c) em I e III, apenas.<br />

d) em III, apenas.<br />

e) em II e III, apenas<br />

COMENTÁRIO<br />

Nessa questão, o aluno <strong>de</strong>verá lembrar o conteúdo estudado<br />

com relação aos vírus. Os vírus são agentes com capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> infectar um organismo, não necessitando estar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

uma célula hospe<strong>de</strong>ira para ser transferido <strong>de</strong> um indivíduo<br />

para outro. Os antibióticos são fármacos com uma certa<br />

eficiência terapêutica em bactérias, porém os vírus não são<br />

afetados, já que não possuem maquinaria genética completa e<br />

própria. A vacinação é um método profilático eficiente para<br />

algumas doenças virais. Assim, a alternativa correta é o item<br />

c.<br />

52. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da complexida<strong>de</strong>, existem estruturas<br />

nos organismos responsáveis por realizar funções<br />

metabólicas fundamentais à sobrevivência nas mais<br />

variadas situações. Se compararmos um mamífero a<br />

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uma euglena, po<strong>de</strong>mos i<strong>de</strong>ntificar estruturas presentes no<br />

animal e no protozoário que exercem funções semelhantes.<br />

Numere a Coluna II <strong>de</strong> acordo com a Coluna I, i<strong>de</strong>ntificando<br />

as estruturas que exercem funções semelhantes.<br />

Coluna I Coluna II<br />

Mamífero Protozoário<br />

1. Pata ( )poro excretor<br />

2. Boca ( ) estigma<br />

3. Cérebro ( ) flagelo<br />

4. Ânus ( ) citóstoma<br />

5. Olho ( ) núcleo<br />

Assinale a alternativa que contém a seqüência correta, <strong>de</strong><br />

cima para baixo.<br />

a) 4, 5, 1, 3, 2<br />

b) 4, 5, 1, 2, 3<br />

c) 3, 1, 5, 4, 2<br />

d) 4, 2, 1, 5, 3<br />

e ) 1, 2, 4, 3, 5<br />

COMENTÁRIO<br />

Questão que aborda conhecimentos sobre as estruturas<br />

corporais <strong>de</strong> dois grupos distintos <strong>de</strong> organismos. Para<br />

resolver essa questão o aluno <strong>de</strong>verá correlacionar as<br />

estruturas atentando para as funções <strong>de</strong> cada uma em seus<br />

respectivos grupos, lembrando que citóstoma é a boca<br />

rudimentar <strong>de</strong> protozoários e estigma é uma estrutura<br />

responsável pela captação da luz. Assim, a alternativa correta<br />

é o item b.<br />

53. Um dos maiores problemas enfrentados pela medicina é<br />

a resistência bacteriana, e, atualmente, sabe-se que os<br />

antibióticos nem sempre conseguem tratar infecções <strong>de</strong><br />

maneira satisfatória. Com relação ao que foi dito, po<strong>de</strong>mos<br />

afirmar, corretamente, que:<br />

a) Os antibióticos são ineficientes, pois a freqüência <strong>de</strong><br />

mutação em bactérias é muito elevada e, <strong>de</strong>ssa forma, não é<br />

possível obter resultados positivos com tratamentos <strong>de</strong>ssa<br />

natureza.<br />

b) A utilização <strong>de</strong>senfreada <strong>de</strong> antibióticos produz mutações<br />

nas bactérias, tornando-as, cada vez mais, resistentes ao<br />

tratamento.<br />

c) Embora as bactérias sejam sensíveis aos antibióticos, os<br />

seres humanos estão, cada vez mais, resistentes, e, portanto,<br />

tratamentos <strong>de</strong>ssa natureza per<strong>de</strong>ram sua eficácia.<br />

d) O uso indiscriminado <strong>de</strong> antibióticos elimina populações<br />

bacterianas sensíveis, porém acaba por selecionar cepas<br />

resistentes que não respon<strong>de</strong>m aos tratamentos.<br />

e) Os antibióticos são produzidos por protozoários, o que faz<br />

com que eles, ao longo do tempo, <strong>de</strong>ixem <strong>de</strong> ser eficazes<br />

contra as bactérias.<br />

COMENTÁRIO<br />

Para resolver essa questão,o aluno <strong>de</strong>ve recapitular os<br />

conhecimentos sobre bactérias e antibióticos e lembrar que<br />

por causa do uso indiscriminado e, muitas vezes, errado<br />

<strong>de</strong>sses medicamentos por parte da população, ocorre uma<br />

seleção das cepas mais resistentes, que proliferam e causam<br />

mais danos ao paciente, pois são resistentes aos antibióticos<br />

existentes. Lembrar que antibiótico não produz mutação, já<br />

que esta não po<strong>de</strong> ser produzida ou induzida em condições<br />

naturais. Além disso, nenhum protozoário está envolvido na<br />

produção <strong>de</strong> antibióticos. Portanto, alternativa correta é o<br />

item d.<br />

54. Uma das extremida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um tubo <strong>de</strong> vidro foi envolvida<br />

por uma membrana semipermeável e, em seu interior, foi<br />

colocada a solução A. Em seguida, mergulhou-se esse tubo<br />

num recipiente contendo a solução B, como mostra a Figura<br />

1. Minutos <strong>de</strong>pois, observou-se a elevação do nível da<br />

solução no interior do tubo <strong>de</strong> vidro (Figura 2).<br />

O aumento do nível da solução no interior do tubo <strong>de</strong> vidro é<br />

equivalente<br />

a) à <strong>de</strong>sidratação <strong>de</strong> invertebrados aquáticos, quando em<br />

ambientes hipotônicos.<br />

b) ao que acontece com as hemácias, quando colocadas em<br />

solução hipertônica.<br />

c) ao processo <strong>de</strong> pinocitose, que resulta na entrada <strong>de</strong><br />

material numa ameba.<br />

d) ao processo <strong>de</strong> rompimento <strong>de</strong> células vegetais, quando em<br />

solução hipertônica.<br />

e) ao que acontece com células-guarda e resulta na abertura<br />

dos estômatos.<br />

COMENTÁRIO<br />

Habilida<strong>de</strong>: H15 – Interpretar mo<strong>de</strong>los e experimentos para<br />

explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer<br />

nível <strong>de</strong> organização dos sistemas biológicos.<br />

Gabarito: E<br />

Questão muito interessante que relaciona as diversas formas<br />

que o processo <strong>de</strong> osmose po<strong>de</strong> ocorrer nos seres vivos.<br />

Osmose é uma das formas <strong>de</strong> transporte passivo (sem gasto<br />

<strong>de</strong> energia) em que há a passagem <strong>de</strong> solvente (água) do<br />

meio que está menos concentrado (hipotônico) para o que<br />

está mais concentrado (hipertônico), através <strong>de</strong> uma<br />

membrana semipermeável com o intuito <strong>de</strong> igualar as<br />

concentrações. Assim, se no experimento apresentado, a<br />

água saiu da solução B para a solução A, significa que a<br />

solução A é hipertônica em relação a solução B. Vamos<br />

então analisar cada item:<br />

A) INCORRETO. A <strong>de</strong>sidratação ocorre quando sai água do<br />

corpo do anima, o que ocorre quando este se encontra<br />

em meio hipertônico e não hipotônico.<br />

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B) INCORRETO. Se as hemácias são colocadas em meio<br />

hipertônico elas per<strong>de</strong>m água e não o contrário como diz o<br />

item.<br />

C) INCORRETO. A pinocitose é uma forma <strong>de</strong> transporte em<br />

bloco, em que as substância é englobada pela membrana,<br />

não a atravessando diretamente.<br />

D) INCORRETO. Quando colocado em solução hipertônica<br />

o vegetal per<strong>de</strong> água e <strong>de</strong>sidrata. Além disso, mesmo que<br />

colocado em meio hipotônico, a célula não se rompe <strong>de</strong>vido<br />

à resistência da pare<strong>de</strong> vegetal.<br />

E) CORRETO. Para que ocorra abertura dos estômatos é<br />

necessário potássio seja bombeado para as células-guarda a<br />

partir das células acessórias (que ficam ao lado). Assim, as<br />

células-guarda aficam hipertônica e atraem água (como<br />

ocorreu no experimento) ficando túrgidas e, pela disposição<br />

diferenciada das fibras <strong>de</strong> celulose, o estômato se abre.<br />

55. A utilização racional da radioativida<strong>de</strong> em vários campos<br />

da pesquisa tem permitido a compreensão <strong>de</strong> fenômenos<br />

importantes. Por exemplo, a uma cultura <strong>de</strong> células é possível<br />

fornecer aminoácidos marcados com isótopos radioativos e,<br />

através <strong>de</strong> técnicas especiais, companhar seu trajeto na célula.<br />

No caso abaixo, células do pâncreas foram incubadas durante<br />

três minutos em um meio <strong>de</strong> cultura contendo leucina tritiada.<br />

Após vários intervalos <strong>de</strong> tempo, esse material foi submetido<br />

a uma técnica que revela a localização do aminoácido<br />

radioativo em diferentes organelas citoplasmáticas, pela<br />

<strong>de</strong>posição <strong>de</strong> grânulos <strong>de</strong> prata. O estudo do material ao<br />

microscópio eletrônico permitiu a construção da figura a<br />

seguir. Cada curva <strong>de</strong>screve a porcentagem <strong>de</strong> grãos <strong>de</strong> prata<br />

presentes em uma das três organelas diferentes.<br />

Com base no gráfico acima, assinale a alternativa correta.<br />

A) A seqüência numérica correspon<strong>de</strong>nte às organelas on<strong>de</strong><br />

os aminoácidos radioativos po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>tectados na or<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong> síntese e secreção <strong>de</strong> uma glicoproteína é: III, I e II.<br />

B) A curva II correspon<strong>de</strong> ao Retículo Endoplasmático<br />

Rugoso, porque os aminoácidos radioativos vão sendo<br />

progressivamente incorporados aos ribossomos.<br />

C) A curva III correspon<strong>de</strong> ao Complexo <strong>de</strong> Golgi, uma vez<br />

que a radioativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>cresce com a secreção da<br />

glicoproteína.<br />

D) Se, ao invés <strong>de</strong> expostas a um aminoácido radioativo,<br />

células do pâncreas fossem incubadas com timidina<br />

radioativa, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um certo tempo po<strong>de</strong>ria ser <strong>de</strong>tectada<br />

radioativida<strong>de</strong> na organela correspon<strong>de</strong>nte a II.<br />

