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CPVO cursinho que mais aprova na GV

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CPV fgv08dezdisadm<br />

F<strong>GV</strong><br />

F<strong>GV</strong><br />

CPV O <strong>cursinho</strong> <strong>que</strong> <strong>mais</strong> <strong>aprova</strong> <strong>na</strong> <strong>GV</strong><br />

F<strong>GV</strong> – – Administração Administração – – Prova Prova Objetiva Objetiva – – 07/dezembro/2008<br />

07/dezembro/2008<br />

LÍNGUA PORTUGUESA, LITERATURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS<br />

Texto 1<br />

1 Voltou dali a duas sema<strong>na</strong>s, aceitou casa e comida sem outro estipêndio, salvo o <strong>que</strong><br />

2 quisessem dar por festas. Quando meu pai foi eleito deputado e veio para o Rio de<br />

3 Janeiro com a família, ele veio também, e teve o seu quarto ao fundo da chácara.<br />

4 Um dia, rei<strong>na</strong>ndo outra vez febres em Itaguaí, disse-lhe meu pai <strong>que</strong> fosse ver<br />

5 a nossa escravatura. José Dias deixou-se estar calado, suspirou e acabou confessando<br />

6 <strong>que</strong> não era médico. Tomara este título para ajudar a propaganda da nova escola, e<br />

7 não o fez sem estudar muito e muito; mas a consciência não lhe permitia aceitar <strong>mais</strong><br />

8 doentes.<br />

9 — Mas, você curou das outras vezes.<br />

10 — Creio <strong>que</strong> sim; o <strong>mais</strong> acertado, porém, é dizer <strong>que</strong> foram os remédios indicados nos<br />

11 livros. Eles, sim, eles, abaixo de Deus. Eu era um charlatão... Não negue; os motivos do<br />

12 meu procedimento podiam ser e eram dignos; a homeopatia é a verdade, e, para servir à<br />

13 verdade, menti; mas é tempo de restabelecer tudo.<br />

14 Não foi despedido, como pedia então; meu pai já não podia dispensá-lo. Tinha o dom<br />

15 de se fazer aceito e necessário; dava-se por falta dele, como de pessoa da família.<br />

16 Quando meu pai morreu, a dor <strong>que</strong> o pungiu foi enorme, disseram-me; não me<br />

17 lembra. Minha mãe ficou-lhe muito grata, e não consentiu <strong>que</strong> ele deixasse o<br />

18 quarto da chácara; ao sétimo dia, depois da missa, ele foi despedir-se dela.<br />

19 — Fi<strong>que</strong>, José Dias.<br />

20 — Obedeço, minha senhora.<br />

21 Teve um pe<strong>que</strong>no legado no testamento, uma apólice e quatro palavras de louvor.<br />

22 Copiou as palavras, encaixilhou-as e pendurou-as no quarto, por cima da cama.<br />

23 “Esta é a melhor apólice”, dizia ele muita vez. Com o tempo, adquiriu certa autoridade<br />

24 <strong>na</strong> família, certa audiência, ao menos; não abusava, e sabia opi<strong>na</strong>r obedecendo. Ao cabo,<br />

25 era amigo, não direi ótimo, mas nem tudo é ótimo neste mundo. E não lhe suponhas alma<br />

26 subalter<strong>na</strong>; as cortesias <strong>que</strong> fizesse vinham antes do cálculo <strong>que</strong> da índole. A roupa<br />

27 durava-lhe muito; ao contrário das pessoas <strong>que</strong> enxovalham depressa o vestido novo,<br />

28 ele trazia o velho escovado e liso, cerzido, abotoado, de uma elegância pobre e modesta.<br />

29 Era lido, posto <strong>que</strong> de atropelo, o bastante para divertir ao serão e à sobremesa, ou<br />

30 explicar algum fenômeno, falar dos efeitos do calor e do frio, dos pólos e de<br />

31 Robespierre. Contava muita vez uma viagem <strong>que</strong> fizera à Europa, e confessava<br />

32 <strong>que</strong> a não sermos nós, já teria voltado para lá; tinha amigos em Lisboa, mas a nossa<br />

33 família, dizia ele, abaixo de Deus, era tudo.<br />

34 — Abaixo ou acima? perguntou-lhe tio Cosme um dia.<br />

35 — Abaixo, repetiu José Dias cheio de veneração.<br />

36 E minha mãe, <strong>que</strong> era religiosa, gostou de ver <strong>que</strong> ele punha Deus no devido lugar,<br />

