Um pastor segundo o coração de Deus - Teologia Contemporânea
Um pastor segundo o coração de Deus - Teologia Contemporânea
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nós. Precisam <strong>de</strong> estar livres <strong>de</strong> nossa orientação, que sempre<br />
ten<strong>de</strong> a ser manipulação.<br />
Observar o sabá: Separarmo-nos das pessoas que se<br />
apegam a nós, das rotinas às quais nos agarramos para ter<br />
uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, e entregar tudo isso a <strong>Deus</strong>, com louvor.<br />
Nenhum <strong>de</strong> nós tem dúvida teológica sobre esse assunto.<br />
Somos convincentemente articulados no púlpito e nossa<br />
teologia em relação é ortodoxa e bíblica. Não é a teologia que é<br />
<strong>de</strong>ficiente, mas a tecnologia: a observância do sabá não é<br />
questão <strong>de</strong> fé, mas <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> uma ferramenta (o tempo),<br />
não um exercício do <strong>coração</strong> e da mente, mas do corpo.<br />
Obe<strong>de</strong>cer o sabá não é ter pensamentos <strong>de</strong>votos ou louvor no<br />
<strong>coração</strong>, mas simplesmente tirar nosso corpo <strong>de</strong> circulação um<br />
dia por semana.<br />
A maioria <strong>de</strong> nós é agostiniana 35 nos púlpitos. Pregamos<br />
a soberania <strong>de</strong> nosso Senhor, a primazia da graça, a glória <strong>de</strong><br />
<strong>Deus</strong>: "Porque pela graça sois salvos... não <strong>de</strong> obras, para que<br />
ninguém se glorie" (Ef 2:8,9). Mas, no minuto em que<br />
<strong>de</strong>ixamos o púlpito, passamos a ser seguidores <strong>de</strong> Pelágio. 36<br />
Em reuniões, sessões <strong>de</strong> planejamento, tentativas obsessivas<br />
<strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r às expectativas das pessoas, ansieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> agradar<br />
e pressa <strong>de</strong> cobrir todas as bases, praticamos uma teologia<br />
que coloca nossa boa vonta<strong>de</strong> como fundamento da vida e<br />
estimula o esforço moral como sendo o elemento básico para<br />
se agradar a <strong>Deus</strong>.<br />
O dogma produz o comportamento característico do<br />
<strong>pastor</strong>: se as coisas não estão indo bem o suficiente, haverá<br />
melhora se eu trabalhar um pouquinho mais e levar os outros<br />
a fazê-lo também. Inclua um comitê aqui, recrute mais alguns<br />
voluntários ali, introduza mais algumas horas <strong>de</strong> trabalho no<br />
dia.<br />
Pelágio era um herege único e Agostinho um santo sem<br />
igual. Pelo que se sabe, Pelágio era polido, cortês, convincente<br />
e parece que todos gostavam imensamente <strong>de</strong>le. Agostinho<br />
<strong>de</strong>sperdiçou sua juventu<strong>de</strong> com imoralida<strong>de</strong>, tinha algum tipo<br />
<strong>de</strong> problema freudiano com sua mãe e fez uma porção <strong>de</strong><br />
inimigos. Mas todos os mestres teólogos e <strong>pastor</strong>ais<br />
concordam com que Agostinho partiu da graça <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> e por<br />
isso agiu certo e Pelágio do esforço humano, portanto, errado.