E) Se uma experiência semelhante fosse realizada com<br />

macrófagos incubados com um aminoácido que entra na<br />

composição <strong>de</strong> suas enzimas digestivas, a organela<br />

citoplasmática a apresentar a maior concentração <strong>de</strong><br />

aminoácidos seria a que, no gráfico, foi <strong>de</strong>nominada III.<br />

COMENTÁRIO<br />

Habilida<strong>de</strong>: H15 – Interpretar mo<strong>de</strong>los e experimentos para<br />

explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer<br />

nível <strong>de</strong> organização dos sistemas biológicos.<br />

Gabarito: A<br />

A organela <strong>de</strong> número III, on<strong>de</strong> inicialmente é <strong>de</strong>tectada a<br />

maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aminoácidos radioativos, correspon<strong>de</strong><br />

ao retículo endoplasmático rugoso, local da síntese <strong>de</strong><br />

proteínas “<strong>de</strong> exportação”. Se as células do experimento<br />

fossem expostas à timidina (um nucleotí<strong>de</strong>o <strong>de</strong> RNA)<br />

radioativa, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> algum tempo também aí seria <strong>de</strong>tectada<br />

essa radioativida<strong>de</strong> (e não na organela II). A organela I é o<br />

aparelho golgiense (ou complexo <strong>de</strong> Golgi), para on<strong>de</strong> são<br />

enviadas as proteínas produzidas no retículo. E o número II<br />

correspon<strong>de</strong> às vesículas <strong>de</strong> secreção produzidas e liberadas<br />

pelo aparelho golgiense, que conduzirão essas proteínas<br />

para o exterior da célula. Por fim, caso uma experiência<br />

semelhante fosse realizada com macrófagos, como sugere a<br />

alternativa e, haveria maior concentração <strong>de</strong> aminoácidos<br />

radioativos na estrutura II, que nesse caso representaria os<br />

lisossomos <strong>de</strong>ssas células.<br />

56. Analise este experimento:<br />

Consi<strong>de</strong>rando-se o resultado <strong>de</strong>sse experimento, é<br />

CORRETO afirmar que<br />

A) os ratos produzem dióxido <strong>de</strong> carbono quando absorvem<br />

oxigênio.<br />

B) a troca <strong>de</strong> gases aumenta quando é maior a produção <strong>de</strong><br />

energia.<br />

C) a água resultante do metabolismo da glicose é produto <strong>de</strong><br />

oxidação.<br />

D) o carbono do CO2 eliminado pelos ratos é proveniente da<br />

glicose.<br />

E) A energia da glicose é diretamente utilizada nos processos<br />

celulares.<br />

COMENTÁRIO<br />

Habilida<strong>de</strong>: H14 – I<strong>de</strong>ntificar padrões em fenômenos e<br />

processos vitais dos organismos, como manutenção do<br />

equilíbrio interno, <strong>de</strong>fesa, relações com o ambiente,<br />

sexualida<strong>de</strong>, entre outros.<br />

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Gabarito: D<br />

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Questão que aborda conhecimentos sobre o processo <strong>de</strong><br />

respiração aeróbia. No experimento, a formação <strong>de</strong><br />

carbonato <strong>de</strong> cálcio radioativo nos diz que foi formado CO2<br />

com carbono radioativo, e este só po<strong>de</strong> ser proveniente da<br />

glicose ofertada ao rato. Vamos relembrar um pouco mais<br />

sobre a respiração aeróbia, que ocorre em três etapas: 1.<br />

Glicólise (quebra da glicose, com saldo <strong>de</strong> 2ATPs e redução<br />

dos NAD – aceptores intermediários <strong>de</strong> elétrons); 2. Ciclo <strong>de</strong><br />

Krebs (oxidação ao máximo dos carbonos da glicose, com<br />

liberação <strong>de</strong> CO2, formação <strong>de</strong> mais aceptores<br />

intermediários e <strong>de</strong> ATPs); 3. Fosforilação oxidativa<br />

(formação <strong>de</strong> ATP a partir da energia armazenada nos<br />

elétrons que estavam com o NADH; formação da água, a<br />

partir do O2, que funciona como o aceptor final <strong>de</strong> elétrons).<br />

Vamos, então, analisar cada item:<br />

A) INCORRETO. Na respiração aeróbia, absorve-se<br />

oxigênio (aceptor final <strong>de</strong> elétrons) e libera-se gás carbônico<br />

(produto da oxidação máxima do carbono da glicose).<br />

B) INCORRETO. Na respiração, não há produção <strong>de</strong> energia<br />

e, sim, transferência da energia armazenada entre as<br />

ligações entre os carbonos da glicose para a ligação entre os<br />

fostatos do ATP.<br />

C) INCORRETO. A água é formada na última etapa da<br />

respiração aeróbia, a partir da molécula <strong>de</strong> oxigênio, <strong>de</strong><br />

hidrogênio presente na matriz mitocondrial, além dos<br />

elétrons que doaram sua energia para formar os ATPs. Se há<br />

ganho <strong>de</strong> elétrons para formar a água, trata-se <strong>de</strong> redução e<br />

não <strong>de</strong> oxidação.<br />

D) CORRETO. Como já comentado.<br />

E) INCORRETO. A energia da glicose não é diretamente<br />

utilizada nos processos celulares. Ela precisa ser transferida<br />

à moléculas <strong>de</strong> ATP, que é consi<strong>de</strong>rada a “moeda<br />

energética” da célula.<br />

57. Uma pequena cida<strong>de</strong> interiorana do Nor<strong>de</strong>ste brasileiro<br />

chamou a atenção <strong>de</strong> pesquisadores a Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />

Paulo pela alta incidência <strong>de</strong> uma doença autossômica<br />

recessiva neuro<strong>de</strong>generativa. As pesquisas realizadas<br />

revelaram que é também alto o número <strong>de</strong> casamentos<br />

consangüíneos na cida<strong>de</strong>. Outro dado interessante levantado<br />

pelos pesquisadores foi que a população da cida<strong>de</strong> acredita<br />

que a doença seja transmitida <strong>de</strong> uma geração a outra através<br />

do sangue. (Pesquisa FAPESP, julho <strong>de</strong> 2005.)<br />

Pelas informações fornecidas no texto, po<strong>de</strong>mos afirmar que:<br />

A) pais saudáveis <strong>de</strong> filhos que apresentam a doença são<br />

necessariamente homozigotos.<br />

B) homens e mulheres têm a mesma probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

apresentar a doença.<br />

C) em situações como a <strong>de</strong>scrita, casamentos consangüíneos<br />

não aumentam a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> doenças<br />

recessivas.<br />

D) pais heterozigotos têm 25% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terem<br />

filhos também heterozigotos.<br />

E) pais heterozigotos têm 50% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terem<br />

filhos que irão <strong>de</strong>senvolver a doença.<br />

COMENTÁRIO<br />

: H13 – Reconhecer mecanismos <strong>de</strong> transmissão da vida,<br />

prevendo ou explicando a manifestação <strong>de</strong> características<br />

dos seres vivos.<br />

Gabarito: B<br />

Vamos analisar cada item:<br />

A) INCORRETO. Em relação a à herança autossômica,<br />

sempre que houver pais com o mesmo fenótipo com um filho<br />

<strong>de</strong> fenótipo diferente, os pais serão heterozigotos e o filho<br />

homozigoto recessivo. Repeti isso 1000 vezes!<br />

B) CORRETO. Nas doenças autossômicas, isto é, que não<br />

envolvem os cromossomos sexuais, a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

ocorrência <strong>de</strong> doenças é a mesma em ambos os sexos.<br />

C) INCORRETO. Casamentos consanguíneos aumentam a<br />

incidência <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> condições recessivas, já que<br />

torna a chance <strong>de</strong> dois alelos recessivos se encontrarem<br />

muito maior.<br />

D) INCORRETO. Pais heterozigotos, po<strong>de</strong>m ter os seguintes<br />

filhos (AA, Aa, Aa, aa). Ou seja, tem 50 % <strong>de</strong> chance <strong>de</strong><br />

terem filhos heterozigotos.<br />

E) INCORRETO. Pais heterozigotos, po<strong>de</strong>m ter os seguintes<br />

filhos (AA, Aa, Aa, aa). Assim apenas ¼ (25%) dos filhos<br />

po<strong>de</strong>m ter a doença.<br />

58. Prática comum realizada em algumas regiões do Brasil, a<br />

“malhação das árvores” é realizada com o intuito <strong>de</strong><br />

aumentar sua produção <strong>de</strong> frutos. Nesta prática, agricultores<br />

batem com varas <strong>de</strong> bambu em árvores até que seu líber seja<br />

bastante lesionado. Esta prática:<br />

a) aumenta a produção <strong>de</strong> frutos em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />

compostos secundários <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa, como terpenos.<br />

b) aumenta a produção <strong>de</strong> frutos em virtu<strong>de</strong> do maior<br />

acúmulo <strong>de</strong> compostos orgânicos na parte acima da região<br />

lesionada.<br />

c) aumenta a produção <strong>de</strong> frutos em virtu<strong>de</strong> do estímulo da<br />

produção <strong>de</strong> auxinas.<br />

d) diminui a produção <strong>de</strong> frutos em virtu<strong>de</strong> da morte da raiz.<br />

e) diminui a produção <strong>de</strong> frutos em virtu<strong>de</strong> da maior<br />

exposição à patógenos.<br />

COMENTÁRIO<br />

Habilida<strong>de</strong>: H3 – Confrontar interpretações científicas com<br />

interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo<br />

ou em diferentes culturas.<br />

Gabarito: C<br />

A condução da seiva elaborada, que leva os produtos da<br />

fotossíntese (matéria orgânica) é conduzida pelo floema<br />

também conhecido por líber. Assim, se o líber for lesado<br />

(como na situação <strong>de</strong>scrita) não haverá passagem da seiva<br />

elaborada, que ficará retida na parte <strong>de</strong> cima da região<br />

lesionada (on<strong>de</strong> ficam as folhas e os frutos), aumentado a<br />

produção <strong>de</strong> frutos. Se ocorresse uma lesão extensa do líber<br />

do tronco da árvore po<strong>de</strong>ria haver morte da raiz, mas na<br />

situação <strong>de</strong>scrita apenas os galhos são lesionados.<br />

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59. PESQUISADORES DESCOBREM NOVO<br />