37 e sorriu <strong>aprova</strong>ndo. José Dias agradeceu de cabeça. Minha mãe dava-lhe de quando<br />

38 em quando alguns cobres. Tio Cosme, <strong>que</strong> era advogado, confiava-lhe a cópia de<br />

39 papéis de autos.<br />

Machado de Assis. Dom Casmurro. em http://www.bibvirt.futuro.usp.br.<br />

1


2<br />

fgv – 07/12/2008 CPV o <strong>cursinho</strong> <strong>que</strong> <strong>mais</strong> <strong>aprova</strong> <strong>na</strong> <strong>GV</strong><br />

16. Na linha 5 do excerto, escravatura é exemplo de recurso de<br />

estilo em <strong>que</strong>:<br />

a) se muda a construção sintática no meio do enunciado.<br />

b) se toma o substantivo abstrato pelo concreto.<br />

c) a palavra expressa oposição.<br />

d) a concordância é feita com a idéia <strong>que</strong> a palavra expressa<br />

e não com a sua forma gramatical.<br />

e) se utiliza do exagero para evidenciar uma idéia.<br />

Resolução:<br />

O recurso de estilo presente no trecho é a metonímia — o<br />

substantivo abstrato "escravatura" foi utilizado pelo autor para<br />

referir-se a "escravos", <strong>que</strong> é substantivo concreto.<br />

Alter<strong>na</strong>tiva B<br />

17. Nas linhas 16-17, a oração “não me lembra” tem regência<br />

pouco usual <strong>na</strong> fala brasileira contemporânea. O contexto<br />

em <strong>que</strong> é utilizada permite entender <strong>que</strong> significa:<br />

a) não me lembro disso.<br />

b) não me lembre disso.<br />

c) não me lembro de como meu pai morreu.<br />

d) José Dias não me faz lembrar a dor <strong>que</strong> senti.<br />

e) José Dias não se lembra de quando meu pai morreu.<br />

Resolução:<br />

O verbo lembrar, no trecho em <strong>que</strong>stão, tem o sentido de vir à<br />

lembrança e, de acordo com a norma culta, pode ser classificado<br />

como pronomi<strong>na</strong>l e intransitivo. O contexto nos permite concluir<br />

<strong>que</strong> Bentinho, o <strong>na</strong>rrador, não se lembra da dor sentida por José<br />

Dias em virtude da morte do pai da<strong>que</strong>le.<br />

Alter<strong>na</strong>tiva A<br />

18. O pronome lhe, <strong>na</strong> linha 17, completa o sentido de:<br />

a) minha. b) ficou. c) mãe.<br />

d) muito. e) grata.<br />

Resolução:<br />

No contexto em <strong>que</strong> o pronome -lhe foi utilizado, ele pode<br />

ser a<strong>na</strong>lisado sintaticamente como complemento nomi<strong>na</strong>l<br />

do adjetivo grata. Alter<strong>na</strong>tiva E<br />

19. No contexto da linha 24, a expressão “certa audiência”<br />

indica <strong>que</strong> José Dias:<br />

a) reunia todos ao seu redor, para dar suas ordens.<br />

b) conseguira reunir muitas pessoas para ouvi-lo.<br />

c) era ouvido por todos com certo temor.<br />

d) reunia as pessoas para ver a “apólice” <strong>que</strong> mandara<br />

encaixilhar.<br />

e) passara a ser ouvido com algum respeito.<br />

Resolução:<br />

A expressão "certa audiência" indica <strong>que</strong> José Dias era ouvido<br />

pelas pessoas com algum respeito, ou seja, suas palavras eram<br />

levadas em consideração em razão de "certa autoridade" <strong>que</strong> ele<br />

adquirira com o tempo. Alter<strong>na</strong>tiva E<br />

CPV fgv08dezdisadm<br />

20. Na linha 26, a forma verbal fizesse indica:<br />

a) ação anterior a outra.<br />

b) ação de curso garantido.<br />

c) ordem, pedido para a ação.<br />

d) repetição da ação.<br />

e) ação eventual.<br />

Resolução: Na opinião do <strong>na</strong>rrador, as cortesias <strong>que</strong> José Dias<br />