ECOSSISTEMA EM LAGO ANTÁRTICO.<br />

Um lago com água sete vezes mais salgada que a do mar,<br />

soterrado por vários metros <strong>de</strong> gelo numa região <strong>de</strong>sértica do<br />

continente antártico, abriga um ecossistema composto por<br />

criaturas hoje totalmente <strong>de</strong>sconhecidas.(...) O melhor ainda<br />

está por vir, quando os pesquisadores estudarem a porção<br />

líquida e os organismos nesse habitat isolado. (...) O lí<strong>de</strong>r do<br />

grupo afirmou que "preten<strong>de</strong>m voltar ao lago em dois anos<br />

para atingir a água e caracterizar a vida lá. Ainda não o<br />

fizemos porque queríamos ter certeza <strong>de</strong> que estaríamos<br />

fazendo do jeito mais limpo e menos perturbador possível".<br />

A gran<strong>de</strong> preocupação é não contaminar o lago com<br />

organismos do mundo exterior. ("Folha <strong>de</strong> S. Paulo",<br />

17.12.2002)<br />

No texto, o emprego do termo ecossistema será a<strong>de</strong>quado<br />

apenas se<br />

a) as "criaturas <strong>de</strong>sconhecidas" forem <strong>de</strong>scritas pela ciência.<br />

b) o lago abrigar espécies animais e vegetais.<br />

c) o gelo for eliminado, permitindo que uma comunida<strong>de</strong> ali<br />

se estabeleça.<br />

d) no lago houver uma comunida<strong>de</strong> interagindo com o<br />

ambiente físico.<br />

e) não houver contaminação do lago com organismos do<br />

mundo exterior.<br />

COMENTÁRIO<br />

Habilida<strong>de</strong>: H17 – Relacionar informações apresentadas em<br />

diferentes formas <strong>de</strong> linguagem e representação usadas nas<br />

ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto<br />

discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou<br />

linguagem simbólica.<br />

Gabarito: D<br />

A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> ecossistema é exatamente essa, a interação<br />

entre a comunida<strong>de</strong> (conjunto <strong>de</strong> várias populações<br />

diferentes <strong>de</strong> seres vivos) e o meio ambiente.<br />

60. Couve é o nome vulgar e genérico <strong>de</strong> algumas varieda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> cultivares utilizados na dieta humana. A figura a seguir<br />

ilustra as características selecionadas pelo homem a partir <strong>de</strong><br />

um ancestral selvagem <strong>de</strong> couve, que ocorria naturalmente na<br />

costa atlântica da Europa e na baia o Mediterrâneo, para<br />

originar seis importantes varieda<strong>de</strong>s cultivares muito<br />

utilizados como verdura na culinária, para o preparo <strong>de</strong><br />

sopas, conservas (como o chucrute) e/ou outros<br />

acompanhamentos, como a couve à mineira.<br />

Analisando a figura dada e <strong>de</strong> acordo com seus<br />

conhecimentos, é CORRETO afirmar:<br />

a) As varieda<strong>de</strong>s das plantas citadas foram produzidas por<br />

seleção natural.<br />

b) Os brócolis e a couve-flor apresentam o mesmo genoma e<br />

cariótipos diferentes.<br />

c) As varieda<strong>de</strong>s indicadas po<strong>de</strong>m ser cruzadas produzindo<br />

<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes férteis.<br />

d) A couve propriamente dita e o repolho não produzem<br />

flores ou frutos.<br />

e) Po<strong>de</strong>mos caracterizar esse processo como exemplo <strong>de</strong><br />

convergência evolutiva.<br />

COMENTÁRIO<br />

Habilida<strong>de</strong>: H16 – Compreen<strong>de</strong>r o papel da evolução na<br />

produção <strong>de</strong> padrões, processos biológicos ou na<br />

organização taxonômica dos seres vivos.<br />

Gabarito: D<br />

Vamos analisar cada item:<br />

A) INCORRETO: Foi o homem quem escolheu as plantas<br />

com as características com maior valor econômico para se<br />

reproduzirem, assim, não houve seleção natural e sim<br />

seleção artificial.<br />

B) INCORRETO. O couve-flor (Brassica oferacea) e o<br />

brócolis (Brassica oforacae) são da mesma espécie, logo o<br />

cariótipo (número e morfologia dos cromossomos) tem que<br />

ser o mesmo.<br />

C) CORRETO. Como são da mesma espécie (tem o mesmo<br />

nome científico), ao cruzarem, geração <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes férteis.<br />

D) INCORRETO. Produzem sim (são angiospermas), apenas<br />

não é citado no <strong>de</strong>senho.<br />

E) INCORRETO. Quando um ancestral (ancestral selvagem)<br />

é comum na origem <strong>de</strong> vários seres vivos diferentes,<br />

chamamos isso <strong>de</strong> divergência evolutiva.<br />

61. O abastecimento <strong>de</strong> nossas necessida<strong>de</strong>s<br />

energéticasfuturas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá certamente do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> tecnologias para aproveitar a energia solar com maior<br />

eficiência. A energia solar é a maior fonte <strong>de</strong> energia<br />

mun<strong>dia</strong>l. Num <strong>dia</strong> ensolarado, por exemplo, aproxi -<br />

madamente 1 kJ <strong>de</strong> energia solar atinge cada metro qua -<br />

drado da superfície terrestre por segundo. No entanto, o<br />

aproveitamento <strong>de</strong>ssa energia é difícil porque ela é diluída<br />

(distribuída por uma área muito extensa) e oscila com o<br />

horário e as condições climáticas. O uso efetivo da energia<br />

solar <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> estocar a energia coletada para<br />

uso posterior.<br />

BROWN, T. Química a Ciência Central. São Paulo: Pearson<br />

Prentice Hall, 2005.<br />

Atualmente, uma das formas <strong>de</strong> se utilizar a energia solar tem<br />

sido armazená-la por meio <strong>de</strong> processos químicos<br />

endotérmicos que mais tar<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ser revertidos para<br />

liberar calor. Consi<strong>de</strong>rando a reação:<br />

CH4(g) + H2O(v) + Calor → CO(g) + 3H2(g)<br />

e analisando-a como potencial mecanismo para o apro<br />

-veitamento posterior da energia solar, conclui-se que<br />

se trata <strong>de</strong> uma estratégia:<br />

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a) insatisfatória, pois a reação apresentada não permite que a<br />

energia presente no meio externo seja absorvida pelo sistema<br />

para ser utilizada posteriormente.<br />

b) insatisfatória, uma vez que há formaçao <strong>de</strong> gases poluentes<br />

e com potencial po<strong>de</strong>r explosivo, tornando-a uma reaçao<br />

perigosa e <strong>de</strong> difícil controle.<br />

c) insatisfatória, uma vez que há formação <strong>de</strong> gás CO que não<br />

possui conteúdo energético passível <strong>de</strong> ser apro -veitado<br />

posteriormente e é consi<strong>de</strong>rado um gás poluente.<br />

d) satisfatória, uma vez que a reação direta ocorre com<br />

absorção <strong>de</strong> calor e promove a formação das substân -cias<br />

combustíveis que po<strong>de</strong>rão ser utilizadas posterior -mente para<br />

obtenção <strong>de</strong> energia e realização <strong>de</strong> trabalho útil.<br />

e) satisfatória, uma vez que a reação direta ocorre com<br />

liberação <strong>de</strong> calor havendo ainda a formação das substâncias<br />

combustíveis que po<strong>de</strong>rão ser utilizadas posteriormente para<br />

obtenção <strong>de</strong> energia e realização <strong>de</strong> trabalho útil.<br />

COMENTÁRIO<br />

62. Os pesticidas mo<strong>de</strong>rnos são divididos em várias classes,<br />

entre as quais se <strong>de</strong>stacam os organofosforados, materiais que<br />

apresentam efeito tóxico agudo para os seres humanos. Esses<br />

pesticidas contêm um átomo central <strong>de</strong> fósforo ao qual estão<br />

ligados outros átomos ou grupo <strong>de</strong> átomos como oxigênio,<br />

enxofre, grupos metoxi ou etoxi, ou um radical orgânico <strong>de</strong><br />

ca<strong>de</strong>ia longa. Os organofos -forados são divididos em três<br />

subclasses: Tipo A, na qual o enxofre não se incorpora na<br />

molécula; Tipo B, na qualo oxigênio, que faz dupla ligação<br />

com fósforo, é substituído pelo enxofre; e Tipo C, no qual<br />

dois oxigênios são substituídos por enxofre.<br />

BAIRD, C. Química Ambiental. Bookman, 2005.<br />

Um exemplo <strong>de</strong> pesticida organofosforado Tipo B, que<br />

apresenta grupo etoxi em sua fórmula estrutural, está<br />

representado em:<br />

COMENTÁRIO<br />

63. O uso <strong>de</strong> protetores solares em situações <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

exposição aos raios solares como, por exemplo, nas praias, é<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para a saú<strong>de</strong>. As moléculas ativas <strong>de</strong><br />

um protetor apresentam, usualmente, anéis aromáticos<br />

conjugados com grupos carbonila, pois esses sistemas são<br />

capazes <strong>de</strong> absorver a ra<strong>dia</strong>ção ultravioleta mais nociva aos<br />

seres humanos. A conjugação é <strong>de</strong>finida como a ocorrência<br />

<strong>de</strong> alternância entre ligações simples e duplas em uma<br />

molécula. Outra proprieda<strong>de</strong> das moléculas em questão é<br />

apresentar, em uma <strong>de</strong> suas extremida<strong>de</strong>s, uma parte apolar<br />

responsável por reduzir a solubilida<strong>de</strong> do composto em água,<br />

o que impe<strong>de</strong> sua rápida remoção quando do contato com a<br />

água. De acordo com as consi<strong>de</strong>rações do texto, qual das<br />

moléculas apresentadas a seguir é a mais a<strong>de</strong>quada para<br />

funcionar como molécula ativa <strong>de</strong> protetores solares?<br />

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COMENTÁRIO<br />

De acordo com as <strong>de</strong>scrições do texto possui anel aromático<br />

conjugado com grupo carbonila e extremida<strong>de</strong> apolar, o<br />

composto E.<br />

64.Ao abastecer um automóvel com gasolina, é possível<br />

sentir o odor do combustível a certa distância da bomba. Isso<br />

significa que, no ar, existem moléculas dos componentes da<br />

gasolina, que são percebidas pelo olfato. Mesmo havendo, no<br />

ar, moléculas <strong>de</strong> combustível e <strong>de</strong> oxigênio, não há<br />

combustão nesse caso. Três explicações diferentes foram<br />

propostas para isso:<br />

I. As moléculas dos componentes da gasolina e as do<br />

oxigênio estão em equilíbrio químico e, por isso, não reagem.<br />

II. À temperatura ambiente, as moléculas dos componentes<br />

da gasolina e as do oxigênio não têm energia suficiente para<br />

iniciar a combustão.<br />

III. As moléculas dos componentes da gasolina e as do<br />

oxigênio encontram-se tão separadas que não há colisão entre<br />

elas.<br />

Dentre as explicações, está correto apenas o que se propõe<br />

em:<br />

a) I.<br />

b) II.<br />

c) III.<br />

d) I e II.<br />

e) II e III.<br />

COMENTÁRIO<br />

Para que haja reação entre combustível e oxigênio carece-se<br />

<strong>de</strong> uma energia mínima <strong>de</strong> ativação.<br />

65. Em 2009, o mundo enfrentou uma epi<strong>de</strong>mia, causada pelo<br />

vírus A(H1N1), que ficou conhecida como gripe suína. A<br />

<strong>de</strong>scoberta do mecanismo <strong>de</strong> ação <strong>de</strong>sse vírus permitiu o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> dois medicamentos para combater a<br />

infecção, por ele causada, e que continuam necessários,<br />

apesar <strong>de</strong> já existir e estar sendo aplicada a vacina contra esse<br />

vírus. As fórmulas estruturais dos princípios ativos <strong>de</strong>sses<br />

medicamentos são:<br />

Examinando-se as fórmulas <strong>de</strong>sses compostos, verifica se que<br />

dois dos grupos funcionais que estão presentes no oseltamivir<br />

estão presentes também no zanamivir. Esses grupos são<br />

característicos <strong>de</strong>:<br />

a) amidas e éteres.<br />

b) ésteres e álcoois.<br />

c) ácidos carboxílicos e éteres.<br />

d) ésteres e ácidos carboxílicos.<br />

e) amidas e álcoois.<br />

COMENTÁRIO<br />

66. Em um experimento, alunos associaram os odores <strong>de</strong><br />

alguns ésteres a aromas característicos <strong>de</strong> alimentos, como,<br />

por exemplo:<br />

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Analisando a fórmula estrutural dos ésteres apresentados,<br />

po<strong>de</strong>-se dizer que, <strong>de</strong>ntre eles, os que têm cheiro <strong>de</strong>:<br />

a) maçã e abacaxi são isômeros.<br />

b) banana e pepino são preparados com álcoois secun -dários.<br />

c) pepino e maçã são heptanoatos.<br />

d) pepino e pera são ésteres do mesmo ácido carboxílico.<br />

e) pera e banana possuem, cada qual, um carbono<br />

assimétrico.<br />

COMENTÁRIO<br />

São isômeros os ésteres da maçã e do pepino.<br />

São obtidos a partir <strong>de</strong> álcool secundário os ésteres da banana<br />

e da pera.<br />

Não há nenhum heptanoato.<br />

São formados a partir do mesmo ácido os ésteres do pepino e<br />

da pêra.<br />

67. Do ponto <strong>de</strong> vista da “Química Ver<strong>de</strong>”, as melhores<br />

transformações são aquelas em que não são gerados<br />

subprodutos. Mas, se forem gerados, os subprodutos não<br />

<strong>de</strong>verão ser agressivos ao ambiente. Consi<strong>de</strong>re as seguintes<br />

transformações, representadas por equações químicas, em<br />

que, quando houver subprodutos, eles não estão indicados.<br />

A or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ssas transformações, da pior para a melhor,<br />

<strong>de</strong> acordo com a “Química Ver<strong>de</strong>”, é:<br />

a) I, II, III.<br />

b) I, III, II.<br />

c) II, I, III.<br />

d) II, III, I.<br />

e) III, I, II.<br />

COMENTÁRIO<br />

De acordo com o texto sobre química ver<strong>de</strong>, a reação I<br />

produz um subproduto prejudicial ao meio ambiente (HCl —<br />

ácido clorídrico). A reação III forma água além do produto<br />

principal. A reação II forma um único produto a<strong>de</strong>quando-se<br />

ao,conceito <strong>de</strong> química ver<strong>de</strong>. Portanto, a sequência das<br />

reações é da pior para a melhor: I, III, II.<br />

68. O Brasil é um dos paises que obtêm melhores resultados<br />

na reciclagem <strong>de</strong> latinhas <strong>de</strong> aluminio. O esquema a seguir<br />

representa as várias etapas <strong>de</strong>sse processo:<br />

Disponivel em: http://ambiente.hsw.uol.com.br.<br />

A temperatura do forno em que o aluminio é fundido é útil<br />

também porque<br />

a) sublima outros metais presentes na lata.<br />

b) evapora substâncias radioativas remanescentes.<br />

c) impe<strong>de</strong> que o aluminio seja eliminado em altas<br />

temperaturas.<br />

d) <strong>de</strong>smagnetiza as latas que passaram pelo processo <strong>de</strong><br />

triagem.<br />

e) queima os residuos <strong>de</strong> tinta e outras substâncias presentes<br />

na lata.<br />

COMENTÁRIO<br />

A reciclagem <strong>de</strong> latinhas <strong>de</strong> alumínio é vantajosa quanto aos<br />

aspectos socioeconômico e ambiental, pois reduz a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> materiais que se acumulam nos lixões, e<br />

diminui a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> matéria-prima que é extraída do<br />

ambiente. A reciclagem do alumínio po<strong>de</strong> ser realizada<br />

diversas vezes, portanto, uma mesma “latinha <strong>de</strong><br />

alumínio” po<strong>de</strong> ser reutilizada diversas vezes como se<br />

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fosse um alumínio novo. A reciclagem do alumínio gasta<br />

aproximadamente 5% apenas da energia que é utilizada na<br />

obtenção do mesmo alumínio a partir <strong>de</strong> minérios como a<br />

bauxita. Outra eficiência da reciclagem do alumínio é que a<br />

alta temperatura em que o processo é realizado elimina<br />

resíduos <strong>de</strong> tintas e outros produtos químicos presentes nas<br />

“latinhas <strong>de</strong> alumínio”. Resposta: E<br />

69. Fator <strong>de</strong> emissao (carbon footprint) é um termo utilizado<br />

para expressar a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gases que contribuem para o<br />

aquecimento global, emitidos por uma fonte ou por um<br />

processo industrial especifico. Po<strong>de</strong>-se pensar na quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> gases emitidos por uma indústria, por uma cida<strong>de</strong> ou<br />

mesmo por uma pessoa. Para o gas CO2, a relação po<strong>de</strong> ser<br />

escrita:<br />

Massa <strong>de</strong> CO2 emitida<br />

Fator <strong>de</strong> emissao <strong>de</strong> CO2 = ––––––––––––––––––––<br />

Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> material<br />

O termo “quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> material” po<strong>de</strong> ser, por exemplo, a<br />

massa <strong>de</strong> material produzido em uma indústria ou a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gasolina consumida por um carro em um<br />

<strong>de</strong>terminado periodo. No caso da produção do cimento, o<br />

primeiro passo é a obtenção do óxido <strong>de</strong> cálcio, a partir do<br />

aquecimento do calcário a altas temperaturas, <strong>de</strong> acordo com<br />

a reação:<br />

CaCO3 (s) → CaO (s) + CO2 (g)<br />

Uma vez processada essa reação, outros compostos<br />

inorgânicos são adicionados ao óxido <strong>de</strong> cálcio, sendo<br />

que o cimento formado tem 62% <strong>de</strong> CaO em sua com<br />

posição.<br />

Dados: Massas molares em g/mol — CO2 = 44; CaCO3 =<br />

100; CaO = 56.<br />

TREPTOW, R.S. Journal of Chemical Education. v. 87 n.o 2.<br />

Consi<strong>de</strong>rando as informações apresentadas no texto, qual é,<br />

aproximadamente, o fator <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> CO2<br />

quando 1 tonelada <strong>de</strong> cimento for produzida, levando-se em<br />

consi<strong>de</strong>racao apenas a etapa <strong>de</strong> obtencao do oxido <strong>de</strong> calcio?<br />

a) 4,9 x 10–4<br />

b) 7,9 x 10–4<br />

c) 3,8 x 10–1<br />

d) 4,9 x 10–1<br />

e) 7,9 x 10–1<br />

COMENTÁRIO<br />

Em uma tonelada <strong>de</strong> cimento, há 620 kg <strong>de</strong> CaO,<br />

correspon<strong>de</strong>ndo a 62% da massa final <strong>de</strong> cimento produzido.<br />

Logicamente, haverá a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 380 kg <strong>de</strong> outros<br />

materiais para complementar o cimento final. Para que se<br />

gere a massa <strong>de</strong> 620 kg <strong>de</strong> CaO, a massa <strong>de</strong> CO2 produzida<br />

será:<br />

mCO2= 620 kg <strong>de</strong> CaO . 44 g <strong>de</strong> CO2 = 487 kg <strong>de</strong> CO2<br />

56 g <strong>de</strong> CaO<br />

Portanto, a razão entre a massa <strong>de</strong> CO2 produzida e a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cimento produzido (1tonelada = 1 000 kg),<br />

chamada <strong>de</strong> fator <strong>de</strong> emissão, é:<br />

fator = 487 kg <strong>de</strong> CO2 = 0,487 ≅ 4,9 . 10–1<br />

1 000 kg <strong>de</strong> cimento<br />

Resposta:D<br />

70. As solubilida<strong>de</strong> em água, a 20°C, <strong>de</strong> algumas substancias<br />

e suas respectivas massas molares, são representadas na lista<br />

a seguir:<br />

Substância Massa Molar<br />

(g/mol)<br />

NaNO3 85 90<br />

NaBr 103 100<br />

(NH4)2SO4 132 66<br />

NaI 150 170<br />

C12H22O11<br />

( sacarose)<br />

342 200<br />

Consi<strong>de</strong>rando-se:<br />

- volumes iguais <strong>de</strong> soluções saturadas a 20°C <strong>de</strong>ssas<br />

substancias.<br />

- os sais totalmente dissociados.<br />

A substancia que apresentará maior número <strong>de</strong> partículas em<br />

solução é a <strong>de</strong>:<br />

a)NaNO3<br />

b)NaBr<br />

c)(NH4)2SO4<br />

d)NaI<br />

e)C12H22O11<br />

COMENTÁRIO<br />

A substancia que irá apresentar maior numero <strong>de</strong> partículas<br />

em solução é a NaI, pois pela tabela temos que a 20°C, sua<br />

solubilida<strong>de</strong> é <strong>de</strong> 170. Como o NaI se dissocia em Na+ e I- (<br />

2 particulas), temos o dobro <strong>de</strong> partículas em solução 170 x<br />

2= 340. Resposta:D<br />

71. Uma solução contendo 14g <strong>de</strong> cloreto <strong>de</strong> sódio<br />

dissolvidos em 200mL <strong>de</strong> água foi <strong>de</strong>ixada em um fraco<br />

aberto, a 30°C. Após algum tempo, começou a cristalizar o<br />

soluto. Qual o volume mínimo e aproximado, em mL, <strong>de</strong><br />

água <strong>de</strong>ve ter evaporado quando se iniciou a cristalização?<br />

Dados: solubilida<strong>de</strong>, a 30°C, do cloreto <strong>de</strong> sódio = 35g/100g<br />

<strong>de</strong> água; <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> da água a 30°C = 1,0g/mL.<br />

a)20<br />

b)40<br />

c)80<br />

d)100<br />

e)160<br />

COMENTÁRIO<br />

I) 1g <strong>de</strong> água -------1ml<br />

100g <strong>de</strong> água ------X<br />

X= 100mL <strong>de</strong> água.<br />

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Solubilida<strong>de</strong> a<br />