ocasio<strong>na</strong>l ou eventualmente fizesse seriam sempre fruto de<br />

cálculo e não de índole. Alter<strong>na</strong>tiva E<br />

21. Na linha 29, com a frase “Era lido, posto <strong>que</strong> de atropelo”,<br />

o <strong>na</strong>rrador afirma <strong>que</strong>:<br />

a) as pessoas haviam lido as obras de José Dias, mas<br />

superficialmente.<br />

b) as pessoas haviam lido refletidamente as obras de José<br />

Dias.<br />

c) José Dias havia lido obras de vários autores, embora<br />

sem profundidade ou critério.<br />

d) José Dias havia lido refletidamente obras de vários<br />

autores.<br />

e) José Dias havia começado a ler várias obras, mas não<br />

termi<strong>na</strong>va nenhuma.<br />

Resolução: De acordo com o contexto, infere-se <strong>que</strong> José Dias<br />

havia lido obras de diversos autores, ainda <strong>que</strong> de forma superficial.<br />

No enunciado, essa idéia é corroborada pelo uso da oração<br />

subordi<strong>na</strong>da adverbial concessiva "posto <strong>que</strong> de atropelo",<br />

ou seja, embora de forma atropelada, não profunda.<br />

Alter<strong>na</strong>tiva C<br />

22. Na linha 32, a frase “a não sermos nós” indica:<br />

a) tempo. b) causa. c) conseqüência.<br />

d) condição. e) fi<strong>na</strong>lidade.<br />

Resolução: Na linha 32, a frase "a não sermos nós" indica uma<br />

relação de condição. Escrita de outra forma, a frase ficaria<br />

"Já teria voltado para lá, se não fosse por nós". A perso<strong>na</strong>gem<br />

José Dias confessa e reitera a sua fidelidade à família de Bentinho.<br />

Alter<strong>na</strong>tiva D<br />

23. Em certo trecho do excerto, o <strong>na</strong>rrador dirige-se diretamente<br />

ao leitor. A frase em <strong>que</strong> isso ocorre é:<br />

a) José Dias deixou-se estar calado... (L.5)<br />

b) Tomara este título para ajudar a propaganda da nova<br />

escola... (L. 6)<br />

c) “Esta é a melhor apólice” (L.23)<br />

d) E não lhe suponhas alma subalter<strong>na</strong>... (L.25-26)<br />

e) ... mas a nossa família, dizia ele, abaixo de Deus, era<br />

tudo. (L. 32-33)<br />

Resolução: O trecho em <strong>que</strong> o <strong>na</strong>rrador dirige-se diretamente ao<br />

leitor é "E não lhe suponhas alma subalter<strong>na</strong>...". Observe-se <strong>que</strong><br />

a forma verbal "suponhas" está <strong>na</strong> 2 a pessoa do singular, ou seja,<br />

a pessoa com <strong>que</strong>m se fala, ou o receptor. Não existe discurso<br />

direto no trecho, caso em <strong>que</strong> seria possível utilizar a 2 a pessoa<br />

nos diálogos das perso<strong>na</strong>gens. Alter<strong>na</strong>tiva D


CPV fgv08dezdisadm<br />

CPV o <strong>cursinho</strong> <strong>que</strong> <strong>mais</strong> <strong>aprova</strong> <strong>na</strong> <strong>GV</strong> Fgv – 07/12/2008<br />

24. Assi<strong>na</strong>le a alter<strong>na</strong>tiva em <strong>que</strong> se afirma algo não condizente com a perso<strong>na</strong>gem, em Dom Casmurro.<br />

a) Escobar: conheceu Bentinho no seminário e tornou-se seu amigo.<br />

b) Bentinho: moço rico e mimado, cheio de vivacidade e iniciativa.<br />

c) José Dias: agregado da família, amava os superlativos.<br />

d) Do<strong>na</strong> Glória: mãe de Bentinho, senhora viúva e religiosa.<br />

e) Tio Cosme: irmão de Do<strong>na</strong> Glória, advogado e viúvo.<br />

Resolução: A alter<strong>na</strong>tiva B está incorreta por<strong>que</strong> vivacidade e iniciativa não são, realmente, características de Bentinho. A alcunha casmurro<br />

evidencia exatamente o contrário de vivacidade: seu comportamento calado, ensimesmado, introspectivo; iniciativa também não corresponde<br />

ao seu caráter, pois Bentinho é explicitamente manipulado pela mãe (Do<strong>na</strong> Glória) e, posteriormente, por Capitu. Alter<strong>na</strong>tiva B<br />