20°C<br />

(g/100g H2O)<br />

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II) 35g <strong>de</strong> Cloreto <strong>de</strong> sódio---------100mL <strong>de</strong> água<br />

14g <strong>de</strong> cloreto <strong>de</strong> sódio-----------X<br />

X= 40 mL<br />

Logo, serão necessário 160mL <strong>de</strong> água evaporada para o<br />

soluto começar a se cristalizar.<br />

72. Os médicos recomendam que o umbigo <strong>de</strong> recém<br />

nascidos seja limpo, usando-se álcool a 70%. Contudo, no<br />

comércio, o álcool hidratado é geralmente encontrado na<br />

concentração <strong>de</strong> 96% <strong>de</strong> volume <strong>de</strong><br />

álcool para 4% <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> água. Logo, é preciso realizar<br />

uma diluição. Qual o volume <strong>de</strong> água pura que <strong>de</strong>ve ser<br />

adicionado a um litro (1 L) <strong>de</strong> álcool hidratado 80% v/v, para<br />

obter-se uma solução final <strong>de</strong><br />

concentração 50% v/v?<br />

a) 200 mL<br />

b) 400 mL<br />

c) 600 mL<br />

d) 800 mL<br />

e) 1600 mL<br />

COMENTÁRIO<br />

Trata-se <strong>de</strong> uma questão sobre diluição <strong>de</strong> soluções, logo:<br />

T’ x V’=T” x V”<br />

80% x 1000mL = 50% x V”<br />

V”= 1600mL<br />

A questão o volume <strong>de</strong> agua que <strong>de</strong>vera ser adicionada, como<br />

o volume inicial era <strong>de</strong> 1000mL, e o volume final <strong>de</strong><br />

1600mL, logo o volume acrescentado é <strong>de</strong> 600mL. Resposta:<br />

C<br />

73. No início do século XX, a expectativa da Primeira Guerra<br />

Mun<strong>dia</strong>l gerou uma gran<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

compostos nitrogenados. Haber foi o pioneiro na produção <strong>de</strong><br />

amônia, a partir do nitrogênio do ar. Se a<br />

amônia for colocada num recipiente fechado, sua<br />

<strong>de</strong>composição ocorre <strong>de</strong> acordo com a seguinte equação<br />

química não balanceada:<br />

NH3(g) N2(g) + H2(g).<br />

As variações das concentrações com o tempo estão ilustradas<br />

na figura abaixo:<br />

A partir da análise da figura acima, po<strong>de</strong>mos afirmar que as<br />

curvas A, B e C representam a variação<br />

temporal das concentrações dos seguintes componentes da<br />

reação, respectivamente:<br />

a) H2, N2 e NH3<br />

b) NH3, H2 e N2<br />

c) NH3, N2 e H2<br />

d) N2, H2 e NH3<br />

e) H2, NH3 e N2<br />

COMENTÁRIO<br />

Balanceando a reação, temos:<br />

2NH3(g) N2(g) + 3H2(g)<br />

A curva C mostra o reagente (NH3(g)), uma vez que sua<br />

concentração diminui ao longo do tempo. A letra A<br />

representa o produto N2 que está em menor quantida<strong>de</strong> que o<br />

produto H2, representado pela letra B. Resposta: D<br />

74. O metano é um poluente atmosférico e sua combustão<br />

completa é <strong>de</strong>scrita pela equação química balanceada e po<strong>de</strong><br />

ser esquematizada pelo <strong>dia</strong>grama abaixo.<br />

CH4(g) + 2 O2(g) CO2(g) + 2 H2O(g)<br />

Sobre este processo químico, po<strong>de</strong>mos afirmar que:<br />

a) a variação <strong>de</strong> entalpia é –890 kJ/mol, e portanto é<br />

exotérmico.<br />

b) a entalpia <strong>de</strong> ativação é –1140 kJ/mol.<br />

c) a variação <strong>de</strong> entalpia é –1140 kJ/mol, e portanto é<br />

endotérmico.<br />

d) a entalpia <strong>de</strong> ativação é 890 kJ/mol.<br />

e) a entalpia <strong>de</strong> ativação é –890 kJ/mol.<br />

COMENTÁRIO<br />

A questão mostra a combustão do metano, que pelo gráfico<br />

evi<strong>de</strong>ncia um processo exotérmico. O ΔH da reação= entalpia<br />

dos produtos – entalpia dos reagentes. Logo a entalpia= 75 –<br />

965 = -890kJ/mol. Resposta: A<br />

75. A solubilida<strong>de</strong> do dióxido <strong>de</strong> carbono em refrigerantes<br />

po<strong>de</strong> ser representada pelos seguintes processos:<br />

CO2(g) CO2(aq)<br />

CO2(aq) + H2O(l) H2CO3(aq)<br />

H2CO3(aq) HCO3 – (aq) + H + (aq) Ka = 10 -7<br />

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Nos refrigerantes o CO2 é mantido a pressões maiores que a<br />

atmosférica, mas após abertos, a pressão entra em equilíbrio<br />

com a pressão atmosférica, e portanto o pH do refrigerante,<br />

<strong>de</strong> acordo com as equações acima, <strong>de</strong>verá:<br />

a) aumentar.<br />

b) diminuir.<br />

c) permanecer inalterado.<br />

d) tornar-se igual a 10 –7 .<br />

e) tornar-se igual a 10 7 .<br />

COMENTÁRIO<br />

Ao abrir o refrigerante irá ocorrer escape <strong>de</strong> CO2 gasoso,<br />

<strong>de</strong>slocando todos os equilíbrios das reações para esquerda,<br />

consequentemente consumindo ions H+, responsáveis pela<br />

aci<strong>de</strong>z do refrigerante. A sua diminuição acarretará em<br />

aumento do pH. Resposta:A<br />

76. O ultrassom <strong>de</strong> baixa intensida<strong>de</strong> é muito utilizado com o<br />

propósito <strong>de</strong> transmitir energia através <strong>de</strong> um meio e, com<br />

isso, obter informações <strong>de</strong>sse meio. Aplicações típicas são:<br />

medidas das proprieda<strong>de</strong>s elásticas <strong>de</strong> materiais, ensaios não<br />

<strong>de</strong>strutivos <strong>de</strong> materiais e <strong>dia</strong>gnoses médicas. Suponha que<br />

tenha sido realizada uma varredura com ultrassom para se<br />

<strong>de</strong>terminar o diâmetro da carótida, na altura do pescoço <strong>de</strong><br />

um paciente. Se o intervalo <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong>corrido entre a<br />

recepção dos ecos provenientes das pare<strong>de</strong>s anterior e<br />

posterior da carótida é <strong>de</strong> 15 μs (1 μs = 10 –6 s) e a velocida<strong>de</strong><br />

do ultrassom nesse meio tem módulo <strong>de</strong> 1500 m/s, o<br />

diâmetro da carótida do paciente, nessa região, era <strong>de</strong><br />

aproximadamente:<br />

a) 0,5 cm<br />

b) 1,1 cm<br />

c) 2,2 cm<br />

d) 2,5 cm<br />

e) 3,0 cm<br />

COMENTÁRIO<br />

A diferença <strong>de</strong> tempo entre os ecos correspon<strong>de</strong> ao in-tervalo<br />

<strong>de</strong> tempo gasto pelo ultrassom para percorrer uma<br />

distância equivalente ao dobro do diâmetro da carótida.<br />

Resposta: item B<br />

77. Usando a tabela abaixo, que mostra o código <strong>de</strong> cores<br />

para resistores, juntamente com os valores das tolerâncias,<br />

po<strong>de</strong>mos afirmar que o valor nominal da resistência do<br />

resistor representado abaixo é<br />

a) 105 Ω ± 10,5 Ω<br />

b) 105 Ω ± 1,05 Ω<br />

c) 601 Ω ± 60 Ω<br />

d) 600 Ω ± 6 Ω<br />

e) 600 Ω ± 60 Ω<br />

COMENTÁRIO<br />

azul ...... 6 algarismo das centenas<br />

preta ...... 0 algarismo das <strong>de</strong>zenas<br />

preta ...... 0 algarismo das unida<strong>de</strong>s<br />

R = 600 Ω<br />

prateada: tolerância 10% = 60 Ω<br />

R = (600 ± 60) Ω<br />

Resposta: item E<br />

78. Um casal, sem empregados, com renda baixa, preocupado<br />

com os gastos domésticos, resolveu economizar energia<br />

elétrica em sua residência. Como sabia que o chuveiro<br />

elétrico era um dos principais itens do consumo <strong>de</strong>ssa<br />

energia, o casal pôs-se a calcular o gasto relativo à utilização,<br />

durante o mês, do único chuveiro elétrico <strong>de</strong> sua casa.<br />

Sabendo-se que cada uma das pessoas tomava apenas um<br />

banho por <strong>dia</strong>, <strong>de</strong> 15 minutos, e que a potência <strong>de</strong>sse<br />

chuveiro era <strong>de</strong> 4,5 kW o resultado encontrado pelo casal,<br />

relativo à energia elétrica consumida por seu chuveiro ao<br />

longo <strong>de</strong> um mês (30 <strong>dia</strong>s), em kWh (quilowatt-hora) foi <strong>de</strong><br />

a) 67,5<br />

b) 135<br />

c) 200<br />

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d) 300<br />

e) 400<br />

E = Pot . Δt<br />

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COMENTÁRIO<br />

E = 4,5 kW . 0,5 h . 30 = 67,5 kWh<br />

Resposta: item A<br />

79.. Ao ler uma revista, Sandra encontrou uma tabela com o<br />

consumo mensal <strong>de</strong> duas famílias com 5 pessoas.<br />

Analisando-se a tabela, po<strong>de</strong>mos concluir que o maior gasto<br />

mensal é efetuado pela família:<br />

a) A, especialmente pelo micro-ondas.<br />

b) B, especialmente pelo chuveiro.<br />

c) A, especialmente pela gela<strong>de</strong>ira.<br />

d) B, especialmente pela gela<strong>de</strong>ira.<br />

e) A, especialmente pelo chuveiro.<br />

COMENTÁRIO<br />

Família A: 140,9 kWh<br />

Família B: 251,4 kWh<br />

O maior gasto correspon<strong>de</strong> ao chuveiro elétrico, 145,8 kWh.<br />

Resposta: item B<br />

80. A Tarifa Social <strong>de</strong> Baixa Renda é estabelecida pela<br />

Agência Nacional <strong>de</strong> Energia Elétrica (Aneel) e possibilita<br />

<strong>de</strong>scontos no valor da fatura <strong>de</strong> energia elétrica aos<br />

consumidores que cumprem, cumulativamente, os seguintes<br />

requisitos:<br />

• estar classificado como resi<strong>de</strong>ncial, subclasse resi<strong>de</strong>ncial<br />

baixa renda, atendimento monofásico;<br />

• ter consumo mensal inferior a 80 kWh/mês, ou consumo<br />

entre 80 e 220 kWh/mês (calculados com base na mé<strong>dia</strong><br />

móvel dos últimos 12 meses).<br />

Em uma casa comum, alimentada com uma tensão <strong>de</strong> 110 V,<br />

são utilizadas quatro lâmpadas <strong>de</strong> 60 W, três lâmpadas <strong>de</strong><br />

100 W e um chuveiro elétrico <strong>de</strong> 5 400 W. Diariamente, e ao<br />

longo <strong>de</strong> um ano, em mé<strong>dia</strong>, as lâmpadas <strong>de</strong> 60 W ficam<br />

ligadas por duas horas, as <strong>de</strong> 100 W ficam liga-das por quatro<br />

horas e o chuveiro fica ligado por meia hora. Consi<strong>de</strong>re os<br />

dados e avalie as afirmativas, assinalando a falsa.<br />

a) Para reduzir o consumo <strong>de</strong> energia <strong>de</strong>ssa casa em 20%, é<br />

preciso diminuir o consumo diário médio em 876 Wh.<br />

b) Apenas a substituição das lâmpadas <strong>de</strong> 100 W por<br />

fluorescentes mo<strong>de</strong>rnas <strong>de</strong> 15 W, cuja intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

iluminação é semelhante, é suficiente para reduzir o consumo<br />

diário médio <strong>de</strong> energia <strong>de</strong>ssa casa em mais <strong>de</strong> 20%.<br />

c) Utilizando-se o chuveiro somente por meia hora todos os<br />

<strong>dia</strong>s, ao longo <strong>de</strong> trinta <strong>dia</strong>s, já é suficiente para ter um<br />

consumo mensal <strong>de</strong> energia superior a 80 kWh/mês.<br />

d) A casa indicada no enunciado <strong>de</strong>sta questão não entra no<br />

programa <strong>de</strong> tarifa social, porque a mé<strong>dia</strong> do consumo<br />

mensal ultrapassa 220 kWh/mês.<br />

e) watt-hora (Wh) é a energia correspon<strong>de</strong>nte à potência <strong>de</strong> 1<br />

W consumida em uma hora.<br />

COMENTÁRIO<br />

a) Verda<strong>de</strong>ira.<br />

E = Pot . Δt<br />

E = 240 W . 2,0 h + 300 W . 4,0 h + 5 400 W . 0,5 h<br />

E = 480 Wh + 1 200 Wh + 2 700 Wh = 4 380 Wh<br />

20% E = 0,20 . 4 380 Wh = 876 Wh<br />

b) Verda<strong>de</strong>ira.<br />

ΔE = ΔP . Δt = 3 . (100 – 15) . 4,0 (Wh) = 1 020 Wh<br />

1 020 Wh > 20% E = 876 Wh<br />

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c) Verda<strong>de</strong>ira.<br />

E = 5 400 W . 0,5 h . 30 = 81 kWh<br />

d) Falsa.<br />

E = 30 . 4 380 Wh = 131,4 kWh < 220 kWh<br />

e) Verda<strong>de</strong>ira.<br />

Resposta: item D<br />

81. Examine quatro situações que po<strong>de</strong>m ser solucionadas<br />

com o uso <strong>de</strong> instrumentos ópticos:<br />

I. Uma pessoa com miopia precisa enxergar o nome <strong>de</strong> um<br />

ônibus a distância.<br />

II. Uma pessoa tem dificulda<strong>de</strong>s para ler letras pequenas<br />

enquanto lê um livro.<br />

III. Uma pessoa com hipermetropia <strong>de</strong>seja ler um livro.<br />

IV. Um pesquisador precisa observar a existência <strong>de</strong> microorganismos<br />

numa amostra <strong>de</strong> água.<br />

Indique a alternativa que apresenta instrumentos ópticos, os<br />

quais, respectivamente, permitem solucionar as situações<br />

propostas anteriormente.<br />

a) Lupa, microscópio, lente corretora convergente, telescópio<br />

b) Lente corretora convergente, lupa, lente corretora<br />

divergente, microscópio<br />

c) Lente corretora divergente, prisma, lente corretora<br />

convergente, telescópio<br />

d) Lente corretora divergente, lupa, lente corretora<br />

convergente, microscópio<br />

e) Telescópio, lente corretora divergente, lente corretora<br />

convergente, lupa<br />

COMENTÁRIO<br />

I. uma pessoa com miopia po<strong>de</strong> ter sua <strong>de</strong>ficiencia<br />

visual compensada por uma lente esferica<br />

divergente.<br />

II. Para ter-se um aumento das pequenas letras <strong>de</strong> um<br />

livro, po<strong>de</strong>mos utilizar uma lente esferica<br />

convergente, como as presentes em lupas.<br />

III. Uma pessoa com hipermetropia po<strong>de</strong> ter sua<br />

<strong>de</strong>ficiencia visual compensada por uma lente<br />

esferica convergente<br />

IV. Um microscopio e um instrumento optico que<br />

permite gran<strong>de</strong>s ampliacoes, possibilitando a<br />

observacao <strong>de</strong> celulas e microorganismos.<br />

Resposta: item D<br />

aproveitar trajetos <strong>de</strong> vias férreas e do metrô já construídas,<br />

aproveitando o espaço entre os trilhos. Alguns países como<br />

China e Coreia já utilizam tecnologias semelhantes, mas são<br />

trens para gran<strong>de</strong>s distâncias e só levitam quando atingem<br />

altas velocida<strong>de</strong>s. A tecnologia que está sendo <strong>de</strong>senvolvida<br />

para a Maglev Cobra é especificamente para o transporte<br />

urbano, po<strong>de</strong>ndo trafegar até 70 km/h com um diferencial <strong>de</strong><br />

estar sempre levitando, seja parado, seja em movimento.<br />

Essa levitação magnética citada no texto po<strong>de</strong> ser conseguida<br />

utilizando-se o conhecimento <strong>de</strong> que:<br />

a) os polos magnéticos <strong>de</strong> mesmo nome se repelem e os <strong>de</strong><br />

nomes diferentes se atraem.<br />

b) os polos positivos se repelem e os negativos se atraem.<br />

c) ao cortar um ímã ao meio, ele formará dois outros ímãs<br />

com apenas um polo magnético cada um.<br />

d) o polo norte repele o polo sul.<br />

e) os polos magnéticos só aparecem em ímãs.<br />

COMENTÁRIO<br />

Um ima tem sempre dois polos magneticos, um polo<br />

<strong>de</strong>nominado norte e o outro <strong>de</strong>nominado sul. Estes polos sao<br />

indissociaveis, ou seja, nao ha como separa-los em um unico<br />

polo magnetico. Ao cortamos um ima pela meta<strong>de</strong>, cada um<br />

dos novos imas tera dois polos (um norte e um sul). Polo <strong>de</strong><br />

mesmo nome se repelem, enquanto que polos <strong>de</strong> nomes<br />

diferentes se atraem.<br />

Resposta: item A<br />

83. Conta-se que em 1752, Benjamin Franklin (1706 – 1790)<br />

realizou a perigosa experiência <strong>de</strong> empinar uma pipa (ou<br />

papagaio) feita <strong>de</strong> seda, em tempesta<strong>de</strong>. Observou pequenas<br />

faiscas entre uma chave amarrada no barbante da pipa e seu<br />

punho. Essa e outras experiências levaram às seguintes<br />

conclusões:<br />

I. O raio tem a mesma natureza da <strong>de</strong>scarga elétrica que<br />

ocorre, por exemplo, quando levamos choque ao tocarmos<br />

num objeto metálico.<br />

II. Benjamin Franklin não morreu no experimento, como<br />

ocorreu com um outro físico, Georg Wilhelm Richmann, que<br />

tentou reproduzir o experimento <strong>de</strong> Franklin, porque,<br />

provavelmente, estava calçando um sapato isolante, da<br />

mesma forma que os pneus <strong>de</strong> borracha isolam o automóvel,<br />

impedindo que os ocupantes sofram o impacto dos raios.<br />

III. Vários mecanismos atuam no interior das nuvens,<br />

provocando a formação <strong>de</strong> agrupamentos <strong>de</strong> cargas positivas<br />

e negativas. A carga da nuvem induz carga <strong>de</strong> sinal oposto na<br />

superfície da Terra e, num dado instante, ocorre a <strong>de</strong>scarga.<br />

Qual das alternativas abaixo é a correta?<br />

82. O Instituto Nacional <strong>de</strong> Tecnologia, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, a) I e II estão corretas.<br />

iniciou o processo <strong>de</strong> fabricação do primeiro protótipo do b) Apenas I está correta.<br />

trem urbano <strong>de</strong> levitação magnética, o Maglev Cobra, um c) Apenas III está correta.<br />

projeto concebido pelo Coppe/UFRJ... Depois dos testes, o d) Todas estão corretas.<br />

governo do estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro planeja construir uma e) I e III estão corretas.<br />

via expressa ligando os aeroportos Antonio Carlos Jobim e<br />

Santos Dumont utilizando o trem magnético... Além da<br />

vantagem <strong>de</strong> não poluir o ambiente, o veículo po<strong>de</strong>rá<br />

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COMENTÁRIO<br />

I. Um raio nada mais e do que um gran<strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong><br />

cargas eletricas que ocorre por conta <strong>de</strong> uma<br />

diferenca <strong>de</strong> potencial. Ao tocarmos um objeto e<br />

levarmos um choque, este tambem ocorre gracas a<br />

um fluco <strong>de</strong> cargas eletricas. Logo, este item e<br />

verda<strong>de</strong>iro<br />

II. Caso o cientista nao estivesse isolado da Terra<br />

(provavelmente por meio <strong>de</strong> um calcado isolante),<br />

ele propio seria utilizado como rota para o fluxo <strong>de</strong><br />

cargas, ou seja, levaria um gran<strong>de</strong> choque e<br />

provavelmente teria falhecido.<br />

III. Como ja comentado no item I, para que o raio<br />

ocorra tem que haver uma diferenca <strong>de</strong> potencial<br />

entre a nuvem e a Terra. Uma das maneiras <strong>de</strong> isso<br />

ocorrer e a nuvem ficar com uma carga <strong>de</strong> sinal<br />

oposto a Terra.<br />

Resposta: item D<br />

84. “Na divulgação <strong>de</strong> um novo mo<strong>de</strong>lo, uma fábrica <strong>de</strong><br />

automóveis <strong>de</strong>staca duas inovações em relação à prevenção<br />

<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> colisões traseiras: protetores<br />

móveis <strong>de</strong> cabeça e luzes intermitentes <strong>de</strong> freio. Em caso <strong>de</strong><br />

colisão traseira, "os protetores <strong>de</strong> cabeça, controlados por<br />

sensores, são movidos para a frente para proporcionar<br />

proteção para a cabeça do motorista e do passageiro <strong>dia</strong>nteiro<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> milisegundos. Os protetores [...] previnem que a<br />

coluna vertebral se dobre, em caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte, reduzindo o<br />

risco <strong>de</strong> ferimentos <strong>de</strong>vido ao efeito chicote [a cabeça é<br />

forçada para trás e, em seguida, volta rápido para a frente]".<br />

As "luzes intermitentes <strong>de</strong> freio [...] alertam os motoristas<br />

que estão atrás com maior eficiência em relação às luzes <strong>de</strong><br />

freio convencionais quando existe o risco <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte. Testes<br />