Texto 2<br />

Capitu<br />

Composição: Luiz Tatit<br />

De um lado vem você com seu jeitinho<br />

Hábil, hábil, hábil<br />

E pronto!<br />

Me conquista com seu dom<br />

De outro esse seu site petulante<br />

WWW<br />

Ponto<br />

Poderosa ponto com<br />

É esse o seu modo de ser ambíguo<br />

Sábio, sábio<br />

E todo encanto<br />

Canto, canto<br />

Raposa e sereia da terra e do mar<br />

Na tela e no ar<br />

Você é virtualmente amada amante<br />

Você real é ainda <strong>mais</strong> tocante<br />

Não há <strong>que</strong>m não se encante<br />

Um método de agir <strong>que</strong> é tão astuto<br />

Com jeitinho alcança tudo, tudo, tudo<br />

É só se entregar, é não resistir, é capitular<br />

Capitu<br />

A ressaca dos mares<br />

A sereia do sul<br />

Captando os olhares<br />

Nosso totem tabu<br />

A mulher em milhares<br />

Capitu<br />

No site o seu poder provoca o ócio, o ócio<br />

Um passo para o vício, o vício<br />

É só <strong>na</strong>vegar, é só te seguir, e então <strong>na</strong>ufragar<br />

Capitu<br />

Feminino com arte<br />

A traição atraente<br />

Um capítulo à parte<br />

Quase vírus ardente<br />

Imperando no site<br />

Capitu http://letras.terra.com.br.<br />

25. O texto preserva algumas características da Capitu<br />

machadia<strong>na</strong>. Assi<strong>na</strong>le a alter<strong>na</strong>tiva em <strong>que</strong> tais<br />

características estão indicadas.<br />

a) vício, feminilidade, arte.<br />

b) sabedoria, realidade, desencanto.<br />

c) olhares, ócio, petulância.<br />

d) habilidade, poder, ambigüidade.<br />

e) passo, ardor, conquista.<br />

Resolução: Na primeira estrofe, reitera-se triplamente o jeitinho<br />

hábil de Capitu; <strong>na</strong> segunda, ela se apresenta no site poderosa<br />

ponto com. Em seguida, o seu modo de ser é sintetizado como<br />

ambíguo. Alter<strong>na</strong>tiva D<br />

26. Nos primeiros versos do poema, a ambigüidade da Capitu<br />

de Tatit é tomada como uma oposição entre:<br />

a) encanto e melodia. b) poder e sabedoria.<br />

c) habilidade e atrevimento. d) capitulação e entrega.<br />

e) ócio e vício.<br />

Resolução: A primeira e a segunda estrofes são construídas com<br />

paralelismo sintático, mas com oposição semântica. O jeitinho<br />

hábil é uma espécie de dom de Capitu. Essa sutileza de caráter<br />

contrasta com o atrevimento (poderosa ponto com), expresso em<br />

seu site petulante. Alter<strong>na</strong>tiva C<br />

27. A canção de Luiz Tatit retoma o tema de Capitoli<strong>na</strong> Pádua,<br />

a famosa Capitu de Machado de Assis. O eu lírico a vê com<br />

os olhos do homem contemporâneo. O poema refere-se a<br />

ela, entre outros termos, como raposa e sereia (verso 5,<br />

3 a estrofe).<br />

No poema, a esses dois termos correspondem,<br />

respectivamente, as seguintes características:<br />

a) a ressaca dos mares / um capítulo à parte.<br />

b) não há <strong>que</strong>m não se encante / imperando no site.<br />

c) captando os olhares / sábio, sábio.<br />

d) método de agir <strong>que</strong> é tão astuto / encanto, canto, canto.<br />

e) poderosa ponto com / quase vírus ardente.<br />

Resolução: As metáforas raposa e sereia correspondem,<br />

respectivamente, à astúcia (<strong>que</strong> pode ser associada às habilidades<br />

de Capitu) e ao encanto (poder de sedução <strong>que</strong> ela exerce sobre<br />

Bentinho. Alter<strong>na</strong>tiva D<br />

3


4<br />

fgv – 07/12/2008 CPV o <strong>cursinho</strong> <strong>que</strong> <strong>mais</strong> <strong>aprova</strong> <strong>na</strong> <strong>GV</strong><br />