[...] mostram que o tempo <strong>de</strong> reação <strong>de</strong> frenagem dos<br />

motoristas po<strong>de</strong> ser encurtado em mé<strong>dia</strong> <strong>de</strong> até 0,20 segundo<br />

se uma luz <strong>de</strong> aviso piscante for utilizada durante uma<br />

frenagem <strong>de</strong> emergência. Como resultado, a distância <strong>de</strong><br />

frenagem po<strong>de</strong> ser reduzida em 5,5 metros<br />

[aproximadamente, quando o carro estiver] a uma velocida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> 100 km/h”.<br />

(www.daimlerchrysler.com.br/noticias/Agosto/Nova_ClasseE_2006<br />

/popexpan<strong>de</strong>.htm)<br />

Qual lei da física explica a razão <strong>de</strong> a cabeça do motorista<br />

ser forçada para trás quando o seu carro sofre uma colisão<br />

traseira, dando origem ao "efeito chicote"?:<br />

a) Lei da atração gravitacional<br />

b) Lei da conservação do momento angular.<br />

c) 1 a Lei <strong>de</strong> Newton – Lei da Inércia<br />

d) 2 a Lei <strong>de</strong> Newton - Princípio fundamental da Dinâmica.<br />

e) 3 a Lei <strong>de</strong> Newton – Lei da Ação <strong>de</strong> Reação.<br />

COMENTÁRIO<br />

Assunto: Dinâmica<br />

Ao receber uma colisão na traseira, o carro é bruscamente<br />

acelerado para frente. Nesse momento, a tendência do<br />

motorista é permanecer com o mesmo movimento anterior à<br />

batida, pois a força atua apenas sobre o carro. Porém, o carro<br />

transmite a força ao motorista, empurrando as suas costas<br />

com o banco. Entretanto, sem o dispositivo <strong>de</strong> segurança, não<br />

há nada que empurre a cabeça do motorista junto com suas<br />

costas, ou seja, ela permanece apenas com o movimento<br />

anterior à batida – INÉRCIA -, sendo forçada para trás(na<br />

verda<strong>de</strong> é o corpo que vai mais pra frente) e po<strong>de</strong>ndo causar<br />

trumatismos. Jé com o dispositivo, tanto as costas do<br />

motorista quanto sua cabeça são aceleradas juntas, evitando o<br />

“efeito chicote” e suas conseqüências físicas.<br />

GABARITO: C<br />

85. As bicicletas possuem uma corrente que liga uma coroa<br />

<strong>de</strong>ntada <strong>dia</strong>nteira, movimentada pelos pedais, a uma coroa<br />

localizada no eixo da roda traseira, como mostra a figura. O<br />

número <strong>de</strong> voltas dadas pela roda traseira a cada pedalada<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do tamanho relativo <strong>de</strong>stas coroas.<br />

Em que opção abaixo a roda traseira dá o maior número <strong>de</strong><br />

voltas por pedalada?<br />

a) d)<br />

b) e)<br />

c)<br />

.<br />

COMENTÁRIO<br />

Assunto: Movimento Circular<br />

Um assunto muito abordado no ENEM. Estamos buscando<br />

uma situação em que com uma volta do pedal, a roda traseira<br />

dê o maior número <strong>de</strong> voltas. O aluno <strong>de</strong>ve enten<strong>de</strong>r que<br />

existem várias maneiras <strong>de</strong> se resolver uma questão e como<br />

eu sempre digo: você <strong>de</strong>ve apren<strong>de</strong>r o ano inteiro, mas no <strong>dia</strong><br />

da prova você tem é que marcar o item certo. Então vamos<br />

primeiro resolver a questão como vocês sabem.<br />

Como a coroa e a catraca estão conectadas por uma corrente<br />

<strong>de</strong>ntada(não <strong>de</strong>sliza), elas possuem a mesma velocida<strong>de</strong><br />

tangencial. VA = VB , MAS COMO V = W . R<br />

WA . RA = WB. RB<br />

WB/WA = RA/RB<br />

Isso mostra que a razão entre as velocida<strong>de</strong>s angulares <strong>de</strong> B e<br />

A, consequentemente entre suas freqüências, são<br />

inversamente proporcionais ao seus raios. Em outras palavras<br />

quanto maior for(tamanho do raio) B em relação a A mais<br />

voltas(freqüência) A vai dar em relação a B. Assim,<br />

procuramos uma bicicleta que tem uma coroa gran<strong>de</strong> e uma<br />

catraca pequena, pois assim com uma volta da coroa( uma<br />

pedalada) a catraca e a roda traseira juntas, pois estão<br />

ligadas pelo mesmo eixo, vão dar mais voltas para que<br />

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a corrente não <strong>de</strong>slize.<br />

GABARITO: A<br />

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86. “Atualmente, o principal projeto da Nasa é a preparação<br />

da viagem tripulada a Marte, prevista para a segunda década<br />

do século 21. Mais do que provlemas técnicos, uma missão<br />

<strong>de</strong>sse porte ainda é inviável pelo fator humano. No espaço, os<br />

astronautas sofem <strong>de</strong> situúrbios do sono, alterações dos<br />

batimentos cardíacos, atrofias <strong>de</strong> músculos <strong>de</strong> ossos e<br />

<strong>de</strong>pressão do sistema imunológico. Os cientistas precisam<br />

superar esses males antes <strong>de</strong> enviar uma tripulação para uma<br />

viagem <strong>de</strong> dois anos até Marte. A ida <strong>de</strong> Glenn ao espaço, oas<br />

77 anos, faz parte <strong>de</strong>sse projeto, já que os distúrbios sofreidos<br />

pelos astronautas são os semelhantes aos da velhice.”<br />

(Zero hora 23/10/1998.)<br />

Sabe-se que a distância mé<strong>dia</strong> <strong>de</strong> Marte ao Sol é maior que a<br />

da Terra ao Sol. Portanto, Marte leva_________tempo que a<br />

Terra para dar uma volta completa em torno do Sol e sua<br />

velocida<strong>de</strong> orbital é __________ que a da terra.<br />

a) menos; menor<br />

b) menos; maior<br />

c) o mesmo; maior<br />

d) mais; maior<br />

e) mais; menor<br />

COMENTÁRIO<br />

Assunto: Gravitação Universal<br />

Aqui a questão exige aborda o conhecimento da terceira lei<br />

<strong>de</strong> Kepler – Lei dos períodos. T 2 /R 3 é constante para os Gele<br />

fala <strong>de</strong> dois planetas que giram em torno do mesmo corpo: a<br />

Terra e Marte girando em torno do Sol, po<strong>de</strong>mos comparar a<br />

Terra com Marte. Foi dito na questão que a distância mé<strong>dia</strong><br />

<strong>de</strong> Marte ao Sol, ou seja, seu raio médio R é maior que o da<br />

Terra. Po<strong>de</strong>mos concluir por esse dado junto com a terceira<br />

lei <strong>de</strong> Kepler que se o Raio é maior, o período também será e<br />

o período não é nada mais que o tempo que ele leva pra dar<br />

uma volta no Sol. Portanto Marte leva mais tempo.<br />

Agora a velocida<strong>de</strong>. Existe um pensamento básico porém<br />

incerto que você acertaria a questão. É simples, se o tempo<br />

que ele <strong>de</strong>mora pra dar uma volta é maior é porque ele é mais<br />

lento, conseqüentemente sua velocida<strong>de</strong> é menor. Eu<br />

particularmente prefiro que você pense aqui comigo.<br />

Se a única força que resulta para o centro da trajetória é a<br />

força <strong>de</strong> atração gravitacional, po<strong>de</strong>mos igualá-la à força<br />

centrípeta.<br />

Fg = Fcp<br />

G.M.m/R 2 = m. V 2 /R<br />

V = E como o Raio <strong>de</strong> Marte é maior a sua<br />

velocida<strong>de</strong> é menor. Assim nós temos a certeza e não um<br />

chute qualquer.<br />

RESPOSTA: E<br />

87. Normalmente, os materiais dilatam-se com o aumento da<br />

temperatura, inclusive os líquidos. A água, contudo,<br />

apresenta um comportamento anômalo, sofre contração <strong>de</strong><br />

seu volume quando sua temperatura aumenta no intervalo <strong>de</strong><br />

0°C a 4°C, voltando a expandir-se para temperaturas maiores<br />

<strong>de</strong> 4°C. Assim, o volume mínimo <strong>de</strong> uma certa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

água ocorre à temperatura <strong>de</strong> 4°C. A massa específica da<br />

água a 4°C é › = 1 g/cm¤, a 0°C é › = 0,99985 g/cm¤ e a<br />

10°C é › = 0,9997 g/cm¤. Devido a esta proprieda<strong>de</strong>, nas<br />

regiões <strong>de</strong> clima frio, apenas as superfícies <strong>de</strong> lagos se<br />

congelam no inverno, formando uma capa protetora e<br />

isolante que conserva a água, sob ela, no estado líquido, a<br />

4°C, a gran<strong>de</strong>s profundida<strong>de</strong>s. Isto permite a sobrevivência<br />

da flora e da fauna <strong>de</strong>stas regiões. Assinale a alternativa que<br />

explica corretamente o fato <strong>de</strong> somente a superfície dos lagos<br />

se congelar a temperaturas ambientes inferiores a 0°C.<br />

a) Quando a temperatura ambiente fica menor que 0°C, uma<br />

camada da superfície do lago congela-se, fazendo o volume<br />

(nível) do lago aumentar. Como a pressão atmosférica é<br />

constante, da equação <strong>de</strong> Clapeyron <strong>de</strong>corre que a<br />

temperatura <strong>de</strong>baixo da camada <strong>de</strong> gelo <strong>de</strong>ve ser maior que<br />

0°C. A gran<strong>de</strong>s profundida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>vido ao isolamento da<br />

camada superficial <strong>de</strong> gelo, a água ten<strong>de</strong> à temperatura <strong>de</strong><br />

equilíbrio, ou seja, 4°C.<br />

b) Quando a temperatura ambiente diminui até 0°C, toda a<br />

água do lago também atinge a temperatura <strong>de</strong> 0°C,<br />

uniformemente. Começa-se a formar uma camada <strong>de</strong> gelo na<br />

superfície, que <strong>de</strong>vido ao calor latente <strong>de</strong> solidificação da<br />

água, aquece a água <strong>de</strong>baixo da camada <strong>de</strong> gelo. Este<br />

processo entra em equilíbrio térmico quando o calor latente,<br />

fornecido pela camada <strong>de</strong> gelo que se formou, aquece a água<br />

<strong>de</strong>baixo <strong>de</strong>sta à temperatura <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> 4°C.<br />

c) Quando a temperatura ambiente fica menor que 0°C, uma<br />

camada da superfície do lago congela-se, fazendo o volume<br />

(nível) do lago aumentar. Como a pressão a gran<strong>de</strong>s<br />

profundida<strong>de</strong>s aumenta, <strong>de</strong>vido à camada <strong>de</strong> gelo que se<br />

formou, da equação <strong>de</strong> Clapeyron <strong>de</strong>corre que a temperatura<br />

também aumenta. O equilíbrio é atingido quando a<br />

temperatura a gran<strong>de</strong>s profundida<strong>de</strong>s atinge 4°C, fazendo<br />

com que o volume do lago diminua novamente. Temos um<br />

equilíbrio dinâmico.<br />

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O Cursinho da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFC Enem – <strong>1º</strong> Dia<br />

d) Quando a temperatura ambiente fica menor que 0°C, uma<br />

camada da superfície do lago congela-se, fazendo o volume<br />

(nível) do lago diminuir. Como a pressão a gran<strong>de</strong>s<br />

profundida<strong>de</strong>s diminui, <strong>de</strong>vido à camada <strong>de</strong> gelo que se<br />

formou, vemos da equação <strong>de</strong> Clapeyron que a temperatura<br />

também aumenta. O equilíbrio é atingido quando a<br />

temperatura a gran<strong>de</strong>s profundida<strong>de</strong>s atinge 4°C, fazendo<br />

com que o volume do lago diminua novamente. Temos um<br />

equilíbrio dinâmico.<br />

e) Quando a temperatura ambiente cai abaixo <strong>de</strong> 4°C, a água<br />

a 4°C é mais <strong>de</strong>nsa e se acumula no fundo do lago. Quando a<br />

temperatura ambiente fica menor que 0°C, a água da<br />

superfície congela-se e flutua, isolando a água ainda no<br />

estado líquido, com temperatura acima da temperatura da<br />

superfície do lago.<br />

COMENTÁRIO<br />

: Hidrostática<br />

Esse fenômeno simples é interessantíssimo e muito<br />

importante para o vestibular. Primeiro por se tratar da água<br />

<strong>de</strong>pois por se tratar <strong>de</strong> uma matéria <strong>de</strong> extrema importância.<br />

Quando a temperatura ambiente cai abaixo <strong>de</strong> 4ºC, a<br />

água a 4ºC é mais <strong>de</strong>nse e se acumula no fundo do lago.<br />

Quando a temperatura ambiente fica menor que 0ºC, a<br />

água da superfície congela-se e flutua, isolando a água<br />

ainda no estado líquido.<br />

Como a água apresenta um comportamento anômalo, entre<br />

0ºC e 4ºC seu coeficiente <strong>de</strong> dilatação é negativo. Portanto,<br />

seu volume diminui com o aumento da temperatura nesse<br />

intervalo. Com isso, à temperatura <strong>de</strong> 4ºC, a água apresenta<br />

sua <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> máxima. No caso do lago apresentado pela<br />

questão, isso faz com que a parcela <strong>de</strong> água que se acumula<br />

no seu fundo seja justamente essa que tem <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />

máxima, a 4ºC. Enquanto isso, a água na superfície esfria<br />

mais, tornando-se menos <strong>de</strong>nsa ainda, até o ponto em que<br />

atinge 0ºC e começa a se solidificar. Forma-se, assim, a<br />

camada superficial <strong>de</strong> gelo.<br />

RESPOSTA: E<br />

88. Um grupo <strong>de</strong> amigos compra barras <strong>de</strong> gelo para um<br />

churrasco, num <strong>dia</strong> <strong>de</strong> calor. Como as barras chegam com<br />

algumas horas <strong>de</strong> antecedência, alguém sugere que sejam<br />

envolvidas num grosso cobertor para evitar que <strong>de</strong>rretam<br />

<strong>de</strong>mais. Essa sugestão:<br />

a) é absurda, porque o cobertor vai aquecer o gelo,<br />

<strong>de</strong>rretendo-o ainda mais <strong>de</strong>pressa.<br />

b) é absurda, porque o cobertor facilita a troca <strong>de</strong> calor entre<br />

o ambiente e o gelo, fazendo com que ele <strong>de</strong>rreta ainda mais<br />

<strong>de</strong>pressa.<br />

c) é nócua, pois o cobertor não fornece nem absorve calor ao<br />

gelo, não alterando a rapi<strong>de</strong>z com que o gelo <strong>de</strong>rrete.<br />

d) faz sentido, porque o cobertor facilita a troca <strong>de</strong> calor entre<br />

o ambiente e o gelo, retardando o seu <strong>de</strong>rretimento.<br />

e) faz sentido, porque o cobertor dificulta a troca <strong>de</strong> calor<br />

entre o ambiente e o gelo retardando o seu <strong>de</strong>rretimento.<br />

COMENTÁRIO<br />

Assunto: Calorimetria<br />

O cobertor, por ser feito <strong>de</strong> lã, um material isolante, atua<br />

como uma barreira à troca <strong>de</strong> energia entre o gelo e o<br />

ambiente, conservando assim as barras <strong>de</strong> gelo por mais<br />

tempo.<br />

Obs: Da mesma maneira você po<strong>de</strong>ria utilizar um casaco se<br />

fosse passar por um local on<strong>de</strong> a temperatura fosse <strong>de</strong> 200ºC.<br />

Isso po<strong>de</strong>ria salvar a sua vida!<br />

RESPOSTA: E<br />

89. Você já <strong>de</strong>ve ter notado que, aos bater palmas durante<br />

algum tempo, suas mãos tornam-se mais quentes. Esse fato é<br />

explicado porque:<br />

a) aumenta a circulação sanguínea, com aumento da<br />

produção <strong>de</strong> calor.<br />

b) o movimento das mãos po<strong>de</strong> variar a temperatura do<br />

ambiente, <strong>de</strong>vido ao atrito com o ar.<br />

c) o trabalho mecânico executado pelas mãos se transforma<br />

em energia térmica, que faz variar a temperatura das mãos.<br />

d) durante o movimento, as mãos absorvem energia térmica<br />

do ambiente, o que faz variar sua temperatura.<br />

e) <strong>de</strong>vido ao efeito Joule que diz que toda energia dissipada é<br />

energia térmica.<br />

COMENTÁRIO<br />

Assunto: trabalho e energia<br />

Bater palmas não causa um gran<strong>de</strong> impacto nos batimentos<br />

cardíacos, portanto não <strong>de</strong>ve ter nenhum efeito consi<strong>de</strong>rável<br />

sobre a circulação sanguínea. O atrito com o ar também não é<br />

tão elevado a ponto <strong>de</strong> modificar a temperatura do ambiente.<br />

A energia térmica responsável pelo aumento <strong>de</strong> temperatura<br />

das mãos é, na realida<strong>de</strong>, proveniente do trabalho mecânico<br />

executado pelas mãos, transformando essa energia mecânica<br />

em energia térmica. Vale lembrar que parte da energia<br />

mecânica também é transformada em energia sonora já que<br />

você escuta o som das palmas, mas a maior parte é realmente<br />

transformado em energia térmica.<br />

RESPOSTA: C<br />

90. O vôo <strong>de</strong> um avião <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do acoplamento <strong>de</strong> vários<br />

fatores, <strong>de</strong>ntre os quais se <strong>de</strong>staca o formato <strong>de</strong> suas asas,<br />

responsáveis por sua sustentação no ar. O projeto das asas é<br />

concebido <strong>de</strong> tal maneira que, em um mesmo intervalo <strong>de</strong><br />

tempo, uma corrente <strong>de</strong> ar passando acima da asa tem que<br />

percorrer um caminho maior que uma corrente <strong>de</strong> ar que<br />

passa abaixo <strong>de</strong>la. Des<strong>de</strong> que a velocida<strong>de</strong> do avião seja<br />

a<strong>de</strong>quada, isso permite que ele se mantenha no ar. Assinale a<br />

alternativa que i<strong>de</strong>ntifica corretamente a razão para que isso<br />

aconteça:<br />

Rua Alexandre Baraúna S/N, Campus do Porangabuçu – Tel.: 3082-5202/8633-7473– www.curso12<strong>de</strong>maio.ufc.br<br />

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<strong>Curso</strong> Pré-Vestibular <strong>XII</strong> <strong>de</strong> <strong>Maio</strong> Simulado 2011.3<br />

O Cursinho da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFC Enem – <strong>1º</strong> Dia<br />

a) A velocida<strong>de</strong> do ar acima da asa é maior do que abaixo da<br />

asa, ocasionando uma pressão maior acima da asa.<br />

b) A velocida<strong>de</strong> do ar acima da asa é menor do que abaixo da<br />

asa, ocasionando uma pressão menor acima da asa.<br />

c) A velocida<strong>de</strong> do ar acima da asa é maior do que abaixo da<br />

asa, ocasionando uma pressão maior abaixo da asa.<br />

d) A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do ar acima da asa é menor do que abaixo da<br />

asa, ocasionando uma pressão menor abaixo da asa.<br />

e) A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do ar acima da asa é maior do que abaixo da<br />

asa, ocasionando uma pressão maior abaixo da asa.<br />

COMENTÁRIO<br />

Assunto: Hidrodinâmica<br />

Ao se <strong>de</strong>parar com uma questão como essa a primeira coisa<br />

que o aluno tem que fazer é eliminar itens errados. Poxa, se o<br />

avião vai voar e tem todo o seu peso para baixo, alguma força<br />

tem que ser exercida para cima. Então como Pressão é a<br />

relação entre força e área, a Pressão será obrigatoriamente<br />

para cima. Isso elimina os itens A e D. Po<strong>de</strong>mos também<br />

eliminar o item E pois a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do ar so iria mudar com a<br />

temperatura o que não ocorre na questão. Vamos saber agora<br />

on<strong>de</strong> a velocida<strong>de</strong> é maior e on<strong>de</strong> ela é menor. Isso é uma<br />

questão <strong>de</strong> Cinemática. O ar se divi<strong>de</strong> no começo da asa e se<br />

encontra no final. Na parte superior ele percorre um espaço<br />

maior no mesmo tempo então sua velocida<strong>de</strong> é maior.<br />

RESPOSTA: C<br />

Rua Alexandre Baraúna S/N, Campus do Porangabuçu – Tel.: 3082-5202/8633-7473– www.curso12<strong>de</strong>maio.ufc.br<br />

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