28. No poema composto de oito estrofes, ao redesenhar Capitu,<br />

o eu lírico lança mão de pelo menos um termo usual da<br />

informática, exceto <strong>na</strong>:<br />

a) 1 a estrofe.<br />

b) 2 a estrofe.<br />

c) 3 a estrofe.<br />

d) 4 a estrofe.<br />

e) última estrofe.<br />

Resolução:<br />

“De um lado vem você com seu jeitinho<br />

Hábil, hábil, hábil<br />

E pronto!<br />

Me conquista com seu dom”.<br />

Como é possível constatar, não há qual<strong>que</strong>r termo do jargão da<br />

informática <strong>na</strong> 1 a estrofe, o <strong>que</strong> não acontece <strong>na</strong>s de<strong>mais</strong>, onde<br />

podemos encontrar site, www, ponto com, tela, no ar, virtualmente,<br />

vírus e site.<br />

As <strong>que</strong>stões seguintes não são baseadas nos textos.<br />

CPV fgv08dezdisadm<br />

Alter<strong>na</strong>tiva A<br />

29. Nas frases abaixo, QUE pertence à mesma classe de<br />

palavras, exceto <strong>na</strong> alter<strong>na</strong>tiva:<br />

a) Tinha ido armado, para <strong>que</strong> todos os riscos fossem<br />

elimi<strong>na</strong>dos.<br />

b) Estava de casamento marcado, ocasião em <strong>que</strong><br />

pretendia dar uma grande festa.<br />

c) O documento de <strong>que</strong> ele falou era meio antigo,<br />

amarelado.<br />

d) Os cabelos da peruca <strong>que</strong> usava tinham caracóis tingidos<br />

de mechas douradas.<br />

e) As ações de <strong>que</strong> o pagamento derivava eram<br />

nomi<strong>na</strong>tivas.<br />

Resolução:<br />

Exceto <strong>na</strong> alter<strong>na</strong>tiva A, em <strong>que</strong> faz parte de uma locução adverbial<br />

<strong>que</strong> indica fi<strong>na</strong>lidade, o QUE apresenta-se como pertencente à<br />

classe dos pronomes relativos.<br />

Alter<strong>na</strong>tiva A<br />

30. “Se <strong>que</strong>res ser bom juiz, ouve o <strong>que</strong> cada um diz.”<br />

Esse provérbio popular vem enunciado <strong>na</strong> 2 a pessoa do<br />

singular. Se o transferirmos para a forma de tratamento você,<br />

<strong>mais</strong> familiar a muitos paulistas, a solução <strong>que</strong> atende à<br />

norma culta será a apresentada <strong>na</strong> alter<strong>na</strong>tiva:<br />

a) Se quiseres ser bom juiz, ouvi o <strong>que</strong> cada um diz.<br />

b) Se <strong>que</strong>r ser bom juiz, ouça o <strong>que</strong> cada um diz.<br />

c) Se <strong>que</strong>reis ser bons juízes, ouvi o <strong>que</strong> cada um diz.<br />

d) Se <strong>que</strong>res ser bom juiz, ouça o <strong>que</strong> cada um diz.<br />

e) Se quiser ser bom juiz, ouve o <strong>que</strong> cada um diz.<br />

Resolução:<br />

Você é pronome pessoal de 2 a pessoa, mas conjuga verbos como<br />

se pertencesse à 3 a . Assim, <strong>na</strong> primeira parte da frase, a forma<br />

correta é se você <strong>que</strong>r – <strong>na</strong> segunda parte, com o uso do Imperativo,<br />

a forma correta é ouça.<br />

COMENTÁRIO DO CPV<br />

Alter<strong>na</strong>tiva B<br />

A prova de Língua Portuguesa e Literatura foi bem elaborada,<br />

tendo atingido seu objetivo principal, <strong>que</strong> é o de selecio<strong>na</strong>r candidatos<br />

com bons conhecimentos do idioma e da literatura pátrios, de maneira<br />

simples e objetiva. Não deve ter apresentado dificuldades para os<br />

candidatos.<br />

O texto de Machado de Assis serviu de base para quase todas as<br />

<strong>que</strong>stões de Gramática e também para as de Literatura.<br />

Na parte de Gramática, conforme a tradição, houve predomínio<br />

de assuntos como regência, concordância e sintaxe do período simples.<br />

Na parte de Literatura, todas as <strong>que</strong>stões foram baseadas no<br />

romance Dom Casmurro, revisitado pela letra da música Capitu, de<br />

Luiz Tatit, interpretada por Ná Ozetti.<br />

Salientamos <strong>que</strong> os alunos <strong>que</strong> assistiram ao Ciclo de Palestras<br />

oferecido pelo CPV devem ter se lembrado das referências feitas<br />

tanto à música Capitu como ao autor Machado de Assis, tão bem<br />

abordados pelo Professor José de Nicola em sua expla<strong>na</strong>ção.

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